Um encontro com G - Feevale
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COMO TUDO COMEÇOU<br />
Diante disso, apresentamos o caso G. Será chamado assim, o menino de 9 anos<br />
que realizou atendimentos no Atendimento e Extensão em Psicopedagogia – AEP, durante<br />
o ano de 2012.<br />
Para iniciar o caso G, destaca-se que esse é um menino que cursa o 3º ano do<br />
Ensino Fundamental em uma escola da rede pública da região.<br />
G surgiu em nossas vidas [das estagiárias do Curso de Especialização em<br />
Psicopedagogia] através da ficha de encaminhamento da Escola enviada pela professora e<br />
coordenadora pedagógica da escola.<br />
O documento apresentava <strong>com</strong>o queixa que era o primeiro ano do aluno na escola<br />
e, que ele chegou <strong>com</strong> muitas dificuldades de aprendizagem. De acordo <strong>com</strong> o exposto no<br />
documento não sabia ler nem escrever, mas <strong>com</strong> teste da coordenadora percebeu-se que<br />
estava silábico-alfabético. Foi trabalhada <strong>com</strong> o menino a sua autoestima e ele colocado no<br />
reforço escolar, no contraturno. Tem dificuldades na interpretação, <strong>com</strong>preensão,<br />
atividades matemáticas, lê <strong>com</strong> medo de errar. Apontam (equipe diretiva), querer saber a<br />
real dificuldade dele, pois pensam que boa parte da não aprendizagem possa estar num<br />
problema de “ensinagem”.<br />
O primeiro passo após o recebimento desta ficha foi o contato telefônico <strong>com</strong> a<br />
família, marcando um <strong>encontro</strong> para se conversar sobre o G e assim, saber sua história e<br />
contexto <strong>com</strong> as questões de não aprendizagem. Logo no primeiro contato, a receptividade<br />
da mãe foi algo marcante, sinalizava tamanha felicidade em poder receber este<br />
atendimento, a fim de ajudar seu filho, <strong>com</strong>prometendo-se em estar presente na data<br />
estipulada.<br />
O <strong>encontro</strong> então aconteceu, assim <strong>com</strong>o numa novela, uma vida foi relatada <strong>com</strong><br />
riqueza de detalhes, de fatos e <strong>com</strong> suas mazelas. A história vital de G é registrada por<br />
<strong>encontro</strong>s e des<strong>encontro</strong>s familiares, rupturas, descaso do pai e por consequência, nesse<br />
caso, por falta da função paterna.<br />
A mãe de G, que a partir de agora nomearemos <strong>com</strong>o Maria 4 relatou no <strong>encontro</strong><br />
que possui dois filhos do primeiro casamento, dos quais atualmente <strong>com</strong>partilha a guarda<br />
<strong>com</strong> o pai. G é fruto de um segundo casamento de Maria e o pai de G também já teve um<br />
casamento anterior, no qual não teve filhos.<br />
4 Maria será o nome fictício dado a mãe de G, <strong>com</strong> o intuito de preservar sua identidade.