Jornal das Oficinas 001
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3 Euros<br />
Nº1 Outubro 2005<br />
Estudo GIPA 2005 revela<br />
Mercado de reparação<br />
continua em expansão<br />
SOGILUB faz<br />
gestão de óleos usados<br />
Em cerimónia oficial realizada<br />
no passado dia 11 de Agosto,<br />
que teve lugar no Ministério<br />
do Ambiente, foi atribuído pelo<br />
Governo à SOGILUB – Soc.<br />
de Gestão Integrada de Óleos<br />
Lubrificantes Usados, Lda,<br />
uma licença para actuar como<br />
Sociedade Gestora de um sistema<br />
integrado de gestão de<br />
óleos usados.<br />
Continua na página 14<br />
Sumário<br />
Página 22<br />
Veneporte<br />
Empresa de referência no<br />
fabrico de escapes<br />
Página 26<br />
Create Business<br />
Negócio em Crescimento<br />
Página 28<br />
Dossier Peças de Inverno<br />
Manutenção Preventiva<br />
Página 30<br />
Son<strong>das</strong> Lambda<br />
Porque são necessárias?<br />
COLECCIONÁVEL<br />
Curso CESVIMAP<br />
Reparação de Plásticos<br />
Automóvel<br />
Em termos de dimensão, o<br />
mercado nacional de pós-venda<br />
dá assistência a cerca de 4,5 milhões<br />
de automóveis, dos quais<br />
1,1 milhões são comerciais.<br />
Este número permanece praticamente<br />
estabilizado nos três<br />
últimos anos. Os veículos que<br />
circulam nas estra<strong>das</strong> nacionais<br />
percorrem anualmente menos<br />
de 12.900 quilómetros, pouco<br />
mais que nos anos anteriores.<br />
Este parque dá origem no<br />
mercado português a cerca de<br />
12,4 milhões de visitas por ano<br />
às oficinas para realizar operações<br />
de manutenção ou reparação,<br />
não estando aqui incluí<strong>das</strong><br />
as operações de “embelezamento“<br />
(jantes especiais, faróis suplementares,<br />
etc.) nem as reparações<br />
de carroçaria efectua<strong>das</strong><br />
no âmbito <strong>das</strong> seguradoras.<br />
Multiplicando esse total de visitas<br />
pelo seu valor médio, que a<br />
GIPA calculou em 156 Euros,<br />
dá uma cifra superior a 1.900<br />
esta em corel<br />
milhões de euros, o que significa<br />
1,4% do PIB nacional.<br />
Estes números são para reter,<br />
porque muitas vezes o sector da<br />
reparação é considerado de “segunda<br />
divisão“, em relação às<br />
ven<strong>das</strong> de automóveis, por<br />
exemplo. Em termos macro<br />
económicos, no entanto, é um<br />
sector importante que mobiliza<br />
grandes recursos. Se juntarmos<br />
PUB CS<br />
a estes números os negócios<br />
com extras e as reparações pagas<br />
pelo seguro, temos mais de<br />
2% do PIB, o que é notável.<br />
Quando se fala do turismo<br />
como o motor da economia portuguesa,<br />
verificamos que este<br />
significa 8% do PIB, representando<br />
portanto o sector da reparação<br />
auto 1/4 deste montante.<br />
Continua na página 2<br />
Livro de<br />
reclamações<br />
obrigatório a partir de<br />
Janeiro 2006<br />
O diploma aprovado em Conselho<br />
de Ministros no passado<br />
dia 29 de Julho, foi agora publicado<br />
pelo D.L. nº 156/2005, de<br />
15 de Setembro. Este diploma<br />
veio estabelecer a obrigatoriedade<br />
do Livro de Reclamações<br />
para os estabelecimentos de<br />
venda e de reparação de automóveis<br />
novos e usados e para os<br />
postos de abastecimento de<br />
combustíveis, reforçando-se,<br />
desta forma, os procedimentos<br />
de defesa dos direitos dos consumidores.<br />
Início<br />
da Reforma do IA<br />
Na reunião do Conselho de<br />
Ministros do passado dia 22 de<br />
Setembro, foi decidido dar início<br />
à reforma da Fiscalidade<br />
Automóvel (IA), uma medida<br />
há muito aguardada pelas Associações<br />
do sector e pelos automobilistas<br />
em geral. A partir<br />
de 1 de Julho de 2006, os automóveis<br />
com fracas emissões de<br />
gases de escape, serão beneficiados<br />
com reduções no IA.<br />
A NOSSA<br />
TECNOLOGIA<br />
CONDUZ A VOSSA<br />
SEGURAN˙A
02<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
Estamos a viver uma época de<br />
profun<strong>das</strong> mudanças no sector<br />
da reparação automóvel, com as<br />
oficinas a tentarem adaptar-se<br />
rapidamente ás exigências tecnológicas<br />
dos novos modelos. Por<br />
outro lado, os automobilistas<br />
exigem mais rapidez de atendimento<br />
e execução, transparência,<br />
profissionalismo e qualidade de<br />
serviço.<br />
Os desafios para o mercado da<br />
reparação automóvel são por<br />
isso enormes, e a melhor maneira<br />
de os vencer é estar informado,<br />
ser inovador e aceitar as mudanças<br />
que estão a acontecer.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, concebido<br />
e desenvolvido pela AP Comunicação,<br />
empresa vocacionada<br />
para a comunicação na área<br />
do após-venda automóvel, surge<br />
assim numa altura em que o sector<br />
atravessa um período conturbado,<br />
mas ao mesmo tempo aliciante,<br />
pelas novas oportunidades<br />
de negócio que se abrem.<br />
O nosso principal objectivo é<br />
informar os mecânicos e responsáveis<br />
<strong>das</strong> oficinas, sobre as melhores<br />
práticas oficinais, advertir<br />
para práticas lesivas dos direitos<br />
do consumidor, e alertar para o<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é uma publicação<br />
orientada por critérios de rigor editorial e de<br />
serviço ao leitor, que aposta numa<br />
informação técnica e diversificada e num<br />
constante acompanhamento e divulgação <strong>das</strong><br />
melhores práticas do sector.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é 100% independente.<br />
Os fabricantes dos produtos e serviços que<br />
figuram nas nossas páginas, bem como os<br />
anunciantes, não determinam a nossa linha<br />
editorial e as opiniões por nós expressas.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” aborda todos os<br />
assuntos ligados ao mercado da reparação e<br />
manutenção automóvel, através de uma<br />
perspectiva inovadora, e com a máxima<br />
objectividade.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem como objectivo<br />
divulgar novas realidades, dar voz aos<br />
operadores do mercado e servir de meio<br />
privilegiado para o desenvolvimento de<br />
temas relacionados com a manutenção e<br />
reparação automóvel.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem como alvo todos<br />
aqueles que por profissão, necessidade ou<br />
gosto, pretendem ter acesso a uma<br />
informação credível, actual e independente<br />
sobre o que se passa no sector após-venda<br />
automóvel, em Portugal e no Mundo.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” procura corresponder<br />
às necessidades de informação, motivações e<br />
interesses dos profissionais da reparação<br />
automóvel. Para tal, participa no debate <strong>das</strong><br />
grandes questões que se colocam à<br />
actividade, na perspectiva da modernização<br />
do mercado.<br />
Ficha Técnica<br />
Editorial<br />
Mais informação<br />
para as oficinas<br />
ESTATUTO EDITORIAL<br />
cumprimento <strong>das</strong> normas ambientais<br />
dentro <strong>das</strong> oficinas.<br />
Vamos abordar todos os assuntos<br />
ligados ao mercado da manutenção<br />
e reparação automóvel<br />
com a máxima independência,<br />
através de uma perspectiva inovadora,<br />
sem esconder o que quer que<br />
seja e com a máxima objectividade.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> irá responder<br />
às necessidades actuais<br />
<strong>das</strong> oficinas: é um jornal especializado,<br />
prático e de nível profissional.<br />
E é sobretudo um excelente<br />
guia de produto, informando as<br />
oficinas sobre as melhores campanhas<br />
de peças e equipamentos e as<br />
novidades lança<strong>das</strong> pelas marcas<br />
no mercado.<br />
Queremos contribuir para a dinamização<br />
e evolução do sector,<br />
conferindo-lhe a visibilidade que<br />
merece. Com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
o sector da manutenção e reparação<br />
automóvel vai ganhar<br />
uma nova voz.<br />
Contamos com o apoio de todos<br />
os leitores e a vossa necessária<br />
colaboração.<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” acompanhará<br />
permanentemente a nova era da informação<br />
digital: as novas tecnologias, os novos<br />
métodos de negócio, promovendo a sua<br />
divulgação, análise e debate pelos<br />
profissionais.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” representa uma<br />
completa fonte de informação, não só sobre as<br />
novidades lança<strong>das</strong> no mercado, mas também<br />
sobre os melhores procedimentos para uma<br />
boa gestão <strong>das</strong> oficinas.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é uma publicação para<br />
todos os profissionais do sector após-venda.<br />
Usamos uma linguagem simples e acessível<br />
que permite ao leitor retirar o máximo da sua<br />
actividade profissional.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é produzido por<br />
profissionais, com uma experiência de mais<br />
de dez anos de jornalismo especializado na<br />
área automóvel. As opiniões expressas nos<br />
artigos são basea<strong>das</strong> em pesquisas rigorosas e<br />
objectivas, produzi<strong>das</strong> com base em<br />
entrevistas e reportagens a empresas do<br />
sector.<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” acompanhará o<br />
mecânico nas suas opções de investimento,<br />
pois apresenta as melhores propostas de peças<br />
e equipamentos para o mercado oficinal,<br />
desde as simples ferramentas manuais, aos<br />
sofisticados aparelhos de diagnóstico<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem por objectivo<br />
proporcionar aos leitores um espaço plural e<br />
permanentemente aberto aos acontecimentos<br />
e ao dinamismo do sector. Por isso está<br />
determinado a estreitar a relação com o leitor.<br />
Continuação da página 1<br />
Portugal é o país da Europa onde o serviço independente<br />
tem maior peso, proporcionalmente.<br />
Se juntarmos todos os operadores que<br />
não são oficinas de marca, temos uma proporção de<br />
2/3 para os primeiros e 1/3 para os segundos. Isto<br />
não acontece de forma alguma nos países do centro e<br />
do norte da Europa, onde se verifica precisamente o<br />
contrário. Os países latinos do sul da Europa seguem<br />
a mesma tendência do mercado português, mas Portugal<br />
lidera claramente neste aspecto.<br />
Outra característica digna de referência é o facto<br />
<strong>das</strong> médias de quilómetros efectuados pelos<br />
automobilistas portugueses terem aumentado de<br />
forma continuada, apesar da crise. Em Espanha,<br />
onde os indicadores macro económicos são<br />
positivos, a média quilométrica anual é de 12.700<br />
km por viatura, mas encontra-se estagnada, apesar<br />
deste número ser baixo, em termos europeus. Em<br />
Portugal, passou-se dos 12.600 Km para os 12.900<br />
Km no último ano, o que quer dizer que o mercado<br />
de reparação continua em expansão.<br />
Outro facto que se verifica no Estudo da GIPA, é<br />
que o sector independente tem perdido anualmente<br />
cerca de 1% de quota de mercado para os serviços<br />
oficiais de marca. Isto significa que o sector dos<br />
concessionários está lentamente a tentar recuperar o<br />
mercado. Quanto à possibilidade de muitas oficinas<br />
virem a encerrar, a razão mais provável será o seu<br />
número tremendamente elevado. A concentração da<br />
quota de mercado é indispensável para a<br />
sobrevivência em qualquer país, e em qualquer<br />
situação. Ora, há mais oficinas independentes em<br />
Portugal do que na Alemanha, por exemplo, sendo<br />
que neste último país tudo é superior: parque<br />
automóvel, quilometragens, indicadores sócioeconómicos,<br />
etc.. Também o sector dos pequenos<br />
retalhistas de peças passará por idêntico problema.<br />
O estudo da GIPA também detectou significativas<br />
alterações de estrutura nos clientes que visitam as<br />
oficinas, nomeadamente:<br />
- Envelhecimento do Parque: a idade media<br />
passou para 7,2 anos (contra os 6,7 quatro anos<br />
MERCADO<br />
Estudo GIPA 2005 revela<br />
Ocupação média<br />
<strong>das</strong> oficinas é de 65%<br />
antes) e 30% dos carros que circulam nas<br />
estra<strong>das</strong> portuguesas tem mais de 10 anos.<br />
- Dieselização: 30% do Parque já utiliza gasóleo,<br />
sendo que estes carros fazem mais quilómetros e<br />
obrigam a mais operações de manutenção.<br />
- Aumento do período de garantias <strong>das</strong> marcas.<br />
<strong>Oficinas</strong> multimarca<br />
Ninguém consegue indicar um número de oficinas<br />
que mereça a credibilidade dos analistas do<br />
mercado, variando os números apontados entre as 7<br />
mil e 14 mil oficinas. Mas o que é realmente<br />
importante é que seja qual for o número hoje,<br />
amanhã será outro e inferior.<br />
Neste estudo, a GIPA também revela que a taxa<br />
de ocupação média <strong>das</strong> oficinas é de 65% e que o<br />
número de carros que reparam por semana é de 19,<br />
para uma média de emprego por oficina de 4,2<br />
trabalhadores.<br />
Admitindo que a sobrevivência do sector passa<br />
por aumentar a taxa de ocupação para 75% e que o<br />
número médio de carros por semana deverá subir<br />
para 25, o mercado poderá ter capacidade para um<br />
máximo de 6.000 oficinas multimarcas, e isto na<br />
hipótese de não perderem mercado para as oficinas<br />
de marca.<br />
O "sobredimensionamento" da oferta de serviços<br />
vai acompanhado por carências significativas nos<br />
equipamentos e práticas de gestão. Alguns<br />
exemplos:<br />
- O número de postos de trabalho (elevadores ou<br />
fossas) para reparar veículos é muito inferior<br />
(quase metade) que o número de trabalhadores;<br />
- Apenas 55% <strong>das</strong> oficinas multimarca estão<br />
equipa<strong>das</strong> com computador;<br />
- Unicamente 33% utilizam internet;<br />
- O maior meio de acesso ás informações técnicas<br />
continuam a ser as Revistas, sendo raras as<br />
oficinas com "hot-line" com fornecedores ou que<br />
utilizem internet para este efeito;<br />
- 0,8 é o número de acções de promoção a cliente<br />
final realiza<strong>das</strong> por oficina e ano;<br />
- Somente 28% <strong>das</strong> oficinas multimarca enviaram<br />
alguém a uma acção de formação.<br />
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: António Amorim SUBDIRECTOR: Paulo Homem PROPRIEDADE : AP Comunicação Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231<br />
COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla<br />
Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela<br />
Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Óptima Tipográfica, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 Casais da Serra 2665-305 MILHARADO Telefone:<br />
219.758.038 Fax: 219.855.799 E-mail: optimatipografica@mail.telepac.pt PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº<br />
de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03<br />
Uma publicação da AP Comunicação<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MERCADO Outubro 2005 03<br />
Recuperação do mercado pelas oficinas de marca<br />
As oficinas multimarca tradicionais dominam<br />
56% do mercado em número de clientes e 48% em<br />
termos de valor, sendo estes valores os mais<br />
elevados dos vários mercados da Europa Ocidental.<br />
Por sua vez, as oficinas de marca trabalham para<br />
27% dos clientes o que corresponde a 31% do total<br />
do negócio, quedando os restantes 20% para outros<br />
circuitos como as oficinas especialistas, autocentros,<br />
estações de serviço, etc..<br />
Mas se estes valores são altos, já o foram mais.<br />
Assim, nos últimos 7 anos, as oficinas multimarca<br />
aumentaram, em valores acumulados, 13,2% o seu<br />
número de clientes, sendo que o Parque cresceu no<br />
mesmo período 32,2% e que a sua estrutura em<br />
envelhecimento, deveria ter feito ganhar mais<br />
12,5%. Nesse mesmo período, as oficinas de marca<br />
aumentaram a sua base de clientes em 65,8%. Esta<br />
recuperação do mercado pelas oficinas <strong>das</strong> marcas<br />
deve-se aos seguintes factores:<br />
- Aumento do período <strong>das</strong> garantias;<br />
- Ajuste nos preços praticados pelas oficinas de<br />
marca;<br />
