Jornal das Oficinas 008
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<strong>Jornal</strong> Independente da Manutenção e Reparação Automóvel<br />
Director: João Vieira • Ano I • Mensal • 3 Euros<br />
Nº 8 Maio 2006<br />
Tecnologias de Informação na reparação automóvel<br />
TI são factor chave<br />
para o sucesso <strong>das</strong> oficinas<br />
<strong>Oficinas</strong> lesa<strong>das</strong> com<br />
“perda total”<br />
As seguradoras estão a utilizar<br />
cada vez mais a opção da indemnização<br />
em vez da reparação<br />
da viatura, para a resolução<br />
de sinistros graves. As Associações<br />
do Sector (ANECRA e<br />
ARAN) afirmam que as seguradoras<br />
atribuem à viatura sinistrada<br />
um valor mais baixo do<br />
que a reparação, preferindo que<br />
os segurados paguem directamente<br />
a reparação em vez de ser<br />
a própria companhia de seguros.<br />
Sumário<br />
Página 02<br />
A importância dos<br />
recursos humanos<br />
Página 26<br />
Novo motor VW 1.4 TSI<br />
Página 32<br />
Segurança e higiene<br />
nas oficinas<br />
Página 34<br />
Centro de Arbitragem do<br />
Sector Automóvel (CASA)<br />
Página 38<br />
Ofina do mês: Sópneus<br />
Página 44<br />
Juntas de cabeça de motor<br />
Detectar e prevenir avarias<br />
As oficinas de reparação automóvel ainda<br />
estão muito focaliza<strong>das</strong> nos processos de<br />
gestão tradicionais, o que limita a sua rentabilidade.<br />
Um grau mais elevado de aposta e investimento<br />
nas TI é o caminho a seguir para conseguirem<br />
oferecer mais qualidade de serviço e satisfazer<br />
os clientes.<br />
As soluções informáticas estão a democratizarse<br />
gradualmente, com tendência para a redução dos<br />
preços, pelo que a opção de não ter acesso às TI<br />
não será fundamentalmente por causa de preços<br />
muito elevados. O que pode entravar o processo de<br />
informatização <strong>das</strong> empresas será mais a opção<br />
pessoal, ou falta de motivação, do proprietário ou<br />
administrador, bem como, ainda, a impossibilidade<br />
ou a dificuldade de fazer com que os empregados<br />
tenham uma adesão rápida e total aos novos meios<br />
de que dispõem.<br />
Nas pequenas empresas há tendência para a utilização<br />
de software genérico e pouco ajustado às especificidade<br />
da actividade e organização de uma<br />
oficina. Neste momento, já existem soluções que<br />
“falam“ a linguagem do sector, prontas a utilizar e<br />
acessíveis, tornando-se indispensáveis para dar o<br />
salto em frente que ainda falta dar. Nas oficinas independentes<br />
há um enorme espaço para evoluir e o<br />
processo de nivelamento por cima está ao seu alcance,<br />
pelo que seria inglório não o prosseguir.<br />
Revelador da importância que as TI têm, hoje<br />
em dia, na rentabilidade <strong>das</strong> oficinas, é o exemplo<br />
do Projecto Pantera, uma iniciativa conjunta <strong>das</strong><br />
associações espanholas de reparadores Conepa,<br />
Ancera e Sernauto, que visa favorecer o acesso da<br />
generalidade <strong>das</strong> oficinas de reparação automóvel<br />
às novas tecnologias de informação e comunicação<br />
(TIC). O financiamento atingiu um montante global<br />
de 2 milhões de Euros e os apoios incluem a<br />
compra de equipamentos informáticos e serviços<br />
associados, podendo atingir os 50% da verba despendida<br />
pela oficina.<br />
PUB<br />
Guerra<br />
à Pirataria<br />
Face ao aumento de peças falsifica<strong>das</strong><br />
que têm aparecido no<br />
mercado, a organização do Salão<br />
Automechanika, que decorrerá<br />
de 12 a 17 de Setembro, irá<br />
efectuar uma campanha de alerta<br />
para este problema. Compara<strong>das</strong><br />
com a peça original, as peças<br />
falsifica<strong>das</strong> apresentam uma<br />
funcionalidade limitada e a sua<br />
vida útil é inferior. Os materiais<br />
e o processamento não correspondem<br />
aos altos requisitos dos<br />
fabricantes de automóveis.<br />
Caixas negras<br />
nos automóveis<br />
em 2010<br />
A utilização nos automóveis<br />
de passageiros de sistemas semelhantes<br />
às caixas negras dos<br />
aviões pode vir a ser obrigatório<br />
já em 2010. Até ao final<br />
deste ano a Comissão Europeia<br />
irá avaliar as vantagens e desvantagens<br />
da utilização de sistemas<br />
de gravação de dados,<br />
cuja finalidade é conhecer melhor<br />
as causas da sinistralidade<br />
rodoviária. A velocidade a que<br />
um carro circulava no momento<br />
do acidente, quantas pessoas<br />
viajavam com cinto de segurança<br />
colocado e que manobras<br />
foram feitas pelo condutor antes<br />
do embate, são alguns dos<br />
dados que permitem perceber<br />
os acidentes.<br />
Install Confidence
02<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
Editorial<br />
A importância dos recursos humanos<br />
O capital <strong>das</strong> empresas<br />
MERCADO<br />
Qualquer empresa ou grupo de empresas depende totalmente do seu verdadeiro<br />
capital activo, os recursos humanos, sem o qual todos os outros factores de<br />
produção acabam por revelar-se inúteis.<br />
A qualidade faz<br />
a diferença<br />
Acertificação de empresas<br />
pode ser vista como uma<br />
forma de aumentar a<br />
competitividade e as hipóteses de<br />
sucesso num mercado de índice<br />
concorrencial crescente, mas isso<br />
é apenas um aspecto parcial e limitado<br />
da questão global da qualidade.<br />
Desenvolver e operar com uma filosofia<br />
e critérios de qualidade é<br />
antes de tudo compreender a dimensão<br />
global da actividade económica<br />
e as suas poderosas implicações<br />
sociais, aperfeiçoando a<br />
organização e a gestão, desenvolvendo<br />
a capacidade tecnológica e<br />
valorizando o elemento humano,<br />
no sentido de apresentar produtos<br />
e serviços satisfatórios e fiáveis,<br />
com uma capacidade de acompanhamento<br />
do cliente que não se<br />
esgota na venda. Por outro lado, o<br />
dinamismo exterior da empresa<br />
depende cada vez mais da sua<br />
própria motivação e mobilização<br />
internas, sendo imprescindível um<br />
ambiente laboral estimulante e<br />
criativo, onde cada um vê solicita<strong>das</strong><br />
permanentemente to<strong>das</strong> as<br />
suas capacidades.<br />
Operar a baixos custos, com rentabilidade<br />
e viabilidade económica,<br />
implica necessariamente critérios<br />
de gestão consagrados e estritos,<br />
recrutamento e selecção de<br />
pessoal cientificamente orientada<br />
e um processo produtivo onde a<br />
margem de erro esteja praticamente<br />
excluída. Por seu turno, a<br />
imagem da empresa assenta definitivamente<br />
no seu "design" global<br />
(instalações, interiores, acessibilidade,<br />
comunicações, etc.),<br />
bem como no perfil profissional e<br />
humano de cada um e de todos os<br />
seus elementos.<br />
Uma empresa certificada assume<br />
maior credibilidade, afirmando a<br />
sua competência e capacidade para<br />
fornecer produtos com características<br />
de qualidade preestabeleci<strong>das</strong>.<br />
Mas a certificação é apenas o bilhete<br />
de entrada para o grande espectáculo<br />
da Qualidade, onde<br />
cada um terá que estar bem consciente<br />
do lugar que pretende ocupar.<br />
Porque, ser apenas espectador do<br />
progresso, acaba por ser uma forma<br />
subliminar de insucesso.<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Ficha Técnica<br />
Muitas vezes a imagem da empresa<br />
é passada através de números<br />
contabilísticos pomposos, onde<br />
figuram os activos financeiros, infraestruturas,<br />
equipamentos, cifras de produção, rácios<br />
diversos, lucros, etc., como se fosse um<br />
passe de mágica: “aqui está!“. No entanto,<br />
tudo isso resulta do contributo valioso de<br />
muitas pessoas, ainda que tenha começado<br />
pela decisão e vontade de um só homem.<br />
O sucesso de uma empresa passa por uma<br />
boa gestão de recursos humanos que tenha<br />
como estratégia proporcionar às pessoas o<br />
papel de protagonistas, tornando-as pilares<br />
importantes e imprescindíveis para o sucesso<br />
de toda a organização. Claro que não se<br />
trata de apelar para a velha ideologia do<br />
factor “trabalho“, como elemento de redenção<br />
da humanidade…<br />
Muito pelo contrário. A chamada questão<br />
social, os conflitos de classes, a dialéctica<br />
da história e to<strong>das</strong> essas banalidades do<br />
mesmo género, apenas surgiram quando e<br />
porque chegou a possibilidade de criar riqueza,<br />
muita riqueza, capaz de promover as<br />
pessoas e a cultura, levando a cabo um<br />
novo projecto de sociedade civilizado, pacífico,<br />
mobilizador e solidário.<br />
Foi a revolução industrial e não a revolução<br />
francesa ou russa que impeliram a economia<br />
mundial e as sociedades para os caminhos<br />
do futuro. Foi a criação do grande<br />
mercado, do mercado mundial, que abriu as<br />
portas daquilo que todos nós hoje estamos a<br />
usufruir e de que nos orgulhamos. Se tudo<br />
isso foi alcançado sem conflitos, sofrimento,<br />
injustiças, etc.? É evidente que não, porque<br />
os seres humanos evoluem pelo método<br />
da tentativa, erro, correcção e acerto. Se há<br />
outro melhor, qual é? Essa é a verdadeira e<br />
ineludível dialéctica da luta pela vida, sem<br />
a qual ainda hoje estaríamos a caçar com<br />
instrumentos de pedra lascada.<br />
O que ninguém pode negar, porque teria<br />
que apagar tudo o que o ser humano fez e escreveu<br />
até ao presente, é que o mercado, a<br />
economia, as empresas, as sociedades e tudo<br />
o mais são as pessoas e o que elas são capazes<br />
de fazer. To<strong>das</strong> as relações sociais, laborais<br />
e profissionais são, em última análise,<br />
relações pessoais e humanas. Não há como<br />
fugir a isto. Portanto, se tudo passa pelas<br />
pessoas, é com elas que temos que caminhar,<br />
na busca <strong>das</strong> soluções para os problemas,<br />
quaisquer que sejam. Se queremos que as<br />
empresas, a economia, a sociedade, a cultura<br />
e a ciência avancem, temos que motivar as<br />
pessoas, apelar e incentivar a sua valorização,<br />
estimular a sua criatividade e a sua participação,<br />
temos que lhes dar hipóteses de se<br />
desenvolverem e crescerem, em valências e<br />
capacidades, ou seja, temos que fazer a correcta<br />
gestão dos recursos humanos. Não se<br />
pode deixar um tema dessa importância ao<br />
acaso. Já um antigo pioneiro da revolução<br />
industrial e do movimento cooperativista, o<br />
inglês David Owen, exclamava perplexo:<br />
“Nós (a sociedade da altura) cuidamos melhor<br />
<strong>das</strong> nossas máquinas do que dos nossos<br />
trabalhadores!“<br />
Como gerir o sucesso?<br />
As pessoas buscam o sucesso e tentam melhorar<br />
globalmente a sua situação pessoal, laboral<br />
e social, porque não existe alternativa.<br />
Trata-se da sobrevivência. Se o poderoso<br />
leão não caçar, morre de fome. Um grande<br />
almirante bem pode afagar as suas condecorações,<br />
enquanto barco vai a pique (se isso<br />
lhe servir de consolo…), mas o facto é que já<br />
não vai a lado nenhum. No universo laboral e<br />
<strong>das</strong> empresas, isto é, no mercado, tudo se<br />
passa do mesmo modo. Não há alternativa ao<br />
sucesso, não há alternativa ao progresso, à<br />
competência, à qualidade e à eficiência. É<br />
preciso vencer. Não a qualquer preço, nem à<br />
custa de ninguém, mas o insucesso dos outros<br />
não pode constituir referência de conduta,<br />
nem uma desculpa e muito menos um óbice.<br />
Para vencer é necessário estar na linha da<br />
frente e tentar ser o melhor, sem falsas modéstias,<br />
sem rodeios e sem má consciência. O<br />
mercado já existe há milhares de anos e sempre<br />
foi assim. Provavelmente, continuará a<br />
sê-lo ainda por muitos outros milhares de<br />
anos, porque é a forma mais equilibrada dos<br />
povos e <strong>das</strong> pessoas satisfazerem as suas necessidades.<br />
Enquanto tentamos mudar o que<br />
não interessa, nem se pode mudar, deixamos<br />
de promover as nossas próprias capacidades e<br />
desperdiçamos as nossas potencialidades. Há<br />
que ser realista e assumir os desafios que vale<br />
a pena assumir, sem estar derrotado logo à<br />
partida.<br />
De facto, a gestão dos recursos humanos<br />
tem semelhanças com a gestão de qualquer<br />
outro grupo de pessoas, como um clube desportivo,<br />
por exemplo. Tem que haver liderança,<br />
objectivos, estratégia, metodologias, cultura<br />
de grupo, interacção e, obviamente, trabalho.<br />
É o trabalho que dá sentido e cimenta<br />
to<strong>das</strong> as outras peças. Mas o trabalho deve<br />
ser encarado como uma oportunidade de demonstrar<br />
capacidades e não como um alibi<br />
para fugir ao diálogo e às responsabilidades.<br />
Tudo é validado pelos resultados e não adianta<br />
dizer que se trabalha muito. Estamos numa<br />
era de trabalho qualitativo e não quantitativo.<br />
O sucesso à custa de muito trabalho é já só<br />
meio sucesso. É necessário fazer bem, à primeira<br />
e de acordo com os objectivos pré-determinados.<br />
A superação dos objectivos é resultado<br />
da organização e da eficiência e não<br />
do empenhamento obstinado e cego. Este<br />
pode resultar apenas de vaidade pessoal e vedetismo<br />
estéril, que constituem mais um factor<br />
de perturbação na organização do que um<br />
estímulo. Não se vislumbra forma de evoluir<br />
sem o aperfeiçoamento e a optimização de todos<br />
os factores que tornam a produção de<br />
bens e serviços possível, entre os quais os<br />
Recursos Humanos.<br />
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES<br />
Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos<br />
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04<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
MERCADO<br />
A importância do modelo<br />
O modelo de gestão é fundamental para<br />
se conseguir um funcionamento orgânico<br />
dentro da empresa, onde cada parte potencia<br />
a actividade da outra, orientada pelos<br />
objectivos comuns e pela cultura do desempenho<br />
óptimo. A liderança deve impôr-se<br />
por si, estando assente em provas da<strong>das</strong>,<br />
em decisões coerentes e metodologias<br />
transparentes. Qualidade, eficiência e orientação<br />
da actividade para o mercado, são<br />
as grandes referências a que chegámos,<br />
neste início de milénio. Fala-se muito em<br />
informalidade, nos meios de gestão de Recursos<br />
Humanos, mas ela pode ser apenas<br />
um refúgio para a popularidade. Para ser<br />
popular basta ser vulgar e não consta que a<br />
vulgaridade seja credencial em parte alguma,<br />
ainda menos quando tentamos superar<br />
a mediania. Mais importante do que ser informal<br />
é ter respostas concretas para as dificuldades<br />
dos colegas subordinados e ter<br />
ideias construtivas para a solução dos problemas<br />
comuns. É ao líder que compete fomentar<br />
a cultura interna da empresa, assente<br />
em relações francas e não preferenciais,<br />
cordiais, mas sem misturar competências,<br />
bem como numa concepção de parceria<br />
empregado / empresa.<br />
Aceitar uma sugestão ou uma contribuição<br />
pertinente do colaborador é dar provas<br />
de um entendimento superior do interesse<br />
da empresa e da dinâmica da equipa que<br />
chefia. Por outro lado, o líder deve tentar<br />
uniformizar o rendimento dos colaboradores,<br />
tendo a excelência como condição e<br />
não como objectivo, ao fazer da valorização<br />
constante e da promoção pessoal do<br />
empregado a sua permanente preocupação<br />
de gestão. O colaborador terá tendência<br />
para permanecer na empresa em que evoluiu,<br />
quando se sentir em casa, ou seja, quando<br />
realizar que valorizam os seus esforços<br />
e as suas contribuições para o desempenho<br />
comum. Por outro lado, os colaboradores<br />
têm que depositar plena confiança nas estratégias<br />
e nas metodologias, comprova<strong>das</strong><br />
pelos resultados, pois o progresso da empresa<br />
em que laboram representa para eles<br />
uma perspectiva de melhoria da sua condição<br />
profissional, social e económica. Custe<br />
o que custar, a mobilização efectiva (e<br />
afectiva…) faz-se em torno de interesses<br />
concretos e não à volta de teorias e concepções<br />
demasiado vagas.<br />
Começar bem, terminar melhor<br />
A maior parte <strong>das</strong> empresas estão hoje<br />
em dia a recorrer aos serviços de recrutamento<br />
e selecção de pessoal, a partir de empresas<br />
especializa<strong>das</strong> em consultoria em<br />
A flexibilidade horária, a rotatividade de funções e a promoção de um ambiente descontraído entre todos são,<br />
cada vez m ais, considera<strong>das</strong> boas práticas de gestão, pois ajudam a aumentar a produtividade.<br />
As pessoas não devem ser considera<strong>das</strong> um custo, mas sim uma fonte de conhecimento e um capital.<br />
A tendência para os próximos anos passará a estar centrada na inteligência e conhecimento <strong>das</strong> pessoas.<br />
Recursos Humanos. Essas empresas utilizam<br />
critérios e metodologias comprova<strong>das</strong>,<br />
atendendo à determinação do candidato<br />
com características e perfil adaptado à função<br />
pretendida. Muitas dessas empresas fazem<br />
programas de formação em áreas de<br />
interesse geral, que preparam melhor o candidato<br />
para a vida profissional, evitando<br />
traumas a uma parte e a outra. A melhor<br />
forma de acolhimento e de adaptação à<br />
vida profissional, por seu turno, deve passar<br />
por um estágio remunerado, embora<br />
sem vínculo contratual. Decorrido o período<br />
suficientemente lato para a empresa e<br />
colaborador terem os elementos necessários,<br />
a fim de tomar uma decisão contratual<br />
bem fundamentada, pode ser estabelecido o<br />
vínculo, com mais garantias de sucesso.<br />
Há pessoas que ainda consideram as acções<br />
de gestão dos recursos humanos como<br />
um custo, mas esquecem-se de contabilizar<br />
as saí<strong>das</strong> permanentes de empregados, o<br />
mau ambiente resultante, bem como a desorganização<br />
e ineficiência que isso representa<br />
para a empresa. A probabilidade de<br />
um funcionário se tornar um elemento útil<br />
e até indispensável para a empresa que o<br />
acolhe, passa pelas estruturas de acolhimento<br />
e apoio de Recursos Humanos existentes.<br />
São essas estruturas que fazem o<br />
acompanhamento, esclarecem dúvi<strong>das</strong>, resolvem<br />
problemas e situações críticas, podendo<br />
evitar rupturas e disfuncionalidades<br />
internas. Tal como na vida pessoal, os laços<br />
na vida profissional geram-se na base da<br />
confiança recíproca e da solidariedade criada<br />
a partir de momentos de grande crise ou<br />
de excelente entendimento. É a partir dessa<br />
base sólida e saudável que se constroem as<br />
boas equipas e se alcançam os melhores resultados,<br />
sendo necessário investir no capital<br />
humano na mesma proporção, ou ainda<br />
superior, daquela a que os empresários estão<br />
habituados a investir em meios financeiros,<br />
infraestruturas e equipamentos. Para<br />
que existam empresas de rosto humano,<br />
com conteúdo humano e com recursos humanos<br />
dignos desse nome. É nessa direcção<br />
que o mercado aponta e é para esse<br />
lado que to<strong>das</strong> as atenções estão volta<strong>das</strong>.<br />
O líder deve tentar uniformizar o rendimento dos colaboradores, tendo a excelência como condição e não como<br />
objectivo, ao fazer da valorização constante e da promoção pessoal do empregado a sua permanente<br />
preocupação de gestão.<br />
Está na moda a atribuição de prémios para reter talentos, ou a implementação de estratégias para não deixar<br />
fugir os melhores, regalias que passam por ofertas de viagens, brindes ou simples palavras de agradecimento<br />
ou reconhecimento do trabalho feito.<br />
PUB<br />
www.federal-mogul.com/europe<br />
NADA MAIS É<br />
TÃO FORTE ASSIM
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
SEUR<br />
CRESCE 10% EM PORTUGAL<br />
A Seur, empresa de serviços de<br />
transporte urgente, fechou o ano<br />
de 2005 com uma facturação de<br />
29,93 milhões de euros no mercado<br />
português. Do referido valor,<br />
18,07 milhões de euros correspondem<br />
ao tráfego Espanha/Portugal,<br />
segmento liderado pela Seur. Destaque,<br />
também, para a aposta e<br />
crescente especialização nos envios<br />
urgentes com origem e destino<br />
em Portugal. Para este ano, a companhia<br />
propõe lançar novos produtos<br />
para alargar a oferta da Seur<br />
em Portugal, ajustando-se desta<br />
forma à procura portuguesa que<br />
solicita um valor acrescentado nos<br />
serviços de transporte urgente.<br />
RENAULT TRUCKS<br />
GO24<br />
Em caso de imobilização prolongada,<br />
este contratempo é reduzido.<br />
A Renault Trucks e a sua<br />
rede europeia comprometem-se,<br />
propondo um novo serviço para<br />
os clientes do Renault Premium<br />
Estrada e do Renault Magnum.<br />
Em caso de imobilização do veículo,<br />
a Renault Trucks tudo implementa<br />
para que ele retome a<br />
estrada nas 12 horas seguintes. E<br />
se este prazo não for respeitado,<br />
a Renault Trucks compromete-se<br />
a entregar ao cliente as indemnizações<br />
compensatórias.<br />
Würth<br />
Acctiva Easy<br />
A Würth Portugal já tem disponível<br />
no mercado português, através da<br />
sua rede comercial espalhada por<br />
todo o país, um aparelho inovador<br />
para carga e manutenção de baterias<br />
convencionais e <strong>das</strong> novas baterias<br />
de gel.<br />
O Würth Acctiva Easy, é um aparelho<br />
extremamente leve, pesa apenas<br />
250g, pode carregar automaticamente<br />
baterias de 12V permitindo<br />
também efectuar diagnósticos ao alternador<br />
e testes à bateria.<br />
O Würth Acctiva Easy pode também ser utilizado<br />
como protector de memória para evitar perca<br />
de memórias do rádio, relógio e outros acessórios<br />
electrónicos durante a troca de bateria.<br />
Norauto<br />
revela nome de candidatos<br />
A Norauto anunciou as seis associações portuguesas candidatas ao<br />
Prémio Europeu da Segurança Rodoviária promovido pela Fundação<br />
Norauto. APSI, ACP, GARE, Prevenção Rodoviária Portuguesa, Clube<br />
de Ciclismo de Almada e ANEB são as associações escolhi<strong>das</strong>. A 29 de<br />
Maio, em Paris, um júri composto por peritos e por especialistas em segurança<br />
rodoviária de toda a Europa irá reunir para analisar e deliberar<br />
sobre os projectos em concurso. O Prémio Europeu da Segurança Rodoviária,<br />
promovido pela Fundação Norauto desde 2005 com o objectivo<br />
de apoiar projectos em prol de uma condução solidária e responsável, é<br />
um grande concurso europeu que visa recompensar as melhores iniciativas<br />
em termos de segurança rodoviária, destinado exclusivamente a associações<br />
da União Europeia, com carácter não governamental e não lucrativo,<br />
que desenvolvam actividades em prol da segurança rodoviária.<br />
DHL é parceiro<br />
logístico da Fórmula 1<br />
A DHL, o maior especialista do<br />
mundo em serviços expresso e logística,<br />
ampliou a sua gama de<br />
oferta para a Fórmula 1. A fusão<br />
com a Exel, em Dezembro, ampliou<br />
o leque a oferta de serviços<br />
às equipas, directores e patrocinadores<br />
<strong>das</strong> marcas de carros mais<br />
famosas do mundo. Estes serviços<br />
incluem o transporte dos carros,<br />
dos motores, dos pneus, <strong>das</strong><br />
peças de substituição e <strong>das</strong> equipas<br />
de televisão nos circuitos de<br />
todo o mundo, assim como o<br />
abastecimento de mais de um milhão<br />
de litros de combustível que<br />
se consomem nos 18 circuitos dos<br />
quatro continentes. Para cada fimde-semana<br />
em que se realiza uma<br />
corrida, a DHL transporta até 300<br />
tonela<strong>das</strong> de equipamento, quantidade<br />
suficiente para encher cerca<br />
de 100 camiões. No circuito, o<br />
centro de logística móvel da DHL<br />
oferece serviço 24 horas por dia,<br />
que inclui desde a entrega de pacotes<br />
e documentos, aos serviços<br />
alfandegários e aos envios de<br />
mercadoria perigosa e sensíveis à<br />
temperatura.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Maio 2006 07<br />
Controlauto<br />
apoia Segurança Rodoviária Infantil<br />
A Controlauto, empresa do Grupo Brisa especializada em inspecções<br />
de veículos automóveis, apoia e participa no projecto de<br />
Segurança Rodoviária Infantil, promovido pela Câmara Municipal<br />
de Cascais. Nesta campanha, a Controlauto efectua o aconselhamento,<br />
a verificação da adequação, condições de instalação e<br />
utilização dos sistemas de retenção para crianças, nos centros de<br />
inspecção automóvel do Estoril, Abóboda e Cascais. A verificação<br />
<strong>das</strong> cadeirinhas é efectuada pelos técnicos dos centros de inspecção<br />
que receberam, para o efeito, formação, em parceria com a<br />
APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil. Este<br />
serviço é gratuito e facultativo, não fazendo parte dos requisitos da<br />
inspecção periódica obrigatória.<br />
Escola de<br />
Socorrismo<br />
lança curso inovador<br />
A Escola de Socorrismo da<br />
Cruz Vermelha Portuguesa<br />
está a ministrar cursos de Socorrismo<br />
Rodoviário.<br />
Estes cursos, com a duração<br />
de 15 horas, podem ser<br />
frequentados por pessoas<br />
com mais de 16 anos.<br />
Destinam-se à população<br />
em geral, sobretudo a candidatos<br />
à obtenção da licença<br />
de condução, e ao sector empresarial<br />
cuja actividade recorra<br />
a profissionais da “estrada”.<br />
Campanha<br />
de Bombas de Água<br />
nas lojas Civipartes<br />
Sabendo que o bom funcionamento de<br />
uma bomba de água é fundamental para a<br />
saúde do motor, especialmente durante o<br />
tempo quente que já se começa a fazer<br />
sentir, o Grupo Civipartes, distribuidor<br />
independente de componentes para veículos<br />
pesados, acaba de lançar nas suas<br />
lojas uma Campanha de Bombas de Água e Jogos de Reparação<br />
OMP. Nesta campanha, a decorrer até 31 de Maio, os clientes Civipartes<br />
podem ganhar prémios exclusivos OMP, bem como o dobro<br />
dos pontos adquiridos nas compras efectua<strong>das</strong> para a campanha<br />
“Mais por Menos”. Esta grande Campanha está a decorrer durante<br />
todo o ano nas lojas do Grupo, através da qual é possível<br />