- Evolução tecnológica dos carros;<br />
- Maior visibilidade <strong>das</strong> oficinas de marca, com<br />
acções promocionais e de marketing, serviços a<br />
clientes, etc.<br />
Novos “players” entram no mercado<br />
Nem tudo no mercado se reduz à análise da<br />
concorrência entre as oficinas de marca e as oficinas<br />
independentes multimarca. De facto, o mercado está<br />
a evoluir e a aproximar-se <strong>das</strong> estruturas já<br />
existentes noutros países europeus, com são o caso<br />
dos Auto-Centros e <strong>das</strong> Redes de <strong>Oficinas</strong>. Em<br />
particular os Autocentros e Serviços Rápidos,<br />
iniciaram nos últimos anos um período de expansão<br />
muito rápida, ultrapassando já o número de 100<br />
oficinas, distribuí<strong>das</strong> por 6 insígnias, de dimensão<br />
significativa, que lhes permite atingir uma quota de<br />
cerca de 3% do mercado.<br />
Pelo contrário, as redes de oficinas estão ainda em<br />
fase inicial de lançamento. Rino e Bosch Car<br />
Services têm alguma dimensão, mas outros<br />
possíveis dinamizadores de redes, como os Grupos<br />
de Compras, têm ainda uma política pouco agressiva<br />
neste domínio.<br />
Um factor novo a considerar é a posição de<br />
indefinição de muitas oficinas <strong>das</strong> redes secundárias<br />
<strong>das</strong> marcas: os designados Agentes. São em geral<br />
oficinas com dimensão adequada, superior à média,<br />
e que pelas alterações surgi<strong>das</strong> no mercado e nas<br />
suas relações com as marcas, estão numa fase de<br />
indefinição, que se traduz numa significativa<br />
redução da sua actividade. São oficinas de muito<br />
interesse para quem queira dinamizar uma rede.<br />
Que futuro?<br />
Desde o início destes estudos realizados pela<br />
GIPA em 1997, que as oficinas multimarca têm<br />
apresentado desci<strong>das</strong> do seu nível de actividade, mas<br />
até 2000 muito moderado (1% ao ano) sendo que<br />
nos últimos quatro anos as desci<strong>das</strong> podem estimarse<br />
em 4%, 6%, 6% e 8% ao ano, o que dá um total<br />
de descida de um quarto do mercado em 4 anos.<br />
E esta queda é tanto maior quanto:<br />
- Menor é a dimensão da oficina;<br />
- Maior é a idade do proprietário;<br />
- Menor é o nível de equipamento oficinal;<br />
- Menor é a taxa de utilização de computador e<br />
internet.<br />
Pode-se concluir que mesmo com uma<br />
(improvável) recuperação do Parque Automóvel nos<br />
próximos anos, o futuro <strong>das</strong> oficinas multimarca de<br />
pequena dimensão está comprometido.<br />
Restam apenas três opções às oficinas:<br />
- Especializarem-se em nichos de mercado (por<br />
produto, por área geográfica, ....) que permita<br />
manter a actividade mesmo com a concorrência<br />
equipada com melhores estruturas. Esta solução<br />
é a mais difícil, já que os nichos de mercado não<br />
abundam e dificilmente as pequenas oficinas<br />
terão "imaginação" para os encontrarem.<br />
- Ganhar dimensão para serem concorrenciais.<br />
Dimensão em equipamentos, mas acompanhada<br />
em investimentos em informação, gestão e<br />
marketing.<br />
- Integrar uma rede, que será a forma mais fácil de<br />
realizar e manter as actualizações necessárias em<br />
informação, gestão e marketing<br />
Recomendações<br />
Uma oficina multimarca média tem 4<br />
trabalhadores, dois postos de trabalho, 20 carros por<br />
semana a reparar, quase nenhum stock de peças e<br />
tem perdido actividade na ordem de 5% ao ano nos<br />
últimos 4 anos. É uma situação que não se pode<br />
prolongar por muito mais tempo. O que fazer então?<br />
Cada caso é um caso, mas podemos dar algumas<br />
recomendações que são váli<strong>das</strong> para todo o sector:<br />
1 - Ganhar dimensão<br />
Três postos de trabalho e quatro ou cinco<br />
trabalhadores já é uma dimensão suficiente.<br />
2 - Actualizar os equipamentos oficinais<br />
São as principais ferramentas de trabalho e<br />
permitem realizar operações que sem eles não são<br />
possíveis. Hoje é viável a sua aquisição em<br />
condições financeiras não muito gravosas.<br />
3 - Adequar o equipamento de processamento<br />
da informação<br />
Sem computador ligado à internet e dotado dos<br />
programas específicos da actividade o futuro não é<br />
possível. Consulta de informações técnicas de carros<br />
e peças, encomen<strong>das</strong> automatiza<strong>das</strong> de peças,<br />
emissão de ordens de trabalho e facturas, gestão de<br />
clientes, ... são tarefas que precisam de equipamento<br />
de tratamento automático da informação.<br />
4 - Mentalidade virada para o cliente<br />
São os clientes que visitam a oficina que<br />
permitem a sua viabilidade. Por isso, é necessário<br />
melhorar o atendimento, explicar bem as reparações<br />
feitas, aplicar as margens correctas sobre as peças e<br />
o tempo de mão de obra que corresponde a cada<br />
operação, informar sobre tempos de reparação,<br />
atender as necessidades dos clientes (carro de<br />
cortesia, boleias,...), alertar sobre próximas<br />
operações de manutenção a realizar, etc.. Será<br />
melhor que, em lugar de 20 carros por semana, as<br />
oficinas consigam reparar 30.<br />
5 - Optimizar as compras de peças<br />
As oficinas utilizam hoje um amplo número de<br />
fornecedores e realizam quase tantos pedidos como<br />
peças que compram. A escolha de poucos<br />
fornecedores com bom nível de serviço e aos quais<br />
se pode encomendar por via electrónica e que<br />
dispõem de distribuição eficiente será uma óptima<br />
opção, mesmo à custa de reduzir margens.<br />
6 - Integrar uma rede<br />
Algumas <strong>das</strong> recomendações indica<strong>das</strong> serão<br />
difíceis para as empresas implementarem sozinhas,<br />
quer por falta de tempo, de hábito e de formação.<br />
Entrar numa rede resolve esses problemas, com<br />
custos moderados. Entrar numa rede é uma óptima<br />
opção para quem queira crescer e consolidar-se no<br />
mercado, adoptando técnicas actualiza<strong>das</strong> na gestão<br />
<strong>das</strong> oficinas.<br />
406 EUROS POR ANO<br />
PARA MANTER O CARRO<br />
Em Portugal, cada automobilista gasta em média a<br />
referida quantia para assegurar a manutenção do seu<br />
veículo, globalizando as suas despesas 1.900 milhões<br />
de euros em 2004. A informação resulta dos Estudos<br />
de Mercado realizados pela GIPA, que dizem também,<br />
que cada condutor visita em média as oficinas<br />
2,60 vezes por ano, sendo o preço média da visita<br />
156 Euros. As operações mais frequentes são a mudança<br />
de óleo (23%), revisões periódicas (17%), problemas<br />
específicos (15%), revisões recomenda<strong>das</strong><br />
(12%), mudança de pneus (10%) ou acidentes (6%).
NATAL ESPECIAL COM<br />
ESTE ANO A SONICEL E A MONROE VÃO AJUDAR NAS COMPRAS DE NATAL<br />
ENTRE 15 DE OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005<br />
AGARRE-SE AOS AMORTECEDORES MONROE E GANHE PONTOS<br />
PARA TROCAR POR MÁGNIFICOS PRÉMIOS<br />
OU OU<br />
=<br />
3 PONTOS<br />
=<br />
1 PONTO<br />
NA COMPRA DE UM PAR DE AMORTECEDORES MONROE<br />
ADVENTURE / MAGNUM / REFLEX / RIDE & LIGHT LEVEL / SENSA-TRAC E VANMAGNUM<br />
ENTRE 15 DE OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 SERÃO ATRIBUÍDOS TRÊS (3) PONTOS.<br />
NA COMPRA DE UM AMORTECEDOR<br />
MONROE ORIGINAL ENTRE 15 DE<br />
OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005<br />
SERÁ ATRIBUÍDO UM (1) PONTO.<br />
1.238 PONTOS<br />
Televisor Plasma<br />
TH-42PA50<br />
974 PONTOS<br />
Televisor LCD<br />
TX-32LX50<br />
950 PONTOS<br />
1 Viagem<br />
ao Brasil<br />
580 PONTOS<br />
Câmara de Vídeo Digital<br />
NV-GS150
E<br />
470 PONTOS<br />
Ar condicionado<br />
Mural Split 12.000 BTU<br />
390 PONTOS<br />
Ar condicionado<br />
Mural Split 9.000 BTU<br />
300 PONTOS<br />
Home Cinema<br />
SC-HT885<br />
180 PONTOS<br />
Gravador DVD<br />
DMR-ES10<br />
46 PONTOS<br />
CD Portátil<br />
SL-SX320<br />
46 PONTOS<br />
Micro-On<strong>das</strong><br />
NN-S255<br />
Regulamento<br />
A Campanha Natal Sonicel / Monroe irá decorrer entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro de 2005.<br />
A Campanha Natal Sonicel / Monroe destina-se a todos os clientes da Sonicel.<br />
Por cada AMORTECEDOR MONROE ORIGINAL adquirido entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro, será atribuído um (1) ponto que se encontra colado na embalagem dos<br />
amortecedores.<br />
Por cada par de AMORTECEDORES MONROE ADVENTURE / MAGNUM / REFLEX / RIDE & LIGHT LEVEL / SENSA-TRAC E VAN MAGNUM adquirido entre 15 de<br />
Outubro e 31 de Dezembro, serão atribuídos três (3) pontos que se encontram colados na embalagem dos amortecedores.<br />
Os pontos somente podem ser encontrados nas caixas dos amortecedores MONROE que forem adquiridos à rede de distribuição Sonicel entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro<br />
de 2005.<br />
Para resgatar os prémios pretendidos, deverá destacar os pontos e enviá-los via CTT ou entregá-los ao distribuidor da rede Sonicel com a indicação do prémio pretendido até<br />
ao dia 15 de Janeiro de 2006. Após a recepção dos pontos, o Distribuidor Sonicel deverá proceder ao envio via CTT para as instalações da Sonicel sitas em Carnaxide e na Maia,<br />
sendo sempre considerada a data postal da correspondência para efeitos de cumprimento do prazo estipulado (15 de Janeiro de 2006).<br />
Sonicel, Lda<br />
Sonicel Carnaxide<br />
Zona Industrial da Maia – Sector 1, Nº425, Lote 12<br />
Praceta <strong>das</strong> Fábricas, 5 Outurela<br />
4471-132 Gemunde 2794-012 Carnaxide<br />
Em caso de necessitar algum esclarecimento adicional poderá fazê-lo junto da nossa equipa de ven<strong>das</strong> ou através do nosso e-mail.<br />
Açores / Lisboa Margem Sul / Madeira Conceição Silva – 93 269 00 04 • Alentejo / Beira Interior António Caroucinho – 93 269 00 14 • Algarve João Paulo Matos –<br />
93 269 00 12 • Alto Douro / Trás – Os – Montes Domingos Barreto – 93 259 04 57 • Aveiro Marco Aurélio – 93 269 00 31 • Coimbra Paulo Henriques – 93 269 00 15 •<br />
Douro Litoral Fernando Coelho – 93 269 00 17 • Leiria / Santarém Luís Simões – 93 269 00 06 • Lisboa Cidade Pedro Azinheiro – 93 670 78 68 • Lisboa Norte César<br />
Ferreira – 93 269 00 05 • Minho Belmiro Alves – 93 269 00 09<br />
Loja Sonicel Carnaxide Loja Sonicel Maia e-mail Geral<br />
Tel.: 21 424 53 08/14/31 Tel.: 22 944 49 78/79/59 pecas.auto@sonicel.pt<br />
Fax: 21 424 53 60 Fax: 22 944 49 83<br />
e-mail: loja.carnaxide@sonicel.pt<br />
e-mail: loja.maia@sonicel.pt
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
TENNECO<br />
AUTOMOTIVE ASSINA<br />
NOVOS CONTRATOS<br />
Representando 800 milhões de<br />
dólares por ano, os novos contratos<br />
de fornecimento de equipamento<br />
original, tanto nos EUA<br />
como na Europa, foram assinados<br />
pela Tenneco Automotive.<br />
As tecnologias inovadoras em<br />
sistemas de escape para veículos<br />
diesel e suspensões de controlo<br />
electrónico (CES) foram os trunfos<br />
jogados para obter mais estes<br />
contratos.<br />
HENKEL RELANÇA GAMA<br />
DE COLAS NURAL<br />
Comercializa<strong>das</strong> com a marca<br />
Pattex, as colas Nural incluem 10<br />
famílias de produtos, orientados<br />
para a colagem dos mais diversos<br />
materiais e especialmente concebidos<br />
para actividades de bricolage,<br />
reparação e construção naval<br />
e automóvel. Para facilitar a<br />
escolha do utilizador, as novas<br />
embalagens <strong>das</strong> colas Pattex Nural<br />
têm diferentes cores, segundo<br />
o grupo a que pertencem.<br />
MERCEDES CLASSE S<br />
EQUIPADO COM JURID<br />
O grupo Honeywell vai equipar<br />
o novo modelo da DaimlerChrysler<br />
com materiais de<br />
fricção Jurid para os discos dianteiros,<br />
posteriores e travão de<br />
mão. Já anteriormente a Honeywell<br />
tinha garantido o fornecimento<br />
de material de fricção para<br />
os Mercedes <strong>das</strong> classes A, C, E<br />
e SL. As pastilhas destina<strong>das</strong> aos<br />
modelos Mercedes são fabrica<strong>das</strong><br />
em Glinde (Alemanha).<br />
MAGNETI MARELLI<br />
APRESENTA NOVAS LÂMPADAS<br />
No mais recente catálogo de<br />
lâmpa<strong>das</strong> do fabricante italiano<br />
Magneti Marelli, surgem novas<br />
referências, entre as quais as<br />
lâmpa<strong>das</strong> Long Light, cuja tecnologia<br />
à base de gás kripton<br />
oferece uma duração duas vezes<br />
superior à de uma lâmpada comum.<br />
Por seu turno, as novas<br />
lâmpa<strong>das</strong> Duty possuem filamentos<br />
reforçados e soldaduras<br />
de tantalio, permitindo resistir ao<br />
maior nível de vibrações e de<br />
choques verificados nos veículos<br />
industriais.<br />
BLUE PRINT COM<br />
FILTROS MAIS COMPETITIVOS<br />
Num total de 24 referênciaschave<br />
de filtros de óleo e ar da<br />
Blue Print, decidiu a marca efectuar<br />
uma redução de preço, numa<br />
estratégia que garante a continuidade<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> dos seus produtos<br />
onde se incluem veículos japoneses<br />
e coreanos anteriores a<br />
2<strong>001</strong>. Pretende a Blue Print dinamizar<br />
as ven<strong>das</strong> em referências<br />
que são de aplicação num parque<br />
envelhecido.<br />
Loja Civipartes do Carregado<br />
é um sucesso<br />
Fez em Setembro um ano que a Civipartes<br />
abriu no Carregado a sua mais recente loja. Com<br />
o objectivo estratégico de estar mais próxima dos<br />
clientes, a nova loja do Carregado superou largamente<br />
as expectativas dos responsáveis da empresa,<br />
apresentando um volume de ven<strong>das</strong> superior<br />
em 10% às previsões iniciais da empresa.<br />
Segundo Casaca Gonçalves, Director Comercial<br />
do Grupo Civipartes “não tínhamos dúvi<strong>das</strong><br />
sobre a importância estratégica desta loja, cujos<br />
A Bragalis está a desenvolver diversas campanhas<br />
de acordo com a época do ano em que<br />
estamos a entrar. Com a chegada do frio e da<br />
chuva, é necessário haver um reforço da segurança<br />
em determinados aspectos de uma viatura.<br />
Atendendo a isso, a Bragalis tem a decorrer<br />
até final do mês de Outubro uma campanha de<br />
amortecedores da Bilstein, através de descontos<br />
especiais por escalões e quantidades, que segundo<br />
José Alberto, Sócio-Gerente da Bragalis,<br />
“será uma campanha muito competitiva, até<br />
porque esta marca de amortecedores, graças à<br />
sua excelente qualidade, começa a ganhar um<br />
espaço importante no nosso mercado”.<br />
No capítulo da travagem / fricção, nomeadamente<br />
em pastilhas, discos, maxilas e avisadores<br />
de travão da Textar, está a ser desenvolvida<br />
uma campanha de oferta de fatos treinos da<br />
marca Textar, que decorrerá até finais de Outubro,<br />
na compra de produtos desta marca em<br />
quantidades pré-defini<strong>das</strong>.<br />
No capítulo da travagem / hidráulica, a Bragalis<br />
está a desenvolver com a marca LPR<br />
(Bombas e bombitos de travão) uma campanha<br />
de oferta de fatos macaco profissionais na compra<br />
de produtos desta marca por quantidades.<br />
Está campanha vai também decorrer até final<br />
do mês de Outubro.<br />
resultados alcançados estão acima <strong>das</strong> nossas expectativas.<br />
Ao fim de um ano de actividade, podemos<br />
afirmar que conseguimos, através do serviço<br />
de qualidade prestado, ser o distribuidor de<br />
peças de referência nesta área estratégica para o<br />
sector rodoviário”.<br />
Esta aposta numa zona considerada um importante<br />
eixo rodoviário, onde estão instala<strong>das</strong><br />
muitas <strong>das</strong> empresas do sector de actividade da<br />
Civipartes, permite-lhe reforçar as ven<strong>das</strong> nos<br />
seus clientes e conquistar novas oportunidades<br />
de negócio.<br />
O Grupo Civipartes é formado por um conjunto<br />
de empresas especializa<strong>das</strong> na comercialização<br />
de componentes para veículos pesados (camiões,<br />
autocarros e atrelados) e equipamentos oficinais.<br />
A empresa tem uma vasta presença a nível nacional,<br />
possuindo instalações em Lisboa, Porto, Leiria,<br />
Carregado, Albergaria e Seixal.<br />
Novas campanhas da Bragalis<br />
Nas lâmpa<strong>das</strong> da Hella, uma <strong>das</strong> marcas históricas<br />
na Bragalis, está a ser desenvolvida<br />
uma promoção em que existe um preçário por<br />
escalões de quantidades “com preços vs qualidade<br />
imbatível”, refere José Alberto. Tal como<br />
nas restantes campanhas, também nas lâmpa<strong>das</strong><br />
da Hella a campanha decorrerá até finais<br />
de Outubro.<br />
Com mais de 20 anos de história, a Bragalis é<br />
uma empresa grossista, dedicada à importação<br />
e comércio de peças e acessórios para automóveis,<br />
direccionada exclusivamente para balcões<br />
retalhistas, como forte incidência na região do<br />
Minho.<br />
Brindauto abre loja em Lisboa<br />
Com mais de 40 anos no mercado dos acessórios<br />
para automóveis, e possuindo uma vasta gama de<br />
produtos, a Brindauto deu recentemente um novo<br />
passo na sua actividade com a entrada em força no<br />
sector <strong>das</strong> peças, tendo introduzido na sua gama as<br />
marcas Fram, Ferodo, Brembo e Quinton Hazel.<br />
Um dos principais alicerces desta nova política<br />
de produto da Brindauto, passou pela inauguração<br />
de novas instalações, nomeadamente uma<br />
loja de ven<strong>das</strong>, aberta ao público e a profissionais,<br />
na Rua de Bissau, nº11, no Prior Velho às<br />
portas de Lisboa.<br />
Conquistar novos clientes e diversificar a oferta<br />
de produtos são os objectivos principais desta estratégia<br />
da Brindauto, empresa que já representava<br />
marcas tão importantes como Elf, Wynn´s, WD-40,<br />
Slick 50, NGK, Delphi e Valeo.<br />
Macos lança<br />
novos produtos auto<br />
A Macos, empresa com sede<br />
no Porto, lançou recentemente<br />
quatro novos produtos com a<br />
sua própria marca. Pertencentes<br />
à linha de produtos químicos da<br />
marca Macos, estão agora disponíveis<br />
um novo limpa jantes,<br />
que permite potenciar a limpeza<br />
de jantes com um mínimo de<br />
produto e um Champô com cera,<br />
que restitui ao veículo as características<br />
principais da sua cor<br />
original, evitando por mais tempo<br />
a sujidade do automóvel.<br />
Para outro tipo de necessidades,<br />
a Macos lançou também<br />
com a sua marca os toalhetes<br />
multi-usos e uma micro lanterna,<br />
dois acessórios sempre úteis<br />
dentro de um automóveis.<br />
Com mais de 1.000 clientes<br />
(entre casas de acessórios, postos<br />
de abastecimento de combustível,<br />
oficinas, centro-rápidos,<br />
etc), a Macos é também especialista<br />
na fabricação de<br />
chapas de matrícula, autoparaventos<br />
e portabagagens.<br />
H2Auto lança<br />
serviço promocional<br />
Sediada em Coimbra a H2Auto<br />
dedica-se ao mercado profissional<br />
da limpeza e lavagem automóvel<br />
em grande parte do país, nomeadamente<br />
na zona litorial.<br />
Da extensa lista de serviços que<br />
presta nesta área, para concessionários,<br />
stand’s e oficinas, a H2Auto<br />
faz um desconto promocional de<br />
20% no serviço de Recondicionamento<br />
Integral. Com preços de venda<br />
ao público que vão dos 125 aos<br />
150 Euros (dependendo do tipo de<br />
carro), o Recondicionamento Integral<br />
é um serviço que tem as seguintes<br />
particularidades:<br />
- Lavagem do motor e tratamento<br />
peças plásticas<br />
- Lavagem manual carroçaria, cavas<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> e jantes<br />
- Lavagem do porta-bagagem<br />
- Aplicação manual de cera e polimento<br />
manual<br />
- Limpeza, c/ produtos próprios, de<br />
to<strong>das</strong> as tapeçarias (forras tecto,<br />
portas, porta-bagagem, bancos,<br />
alcatifas e tapetes)<br />
- Limpeza / tratamento de borrachas,<br />
plásticos e metais interiores<br />
- Limpeza e tratamento de borrachas<br />
e plásticos exteriores<br />
- Limpeza interior e exterior dos vidros<br />
c/ remoção autocolantes<br />
- Limpeza e tratamento dos pneus,<br />
incluindo suplente<br />
Para mais informações poderá<br />
contactar o 808 210 003.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Outubro 2005 07<br />
Continental líder na Europa<br />
A conhecida marca de pneus alemã,<br />
Continental, reforçou a sua<br />
posição de liderança no fabrico<br />
de pneus para o primeiro equipamento<br />
em todo o mercado<br />
europeu, com uma quota de<br />
26%, uma situação que traduz<br />
que um em cada quatro<br />
automóveis novos<br />
construídos em toda a<br />
Europa possui pneus da<br />
Continental. A reforçar<br />
esta posição de liderança,<br />
a Continental ocupa o<br />
4º lugar mundial de parceira<br />
de negócios com<br />
fabricantes de veículos,<br />
com 20 por cento de quota,<br />
só no mercado dos países<br />
NAFTA.<br />
Em 2004 a Continental<br />
cresceu 12 por cento no volume<br />
de ven<strong>das</strong> para a indústria<br />
automóvel global, e divulgou<br />
outros 5 por cento de ganho<br />
nos primeiros seis meses de 2005.<br />
Este sucesso foi tornado possível<br />
graças à estreita colaboração entre a<br />
Continental e os fabricantes de<br />
automóveis nos respectivos<br />
projectos de engenharia.<br />
Só em 2004, a Continental<br />
forneceu cerca de 41 milhões<br />
de pneus ligeiros à<br />
indústria automóvel no geral.<br />
Andreas Esser, responsável<br />
da Continental pelo<br />
fornecimento de pneus<br />
de passageiros para o<br />
mercado mundial do<br />
Equipamento Original,<br />
afirmou que “a montagem<br />
como equipamento<br />
original é igualmente uma<br />
boa recomendação para o<br />
mercado de substituição, e<br />
graças a estas parcerias<br />
com os fabricantes de automóveis,<br />
a perícia dos nossos<br />
engenheiros e os nosso produtos<br />
mantêm-se ao nível mais<br />
elevado".<br />
Europeças<br />
distribui Blue Print<br />
Situada em Lisboa e Porto, a Europeças, uma <strong>das</strong> maiores empresas<br />
de distribuição de peças em Portugal, passou a ser distribuidor<br />
da Marca Blue Print. Trata-se de uma marca de peças<br />
para automóvel que é especialista em Veículos Japoneses e Coreanos.<br />
Uma <strong>das</strong> grandes mais valias desta marca, prende-se com<br />
o facto de a mesma ser muito completa, possuir qualidade e disponibilidade<br />
imediata, uma vez que o stock e a respectiva plataforma<br />
de distribuição está em Portugal. Esta marca possui filtros,<br />
correias de distribuição, juntas, cabeças de motor, material<br />
de travagem, embraiagens, refrigeração, transmissões, suspensão<br />
e direcção, entre outros.<br />
Globalcat “Live 3”<br />
Software avançado para o Aftermarket<br />
Desenvolvido pela Micro Detalhe, o Globalcat,<br />
software profissional direccionado para o aftermarket,<br />
conheceu recentemente a sua 3ª evolução.<br />
Designado por “Live 3”, este novo software<br />
dispõe de um total de 7,5 milhões de equivalência<br />
de peças, isto é, cerca do dobro do que existia na<br />
anterior versão. Este importante manancial de informação<br />
permite que para qualquer referência de<br />
uma peça de origem o GlobalCat<br />
tenha pelo menos<br />
uma equivalência no aftermaket.<br />
Numa curta fracção<br />
de tempo o software dá,<br />
numa listagem única, as diversas<br />
equivalências que<br />
existem tomando como<br />
ponto de partida a referência<br />
de determinada peça.<br />
Outra grande novidade que<br />
foi introduzida no Global-<br />
Cat, na versão “live 3”, é a presença <strong>das</strong> cotações<br />
<strong>das</strong> equivalências, o que permite nessa mesma<br />
listagem saber qual o melhor preço base que existe<br />
para determinada peça no aftermarket e qual a<br />
empresa que a fornece (são cerca de 30 preçários<br />
de grande importadores do mercado português e<br />
1.000 fabricantes de peças).<br />
A nível de clientes, de referir que a Soulima,<br />
com o objectivo de prestar<br />
um melhor serviço aos seus<br />
clientes, decidiu adquirir<br />
este novo programa de<br />
Equivalências e Encomen<strong>das</strong><br />
Globalcat Live 3. Deste<br />
modo, todos os utilizadores<br />
do Globalcat estarão em<br />
condições de receber o preçário<br />
Soulima, em modo<br />
automático, bem como enviar<br />
encomen<strong>das</strong> através<br />
NGK<br />
lança gama<br />
D-Power<br />
O maior fabricantes de<br />
velas de ignição do mundo,<br />
a NGK, lançou no mercado<br />
europeu as novas velas de<br />
incandescência para motores<br />
diesel. A D-Power é uma<br />
nova e exclusiva linha de 38 velas de incandescência,<br />
que podem ser usa<strong>das</strong> em 1.400 modelos de automóveis<br />
distintos, permitindo cobrir 99% <strong>das</strong> necessidades do<br />
parque automóvel diesel na Europa. As velas de incandescência<br />
da linha D-Power oferecem, como vantagens, uma rápida ignição,<br />
um alto rendimento e emissões extremamente baixas. Outra vantagem<br />
é o facto do casquilho metálico dos incandescentes D-Power<br />
terem um tratamento anti-corrosão o que assegura desde logo uma<br />
fácil reposição.<br />
Envoltos numa moderna embalagem, a linha de incandescentes D-<br />
Power, possui agora um sistema de numeração abreviado que facilita<br />
a selecção do incandescente mais adequado para cada motor, com<br />
vantagens claras em termos de tempo para quem lida com stocks.<br />
Tomarpeças lança Nipparts<br />
Atendendo à cada vez<br />
maior procura de peças e<br />
acessórios para veículos japoneses<br />
e coreanos, a Tomarpeças<br />
iniciou a comercialização<br />
da marca Nipparts.<br />
Mesmo destinando-se a veículos<br />
japoneses e coreanos, a<br />
Nipparts é uma marca Europeia,<br />
já com larga tradição e<br />
experiência no sector do Aftermarket,<br />
que lhe permite<br />
estar na vanguarda tecnológica<br />
e ter um programa muito<br />
completo de produtos onde<br />
se destaca uma gama com<br />
mais de 18.000 referências<br />
apoiado por um catálogo de<br />
simples utilização e com<br />
muita informação. “A Nipparts<br />
tem neste momento<br />
uma posição de charneira nas<br />
ven<strong>das</strong> por toda a Europa em<br />
termos de peças para veículos<br />
japoneses e coreanos”,<br />
refere José Lopes Alvega,<br />
gerente da Tomarpeças.<br />
O início da comercialização<br />
da Nipparts em Portugal,<br />
com mais de 1.000 referências<br />
em stock de filtros, peças<br />
de travagem, embraiagem,<br />
suspensão, bombas de<br />
água e distribuição, permite à<br />
Tomarpeças dar uma resposta<br />
cabal ás necessidades do<br />
mercado.<br />
“A qualidade dos produtos,<br />
aliada à sua boa imagem e<br />
excelente relação serviçoqualidade-preço<br />
torna a Nipparts<br />
uma excelente opção no<br />
segmento asiático”, referiu<br />
José Alvega.<br />
Refira-se ainda que a Tomarpeças<br />
tem previsto duplicar<br />
a actual extensão da<br />
gama Nipparts a curto prazo,<br />
começando já em Outubro<br />
com filtros, incluindo os filtros<br />
de habitáculo.
08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
ROAD HOUSE APOSTA<br />
NO DUAL KIT<br />
Mais 36 novas referências para<br />
viaturas recentes completam as<br />
180 referências que o fabricante<br />
de sistemas de travagem Road<br />
House dispõe para o seu produto<br />
Dual Kit. Cada kit traz um jogo de<br />
pastilhas e 2 discos de travão. Os<br />
argumentos para trocar simultaneamente<br />
discos e pastilhas de travão<br />
têm fundamentos técnicos e<br />
económicos, proporcionando esta<br />
opção maior nível de segurança e<br />
de conforto de condução.<br />
AIRTEX PRESENTE<br />
EM TECDOC<br />
As duas linhas de produtos da<br />
Airtex, bombas de água e bombas<br />
eléctricas de gasolina, estão presentes<br />
na TecDoc, desde o dia 1 de<br />
Julho de 2005. TecDoc é um catálogo<br />
electrónico partilhado do aftermarket<br />
automóvel, que proporciona<br />
ao mercado independente de<br />
peças de reposição a informação<br />
necessária para identificar e encomendar<br />
peças, com toda a eficiência<br />
e rapidez.<br />
DAYCO-ENSA ABRE<br />
FÁBRICA EM VALENÇA<br />
A primeira fábrica desta empresa<br />
em Portugal foi inaugurada<br />
em Valença do Minho e destinase<br />
à produção de componentes<br />
tubulares para automóveis. Com<br />
expectativas de facturar anualmente<br />
cerca de € 15 milhões, a<br />
nova unidade de produção tem<br />
uma equipa de 150 empregados.<br />
Entre os principais clientes desta<br />
nova indústria estão o grupo<br />
PSA, Fiat, DaimlerChrysler,<br />
Ford, GM, VW e Renault.<br />
EXCESSO DE OFERTA<br />
NA CHINA<br />
A guerra de preços desencadeada<br />
no mercado chinês, devido à<br />
existência de uma oferta excessiva,<br />
está a reduzir a rentabilidade<br />
dos fabricantes automóvel instalados<br />
no mais populoso país do<br />
mundo, obrigando-os a voltaremse<br />
para a exportação. A Europa e a<br />
América de Norte são os principais<br />
destinos dessas exportações,<br />
tendo a Honda planos de exportar<br />
para a Europa 10.000 unidades do<br />
seu modelo Jazz.<br />
DIAVIA LANÇA<br />
GRUPO DE LIMPEZA DE A/C<br />
Destinado à limpeza de circuitos<br />
de ar condicionado com dissolvente,<br />
o novo equipamento lançado<br />
no mercado pela Diavia funciona<br />
a ar comprimido, utilizando<br />
uma potente bomba de membrana.<br />
O que diferencia a nova máquina<br />
da restante oferta presente no mercado<br />
é a incorporação de um circuito<br />
adicional de azoto, o que<br />
permite verificar a existência de<br />
fugas e assegura uma secagem<br />
mais rápida após a lavagem.<br />
Motores Diesel apostam na Tecnologia ISS<br />
O sistema de arranque a frio<br />
Diesel ISS, com velas incandescentes<br />
com comando electrónico<br />
do tipo GE, é cada vez mais<br />
utilizado pelos fabricantes alemães<br />
de veículos, mas também<br />
pelos líderes de mercado asiáticos<br />
e americanos como primeiro<br />
equipamento. Assim sendo, a<br />
marca Beru disponibiliza estas<br />
velas para o mercado de reposição.<br />
Quando um motor Diesel<br />
equipado com tecnologia ISS<br />
aparecer na sua oficina para<br />
manutenção ou reparação, deve<br />
ter os cuidados que passamos a<br />
descrever.<br />
As velas incandescentes ISS,<br />
tipo GE, têm um tempo de<br />
aquecimento de somente um a<br />
dois segundos. Para o comando<br />
são empregues semicondutores<br />
de potência, que substituem o<br />
relé de incandescência anteriormente<br />
utilizado. Estes semicondutores<br />
comandam cada vela<br />
incandescente individualmente<br />
e alteram o consumo de potência<br />
em forma de módulo de pulso.<br />
São dimensionados conforme<br />
o tipo e o fabricante de veículos<br />
para tensões entre 4,4 e 5<br />
Volt. Caso apareça uma falha<br />
no sistema ISS, esta é indicada<br />
pela lâmpada de controlo do<br />
motor OBD. Para a troca de velas<br />
incandescentes ISS serve<br />
como referência a directriz de<br />
40.000 km. Abaixo desta capacidade<br />
de utilização de velas incandescentes<br />
é suficiente, por<br />
regra, a troca individual de uma<br />
vela desgastada. Além disso,<br />
recomenda-se a troca de um<br />
jogo completo de seis velas incandescentes.<br />
Antes da verificação de uma<br />
instalação de incandescência<br />
por um aparelho de teste de velas<br />
incandescentes, deve sempre<br />
verificar-se previamente se<br />
Onde estão monta<strong>das</strong> velas incandescentes ISS<br />
foram monta<strong>das</strong> velas ISS do<br />
tipo GE. As primeiras directivas<br />
constam na tabela a seguir,<br />
mas uma informação concreta<br />
pode ser recebida somente pela<br />
desmontagem de velas, porque<br />
na vela incandescente está impresso<br />
o número de volts.<br />
Nº de encomenda Nº de código Denominação Utilização<br />
Beru<br />
Beru<br />
0 100 266 008 GE100 VW/Audi 4 cilindros Diesel e 1.9 Tdi c/ bomba local Audi A2 1.4 TDi; A3;A4; VW Touran; Caddy e Golf V<br />
0 100 266 009 GE101 VW/Audi 4 cilindros 2.0 Tdi 4 válvulas c/ bomba local Audi A3; A4; A6; VW Touran; GolfV<br />
0 100 266 002 GE102 BMW 4 e 6 cilindros Diesel 110d (4 cil.); 120d (4 cil.);<br />
318d (4 cil.); 320d (4 cil.): 330d (6 cil.);<br />
530d (6 cil.); 730d (6 cil.).<br />
0 100 266 003 GE103 BMW 8cil. Diesel 740d<br />
0 100 266 010 GE104 AMG 5 cil. Diesel AMG C30<br />
0 100 266 011 GE105 Mercedes-Benz 4 cil. Diesel Classe A (CM 640)<br />
0 100 266 016 GE108 VW/Audi 6 cil. Diesel Audi A4 3.0; A6 2.7; A6 3.0; A8 3.0;<br />
VW Phaeton 3.0 e Touareg<br />
0 100 266 018 GE106 Isuzu Isuzu V8<br />