ganhar dezenas de prémios muito aliciantes. Para fazer face a esta<br />
iniciativa, o Grupo Civipartes reforçou o seu stock de produtos em<br />
Campanha, de forma a disponibilizar durante a mesma to<strong>das</strong> as referências<br />
do parque circulante português.<br />
Renault<br />
reforça posição no Ribatejo<br />
A Renault reforçou a sua posição no Vale do Tejo, ao inaugurar uma<br />
moderna Concessão em Santarém, uma <strong>das</strong> primeiras em toda a Europa<br />
a acolher a nova imagem e filosofia que serão adopta<strong>das</strong> em toda a rede<br />
de Concessionários Renault nos próximos anos.Representado um investimento<br />
aproximado de 3,3 milhões de euros, as novas instalações de<br />
Roques Vale do Tejo SA, colocam à disposição da região do Ribatejo<br />
um vasto conjunto de serviços de elevada qualidade, com destaque para<br />
a venda e assistência (pós-venda) de toda a gama de viaturas Renault.<br />
Implantada num terreno com 20.000 m2 e com uma área coberta de<br />
3.012 m2, a nova Concessão Renault de Santarém, oferece uma instalação<br />
integrada com harmoniosa distribuição de espaços e fluxos de tráfego,<br />
garantindo um serviço altamente personalizado em to<strong>das</strong> as áreas do<br />
negócio automóvel e a máxima sofisticação tecnológica nos sectores de<br />
diagnóstico, reparação, ven<strong>das</strong> e assistência.<br />
O curso de Socorrismo Rodoviário<br />
tem como objectivo<br />
infundir conhecimentos gerais<br />
de primeiros socorros,<br />
devendo o formando conhecer<br />
e ser capaz de executar<br />
técnicas simples de socorrismo<br />
que visem a estabilização<br />
da situação de uma vítima de<br />
acidente de viação, no final<br />
<strong>das</strong> 15 horas lectivas.<br />
Para além de práticas de<br />
socorrismo, quem frequentar<br />
este curso fica a conhecer os<br />
principais riscos de conduzir<br />
e preparado para adoptar medi<strong>das</strong><br />
de protecção e alerta<br />
perante uma situação de acidente.<br />
Estão disponíveis mais informações<br />
sobre o curso no<br />
site da Escola de Socorrismo<br />
da Cruz Vermelha Portuguesa<br />
em:<br />
http://www.cruzvermelha.pt/<br />
Inspecções de veículos<br />
com novos preços<br />
Foi publicado no Diário da República a portaria nº63, Série I-B, de<br />
29 de Março, a qual actualiza as tarifas devi<strong>das</strong> pela realização <strong>das</strong><br />
inspecções periódicas e <strong>das</strong> reinspecções de veículos automóveis, reboques<br />
e semi-reboques, bem como pela realização <strong>das</strong> inspecções<br />
extraordinárias e <strong>das</strong> inspecções para atribuição de nova matrícula e,<br />
ainda, pela emissão da segunda via da ficha de inspecção.<br />
Os novos preços passam a ser os constantes da tabela abaixo,<br />
acrescendo o IVA à taxa legal em vigor. As tarifas fixa<strong>das</strong> para as<br />
inspecções periódicas são, igualmente, aplicáveis às inspecções facultativas.<br />
Tarifas <strong>das</strong> inspecções, <strong>das</strong> reinspecções<br />
periódicas e da emissão da segunda via<br />
da ficha de inspecção:<br />
Ligeiros: 21,71 €<br />
Pesados: 32,50 €<br />
Reboques e semi-reboques: 21,71 €<br />
Reinspecções de ligeiros: 5,45 €<br />
Reinspecções de pesados, de reboques e semi-reboques: 5,45 €<br />
Nova matrícula: 54,21 €<br />
Extraordinárias: 75,81 €<br />
Emissão de segunda via da ficha de inspecção: 2,05 €<br />
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08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
FACTURAÇÃO TRW<br />
ATINGE 12.600 MILHÕES<br />
Falando em dólares e em relação<br />
a 2005, o que representa um<br />
aumento de 5,3% face aos resultados<br />
de 2004. Os lucros líquidos,<br />
por outro lado, alcançaram a cifra<br />
de 204 milhões de dólares. O presidente<br />
da companhia, John Plant,<br />
salientou a performance da TRW,<br />
num ano em que a produção automóvel<br />
diminuiu, houve aumento<br />
de custos de matérias-primas e a<br />
empresa teve que investir consideravelmente<br />
em programas de redução<br />
de custos. O objectivo dos<br />
sacifícios presentes é a sustentabilidade<br />
do projecto, passando pelo<br />
aumento de competitividade, a<br />
fim de corresponder às crescentes<br />
exigências da clientela à escala<br />
mundial.<br />
NOVO CATÁLOGO V.I. VALEO<br />
O último catálogo da Valeo<br />
para veículos pesados inclui toda a<br />
sua gama de faróis principais e auxiliares,<br />
bem como a linha de luzes<br />
piloto Vignal, comercializa<strong>das</strong><br />
por Valeo Service. Pela primeira<br />
vez, estão presentes no catálogo os<br />
pilotos frontais, laterais e posteriores,<br />
iluminação interior, luzes de<br />
gabarito e de iluminação de matrículas.<br />
As principais novidades são<br />
os faróis de serviço e auxiliares do<br />
Inveco Stralis e do Iveco Erocargo<br />
Tector, para além dos pilotos dos<br />
novos reboques Leciñena.<br />
LUK recomenda<br />
utilização de volante de motor bimassa original<br />
Os volantes de motor bimassa da Luk DMF (Dual Mass Flywheel)<br />
foram introduzidos no mercado em 1985, à cadência de 13.000<br />
por ano. Decorridos 11 anos, os DMF passaram a ser produzidos ao<br />
ritmo de um milhão anualmente. Neste momento, a produção anual<br />
é de cerca de 4,7 milhões. Este sucesso não é meramente fortuito,<br />
pois os volantes DMF posssuem um equilíbrio dinâmico e um menor<br />
peso total que permite aumentar o conforto, o rendimento, a economia<br />
e a durabilidade dos modernos veículos.<br />
Embora existam no mercado alternativas mais baratas ao volante<br />
bimassa, a LUK adverte que a utilização de volantes rígidos produzem<br />
excessiva ressonância, o que afecta o conforto de condução. As<br />
vibrações provoca<strong>das</strong> por este tipo de volantes, podem também causar<br />
avarias na transmissão e levar inclusive à sua ruptura. Por isso, a<br />
LUK recomenda que se utilize sempre o volante bimassa original<br />
DMF, que é a única forma de garantir um maior conforto de condução,<br />
redução de ruídos e economia de combustível, uma vez que os<br />
motores equipados com volantes bimassa DMF podem ser utilizados<br />
a baixa rotação (ralenti entre 900 e 1.000 rpm).<br />
Gillcar<br />
lança máquina<br />
de Lavar Pistolas a água<br />
A Máquina UGC 6005, fabricada pela<br />
empresa inglesa UNIC, apresenta uma<br />
importante particularidade relativamente<br />
às tradicionais máquinas de lavar pistolas.<br />
De facto este novo equipamento permite<br />
lavar pistolas com água – em vez dos<br />
tradicionais diluentes orgânicos – incorporando<br />
ainda duas relevantes inovações tecnológicas: um sistema Ecológico<br />
de Filtragem e um sistema de Coagulagem de Resíduos.<br />
Especialmente concebida para a limpeza de pistolas que trabalhem<br />
com tintas à base de água na repintura automóvel, a UGC 6005,<br />
construída com câmara de lavagem em aço inoxidável, cumpre integralmente<br />
os requisitos <strong>das</strong> Normais Europeias 89/392/EC<br />
(91/368/EC) e 93/44/EC.<br />
Com funcionamento de base numa bomba pneumática, a máquina<br />
utiliza acessoriamente um agente de limpeza isento de cáusticos alcalinos<br />
que possibilita a remoção integral da ‘gordura’ natural <strong>das</strong><br />
tintas. Seguidamente um sistema de escoamento de águas sujas, através<br />
de um depósito com filtragem, entra em acção o elemento do sistema<br />
de Coagulagem de Resíduos – um agente de floculagem à base<br />
de argila.<br />
A água suja, depois de submetida ao tratamento por floculagem,<br />
perde as cargas de resíduos sólidos que, por sua vez, uma vez isolados<br />
podem ainda reduzir o seu volume substancialmente através do<br />
aquecimento na cabina de pintura e, consequentemente, diminuir o<br />
seu custo de remoção.<br />
E, porque se lava com água, e porque a água tem vida própria, um<br />
terceiro elemento é adicionado ao depósito: um biócido biodegradável<br />
que elimina a possibilidade do aparecimento de micro organismos<br />
na água.<br />
Refira-se que esta máquina pode funcionar automática ou manualmente,<br />
lavando 2 pistolas e 2 copos em simultâneo.<br />
A representação da UNIC em Portugal é da responsabilidade da<br />
Gillcar. S.A..<br />
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TUDO PARA PINTURA À PISTOLA<br />
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e automáticas<br />
para lavagem de pistolas<br />
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avançada de pistolas de<br />
repintura e máscaras<br />
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Telef.: 21 941 61 94 - Fax: 21 942 02 17<br />
E-mail: gillcarsul@bluebottle.com
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
UNIÃO ENTRE<br />
JOHNSON CONTROLS<br />
E SAFT<br />
A joint venture criada destinase<br />
ao desenvolvimento e produção<br />
de baterias da última geração,<br />
para veículos eléctricos e<br />
híbridos, utilizando as mais recentes<br />
tecnologias.<br />
A nova sociedade pretende<br />
apoiar a aceleração dos programas<br />
de desenvolvimento de viaturas<br />
híbri<strong>das</strong> dos clientes do<br />
grupo e assegurar maior disponibilidade<br />
de sistemas de baterias<br />
HEV, com a melhor tecnologia e<br />
fiabilidade do seu segmento.<br />
CHAMPION<br />
RIBBED CORE NOSE<br />
Como o nome sugere, a nova<br />
vela da marca Champion, do fabricante<br />
Federal Mogul, possui<br />
um isolador do eléctrodo canelado,<br />
criando um espaço oco entre<br />
o isolador e corpo metálico da<br />
vela, o que impede fugas de corrente<br />
e permite arranques a frio a<br />
baixas temperaturas (até -27º C),<br />
para além de evitar a formação<br />
de resíduos de combustão.<br />
Concebida para o motor do<br />
Novo Peugeot 407, a nova vela<br />
Champion RCN está disponível<br />
para outros modelos, estando<br />
previsto aumentar progressivamente<br />
o número de referências<br />
no mercado e a cobertura do<br />
parque.<br />
ARAN<br />
promove campanha<br />
A ARAN está a promover<br />
uma campanha de alerta dos<br />
automobilistas para os seus<br />
direitos. Neste sentido, enviou<br />
para as oficinas um<br />
cartaz que visa alertar os<br />
seus clientes para a livre escolha<br />
do local onde reparam<br />
as suas viaturas.<br />
Com a distribuição deste<br />
cartaz, a ARAN pretende<br />
também contribuir para uma<br />
maior consciencialização<br />
por parte <strong>das</strong> seguradoras,<br />
beneficiando os intervenientes<br />
no processo: clientes lesados<br />
e as oficinas de reparação.<br />
Junto com o cartaz, a<br />
ARAN envia uma circular<br />
onde explica a sua actuação<br />
na defesa desta causa.<br />
Blue Print<br />
com ampla oferta na Nissan<br />
Passaram 30 anos desde que a<br />
Nissan lançou o seu primeiro automóvel,<br />
o Bluebird. Em 2002, a<br />
Nissan voltou a apresentar um<br />
dos seus últimos modelos de veículos<br />
familiares, o Primera.<br />
A Nissan oferece uma garantia de 36 meses ou 100.000 km, o<br />
qual finda quando o primeiro a ocorrer. Brevemente estarão nas<br />
oficinas independentes os primeiros modelos da mais recente geração<br />
do Nissan Primera que chegaram ao mercado em 2002.<br />
Apesar de radicalmente diferente em comparação com o primeiro<br />
Nissan Primera, a Nissan tentou e testou uma nova designação<br />
para o carro mas acabou por manter fidelidade à família Primera.<br />
Este modelo tem diversas motorizações, com destaque para o<br />
motor 2.2 turbo diesel, que tem a opção de 124CV e 136CV tal<br />
como o motor usado no Renault Laguna, demonstrando assim o<br />
compromisso de parceria entre as 2 marcas. A Nissan recomenda<br />
revisões para os seus automóveis em cada 10 000km com uma extensão<br />
até aos 12 000km para carros a diesel. Tanto o motor a diesel<br />
como a gasolina utilizam uma correia. O filtro de habitáculo<br />
está posicionado por detrás do porta-luvas. Os motores a diesel fazem<br />
com que o filtro de óleo esteja mais inacessível.<br />
O seguinte quadro mostra as referências mais populares para o<br />
Nissan Primera 2.2DT de 2002, que passaram a estar disponíveis.<br />
DESIGNAÇÃO<br />
REFERÊNCIA BLUE PRINT<br />
Filtro de Óleo<br />
ADN12114<br />
Filtro de Ar<br />
ADN12215<br />
Filtro de Combustível<br />
ADN12322<br />
Filtro de Habitáculo<br />
ADN12501<br />
Velas<br />
ADN11823<br />
Kit de Embraiagem<br />
ADN130130<br />
Jogo de Pastilhas da Frente<br />
ADN142105<br />
Disco Travão da Frente<br />
ADN143101<br />
Jogo de Pastilhas Trás<br />
ADN142114<br />
Disco Travão Trás<br />
ADN143104<br />
Febi<br />
com novo catálogo de<br />
pernes e porcas de roda<br />
A Febi já tem disponível o<br />
novo catálogo de pernes e<br />
porcas de roda para viaturas<br />
ligeiras.<br />
Trata-se de um importante<br />
elemento de consulta, com<br />
milhares de referências, profusamente<br />
ilustrado e fácil de<br />
consultar.<br />
A representação da Febi<br />
em Portugal é de Jochen<br />
Staedtler Representações.<br />
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12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
CHINA COM O SEGUNDO<br />
MERCADO AUTOMÓVEL MUNDIAL<br />
Com quase seis milhões de unidades<br />
vendi<strong>das</strong> em 2005 (5,92 milhões),<br />
significando um aumento<br />
de 15% em relação ao ano anterior,<br />
a China guindou-se ao 2º lugar<br />
mundial, com uma quota de 8,7%.<br />
Os EUA continuam a ser o primeiro<br />
mercado mundial, com 17<br />
milhões de unidades vendi<strong>das</strong>,<br />
quedando-se o Japão na terceira<br />
posição, com 5,82 milhões de unidades.<br />
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO<br />
TÉCNICA BOSCH<br />
Em 2006 foram incluídos no<br />
programa de formação da Bosch<br />
novos cursos e actualizações nas<br />
áreas em que as oficinas se podem<br />
especializar: Electricidade / Electrónica;<br />
Injecção de Gasolina; Injecção<br />
diesel e Sistemas de travagem.<br />
Através dos cursos de formação<br />
da Bosch é possível adquirir<br />
competências no âmbito <strong>das</strong> novas<br />
tecnologias da marca, desenvolvendo<br />
a especialização em diagnóstico<br />
nos sistemas de última geração.<br />
Os cursos serão realizados<br />
localmente, por técnicos qualificados<br />
da Bosch, sendo personalizados.<br />
A formação do Programa de<br />
Módulos concede a acreditação<br />
oficial Bosch, podendo a oficina<br />
transformar-se em especialista<br />
Bosch.<br />
BERU TDA<br />
certificada pela Ford<br />
A fábrica de velas de ignição<br />
da Beru TDA em Chazelles-sur-Lyon<br />
foi galardoada<br />
pela Ford Motor Company<br />
com o prémio Q1. Este popular prémio de qualidade é uma distinção<br />
reconhecida pela indústria automóvel e respectivos fornecedores.<br />
A certificação da fábrica francesa garante, entre outras características,<br />
o seu excelente rendimento em termos de orientação para<br />
o cliente e cumprimento de to<strong>das</strong> as especificações de clientes,<br />
normas e leis. O prémio Q1 da Ford serve como requisito imprescindível<br />
para a manutenção de relacões comerciais com a Ford e<br />
suas empresas filiais do grupo Ford, como as Aston Martin, Jaguar,<br />
Land Rover, Mazda e Volvo.<br />
"Para a Beru, esta valiosa distinção supõe uma importante confirmação<br />
<strong>das</strong> propostas de qualidade, meio ambiente e inovação<br />
da fábrica de Chazelles-sur-Lyon”, sublinha o director da fábrica<br />
Beru TDA, Bernard Genaud.<br />
Na Beru TDA, amplas medi<strong>das</strong> de certificação precederam o<br />
prémio Q1 da Ford. Os standards da Ford exigem aos seus fornecedores,<br />
entre outros, o cumprimento <strong>das</strong> normas de qualidade<br />
ISO TS 16949. Em Outubro de 2005, em Chazelles-sur-Lyon, realizou-se<br />
também uma certificação do meio-ambiente completa de<br />
acordo com a norma ISO 14001, precedida por medi<strong>das</strong> ecológicas<br />
de modernização e uma formação intensiva dos trabalhadores.<br />
Para além disso, a Beru TDA teve que cumprir com as directrizes<br />
detalha<strong>das</strong> nas Global Materials Management Operations Guidelines<br />
- Logistics Evaluation (GLOBAL MMOG/LE) para a certificação<br />
segundo o Ford Q1 2002. Com estas directrizes, empresas<br />
europeias e americanas da indústria automóvel querem melhorar<br />
ainda mais os sectores de intercâmbio electrónico de dados e processos<br />
logísticos. Para a obtenção do prémio Q1, também foram<br />
obrigatórios uma precisão de 100% na entrega e uma taxa zero de<br />
erros sobre um milhão de peças.<br />
Monroe<br />
regressa à competição<br />
A Tenneco, através da conhecida<br />
marca de amortecedores<br />
Monroe, regressou<br />
este ano à competição automóvel<br />
ao mais alto nível.<br />
Apoiando fortemente a<br />
equipa JAS, que faz correr<br />
os Honda Accord no Campeonato<br />
do Mundo de veículos<br />
de Turismo, a Tenneco,<br />
passa assim a ter mais um<br />
importante campo de pesquisa<br />
e desenvolvimento dos seus produtos.<br />
Novidades Europeças<br />
A Europeças apresentou recentemente diversas novidades ao<br />
nível de produtos. Da gama de produtos passou a fazer parte a<br />
MetalCaucho, que permite à Europeças completar a oferta ao nível<br />
do ciclo de refrigeração, juntando radiadores Valeo e tubagens<br />
MetalCaucho.<br />
Apresentando a mais completa gama do mercado em peças de<br />
metal-borracha, o catálogo da MtealCaucho também já está disponível.<br />
Ao nível da Blueprint, da qual a Europeças é um dos mais recentes<br />
distribuidores, passou a estar disponível um inovador catálogo<br />
de peças por veículos, bem como um completo catálogo<br />
informático. Actualmente, a Europeças disponibiliza mais de<br />
15.000 referências da marca Blueprint.<br />
Nos amortecedores Sachs a Europeças passou a ter em stock o<br />
Kit Plus com rolamento, enquanto da marca Bosch passaram a<br />
estar disponíveis as novas velas de incandescência para o Peugeot<br />
206 e o Citroen C3.<br />
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14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
BREMBO<br />
A CAMINHO DO LESTE<br />
Uma nova fundição, situada em<br />
Dabrowa (Polónia), foi inaugurada<br />
pelo grupo Brembo, representando<br />
um investimento de € 45<br />
milhões. Com esta nova fundição<br />
a empresa aumenta a sua capacidade<br />
para as 160.000 tonela<strong>das</strong><br />
anuais, o que lhe permite efectuar<br />
a produção integral dos seus sistemas<br />
de travagem, aumentando a<br />
eficiência e a rentabilidade operacional.<br />
A Brembo já investiu €<br />
100 milhões na Polónia, desde<br />
1995, devendo acrescentar mais €<br />
20 milhões em 2006, à unidade<br />
agora inaugurada.<br />
FROTAS CONTROLADAS<br />
COM FT iCom DA SIEMENS<br />
O novo dispositivo telemático<br />
da Simens permite aos frotistas saber<br />
em tempo real a posição e a<br />
rota dos seus veículos (ligeiros ou<br />
pesados), podendo adaptar-se a<br />
sistemas de navegação profissionais<br />
e a sistemas de gestão de frota<br />
mais complexos e avançados. O<br />
FT iCom regista também todos os<br />
dados do veículo (data, hora, distância<br />
percorrida, velocidade e<br />
tempo de condução), que são<br />
transmitidos por um modem<br />
GPRS/GSM para um centro dados,<br />
a fim de serem analisados<br />
posteriormente. Este sistema da Simens<br />
permite aos frotistas resolverem<br />
as suas necessidades básicas<br />
de gestão de frota, com um investimento<br />
relativamente reduzido.<br />
SEMI-REBOQUES<br />
BEM ILUMINADOS<br />
O novo sistema de iluminação<br />
para semi-reboques da Hella -<br />
Easy Conn – é muito fácil de instalar<br />
e oferece uma completa estanquecidade.<br />
No piloto posterior,<br />
a luz de presença é assegurada por<br />
lâmpa<strong>das</strong> de 10 W, cuja luz atravessa<br />
o triângulo reflector incorporado,<br />
criando uma ampla área<br />
de iluminação. Além disso, os pilotos<br />
com braço são fabricados<br />
em borracha flexível, sendo imunes<br />
à entrada de água e pós. Os<br />
pilotos laterais são fabricados<br />
com tecnologia led, assegurando<br />
uma boa iluminação e uma vida<br />
útil extensa. O sistema Easy Conn<br />
permite reduzir os custos de manutenção<br />
de frotas e evitar acidentes<br />
rodoviários, estando homologados<br />
para transporte de mercadorias<br />
perigosas.<br />
Hengst vence<br />
pirataria de marcas<br />
No passado mês de Abril, a alfândega de Malta destruiu mais de<br />
200.000 filtros para veículos ligeiros. Tratava-se de plágios chineses da<br />
marca Hengst. O Tribunal de Malta decidiu a destruição imediata dos<br />
filtros para impedir o acesso destes produtos falsificados ao mercado.<br />
Para Rolf Sudmann, responsável pela Divisão de Ven<strong>das</strong> Aftermarket<br />
da Hengst “Esta apreensão de filtros falsificados significa uma grande<br />
vitória, pois o comércio de plágios não só provoca um prejuízo financeiro<br />
significante como também é ruinoso para a imagem da nossa marca,<br />
uma vez que se trata de produtos de qualidade medíocre, comercializados<br />
com o nosso nome. Para garantir o negócio independente de peças<br />
de reposição a longo prazo, é importante que nós, como fabricantes da<br />
marca, actuemos de forma decidida e severa contra a pirataria“.<br />
Mediante inspecção dos filtros, a firma Hengst constatou que to<strong>das</strong> as<br />
características exteriores eram cópias dos originais. “Por vezes, as cópias<br />
não são diferenciáveis dos originais à primeira vista. A sua utilização<br />
pode ter consequências fatais para o motor que pode avariar totalmente<br />
ou até se incendiar“, ressalta Frank Mendel.<br />
Os filtros falsificados que foram destruídos em Malta, eram oriundos<br />
da China, fabricados em plásticos e compostos de vários componentes<br />
individuais. A soldagem insuficiente <strong>das</strong> junções dos materiais pode<br />
provocar a queda de pingos de combustível sobre o motor quente. Este<br />
combustível pode deflagrar e originar um incêndio no motor. Por outro<br />
lado, as propriedades de filtragem medíocres podem entupir os injectores<br />
e provocar a falha total do motor.<br />
Em vista dos factos de que os filtros apreendidos eram plágios, foi intentado<br />
um processo judicial por violação dos direitos de marca no tribunal<br />
de Malta, tendo a justiça maltesa decidido em favor da firma<br />
Hengst e ordenado a destruição imediata de todos os filtros pela entidade<br />
alfandegária competente.<br />
Para combater a pirataria, a Hengst tomou já uma série de medi<strong>das</strong><br />
para descoberta e perseguição judicial <strong>das</strong> violações dos direitos de<br />
marca e de patente. Destas medi<strong>das</strong> fazem parte tanto contactos estreitos<br />
com as alfândegas nacionais e internacionais, repartições de registros<br />
de patentes, câmaras de comércio e associações, assim como acções<br />
de esclarecimento em conjunto com outros fornecedores de equipamento<br />
original à indústria automobilística. “<strong>Oficinas</strong>, retalhistas, distribuidores<br />
e outros canais de ven<strong>das</strong> são, cada vez mais, sensibilizados para<br />
reconhecerem por si mesmos os plágios no mercado e para os participarem“,<br />
declara Frank Mendel.<br />
Os piratas de produtos não conhecem<br />
limites. Os produtos falsificados são<br />
vendidos sob nomes de fantasia tais<br />
como Hingst, Mengst ou Honest em letra<br />
facilmente confundível com a original.<br />
Nem a identificação “Made in Germany“<br />
impede os piratas de enganarem os<br />
consumidores que substituem este<br />
símbolo de qualidade por “Maybe in<br />
Germany“ ou “Made for Germany“ por<br />
exemplo.<br />
Da esquerda para a direita: Filtro Hengst<br />
original com embalagem em comparação<br />
com um plágio de baixo preço. As cópias<br />
não são identificáveis como cópias logo à<br />
primeira vista e as conseqüências podem<br />
ser fatais.<br />
A destruição dos filtros falsificados<br />
Hengst em Malta.<br />
Auto Rabal<br />
promove Jornada<br />
de Negócios<br />
Foi num ambiente informal<br />
e descontraído que decorreu<br />
a Jornada de Negócios<br />
à mesa, promovido pela<br />
Auto Rabal no dia 7 de Abril<br />
no Hotel Flôr de Sal em Viana<br />
do Castelo.<br />
Estiveram presentes mais<br />
de 45 convidados, entre <strong>Oficinas</strong><br />
Multimarca, Empresas<br />
de Acessórios e Peças Auto<br />
do distrito de Viana do Castelo,<br />
representantes da Ford<br />
Lusitana e pneus Continental,<br />
que tiveram a oportunidade<br />
de assistir à divulgação<br />
dos vários programas de comercialização<br />
de peças Ford<br />
para o exterior, disponibilizados<br />
pela Auto Rabal.<br />
Num mercado difícil, onde<br />
a concorrência é forte, a Auto<br />
Rabal conseguiu aumentar no<br />
ultimo ano o seu volume de<br />
venda de peças para o exterior,<br />
o que foi considerado pelos<br />
responsáveis desta empresa<br />
como um saldo muito positivo,<br />
atendendo à difícil<br />
situação económica que o<br />
mercado automóvel atravessa<br />
no nosso pais.<br />
Para melhor superar estas<br />
contrariedades, e para melhor<br />
ajudar a dinamizar o negócio<br />
de peças para o exterior,<br />
a Auto Rabal conta com a<br />
Programa da Ford que se intitula<br />
Part Plus- Rede<br />
Especializada em Ven<strong>das</strong><br />
para o Exterior. Com este<br />
programa, consegue garantir<br />
uma melhor capacidade de<br />
prestação de serviços, possibilitando<br />
também premiar os<br />
seus clientes mais fiéis.<br />
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Os nossos testes são feitos no<br />
ambiente mais rigoroso da terra.<br />
Os nossos laboratórios.<br />
Se procura peças testa<strong>das</strong> até ao limite, una-se à TRW. Acreditamos que devemos começar com os melhores materiais<br />
possíveis e submeter as nossas peças e sistemas a vários testes rigorosos ao longo de todo o seu percurso. A partir dos nossos<br />
laboratórios de classe mundial, certificamo-nos de que todos os componentes TRW são cientificamente testados, de modo a<br />
garantir o mais alto nível de qualidade, desempenho e durabilidade. Mas não ficamos por aqui. As nossas peças são testa<strong>das</strong><br />
no mundo real, com testes exaustivos na estrada, para garantir o máximo de segurança aos condutores. É bom saber que todos<br />
os produtos TRW foram testados até ao limite em laboratório e na estrada.