MG Equipamentos fornece Unidade Móvel<br />
para Inspecções Automóveis em Cabo Verde<br />
O início <strong>das</strong> inspecções técnicas<br />
automóveis no Arquipélago de Cabo<br />
Verde foi objecto de Concurso Público<br />
cuja decisão foi favorável à empresa<br />
Madinsp, detentora de alguns<br />
Centros de Inspecção no Continente<br />
e na Madeira.<br />
Aproveitando a oportunidade de<br />
temporariamente permanecer em<br />
Lisboa, foi promovida a apresentação<br />
da Unidade Móvel que irá assegurar<br />
a execução de inspecções nalgumas<br />
<strong>das</strong> Ilhas do Arquipélago.<br />
Trata-se de um Semi-Reboque<br />
adaptado, em que na secção central<br />
se encastraram um Frenómetro para viaturas ligeiras e pesa<strong>das</strong>, um<br />
Banco de Suspensões, um Ripómetro e um Detector de Folgas. O<br />
conjunto de equipamentos de teste inclui ainda um Analisador de<br />
Gases, um Opacímetro e um Regloscópio.<br />
A unidade incorpora um Grupo<br />
Gerador, um Compressor e um Gabinete<br />
que permite assegurar a vertente<br />
administrativa associada às<br />
inspecções.<br />
A apresentação incluiu um teste a<br />
uma viatura ligeira e a uma viatura<br />
pesada e foi assegurada pela MG<br />
Equipamentos, empresa portuguesa,<br />
sediada Carcavelos, responsável<br />
pelo fornecimento e instalação dos<br />
equipamentos deste projecto.<br />
Estiveram presentes vários convidados<br />
em representação <strong>das</strong> associações<br />
do sector – Ancia e Aneia – bem<br />
como da Embaixada de Cabo Verde e da DGV.<br />
Admite-se como possível a utilização de soluções semelhantes a<br />
esta ( Centros Móveis ), como resposta a novas vertentes associa<strong>das</strong><br />
às Inspecções Técnicas Automóveis em Portugal.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Outubro 2005 09<br />
Euroaro<br />
lança novo catálogo<br />
A Euroaro acaba de lançar no<br />
mercado um novo catálogo em<br />
formato destacável, agrupado<br />
por famílias de peças e com<br />
mais de 4500 referências. A<br />
nova edição inclui mais mil novas<br />
referências e permite agora<br />
a identificação de peças tendo<br />
em conta a maior diversidade<br />
de carroçarias existentes no<br />
mercado, após o aumento de<br />
importações de usados a partir<br />
da década de 1990. O novo catálogo<br />
veio também alargar a<br />
oferta de pára-brisas, farolins,<br />
espelhos retrovisores, acessórios<br />
de porta e de bancos.<br />
A Euroaro é uma empresa<br />
do Grupo Civipartes, especializada<br />
na comercialização de<br />
acessórios para carroçarias de<br />
autocarros.<br />
Precision “ataca” com ofertas<br />
A Precision tem a decorrer<br />
na sua rede nacional de oficinas,<br />
uma campanha para o<br />
consumidor final até final do<br />
mês de Outubro. Esta campanha<br />
está alicerçada em três<br />
ofertas distintas que passam<br />
por um check-up gratuito com<br />
reposição dos níveis (motor,<br />
transmissão, direcção assistida,<br />
travões, etc), pela aquisição<br />
de escovas limpa-vidros<br />
da Champion com 20% de<br />
descontos e montagem gratuita<br />
e, por último, a oferta de<br />
uma linha de crédito que financia<br />
a assistência nas oficinas<br />
Precision.<br />
LIVROS TÉCNICOS PARA PROFISSIONAIS DE CARROÇARIA E REPINTURA AUTOMÓVEL<br />
MANUAL DE PINTADO DE AUTOMÓVILES<br />
(322 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />
◗ Ferramentas e equipamentos de pintura<br />
◗ Métodos de reparação de superfícies<br />
◗ Processos de pintura: colorimetria, defeitos, etc.<br />
◗ Repintura de plásticos<br />
MANUAL DE PREVENCIÓN DE RIESGOS<br />
EN TALLERES DE AUTOMÓVILES<br />
(269 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />
◗ Organização da Prevenção na empresa<br />
◗ Requisitos legais de prevenção de riscos laborais<br />
◗ Avaliação de riscos: bate-chapa, pintor, mecânico<br />
◗ Equipamentos de protecção individual na oficina<br />
◗ Plano de emergência<br />
MANUAL DE CARROCERÍA. REPARACIÓN<br />
(657 páginas – preto e branco - 30,5 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Análise da chapa<br />
◗ Soldadura e substituição de peças<br />
◗ Reparação de uma carroçaria deformada<br />
◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />
MANUAL DE MANTENIMIENTO PARA TALLERES<br />
DE AUTOMÓVILES<br />
(262 páginas – cores – 30,5 x 21 cm – INCLUI CD<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Instalações da oficina. Equipamentos fixos<br />
◗ Área de carroçaria, pintura e mecânica<br />
◗ Plano de manutenção<br />
TRW baixa preços<br />
dos amortecedores<br />
A TRW decidiu alterar a sua<br />
estratégia de preços dos amortecedores<br />
a nível nacional. Assim,<br />
este marca optou por baixar o<br />
preço de venda a público dos<br />
amortecedores do mercado de<br />
reposição em dez por cento. O<br />
objectivo é aumentar a notoriedade<br />
da marca e dinamizar as<br />
ven<strong>das</strong>. Toda a gama está incluída<br />
nesta estratégia, sendo esta<br />
composta por amortecedores<br />
que utilizam os mesmos processos<br />
de fabrico que o equipamento<br />
original.<br />
Runkel<br />
e Andrade anima<br />
clientes<br />
A Runkel e Andrade, empresa<br />
do grupo Cimpomóvel dedicada<br />
ao sector <strong>das</strong> peças e equipamentos<br />
e detentora de oficinas da rede<br />
Bosch Car Service, acaba de<br />
anunciar aos seus clientes o arranque<br />
do “Challenge” de Ven<strong>das</strong><br />
2005/2006, “Sol & Mar a<br />
Dobrar”. Esta operação de marketing,<br />
que visa fomentar o relacionamento<br />
e convívio entre a<br />
empresa e os seus interlocutores<br />
de mercado, surge na sequência<br />
da edição do ano passado, cujo<br />
sucesso foi grande e que culminou<br />
com uma viagem a Natal, no<br />
Brasil. As presente edição arrancou<br />
no dia 1 de junho deste ano e<br />
terminará a 28 de Fevereiro de<br />
2006. Os prémios finais incluem<br />
uma viagem ao Brasil ou a Palma<br />
de Maiorca, a realizar em Março<br />
ou Abril de 2006.<br />
ELEMENTOS METÁLICOS Y SINTÉTICOS.<br />
REPARACIÓN<br />
(238 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Equipamentos para a oficina de reparação<br />
◗ Reparação de peças de aço e alumínio<br />
◗ Reparação de peças plásticos<br />
ELEMENTOS FIJOS. REPARACIÓN<br />
(330 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Separação de componentes<br />
◗ Métodos e ligação. Corte de chapa e soldadura.<br />
◗ Adesivos estruturais<br />
◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />
◗ Reparação de alumínio<br />
ELEMENTOS AMOVIBLES. REPARACIÓN<br />
(649 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Desmontagem e montagem de vidros<br />
◗ Climatização, iluminação, pneus<br />
◗ Sistemas de refrigeração, alimentação, escape,<br />
suspensão, travões, direcção, etc.<br />
◗ Cintos de segurança e pré-tensores,<br />
sistemas de airbags<br />
EMBELLECIMIENTO DE SUPERFICIES<br />
(320 páginas – preto e branco + 16 a cores - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola))<br />
GESTIÓN Y LOGÍSTICA DEL<br />
MANTENIMIENTO EN AUTOMOCIÓN<br />
(288 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Organização da oficina<br />
◗ Distribuição do trabalho. Controle de tempos<br />
◗ Sistema informático para a gestão da oficina<br />
ELEMENTOS ESTRUTURALES DEL VEHÍCULO<br />
(301 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Tipos de carroçarias e suas características<br />
◗ Metrologia aplicada às carroçarias<br />
◗ Banca<strong>das</strong>. Tipos e processos de desempanagem<br />
PREPARACIÓN DE SUPERFICIES<br />
(296 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Características dos produtos de preparação<br />
◗ Corrosão. Protecções anti-corrosivas<br />
◗ Preparação de superfícies: instalações,<br />
equipamentos e processos<br />
- Introdução ao processo de embelezamento de veículos<br />
- Pinturas utiliza<strong>das</strong> na repintura de veículos<br />
- Técnica de mistura de cores para a preparação de pinturas<br />
- Equipamentos para a área de pintura<br />
INFORMAÇÕES E PEDIDOS:<br />
CESVIMAP<br />
Ctra. Valladolid, km. 1<br />
05004 Ávila<br />
ESPAÑA<br />
Telefone: +34.920.206.300<br />
Fax: +34.920.206.319<br />
e-mail:<br />
cesvimap@cesvimap.com<br />
Internet: www.cesvimap.com<br />
NOVO<br />
TÍTULO!
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
KAYABA INVESTE<br />
400 MILHÕES DE DÓLARES<br />
A marca de amortecedores<br />
kayaba pretende investir fortemente<br />
na sua rede de produção<br />
de amortecedores, tantos nos<br />
EEUU, como em Espanha e no<br />
México. Para além da ampliação<br />
<strong>das</strong> unidades produtivas Kyb já<br />
existentes, está previsto o lançamento<br />
de novas fábricas, especialmente<br />
no México, país que<br />
vai tornar-se a plataforma de comercialização<br />
da marca para toda<br />
a América Latina e Caribe.<br />
BERU<br />
COM CERTIFICAÇÃO ISO 7578<br />
As velas de incandescência<br />
Beru são dimensiona<strong>das</strong> conforme<br />
o Standard ISO 7578.<br />
Nesta norma são determina<strong>das</strong><br />
as dimensões e as tolerâncias<br />
da geometria, o ângulo<br />
de vedação, tamanho da chave,<br />
diâmetro da haste de<br />
aquecimento.<br />
Também os métodos de teste<br />
são definidos por esta norma.<br />
Por exemplo, um teste de sobrecarga<br />
com 130 por cento da<br />
tensão nominal ou um teste de<br />
oscilações de vibração até 30 g<br />
entre 160 Hz e 500 Hz. Os cadernos<br />
de encargos da indústria<br />
de veículos também exigem<br />
operações de fadiga entre<br />
10 mil e 25 mil ciclos em câmara<br />
fria a temperaturas de 30<br />
graus centígrados negativos.<br />
Nos testes rápidos de sobrecarga<br />
cada peça de teste deve estar<br />
em total funcionamento<br />
mesmo após 3000 ciclos.<br />
ISTOBAL<br />
RENOVA PÁGINA WEB<br />
Numa clara aposta na internacionalização,<br />
possuindo já delegações<br />
no Reino Unido e na<br />
Alemanha, a empresa valenciana<br />
de sistemas de lavagem para<br />
automóveis renovou a sua página<br />
Web www.istobal.com, de<br />
modo a oferecer aos seus clientes<br />
a informação de uma forma<br />
rápida, elegante e estruturada.<br />
Os pórticos de lavagem e os sistemas<br />
de tratamento de água são<br />
as principais apostas deste fabricante.<br />
ECON APROVA CLÁUSULA DE<br />
REPARAÇÃO<br />
O Comité de Assuntos Económicos<br />
e Monetários (ECON)<br />
do Parlamento Europeu votou<br />
favoravelmente a Cláusula de<br />
Reparação, a qual outorga aos<br />
fabricantes de veículos total<br />
protecção sobre o desenho dos<br />
novos modelos, mas impede a<br />
criação de monopólios <strong>das</strong> peças<br />
de reposição para carroçarias.<br />
A livre concorrência no<br />
mercado <strong>das</strong> chama<strong>das</strong> peças<br />
visíveis automóvel espera-se<br />
que permita a redução dos preços<br />
e uma dinamização do<br />
mercado independente de após<br />
venda.<br />
Brain Bee<br />
lança Fast Box 2<br />
Com o objectivo de acompanhar<br />
a evolução da tecnologia automóvel,<br />
a Brain Bee S. p. a. redesenhou<br />
toda a sua Gama F.A.S.T. apresentando<br />
o novo Fast Box 2.<br />
O Novo Fast Box 2 permite ligação<br />
a PC via RS232 ou USB, conforme<br />
seja a conveniência do utilizador;<br />
além disso foi adicionado<br />
um novo Interface (Multiplexer 2)<br />
multistandard preparada para as linhas<br />
CAN dos veículos de última<br />
Geração.<br />
O Multiplexer 2 equipa actualmente<br />
toda a gama de autodiagnóstico<br />
Brain Bee, podendo ser também<br />
incorporado nas versões mais<br />
antigas da linha F.A.S.T. assegurando-se<br />
assim a continuidade de<br />
todos os equipamentos.<br />
O Fast Box 2 é um scan Tool evoluído cuja sofisticação tecnológica<br />
permite realizar com a máxima simplicidade o diagnóstico em<br />
série de todos os sistemas electrónicos presentes a bordo de automóveis,<br />
veículos comerciais e veículos pesados.<br />
Hella e Behr com projecto comum<br />
Existe um projecto comum de uma nova fábrica<br />
entre a Hella e a Behr, com 50% para cada uma,<br />
destinada à produção de conjuntos dianteiros para<br />
veículos (iluminação, ar condicionado, radiadores,<br />
etc.). Para dar continuidade a essa realidade<br />
no após venda, está a ser definido um programa<br />
de acção, que será revelado numa conferência de<br />
imprensa, durante o próximo Salão Equip’Auto, a<br />
14 de Outubro. Os novos sistemas de climatização<br />
fabricados por esta nova unidade são mais actualizados<br />
e sofisticados, com uma gama de produto<br />
mais alargada. Este novo projecto vem dar à Hella<br />
uma nova imagem e credibilidade no sector da climatização,<br />
pois até aqui a sua imagem estava<br />
principalmente ligada ao aspecto da iluminação.<br />
Os equipamentos de que dispunha nesta área não<br />
eram fabricados por si nem entravam no primeiro<br />
A ANECRA (Associção Nacional<br />
<strong>das</strong> Empresas do Comércio<br />
e Reparação Automóvel)<br />
tem vindo a desenvolver<br />
um novo conceito de rede de<br />
oficinas, que designou por<br />
RINO (Rede Independente de<br />
oficinas).<br />
As oficinas RINO representam<br />
a evolução do conceito de<br />
oficinas padroniza<strong>das</strong> que a<br />
ANECRA tem vindo a desenvolver<br />
na última década, mas<br />
agora com objectivos mais amplos<br />
em termos de rede de oficinal<br />
independente. Coerente<br />
com os seus objectivos de criar<br />
notoriedade, tal como se fosse<br />
uma rede de oficinas de marca,<br />
a rede RINO terá uma estratégia<br />
própria de comunicação<br />
global, que será implementada<br />
e consolidada em paralelo com<br />
a necessária dimensão nacional<br />
do projecto.<br />
Blue Print com nova linha<br />
de Kits de Distribuição<br />
A Blue Print, marca de peças da Automotive Distributors, lançou<br />
recentemente uma nova linha de kits de distribuição para veículos japoneses<br />
e coreanos.<br />
Com esta nova linha de Kits de Distribuição, a Blue Print disponibiliza<br />
aos instaladores um produto com inúmeras vantagens, pois<br />
permite de uma forma geral<br />
que todos os componentes<br />
da distribuição sejam substituídos<br />
no mesmo momento,<br />
o que acaba por acarretar<br />
menores custos de mão-aobra<br />
para o proprietário do<br />
veículo.<br />
Os novos 69 Kits de Distribuição<br />
cobrem um total<br />
de 391 aplicações diferentes,<br />
mas como a ideia é fornecer todos os componentes da distribuição,<br />
nos Mazda 323, 626 e Premacy também está incluída a<br />
mola de pressão enquanto nos Subaru estão incluídos os quatro<br />
tensores.<br />
Este equipamento tem dois anos de garantia e já se encontra disponível<br />
no Ecarts Evo e na internet através do site profissional “Blue<br />
equipamento, o que constituía uma certo handicap.<br />
A partir de agora o nome da Hella fica também<br />
ligado a sistemas de climatização da última<br />
geração, o que irá ter repercussões positivas no<br />
mercado de após venda.<br />
ANECRA lança oficinas Rino<br />
Actualmente estão cria<strong>das</strong> as<br />
primeiras 20 oficinas RINO,<br />
que derivam <strong>das</strong> oficinas padroniza<strong>das</strong>,<br />
que partilham a visão<br />
de negócio e <strong>das</strong> oportunidades<br />
que o mercado oferece a<br />
uma rede nacional de oficinas<br />
independentes.<br />
Neste momento para se ser<br />
oficina RINO, é necessário ser<br />
associado da ANECRA e cumprir<br />
uma série de procedimentos,<br />
que permitam uma uniformização<br />
do serviço face a<br />
to<strong>das</strong> as oficinas aderentes.<br />
Outra estratégia importante<br />
desta Rede Independente de<br />
<strong>Oficinas</strong> é a constituição de<br />
uma central de compras, que<br />
permitirá a todos os aderentes<br />
usufruirem <strong>das</strong> vantagens <strong>das</strong><br />
compras por grosso.<br />
Não menos importante neste<br />
negócio é a Central de Angariação<br />
de Serviço, que permitirá<br />
que exista um fluxo natural<br />
de serviço para as oficinas<br />
RINO. “Ainda este ano teremos<br />
a primeira campanha nacional<br />
<strong>das</strong> oficinas Rino, com<br />
visibilidade de rede, durante o<br />
mês de Outubro/Novembro,<br />
numa altura em que teremos<br />
cerca de 30 oficinas na rede<br />
em funcionamento a nível nacional”,<br />
revelou-nos uma fonte<br />
Monroe na televisão<br />
A Monroe iniciou<br />
uma campanha<br />
de divulgação<br />
da marca<br />
junto do consumidor<br />
final. Para isso assegurou a<br />
sua presença nos principais jogos<br />
da SuperLiga transmitidos na televisão<br />
para a época 2005/2006. Com<br />
esta acção, a Monroe pretende proporcionar<br />
aos seus parceiros comerciais<br />
a melhor publicidade para o<br />
melhor produto. Esta publicidade<br />
será acompanhada por diversas acções<br />
de marketing, que irão alertar<br />
o consumidor para a importância da<br />
segurança associada à revisão dos<br />
amortecedores do veículo cada<br />
20.000Km e sua substituição cada<br />
60.000Km.<br />
da Servinecra, entidade gestora<br />
do projecto RINO.<br />
Depois <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Mais”<br />
e <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Padroniza<strong>das</strong><br />
ANECRA” chega-se agora a<br />
um novo patamar com a “Rede<br />
Independente de <strong>Oficinas</strong>”, estrategicamente<br />
designa<strong>das</strong> de<br />
RINO, demonstrando uma postura<br />
muito mais proactiva junto<br />
dos clientes.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Outubro 2005 11<br />
Empresa espanhola lança Tecno-Centros em Portugal<br />
Após o advento dos Auto-Centros, também<br />
conhecidos como serviços rápidos, eis que<br />
está a nascer em Portugal um novo conceito<br />
de oficinas designado por Tecno-Centro.<br />
Os Tecno-Centros são uma rede de oficinas<br />
da Centro Holding, uma empresa espanhola<br />
que funciona como uma central de compras,<br />
que é constituída por todos os distribuidores<br />
Bosch, para dinamizar o negócio dos produtos<br />
não Bosch, isto é, potenciar a distribuição<br />
e as ven<strong>das</strong> de todo o tipo de material e componentes<br />
que a Bosch não vende.<br />
Em Portugal o processo dos Tecno-Centro<br />
está a ser liderado por dois distribuidores espanhóis,<br />
que estão presentes no mercado português<br />
<strong>das</strong> peças e equipamentos para o sector<br />
automóvel, que são Davasa e a Edelmiro<br />
Rodríguez, e que fazem parte do Centro Holding<br />
em Espanha.<br />
O Tecno-Centro é um conceito de oficina<br />
com uma forte componente técnica, até porque<br />
uma <strong>das</strong> principais exigências para se ser<br />
um Tecno-Centro (e do qual não se poderá<br />
abdicar) é ter ou adquirir um aparelho de<br />
diagnóstico KTS da Bosch. Tal exigência<br />
deve-se ao facto do Centro Holding se ter associado<br />
à Robert Bosch na questão da formação,<br />
o mesmo é dizer que toda a formação<br />
dada aos Tecno-Centro é fornecida pela<br />
Bosch, embora o conceito desta oficinas nada<br />
tenha a ver com os Bosch Car Service<br />
Para se ser um Tecno-Centro é necessário<br />
cumprir um conjunto de exigências e ter instalações<br />
de fácil acesso com um mínimo de<br />
100 m2, estando prepara<strong>das</strong> com pelos menos<br />
dois postos de reparação. Imagem corporativa,<br />
informática eficaz, formação continua,<br />
actividade comercial, marketing moderno<br />
e serviço aos clientes, serão algumas <strong>das</strong><br />
mais valias de estar dentro dos padrões definidos<br />
para ser um Tecno-Centro.<br />
Por sua vez, um Tecno-Centro terá que<br />
oferecer aos seus clientes um amplo horário<br />
de funcionamento, preços gerais atractivos,<br />
CARF Nova empresa especializada<br />
em distribuição de peças<br />
Uma <strong>das</strong> actividades que mais se relaciona<br />
com o mercado de peças para automóveis<br />
é o sector da logística e distribuição. No<br />
meio da imensa e intensa actividade <strong>das</strong><br />
transportadoras, surgiu uma nova empresa<br />
especializada em distribuir peças de automóveis,<br />
que trabalha em exclusivo com<br />
grossistas / retalhistas de peças (oficiais ou<br />
independentes) e com as oficinas.<br />
A CARF é uma empresa especializada na<br />
distribuição de peças e acessórios para automóveis,<br />
que desenvolve a sua actividade na<br />
zona da grande Lisboa.<br />
“As reduzi<strong>das</strong> margens de comercialização<br />
<strong>das</strong> peças devido à forte concorrência deste<br />
mercado, as dificuldades que o sector atravessa, a<br />
situação económica do país e os elevados custos<br />
que retalhistas e grossistas de peças têm com a<br />
distribuição ajudaram ao desenvolvimento desta<br />
empresa”, explica Paulo Carvalho, Gerente da<br />
CARF, pessoa desde sempre ligada ao negócio<br />
<strong>das</strong> peças.<br />
O principal serviço desta empresa passa por recolher<br />
as peças em to<strong>das</strong> as casas (retalhistas e<br />
O fabricante de automóveis<br />
Aston Martin seleccionou a<br />
Spies Hecker como a marca de<br />
tintas idónea para a pintura dos<br />
seus modelos. As tintas da<br />
Spies Hecker foram homologa<strong>das</strong><br />
pelo construtor de veículos<br />
porque satisfazem os mais elevados<br />
padrões dos processos de<br />
pintura. Esta homologação é<br />
parte de um amplo acordo de<br />
colaboração entre a Aston Martin<br />
e a DuPont Performance<br />
Coatings, empresa matriz da<br />
marca Spies Hecker. A aliança<br />
grossistas) e depois distribui-las nas oficinas que<br />
as pediram, num esquema de entregas bi-diárias,<br />
que permite aos clientes um nível de serviço e de<br />
resposta superior ao habitual.<br />
Para Paulo Carvalho, a CARF consegue oferecer<br />
um serviço “que nenhuma outra transportadora<br />
consegue fazer, pois concentramos a nossa actividade<br />
unicamente nas peças, com uma equipa<br />
de trabalho toda ela com experiência em peças e<br />
dedicada às peças”.<br />
Spies Hecker escolhida<br />
pela Aston Martin<br />
inclui o fornecimento de materiais<br />
de pintura para a fábrica<br />
que a Aston Martin tem na localidade<br />
britânica de Gaydon.<br />
Contempla outros aspectos<br />
como a garantia da reparação,<br />
apoio técnico, consultoria em<br />
gestão e rentabilidade dos processos<br />
de pintura.<br />
operações com preço fechado, qualidade de<br />
atendimento, reparações rápi<strong>das</strong> e ampla garantia.<br />
Está prevista a abertura de 10 Tecno-Centros<br />
até final de 2005, mas “os objectivos<br />
são obviamente ter mais Tecno-Centros em<br />
funcionamento em 2006, sendo o mais importante<br />
nesta fase que as oficinas entendam<br />
quais os benefícios de estarem associados<br />
nesta rede, com vantagens em termos de<br />
aquisição de peças, de formação, de gestão,<br />
organização, etc.”, referiu ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
um responsável por este projecto.<br />
Disponível agora<br />
numa versão<br />
High Performance,<br />
a nova bateria Varta<br />
Blue Dynamic<br />
conseguiu obter em<br />
testes realizados<br />
pela marca, o máximo<br />
desempenho em segurança,<br />
longa vida útil e conforto. A<br />
tampa especial em labirinto, assegura<br />
uma protecção eficiente<br />
contra ignições prematuras, ao<br />
mesmo tempo que constitui uma<br />
importante protecção contra<br />
derramamentos. A combinação<br />
PPG apresenta novo<br />
verniz de acabamento<br />
A marca PPG lançou uma<br />
nova geração de vernizes de<br />
acabamento, denominada CeramiClear.<br />
Com a introdução<br />
da sua nova nanotecnologia,<br />
a PPG situa-se na vanguarda<br />
da mais avançada tecnologia<br />
de vernizes. CeramiClear<br />
contém nanopartículas que se<br />
acumulam à superfície do<br />
verniz, proporcionando um<br />
acabamento brilhante, durador<br />
e resistente aos riscos.<br />
Os conhecimentos que estão<br />
por detrás desta tecnologia<br />
de nanopartículas foram passados<br />
para o campo da repintura,<br />
permitindo à oficina<br />
oferecer o mesmo nível de<br />
resistência aos riscos que nas<br />
pinturas de origem.<br />
Nova Varta Blue Dynamic<br />
da liga de cálcio e<br />
prata reduz ao mínimo<br />
o consumo de<br />
água e de electrólito,<br />
assegurando-se assim<br />
o mínimo de<br />
efeito de auto-descarga,<br />
permitindo períodos<br />
de armazenamento até 18<br />
meses. O nível de consumo de<br />
água, bastante inferior às exigências<br />
<strong>das</strong> normas EN, torna-a<br />
absolutamente livre de manutenção.<br />
Para mais informações<br />
consultar: www.cs-veiculos.pt<br />
Escovas SWF em promoção<br />
A AZ Auto, representante da<br />
marca SWF, está a proceder a<br />
uma campanha de promoção para<br />
as escovas limpa-vidros desta<br />
marca. Assim, na compra de 20<br />
pares de escovas SWF a marca<br />
oferece uma lanterna de Halogéneo<br />
de alta potência. A campanha<br />
terá início no dia 1 de Outubro e<br />
estende-se até ao próximo dia 15<br />
de Dezembro, estando limitada ao<br />
stock disponível.<br />
As escovas SWF caracterizam-se<br />
por utilizar dois materiais<br />
na borracha que a torna<br />
mais resistente e maleável, diminuindo<br />
o ruído. Estas escovas incluem um indicador de desgaste<br />
que muda de cor, de preto para amarelo e um adaptador em “U”<br />
que substitui os diversos adaptadores existentes.
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
VISTEON INVESTE EM<br />
TÚNEL AERODINÂMICO<br />
A Visteon dotou o seu Centro<br />
de Excelência para Sistemas de<br />
Climatização, situado na sua sede<br />
de Kerpen (Alemanha), com um<br />
túnel aerodinâmico climático, que<br />
permite a simulação de condições<br />
reais de deslocação de viaturas,<br />
permitindo o rápido desenvolvimento<br />
de soluções técnicas. As<br />
possibilidades do novo túnel vão<br />
desde uma velocidade de vento regulável<br />
de zero a 225 km/h, temperaturas<br />
de -40 a +55ºC, até um<br />
simulador solar, com uma potência<br />
até 1.200 volt/m2.<br />
GRUPO CAT DISTRIBUI<br />
PEÇAS TOYOTA EM PORTUGAL<br />
O acordo firmado entre a<br />
Toyota Motors Marketing Europe<br />
e o grupo de distribuição CAT<br />
permitirá que os concessionários<br />
da rede Toyota em Portugal passem<br />
a receber os pedidos urgentes<br />
e de manutenção de stock,<br />
para peças de reposição, através<br />
daquele operador. A operação<br />
envolve um volume calculado<br />
em 1.500 tonela<strong>das</strong>.<br />
BEHR FORNECE AR<br />
CONDICIONADO COM CO2<br />
A partir de meados do próximo<br />
ano a Behr tenciona começar a<br />
fornecer os seus sistemas de ar<br />
condicionado com CO2, em vez<br />
dos actuais fluidos refrigerantes.<br />
Salientando as vantagens desta<br />
opção, a Behr assinala que há uma<br />
substancial redução do impacto<br />
ambiental, uma vez que o CO2 é<br />
um produto natural inócuo, sendo<br />
eliminado também o processo químico<br />
para a produção de fluidos<br />
refrigerantes.<br />
PAI PARTNERS INVESTE<br />
€ 1.200 MILHÕES EM FAST FIT<br />
O fundo de investimento francês<br />
PAI Partners adquiriu em leilão<br />
a rede europeia de reparação<br />
rápida Kwik-Fit (incluindo a rede<br />
francesa Speedy e a rede alemã Pit<br />
Stop) ao grupo inglês de capital de<br />
risco CVC Capital Partners. Actualmente<br />
a rede Kwik-Fit dispõe<br />
de 1.100 centros de reparação rápida<br />
em toda a Europa, para além<br />
de 200 “oficinas móveis“, destina<strong>das</strong><br />
à reparação e substituição de<br />
pneus.<br />
TOYOTA ATINGE DOIS<br />
MILHÕES EM 2015<br />
Passar <strong>das</strong> actuais 725,687 unidades<br />
anuais vendi<strong>das</strong> na Europa<br />
para 2 milhões, em 2015, é a previsão<br />
do construtor japonês Toyota.<br />
Como a produção na Europa é<br />
presentemente de 600 mil veículos,<br />
500 mil motores e 300 mil<br />
caixas de velocidades, esta previsão<br />
pode comportar o aumento da<br />
capacidade na Europa, uma vez<br />
que a Toyota é partidária da política<br />
de fabricar automóveis no local<br />
onde serão vendidos.<br />
Grupo Entreposto entra no mercado<br />
de peças independente<br />
A necessidade de diversificar a actividade dentro<br />
do sector automóvel, levou os responsáveis do<br />
Grupo Entreposto a apostar numa nova área de<br />
negócio.<br />
A aposta desta feita foi para o sector independente<br />
de peças para automóveis, através de uma<br />
estrutura recém constituída que tem o nome de<br />
CARpremium.<br />
Segundo Jorge Roldão, Gerente da CARpremium,<br />
a aposta no negócio independente de peças<br />
deve-se “à oportunidade criada pela abertura do<br />
mercado por via <strong>das</strong> novas regulamentações.<br />
Hoje em dia qualquer concessionário pode incorporar<br />
peças não genuínas, desde que possuam<br />
qualidade equivalente”.<br />
A actividade, propriamente dita, iniciou-se em<br />
Maio deste ano, estando a CARPremium a funcionar<br />
para o mercado da zona da grande Lisboa,<br />
vendendo exclusivamente a oficinas.<br />
Para abordar o mercado a CARpremium passou<br />
a representar a Unipart, que é uma marca líder no<br />
sector de peças em Inglaterra, e que permite dar<br />
uma cobertura efectiva a 88% <strong>das</strong> necessidades<br />
do parque automóvel circulante português.<br />
Para além de uma equipa de ven<strong>das</strong> que trabalha<br />
no terreno, junto <strong>das</strong> oficinas, a CARpremium,<br />
que investiu muito pouco em catálogo físico,<br />
apostou claramente nas novas tecnologia,s<br />
disponibilizando todo o seu<br />
catálogo “on-line” (www.carpremium.pt).<br />
“Deste modo, todos os<br />
clientes oficinais poderão aceder ao<br />
portal de uma forma autónoma, através<br />
de uma password, e assim fazer as<br />
suas encomen<strong>das</strong> de peças “on-line”,<br />
que lhes serão entregues apenas umas<br />
horas depois”, refere Jorge Roldão,<br />
adiantando que a CARpremium disponibiliza<br />
um serviço de entregas bidiárias.<br />
Apesar de ter começado pelas peças,<br />
a CARpremium pretende vir a ser num futuro<br />
a médio prazo uma empresa que fornece todo o<br />
tipo de componentes, equipamentos e serviços<br />
para as oficinas.<br />
“Queremos ser acima de tudo profissionais e<br />
transparentes naquilo que fazemos. A maneira<br />
como abordamos o cliente é enquadrada numa<br />
perspectiva de consultor e não de vendedor e isso<br />
transmite mais confiança na relação que temos<br />
com eles. O facto de estarmos inseridos num grupo<br />
como o Entreposto é também uma mais-valia<br />
que teremos que continuamente potenciar e aproveitar.<br />
Resumidamente, queremos assumir-nos<br />
como uma empresa diferente do que existe no<br />
Kits de embraiagem TRW<br />
com oferta mais alargada<br />
A TRW Automotive<br />
alargou o seu leque de produtos<br />
com o lançamento<br />
de uma gama completa de<br />
kits de embraiagens para<br />
veículos ligeiros e comerciais<br />
ligeiros.<br />
Em parceria com os<br />
maiores fabricantes mundiais<br />
de embraiagens, a<br />
TRW oferece ao mercado<br />
nacional uma gama completa<br />
de kits de embraiagem<br />
com a mesma qualidade<br />
de fabrico do equipamento<br />
original, uma vez<br />
que os fabricantes de embraiagens que fornecem a<br />
TRW, fornecem também as principais marcas de<br />
veículos.<br />
Os kits de embraiagem TRW são compostos pelo<br />
prato de embraiagem, disco de embraiagem e rolamento,<br />
sendo todos estes componentes controlados<br />
no fim da fabricação e ajustados entre si.<br />
A gama de embraiagens TRW é constituída por<br />
cerca de 1.200 referências. To<strong>das</strong> as referências<br />
que vêm no catálogo estão disponíveis, sendo feitas<br />
regularmente actualizações ao catálogo com novas<br />
referências para novos modelos de automóveis.<br />
Em Portugal, a Lucas Automotive passa a ser<br />
uma <strong>das</strong> empresas com maior stock de embraiagens,<br />
uma vez que centraliza no seu armazém situado<br />
em Talaíde, o stock total de embraiagens TRW<br />
para Portugal e Espanha.<br />
Qualidade, rapidez, flexibilidade e preços vantajosos,<br />
são os parâmetros que a TRW pretende<br />
cumprir, de modo a conseguir satisfazer os seus<br />
clientes.<br />
Utilizando uma nova tecnologia “online” para<br />
consulta de stocks, comunicações e processamento<br />
de encomen<strong>das</strong>, a Lucas / TRW está permanentemente<br />
a caminhar na direcção de um serviço<br />
mais rápido e melhor apoio para os seus clientes<br />
em Portugal.<br />