16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
NOVO OPEL CORSA SERÁ<br />
APRESENTADO EM LONDRES<br />
A apresentação mundial do<br />
novo Corsa terá lugar no Salão Automóvel<br />
de Londres, no próximo<br />
dia 18 de Julho. A quarta geração<br />
de um dos mais importantes modelos<br />
da Opel terá um design marcante<br />
e vários elementos de tecnologia<br />
inovadores. À semelhança do<br />
que foi realizado com sucesso no<br />
Astra, o novo Corsa estará disponível<br />
em versões de três e cinco portas<br />
com um carácter distinto. Ambas<br />
estarão em exposição em Londres.<br />
O início <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> em<br />
Portugal está previsto para a primeira<br />
semana de Outubro.<br />
ABS E ESP AO ALCANCE<br />
DE QUALQUER OFICINA<br />
Com os novos equipamentos de<br />
diagnóstico da Bosch KTS<br />
520/550/650, to<strong>das</strong> as oficinas poderão<br />
ter acesso aos complexos<br />
sistemas electrónicos dos travões<br />
equipados com ABS e ESP (Electronic<br />
Stability Program), hoje em<br />
dia dia presentes como equipamento<br />
original em viaturas de todos<br />
os segmentos. Consciente da<br />
importância da assistência a sistemas<br />
de travagem e de controlo de<br />
estabilidade para o sector de apósvenda<br />
independente, nos quais a<br />
simples mudança de fluido hidráulico<br />
requer procedimentos e diagnósticos<br />
específicos, a Bosch lançou<br />
no mercado a série KTS de<br />
máquinas de diagnóstico electrónico,<br />
capazes de verificar rapidamente<br />
todos os circuitos e sensores<br />
incluídos nesses sistemas.<br />
TENNECO PREPARA<br />
O SALTO PARA 2007<br />
Depois de ter registado um<br />
crescimento de ven<strong>das</strong> de 4% em<br />
2006, a Tenneco Inc., espera facturar<br />
em 2007 mais 24% do que<br />
este ano. O aumento de receitas e<br />
de lucros servirá para a empresa<br />
reduzir a sua considerável dívida,<br />
apesar dos lucros de 58 milhões de<br />
dólares averbados em 2005, com<br />
um volume de negócios de 4,44<br />
bilhões de dólares. A redução <strong>das</strong><br />
margens na indústria fornecedora<br />
e a subida de preços de matériasprimas,<br />
bem como os cortes de<br />
produção dos principais construtores<br />
americanos (GM e FORD),<br />
provocaram falências em série na<br />
cadeia de distribuição, obrigando<br />
os grandes grossistas a financiar<br />
os pequenos distribuidores.<br />
Mi<strong>das</strong> com<br />
nova campanha<br />
Até ao final do mês de<br />
Maio, a Mi<strong>das</strong> estará a efectuar<br />
uma campanha de travagem<br />
para os seus clientes.<br />
Esta campanha consiste na<br />
comercialização de um par<br />
de pastilhas de travão Bendix<br />
a 59€ para to<strong>das</strong> as marcas de<br />
automóveis (tudo incluido),<br />
com garantia de 2 anos ou<br />
20.000 km.<br />
A oferta de peças e componentes para os veículos<br />
asiáticos é cada vez maior no Aftermarket. A<br />
SKF anunciou que a sua gama de peças para veículos<br />
asiáticos é cada vez mais abrangente, fornecendo<br />
rolamentos de ro<strong>das</strong> para cerca de 75% de todos<br />
os veículos fabricados pelas marcas automóveis<br />
asiáticas.<br />
Dos diversos produtos fornecidos para veículos<br />
Montagem profissional<br />
com novo Toolbox da ContiTech<br />
A montagem de correias de distribuição é uma operação que requer<br />
conhecimentos técnicos e ferramentas especiais, para que<br />
tudo fique correctamente instalado. Para auxiliar os profissionais<br />
nestas operações, a Contitech desenvolveu uma caixa de ferramentas<br />
especiais, designada Toolbox, que inclui diferentes conjuntos<br />
de ajustamento e até um estetoscópio, com o qual se podem<br />
localizar ruídos na cambota. Uma ferramenta laser especial, também<br />
incluída na Toolbox, permite testar a tracção e tensão da correia,<br />
garantindo-se assim a correcta instalação da correia de distribuição.<br />
Outra vantagem da caixa de ferramentas ContiTech Toolbox é o<br />
seu preço competitivo, relativamente à compra separada de to<strong>das</strong><br />
as ferramentas que a compõem.<br />
CAR premium aumenta gama Unipart<br />
Desde a sua origem que a CAR premium representa em Portugal os produtos<br />
da Unipart. Recentemente, a gama de produtos foi incrementada<br />
com a adição de amortecedores ao seu portfólio, aumentando desta forma<br />
o leque de peças disponíveis.<br />
Apesar de recomendável a substituição do par de amortecedores num<br />
mesmo eixo, por razões de simplicidade logística para o cliente os amortecedores<br />
Unipart são fornecidos individualmente.<br />
As embalagens individuais incluem ilustração com as instruções de<br />
montagem, sequência de instalação dos componentes, bem como os binários<br />
de aperto <strong>das</strong> diferentes fixações.<br />
A ampla gama de amortecedores Unipart disponibilizada pela CAR premium<br />
permite uma elevada cobertura do parque automóvel nacional.<br />
À semelhança dos restantes produtos Unipart, todos os amortecedores<br />
têm garantia contra defeitos de fabrico e dos materiais.<br />
SKF com gama asiática<br />
mais abrangente<br />
asiáticos, contam-se as bombas de água e as correias<br />
de distribuição com vedantes do motor, o que representa<br />
uma diferenciação face á concorrência.<br />
O centro de desenvolvimento que a SKF dispõe<br />
em Singapura, permite-lhe acompanhar “in-loco” o<br />
mercado asiático, dando dessa forma uma resposta<br />
mais rápida às necessidades do mercado de reposição<br />
de peças.<br />
BCA inaugurou<br />
primeiro Centro Operacional<br />
A BCA – Vehicle Remarketing inaugurou no passado mês de<br />
Abril o seu primeiro Centro Operacional, um espaço inovador que<br />
reúne um vasto conjunto de serviços de preparação e manutenção<br />
de viaturas automóveis. Para criar este espaço, a BCA reuniu o<br />
maior número possível de parceiros especialistas, de forma a oferecer<br />
num mesmo espaço físico, todos os serviços que necessários<br />
a quem possua viaturas ou tenha a seu cargo a gestão de frotas de<br />
viaturas. Neste sentido, estão presentes no Centro Operacional as<br />
seguintes empresas: Pneuvita; Glassdrive; CA Portugal; Chipsaway;<br />
Chevron e Volanteserv. A BCA gere ainda o processo de entrega<br />
de viaturas novas, bem como o de diagnóstico e preparação<br />
de viaturas usa<strong>das</strong> para venda, para além de possuir pacotes especiais<br />
que simplificam a utilização dos serviços do Centro Operacional.<br />
Apesar da sua vocação primordial para gestoras de frota, todos<br />
os serviços estão disponíveis para outras empresas e para particulares.<br />
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EM ACESSÓRIOS... HÁ QUEM TENHA OUTRAS OPÇÕES<br />
ESPECIALISTAS AO SEU SERVIÇO EM 1.º EQUIPAMENTO<br />
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18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
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Sikkens<br />
lança Programa de Garantia de Vida<br />
A Akzo Nobel CR,<br />
que comercializa a<br />
marca Sikkens, lançou<br />
recentemente um<br />
novo Programa de<br />
Garantia de Vida<br />
para todos os seus<br />
clientes.<br />
O Programa Sikkens<br />
de Garantia de<br />
Vida resulta numa<br />
oportunidade de oferecer<br />
<strong>das</strong> casas de repintura<br />
oferecerem<br />
aos seus clientes o<br />
melhor acabamento e<br />
a melhor garantia<br />
disponível.<br />
Desta maneira, to<strong>das</strong><br />
as oficinas de<br />
Sikkens que participem<br />
do programa oferecerão uma garantia<br />
sobre as reparações durante a vida útil<br />
do veículo.<br />
O Programa de<br />
Garantia de Vida<br />
Sikkens oferece vantagens<br />
tanto ao proprietário<br />
do veículo<br />
como oficina.<br />
Assim, para o proprietário<br />
do veículo,<br />
a Sikkens garante a<br />
qualidade do acabamento<br />
final, aconselhando<br />
ainda sobre a<br />
melhor maneira de<br />
manter a pintura do<br />
veículo em perfeito<br />
estado.<br />
Para a oficina, as<br />
vantagens passam<br />
pela consolidação da<br />
imagem de qualidade<br />
em serviço e produto,<br />
pela fidelização dos clientes, aumentando<br />
a sua satisfação e pela captação de<br />
mais clientes.<br />
Multiplicar as compras<br />
com o Multi-Insígnias<br />
O Grupo Os Mosqueteiros vai disponibilizar<br />
a todos os seus clientes, a partir<br />
de 23 de Março, um Cartão de Crédito<br />
Multi-Insígnias para utilização em<br />
to<strong>das</strong> as superfícies comerciais aderentes<br />
<strong>das</strong> suas insígnias não-alimentares:<br />
Stationmarché (centro-auto), Bricomarché<br />
(bricolage) e Vêtimarché (vestuário).<br />
Fruto de uma parceria<br />
com a Credibom, o Cartão<br />
de Crédito Multi-Insígnias<br />
permite ao cliente<br />
aceder gratuitamente a<br />
uma linha de crédito,<br />
sendo o cartão isento de<br />
quaisquer anuidades ou<br />
custos de adesão. Grátis<br />
e imediatamente entregue<br />
aos clientes que o solicitem<br />
no balcão de<br />
atendimento <strong>das</strong> Lojas, que a partir de<br />
23 de Março aderirem a esta nova modalidade<br />
de pagamento.<br />
Com mensalidades a partir de 25,00<br />
Euros - defini<strong>das</strong> em função do montante<br />
utilizado – o Cartão de Crédito<br />
Multi-Insígnias dá ao cliente a oportunidade<br />
de efectuar o pagamento de forma<br />
flexível e com acesso a promoções<br />
exclusivas destina<strong>das</strong> apenas aos detentores<br />
deste cartão.<br />
Este cartão permite ainda a criação<br />
de sinergias e incentiva os clientes a visitar<br />
as três insígnias não-alimentares<br />
do Grupo Os Mosqueteiros, dado que o<br />
mesmo Cartão pode ser utilizado para<br />
aceder a facilidades de pagamento no<br />
Bricomarché, Stationmarché e Vêtimarché.<br />
Com o lançamento deste cartão, cuja<br />
imagem está adaptada a cada uma <strong>das</strong><br />
insígnias, o Grupo Os Mosqueteiros<br />
pretende facilitar o acesso do consumidor<br />
ao crédito, oferecendo-lhe ainda a<br />
possibilidade de poder efectuar to<strong>das</strong> as<br />
compras a prestações suaves, conduzindo<br />
à gestão eficaz do orçamento familiar,<br />
necessária e fundamental nos<br />
tempos de crise económica já sentida<br />
por muitos portugueses.<br />
AMC<br />
apresenta novo catálogo<br />
A AMC lançou já este ano um novo catálogo<br />
de cabeças de motor desnu<strong>das</strong>, de cabeças de<br />
motor completas e de acessórios.<br />
Com este novo catálogo, a AMC colocou à<br />
disposição dos clientes portugueses aproximadamente<br />
60 novas referências de cabeças de<br />
motor (desnu<strong>das</strong> e completas), aumentando<br />
desta forma a sua abrangência relativamente<br />
ao mercado.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Maio 2006 19<br />
UFI-SOFIMA<br />
leva importadores a S. Tomé e Príncipe<br />
A conhecida marca de filtros UFI- SOFIMA premiou mais uma<br />
vez os importadores que atingiram os objectivos propostos no ano de<br />
2005 com uma viagem. Este ano a viagem teve como destino a ilha<br />
de S. Tomé e Príncipe tendo-se realizado no passado mês de Março.<br />
Tratou-se de uma inédita viagem ao “paraíso” de S. Tomé, onde os<br />
participantes tiveram a oportunidade de conviver, reforçando também<br />
as parcerias comerciais para o futuro.<br />
Norton<br />
lança nova gama<br />
A Norton, marca de abrasivos<br />
da Saint Gobain, passou a disponibilizar<br />
uma nova gama a qual designou<br />
por Norton Pro.<br />
Para diversas aplicações, o Norton<br />
Pro, está disponível em tiras,<br />
folhas e discos (não perfurados e<br />
perfurados), em Norgrip (velcro<br />
normal) e em Soft Touch (espuma<br />
em velcro).<br />
Trata-se de um abrasivo de alta performance a alta temperatura,<br />
de óxido de alumínio semi-friável com um sistema de aglomerante<br />
sintético. Nos casos em que usa espuma de velcro oferece uma<br />
grande resistência ao emparamento, oferecendo um ganho importante<br />
de tempo na preparação de superfícies antes da pintura e<br />
limpeza de cama<strong>das</strong>.<br />
As vantagens da utilização da nova gama Norton Pro Norgrip<br />
passam por uma maior rácio de corte e maior duração, contribui<br />
para uma superfície perfeita, elimina o risco de arranhões e reduz<br />
o tempo de trabalho.<br />
Por sua vez, Norton Pro Soft Touch apresenta como vantagens<br />
uma melhor adaptação às formas curvas e às arestas, absorve vibrações<br />
devio à flexibilidade dos discos, maior duração e redução<br />
do tempo de lixagem pela utilização de grãos muitos finos em lidadoras<br />
orbitais.<br />
Novos limpa vidros<br />
Redex<br />
A Plural, empresa que representa<br />
a marca Redex, lançou<br />
recentemente para o mercado<br />
português quatro novas<br />
colónias limpa vidros para o<br />
automóvel.<br />
De uso directo, estes quatro<br />
limpa vidros usam perfumes<br />
criteriosamente seleccionados,<br />
permitindo enquanto<br />
limpa e desengordura, perfurmar<br />
o automóvel com um dos<br />
quatro aromas (rosa, azul,<br />
ouro e verde) de acção prolongada.<br />
PUB<br />
Estra<strong>das</strong> portuguesas em debate<br />
Subordinado ao tema “A Política Rodoviária – Os Próximos<br />
10 Anos”, decorreu no passado mês de Abril o IV Congresso<br />
Rodoviário Português, que trouxe ao Centro de Congressos<br />
do Estoril, cerca de 650 pessoas. Muitos dos debates<br />
realizados não deixaram dúvida sobre a generalizada consciência,<br />
no sector rodoviário, de que em matéria de ‘futuro’,<br />
se aproxima o horizonte temporal onde a construção será suplantada<br />
pela conservação e beneficiação de estra<strong>das</strong>. Para<br />
esse efeito concorrem, sobretudo, dois factores: Por um<br />
lado, a progressiva execução do Plano Rodoviário PRN<br />
2000; por outro, as exigências dos utentes da rede rodoviária<br />
nacional, que cada vez menos aceitam níveis muito diferenciados<br />
de prestação de serviço (designadamente, entre autoestra<strong>das</strong>,<br />
por um lado, e estra<strong>das</strong> nacionais e municipais, por<br />
outro) e a simultânea necessidade de continuada redução da<br />
sinistralidade rodoviária.<br />
Por sua vez, a problemática da sinistralidade rodoviária<br />
está a obrigar a re-equacionar orientações assumi<strong>das</strong>. Com<br />
efeito, a evolução dos veículos automóveis, em matéria de<br />
motorizações disponíveis, mesmo em veículos de ‘classe<br />
económica’, e o progressivo apetrechamento de todos os<br />
veículos, incluindo pesados, com equipamento de apoio à<br />
condução e de segurança activa, obrigam o projectista de estra<strong>das</strong><br />
a rever conceitos de traçado e equipamentos auxiliares,<br />
que tiveram a sua ‘época’, mas hoje já não respondem<br />
às necessidades do tráfego rodoviário.<br />
Nessa lógica de alteração do paradigma da relação ‘estrada-veículo-condutor’,<br />
as tecnologias da informação assumem<br />
um papel relevante. Essa função carece, contudo, de<br />
análise aprofundada, para que se encontre o ‘ponto de equilíbrio’<br />
entre auxílios à condução e a ‘perturbação’ gerada<br />
por crescente quantidade de informação disponilibilizada<br />
em ‘tempo real’, ao condutor. Um exemplo comprovado é a<br />
utilização de ‘sistemas de navegação a bordo’. A experiência<br />
mostra que os condutores mais idosos não são capazes<br />
de conciliar o uso desses equipamentos com uma condução<br />
segura, por manifesta dificuldade de se concentrarem em<br />
duas tarefas, simultaneamente.<br />
Apresentações e debates no decurso do Congresso enfatizaram<br />
o facto de um sustentado crescimento económico ser<br />
indissociável de uma infra-estrutura rodoviária que se adapte<br />
às exigências de mobilidade da Sociedade que serve.<br />
Caixas Negras<br />
nos automóveis<br />
Em paralelo com a realização do Congresso<br />
Rodoviário Português, a Cepsa Portuguesa em<br />
conjunto com o Centro Rodoviário Português<br />
(CRP), realizaram um jantar-debate dedicado<br />
ao tema “Caixas Negras nos veículos ligeiros”.<br />
Das conclusões deste debate, salientamos os resultados<br />
apresentados por diversos estudos europeus<br />
de segurança rodoviária, que indicam ser<br />
possível prevenir cerca de 25% dos acidentes<br />
com a implementação de caixas negras nos veículos<br />
automóveis ligeiros, o que equivale a uma<br />
redução de 1.240 vítimas no total de veículos<br />
acidentados, em 2005, nas estra<strong>das</strong> portuguesas.<br />
Embora existam já mecanismos de detecção<br />
de perigos nos veículos modernos, como o Airbag<br />
e o ABS, estas caixas podem oferecer às entidades<br />
dados mais fiáveis, como a velocidade,<br />
forma de aceleração e comportamento do condutor<br />
face a um obstáculo, vitais para determinar<br />
responsabilidades.<br />
Esta medida está já a ser analisada pela Comissão<br />
Europeia, e no caso de ser concretizada,<br />
terá um efeito preventivo e pedagógico, alertando<br />
para os perigos antes do acidente ocorrer. É<br />
fundamental uma mudança de cultura, através<br />
de uma atitude colaborativa e pedagógica dos<br />
mecanismos de prevenção, para uma melhoria<br />
da sinistralidade em Portugal.