De modo a dinamizar as ven<strong>das</strong> deste produto, a<br />
TRW lançou em conjunto com a rede de distribuição,<br />
a sua Campanha de Outono. Nesta campanha,<br />
dirigida às oficinas portuguesas, a TRW oferece um<br />
relógio de parede com estação meteorológica na<br />
compra de embraiagens TRW. A campanha decorre<br />
desde 5 de Setembro a 4 de Novembro de 2005.<br />
Lancia escolhe<br />
a Champion<br />
O Lancia Musa, modelo estreado<br />
no passado Salão Automóvel<br />
de Genebra, utiliza escovas<br />
limpa pára-brisas Champion<br />
Aerovantage como equipamento<br />
de origem. Este monovolume<br />
compacto da marca italiana recebe<br />
escovas de modelo X58<br />
Aerovantage do lado do condutor<br />
e X41 do lado do acompanhante.<br />
O óculo traseiro está<br />
equipado com o modelo A338R,<br />
também utilizado no pequeno<br />
Fiat Panda. A Champios também<br />
disponibiliza para o Musa<br />
o kit K58H. A gama Aerovantage<br />
inclui um indicador de desgaste,<br />
assim como adaptadores<br />
de fixação que permitem fácil<br />
montagem em 98 por cento dos<br />
modelos de automóveis. O novo<br />
perfil de borracha destas escovas,<br />
design aerodinâmico e lá-<br />
Mina plana permitem uma boa<br />
eficácia de limpeza e excelente<br />
escoamento de água.<br />
FAG com<br />
campanha nacional<br />
A Luk Aftermarket Service,<br />
uma empresa Espanhola que<br />
representa para o mercado<br />
ibérico os produtos da LUK,<br />
INA e FAG, vai levar a efeito<br />
uma campanha com esta última<br />
representação, que decorrerá<br />
entre os dias 1 e 31 de<br />
Outubro.<br />
Assim durante todo o mês<br />
de Outubro, esta campanha a<br />
nível nacional, destinada a todos<br />
os distribuidores da Luk<br />
(casas de peças), terá como<br />
suporte o novo produto que<br />
são os Kits de rolamento de<br />
roda da FAG.<br />
A campanha, que será feita<br />
exclusivamente por mailing<br />
directo, tem uma mecânica<br />
muito simples. Mediante a<br />
compra de Kits de rolamento<br />
de roda da FAG aos agentes<br />
da LUK (clientes directos),<br />
serão ofereci<strong>das</strong> unidades de<br />
Kits de rolamento de roda extra<br />
consoante as unidades encomenda<strong>das</strong>.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Outubro 2005 13<br />
Indoproteje promove Kangouru<br />
A Indoproteje, empresa com sede em<br />
Lisboa que dedica a sua actividade ao comércio,<br />
importação, montagem, projectos<br />
de desenvolvimento de equipamentos<br />
para o sector de colisão e repintura automóvel,<br />
representante <strong>das</strong> marcas Saima<br />
(Cabinas de Pintura), Coiro (Bancos de<br />
Carroçaria), Air-t (Máquinas de despoeiramento),<br />
Space (Alinhador de Direcções)<br />
e Kangouru (Material de Oficina), lançou<br />
uma campanha com esta última representação,<br />
com duração até finais de Outubro.<br />
O equipamento de carro Kangouru, que<br />
agora pode ser adquirido em condições<br />
mais competitivas fruto desta campanha,<br />
destina-se ao uso em oficinas de mecânica<br />
geral ou em secções de bate chapa.<br />
Este equipamento é um ”troley” de arrumação<br />
de peças e acessórios auto, que<br />
garante uma eficiente organização e arrumação<br />
de peças, é pouco volumoso e fácil<br />
de manusear, estando disponível nas cores<br />
azul ou vermelho. Suporta até 200 Kg de<br />
peso máximo de carga, tem 1,9 metros de<br />
altura, utiliza ro<strong>das</strong> direccionáveis, possui<br />
esticadores e diversos tipos de prateleiras.<br />
Para promover os seus equipamentos, a<br />
Máquina de<br />
vulcanizar<br />
revolucionária<br />
A Teixeira & Chorado lançou<br />
recentemente em Portugal uma<br />
revolucionária máquina de vulcanização.<br />
Designada por Vulcstar,<br />
esta é uma máquina de vulcanização<br />
universal para pneus de camiões<br />
ligeiros, camiões e tractores<br />
(agrícolas), que utiliza grânulos<br />
de pressão flexíveis que se<br />
adaptam a todos os contornos do<br />
pneu.<br />
Com esta nova máquina de vulcanização,<br />
podem-se levar a cabo<br />
reparações numa única etapa (remendo<br />
de reparação e vulcanização<br />
da área raspada e preenchida)<br />
nas áreas do piso, ombros e flancos<br />
de pneus de camiões ligeiros,<br />
camiões e veículos agrícolas, com<br />
qualquer padrão de piso ou perfil<br />
do pneu.<br />
A Vulcstar é fácil de operar não<br />
provocando distorção do pneu durante<br />
o processo de vulcanização<br />
requerendo pouco trabalho de<br />
acabamento, mesmo na reparação<br />
de saliências.<br />
Os grânulos de pressão retêm e<br />
armazenam o calor, baixando a<br />
necessidade de energia nos ciclos<br />
de vulcanização seguintes ao primeiro<br />
ciclo de vulcanização ou<br />
quando a máquina é usada de forma<br />
contínua. Incorpora grânulos<br />
de pressão de longa<br />
duração, adequado<br />
para um<br />
Indoproteje optou este ano por acções de<br />
marketing directo aos seus clientes e futuros<br />
clientes, não estando presente em<br />
qualquer feira do sector como expositor.<br />
Correias PowerGrip<br />
da Gates com<br />
novas embalagens<br />
A nova embalagem <strong>das</strong> correias de distribuição<br />
PowerGrip da Gates, é hermeticamente fechada<br />
para proteger a qualidade da correia que<br />
se encontra no seu interior. A caixa foi desenhada<br />
para optimizar o espaço ocupado nas prateleiras<br />
e oferece toda a informação necessária em<br />
16 idiomas. As correias de distribuição forneci<strong>das</strong><br />
nestas embalagens são exactamente iguais<br />
às PowerGrip que vinham nas embalagens anteriores.<br />
O processo de cintagem <strong>das</strong> novas embalagens<br />
evita que a correia PowerGrip que se encontra<br />
no seu interior possa dobrar-se ou vincarse,<br />
antes de ser retirada para instalação.<br />
To<strong>das</strong> as caixas contêm uma etiqueta autocolante<br />
onde o mecânico assinala a quilometragem<br />
do veículo. Trata-se de uma maneira simples do<br />
mecânico informar o condutor sobre a necessidade<br />
de substituir a correia de distribuição. De<br />
referir ainda que esta nova embalagem é 100%<br />
recicláveis, tendo sido impressa com tintas isentas<br />
de dissolventes.<br />
Campanha de Escovas Limpa-Vidros<br />
Lucas<br />
A Lucas Automotive lançou recentemente<br />
a sua sempre esperada Campanha<br />
de Escovas Limpa-Vidros que<br />
decorre de Setembro a Dezembro<br />
de 2005. Na compra de um lote<br />
de 55 escovas limpa-vidros, a<br />
Lucas oferece um blusão<br />
para se proteger da chuva e<br />
do vento.<br />
Simultaneamente, no período<br />
da campanha, é também lançada<br />
a nova imagem <strong>das</strong> embalagens<br />
<strong>das</strong> escovas Lucas. As<br />
novas embalagens blister<br />
apresentam um fundo totalmente<br />
verde, com a ilustração<br />
do tipo de escova e<br />
com detalhes do logotipo<br />
Lucas na extremidade.<br />
Com este salto qualitativo ao nível da<br />
embalagem, a Lucas pretende associar a<br />
qualidade dos seus produtos a uma nova<br />
imagem e nível de competitividade que,<br />
segundo a Lucas, a distingue da concorrência.<br />
As novas embalagens serão introduzi<strong>das</strong><br />
gradualmente até final do ano.<br />
Mas inovação não pára na imagem, já<br />
que a Lucas ampliou a sua gama de escovas<br />
limpa-vidros com o lançamento de<br />
várias referências novas para os veículos<br />
mais recentes e populares, como o Citroen<br />
C3, Citroen C5, Ford Focus, Ford<br />
C-Max, Opel Corsa, Opel Meriva, Renault<br />
Modus, VW Polo, VW Golf, entre<br />
outros.<br />
As escovas Lucas, concebi<strong>das</strong> a partir<br />
Equipamentos e<br />
Serviços Auto, Lda.<br />
da mais recente tecnologia e componentes<br />
de alta qualidade, oferecem um desempenho<br />
excelente em quaisquer condições de<br />
utilização. A borracha utilizada constitui<br />
mais um avanço tecnológico da Lucas no<br />
sentido de garantir a boa performance <strong>das</strong><br />
escovas limpa-vidros e assegurar assim a<br />
boa visibilidade e inerente segurança do<br />
condutor.<br />
A campanha de escovas limpa-vidros<br />
Lucas será amplamente divulgada junto<br />
<strong>das</strong> oficinas nacionais através do mailing<br />
do folheto promocional, que também estará<br />
disponível nos principais distribuido-<br />
TODA A GAMA DE EQUIPAMENTOS<br />
PARA OFICINAS E CENTROS DE INSPECÇÃO<br />
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14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
AMBIENTE<br />
Gestão de resíduos perigosos<br />
Tudo pela Natureza<br />
Enquanto produtores de resíduos considerados perigosos, como as baterias, óleos de motor, pneus e outros, as oficinas<br />
de reparação têm que cumprir com a legislação em vigor sobre esta matéria, para se manterem num quadro legal.<br />
GESTÃO AMBIENTAL - RESÍDUOS<br />
(embalagens, baterias, óleos, pneus, sucatas, etc.)<br />
O produtor de resíduos deve:<br />
- Solicitar e arquivar as licenças dos operadores com quem trabalha<br />
- Criar condições para fazer a segregação e gestão adequada dos resíduos que produz<br />
- Elaborar e enviar periodicamente os mapas obrigatórios<br />
- Tirar partido <strong>das</strong> sociedades gestoras e <strong>das</strong> obrigações legais dos seus fornecedores, no<br />
que diz respeito à gestão de baterias, pneus e óleos<br />
As inspecções de fiscalização por parte da Inspecção Geral do Ambiente têm-se multiplicado,<br />
pelo que é importante as empresas cumprirem a legislação ambiental em vigor<br />
GESTÃO AMBIENTAL - AR<br />
PRODUTO<br />
OBRIGATÓRIO<br />
COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS<br />
Ficha de Identificação de Instalação<br />
(Se o consumo de solventes<br />
e Plano de Gestão de Solventes<br />
for superior a 0,5 Tonela<strong>das</strong> / ano)<br />
FONTES FIXAS<br />
Efectuar monitorização periódica<br />
(Se tiver caldeiras ou cabinas de pintura)<br />
e enviar os resultados<br />
GASES REFRIGERANTES<br />
Verificar se são CFC’s<br />
(Se utiliza gases refrigerantes)<br />
para cumprir a legislação aplicável<br />
Aconformidade com a legislação<br />
ambiental aplicável ao sector é<br />
uma meta importante para to<strong>das</strong><br />
as empresas, sobretudo para as que têm<br />
maiores preocupações em termos de<br />
imagem ou para as que pretendem evitar<br />
coimas.<br />
O cumprimento integral da legislação requer<br />
uma cuidada avaliação sobre a sua<br />
aplicabilidade a cada caso concreto, uma<br />
vez que há pormenores que podem determinar<br />
obrigações ou isenções.<br />
A prevenção da produção e a adequada<br />
segregação e acondicionamento dos resíduos<br />
é determinante no controlo dos custos,<br />
porque a tendência do mercado da<br />
gestão de resíduos é a do aumento importante<br />
dos custos de tratamento dos resíduos.<br />
O impacto económico destas “boas<br />
práticas” nos custos anuais de cada instalação<br />
é seguramente mais importante do<br />
que o custo unitário de tratamento de cada<br />
resíduo por si só.<br />
Num cenário em que a fiscalização ambiental<br />
se tem feito sentir bastante, é determinante<br />
que cada empresa conheça a legislação<br />
aplicável à sua situação concreta e<br />
disponha de ferramentas eficazes para gerir<br />
o seu cumprimento, em contínuo. A gestão<br />
dos aspectos ambientais de cada instalação<br />
e o cumprimento da legislação aplicável,<br />
deve ser assegurada por todos os proprietários<br />
<strong>das</strong> empresas de reparação automóvel.<br />
Embora a Gestão de Resíduos seja a necessidade<br />
mais imediata <strong>das</strong> empresas do<br />
sector, não devem ficar esqueci<strong>das</strong> as demais<br />
obrigações ambientais, nomeadamente<br />
as que se referem a Emissões Gasosas e<br />
Efluentes Líquidos. O não cumprimento<br />
<strong>das</strong> obrigações está sujeito a coimas, pelo<br />
que as empresas devem tratar esta questão<br />
de forma sistemática e organizada.<br />
GESTÃO AMBIENTAL - ÁGUA<br />
PROCESSO<br />
PROCEDIMENTO<br />
CAPTAÇÃO<br />
Verifique se os licenciamentos<br />
(Se efectua captação de água)<br />
estão em dia<br />
REGEIÇÃO<br />
Verifique se a descarga<br />
(Se rejeita águas residuais)<br />
está licenciada<br />
Verifique se cumpre os critérios da licença<br />
e monitoriza a qualidade do efluente<br />
Deve enviar os dados da monitorização periodicamente<br />
à autoridade competente<br />
Fonte: eco-partner<br />
No que se refere às emissões gasosas, as<br />
empresas de reparação e manutenção automóvel<br />
estão abrangi<strong>das</strong> pelo Decreto-Lei<br />
n.º 78/2004, de 3 de Abril que estabelece o<br />
regime da prevenção e controlo <strong>das</strong> emissões<br />
de poluentes para a atmosfera. O autocontrole<br />
<strong>das</strong> emissões sujeitas a valor limite<br />
de emissão obrigatório é da responsabilidade<br />
da empresa, pelo que devem ser efectua<strong>das</strong><br />
duas medições anuais, espaça<strong>das</strong> de<br />
pelo menos 2 meses. Segundo o mesmo diploma,<br />
a autorização de funcionamento<br />
bem como as respectivas renovações são<br />
emiti<strong>das</strong> sob condição da empresa demonstrar<br />
que a instalação respeita as disposições<br />
do presente diploma.<br />
Continuação da página 1<br />
ASOGILUB assegurará,<br />
no curto prazo, a implementação<br />
de um efectivo<br />
procedimento de recolha e tratamento<br />
dos óleos usados e apresentará,<br />
até finais de 2006, um estudo<br />
de viabilidade técnico-económica<br />
da implementação de uma unidade<br />
de regeneração destes produtos no<br />
nosso país.<br />
Assim, constituem princípios<br />
fundamentais de gestão da SOGI-<br />
LUB a implementação de iniciativas<br />
que visem maximizar a recolha<br />
de óleos usados, bem como o<br />
aperfeiçoamento de princípios de<br />
gestão destes resíduos, incluindo o<br />
apoio às diversas formas de aplicação<br />
de óleos usados, dentro dos<br />
sãos princípios da ciência e da tecnologia,<br />
que sejam reconhecidos<br />
como os que melhor se aplicam a<br />
este processo.<br />
Especificamente, a SOGILUB é<br />
responsável por:<br />
• Organizar a rede de recolha e<br />
transporte, celebrando contratos<br />
Nova Sociedade de Gestão de óleos usados<br />
SOGILUB entra em funcionamento<br />
com operadores de gestão de óleos<br />
usados ou com os municípios;<br />
• Criar e assegurar a implementação<br />
do sistema de controlo dos<br />
óleos usados;<br />
• Decidir sobre o destino a dar a<br />
cada lote de óleos usados;<br />
• Definir, implementar e manter<br />
tecnologicamente actualizado um<br />
sistema informático que permita o<br />
tratamento, em tempo real, dos dados;<br />
• Promover a realização de campanhas<br />
de sensibilização sobre os<br />
princípios e regras de gestão dos<br />
óleos usados e sobre os possíveis<br />
EVOLUÇÃO PREVISTA PARA A QUANTIDADE DE ÓLEOS NOVOS COLOCADO NO MERCADO EM PORTUGAL<br />
2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Estimativa para a quantidade de óleos novos colocados no mercado (Kt) 105.000 102.900 100.842 98.849 96.849 94.912<br />
Estimativa para a quantidade de óleos novos que geram óleos usados (Kt) 85.000 83.300 81.634 80.<strong>001</strong> 78.401 76.833<br />
Em termos globais, os produtores de óleos lubrificantes novos a operar em Portugal prevêem que, nos próximos anos, a tendência seja para uma ligeira<br />
redução da venda de óleos lubrificantes, devido à evolução tecnológica que tem contribuído para que os óleos tenham cada vez maior tempo de vida útil<br />
impactos negativos para a saúde e<br />
parta o ambiente decorrentes da<br />
sua gestão não adequada, e de estudos<br />
de viabilidade técnico-económica<br />
de novos processos de regeneração<br />
e de reciclagem a implementar<br />
a nível nacional.<br />
De referir que os custos de funcionamento<br />
deste sistema integrado<br />
de gestão de óleos usados será<br />
suportado por todos os agentes<br />
económicos que introduzem óleos<br />
novos no mercado.<br />
Estamos perante um custo total<br />
do sistema integrado, que nesta<br />
fase inicial foi fixado para 2005 e<br />
2006 em 63,00 Euros por metro<br />
cúbico de óleo novo colocado no<br />
mercado, ou seja, cerca de 6,0 milhões<br />
de Euros no primeiro ano de<br />
funcionamento.
16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
SERVIÇO<br />
“Testing Days on Tour“ visita Portugal<br />
Verificação gratuita<br />
dos amortecedores e escape<br />
A Campanha “Testing Days on Tour” está a decorrer em toda a Europa, estando prevista a sua passagem por<br />
Portugal no início do próximo ano. Como novidade, nesta Campanha a Tenneco Automotive oferece aos<br />
automobilistas a possibilidade de fazerem uma revisão igualmente gratuita ao sistema de escape.<br />
ATenneco Automotive, fabricante<br />
<strong>das</strong> marcas de amortecedores<br />
Monroe e escapes Walker e Fonos,<br />
vai trazer ao nosso país a sua iniciativa<br />
“Testing Days on Tour“. Com a realização<br />
desta acção, a Tenneco pretende<br />
lançar o alerta sobre as deficientes condições<br />
de circulação de boa parte do parque<br />
automóvel nacional e para as potencialidades<br />
desconheci<strong>das</strong> do após venda.<br />
Com efeito, uma frota de oito carrinhas<br />
de teste, equipa<strong>das</strong> com os mais recentes<br />
dispositivos de diagnóstico de<br />
amortecedores e sistemas de escape,<br />
operados por técnicos especialistas da<br />
Monroe e da Walker, irá percorrer todo<br />
o território nacional, detendo-se em oficinas<br />
e estações de serviço, a fim de<br />
proporcionar aos automobilistas interessados<br />
um teste gratuito aos amortecedores<br />
e escape da sua viatura.<br />
No final desses testes, os automobilistas<br />
beneficiados têm boas razões para ver<br />
a manutenção do seu veículo de outra<br />
forma, do mesmo modo que os garagistas<br />
e reparadores ficam com sobejos argumentos<br />
para propor uma revisão à suspensão<br />
dos veículos dos seus clientes.<br />
Sendo uma companhia que produz diariamente<br />
335 mil amortecedores, nas<br />
suas fábricas espalha<strong>das</strong> pelos 4 continentes,<br />
num total de 85 milhões de peças<br />
anuais, o que representa um volume de<br />
negócios de 4,2 biliões de dólares, a Tenneco<br />
conhece bem o produto e o seu contexto<br />
real, sentindo-se obviamente motivada<br />
a investir num marketing de última<br />
geração, que não é mais do que um serviço<br />
aos automobilistas e à segurança rodoviária,<br />
por um lado, bem como ao mercado<br />
de após venda, dinamizando-o e fornecendo-lhe<br />
as ferramentas materiais e<br />
teóricas para o seu desenvolvimento, por<br />
outro lado.<br />
Sistemas de escape<br />
Proteger o ambiente e o veículo<br />
Ter problemas com o escape pode não parecer tão sério<br />
como, por exemplo, um problema eléctrico, mas<br />
pode de igual modo causar um contratempo considerável<br />
e imobilizar o veículo. As avarias devido a falhas do<br />
sistema de escape são totalmente evitáveis no caso dos<br />
automobilistas verificarem os escapes dos seus veículos<br />
com alguma regularidade.<br />
No campo do ruído, há que referir que se exercem<br />
enormes pressões aos fabricantes de sistemas de escape<br />
para que os seus produtos obedeçam aos regulamentos<br />
em vigor. A crescente redução do ruído estipulado por<br />
Lei, obriga aos fabricantes a terem de arranjar soluções<br />
de compromisso com outros factores directamente relacionados,<br />
como, por exemplo, a contrapressão, para que<br />
o consumo de óleo, de combustível e o rendimento dos<br />
motores não saiam prejudicados.<br />
Com a tecnologia hoje ao dispor, esse compromisso é<br />
possível, mas para o garantir é necessário que o profissional<br />
instale produtos homologados e que o consumidor<br />
final se certifique que o que foi colocado debaixo do<br />
chassis foi um sistema homologado. Muito embora na<br />
União Europeia exista uma directiva que obrigue a esse<br />
cumprimento, a massificação <strong>das</strong> marcas de sistemas de<br />
escape no mercado, tem levado a que a sua aplicação<br />
não seja plena em todos os países do espaço europeu. A<br />
par de alguns fabricantes que não homologam os produtos,<br />
existem outros que homologam apenas um modelo<br />
e estendem indevidamente essa homologação a toda a<br />
gama. Uma coisa é certa: sem esse atestado de qualidade,<br />
os níveis de ruído e contrapressão não podem ser assegurados,<br />
com os inevitáveis perigos de perda de potência<br />
do motor, risco de acidentes por progressão indevida<br />
da viatura, aumento da temperatura do óleo, assim<br />
como maior consumo de combustível.<br />
Os sistemas de escape comercializados com as marcas<br />
Fonos e Wlaker, estão devidamente homologados e<br />
disponíveis para mais de 90% dos veículos Europeus e<br />
Japoneses, e podem se adquiridos e montados nas oficinas<br />
independentes que se encontram espalha<strong>das</strong> por<br />
todo o país.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
SERVIÇO Outubro 2005 17<br />
Amortecedores<br />
Elementos vitais<br />
para a segurança dos veículos<br />
A investigação indica que um número<br />
estimado de um em cada quatro carros que<br />
circulam nas estra<strong>das</strong> portuguesas têm<br />
pelo menos um amortecedor defeituoso.<br />
Ainda mais alarmante é o facto dos condutores<br />
desses veículos não estarem cientes<br />
da necessidade de substituição dos amortecedores<br />
e, portanto, conduzem com uma<br />
falsa sensação de segurança. A possibilidade<br />
de ter amortecedores gastos é ainda<br />
maior em veículos com três ou mais anos<br />
ou aqueles que tenham percorrido mais de<br />
50.000 Km.<br />
O trabalho dos amortecedores é manterem<br />
as ro<strong>das</strong> do automóvel em firme contacto<br />
com a estrada. Quando estes apresentam<br />
desgaste – que é um processo gradual<br />
e de difícil detecção – os<br />
amortecedores são menos eficientes no aspecto<br />
de assegurarem uma aderência óptima<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> à estrada. Isto afecta seriamente<br />
a segurança do veículo ao reduzir a<br />
eficiência da travagem, direcção e comportamento.<br />
Na maioria dos casos, o condutor adapta-se<br />
de modo gradual ao desgaste dos<br />
amortecedores, sem se aperceber da diminuição<br />
da eficiência do comportamento do<br />
seu veículo e o correspondente aumento<br />
de perigo que enfrenta.<br />
De acordo com a Monroe, existem três<br />
aspectos que contribuem para esse aumento<br />
de perigo: A adaptação referida aos<br />
amortecedores gastos, a falta de conhecimento<br />
dos condutores, e o facto de serem<br />
componentes que estão escondidos debaixo<br />
da carroçaria, não sendo, por isso, fácil<br />
de verificar danos com regularidade.<br />
OPINIÃO PEDRO SANTOS<br />
Country Manager da Tenneco Automotive em Portugal<br />
“Postura proactiva”<br />
O que pretendemos com a realização<br />
destes ensaios é mentalizar os vendedores<br />
de peças e reparadores para a necessidade<br />
de estar mais próximo do<br />
mercado e dos automobilistas. A distribuição<br />
não pode ficar passivamente à<br />
espera que o automobilista vá ao seu<br />
encontro, porque geralmente só o fará<br />
depois de sucessivos adiamentos e em<br />
último caso, arriscando-se a sofrer acidentes<br />
e a perder dinheiro em reparações<br />
custosas.<br />
Para se ter uma postura proactiva no<br />
mercado é necessário promover os testes<br />
gratuitos e os check-up conclusivos,<br />
pois esse é o melhor meio de demonstrar<br />
ao cliente que chegou a hora de tomar<br />
decisões e que a oficina e o vendedor<br />
de acessórios estão aptos a oferecer<br />
as soluções mais rápi<strong>das</strong>, mais fiáveis e<br />
mais económicas. Em termos de comunicação,<br />
esta iniciativa traz a possibilidade<br />
de sensibilizar os informadores<br />
para as nossas preocupações com a segurança<br />
rodoviária e para a qualidade<br />
técnica <strong>das</strong> nossas soluções.
18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
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20<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
SALÕES<br />
Apartir do próximo dia 13 de Outubro,<br />
o parque de exposições de<br />
Paris-Nord Villepinte, em França,<br />
será palco de mais uma edição do salão<br />
Equip Auto, o maior certame mundial<br />
especialmente dedicado às peças, acessórios<br />
e equipamentos para automóveis e<br />
oficinas.<br />
O salão realiza-se todos os anos ímpares<br />
e aborda o sector automóvel, desde a concepção<br />
dos veículos até à sua reciclagem<br />
depois de concluída a sua vida útil.<br />
Organizado pela Comexpo Paris, o acontecimento<br />
deste ano incluirá meia centena<br />
de pavilhões internacionais, num total esperado<br />
de dois mil expositores. O salão inteiro<br />
disponibiliza cerca de 200 mil metros<br />
quadrados de área útil de exposição, divididos<br />
por seis sectores: serviços; informática;<br />
carroçaria e pintura; reparação e manutenção;<br />
equipamentos e acessórios de apósvenda.<br />
Neste último sector incluem-se os<br />
expositores dedicados aos pneus e jantes,<br />
empresas de formação e recrutamento, produtos<br />
diversos e competição.<br />
6 SECTORES DE ACTIVIDADE<br />
Os sectores de actividade estão<br />
distribuídos por 6 Halls:<br />
HALL 1<br />
Áreas de Serviços<br />
HALL 2<br />
Informática + Carroçaria e Pintura<br />
HALL S 3 e 4<br />
Reparação e Manutenção automóvel<br />
HALLS 5 e 6<br />
Equipamentos e Acessórios após-venda<br />
Engenharia e Tecnologias de ponta<br />
Uma larga passadeira encarnada irá<br />
permitir aos visitantes encontrarem<br />
facilmente o seu caminho, através da<br />
exposição, e assegurará aos expositores<br />
uma melhor visibilidade.<br />
Novidade neste salão será uma área especialmente<br />
dedicada às pequenas empresas<br />
de engenharia e tecnologia de ponta,<br />
que procuram expor os seus produtos em<br />
pequenos espaços e que terão agora uma<br />
DE 13 A 18 OUTUBRO<br />
EQUIP´AUTO<br />
Os cerca de 2.000 expositores, reunidos numa superfície de 200.000 m2 de exposição, estarão<br />
presentes para receber os cerca de 140.000 visitantes esperados, dos quais 30% estrangeiros.<br />
oportunidade de o fazer perante um vasto<br />
e especializado público internacional.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> estará presente<br />
neste Salão com uma equipa de jornalistas<br />
que irá fazer a reportagem do certame.<br />
Por isso, na próxima edição vai poder encontrar<br />
toda a informação sobre as mais<br />
importantes novidades apresenta<strong>das</strong> pelas<br />
marcas neste evento único, de audiência<br />
mundial.<br />
DE 29 OUTUBRO A 6 NOVEMBRO<br />
EXPOAUTO<br />
Entre os dias 29 de Outubro e 6 de<br />
Novembro de 2005 a ExpoSalão –<br />
Centro de Exposições da Batalha<br />
volta a organizar mais uma edição da Expoauto<br />
– 14º Salão do Automóvel, Acessórios,<br />
Equipamento Oficinal e Tuning. Para<br />
além da componente do Salão Automóvel,<br />
que só por si concentra o interesse de muito<br />
EXPOAUTO<br />
LOCAL<br />
ExpoSalão - Centro de Exposições<br />
IC2 - Batalha - Portugal<br />
DATA E HORÁRIO<br />
29 de Outubro<br />
a 06 de Novembro de 2005<br />
Semana:<br />
17h00 às 23h00<br />
Fins de Semana: 14h30 às 23h00<br />
ÁREA TOTAL<br />
3 Pavilhões c/ 16.000m2 + 1.500 m2<br />
PERFIL DO EXPOSITOR<br />
- Importadores e Concessionários de<br />
veículos ligeiros;<br />
- Fabricantes, Importadores e<br />
Representantes de Acessórios,<br />
Equipamento Oficinal e Tunning;<br />
- Imprensa Especializada;<br />
- Associações sectoriais.<br />
PERFIL DO VISITANTE<br />
- <strong>Oficinas</strong>;<br />
- Outros profissionais do sector;<br />
- Público em geral.<br />
CONTACTOS<br />
Jorge Baptista<br />
EXPOSALÃO - Centro de Exposições<br />
Apartado 39<br />
2441-951 Batalha<br />
Tel: 244 769 480<br />
Fax: 244 767 489<br />
Email:<br />
info@exposalao.pt<br />
Internet:<br />
www.exposalao.pt<br />
público, o Expoauto é por tradição o melhor<br />
salão de peças e equipamentos que se<br />
realiza em Portugal. A prova disso é que<br />
nesta edição da Expoauto o espaço consagrado<br />
aos expositores de peças e equipamentos<br />
vai aumentar substancialmente,<br />
permitindo que mais empresas do ramo estejam<br />
presentes neste importante certame.<br />
Espera-se que a edição 14 da Expoauto registe<br />
mais uma grande enchente de profissionais<br />
do sector automóvel, nomeadamente na<br />
área <strong>das</strong> peças e da mecânica automóvel.<br />
José Frazão, Director da Exposalão, entidade<br />
organizadora da Expoauto, refere ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que este ano existe mais espaço<br />
de exposição na área dedicada às peças e aos<br />
equipamentos.<br />
A organização da Exposalão vai aumentar<br />
o espaço disponível para os expositores<br />
de peças, acessórios e equipamentos?<br />
Sim. Este ano a área dedicada aos equipamentos<br />
e acessórios será maior. Devido<br />
ao facto do espaço estar completo, recorremos<br />
ao aluguer de uma estrutura "móvel"<br />
com uma área na ordem dos 1500 m2.<br />
Espera que a edição 2005 venha a ter<br />
mais e maior participação de expositores<br />
<strong>das</strong> peças, acessórios e equipamentos?<br />
Certamente. Aliás, o aumento de área dedicada<br />
a este sector deve-se por um lado à<br />
presença de novos expositores e, por outro,<br />
ao aumento da área ocupada por parte dos<br />
expositores habituais. Este ano o sector dos<br />
equipamentos e acessórios estará com uma<br />
maior representatividade, quer ao nível de<br />
empresas presentes, quer ao nível do número<br />
de "produtos" expostos.<br />
Está previsto num futuro próximo<br />
realizar um Salão especificamente para<br />
peças, acessórios e equipamentos?<br />
Estamos atentos à evolução do mercado,<br />
não colocando de parte esta hipótese. No entanto,<br />
temos forte consciência de que o facto<br />
do Salão estar integrado no Salão Automóvel<br />
OPINIÃO<br />
José Frazão, Director da Exposalão<br />
“Sector de peças e equipamentos com maior representatividade”<br />
contribuiu em muito para o seu crescimento,<br />
na medida em que os automóveis são sempre<br />
alvo de grande atenção atraindo muito público,<br />
entre os quais os profissionais do sector,<br />
tendo-se gerado aqui uma relação simbiótica<br />
e consequentemente com resultados benéficos<br />
para ambos os sectores, os automóveis e<br />
os equipamentos, peças e acessórios.<br />
No seu entender porque razão o Exposalão<br />
é o mais conceitado salão de peças,<br />
acessórios e equipamentos em Portugal?<br />
Temos consciência que a Expoauto na<br />
vertente do equipamento oficinal, peças e<br />
acessórios é o certame mais conceituado em<br />
Portugal, tendo-se distinguido com êxito<br />
junto <strong>das</strong> empresas que apostaram, investiram<br />
e que mostram vontade de continuar a<br />
fazê-lo. Esta atitude deve-se sobretudo, na<br />
nossa opinião, aos resultados obtidos com a<br />
sua participação. A localização geográfica<br />
(central) constitui também um ponto forte<br />
para o sucesso que o certame alcançou, na<br />
medida em que atrai visitantes de todos os<br />
pontos do país.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
FORUM Outubro 2005 21<br />
A opinião dos especialistas<br />
Esta secção tem por objectivo dar a conhecer aos leitores do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> a opinião dos Directores e Administradores <strong>das</strong><br />
mais importantes empresas do sector após-venda automóvel. A sua experiência e know-how são um valioso contributo para o<br />
melhor esclarecimento <strong>das</strong> novas tendências do negócio da distribuição de peças e da reparação e manutenção automóvel.<br />
NUNO CABRAL<br />
Director-Geral<br />
da Sonicel Acessórios<br />
e Sobressalentes.<br />
JAVIER RODRIGO<br />
Director-Geral<br />
da TRW Portugal<br />
HARTMUT<br />
WITTENBURG<br />
Sócio-gerente<br />
da Helmuth Wittenburg<br />
“Temos que mudar<br />
a cultura implantada”<br />
Como avalia o estado actual do mercado <strong>das</strong> peças<br />
de reposição em Portugal? Que carências existem<br />
neste mercado?<br />
Considero que este mercado está a evoluir para um<br />
patamar em que muitas empresas vão desaparecer,<br />
porque não estão prepara<strong>das</strong> em termos técnicos, logísticos,<br />
financeiros e comerciais. Tudo se baseia no<br />
desconto efectuado, ninguém faz contas sobre rotatividades<br />
de stock, custo de stockagem, custos integrados<br />
de distribuição, custos financeiros relacionados<br />
com crédito a clientes, etc.. A palavra serviço ao<br />
cliente, não existe no vocabulário comercial, toda a<br />
negociação se baseia no preço, temos que mudar essa<br />
cultura implantada, para que todos os intervenientes<br />
possam contribuir para a rentabilidade do negócio.<br />
A nível comercial, quais as novas medi<strong>das</strong> que vão<br />
ser adopta<strong>das</strong> pela Sonicel Acessórios e<br />
Sobressalentes?<br />
Em primeiro lugar estamos constantemente junto<br />
dos nossos fornecedores a realizar um trabalho de<br />
análise <strong>das</strong> necessidades do mercado português, para<br />
que possamos ter um nível de serviço entre os 94% e<br />
os 97%, porque pensamos que em tempos de recessão<br />
económica devemos ajudar os nossos clientes/parceiros<br />
a reduzir o seu esforço financeiro em termos de investimento<br />
em stock.<br />
Em segundo lugar, trabalhamos com as empresas<br />
que nos prestam serviços de transporte para que o<br />
cumprimento de horários e as rotinas de entrega sejam<br />
uma realidade constante.<br />
Em terceiro lugar, promovemos os nossos produtos<br />