20<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
5ª Encontro de clientes<br />
Carsistema<br />
Peugeot aposta forte<br />
nas peças e no após-venda<br />
A Carsistema - Representações, S.A., empresa especialista do<br />
sector da repintura automóvel, líder na Península Ibérica, realizou<br />
com os clientes da sua rede de distribuição, no passado mês de Fevereiro,<br />
o 5º Encontro de clientes Carsistema.<br />
Desta vez, a Carsistema, S.A. levou um grupo constituído por<br />
cerca de 70 pessoas, ao Brasil, na paradisíaca região de Natal, usufruindo<br />
de uma semana de convívio, relaxe e boa disposição, assim<br />
se aprofundando os laços de profundo relacionamento desta<br />
grande equipa comercial.<br />
A Carsistema, S.A. agradeceu desta forma, aos seus clientes da<br />
rede de distribuição, o esforço contínuo no sentido do sucesso comercial<br />
de todos.<br />
Mota & Pimenta<br />
lança novo sistema de secagem<br />
A Peugeot Portugal abriu recentemente<br />
um novo Centro de<br />
Distribuição de Peças em Alverca.<br />
Trata-se de uma abordagem<br />
muito séria e profissional<br />
da Peugeot ao mercado <strong>das</strong> peças,<br />
num investimento que em<br />
2007 deverá gerar um volume<br />
de negócios de 10 milhões de<br />
euros.<br />
Numa política de profissionalização<br />
do negócio de peças,<br />
este Centro tem como objectivo<br />
aumentar o volume de negócios<br />
e melhorar a qualidade<br />
do serviço prestada aos Reparadores<br />
Autorizados e Reparadores<br />
Independentes. Com<br />
uma área de 2000m2 de armazenamento<br />
e 200m2 de escritórios,<br />
o Centro entrou em funcionamento<br />
em Março, e a sua<br />
área de distribuição abrange a<br />
zona da Grande Lisboa.<br />
A Peugeot reforçou também<br />
a sua presença comercial na<br />
zona da grande Lisboa, com a<br />
abertura de uma nova Sucursal<br />
em Oieras, num investimento<br />
superior a 5 milhões de euros e<br />
vai criar ao todo 40 postos de<br />
trabalho.<br />
O novo espaço Peugeot vem<br />
reforçar a presença da marca<br />
no mercado português, juntando-se<br />
a uma rede de 40 Concessionários<br />
de Veículos Novos<br />
e cerca de 70 Reparadores<br />
Autorizados, que nos últimos<br />
sete anos investiu cerca de 60<br />
milhões de Euros no território<br />
nacional.<br />
Construí<strong>das</strong> de acordo com<br />
o conceito “Blue Box”, que<br />
constitui a imagem de marca<br />
dos Concessionários Peugeot,<br />
as instalações de Oeiras ocupam<br />
uma área total de 4500<br />
m2, dos quais 1600 m2 em<br />
área coberta desenvolvendo to<strong>das</strong><br />
as actividades da marca,<br />
ven<strong>das</strong> de novos, usados e serviços<br />
(mecânica, carroçaria e<br />
serviço Peugeot Rapide).<br />
Uma <strong>das</strong> mais recentes novidades da<br />
Mota & Pimenta foi a introdução de um<br />
sistema de secagem “Venturi System” com<br />
dois sopradores.<br />
Este equipamento está concebido para<br />
reduzir os tempos de secagem com duas<br />
pistolas sopradoras e um suporte, o qual pode ser ajustado em altura.<br />
A distância entre as pistolas sopradoras é também ajustável permitindo<br />
desta forma ao utilizador alcançar melhor a posição de secagem<br />
possível em relação à superfície a secar. Ambas as pistolas sopradoras<br />
(com filtro) são de fácil remoção para a utilização manual<br />
(para retoques).<br />
A dimensão deste equipamento é de 170 cm de altura, 50 cm de<br />
comprimento e 90 cm de largura. Está disponível com 10% de desconto<br />
até dia 31 de Maio.<br />
A Peugeot Portugal investiu num<br />
novo centro de distribuição de<br />
peças na zona da grande Lisboa,<br />
que irá gerar um volume de<br />
negócios de 10 milhões de euros.<br />
Em Oeiras foi ainda inaugurada<br />
uma nova Sucursal da marca da<br />
marca francesa.<br />
PUB
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
CATÁLOGO DE ACESSÓRIOS<br />
HELLA PARA 2006<br />
Toda a vasta gama de acessórios<br />
de iluminação e outros da<br />
gama Hella estão neste novo catálogo,<br />
cujas principais novidades<br />
são os faróis piloto prateados<br />
destinados ao Opel Astra GTC e<br />
ao Seat León, os faróis negros<br />
para o VW Golf V, bem como<br />
os novos pilotos para este mesmo<br />
modelo.<br />
Segundo a Hella, o produto<br />
mais inovador é o novo tipo de<br />
pilotos para o VW Golf V, com<br />
tecnologia LED.<br />
NOVO CATÁLOGO<br />
FLEXOVIT<br />
A empresa Saint-Gobain<br />
Abrasivos publicou o novo catálogo<br />
<strong>das</strong> marcas Flexovit e<br />
Debray, que está dividido em<br />
duas partes, a fim de facilitar a<br />
busca. Na primeira parte incluem-se<br />
as soluções para o sector<br />
industrial (discos de corte e desbaste,<br />
abrasivos aplicados, flexbrite,<br />
discos de diamante, abrasivos<br />
aglomerados e fresas de<br />
carboneto de tungsténio).<br />
Na segunda parte, destinada<br />
aos profissionais e aos amadores<br />
de bricolage, estão as linhas Flexovit-MERCH<br />
de discos de corte<br />
e desbaste, discos de diamante,<br />
abrasivos aplicados e aglomerados,<br />
bem como acessórios<br />
diversos.<br />
PUB<br />
Carsistema<br />
apresenta Q.SILVER<br />
A Carsistema, S.A. representante exclusiva<br />
para Portugal dos inovadores abrasivos Mirka<br />
para repintura automóvel, apresentou recentemente<br />
o Q.SILVER.<br />
O Q.SILVER é um abrasivo com uma óptima<br />
agressividade, garantindo um desbaste rápido e<br />
eficaz. Outra <strong>das</strong> características muito importante<br />
deste abrasivo é a sua elevada resistência<br />
às altas temperaturas provoca<strong>das</strong> pelo processo<br />
de lixagem, apresentando também um óptimo<br />
desempenho em lixagem profunda até à chapa.<br />
Estando disponível em folhas e tiras, o Q.<br />
SILVER pode ser comercializado em discos<br />
com 15 furos, permitindo dessa forma uma aspiração<br />
sem comparação com os discos convencionais.<br />
Especificações Técnicas:<br />
Grão - Óxido de alumínio<br />
Cola - Resina sobre resina<br />
Revestimento protector - P80 – P150 D-Paper<br />
- P180 – P500 C – Paper<br />
- P600 – P1500 B- Paper<br />
Gama de Grãos - P80 - 320,<br />
P400 - 500, 600, 800, 1200, 1500<br />
José G. Neto representa Corteco<br />
A empresa José G. Neto, Lda. é, desde o início do passado mês de Abril, o Representante<br />
exclusivo para Portugal da prestigiada marca Corteco.<br />
A Corteco é o maior e mais importante fabricante de peças de estanquicidade para o<br />
primeiro equipamento <strong>das</strong> principais marcas de automóveis e camiões nomeadamente:<br />
Audi, BMW, Citroen, Mercedes, Ford, MAN, Mitsubishi, Nissan, Opel, Peugeot, Renault,<br />
Porsche, Saab, Scania, Seat, Skoda, Volvo e Volkswagen.<br />
A Corteco está integrada no Grupo FREUDENBERG, que possui uma enorme dimensão<br />
mundial, assente nas 320 Empresas que dispõe em 44 países, empregando um total<br />
de 27.700 empregados, tendo realizado mais de 4.000 Milhões de Euros em ven<strong>das</strong> em<br />
2005, dos quais 43% só no sector Automóvel.<br />
A marca Corteco dispõe de uma vasta gama de produtos, dos quais se destacam retentores<br />
(radiais e de válvula), jogos de Juntas de cabeça de motor, suportes de motor de<br />
transmissão e de chassis, filtros de habitáculo, kits de cubo de roda e tubos de travão.<br />
A logística para Portugal é assegurada pelo armazém central da Corteco situado em<br />
Barcelona, capaz de satisfazer, em 48 horas, todos as encomen<strong>das</strong> com elevada qualidade<br />
de serviço, segundo o importador.<br />
Continental<br />
ContiTech<br />
com independentes<br />
O especialista de sistemas de transmissão<br />
de potência (correias), para o<br />
mercado de substituição, apelou ao<br />
sector de distribuição independente, no<br />
sentido de reforçar a sua equipa de<br />
ven<strong>das</strong> na península ibérica.<br />
São onze novos agentes livres, com<br />
uma cobertura de to<strong>das</strong> as regiões/províncias<br />
de Espanha e Portugal, que assim<br />
irão desenvolver um trabalho mais<br />
próximo do mercado.<br />
A estratégia e objectivos foram definidos<br />
na I Convenção de Representantes<br />
Continental ContiTech, por Catherine<br />
Chatellard (Chefe de Produto) e<br />
por José Maria Barros (Técnico de Formação).<br />
Portepim<br />
propõe programa Garantia Vitalícia<br />
Novo Director<br />
Comercial ibérico<br />
da Icer<br />
Desde o passado dia 15 de Abril que<br />
Rubén Llánder, assumiu as ven<strong>das</strong> da Icer<br />
para os mercados espanhol e português<br />
como Director Comercial.<br />
Rubén Llánder desenvolve, desde 1988,<br />
o seu trabalho na Icer no departamento comercial<br />
com responsabilidade directa sobre<br />
outros mercados.<br />
O novo Director Comercial da Icer Brakes<br />
para Espanha e Portugal irá contar<br />
com a colaboração de uma adjunta Comercial,<br />
Virginia Lacunza, que estará encarregue<br />
dos mesmo mercados.<br />
Com eles e com a actual equipa comercial<br />
formada por Gonzalo Irujo, Chefe de<br />
Ven<strong>das</strong> em Espanha e Portugal, Cristina<br />
Rox e Beatriz Castillejo como assistentes<br />
comerciais, a Icer Brakes espera reforçar a<br />
sua posição num mercado tão exigente e<br />
competitivo como é o mercado ibérico.<br />
Programa para conexão a PC<br />
2.500,00 € + I.V.A.<br />
Portátil ST-6000 TRUCK<br />
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A Portepim, importadora exclusiva<br />
para Portugal da marca de tintas para repintura<br />
automóvel, MaxMeyer, apresentou<br />
o programa “Garantia Vitalícia”.<br />
Este programa foi criado<br />
para benefício tanto<br />
dos proprietários<br />
dos veículos como<br />
<strong>das</strong> oficinas de repintura<br />
aderentes.<br />
Esta Garantia cobre<br />
todos os sistemas<br />
de reparação<br />
aprovados pela<br />
MaxMeyer desde que<br />
sejam realizados exclusivamente<br />
com os produtos<br />
MaxMeyer.<br />
Com esta garantia os proprietários<br />
dos veículos têm plena segurança, a<br />
partir do momento em que o veículo entra<br />
num estabelecimento autorizado MaxMeyer,<br />
que todos os produtos oferecem as<br />
melhores garantias de qualidade.<br />
Por outro lado, o acto de deixar o veículo<br />
nas mãos de uma oficina de repintura<br />
que exibe o distintivo “Garantia Vitalícia”,<br />
representa para o cliente a segurança<br />
de obter uma reparação realizada com to<strong>das</strong><br />
as garantias nos produtos aplicados e<br />
por técnicos de pintura altamente qualificados.<br />
Por seu turno, as oficinas de<br />
repintura poderão expôr<br />
um distintivo que os<br />
identificará imediatamente<br />
como centros<br />
exclusivos que<br />
respondem aos requisitos<br />
específicos<br />
de qualidade.<br />
A “Garantia Vitalícia”<br />
não só<br />
cumpre com o objectivo<br />
de satisfazer<br />
o cliente, contribuindo<br />
também para aumentar<br />
a boa imagem da oficina<br />
de repintura autorizada.<br />
A formação dos técnicos <strong>das</strong> oficinas<br />
aderentes ao programa “Garantia Vitalícia”<br />
será efectuada pela MaxMeyer,<br />
por intermédio da Portepim. Para se obter<br />
a certificação, um técnico de pintura tem<br />
de completar com êxito um curso de formação.<br />
Só com esta certificação, o técnico<br />
fica habilitado a realizar todos os procedimentos<br />
cobertos pela “Garantia Vitalícia”<br />
em to<strong>das</strong> as oficinas autoriza<strong>das</strong>.
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
TECNOLOGIA DE IRÍDIO NAS<br />
VELAS CHAMPION<br />
As novas velas Champion, com<br />
eléctrodo central em irídio e eléctrodo<br />
de massa em forma de “V“,<br />
apresentam uma elevada resistência<br />
ao desgaste e podem gerar<br />
chispa nas piores circunstâncias<br />
de acumulação de depósitos, resistindo<br />
à erosão e altas temperaturas.<br />
Vida útil superior a 120 mil<br />
km, menor consumo de combustível<br />
e menor nível de emissões de<br />
escape são as principais vantagens<br />
da nova vela, cujas primeiras sete<br />
referências foram lança<strong>das</strong> no<br />
mercado, garantindo 119 novas<br />
aplicações.<br />
PRÉMIOS DE INOVAÇÃO NA<br />
AUTOMECHANIKA<br />
As instalações da Feira Internacional<br />
de Frankfurt acolherão este<br />
ano mais uma Automechnika, de<br />
12 a 17 de Setembro, cujo tema<br />
será a “Obtenção de maior rentabilidade<br />
nos negócios de apósvenda”.<br />
O concurso para projectos<br />
inovadores será promovido novamente<br />
este ano, depois do êxito<br />
conseguido na edição anterior.<br />
Um júri independente, julgará as<br />
ideias apresenta<strong>das</strong>, nas 8 categorias<br />
em disputa: peças, sistemas,<br />
tuning, acessórios, reparação/diagnóstico,<br />
reparação/serviços, reparação<br />
de carroçarias/manutenção<br />
e estação de serviço e lavagem<br />
de veículos.<br />
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Novidades Sonicel<br />
para as oficinas<br />
A Sonicel já tem em stock a gama<br />
Magnum da Monroe de amortecedores<br />
de cabina e suspensão para veículos<br />
pesados e reboques, com destaque<br />
para as marcas Daf, Renault,<br />
Volvo, Mercedes e Scania.<br />
Para a marca de lâmpa<strong>das</strong> Trifa,<br />
a Sonicel está a desenvolver uma<br />
campanha, até 30 de Maio, em<br />
que oferece uma bola de futebol<br />
do Mundial 2006, na compra de<br />
100 lâmpa<strong>das</strong> H7 12 V de 55W<br />
com a refª 1607.<br />
Outra <strong>das</strong> novidades tem a ver com a disponibilização<br />
de diversos catálogos. Da Automotive Products passa<br />
a estar disponível o catálogo de Kits de embraiagem, enquanto da<br />
marca KDP está disponível o catálogo 2006 – 2007 de tensores (para<br />
veículos japoneses).<br />
Catálogo Eyquem 2006<br />
com novas referências<br />
Com uma excelente cobertura do parque automóvel<br />
(90% do parque europeu), a Eyquem apresentou<br />
um novo catálogo de velas de incandescência onde<br />
se destacam as novas referências para os mais recentes<br />
modelos de automóveis. As velas de incandescência<br />
Eyquem reduzem o tempo de arranque, permitindo<br />
aos motores Diesel um arranque praticamente<br />
tão rápido como o dos motores a gasolina. Menor<br />
expulsão de fumo “negro azul”, combustão mais<br />
completa e arranque mais ecológico, são outros benefícios<br />
que as velas Eyquem proporcionam.<br />
Civipartes<br />
certifica serviços<br />
Novo<br />
Antigravilha<br />
Soudal<br />
A Mota & Pimenta, como representante<br />
da marca Soudal,<br />
acaba de apresenta uma novidade,<br />
um Antigravilha em cinzento<br />
ou preto (ambos spray) em embalagens<br />
de 500 ml comercializados<br />
em caixas de 12 unidades.<br />
Este produto depois de aplicado,<br />
forma uma película firme mas<br />
elástica, resistente à projecção de<br />
gravilha, proporcionando uma excelente<br />
protecção contra ferrugem,<br />
óleos, combustíveis, água e sal,<br />
absorvendo também as vibrações<br />
sonoras. Trata-se de um produto<br />
que após aplicação seca entre 40<br />
e 60 minutos.<br />
O Grupo Civipartes acaba de<br />
alargar a sua Certificação de<br />
Qualidade ISO 9001:2006 a to<strong>das</strong><br />
as unidades de negócio e<br />
pontos de venda, englobando a<br />
Unidade de Apoio Técnico (incluindo<br />
o reacondicionamento<br />
de órgãos) e serviços de montagem<br />
de vidros e assistência técnica a<br />
equipamentos de autocarros da Unidade<br />
de Negócio Euroaro.<br />
Esta certificação atribuída pela AP-<br />
CER, vem no seguimento da opção estratégica<br />
do Grupo na melhoria contínua<br />
dos serviços prestados, com o<br />
respectivo reflexo no seu Sistema de<br />
Gestão de Qualidade.<br />
Rui Miranda, Director Executivo do<br />
Grupo Civipartes, reforça que “sendo<br />
a qualidade uma <strong>das</strong> bases da filosofia<br />
da empresa, estamos muito orgulhosos<br />
na renovação e alargamento desta Certificação<br />
a to<strong>das</strong> as unidades e pontos<br />
de venda, fruto de uma dedicação global<br />
de todos os colaboradores Civipartes<br />
a este projecto”.<br />
O Grupo Civipartes sempre considerou<br />
fundamental a certificação dos<br />
seus processos e procedimentos, desde<br />
que haja a efectiva transferência para a<br />
qualidade percepcionada pelos seus<br />
clientes.<br />
Injecção Directa de Gasolina<br />
BOSCH<br />
O novo Audi TT será equipado com<br />
um motor de 2 litros de capacidade, turbocomprimido,<br />
com injecção directa de<br />
gasolina.<br />
Para além de permitir uma potência<br />
superior a 200 CV, esta combinação de<br />
tecnologias gera uma curva de binário<br />
extremamente interessante, para motorizações<br />
a gasolina, com 280 newton-metro,<br />
a partir <strong>das</strong> 1.800 rpm. A maior elasticidade<br />
do propulsor permite acelerações<br />
mais vivas e uma condução mais<br />
confortável a qualquer regime. Todo o<br />
sistema de injecção e de gestão do motor<br />
(Motronic) resulta da parceria do grupo<br />
VW com a Bosch.
26<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
SPIES HECKER<br />
LANÇA PRODUTO EXCLUSIVO<br />
Inspirado nas cintilações invulgares<br />
dos rios de lava, o<br />
novo produto Etna Stream ocupa<br />
o sexto lugar na série Permahyd<br />
Fascination Colors, do<br />
fabricante Spies Hecker. Sendo<br />
fabricada em Colónia, sede da<br />
marca, a nova tinta tem uma<br />
aparência perfeita, mudando suavemente<br />
de reflexos, segundo o<br />
ângulo de incidência da luz, desde<br />
um vermelho alaranjado, até<br />
um dourado brilhante. O novo<br />
produto é à base de água e pertence<br />
à linha Greentec.<br />
PRODUTOS DE ALTA<br />
PRODUTIVIDADE DUPONT<br />
DuPont – A vasta gama de<br />
subcapas da DuPont Refinish foi<br />
enriquecida com dois novos produtos<br />
de alta produtividade, com<br />
secagem rápida e alto poder de<br />
enchimento. Com os nomes Du-<br />
Pont 1052R e 1056R os novos<br />
produtos podem ser utilizados<br />
em diversos tipos de reparações,<br />
embora a sua melhor utilização<br />
seja em reparações rápi<strong>das</strong> de<br />
painéis. São também compatíveis<br />
com todos os acabamentos<br />
DuPont Refinish, incluindo a linha<br />
aquosa Cromax, e pertencem<br />
à tecnologia ValueShade da<br />
marca, que realça a cor dos acabamentos.<br />
Erro humano<br />
causa acidentes<br />
Um estudo realizado em 2005, pela Brigada de Trânsito da<br />
GNR revela que 91% dos acidentes mortais devem-se a erros<br />
humanos, enquanto 6% dizem respeito às condições <strong>das</strong> estra<strong>das</strong><br />
e 2% aos veículos. Quer isto dizer que, nove em cada dez<br />
acidentes mortais ocorridos em Portugal durante 2005 foram<br />
provocados por erro humano.<br />
Dos mais de 107.000 sinistros ocorridos na sua zona de acção,<br />
a BT/GNR estudou ao pormenor os 903 acidentes de que resultaram<br />
1012 mortes. A velocidade inadequada (274 casos), as infracções<br />
rodoviárias (213) e a distracção (102) foram os erros<br />
humanos mais detectados pelos investigadores. Os dados mostram<br />
ainda que 510 dos 1399 veículos intervenientes nestes acidentes<br />
mortais tinham mais de nove anos e que na maior parte<br />
dos casos o sinistro ocorreu durante o dia, com piso seco, em<br />
rectas e em viagens curtas<br />
A Via Verde assinalou o seu<br />
15º aniversário e com ele, 15<br />
anos ao serviço da inovação em<br />
Portugal. Com o lançamento da<br />
Via Verde, Portugal foi o primeiro<br />
país no mundo a estar dotado<br />
de um sistema electrónico<br />
de cobrança de portagem em<br />
toda a rede de auto-estra<strong>das</strong>.<br />
Uma funcionalidade, que garantiu<br />
maior rapidez e comodidade,<br />
Via Verde<br />
15 anos de inovação<br />
Plano Renault<br />
Contrat 2009<br />
e à qual os automobilistas não ficaram<br />
indiferentes. Hoje, a Via<br />
Verde conta com mais de 1,9<br />
milhões de identificadores emitidos,<br />
ou seja, um em cada três<br />
carros beneficia deste sistema.<br />
Hoje, mais de 1400 km de autoestra<strong>das</strong><br />
e pontes estão cobertas<br />
pelo sistema Via Verde, que processa<br />
mais de 550 mil transacções<br />
diárias.<br />
O plano relativo ao Renault<br />
Contrat 2009, apresentado em 9<br />
de Fevereiro de 2006, tem por<br />
objectivo posicionar solidamente<br />
a Renault como o mais<br />
rentável construtor automóvel<br />
generalista europeu. Em 2005,<br />
a Renault comercializou 2 533<br />
428 veículos e efectuou um volume de negócios de 41 338 mil milhões<br />
de euros, tendo alcançado um resultado líquido recorde de 3<br />
367 milhões de euros. O reforço do plano produto vai levar a uma<br />
aceleração, sem precedentes, do número de lançamentos: após a<br />
comercialização de dois modelos em 2006, vão ser lançados 8 modelos<br />
em média por ano, entre 2007 e 2009, ou seja o dobro do período<br />
compreendido entre 1998 e 2005. Metade destes lançamentos<br />
corresponde a uma extensão da gama actual. O alargamento da<br />
oferta irá traduzir-se pelo incremento de ven<strong>das</strong> de 800 000 veículos<br />
em 2009 em relação a 2005, e a idade média dos produtos de<br />
3,8 anos, em 2005, passará para 2,2 anos, em 2009.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
FORUM<br />
O futuro do Rent-a-Car em Portugal<br />
Um panorama sombrio<br />
As empresas que exercem a actividade de rent-a-car em Portugal estão em estado de desespero à espera <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> que finalmente<br />
regulem as situações que afectam de forma grave a actividade e que são fundamentais para a sua estabilidade e competitividade. Fomos<br />
ouvir a opinião dos responsáveis de três grandes operadores do sector.<br />
Humberto do Carmo<br />
Director-Geral<br />
da Avis Portugal<br />
Duarte Guedes<br />
Presidente do Conselho<br />
de Administração<br />
da Hertz Portugal<br />
Paulo Moura<br />
Director-Geral<br />
da Europcar<br />
“O actual regime fiscal<br />
penaliza fortemente o nosso sector”<br />
Que características tem a actual frota de aluguer da<br />
AVIS?<br />
Temos uma gama convencional, desde os veículos<br />
mais pequenos e económicos, até aos modelos de maior<br />
cilindrada e de luxo. Para certos nichos de mercado temos<br />
carros de características mais específicas, como é o<br />
caso dos Subaru Impreza e certos todo-o-terreno. Este<br />
ano vamos apresentar pela primeira vez os modelos da<br />
Jaguar. Nos comerciais, temos a gama completa, desde<br />
o comercial ligeiro, até a veículos de grande dimensão,<br />
com peso bruto inferior a 3.500 kg.<br />
Que análise faz do posicionamento da AVIS, em<br />
termos de preços?<br />
Embora tentemos não ser caros, a ideia que prevalece<br />
no mercado é a de que somos ligeiramente mais caros<br />
do que a concorrência, em termos de Rent-a-Car. Procuramos<br />
disponiblizar os produtos que o mercado tem capacidade<br />
para absorver, de uma forma que seja concorrencial<br />
para o mercado. Claro que não é possível comparar<br />
níveis de serviço diferentes, o que desde logo<br />
enfraquece a tese do “mais caro“.<br />
Que características apresentam os clientes da AVIS?<br />
O nosso cliente tem uma procura especialmente centrada<br />
nas viaturas de gama média. Tipicamente, esse cliente<br />
é oriundo do fluxo turístico (cerca de 60%), sendo o<br />
restante volume de negócio potenciado pelo mercado<br />
nacional, dividido em três grupos: empresas, alguns particulares<br />
e mercado de viaturas de substituição.<br />
Julga que o nível de exigência dos clientes tem<br />
aumentado?<br />
Definitivamente, sim. O cliente, quando aluga um<br />
carro, já procura hoje em dia uma certa tipologia de viaturas<br />
(marca, modelo, etc.), o que demonstra que o cliente<br />
está muito mais exigente. Essa exigência torna-se<br />
mais nítida no que respeita à percepção que o cliente<br />
tem do custo do aluguer. Em geral, o cliente já tem uma<br />
informação completa a nível de preços, através da Internet<br />
e outros meios de informação rápida, sabendo perfeitamente<br />
qual o valor justo a pagar por uma determinada<br />
viatura.<br />
Quais são as previsões para o RAC em 2006?<br />
Se o panorama actual do Rent-a-Car não se alterar, os<br />
picos de actividade rentável não serão suficientes para<br />
manter as frotas ao nível de rentabilidade desejável e necessário<br />
para a sustentabilidade <strong>das</strong> empresas. A carga<br />
fiscal em Portugal, comparativamente com a espanhola,<br />
determina um investimento médio por viatura mais elevado<br />
em cerca de 20% por unidade, o que tem como<br />
consequência uma deterioração significativa da rentabilização<br />
dos investimentos no nosso país.<br />
“O mercado tem<br />
mecanismos de ajustamento<br />
automáticos”<br />
Que análise faz da actual situação do mercado do<br />
Aluguer de Automóveis sem Condutor?<br />
O mercado tem crescido, embora por vezes de uma<br />
forma nem sempre tão saudável como seria de desejar.<br />
As margens estão completamente esmaga<strong>das</strong>, o que tem<br />
levado ao encerramento de alguns operadores, venda de<br />
empresas e actividades, etc.<br />
De certo modo, as margens nunca mais foram<br />
recupera<strong>das</strong> completamente, desde o momento em que<br />
os custo de reacondicionamento dos carros passaram<br />
para a alçada <strong>das</strong> companhias de Rent-a-Car.<br />
Considera então que o baixo valor do aluguer e o<br />
elevado custo de manutenção <strong>das</strong> frotas condicionam<br />
o desenvolvimento desta actividade em Portugal?<br />
Esta actividade não tem em Portugal grandes barreiras,<br />
à entrada de novos operadores. O que pode acontecer,<br />
no caso <strong>das</strong> empresas pequenas, é a qualidade do<br />
serviços ser inferior aos padrões estabelecidos pelas<br />
companhias de maior dimensão. Nós temos dos carros<br />
mais caros da Europa e os preços de aluguer são os mais<br />
baixos. O mercado tem mecanismos de ajustamento automáticos<br />
que acabarão por regularizar to<strong>das</strong> as assimetrias<br />
actualmente verificáveis.<br />
Que ameaças existem para o vosso sector de<br />
actividade e quais as melhores soluções para as<br />
ultrapassar?<br />
Qualquer ameaça ao sector turístico é indirectamente<br />
uma ameaça também para nós. A instabilidade política,<br />
os conflitos regionais e sociais, o terrorismo, etc. podem<br />
de um momento para o outro ter um impacto dramático<br />
nesta actividade e não há forma de o evitar. De qualquer<br />
modo, os clientes institucionais e as empresas oferecem<br />
uma estabilidade de mercado que permite amortecer<br />
eventuais perturbações na actividade sujeita a sazonalidade.<br />
Qual vai ser a estratégia da Hertz para os veículos<br />
comerciais?<br />
O sector dos veículos comerciais vai ser um dos pilares<br />
do crescimento da nossa actividade. Vamos tentar<br />
inovar neste aspecto, alargando a oferta para veículos de<br />
utilização mais específica e apostando nos canais de distribuição.<br />
Quais são as vossas previsões para 2006?<br />
Com a fasquia nos € 30 milhões de facturação alcançada<br />
em 2005, as perspectivas para 2006 serão chegar<br />
aos € 32 milhões, ou até utrapassar essa meta. Os melhoramentos<br />
que introduzimos nas nossas infraestruturas e<br />
no funcionamento dos serviços fazem prever que esse<br />
objectivo será alcançado com relativa facilidade.<br />
“Preços baixos<br />
de aluguer geram margens abaixo do<br />
razoável”<br />
Que balanço, em termos genéricos, faz da actividade<br />
de rent-a-car em Portugal?<br />
O negócio do rent-a-car é um negócio maduro e que<br />
por isso já não dispõe grandes oscilações, apresentando<br />
sempre taxas de crescimento que têm muito a ver com a<br />
conjuntura do mercado. Existe um crise clara em termos<br />
económicos o que leva as empresas a procurarem uma<br />
forma de conter os custos, mesmo na aquisição do produto<br />
rent-a-car.<br />
Houve alguma resposta da Europcar para tentar<br />
contrariar a tendência de menor consumo do<br />
produto rent-a-car?<br />
Abordamos o mercado por duas vias. Por um lado a<br />
através do esforço da nossa equipa comercial tentamos<br />
conquistar novos clientes nomeadamente no mercado<br />
local, o que foi conseguido, apesar de se ter registado<br />
uma quebra da actividade <strong>das</strong> empresas no rent-a-car. A<br />
segunda via, que compensou esta quebra, foi o incremento<br />
da actividade rent-a-car que se registou ao nível<br />
do turismo.<br />
Considera que os preços continuam demasiado<br />
baixos para a estrutura de custos <strong>das</strong> operadoras?<br />
Continuamos de facto a sentir essa necessidade de aumentar<br />
os preços do aluguer. Infelizmente não se tem<br />
conseguido caminhar nesse sentido em termos de mercado,<br />
muito por causa da concorrência, praticando-se<br />
preços que geram margens que considero estarem abaixo<br />
do razoável, tendo em conta o peso da nossa estrutura<br />
e os nossos custos operacionais.<br />
O aumento do IVA também não foi benéfico para a<br />
actividade de rent-a-car?<br />
O IVA representa custo para uma grande maioria dos<br />
nossos clientes e por isso não poderíamos em 2005 aumentar<br />
o preço do aluguer para além da repercussão do<br />
aumento suscitado pela inflação.<br />
Quer isto dizer que 2% de aumento do IVA e mais<br />
2,7% de inflação, faz com que os preços tenham subido<br />
quase 5% em termos gerais, embora não tinha sido isso<br />
que aconteceu na Europcar.<br />
O preço continua a ser o único factor de<br />
diferenciação neste mercado?<br />
Enquanto os operadores continuarem a sentir que<br />
conseguem trabalhar com este nível de margens que são<br />
actualmente pratica<strong>das</strong> vão continuar a manter os preços<br />
no nível em que estão.<br />
O que duvido é que uma parte dos operadores consigam<br />
manter esta situação por muitos mais anos. Aliás, já<br />
em 2005 houve diversas rent-a-car que deixaram de funcionar.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
TÉCNICA Maio 2006 31<br />
Novo motor Volkswagen 1.4 TSI 170 cv<br />
Dupla vantagem<br />
A Volkswagen pretende com o novo motor 1.4 TSI de 170 cv marcar mais uma época na indústria<br />
automóvel mundial, tal como o conseguiu com a bem sucedida série de motores TDi.<br />
Montado inicialmente no Golf<br />
GT, o novo motor 1.4 TSI, é<br />
uma enorme montra tecnológica<br />
consolidada num único propulsor. No<br />
fundo, to<strong>das</strong> as tecnologias que se encontram<br />
neste motor, não são propriamente<br />
uma novidade isoladamente, mas quando<br />
reuni<strong>das</strong> neste bloco de 1.4 litros constituem<br />
de facto um importante avanço em termos<br />
tecnológicos.<br />
O motor 1.4 TSI é o primeiro propulsor<br />
duplamente sobrealimentado, tecnicamente<br />
designado por TSI, que combina um<br />
turbo accionado pelos gases de escape<br />
com um compressor volumétrico accionado<br />
mecanicamente. Trata-se de uma motorização<br />
compacta de 1.4 litros, com injecção<br />
directa, capaz de desenvolver 170<br />
cv de potência máxima e um binário máximo<br />
de 240 Nm disponível entre as 1750<br />
e as 4500 rpm.<br />
A unidade motriz base escolhida para o<br />
desenvolvimento do projecto foi o motor<br />
FSI EA 111 utilizado no Golf e com níveis<br />
de potência de 90 cv (1,4 litros) e 115<br />
cv (1,6 litros). O motor de 1,4 litros é um<br />
quatro cilindros com 16 válvulas, 1390 cc<br />
de cilindrada, 82 mm de espaçamento entre<br />
cilindros, 76,5 mm de diâmetro e 75,6<br />
mm de curso. Para adaptar este bloco às<br />
exigências mecânicas da tecnologia de dupla<br />
sobrealimentação, os engenheiros concentraram-se<br />
em conceber um novo bloco<br />
de cilindros em ferro forjado de alta resistência,<br />
capaz de suportar a elevada pressão<br />
de funcionamento (até 21,7 bar) durante<br />
longos períodos, bem como uma<br />
bomba de água com embraiagem magnética<br />
integrada, além da tecnologia de dupla<br />
sobrealimentação propriamente dita.<br />
Também a tecnologia de injecção directa<br />
foi modificada. No caso do motor 1.4<br />
FSI, passou a ser utilizada, pela primeira<br />
vez, uma válvula de injecção de alta pressão,<br />
com furos múltiplos e seis elementos<br />
de saída de combustível. Tal como nos<br />
motores FSI normalmente aspirados, o injector<br />
está posicionado no lado da admissão,<br />
entre as condutas de admissão, ao nível<br />
do vedante da cabeça do motor. A<br />
quantidade de combustível a ser injectado<br />
entre o regime mínimo (“ralenti”) e a potência<br />
máxima de 121 cv/litro exige uma<br />
grande variação no fluxo de combustível<br />
através dos injectores, dado que, por um<br />
lado, tem de ocorrer um tempo suficiente<br />
de preparação da mistura depois de completada<br />
a injecção em condições de carga<br />
máxima e, por outro lado, a produção de<br />
baixos volumes de injecção com o motor<br />
ao “ralenti”. A pressão máxima de injecção<br />
foi aumentada para 150 bar de forma<br />
a alcançar esta ampla gama de fluxo de<br />
combustível. Além disso, graças à tecnologia<br />
FSI foi possível alcançar uma taxa<br />
de compressão de 10:1, um valor elevado<br />
para um motor sobrealimentado.<br />
Compressor e turbo<br />
De forma a aumentar o binário a baixo<br />
regime, optou-se por um compressor com<br />
uma correia accionada mecanicamente.<br />
Trata-se de um sistema de compressor baseado<br />
no princípio de Rootes. Uma <strong>das</strong> características<br />
especiais deste compressor reside<br />
no desenho interno especial no ponto<br />
de admissão dos carretos sincronizadores.<br />
O turbo accionado pelos gases de escape<br />
e equipado com uma válvula “wastegate”,<br />
também “dispara” nos regimes mais elevados<br />
do motor. Neste caso, o compressor e o<br />
turbo estão interligados em série. O compressor<br />
é accionado por uma embraiagem<br />
A conjugação de diversas tecnologias, permite a<br />
este motor TSi desenvolver 170 cv partindo de um<br />
bloco de apenas 1,4 litros<br />
magnética integrada num módulo dentro da<br />
bomba de água. Uma espécie de comporta<br />
de controlo assegura que o ar fresco necessário<br />
para o ponto de eficácia do sistema<br />
consegue passar pelo turbo ou pelo compressor.<br />
A comporta está aberta quando o<br />
turbo funciona sozinho. Neste caso, o ar segue<br />
o circuito normal como num convencional<br />
motor turbo, através do radiador de ar<br />
dianteiro e válvula do acelerador na conduta<br />
de admissão.<br />
Um dos maiores desafios no desenvolvimento<br />
deste projecto foi a obtenção da<br />
maior interacção possível entre dois sistemas<br />
de sobrealimentação colocados em<br />
série. Apenas quando as duas unidades – o<br />
compressor e o turbo – se completam e<br />
optimizam é que o “pequeno” motor consegue<br />
alcançar o nível de binário requerido<br />
durante uma ampla faixa de regime, o<br />
que se traduz por um incremento de eficácia<br />
nunca antes conhecido.<br />
A pressão máxima do sistema de duplasobrealimentação<br />
é de aproximadamente<br />
2,5 bar às 1500 rpm, com o turbo e o compressor<br />
mecânico a funcionarem ambos<br />
com a mesma pressão (cerca de 1,53 bar).<br />
Um motor apenas com turbo, sem a ajuda<br />
do compressor, conseguiria alcançar uma<br />
pressão de apenas 1,3 bar.<br />
A resposta mais rápida do turbo permite<br />
que o compressor seja despressurizado<br />
mais cedo graças ao funcionamento contínuo<br />
da válvula “bypass”. Isto significa que<br />
a função do compressor está limitada a uma<br />
cartografia restrita, onde predominam baixas<br />
relações de pressão, o que se traduz por<br />
um baixo consumo de combustível. Consequentemente,<br />
as desvantagens do compressor<br />
mecânico em termos de consumos acabam<br />
por ser bastante limita<strong>das</strong>.<br />
Na prática, isto significa que o compressor<br />
apenas é chamado ao serviço para gerar<br />
o necessário aumento de pressão (“boost”)<br />
numa gama de regimes até às 2400<br />
rpm. O turbo foi desenhado para obter<br />
uma eficácia optimizada nos altos regimes<br />
e fornece um aumento de pressão muito<br />
adequado mesmo nos regimes médios.<br />
Numa condução mais dinâmica, esta situação<br />
é inadequada para os valores de aceleração<br />
entre passagens de caixa. Nestas<br />
condições de utilização, o compressor entra<br />
em acção, de forma a permitir a formação<br />
espontânea de um aumento da pressão.<br />
A forma como estes dois sistemas se<br />
complementam um ao outro significa que<br />
não existe inércia do turbo (“turbo lag”).<br />
Acima <strong>das</strong> 3500 rpm, não mais do que<br />
isto, o compressor deixa de ser necessário,<br />
passando a ser o turbo a fornecer o aumento<br />
da pressão, mesmo quando a condução<br />
passa de um ritmo de passeio para a<br />
aceleração total, com o motor em carga<br />
máxima.<br />
Muita potência e binário<br />
O motor de 1,4 litros desenvolve uma<br />
potência de 121 cv por cada 1000 cc (121<br />
cv/litro), o que representa um valor de referência<br />
para um bloco de quatro cilindros de<br />
produção corrente. Além disso, o motor<br />
Twincharger produz um binário (240 Nm)<br />
equivalente a um motor normalmente aspirado<br />
com 2,3 litros de capacidade, com a<br />
vantagem de os consumos serem cerca de<br />
20 por cento inferiores.<br />
Os baixos consumos são compatíveis<br />
com o generoso binário e o elevado nível<br />
de potência. No Golf GT, o motor 1.4 TSI<br />
faz um consumo total de apenas 7,2 litros/100<br />
km. Na condução extra-urbana, o<br />
TSI não “pede” mais que 5,9 litros/100 km.
32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
SEGURANÇA<br />
Segurança e higiene nas oficinas (I PARTE)<br />
Respeitar o risco<br />
Nas empresas de reparação automóvel, seja do ramo de electromecânica ou de carroçarias, como<br />
em muitas outras profissões, existe um número considerável de situações de risco, que é<br />
necessário evitar que se transformem em acidentes.<br />
Embora a consciência do risco não<br />
deva inibir o operário de efectuar<br />
as suas tarefas com diligência e<br />
zelo, é necessário ter em alta consideração<br />
os factores que podem aumentar as<br />
probabilidades de ocorrência de sinistros.<br />
Começando pelo próprio automóvel, o<br />
qual, pela sua massa e energia cinética<br />
gerada em movimento, pode provocar ferimentos<br />
de certa gravidade, tanto ao deslocar-se,<br />
como ao cair, quando está elevado,<br />
mas não completamente firme. Existem<br />
nas oficinas muitos equipamentos,<br />
produtos, emissões e formas de energia<br />
que é necessário controlar adequadamente,<br />
para manter afastada a hipótese de acidente<br />
ou doença profissional. Por outro<br />
lado, a existência de produtos químicos e<br />
inflamáveis potencia o risco de incêndio e<br />
explosão, seja na presença dos trabalhadores,<br />
ou na sua ausência, provocando de<br />
igual modo consequências muito graves<br />
para todos. O respeito pelas normas e<br />
procedimentos de segurança é por to<strong>das</strong><br />
essas razões prioritário, na actividade de<br />
reparação automóvel, começando pelo<br />
existência de equipamentos de combate a<br />
incêndios, meios de primeiros socorros,<br />
equipamentos de protecção, bem como<br />
um cultura alicerçada de segurança, a todos<br />
os níveis da empresa. Por outro lado,<br />
nunca poderá haver um padrão de qualidade<br />
elevado numa oficina, enquanto a<br />
actividade está desorganizada e a segurança<br />
é permanentemente descurada.<br />
Apostar na prevenção<br />
Quando abordamos o problema da segurança<br />
e higiene no trabalho, é preciso<br />
ser realista e não pretender coisas que não<br />
existem. Em Portugal, embora não existam<br />
estatísticas sobre o nível de segurança<br />
dentro <strong>das</strong> oficinas, a realidade que se<br />
vive no sector demonstra, que apenas<br />
uma minoria <strong>das</strong> empresas de reparação<br />
automóvel têm planos de prevenção de<br />
acidentes, devidamente organizados e<br />
programados. Por outro lado, a situação é<br />
muito diferente numa média ou grande<br />
empresa do sector, com mais de 10 empregados,<br />
ou numa pequena ou micro empresa,<br />
com meia dúzia de colaboradores,<br />
no máximo. Neste último caso, a iniciativa<br />
para a prevenção tem que partir da<br />
pessoa que lidera o grupo (empresário,<br />
trabalhador com mais anos de casa, outro<br />
elemento com perfil de liderança, etc.).<br />
Se não for assim, cada um improvisa<br />
como sabe e como quer, o que é frequente.<br />
Mas, se houver um elemento mais esclarecido<br />
na empresa que recolha informação,<br />
junto dos CEFP e outras entidades<br />
envolvi<strong>das</strong> na segurança, incluindo os<br />
próprios fornecedores de equipamentos e<br />
produtos, é possível que acabe por existir<br />
um plano de prevenção rudimentar, dependendo<br />
da capacidade de organização<br />
da empresa e da sua situação económica e<br />
financeira. Nas empresas de maior dimensão<br />
e potencial económico, contudo,<br />
Os acidentes de trabalho atingem sobretudo os operários mais jovens e os que trabalham em pequenas<br />
empresas. Entre os jovens, constata-se que as pessoas com menos de 20 anos, correm cinco vezes mais riscos<br />
que os mais velhos.<br />
a questão passa a ser praticamente obrigatória,<br />
devido a critérios de gestão actualizados,<br />
por um lado, bem como a investimento<br />
na imagem pública, por outro. A<br />
maior parte <strong>das</strong> empresas deste grupo utiliza<br />
em geral os serviços de consultoria e<br />
colaboração operacional de empresas especializa<strong>das</strong><br />
em programas de segurança.<br />
A subcontratação desse tipo de serviços<br />
resulta mais económica e mais eficaz, libertando<br />
a empresa para as actividades<br />
que constituem o seu núcleo de competência.<br />
Em qualquer dos casos, um plano<br />
de intervenção no campo da prevenção de<br />
acidentes deve dar destaque a vários pontos<br />
essenciais:<br />
- Identificação e levantamento dos riscos;<br />
- Organização e programação <strong>das</strong> actividades<br />
(a desorganização constitui um risco,<br />
por si só…);<br />
- Avaliação dos equipamentos (selecção,<br />
manutenção, inspecção periódica e substituição);<br />
- Formação contínua de colaboradores, em<br />
temas de segurança e higiene no trabalho;<br />
- Estabelecimento de uma cultura de qualidade<br />
e segurança, assente na utilização<br />
de elementos de protecção adequados, sinalética<br />
e instruções de prevenção eficazes,<br />
seguros de acidentes e doença, etc.<br />
As regras gerais<br />
No planeamento e na gestão de uma<br />
oficina automóvel, uma atenção especial<br />
tem que ser prestada aos chamados “inimigos<br />
invisíveis“. O primeiro destes é o<br />
CO2 (monóxido de carbono), cujo efeito
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
SEGURANÇA Maio 2006 33<br />
te a organização e a sequenciação lógica<br />
do trabalho. Tudo o que obrigue o operador<br />
a deslocações excessivas e a movimentos<br />
desnecessários (instalações com<br />
muitos desníveis, equipamentos mal posicionados<br />
ou de difícil acesso, ferramentas<br />
e outras utilidades distantes, etc.) é contra<br />
as leis da ergonomia, pois induz cansaço<br />
prematuro e a consequente perda de reflexos<br />
e discernimento. Por seu turno, o mau<br />
ambiente de trabalho (excesso de barulho,<br />
movimento indevido de carros e pessoas,<br />
interrupções constantes, etc.) e o mau relacionamento<br />
entre os intervenientes nas<br />
acções de reparação são também um factor<br />
de stress e de perda de valências do<br />
trabalhador.<br />
A negligência <strong>das</strong> regras de prevenção e a distribuição do trabalho mal adaptada aos novos trabalhadores sem experiência,<br />
são factores que potenciam os acidentes de trabalho.<br />
inibidor nas células sanguíneas que fixam<br />
e transportam o oxigénio é por demais conhecido.<br />
A perigosidade deste gás está no<br />
facto de ser inodoro e invisível, aliado à<br />
circunstância de ser mais pesado que o ar,<br />
ficando depositado próximo do chão, debaixo<br />
para cima. Nos casos mortais, a<br />
pessoa sente-se inicialmente cansada e<br />
sonolenta, sentando-se ou deitando-se, o<br />
que a faz mergulhar ainda mais no gás letal.<br />
Sempre que houver sintomas de cansaço<br />
anormal e perda de reflexos e faculdades<br />
mentais, a primeira coisa a fazer é<br />
procurar uma fonte de ar oxigenado, de<br />
preferência no exterior, solicitando assistência<br />
ou recuperando por si nessas circunstâncias.<br />
Sem serem propriamente mortais, os<br />
hidrocarbonetos libertados pelos combustíveis<br />
e lubrificantes, bem como os produtos<br />
químicos contidos nos solventes, são<br />
irritantes <strong>das</strong> mucosas respiratórios e dos<br />
olhos, perturbando a eficiência do trabalho.<br />
A longo prazo, potenciam o aparecimento<br />
de diversas patologias <strong>das</strong> vias respiratórias,<br />
entre as quais o cancer. Não esquecer<br />
que estes gases são combustíveis,<br />
formando com o ar misturas explosivas, a<br />
partir de determina<strong>das</strong> concentrações.<br />
No que se refere aos equipamentos de<br />
soldadura em geral, há a considerar os gases<br />
tóxicos libertados pelo calor, bem<br />
como os gases de protecção do cordão,<br />
nos casos dos aparelhos MIG e MAG.<br />
Excesso de gás inerte produz sintomas de<br />
asfixia, pois inibe a presença do oxigénio.<br />
O excesso de gás activo, também produz<br />
sintomas de asfixia, devido à acção irritante<br />
que produz nas vias respiratórias.<br />
Estas já são razões mais do que suficientes<br />
para justificar que as instalações<br />
oficinais sejam amplas, areja<strong>das</strong> e com<br />
uma altura interior equivalente a dois andares.<br />
Paralelamente à ventilação natural,<br />
desejável, é indispensável a ventilação<br />
forçada central, para permitir a rápida eliminação<br />
dos gases nocivos, bem como<br />
para limpar o ar de to<strong>das</strong> as impurezas e<br />
partículas decorrentes da normal actividade<br />
da oficina. A deficiente iluminação,<br />
seja natural ou artificial, também é um<br />
“inimigo invisível“, na medida em que<br />
aumenta a probabilidade de cometer erros.<br />
Para além de ser conveniente tirar<br />
partido <strong>das</strong> fontes de luz naturais, porque<br />
são gratuitas, em cada posto de trabalho<br />
deve haver iluminação suficiente para se<br />
laborar com segurança e eficiência, independentemente<br />
da iluminação geral, que<br />
deve ser suficiente.<br />
Para terminar a triste lista dos “inimigos<br />
invisíveis“, uma palavra para as condições<br />
gerais de laboração, nomeadamen-<br />
A prevenção de acidentes de trabalho deve basear-se numa cultura de qualidade e segurança, assente na<br />
utilização de elementos de protecção adequados, sinalética e instruções de prevenção eficazes, seguros de<br />
acidentes e doença, etc.<br />
RISCOS DA OFICINA<br />
ELETROMECÂNICA<br />
Além de uma programação de trabalho<br />
cuidadosa, para nada ser feito à pressa ou<br />
precipitadamente, é importante respeitar a<br />
metodologia correcta. Não beneficia a segurança<br />
fazer habilidades, como fazem<br />
certos “artistas“ de contorsionismo e ginástica,<br />
apenas para alcançar uma peça,<br />
sem desmontar os componentes que lhe<br />
estorvam o acesso. Em posições complica<strong>das</strong><br />
é fácil contrair lesões musculares<br />
ou de ligamentos, podendo as consequências<br />
ser ainda piores, se a mão escapa da<br />
ferramenta, ou esta da peça, no momento<br />
de maior esforço de aperto/desaperto.<br />
Para lá de não economizar tempo significativo,<br />
este tipo de procedimento é susceptível<br />
de causar danos a outros elementos<br />
da viatura, sendo contrário à lógica da<br />
moderna reparação automóvel. De facto,<br />
um veículo actual é uma espécie de<br />
“puzzle“ de peças, que pode ser armado e<br />
desarmado facilmente, dispondo <strong>das</strong> ferramentas<br />
adequa<strong>das</strong>. Portanto, a opção<br />
mais correcta é desmontar todos os orgãos<br />
mecânicos que se interpõem entre o<br />
mecânico e a peça a reparar ou substituir,<br />
procedendo metodicamente, para que a<br />
montagem possa ocorrer pela ordem inversa<br />
da desmontagem.<br />
Exceptuando as uniões onde é recomendado<br />
aperto de binário e angular, to<strong>das</strong><br />
as restantes podem ser facilmente desaperta<strong>das</strong><br />
e aperta<strong>das</strong> com modernas ferramentas<br />
eléctricas ou pneumáticas, que<br />
não obrigam a fazer esforços acrobáticos<br />
nem excessivos, garantindo uma boa produtividade<br />
e mantendo a condição física<br />
do trabalhador.<br />
Outra regra que não deve ser descurada,<br />
consiste em trabalhar com a viatura<br />
elevada à altura do operário. Esta é a posição<br />
em que o trabalhador dá mais rendimento,<br />
permitindo ainda apanhar facilmente<br />
ferramentas ou peças que caiam<br />
para baixo da viatura. Tudo o que é necessário<br />
para efectuar a intervenção, por<br />
outro lado, deve estar no local onde esta<br />
ocorre, sem haver necessidade de deslocações<br />
inúteis, que quebram o ritmo e a<br />
concentração do trabalho.<br />
Outra regra que motiva e moraliza os<br />
trabalhadores para a (sua) segurança é<br />
existir em cada equipamento afixada as<br />
datas da última e da próxima visitas de<br />
inspecção/manutenção, bem como as normas<br />
essenciais do seu accionamento.<br />
Quando o motor da viatura estiver a funcionar<br />
no interior da oficina, ligar sempre<br />
as mangueiras de extracção dos gases de<br />
escape, a fim de manter o ar com uma<br />
qualidade aceitável e não sujar desnecessariamente<br />
as instalações. Embora os<br />
operários da área de electromecânica não<br />
necessitem de elementos de protecção<br />
muito sofisticados, é sempre preferível<br />
utilizar luvas de protecção térmica, para<br />
trabalhar em orgãos que funcionam a altas<br />
temperaturas e luvas higiénicas para<br />
lidar com combustíveis, óleos e outros<br />
produtos químicos. Vestuário adequado à<br />
função e calçado de segurança, com protecção,<br />
são igualmente aconselháveis.
34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
INFORMAÇÃO<br />
Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA)<br />
Factor de diferenciação<br />
A primeira grande vantagem que uma oficina tem em aderir ao CASA consiste na imagem positiva de<br />
qualidade que passa para o mercado e para o consumidor final, relativamente o outras oficinas não aderentes.<br />
AA noção de qualidade tem que<br />
ser olhada, nos dias de hoje,<br />
numa perspectiva mais ampla,<br />
do que aquela que prevalecia há alguns<br />
anos atrás, não se resumindo estritamente<br />
ao serviço prestado ou ao bem vendido.<br />
Tem que existir por parte da empresa que<br />
opera no mercado a garantia de assumir<br />
as reclamações procedentes que o cliente<br />
possa vir a apresentar, relativamente ao<br />
objecto do contrato ou da transacção. É<br />
do conhecimento geral, tanto entre nós,<br />
como no resto da Europa, as condições<br />
em que é feito o recurso para os tribunais<br />
comuns, bem como a necessidade que as<br />
pessoas têm em usar o seu automóvel no<br />
dia-a-dia.<br />
Na realidade, as pessoas não recorrem aos<br />
tribunais judiciais comuns, quando está<br />
em causa a sua mobilidade, ou seja, quando<br />
o seu carro está parado e têm de resolver<br />
rapidamente o seu problema. Neste<br />
Os consumidores que adquiram bens ou<br />
serviços para uso que não seja<br />
exclusivamente profissional. As empresas só<br />
podem recorrer ao Centro de arbitragem, se<br />
reunirem as seguintes condições:<br />
- Ser aderentes do CASA;<br />
- Pretender dirimir um conflito em que esteja<br />
em causa a qualidade do serviço prestado ou<br />
do bem vendido, mas que não seja apenas o<br />
pagamento de uma dívida.<br />
Uma <strong>das</strong> particularidades do CASA, desde o<br />
último alargamento de competências,<br />
consiste na possibilidade <strong>das</strong> empresas<br />
reclama<strong>das</strong> no Centro e condena<strong>das</strong> pelo<br />
Tribunal Arbitral, poderem demandar, em via<br />
de regresso, a entidade que lhes vendeu o<br />
bem ou prestou o serviço, que originou esse<br />
litígio. Um exemplo prático desta situação é<br />
Quem pode recorrer aos serviços do CASA?<br />
uma empresa que vendeu um carro novo a<br />
um cliente, o qual apresentou uma<br />
reclamação sobre problemas de garantia<br />
(defeito de fabrico). A empresa vendedora<br />
responde perante o consumidor, caso se<br />
verifique o defeito, sendo condenada. No<br />
entanto, a lei concede-lhe o direito de exigir,<br />
da parte do fabricante do bem ou do<br />
importador que lhe cedeu a viatura, a<br />
indemnização que teve de satisfazer em<br />
relação ao consumidor final. No caso da<br />
reparação, pode suceder algo idêntico, na<br />
medida em que a oficina não possui to<strong>das</strong> as<br />
competências para a reparação global e<br />
subcontrata determinados serviços. Se o<br />
consumidor reclamar a qualidade do serviço<br />
à empresa que lhe entregou o carro, esta é<br />
que responde, eventualmente, pelos prejuízos<br />
havidos e poderá ser condenada pelo<br />
Tribunal Arbitral a ressarcir o cliente lesado.<br />
Mas, tal como o vendedor de carros novos,<br />
também o reparador tem o direito de, em via<br />
de regresso, reclamar contra a empresa que<br />
lhe prestou o serviço, que esteve na origem<br />
do litígio.<br />
Quanto custa? Os pedidos de informação são<br />
gratuitos e pela abertura de um processo de<br />
reclamação é pago um preparo de 10,00. A<br />
passagem à fase de conciliação e arbitragem<br />
implica, para ambas as partes, um preparo<br />
calculado com base no montante da<br />
reclamação e que será de 3 ou 5%, conforme<br />
a partes optem pela constituição singular<br />
(apenas um árbitro) ou colectiva do tribunal<br />
(mais do que um árbitro).<br />
Dra. Sara Mendes, Directora do CASA, pretende<br />
mais apoio oficial às actividades do Centro, de<br />
modo a conseguir dar resposta à crescente<br />
procura dos seus serviços.<br />
CENTRO DE<br />
ARBITRAGEM<br />
DO<br />
SECTOR<br />
AUTOMÓVEL<br />
CASA<br />
Centro de Arbitragem do Sector<br />
Automóvel<br />
Morada<br />
Av. República, 44 – 3º Esq.<br />
1050-194 LISBOA<br />
Telefone<br />
21.782.73.30/21.795.16.96<br />
Fax<br />
21.795.21.22<br />
Directora do Centro<br />
Dra. Sara Mendes<br />
O procedimento de resolução de litígio no<br />
CASA pode ter três fases:<br />
1. Informação e Apoio jurídico<br />
É a fase em que são presta<strong>das</strong> informações<br />
aos utentes do Centro(, em que se<br />
estabelecem os contactos com vista à<br />
aproximação <strong>das</strong> partes e em que se<br />
procede à instrução dos processos.)<br />
2. Mediação<br />
Nesta fase, procura-se obter um acordo<br />
entre as partes, sem intervenção do tribunal<br />
3.Conciliação e arbitragem<br />
Otribunal arbitral procura conciliar as partes<br />
e, se tal não for possível, promove o<br />
julgamento do litígio. O Tribunal Arbitral<br />
geralmente é constituído por um único<br />
árbitro, mas pode ser composto por 3<br />
árbitros se as partes o solicitarem. (o<br />
Tribunal Arbitral é designado pelo Conselho<br />
Superior de Magistratura.)<br />
No Centro de Arbitragem o<br />
procedimento é:<br />
Voluntário<br />
As partes envolvi<strong>das</strong> aceitam<br />
voluntariamente o sistema arbitral como<br />
forma de resolução do conflito;<br />
Fácil<br />
O procedimento é simplificado sem prejuízo<br />
dos adequados meios de prova e de defesa;<br />
Rápido<br />
A simplicidade do procedimento permite a<br />
resolução do litígio em tempo útil para a<br />
realização dos interesses <strong>das</strong> partes;<br />
Eficaz<br />
As sentenças proferi<strong>das</strong> pelo tribunal arbitral<br />
têm a mesma força executiva <strong>das</strong> sentenças<br />
de Tribunal Judicial de 1ª instância.<br />
Uma oficina que seja aderente do CASA, dá aos seus clientes uma garantia de qualidade diferente <strong>das</strong> outras,<br />
que não são aderentes, isto é, a garantia de poderem recorrer a esta entidade, caso se sintam lesados.<br />
contexto, é fácil compreender porque os<br />
tribunais judiciais não dão uma resposta<br />
cabal a este tipo de problemas. É por essa<br />
razão que surgiu o CASA, um Centro de<br />
Arbitragem especializado na resolução de<br />
conflitos relacionados com a prestação de<br />
serviços de assistência, manutenção e reparação<br />
automóvel, mas também com a<br />
compra e venda de veículos novos e usados<br />
e o fornecimento de combustíveis.<br />
To<strong>das</strong> as suas competências foram superiormente<br />
autoriza<strong>das</strong> pelo Ministério da<br />
Justiça e tem sido subsidiado pelos Ministérios<br />
da Justiça e da Economia. Isso<br />
acontece porque o Estado considera que a<br />
Arbitragem é uma forma válida de resolução<br />
de conflitos, sendo muitas <strong>das</strong> vezes a<br />
mais adequada.<br />
Como tal, uma oficina que seja aderente<br />
do Centro de Arbitragem dá aos seus clientes<br />
uma garantia de qualidade diferente<br />
<strong>das</strong> outras, que não são aderentes, isto é, a<br />
garantia de poderem recorrer a esta entidade,<br />
caso se sintam lesados.<br />
“Alguns operadores já estão sensibilizados,<br />
em grande parte devido ao papel de<br />
transmissão de informação e de sensibilização<br />
que as associações sectoriais aderentes<br />
ao CASA têm vindo a assumir”,<br />
diz Sara Mendes, Directora do Centro,<br />
que acrescenta “Na maior parte <strong>das</strong> vezes,<br />
quando as empresas nos entregam o formulário<br />
de adesão que disponibilizamos<br />
às associações empresariais do sector, os<br />
aderentes pedem-nos que lhe enviemos o<br />
Certificado de Adesão, para afixarem nas<br />
suas áreas de recepção a clientes, o que é<br />
indicativo da valorização que nos atribuem<br />
e da vontade que têm de oferecer aos<br />
seus clientes uma imagem de completa<br />
transparência e idoneidade. Esta é a tendência<br />
que, esperamos, se venha a generalizar,<br />
tanto mais que as empresas aderentes<br />
não enfrentam qualquer tipo de<br />
custo pela sua adesão(, mas apenas uma<br />
reduzida quotização anual de apoio ao<br />
CASA”.)
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
FORMAÇÃO Maio 2006 35<br />
Workshop ATEC - Mecatrónica Automóvel<br />
Desenvolver e aperfeiçoar<br />
competências<br />
A ATEC - Academia de Formação, realizou no passado mês de Abril, nas suas instalações em Palmela, um Workshop<br />
sobre Mecatrónica Automóvel, onde foi analisada a evolução repentina da Electrónica Automóvel e a importância<br />
dos técnicos de mecatrónica automóvel nas modernas oficinas de reparação.<br />
Atec<br />
Morada:<br />
Edifício ATEC<br />
Quinta da Marquesa – Palmela<br />
Parque Industrial da Autoeuropa<br />
2950-557 Quinta do Anjo<br />
Telefone:<br />
212.107.300<br />
Fax:<br />
212.105.539<br />
Internet:<br />
www.atec.pt<br />
Coordenador Mecatrónica Automóvel:<br />
Hélder Dordio<br />
Osector automóvel, que se pauta<br />
pela inovação constante e pela utilização<br />
de tecnologia avançada,<br />
necessita de profissionais com formação<br />
específica e prática, que assegurem com<br />
eficiência e eficácia as múltiplas tarefas.<br />
Torna-se, por isso, essencial formar jovens<br />
técnicos para aumentar a qualidade do capital<br />
humano <strong>das</strong> empresas, de forma a integrarem<br />
quadros empreendedores tecnicamente<br />
competentes, com elevada flexibilidade<br />
e criatividade. É com essa finalidade<br />
que a ATEC forma jovens na área de mecatrónica<br />
automóvel.<br />
“O curso é baseado numa formação onde<br />
impera a prática, não descurando nunca a<br />
teoria, e disponibiliza as mais diversas e actuais<br />
tecnologias em sistemas mecânicos e<br />
electrónicos aplicados ao automóvel, de<br />
forma a transformar o formando num Técnico<br />
Profissional, capaz de dar resposta às<br />
necessidades <strong>das</strong> modernas oficinas automóveis”,<br />
disse Hélder Dordio, Coordenador<br />
do curso de mecatrónica automóvel da<br />
ATEC, durante a sua intervenção no<br />
Workshop.<br />
O curso tem como objectivo qualificar<br />
os formandos com vista ao exercício da<br />
profissão de Técnico de Mecatrónica Automóvel,<br />
dotando-os de competências de diagnóstico<br />
e reparação dos sistemas mecânicos,<br />
eléctricos e electrónicos de veículos<br />
automóveis. Pretende igualmente dotar os<br />
formandos de capacidades de adaptação rápida<br />
às mutações tecnológicas bem como<br />
ao espírito de formação contínua.<br />
No final do curso, os formandos estão<br />
aptos a executar, de modo autónomo o diagnóstico<br />
e a reparação de motores a gasolina<br />
e diesel; sistemas de arrefecimento e<br />
lubrificação; ler, interpretar e analisar esquemas<br />
eléctricos e manusear aparelhos de<br />
medida; diagnosticar, reparar e verificar<br />
sistemas de ignição, alimentação e sobrealimentação,<br />
entre outras actividades. Os<br />
formandos de mecatrónica automóvel da<br />
ATEC, proporcionam assim uma mais valia<br />
para as oficinas pelo seu elevado potencial<br />
humano, de saber teórico em sala ou laboratorial<br />
e experiência prática na formação<br />
ou posto de trabalho.<br />
Objectivos da ATEC<br />
Desenvolver e aperfeiçoar competências<br />
através da formação e qualificação de pessoas,<br />
utilizando métodos e equipamentos<br />
avançados, são os principais objectivos da<br />
ATEC, um centro de formação inaugurado<br />
há apenas dois anos, mas que pretende ser<br />
um marco na qualificação da mão-de-obra<br />
nacional.<br />
Com capacidade para acolher 350 formandos<br />
por dia, as instalações são compostas<br />
por 11 oficinas equipa<strong>das</strong>, 18 laboratórios<br />
especializados e 11 salas de formação<br />
teórica. Além da formação para as empresas,<br />
a academia disponibiliza qualificação<br />
profissional para jovens e trabalhadores desempregados,<br />
fazendo com que alguns cursos<br />
tenham listas de espera. Mecatrónica,<br />
electricidade automóvel e gestão de redes<br />
são algumas <strong>das</strong> formações em que a procura<br />
supera a oferta.<br />
Com um sistema de aprendizagem baseado<br />
na formação dual, caracterizada pela<br />
alternância entre a escola e a empresa, a<br />
ATEC já deu formação na área da mecatrónica<br />
automóvel a mais de 50 jovens, estando<br />
previsto o início de um novo curso para<br />
meados deste ano.<br />
A formação profissional nas empresas<br />
proporciona a transferência de conhecimentos<br />
dos colaboradores <strong>das</strong> empresas<br />
para os formandos, proporcionando uma<br />
motivação e um apoio operacional aos colaboradores,<br />
assim como, um aumento <strong>das</strong><br />
competências dos próprios formandos. Este<br />
sistema permite a formação e o desenvolvimento,<br />
com qualificações específicas, de<br />
técnicos especializados à medida <strong>das</strong> empresas<br />
e tem ainda a vantagem de facilitar<br />
uma futura inserção do formando nos quadros<br />
da empresa, através da identificação<br />
do formando com a política e com a cultura<br />
da empresa.<br />
A Academia está também a estabelecer<br />
pontes com as universidades. Além de protocolos<br />
de equivalência programática com<br />
o Instituto Politécnico de Setúbal, está ligado<br />
à Universidade Nova de Lisboa, à de<br />
Coimbra e à de Aveiro.<br />
Eugénio Bastos, Director dos Cursos de Formação<br />
Automóvel da ATEC, referiu que esta Academia foi<br />
concebida para ser uma referência na formação de<br />
excelência em vários domínios.<br />
Os participantes do Workshop tiveram oportunidade de visitar as instalações da Academia,<br />
que conta com 11 oficinas devidamente equipa<strong>das</strong> para áreas de formação diferenciada,<br />
18 laboratórios e 11 salas de formação teórica.<br />
Hélder Dordio, responsável pelo curso de<br />
mecatrónica da ATEC, referiu a grande procura que<br />
existe no mercado por técnicos formados nesta área,<br />
que permite uma taxa de empregabilidade de 100%.
36<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
ACONTECIMENTO<br />
Inauguração Centro de distribuição europeu da KYB<br />
No caminho da liderança<br />
O maior fabricante de amortecedores para primeiro equipamento quer também ser líder no aftermarket europeu<br />
já em 2010. Para tal, tem vindo a desenvolver uma gama diversificada de componentes de suspensão e a<br />
reestruturar a sua logística. Recentemente, inaugurou um novo armazém europeu, nos arredores de Paris.<br />
Onovo Centro logístico de Paris<br />
tem como principal objectivo<br />
apoiar a estratégia da KYB para<br />
liderar o mercado de amortecedores de<br />
substituição na Europa. Com estas novas<br />
instalações, a KYB passa a dispor do dobro<br />
de capacidade de armazenamento, o que<br />
permitirá uma maior cobertura e disponibilidade<br />
de produto, assim como uma entrega<br />
mais rápida <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> aos seus clientes<br />
europeus.<br />
Com uma área útil de armazenamento<br />
superior a 10.000 m2, o novo Centro fornece<br />
directamente 30 países europeus e dispõem<br />
de 3.500 referências em stock. No<br />
discurso de inauguração, o Sr. Tadahiko<br />
Ozawa, Presidente da KYB Corporation,<br />
destacou o facto da quota de mercado da<br />
marca, no aftermarket europeu, ter crescido<br />
350% nos últimos 10 anos. “Estamos muito<br />
orgulhosos de sermos líderes na Europa<br />
e no Mundo em primeiro equipamento, e<br />
como é lógico, queremos também liderar o<br />
aftermarket. Nos últimos anos, para além<br />
deste novo Centro de Distribuição Europeu,<br />
já abrimos mais seis armazéns em<br />
toda a Europa e duas fábricas em Espanha,<br />
uma de bombas de direcção assistida e outra<br />
de amortecedores. No final do ano, começará<br />
a produção de amortecedores na<br />
nova fábrica da KYB, localizada na República<br />
Checa”, disse T. Ozawa.<br />
Posição actual da KYB<br />
No presente, a KYB continua a ser uma<br />
multinacional de origem Japonesa, com<br />
sede social em Tóquio, em cuja Bolsa está<br />
cotada. Com 15 fábricas, na Ásia, Europa e<br />
EUA, empregando mais de oito mil colaboradores,<br />
a KYB possui uma capacidade<br />
de produção anual de 75 milhões de amortecedores.<br />
Grande parte da produção ocorre<br />
em linhas totalmente automatiza<strong>das</strong>, o que<br />
garante enorme produtividade e custos reduzidos,<br />
para além de um nível de qualidade<br />
homogéneo e fiável.<br />
O Centro de distribuição da KYB em Paris tem uma área superior a 10.000 m2 e 3.500 referências em stock. A<br />
sua construção vai permitir mais disponibilidade de produto e maior rapidez de entrega.<br />
O Sr. Sato, responsável europeu da KYB, e Pedro Antão, responsável da KYB em Portugal, confirmaram a aposta<br />
da marca no apoio aos seus clientes, a nível de formação e informação técnica de produto.<br />
No discurso de inauguração, o Sr. Tadahiko Ozawa,<br />
Presidente da KYB Corporation, destacou o facto da<br />
quota de mercado da marca, no aftermarket europeu,<br />
ter crescido 350% nos últimos 10 anos.<br />
Neste momento, é líder mundial de equipamento<br />
original de amortecedores para a<br />
indústria automóvel (23%), equipando um<br />
em cada quatro carros novos. Na Europa,<br />
também lidera o equipamento de origem,<br />
com 20%. Quanto ao aftermarket mundial,<br />
a KYB é o terceiro maior fornecedor, mas<br />
definiu já uma estratégia para alcançar uma<br />
quota de 25% neste mercado. Entre os clientes<br />
mais prestigiosos da empresa estão a<br />
Boing, Shinkansen (TGV japonês), Caterpillar<br />
e numerosos construtores mundiais<br />
de automóveis. A maior parte dos construtores<br />
asiáticos de automóveis montam<br />
KYB como primeiro equipamento (Toyota,<br />
Suzuki, Nissan, Mitsubishi, Mazda, Kubota,<br />
Komatsu, Isuzu, Honda e Daihatsu),<br />
para além dos fabricantes de motos Kawasaki<br />
e Yamaha. Nas marcas de veículos<br />
“ocidentais“, são clientes de equipamento<br />
original a Audi, Fiat e Alfa Romeo, Ford,<br />
Peugeot, Renault, Seat, VW, entre outras.<br />
Em relação ao após-venda europeu, a KYB<br />
possui uma oferta que cobre praticamente<br />
99% do parque circulante.
38<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
Sópneus<br />
Pneus e serviços<br />
Especializada na área dos pneus, a Sópneus tem vindo a diversificar um pouco mais a oferta<br />
de serviços auto, indo assim de encontro às necessidades da moderna distribuição,<br />
posicionando-se como um auto-centro embora especializado em pneus.<br />
ASópneus foi fundada em 1970 por<br />
António Silva, um empresário que<br />
dedicou grande parte da sua vida<br />
(desde 1959) ao negócio dos pneus. Apesar<br />
de ser um negócio tipicamente familiar, o<br />
seu crescimento foi exponencial ao longo<br />
do anos, primeiro com duas lojas de pequenas<br />
dimensões no interior da cidade do<br />
Porto, que actualmente só trabalham veículos<br />
ligeiros, para mais recentemente (já em<br />
1999) abrir novas e amplas instalações em<br />
Vila Nova de Gaia.<br />
“Com estas novas instalações e com condições<br />
para podermos trabalhar os camiões<br />
de uma forma profissional, acabámos por<br />
ter um grande sucesso, até porque começamos<br />
também a apostar nos serviços rápidos<br />
de mecânica”, começa por referir Carlos<br />
Silva, actual Sócio-gerente da Sópneus.<br />
Rapidamente surgiu a oportunidade e a necessidade<br />
de fazer aumentar as instalações,<br />
que permitiu dividir a área de ligeiros da<br />
área de pesados, sendo desenvolvido um<br />
espaço próprio para o armazém. Actualmente<br />
a Sópneus dispõe de instalações (só<br />
em Vila Nova de Gaia) com uma área total<br />
superior a 2.500 m2.<br />
Apesar da aposta ser nos pneus, “não fazia<br />
muito sentido não proporcionar ao cliente<br />
outro tipo de serviços, como a mudança<br />
de pastilhas de travão, de filtros, do óleo,<br />
entre outros, que ele próprio também nos<br />
solicitava e que não requerem grande especialização”,<br />
frisa Carlos Silva.<br />
Os pneus representam o grosso da actividade<br />
da Sópneus, não só ao nível do cliente<br />
particular, mas também através <strong>das</strong> frotas,<br />
“que é um mercado muito importante onde<br />
estamos muito bem implementados”, assegura<br />
Carlos Silva. Outra área não menos<br />
importante no negócio da Sópneus é a revenda<br />
a pequenas casas de pneus na área<br />
do grande Porto, que “representa uma facturação<br />
superior a 50% se analisarmos só a<br />
actividade ligada aos pneus e que justifica<br />
o investimento que temos em armazém”,<br />
sublinha Carlos Silva.<br />
A Sópneus aderiu ao conceito First Stop,<br />
da Bridgestone, que lhe garantiu também<br />
uma excelente imagem nas instalações em<br />
Vila Nova de Gaia. “Conseguimos uniformizar<br />
a nossa imagem, dando às instalações<br />
um aspecto mais moderno e acolhedor,<br />
mas este acordo não nos limita em termos<br />
comerciais às marcas da Bridgestone, até<br />
porque vendemos mais pneus do grupo Michelin”,<br />
revela Carlos Silva.<br />
Com uma excelente capacidade de armazenagem,<br />
a Sópneus desenvolveu uma política<br />
de produto / preço, assente na diversificação<br />
da oferta. “Desde os pneus topo de<br />
gama até às linhas brancas onde o preço é o<br />
factor preferencial, temos uma oferta muito<br />
diversificada que vai de encontro ás necessidades<br />
dos nossos clientes”, acentua o responsável<br />
desta empresa.<br />
A diferenciação e a especialização desta<br />
empresa também se faz ao nível dos equipamentos<br />
que permitem efectuar os serviços<br />
propostos, tendo a Sópneus sido <strong>das</strong><br />
A Sópneus, apesar de estar historicamente associada a pneus, desenvolve actualmente diversos serviços<br />
rápidos de mecânica, oferecendo assim um serviço mais completo ao seu cliente<br />
poucas empresas em Portugal a adquirir<br />
“gaiolas” para enchimento de pneus de pesados<br />
(apesar de obrigatório por lei), acima<br />
de tudo “por uma questão de segurança,<br />
proporcionando melhores condições de trabalho<br />
aos nossos funcionários e um melhor<br />
serviço ao cliente”, revela Carlos Silva.<br />
Não menos importante tem sido a aposta<br />
na formação dos seus activos humanos,<br />
sendo agora um dos objectivos de curto<br />
prazo a abertura de uma pequena sala de<br />
formação dentro <strong>das</strong> próprias instalações.<br />
Nesta lógica de investimentos para o futuro,<br />
a Sópneus tem a ideia de criar mais<br />
uma ou duas pequenas lojas de venda ao<br />
público, como os que têm em Matosinhos e<br />
Porto, mas “nunca queremos sair da zona<br />
do grande Porto, que é um mercado que conhecemos”.<br />
Relativamente ao mercado, Carlos Silva<br />
considera que a Sópneus não tem registado<br />
uma quebra nas ven<strong>das</strong> de pneus, “agora o<br />
que se nota é que existe uma tendência para<br />
o cliente procurar pneus mais económicos”.<br />
Contudo, em termos de concorrência, Carlos<br />
Silva alerta para algumas “situações<br />
Organização Sópneus<br />
Para além <strong>das</strong> pequenas unidades que<br />
tem no Porto, a Sópneus em Vila Nova de<br />
Gaia (Canelas) divide-se essencialmente<br />
em três espaços destina<strong>das</strong> a ligeiros,<br />
pesados e ao armazém.<br />
A recepção, que para além da zona de<br />
atendimento, possui ainda uma zona de<br />
exposição de diversos produtos e<br />
acessórios para o automóvel, está no<br />
centro deste espaço, tendo do seu lado<br />
direito a oficina para camiões e do lado<br />
esquerdo para ligeiros. Na zona para<br />
camiões existem todos os equipamentos<br />
necessários à troca de pneus, incluindo<br />
duas gaiolas de enchimento que poucas<br />
casas de pneus usam em Portugal. Na<br />
zona para ligeiros existem os tradicionais<br />
equipamentos para troca de pneus e<br />
alinhar a direcção, mas também<br />
equipamentos para efectuar todo o tipo<br />
de serviços rápidos.<br />
Um enorme armazém abastece não só as<br />
próprias oficinas, como efectua ven<strong>das</strong><br />
para outras casas de pneus.<br />
Sópneus<br />
Sede:<br />
Rua de Monchique, 4/20<br />
4050-394 Porto<br />
Gerente:<br />
Carlos Silva<br />
Telefone:<br />
22 205 48 66<br />
Fax:<br />
22 332 41 60<br />
E-mail:<br />
porto@sponeus.com<br />
Internet:<br />
www.sopneus.com<br />
desleais no mercado, com a venda de pneus<br />
usados provenientes do estrangeiros que<br />
não pagam nem ecovalor nem IVA. Considero<br />
que devia existir muito mais fiscalização,<br />
até pela concorrência desleal que nos<br />
fazem”. A Sópneus pertence actualmente à<br />
APN (Agrupamento Pneumático do Norte),<br />
que é uma estrutura sem fins lucrativos<br />
com sete associados, que actualmente “funciona<br />
como uma central de compras, mas<br />
pretendemos que venha no futuro a evoluir<br />
para um outro conceito com imagem própria”,<br />
conclui Carlos Silva.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Maio 2006 39<br />
Autocenter<br />
Renovar a imagem<br />
A maior cadeia de autocentros portuguesa, viu recentemente a sua imagem e designação alterada de Império<br />
Autocenter para apenas Autocenter. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi saber o porquê desta alteração.<br />
Sendo uma <strong>das</strong> empresas pioneiras<br />
no desenvolvimento dos centrosauto<br />
em Portugal, sendo também a<br />
que detém o maior número de estabelecimentos,<br />
o ano de 2006 ficará marcado pela<br />
introdução de um nova designação e uma<br />
nova imagem em todos os centros-auto.<br />
A designação Império Autocenter deixa<br />
de existir e dá lugar a uma nova designação,<br />
Autocenter, alicerçada numa imagem<br />
mais actual e mais de acordo com o conceito<br />
de centro-auto.<br />
“O motivo da alteração da designação é<br />
muito simples”, começa por referir Jorge<br />
Leitão, Director de Marketing e Comunicação<br />
da Autocenter, acrescentando que<br />
“há muitos anos que o nome Império está<br />
ligado à área dos pneus, nomeadamente<br />
através da Império Pneus, mas a Império<br />
Autocenter (agora Autocenter), desde há<br />
muito que é um negócio muito mais abrangente”.<br />
Apesar de reconhecer que os pneus representam<br />
ainda uma parte muito importante<br />
do negócio, a Autocenter oferece<br />
também uma grande variedade de serviços<br />
não só na área dos pneus (alinhamentos,<br />
equilibragem, etc.) como também na área<br />
da mecânica (travões, amortecedores, mudança<br />
de óleo, filtros, etc.), pelo que “não<br />
fizemos mais do que mudar a designação<br />
comercial da empresa, com uma nova<br />
marca, que melhor reflectisse aquilo que<br />
estamos preparados para oferecer ao mercado”.<br />
Autocenter<br />
Sede:<br />
Nogueira – Apartado 457<br />
4711-914 Braga<br />
Director de Marketing:<br />
Jorge Leitão<br />
Telefone:<br />
253 240 600<br />
Fax:<br />
253 240 601<br />
E-mail:<br />
geral@autocenter.pt<br />
Internet:<br />
www.autocenter.pt<br />
A designação Autocenter e uma nova<br />
imagem baseada em novos logótipos e na<br />
vivacidade e pujança da cor vermelha, permite<br />
“que o mercado nos reconheça como<br />
um conjunto de centros-auto que estão habilitados<br />
a fazer tudo o que tenha a ver<br />
com serviços de mecânica rápida, com um<br />
relação custo/benefício muito proveitosa<br />
para o cliente, sendo uma alternativa aos<br />
tradicionais concessionários”, assegura<br />
Jorge Leitão.<br />
Com o novo nome e o esforço de comunicação<br />
que lhe estará associado, espera<br />
Jorge Leitão que a Autocenter obtenha<br />
“um maior reconhecimento por parte do<br />
mercado-alvo, relativamente ao tipo de<br />
serviços que disponibilizamos e à actividade<br />
que desenvolvemos”.<br />
Assim o aumento da oferta de produtos<br />
e serviços, não dependerá da mudança de<br />
nome mas “da necessidade que qualquer<br />
empresa tem de crescer, e de ter uma maior<br />
e melhor oferta, adequada à exigência<br />
do mercado”, afirma o Director de Marketing<br />
da Autocenter.<br />
Com mais de 40 lojas espalha<strong>das</strong> em<br />
todo o país, é política interna dos responsáveis<br />
da Autocenter, expandir ainda mais a<br />
rede. “Se tudo correr de acordo com o planeado,<br />
está previsto ainda para este ano,<br />
abrirmos mais quatro centros auto”, afirma<br />
Jorge Leitão, destacando que um dos “exlibris”<br />
será o novo centro a abrir junto ao<br />
Continente da Amadora, já que este passará<br />
a ser uma <strong>das</strong> maiores unidades Autocenter<br />
em Portugal, numa localização privilegiada.<br />
Em termos estratégicos, o que está planeado<br />
é a abertura de novos Autocenter em<br />
áreas geográficas “onde sabemos que existe<br />
uma carência a este nível e em que o potencial<br />
de negócio seja elevado, e que, no<br />
fundo, complementem a oferta já existente”,<br />
esclarece Jorge Leitão.<br />
Não fugindo do conceito de franchising<br />
(há duas unidades franchisa<strong>das</strong>) a política<br />
de abertura de novos Autocenter, passa na<br />
maioria <strong>das</strong> vezes por estruturas deti<strong>das</strong><br />
pela própria rede, pois “achamos que desta<br />
forma temos um controlo mais directo sobre<br />
aquilo que pretendemos para os nossos<br />
centros-auto”, admite o responsável de<br />
Marketing da Autocenter, acrescentando<br />
que “temos sido muito bem sucedidos com<br />
a nossa estratégia, como se prova pelo<br />
crescimento que temos vindo a registar,<br />
apesar do abrandamento económico”.<br />
Em termos de conceito de centro-auto,<br />
Jorge Leitão refere que a Autocenter têm<br />
na maioria dos seus centros-auto uma<br />
componente de loja e uma componente de<br />
oficina, referindo contudo que “essa será<br />
uma avaliação feita caso a caso. Temos<br />
centros só com oficina, mas queremos que<br />
as duas componentes estejam presentes,<br />
nomeadamente nos novos centros que vamos<br />
abrir”.<br />
Relativamente à política de produto e de<br />
preço, o responsável de marketing da Autocenter,<br />
considera que “temos uma oferta<br />
muitíssimo abrangente quer em termos de<br />
produto quer em termos de preço, pois a<br />
nossa intenção é a satisfação total <strong>das</strong> necessidades<br />
de qualquer cliente que se dirija<br />
aos nossos centros. Considero que esta,<br />
aliada à qualidade do serviço prestado, é<br />
uma <strong>das</strong> mais importantes vantagens competitivas<br />
que temos em relação à nossa<br />
concorrência”.<br />
Refira-se que a Autocenter continua a<br />
ser detida em partes iguais pelo Grupo Império<br />
e pela Choice-Car, holding do Grupo<br />
Salvador Caetano e Grupo Sonae para o<br />
negócio automóvel.
40<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
EMPRESA<br />
Vauner<br />
Negócio em expansão<br />
Mantendo-se fiel aos seus princípios, a Vauner é um dos mais importantes grossistas na área <strong>das</strong> peças de carroçaria,<br />
tendo vindo também a apostar fortemente nas peças de mecânica. Fruto desse crescimento, a Vauner inaugurou<br />
recentemente um imponente armazém em Fânzeres, bem perto do Porto.<br />
AVauner é uma empresa especializada<br />
em peças de carroçaria. Contudo,<br />
nos últimos anos houve uma<br />
alteração estratégica na política de produto,<br />
em que se continuou a privilegiar a aposta<br />
na área de colisão, reforçando contudo a<br />
aposta nos produtos de mecânica. “Quisemos<br />
reduzir o grande diferencial de ven<strong>das</strong><br />
que existia entre os produtos de carroçaria<br />
e os produtos de mecânica, isto é, a importância<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de produtos de mecânica<br />
na Vauner tem vindo a aumentar, apesar<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> reais na área da chapa também<br />
tenham crescido”, afirma Rogério Oliveira,<br />
Director de Compras da Vauner.<br />
Desde 2004 a Vauner introduziu 9 linhas<br />
de produtos da Samko (travagem) e Lubrificantes<br />
Delkol, tendo ficado com a representação<br />
exclusiva destas marcas para Portugal,<br />
assim como passou a disponibilizar<br />
novas linhas da AC Delco (também em exclusivo),<br />
que até então não comercializava,<br />
como escovas limpa-vidros, filtros e, brevemente,<br />
embraiagens, correias de distribuição,<br />
velas e amortecedores.<br />
“Tratou-se de uma forte aposta em material<br />
de primeiro equipamento, de reconhecida<br />
qualidade, como é o caso dos produtos<br />
da AC Delco”, sublinha Jerónimo Oliveira,<br />
Director Geral da Vauner, acrescentando<br />
Rogério Oliveira, que “como empresa presente<br />
na grande distribuição, e não no retalho,<br />
existem linhas de produtos que não trabalhamos<br />
nem temos intenção nem sentimos<br />
a necessidade de trabalhar, embora<br />
saibamos que é necessário ter uma gama<br />
muito diversa para dar reposta às necessidades<br />
dos nossos clientes”.<br />
Trabalhando actualmente com um mercado<br />
de aproximadamente 1.200 casas de<br />
peças, os responsáveis da Vauner fazem<br />
questão de frisar a seriedade com que estão<br />
no mercado, “já que não fazemos ven<strong>das</strong><br />
directas, por nenhum meio, às oficinas”,<br />
garante Jerónimo Oliveira.<br />
Rogério Oliveira (Director de Compras) e Jerónimo Oliveira (Director-Geral) junto ao novo armazém que a Vauner<br />
possui na sua sede em Fânzeres/Gondomar, com aproximadamente 7.500 m2. Abrir uma novo armazém na<br />
zona de Lisboa também está nas perspectivas dos responsáveis da Vauner.<br />
Investir em Armazéns<br />
Para a Vauner a aposta na capacidade<br />
dos seus armazéns é fundamental. A prova<br />
disso mesmo, é o recém concluído armazém<br />
em Fânzeres, com uma capacidade de<br />
7.500 m2, que permite dar resposta à crescente<br />
introdução de novas linhas de produtos,<br />
mas também “servir melhor o cliente,<br />
criando melhores condições de operatividade<br />
e consequentemente aumentar a produtividade<br />
e a rentabilidade”, refere Rogério<br />
Oliveira.<br />
Actualmente a Vauner dispõe de aproximadamente<br />
50.000 m2 de capacidade de<br />
armazenagem, divi<strong>das</strong> por cinco estruturas<br />
localiza<strong>das</strong> em Fânzeres, Porto Alto, Lisboa,<br />
Coimbra e Maia.<br />
Futuramente a Vauner vai também dispor<br />
de novas instalações em Lisboa, com<br />
uma maior capacidade de armazenagem e<br />
que deverá cumprir os mesmos objectivos<br />
traçados para o novo armazém que a empresa<br />
tem a funcionar em Fânzeres.<br />
“A nossa aposta está na melhoria constante<br />
do serviço que damos ao nosso cliente<br />
para o fidelizar”, afirma Rogério Oliveira,<br />
que refere que “o preço é ainda muito importante<br />
neste mercado, mas queremos melhorar<br />
a resposta que damos ao cliente e<br />
isso só se faz através da melhoria do serviço,<br />
satisfazendo cada vez mais as suas necessidades”.<br />
Mercado<br />
Devido à forma como o mercado se encontra,<br />
“temos a noção de que 20 a 30%<br />
<strong>das</strong> oficinas irão desaparecer e, consequentemente,<br />
20 a 30% dos retalhistas e importadores<br />
de peças também deixarão de funcionar,<br />
passando a existir uma selecção natural<br />
do própria mercado”, analisa Rogério<br />
Oliveira, sublinhando “que essa é uma tendência<br />
que já se nota no mercado e que em<br />
2007 será ainda mais forte, até porque existe<br />
uma tendência generalizada para a diminuição<br />
do consumo de peças, sejam elas de<br />
mecânica ou de carroçaria”.<br />
Relativamente ao mercado <strong>das</strong> peças de<br />
carroçaria, “as oscilações não têm sido tão<br />
evidentes, pelo menos no caso da Vauner,<br />
pois trata-se de um tipo de material mais<br />
difícil de trabalhar e que exige alguma especialização<br />
e muitos investimentos. Não é<br />
por acaso que a Vauner tem perto de<br />
50.000 m2 de área em termos de armazéns”,<br />
refere Rogério Oliveira.<br />
Explorar as vantagens da internet<br />
A Vauner já tem disponível na sua página<br />
web (www.vauner.pt), uma área<br />
reservada para os seus clientes,<br />
proporcionando-lhes através de uma<br />
“password”, o acesso à sua contacorrente,<br />
à disponibilidade de stock e aos<br />
preços actualizados dos produtos que<br />
comercializa.<br />
“A adesão a este serviço, assim que o<br />
lançamos em Dezembro, foi enorme, pois<br />
registamos mais de 350 clientes”,<br />
sublinha Rogério Oliveira, acrescentando<br />
que “logo na segunda semana em que o<br />
site esteve disponível tivémos mais de<br />
275 encomen<strong>das</strong> por este canal, o que é<br />
excelente”.<br />
Apesar de reconhecer que ainda está<br />
numa fase inicial, Rogério Oliveira<br />
considera que se “trata de uma excelente<br />
ferramenta de trabalho e que permitir<br />
reduzir custos, essencialmente aos<br />
nossos clientes”.<br />
Vauner Trading, S.A.<br />
Sede:<br />
Rua da Carvalha de Baixo – Apt. 2035<br />
4514-909 Fânzeres – Gondomar<br />
Director de Compras:<br />
Rogério Oliveira<br />
Telefone:<br />
224 853 420<br />
Fax:<br />
224 853 426<br />
E-mail:<br />
ven<strong>das</strong>@vauner.pt<br />
Internet:<br />
www.vauner.pt
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Maio 2006 41<br />
Casa <strong>das</strong> Jantes<br />
O mundo <strong>das</strong> jantes<br />
A “Casa <strong>das</strong> Jantes” é a mais antiga empresa nacional dedicada à reparação de jantes de automóveis,<br />
concentrando também a sua actividade na comercialização de jantes novas e usa<strong>das</strong> e ainda de todo o tipo de<br />
acessórios que tenham exactamente a ver com jantes.<br />
Não deixa de ser curioso que a actividade<br />
de reparação de jantes em<br />
Portugal esteja concentrada a norte<br />
do país e mais concretamente em Braga<br />
onde se encontra também a Casa <strong>das</strong> Jantes.<br />
O início da actividade deu-se em 1965,<br />
num negócio iniciado pelo pai do actual<br />
gerente da Casa <strong>das</strong> Jantes, Narciso Xavier,<br />
que foi crescendo ao longo dos anos, tornando-se,<br />
por direito próprio, como a referência<br />
deste sector da reparação de jantes.<br />
A Casa <strong>das</strong> Jantes voltou nesta década a<br />
apostar novamente na fabricação de jantes,<br />
“já que existem muitos casos de medi<strong>das</strong><br />
que não são estandardiza<strong>das</strong>, nomeadamente<br />
para carros clássicos e para veículos<br />
de competição e nós temos capacidade industrial<br />
e conhecimento técnico para as fazer<br />
nas nossas instalações, não existindo<br />
neste momento ninguém em Portugal que o<br />
faça”, refere Narciso Xavier, acrescentando<br />
“a procura por este tipo de serviço tem vindo<br />
a crescer, não só em Portugal mas também<br />
em Espanha e França, onde também<br />
estamos presentes”.<br />
Mais de 80% da actividade da Casa de<br />
Jantes continua, contudo, a ser a reparação,<br />
embora actualmente já sejam disponibilizados<br />
muitos outros serviços, como “o polimento<br />
<strong>das</strong> jantes, que lhes dá um efeito<br />
cromado, sendo esta empresa a única que<br />
dispõe de robot´s para o fazer com qualidade”,<br />
sublinha Narciso Xavier.<br />
Serviço<br />
Juntamente a toda a actividade industrial<br />
inerente à reparação <strong>das</strong> jantes, a Casa <strong>das</strong><br />
Jantes desenvolve uma intensa actividade<br />
comercial, assente numa frota diversificada<br />
de veículos, que se deslocam por todo o<br />
país recolhendo e entregando jantes, nomeadamente<br />
junto <strong>das</strong> oficinas.<br />
A possibilidade de laborar industrialmente<br />
22 horas por dia, permite que a Casa<br />
<strong>das</strong> Jantes consiga entregar a jante reparada<br />
em prazos muito curtos após a recolha da<br />
mesma. “Desde que estamos a trabalhar<br />
com esta disponibilidade industrial, o número<br />
de serviços aumentaram bastante,<br />
embora a procura externa compense uma<br />
ligeira quebra da procura interna, isto é,<br />
cada vez temos mais serviço de Espanha e<br />
França, onde aliás temos equipas comerciais<br />
a trabalhar”, refere Narciso Xavier.<br />
Reparação e não só<br />
A Casa <strong>das</strong> Jantes concentra grande<br />
parte da sua actividade na reparação <strong>das</strong><br />
jantes, embora disponibilize outros<br />
produtos e serviços. Agregado à<br />
actividade de reparação existe também a<br />
construção de jantes por pedido,<br />
nomeadamente para veículos clássicos<br />
ou para veículos de competição.<br />
Outra <strong>das</strong> actividades é a venda de jantes<br />
novas e usa<strong>das</strong>, com uma enorme<br />
disponibilidade de modelos e de marcas.<br />
Para além disso a Casa <strong>das</strong> Jantes<br />
comercializa todo o tipo de acessórios de<br />
segurança, conforto e embelezamento<br />
que tenham ver directamente com as<br />
jantes. Espaçadores, porcas, centros de<br />
jantes, etc, são apenas alguns dos<br />
exemplos daquilo que se pode encontrar<br />
no protfólio de produtos disponibilizados<br />
pela Casa <strong>das</strong> Jantes.<br />
Narciso Xavier dirige a mais antiga empresa de<br />
reparação de jantes, a Casa <strong>das</strong> Jantes, que existe<br />
em Portugal<br />
Garantia<br />
Um aspecto muito importante neste negócio<br />
é a garantia da reparação. “Com a experiência<br />
que temos sabemos perfeitamente<br />
quais as jantes que não oferecem garantia<br />
de reparação e nesse caso avisamos o cliente<br />
dessa situação sendo a jante rejeitada”,<br />
afirma Narciso Xavier, sublinhando que<br />
nessas situações “o cliente pode optar por<br />
uma jante usada ou nova, que temos em<br />
stock”. Não existindo uma garantia formal<br />
da reparação, este responsável da Casa <strong>das</strong><br />
Jantes reconhece que as reclamações se devem<br />
essencialmente, não a defeitos na reparação,<br />
mas sim à aplicação de produtos<br />
de limpeza altamente corrosivos que muitas<br />
vezes aceleram o desgaste do polimento<br />
<strong>das</strong> jantes, o mesmo sucedendo com as jantes<br />
novas.<br />
Outro aspecto muito importante é que to<strong>das</strong><br />
as jantes, independentemente do material<br />
em que são construí<strong>das</strong> de origem, têm<br />
reparação, contudo existem “limites técnicos<br />
para os quais não se torna rentável reparar<br />
uma jante, mas a maioria dos nossos<br />
clientes já sabe também fazer essa triagem”,<br />
considera Narciso Xavier.<br />
Para além do particular, que pode recorrer<br />
directamente à Casa <strong>das</strong> Jantes, inclusivamente<br />
através de uma loja aberta ao<br />
público em Braga, esta empresa trabalha<br />
essencialmente com oficinas independentes<br />
e concessionários de automóveis em<br />
todo o país. Ao todo são mais de 1.800 clientes<br />
em Portugal, que geram um movimento<br />
diário de aproximadamente 600<br />
jantes por dia, <strong>das</strong> quais metade se encontram<br />
em reparação.<br />
Uma <strong>das</strong> principais apostas da Casa <strong>das</strong><br />
Jantes tem sido na internacionalização do<br />
negócio, nomeadamente em França, “que é<br />
um mercado muito importante e recente em<br />
termos de reparação de jantes”, assegura<br />
Narciso Xavier, concluindo que “em Portugal<br />
a concorrência já é muito grande e não<br />
tem sido possível reflectir nos preços o aumento<br />
dos factores de produção e de aquisição<br />
de equipamentos”.<br />
Casa <strong>das</strong> Jantes<br />
Sede:<br />
Parque Industrial de Adaúfe, Ap 2218<br />
4710 – 000 Braga<br />
Gerente:<br />
Narciso Xavier<br />
Telefone:<br />
253 628 753<br />
Fax:<br />
253 628 755<br />
E-mail:<br />
geral@casa<strong>das</strong>jantes.com<br />
Internet:<br />
www.casa<strong>das</strong>jantes.com
42<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
EMPRESA<br />
CA Portugal<br />
O futuro da oficina<br />
Para além <strong>das</strong> oficinas de marca, <strong>das</strong> independentes e dos auto-centros / fast-fit, poderemos afirmar que com a CA Portugal<br />
nasceu um novo conceito de oficina, cruzando tecnologia com questões ambientais e serviço com menores custos para o cliente.<br />
Há 10 anos ligado ao mundo automóvel<br />
na gestão de um concessionário<br />
de marca, Gonçalo Eiró, Director-Geral<br />
da CA Portugal, chegou à conclusão<br />
de que os projectos “unimarca” não<br />
teriam grande futuro.<br />
“Onde trabalhava não consegui ver um<br />
projecto estruturado dentro daquilo que eu<br />
entendia ser o futuro do mercado automóvel”,<br />
começa por referir Gonçalo Eiró.<br />
Com esta ideia em mente o principal responsável<br />
pelo “projecto” CA Portugal parte,<br />
juntamente com outros sócios, para a<br />
aquisição de uma concessão automóvel<br />
(Trovão & Quental), já que se pretendia<br />
manter a assistência Fiat / Lancia e ficar<br />
com as instalações que lhes estavam afectas.<br />
O projecto assumia ainda a participação<br />
na rede Bosch Car Service, como meio<br />
de poder dar resposta a um conceito multimarca,<br />
com to<strong>das</strong> as vantagens tecnológicas<br />
e de imagem que essa associação representa.<br />
Por sugestão de um dos accionistas deste<br />
projecto, a CA Portugal ficou também com<br />
o Master Franchise para Portugal de um<br />
conceito de Smart-Repair (a ChipsAway).<br />
O início da actividade da CA Portugal<br />
dá-se em Maio de 2005, partindo para um<br />
negócio automóvel multimarca, investindo<br />
em tudo o que é tecnologias de ponta.<br />
“Investimos muito em tecnologia, quer<br />
ao nível do parque informático, com computadores<br />
e software do mais avançado que<br />
existe para este negócio, quer ao nível dos<br />
equipamentos Bosch, todos eles topo de<br />
gama, numa perspectiva de rentabilização<br />
do negócio”, refere Gonçalo Eiró.<br />
Ao longo deste primeiro ano de actividade,<br />
outros investimentos foram sendo feitos<br />
na CA Portugal, optando-se sempre pela<br />
via da qualidade dos equipamentos, com a<br />
aquisição de tecnologia na área da carroçaria,<br />
que permitiu duplicar a capacidade de<br />
chapa e pintura, com o constante aumento<br />
do número de recursos humanos.<br />
“Tudo isto obedece a um plano que está<br />
estruturado e pensado, o que não quer dizer<br />
que não sofra alterações, pois ele vai ter<br />
que se adaptar constantemente à evolução<br />
da empresa e do mercado envolvente”, sublinha<br />
Gonçalo Eiró, acrescentando que “a<br />
CA Portugal é actualmente uma marca,<br />
com possibilidades de vir a franchisar o<br />
próprio conceito”.<br />
Conceito<br />
Mas qual será então o conceito CA Portugal?<br />
Na opinião de Gonçalo Eiró o conceito<br />
CA Portugal é o “casamento <strong>das</strong> tecnologias:<br />
Smart-Repair, Body-Shop e<br />
Bosch Car Service”.<br />
Esta união de tecnologias permite desenvolver,<br />
na perspectiva do Director-Geral da<br />
CA Portugal, “um enorme potencial de criação<br />
de sinergias e mais-valias para o cliente<br />
final. Os ganhos de eficiência por via<br />
de uma redução de custos são de tal forma<br />
grandes, que nos permitem pensar em expandir<br />
este conceito noutras zonas do<br />
país”.<br />
Contudo, o objectivo da CA Portugal<br />
não é crescer desmesuradamente, mas sim<br />
perceber nesta fase se este conceito pode<br />
evoluir e de que forma.<br />
“No fundo, a CA Portugal funciona<br />
como uma receita do que para mim é o futuro<br />
do mercado oficinal”, considera Gonçalo<br />
Eiró, atendendo a que actualmente em<br />
Portugal, “existe a assistência mais cara e<br />
menos rentável da Europa, onde não há um<br />
bom aproveitamento <strong>das</strong> tecnologias de reparação<br />
na área da chapa, e onde existe<br />
uma grande pressão para o consumo de peças.<br />
Por outro lado, o maior consumidor de<br />
chapa e pintura, as companhias de seguros,<br />
ainda estão dispostas a pagar isso, mas não<br />
acredito que isso se mantenha por muito<br />
mais tempo”.<br />
Considerando que o conceito tradicional<br />
de oficina não tem grande futuro, Gonçalo<br />
Eiró refere que “no dia em que se consiga<br />
fazer a junção do conceito Smart-Repair<br />
dentro de um Body-Shop, obtendo-se por<br />
essa via maior rentabilidade, este mercado<br />
vai virar-se ao contrário”.<br />
Gonçalo Eiró é o responsável máximo da CA Portugal,<br />
que considera como sendo a oficina do futuro<br />
Instalações em Lisboa<br />
A CA Portugal montou o seu primeiro<br />
centro oficinal em Lisboa, mais<br />
concretamente no Prior-Velho nas antigas<br />
instalações da Trovão & Quental.<br />
Num mesmo espaço, que pretende num<br />
futuro a médio prazo ser<br />
substancialmente alargado, encontramse<br />
reunidos os três pilares prinicipais da<br />
actividade da empresa. Um zona de<br />
Smart-Repair (ChipsAway), onde são<br />
feitas diversas intervenções de reparação<br />
rápida de chapa e plásticos que não<br />
necessitam de acções de reparação mais<br />
profun<strong>das</strong>, associado a uma forte<br />
componente tecnológica ao nível da<br />
mecânica como Bosch Car Service e<br />
ainda um centro de colisão que dará<br />
resposta a outro tipo de casos.<br />
Toda a estrutura é suportado e gerida por<br />
modernos meios informáticos, que<br />
garantem não só um melhor nível de<br />
atendimento como uma gestão mais<br />
eficaz e profissionalizada.<br />
CA Portugal<br />
Sede:<br />
Rua Professor Henrique de Barros,<br />
Lt 18 – 1º piso<br />
2685 – 339 Prior Velho<br />
Director-Geral:<br />
Gonçalo Eiró<br />
Telefone:<br />
219 497 910<br />
Fax:<br />
219 497 919<br />
E-mail:<br />
ca@caportugal.com<br />
Internet:<br />
-
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MECÂNICA PRÁTICA Maio 2006 43<br />
Retentores radiais Reinz com lábios de Teflon<br />
Vedação segura<br />
para durar<br />
Nos retentores radiais, o PTFE (Teflon), de maior eficácia, está a<br />
substituir os materiais de vedação tradicionais com elastómero.<br />
Quem, no entanto, pretender substituir os retentores radiais com<br />
Teflon, terá que possuir um know-how especial.<br />
Retentores radiais com a<br />
designação RWDR, são<br />
elementos de vedação<br />
com lábios, em que o lábio primário<br />
encosta à componente rotativa.<br />
Considerado um elemento vedante<br />
dinâmico, este tipo de retentores<br />
evita a saída de<br />
lubrificante em cambotas, árvores<br />
de cames e veios de accionamento.<br />
O mais conhecido é o retentor<br />
radial Elastomer. O anel vedante<br />
com a designação ‘Simmerring’<br />
consiste numa construção metálica<br />
com um lábio elástico de cauchu,<br />
que está revestido por borracha<br />
- um elastomer – para a vedação<br />
estática da componente do<br />
motor. O lábio de vedação desliza<br />
sobre o veio e é mantido sob pressão<br />
na superfície através dum<br />
anel de mola.<br />
O efeito de vedação resulta do<br />
processo elasto-hidrodinâmico,<br />
que provem de diversos ângulos<br />
no canto de vedação e do desgaste<br />
característico nas superfícies de<br />
contacto. O líquido a repelir deve<br />
por esse motivo encontrar-se<br />
sempre no lado do maior ângulo<br />
do canto de vedação.<br />
Em consequência do movimento<br />
rotativo no lábio de vedação,<br />
resulta uma abertura de cerca de 1<br />
µm. Por aí sai sempre uma quantidade<br />
definida de óleo.<br />
Motores modernos exigem<br />
retentores mais eficazes<br />
A técnica avançada de motores,<br />
com rotações mais altas, temperaturas<br />
de óleo mais eleva<strong>das</strong> e lubrificantes<br />
mais agressivos e mais<br />
aditivados para corresponder aos<br />
intervalos mais longos de mudanças<br />
de óleo, exige retentores cada<br />
vez mais eficazes.<br />
Mesmo os aditivos de óleo agressivos,<br />
não causam desgaste aos retentores com<br />
lábios em PTFE (seta). Além disso, os<br />
lábios PTFE resistentes ao desgaste são<br />
insensíveis ao rodar momentâneamente<br />
em seco e com uma fraca lubrificação.<br />
São necessários materiais de<br />
vedação novos e mais resistentes.<br />
Motivo porque os retentores com<br />
lábios de vedação em Polytetrafluorethilene<br />
(PTFE) – conhecido<br />
sob o nome comercial Teflon -,<br />
são cada vez mais utilizados.<br />
Hoje em dia o PTFE aplica-se<br />
sempre onde a resistência a temperaturas<br />
e resistência química é<br />
importante, ou onde se devem vedar<br />
fluidos de fraca lubrificação.<br />
Retentores PTFE cobrem não somente<br />
um leque alargado de temperaturas<br />
(de –130ºC até<br />
+200ºC), como possuem uma<br />
fricção reduzida e uma tendência<br />
mínima de rotura após tempos de<br />
paragem, oferecendo vantagens<br />
significativas no andamento em<br />
seco e em situações de lubrificação<br />
deficiente.<br />
Vedante com efeito-memória<br />
O retentor-radial PTFE tem algumas<br />
diferenças significativas<br />
em detalhes construtivos, perante<br />
o seu antecessor Elastomer. O<br />
anel de mola não é necessário. A<br />
pressão necessária resulta do chamado<br />
efeito ‘Plastic-Memory’,<br />
uma característica química do<br />
plástico. Quer dizer que o material,<br />
ao aquecimento, tende a retomar<br />
a sua forma de origem, lembrando-se<br />
do seu estado inicial.<br />
Na produção, o lábio é fabricado<br />
em forma de anel plano e fixado<br />
nesta forma ao anel rígido. O lábio<br />
é fabricado em material<br />
PTFE, altamente resistente e de<br />
fraca fricção. Um lábio anti-pó<br />
(em borracha ou feltro) montado<br />
adicionalmente, evita a entrada de<br />
partículas de sujidade.<br />
Na montagem do retentor, o lábio<br />
- inicialmente plano – é estendido<br />
e dobrado sobre o diâmetro<br />
do veio. O lábio ao aquecer durante<br />
o trabalhar do motor, através<br />
do efeito-memória produz a<br />
pressão necessária sobre o veio.<br />
Para a vedação estática, a Reinz<br />
injectou sobre a caixa de aço inoxidável<br />
um o-ring de Flúor-Elastomer.<br />
Os retentores radiais integrados<br />
são de uma forma especial,<br />
dado que o retentor está fixado<br />
sob pressão dentro da carcaça.<br />
Com este tipo de construção os<br />
tempos de produção no fabrico de<br />
série são agora mais curtos, e nos<br />
serviços de reparação pode poupar-se<br />
muito tempo, em virtude<br />
de só ser necessário montar 1<br />
peça. Muitas vezes utilizam-se os<br />
retentores integrados para vedação<br />
de cambotas.<br />
Montagem em vários passos<br />
Devem considerar-se alguns<br />
pontos específicos na montagem<br />
dos retentores PTFE em relação<br />
aos retentores habituais retentores”.<br />
Para evitar erros de montagem<br />
recomenda-se os seguintes<br />
passos:<br />
- Para que o retentor PTFE esteja<br />
protegido de pó e outras sujidades,<br />
este deve ser retirado da<br />
sua embalagem protectora somente<br />
no momento antes da<br />
montagem.<br />
- O lábio está protegido com<br />
uma cápsula de plástico, a qual<br />
pode ser utilizada como ajuda<br />
na montagem. Ela é retirada<br />
somente após a Montagem.<br />
Quando a montagem é feita<br />
sem esta cápsula de plástico, o<br />
mecânico deve utilizar a ferramenta<br />
especial indicada pelo<br />
fabricante da viatura ou do<br />
motor.<br />
1<br />
2 3<br />
Na montagem dos retentores radiais PTFE há a considerar alguns pormenores. Só se<br />
pode aplicar com uma cápsula de montagem (1+2). Ela é afastada após aplicação do<br />
retentor (3). Aplicar óleo ou massa lubrificante não é permitido. Muitos retentores radiais<br />
Elastomer podem ser substituídos por um retentor PTFE de maior capacidade.<br />
Os retentores radiais PTFE são insensíveis a altas temperaturas. As eleva<strong>das</strong> rotações e as<br />
crescentes temperaturas de óleo dos motores modernos exigem, cada vez mais, materiais<br />
de vedação constantes. Existem actualmente disponíveis para reparação, retentores em<br />
PTFE como peça sobressalente separada (1) ou como peça conjunta com carcaça (2). Uma<br />
camada Elastomer (seta) injectada, tem a função de vedação estática da carcaça.<br />
- Nem o lábio PTFE, nem a superfície<br />
do veio devem apresentar<br />
resíduos de gordura ou<br />
óleo.<br />
- Ao montar o retentor deve terse<br />
em atenção de que o veio<br />
não esteja danificado, com sítios<br />
de canto agudo, ranhuras<br />
etc. Tais irregularidades no<br />
veio devem ser tratados e eliminados<br />
por um especialista de<br />
motores.<br />
- Para instalar aplica-se a cápsula<br />
de montagem com o retentor<br />
radial PTFE no veio e verificase<br />
se o retentor esta em posição<br />
correcta. A cápsula é posicionada<br />
de modo a que possa assentar<br />
directamente sobre o<br />
veio.<br />
- Enfiar o retentor com movimentos<br />
regulares sobre o veio e<br />
verificar se o lábio PTFE não<br />
fique posicionado no mesmo<br />
sítio de rotação do anterior. Em<br />
seguida retirar a protecção de<br />
plástico.<br />
2<br />
PTFE - Um pó milagroso conquista a técnica<br />
Polytetrafluoretilenio – abreviado PTFE – é um polimero totalmente<br />
fluorisado e pertence à classe dos ‘polihalogen-olefinos’. Este material<br />
plástico branco tornou-se conhecido com os nomes de Teflon e Gore-<br />
Tex.<br />
A data de nascimento desta milagrosa matéria plástica foi em 6 de<br />
Abril de 1938. Ao investigar um novo produto para a refrigeração de<br />
frigoríficos para a empresa DuPont, o cientista químico americano, Roy<br />
Plunkett, deixou durante alguns dias uma garrafa com uma ligação de<br />
fluor gasoso no seu laboratório. Com o tempo esta substância<br />
transformou-se num pó branco: o polytetrafluoretilenio estava<br />
descoberto!<br />
O sucesso do PTFE no entanto, surgiu somente em 1954, quando o<br />
francês Marc Gregoire cobriu frigideiras com o plástico repelente. Mas<br />
também a NASA se interessou pelo pó branco milagroso: As cápsulas<br />
astronáuticas Apollo tiveram a bordo algumas centenas de quilogramas<br />
de PTFE – em forma de isolamento de cabos, mosaicos de protecção<br />
de calor e nos tecidos dos fatos de astronautas.<br />
- Para que o lábio se adapte eficazmente<br />
ao veio, de modo a<br />
garantir uma boa vedação, o<br />
motor não deverá ser posto a<br />
trabalhar durante as 2 horas seguintes.<br />
- Na montagem de retentores integrados,<br />
por exemplo na cambota<br />
do lado de engrenagem,<br />
segundo instrução do construtor,<br />
o carter em muitas viaturas<br />
deve ser ligeiramente desmontado,<br />
para evitar o forçar da<br />
peça de montagem.<br />
Esta nova técnica de vedação<br />
pode ser aplicada também em<br />
motores mais antigos, recomendando-se,<br />
por isso, a consulta do<br />
catálogo de peças antes da reparação.<br />
Para a maioria dos casos poderão<br />
ser utilizados em vez dos<br />
retentores Elastomer habituais, os<br />
retentores mais eficazes com lábio<br />
PTFE.<br />
1<br />
Fonte: Victor Reinz
44<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Juntas de cabeça de motor (II PARTE)<br />
Detectar e prevenir avarias<br />
Nesta edição concluimos o artigo referente a juntas de cabeça de motor, com a referência às restantes situações que podem<br />
originar avarias neste componente, porque é fundamental conhecer sempre a verdadeira causa que provocou a avaria, pois a<br />
simples substituição da junta num motor defeituoso é pura perda de tempo e dinheiro.<br />
Continuação do JO Nº 07.<br />
7ª SITUAÇÃO<br />
Fuga de óleo em consequência da destruição<br />
de um elemento de vedação, durante a<br />
montagem da junta (veículo industrial)<br />
9ª SITUAÇÃO<br />
Junta de folhas metálicas danificada por<br />
combustão inadequada<br />
Aspecto da junta:<br />
Os elementos de vedação em elastómero<br />
foram deslocados da placa de suporte e<br />
cortados.<br />
Causa:<br />
A cabeça foi colocada repeti<strong>das</strong> vezes<br />
em cima da junta, para corrigir a posição;<br />
ao mover a cabeça, uma pressão demasiado<br />
forte de um dos cantos da cabeça inutilizou<br />
o vedante.<br />
Aspecto da junta:<br />
Na foto da esquerda nota-se a folha funcional<br />
inicialmente escurecida, terminando<br />
por partir-se (foto da direita). Causa:<br />
A combustão incontrolada provocou vibrações<br />
de alta frequência, cujas on<strong>das</strong> de<br />
choque atingiram a junta na zona de fecho.<br />
Outras causas prováveis:<br />
- Carburante de qualidade inferior (autodetonante);<br />
- Relação de compressão excessiva.<br />
Outras causas prováveis:<br />
- O vedante foi deslocado por uma passagem<br />
de gases;<br />
- O vedante foi comprimido demasiadamente,<br />
em virtude da sobreelevação da<br />
camisa do cilindro.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Preparação cuidadosa e execução metódica<br />
de to<strong>das</strong> as fases de montagem da<br />
junta;<br />
- Caso seja necessário repetir a inserção da<br />
cabeça do motor, verificar atentamente<br />
eventuais danos causados à junta.<br />
8ª SITUAÇÃO<br />
Fuga de óleo provocada pela deposição de<br />
mastique sobre um elemento de vedação da<br />
junta<br />
Aspecto da junta:<br />
O elemento vedante deslocou-se da placa<br />
de suporte, tendo-se depositado impurezas<br />
na ranhura de vedação.<br />
Causa:<br />
Demasiado mastique foi aplicado na<br />
placa de suporte metálico da junta; na<br />
sequência da vulcanização do mastique,<br />
os elementos de vedação foram submetidos<br />
a uma pressão exagerada e deslocados;<br />
as impurezas deposita<strong>das</strong> pelo próprio<br />
óleo da fuga provocaram a ampliação<br />
dos danos.<br />
Outra causa possível:<br />
- O elemento de vedação foi danificado<br />
durante a colocação da cabeça sobre a<br />
junta.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Evitar o uso de mastiques e outros tipos<br />
de vedantes;<br />
- Examine cuidadosamente a superfície de<br />
contacto <strong>das</strong> peças do motor;<br />
- Efectuar regularmente a mudança de<br />
óleo do motor.<br />
AVARIAS PROVOCADAS POR<br />
DEFICIÊNCIAS DE COMBUSTÃO<br />
Os fenómenos de combustão anómala<br />
são de certo modo frequentes, principalmente<br />
nos motores a gasolina. Quando se<br />
processa a ignição fora do tempo ou existe<br />
injecção de combustível depois de iniciada<br />
a combustão, a pressão no interior do<br />
motor pode exceder os 100 bar e a temperatura<br />
ultrapassar os 3.700º C. Tanto as<br />
juntas de cabeça como as peças do motor<br />
sofrem danos em maior ou menor grau,<br />
dependendo do período de tempo em que<br />
ocorrem os problemas. Na origem da<br />
combustão irregular podemos encontrar as<br />
seguintes causas:<br />
- Carburante com índice octano inferior ao<br />
preconizado pelo construtor;<br />
- Velas de ignição com graduação térmica<br />
inadequada;<br />
- Relação de compressão excessiva;<br />
- Gasóleo misturado na gasolina.<br />
Nos motores diesel, as causas podem ser<br />
as que seguem:<br />
- Afinação da bomba injectora incorrecta;<br />
- Injectores com fugas de gasóleo;<br />
- Junta de cabeça inadequada (em espessura),<br />
sem ter em conta a subida dos êmbolos<br />
na câmara de combustão;<br />
- Combustível de má qualidade.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Utilizar em to<strong>das</strong> as circunstâncias componentes<br />
de motor prescritos pelo fabricante<br />
(velas, juntas, injectores, etc.).<br />
10ª SITUAÇÃO<br />
Junta danificada pelo fenómeno conhecido<br />
vulgarmente por “grilar”<br />
Aspecto da junta:<br />
Deformações e inchaços são perfeitamente<br />
visíveis na zona da junta que circunda<br />
a câmara de combustão. O metal em certos<br />
locais desapareceu e o material flexível<br />
está queimado.<br />
Causa:<br />
O avanço da ignição encontra-se desregulado,<br />
provocando uma combustão descontrolada;<br />
vibrações de alta frequência e<br />
on<strong>das</strong> de choque violentas destruíram a<br />
junta em volta da câmara de combustão.<br />
Outras causas possíveis:<br />
- Combustível inadequado;<br />
- Relação de compressão excessiva;<br />
- Velas de ignição de gau térmico incorrecto.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MECÂNICA PRÁTICA Maio 2006 45<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Afinar o sistema de ignição;<br />
- Utilizar componentes recomendados;<br />
- Experimentar o veículo depois de montar<br />
a junta.<br />
11ª SITUAÇÃO<br />
Junta queimada por fenómenos de má<br />
combustão.<br />
MONTAGEM CORRECTA<br />
DE UMA JUNTA EM SETE OPERAÇÕES<br />
Para finalizar o presente trabalho, não<br />
poderíamos deixar de apresentar, os sete<br />
principais passos de montagem de uma<br />
junta de cabeça, segundo os requisitos dos<br />
fabricantes de motores:<br />
1 - Limpar totalmente e com todo o cuidado<br />
as superfícies planas <strong>das</strong> peças do motor<br />
em contacto com a junta (cabeça do motor<br />
e bloco de os cilindros), eliminando todos<br />
os resíduos de juntas anteriores e outros<br />
revestimentos, bem como<br />
desengordurando-as em seguida.<br />
Aspecto da junta:<br />
Em torno da câmara de combustão a junta<br />
está deformada e apresenta zonas queima<strong>das</strong><br />
e completamente destruí<strong>das</strong>.<br />
Causa:<br />
Foi utilizado um combustível inadequado,<br />
tendo provocado sobreaquecimento e<br />
aumentos de pressão excessivos; para além<br />
da junta inutilizada os êmbolos ficaram picados.<br />
Outras causas possíveis:<br />
- Ignição desafinada;<br />
- Relação de compressão excessiva;<br />
- Velas muito usa<strong>das</strong>, sujas ou de grau térmico<br />
incorrecto.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Utilizar combustível antidetonante (maior<br />
índice octano);<br />
- Substituir os componentes por outros<br />
preconizados pelo construtor;<br />
- Verificar a afinação do motor.<br />
12ª SITUAÇÃO<br />
Junta fortemente danificada pelo desprendimento<br />
da câmara de pré combustão.<br />
Aspecto da junta:<br />
A junta de cabeça de folhas metálicas foi<br />
danificada por impactos na zona dos elementos<br />
de turbulência.<br />
Causa:<br />
A câmara de turbulência do 1º cilindro<br />
desprendeu-se, durante a marcha do veículo;<br />
além da junta inutilizada, a câmara de<br />
combustão, as válvulas e o êmbolo sofreram<br />
danos consideráveis.<br />
Outra causa possível:<br />
A folga ao nível <strong>das</strong> câmaras de turbulência<br />
não conforme às prescrições do fabricante.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Indispensável verificar a solidez de fixação<br />
<strong>das</strong> câmaras de turbulência e a sobreelevação<br />
do êmbolo, antes de montar a<br />
nova junta.<br />
13ª SITUAÇÃO<br />
Junta danificada em consequência de um<br />
erro de montagem (veículo industrial)<br />
Aspecto da junta:<br />
O anel metálico da junta, em torno da<br />
câmara de combustão, foi fortemente<br />
comprimido pela gola da camisa do cilindro<br />
(foto à direita), danificando a junta e a<br />
cabeça do motor.<br />
Causa:<br />
O diâmetro da junta, ao nível da câmara<br />
de combustão não foi devidamente<br />
verificado; embora a junta nova coincidisse<br />
com a desmontada em todos os outros<br />
detalhes, falhou esse importante<br />
pormenor.<br />
Outra causa provável:<br />
Utilização de uma junta de substituição<br />
sem garantia de qualidade original.<br />
Procedimentos de reparação:<br />
- Desmontar a gola da camisa do cilindro e<br />
experimentar se passa facilmente no orifício<br />
da nova junta;<br />
- Efectuar a montagem da junta segundo<br />
as prescrições do fabricante.<br />
Fonte: Elring<br />
2 - Eliminar totalmente o óleo e sujidades<br />
deposita<strong>das</strong> nos furos de fixação dos<br />
parafusos da cabeça, verificando se as<br />
respectivas roscas não se encontram<br />
danifica<strong>das</strong> ou gripa<strong>das</strong>.<br />
3 - Preparar as superfícies planas <strong>das</strong><br />
peças:<br />
- Eliminar as saliências com pedra de<br />
rectificar a óleo;<br />
- Determinar a planitude <strong>das</strong> peças em toda<br />
a sua superfície, com uma régua de<br />
precisão; a margem de erro longitudinal<br />
deve ser inferior a 0,05 mm e inferior a<br />
0,03 mm, no sentido transversal;<br />
- Eliminar to<strong>das</strong> as cavidades e porosidades<br />
numa oficina especializada de rectificação<br />
de peças; as tolerâncias de regularização<br />
dependem do tipo de junta.<br />
4 - Centrar a junta de cabeça sobre o bloco<br />
motor (sem utilizar massas vedantes ou<br />
mastiques); é fundamental que o<br />
revestimento da junta não esteja danificado.<br />
5 - Colocar a cabeça do motor, evitando<br />
riscar o revestimento superficial da junta;<br />
evitar que resíduos (aparas metálicas e<br />
outros) fiquem depositados entre a junta e a<br />
cabeça do motor.<br />
Óleo<br />
Óleo<br />
6 - Preparação dos parafusos:<br />
- Seleccione componentes recomendados<br />
pelos construtores; por princípio, os<br />
parafusos da cabeça do motor e as<br />
respectivas anilhas devem substituídos em<br />
cada montagem;<br />
- Olear ligeiramente o roscado e a<br />
superfície de apoio da cabeça do parafuso;<br />
- Se o parafuso for montado com anilha,<br />
olear a face da anilha que aperta contra a<br />
cabeça do parafuso; Atenção, não olear em<br />
caso algum a superfície de apoio da anilha<br />
sobre a cabeça do motor.<br />
7 - Apertar os parafusos:<br />
- Respeitar rigorosamente a ordem de<br />
aperto dos parafusos prescrita pelo<br />
construtor do veículo; os sistemas mais<br />
usados de aperto são: do meio para o<br />
exterior; em cruz; e em hélice.<br />
- Respeitar as instruções de aperto<br />
angular/binário, seguindo a ordem e o nível<br />
de progressividade.<br />
- Respeitar as instruções de reaperto, caso<br />
estejam previstas.
46<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Maio 2006<br />
PNEUS<br />
Breves<br />
NOVAS REGRAS<br />
PARA RECAUCHUTAGEM<br />
Já se encontram em vigor as novas<br />
normas para a actividade de<br />
recauchutagem de pneus, promulga<strong>das</strong><br />
pela Comissão Europeia,<br />
em alinhamento com o regulamento<br />
da Comissão Económica<br />
para a Europa da ONU. As obrigações<br />
passam a ser idênticas às dos<br />
fabricantes de pneus novos, tanto<br />
no que respeita a características,<br />
homologações e métodos de produção,<br />
estando previstas sanções<br />
para os infractores. A nova regulamentação<br />
também consagra o mérito<br />
da actividade de recauchutagem,<br />
para a conservação do meio<br />
ambiente, reduzindo o volume de<br />
materiais utilizados, o consumo de<br />
energia e a formação de resíduos.<br />
PIRELLI VENCE<br />
TESTES DE QUALIDADE<br />
Testes de qualidade organizados<br />
pela ADAC (uma <strong>das</strong> maiores<br />
organizações corporativas do sector<br />
automóvel na Alemanha) e revistas<br />
especializa<strong>das</strong> alemãs elegeram<br />
a Pirelli como a melhor<br />
marca de pneumáticos, com uma<br />
pontuação claramente acima dos<br />
seus competidores directos. Os<br />
pneus mais apreciados foram os<br />
PZero Nero 225/45 R17Y, P6 /60<br />
R14H e P7 215/55R16W, entre<br />
outros. As revistas que realizaram<br />
os testes concluiram que os pneus<br />
Pirelli de topo de gama eram recomendáveis<br />
para as utilizações<br />
mais exigentes.<br />
GOODYEAR<br />
FAZ BALANÇO POSITIVO<br />
Ao fechar o ano de 2005, a Goodyear<br />
Tyre & Rubber Company<br />
duplicou os lucros de 2004, tendo<br />
regsitado um total líquido de €<br />
191,5 milhões. Para o resultado<br />
contri buiu o grande volume de<br />
facturação (€ 16.574 milhões),<br />
mais 7% do que no período homólogo<br />
anterior, em especial as<br />
ven<strong>das</strong> de produtos da última geração,<br />
com maior valor acrescentado.<br />
O presidente do grupo Goodyear,<br />
Robert Keegan, sublinhou<br />
que o resultado foi possível,<br />
apesar da subida <strong>das</strong> matérias-primas<br />
(+11%), graças a políticas<br />
cambiais ajusta<strong>das</strong>, programas intensivos<br />
de redução de custos e<br />
lançamento de produtos mais inovadores.<br />
BRIDGESTONE<br />
ULTRAPASSA RESULTADOS<br />
ANTERIORES<br />
Não querendo ficar atrás dos<br />
seus concorrentes, o grupo Bridgestone<br />
superou em 2005 todos os<br />
anteriores máximos, tendo facturado<br />
€ 19.155 milhões (+11%), o<br />
que proporcionou lucros de €<br />
1.286 milhões (+58%). Para não<br />
perder o ritmo, a empresa já definiu<br />
as prioridades estratégicas<br />
para o grupo, em 2006, que compreende<br />
440 empresas filiais consolida<strong>das</strong><br />
e 198 participa<strong>das</strong>, em<br />
todo o mundo: lançamento de novos<br />
produtos, fortalecimento da<br />
rede mundial de ven<strong>das</strong> e a optimização<br />
<strong>das</strong> capacidades de produção,<br />
investigação e tecnologia.<br />
Prevê-se que até 2009 a percentagem de<br />
pneus homologados na Europa, para<br />
velocidades até 240 km/h, irá aumentar<br />
para 16%.<br />
De modo a preparar melhor esta crescente<br />
procura a Continental desenvolveu o novo<br />
ContiSportContact 3, um pneu destinado a viaturas<br />
desportivas de grande performance.<br />
Distâncias de travagem ainda mais reduzi<strong>das</strong>,<br />
aderência extra para melhor comportamento<br />
e um padrão do desenho do piso concebido<br />
para ir mais longe no melhoramento <strong>das</strong><br />
características de condução de automóveis<br />
desportivos, são as mais relevantes vantagens<br />
do novo pneu ContiSportContact 3.<br />
ASava apresentou recentemente<br />
uma nova série de<br />
pneus de verão para veículos<br />
ligeiros e monovulomes<br />
(MPVs). Denominada Sava Perfecta,<br />
esta série inclui novas dimensões,<br />
oferece maior longevidade,<br />
mais segurança e fiabilidade<br />
a um preço competitivo.<br />
De muitos outros argumentos,<br />
o principal é a durabilidade, mas a<br />
série Sava Perfecta potencia também<br />
uma boa travagem em piso<br />
molhado reduzindo o risco de<br />
O desenho assimétrico com nervuras do<br />
piso, é exactamente um dos principais desenvolvimentos<br />
tecnológicos deste pneu, que lhe<br />
permite um excelente desempenho durante a<br />
travagem e em curva.<br />
Um dos objectivos passava por incrementar<br />
as prestações deste pneu, o que a Continental<br />
conseguiu ao melhorar as características<br />
de condução em piso molhado e seco<br />
em cerca de 6% comparativamente com o<br />
seu antecessor (o ContiSportContact 2).<br />
Ainda em comparação com o seu antecessor,<br />
as distâncias de travagem, tanto no seco<br />
como no molhado, foram reduzi<strong>das</strong> em cerca<br />
de cinco por cento, enquanto que a protecção<br />
Novo Sava Perfecta<br />
Incremento na Durabilidade<br />
APneurama, empresa sediada<br />
em Paredes, deu a<br />
conhecer as suas mais<br />
importantes novidades de pneus<br />
para o mercado nacional.<br />
Uma <strong>das</strong> novidades é a marca<br />
Fate. De origem e construção<br />
na Argentina, os pneus Fate estão<br />
disponíveis nas gamas AR-<br />
550 Advance, AR-300 e AR-<br />
35, todos eles pneus para<br />
veículos ligeiros, disponíveis<br />
Continental apresenta “Super-Pneu”<br />
Novo ContiSportContact 3<br />
Fate e Marangoni<br />
Novidades da Pneurama<br />
aquaplaning, o que se traduz<br />
igualmente num melhor controlo<br />
na condução.<br />
Aliás, toda a construção do<br />
pneu Perfecta, foi cuidadosamente<br />
desenvolvida para optimizar a<br />
rigidez da carcaça que conjuntamente<br />
com o seu novo perfil proporciona<br />
melhores condições de<br />
dirigibilidade. O padrão de rigidez,<br />
resulta de um especial design<br />
de interligação de blocos. Desta<br />
forma, dá uma maior estabilidade<br />
no contacto do pneu com a estrada<br />
mesmo em curvas aperta<strong>das</strong>.<br />
Os blocos maiores nos ombros<br />
aumenta a rigidez do pneu em<br />
curva especialmente quando é<br />
exigido uma maior pressão.<br />
Os novos Sava Perfecta estão<br />
disponíveis em 21 dimensões<br />
para os carros mais populares e<br />
monovolumes (MPV’s). Em conjunto<br />
com as 14 dimensões já disponíveis<br />
noutros designs, os Perfecta<br />
cobrem mais de 96% do potencial<br />
deste segmento base do<br />
mercado Europeu.<br />
em diversas medi<strong>das</strong> de jantes<br />
13” a jante 15”.<br />
Para pick-up está disponível o<br />
Range Runner A/T e o H/T, cada<br />
uma com as suas características<br />
particulares, que segundo a Pneurama<br />
possui, tal como os pneus<br />
para ligeiros, uma excelente relação<br />
preço / qualidade. Na marca<br />
Marangoni existem duas novidades.<br />
A primeira é o Mythos um<br />
pneu para veículos de alta prestações,<br />
com um design inovador<br />
que proporciona bons desempenhos<br />
em seco e em molhado.<br />
Destinado aos SUV, a Marangoni<br />
dispõe agora o Maxó. É um<br />
pneu de altas prestações, destinado<br />
a diversos tipos de utilização<br />
e de uso quotidiana.<br />
Refira-se que a Pneurama<br />
disponibiliza também para Portugal<br />
os pneus suiços da marca<br />
Maloya.<br />
à aquaplanagem foi melhorada em seis por<br />
cento. A resistência ao rolamento e o desgaste<br />
do ContiSportContact 3 foram minimiza<strong>das</strong><br />
em cinco por cento.<br />
Bem antes de ser iniciada a produção em série,<br />
este pneu já tinha sido homologado pela<br />
Audi, indo agora equipar o TT, A6 e o desportivo<br />
RS4. Refira-se ainda, que a Continental<br />
tem, em alternativa, desenhos de piso próprios<br />
para o eixo traseiro de tracção de automóveis<br />
sport de grande potência com tracção atrás e<br />
de veículos altamente transformados.