junto do cliente final (consumidor) para que o trabalho<br />
comercial dos nossos clientes/parceiros seja facilitado.<br />
Em quarto lugar apostamos numa formação técnica<br />
e comercial contínua dos nossos representantes comerciais<br />
no terreno para que eles sejam uma mais valia<br />
no elo comercial existente entre a Sonicel AS e o<br />
nosso cliente e não apenas um “apontador de encomen<strong>das</strong>”<br />
e em quinto lugar seguimos uma estratégia<br />
uniforme e coerente junto dos nossos clientes/parceiros<br />
para que eles façam parte integrante do alcance<br />
dos objectivos delineados.<br />
Qual o vosso posicionamento em termos de preços?<br />
A Sonicel AS, aposta numa diversificação de produtos<br />
de qualidade associados a preços competitivos, que<br />
permitam uma fidelização dos clientes da Sonicel AS<br />
através de uma serviço logístico de qualidade, apoio técnico<br />
e assistência comercial aos nossos clientes. O cliente<br />
Sonicel AS não pode ser um cliente ocasional que<br />
procura a Sonicel AS apenas porque tem o preço mais<br />
barato. Queremos clientes que vejam a Sonicel AS<br />
como um parceiro no negócio presente e futuro.<br />
“A procura vai continuar<br />
a crescer”<br />
Que análise faz do mercado de distribuição de peças<br />
em Portugal e quais são as perspectivas de evolução?<br />
O panorama geral do mercado é difícil, devido à situação<br />
da economia portuguesa no presente. Não vejo<br />
grandes possibilidades de recuperação na segunda metade<br />
do ano, embora a situação seja bastante imprecisa<br />
e pouco clara. Apesar disso, o parque automóvel continua<br />
a crescer e a envelhecer, o que nos diz que a procura<br />
vai continuar também a crescer. Só não sabemos<br />
é a que ritmo. O mercado inevitavelmente terá que regressar<br />
ao seu nível médio, mais cedo ou mais tarde.<br />
Quanto ao futuro dos pequenos retalhistas, a evolução<br />
do negócio <strong>das</strong> peças de reposição está a modificar-se<br />
rapidamente, no sentido de um maior número de referências,<br />
o que exigirá mais organização, infra estruturas<br />
mais espaçosas e maiores investimentos.<br />
Como perspectiva a evolução do sector tradicional<br />
<strong>das</strong> oficinas independentes?<br />
A TRW está completamente ao lado da recuperação<br />
do sector de reparação independente, pois é um elemento<br />
fundamental para um mercado onde exista uma<br />
salutar concorrência. Tudo temos feito e continuaremos<br />
a fazer para dotar as oficinas de reparação independentes<br />
dos meios e da cultura necessários para superar<br />
as suas presentes dificuldades de transição.<br />
No que respeita aos Auto Centros Lucas e Centros<br />
de travagem, vamos até ao final do ano reposicionar<br />
essas redes no mercado sob a marca TRW, embora<br />
mantendo o conceito anterior de auto centros. O objectivo<br />
é revitalizar as redes e posicioná-las no pelotão<br />
da frente <strong>das</strong> oficinas da nova geração, tendo em vista<br />
o futuro.<br />
Quais são as expectativas da TRW Automotive para<br />
2005 em termos de investimento e ven<strong>das</strong>?<br />
Para a TRW o ano de 2005 vai ser um bom ano, tanto<br />
em Portugal como na Europa e ainda a nível mundial.<br />
Neste momento a TRW na Europa está a investir<br />
na compra de fábricas, que deverão estar a operar no<br />
final deste ano ou durante o 1º trimestre de 2006, no<br />
máximo.<br />
Em Portugal estamos a investir fortemente em material<br />
informático, especialmente para permitir receber<br />
pedidos de clientes por via electrónica, bem como<br />
para melhorar a gestão e reduzir custos, para além de<br />
melhorar a relação funcional entre todos os sectores<br />
da empresa. Também realizámos investimentos em<br />
novas gamas de produtos (caixas de direcção, amortecedores,<br />
etc.). Em relação a ven<strong>das</strong>, estamos a prever<br />
um crescimento de 10%, face ao ano anterior. Nas gamas<br />
que são o núcleo do nosso negócio, as ven<strong>das</strong> estão<br />
a crescer a um ritmo ainda superior. Não temos razões<br />
de queixa.<br />
“Produtos chineses<br />
não estão de passagem”<br />
Como analisa o mercado de distribuição de peças<br />
automóvel em Portugal?<br />
Não acredito que os fabricantes possam algum dia<br />
comercializar directamente os seus produtos às oficinas,<br />
pois essa não é a sua vocação nem o seu negócio.<br />
Quanto aos importadores, é provável que o possam fazer,<br />
se houver alguma vantagem concreta para o mercado.<br />
Desde que haja uma rede de oficinas certificada por<br />
uma marca, há condições para acesso directo a produtos,<br />
informação técnica e formação profissional. Há<br />
cada vez mais electrónica nos carros (sistemas de travagem,<br />
direcção e embraiagem pilotados by wire), o que<br />
irá certamente provocar algumas reacções no mercado.<br />
O que se ouve dizer é que os especialistas em sistemas<br />
electrónicos vão passar a vender cada vez mais directamente<br />
às oficinas, pois eles é que têm a tecnologia, a informação<br />
e os equipamentos específicos.<br />
Continua a haver espaço no mercado para as<br />
oficinas ditas tradicionais ou a sua continuidade está<br />
em risco?<br />
Tenho dúvi<strong>das</strong> que os mecânicos tradicionais que se<br />
deixaram desactualizar não venham a ter dificuldade<br />
em acompanhar o ritmo da evolução presente. Por outro<br />
lado, são necessários investimentos coordenados<br />
entre a actualização técnica / equipamentos e a imagem,<br />
uma nova forma de gestão e infra-estruturas adequa<strong>das</strong>.<br />
O que temos feito para apoiar o sector de reparação<br />
são as acções de formação técnica que sugerimos<br />
às marcas que representamos. No fundo, essas<br />
acções de formação têm uma parte social e de diálogo,<br />
que resulta em marketing para essas marcas e os operadores<br />
encaram-nas muito positivamente, como forma<br />
de valorização profissional e troca de experiências<br />
com outros colegas.<br />
Que balanço faz da actividade da vossa empresa em<br />
2004 e como perspectiva a sua evolução para 2005?<br />
2004, foi o melhor ano para as representa<strong>das</strong> da Helmuth<br />
Wittenburg desde a sua fundação. Em relação ao<br />
futuro, vou-lhe responder indirectamente. Quando os<br />
carros japoneses chegaram à Europa, começando aqui<br />
mesmo por Portugal, ninguém pensou que eles viessem<br />
para ficar, como na realidade ficaram. Em relação aos<br />
produtos chineses, posso adiantar-lhe o mesmo: eles não<br />
estão cá de passagem.<br />
Estão a implantar-se a uma velocidade impressionante.<br />
Há produtos que ainda não são perfeitos, mas custam<br />
menos de 1/3 do que o produto equivalente na Alemanha.<br />
Nós só vendemos peças de primeiro equipamento,<br />
com qualidade original, mas para um carro de uma certa<br />
idade isso já não faz diferença. Por essa razão, a médio<br />
prazo, não prevejo que o nosso negócio venha a subir<br />
substancialmente.
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
EMPRESA<br />
VENEPORTE<br />
Empresa de referência no fabrico de escapes<br />
A Veneporte, fabricante nacional de sistemas de escape, é um caso ímpar de sucesso em Portugal e<br />
além fronteiras nesta área de actividade. A sua crescente penetração nos mercados internacionais<br />
são bem espelho dessa realidade.<br />
AVeneporte posiciona-se estrategicamente<br />
como fabricante de<br />
Sistemas de Escape para o Equipamento<br />
de Origem (OEM), Reposição<br />
Oficial (OES) e simultaneamente para o<br />
Após Venda (After-Market). É hoje uma<br />
empresa que opera num conjunto de mercados<br />
à escala internacional.<br />
No sentido de reforçar a sua competitividade,<br />
constituiu em Outubro de 2003 a<br />
Veneporte España, SL, com o objectivo<br />
de garantir o fornecimento “just-in-time”<br />
à Suzuki-Santana, em Espanha, e ainda à<br />
criação de uma plataforma logística para<br />
esse mercado.<br />
Por forma a assegurar a máxima qualidade<br />
dos seus produtos e simultaneamente<br />
o reforço do nível de serviço aos seus<br />
Clientes, a empresa tem vindo a realizar<br />
fortes investimentos na aquisição de equipamentos<br />
tecnologicamente evoluídos.<br />
Desenvolve parcerias com Instituições de<br />
elevada capacidade técnica, como por<br />
exemplo a Faculdade de Engenharia da<br />
Universidade de Coimbra, a IDIADA<br />
(Espanha), a PROTÓTIPO (Itália), a<br />
ABIMOTA (Portugal), e é membro fundador<br />
do CEIIA (Centro de Excelência<br />
para a Indústria Automóvel).<br />
Considera de extrema importância<br />
áreas como a engenharia do produto, sistema<br />
de qualidade, inovação e de uma<br />
forma muito particular a homologação<br />
dos seus produtos, bem como o rigoroso<br />
cumprimento <strong>das</strong> Directivas Comunitárias<br />
em vigor. Está em curso o processo<br />
de certificação para as Normas TS 16949.<br />
Aproveitando todo o seu know how de<br />
fornecedor de primeiro equipamento, a<br />
Veneporte dá como garantia dos seus produtos<br />
24 meses, reflectindo a eficiência e<br />
qualidade superiores dos seus produtos.<br />
Relativamente ao mercado nacional o<br />
seu produto é comercializado pelos principais<br />
distribuidores nacionais, em particular<br />
por aqueles cujo objectivo principal<br />
é o de colocar à disposição dos utilizadores<br />
um produto de confiança, quer ao nível<br />
da sua qualidade, quer ao nível do respeito<br />
rigoroso pelas questões legais e ambientais.<br />
Tecnologias utiliza<strong>das</strong>:<br />
Soldadura automática (Robots MIG-MAG);<br />
soldadura semi-automática (MIG-MAG);<br />
Soldadura por indução (alta-frequência);<br />
Linhas automáticas de fabricação de<br />
silenciosos.<br />
Testes realizados:<br />
Ruído; Contra-pressão; Análise<br />
composição química; Dureza;<br />
Dimensionais; Nevoeiro Salino; Espessura<br />
de Revestimento, Teste de fugas;<br />
Macrografia; etc.<br />
Nível Técnico:<br />
CAD-CAM; Pro-Engineer; Master-CAM;<br />
Auto-Cad; Tridimensional totalmente<br />
computorizada.<br />
Desafios<br />
A inovação e desenvolvimento têm<br />
sido para a empresa um dos maiores desafios.<br />
Serão o Projecto Mitsubishi e Suzuki<br />
exemplos importantes da permanente<br />
preocupação da empresa nessas matérias.<br />
Sendo o primeiro um Projecto desenvolvido<br />
pela Veneporte e onde, pela primeira<br />
vez, foi introduzido um catalisador dentro<br />
do silencioso de trás, tendo iniciado já o<br />
desenvolvimento de um novo sistema de<br />
escape onde, para além do catalisador,<br />
será incorporado o filtro de partículas,<br />
respondendo assim àquilo que são os<br />
maiores avanços tecnológicos da indústria<br />
automóvel neste sector. Também, no<br />
segundo caso, em conjunto com o Departamento<br />
de Mecânica da Universidade de<br />
Coimbra, foi totalmente desenvolvido um<br />
Sistema de Escape completo que se destina<br />
a uma linha de montagem fora de Portugal,<br />
perspectivando-se o desenvolvimento<br />
de todos os novos modelos a lançar<br />
pela marca até 2008. A produção de catalisadores<br />
é outra <strong>das</strong> grandes prioridades<br />
para a Veneporte.<br />
Mercados<br />
O número de marcas de escapes tem diminuído,<br />
existindo hoje três tipos de fabricantes:<br />
Grande Dimensão – (Multinacionais),<br />
por vezes com grande subcontratação<br />
e alguns problemas de qualidade<br />
inerentes a isso; Média Dimensão – (já<br />
com dimensão internacional), com grandes<br />
preocupações com os aspectos qualitativos;<br />
e Pequena Dimensão – (de carácter<br />
nacional), com organizações precárias<br />
a vários níveis, apenas a competir por<br />
preço. A Veneporte encontra-se no patamar<br />
superior <strong>das</strong> empresas de Média Dimensão.<br />
Actualmente, está presente em mais de<br />
20 países, quer na Europa, quer noutros<br />
continentes. Saliente-se que 77% da sua<br />
produção se destina à exportação, sendo o<br />
restante para o mercado nacional. No entanto,<br />
como consequência da previsão de<br />
forte crescimento do volume de negócios,<br />
a tendência é para subir o nível <strong>das</strong> exportações,<br />
quer pela penetração em novos<br />
mercados, novos clientes e ainda pelo<br />
alargamento da gama de produtos.<br />
Para além da produção de sistemas de<br />
escape, a Veneporte passou a incluir no<br />
seu mais recente catálogo de produtos os<br />
acessórios, que representam uma gama de<br />
produtos complementares enquadrandose<br />
numa lógica de prestação de serviço.<br />
A Veneporte conta com uma gama de<br />
produtos, para reposição, de aproximadamente<br />
1000 referências para diversas<br />
marcas de automóveis, tais como a Alfa<br />
Romeo, Citroën, Fiat, Ford, Mitsubishi,<br />
Opel, Peugeot, Renault, Seat, Toyota, etc.<br />
Tem sido muito forte a aposta da Veneporte na qualidade dos seus produtos, investindo<br />
fortemente em equipamento e técnicos especializados, máquinas para controlo dimensional,<br />
e outras para testes de vibração.<br />
Liderada pelo Dr. Abílio Cardoso, a Veneporte fez uma aposta clara no reforço da sua posição,<br />
quer como fornecedor do ramo automóvel ao nível do primeiro equipamento quer como<br />
fornecedor do mercado de reposição.<br />
Investimentos<br />
O investimento realizado ao longo dos<br />
últimos anos, tem permitido à Veneporte<br />
o reforço da sua capacidade de gestão.<br />
O aumento de 40% aproximadamente<br />
da capacidade de produção, e a<br />
aquisição de meios necessários ao Gabinete<br />
Técnico, Departamento de Qualidade<br />
e Manutenção, entre outros. Todos<br />
estes investimentos têm vindo a ser<br />
acompanhados por um forte plano de<br />
formação que abrange a totalidade dos<br />
colaboradores da empresa.<br />
VENEPORTE S.A.<br />
Morada:<br />
Vale Grande - Ap. 20 - 3754-908<br />
AGUADA DE CIMA (ÁGUEDA/PORTUGAL)<br />
Telefone:<br />
234 660 370<br />
Fax:<br />
234 660 372<br />
E-mail:<br />
geral@veneporte.pt<br />
Internet:<br />
www.veneporte.pt<br />
Director Geral:<br />
Dr. Abílio Cardoso<br />
N.º Empregados:<br />
160<br />
Área total instalações:<br />
41.910 m2 (+ 20.000 m2 área coberta)<br />
Número Clientes:<br />
+ 100<br />
Número Postos de Venda:<br />
+ 250<br />
Nº referências em stock:<br />
1.400 ref.<br />
Facturação em 2004:<br />
10.454.460,00 €<br />
Facturação prevista para 2005:<br />
12.000.000,00 €
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
ENTREVISTA<br />
Jorge Pinho, Gerente do Departamento Técnico da Marcodiesel<br />
“Mudar mentalidades é o grande desafio”<br />
Há muito especializada na tecnologia Diesel, a Marcodiesel opera no Seixal e é uma <strong>das</strong><br />
oficinas com vínculo à Bosch, desenvolvendo o conceito especializado Bosch Diesel Center<br />
para a zona Sul do País e, mais recentemente, o conceito Bosch Car Service.<br />
Jorge Pinho, gerente do departamento técnico, falou-nos da empresa.<br />
Quais são as origens da Marcodiesel?<br />
O meu pai, Angelo Pinho, sempre<br />
esteve ligado a máquinas Diesel.<br />
Aprendeu a profissão em Lisboa e, mais<br />
tarde, estabeleceu-se no Casal do Marco,<br />
com uma empresa que tinha no total cinco<br />
sócios. Entretanto, dois dos sócios separaram-se<br />
e os outros três, entre eles o meu<br />
pai, fundaram a Marcodiesel. A data oficial<br />
de fundação é o dia 1 de Abril de 1976. Assim,<br />
a empresa recebe o nome do local<br />
onde funcionava inicialmente. Ainda temos<br />
esse espaço, mas em termos operacionais<br />
juntámos recentemente tudo aqui no Seixal.<br />
Entretanto, devido à idade, os outros dois<br />
sócios afastaram-se e o meu pai assumiu a<br />
empresa na totalidade. Actualmente eu e os<br />
meus dois irmãos estamos a gerir a empresa<br />
com ele. Eu encarrego-me do departamento<br />
técnico e oficinal, o meu irmão João<br />
Pinho tem a seu cargo a gestão administrativa<br />
e financeira e a minha irmã Isabel Pinho<br />
faz a gestão comercial. O meu pai continua<br />
a ocupar a posição de topo na hierarquia<br />
da empresa.<br />
dentro de dois meses terminaremos algumas<br />
obras que nos vão permitir fazer o<br />
serviço de lavagem e estação de serviço.<br />
Para além disso fazemos todo o tipo de intervenções<br />
rápi<strong>das</strong> e pequena revisões,<br />
como mudanças de óleo, filtros, travões,<br />
suspensão, etc.<br />
Todos esses novos serviços surgiram<br />
com o vínculo à Bosch Car Service?<br />
Muitos colegas nossos da Bosch reparavam<br />
só os componentes desmontados por<br />
outras oficinas ou concessionários e entregues<br />
para reparação. No nosso caso, mantivemos<br />
sempre o contacto com o automóvel,<br />
mesmo fazendo um serviço especializado.<br />
A partir de certa altura percebemos<br />
que poderiamos fazer algo mais. Contratámos<br />
mais mecânicos e neste momento temos<br />
cinco, só para serviços rápidos. Ao<br />
aderirmos à Bosch Car Service reforçámos<br />
esta postura. Para além disso, estes serviços<br />
vieram aumentar a nossa liquidez, pois trata-se<br />
de um trabalho de venda a dinheiro,<br />
enquanto o trabalho especializado é feito a<br />
crédito. E todos sabemos como funcionam<br />
os créditos em Portugal…<br />
Quais são, na sua opinião, as maiores<br />
dificuldades da rede Bosch Car Service?<br />
Nem toda a rede antiga de serviços especializados<br />
Bosch aderiu ainda a cem<br />
por cento ao novo conceito. Fazem-se esforços<br />
nesse sentido. Para se aderir é necessário<br />
ampliar instalações, obedecer a<br />
critérios pré-definidos. Assim, desenvolver<br />
o serviço especializado é uma vertente;<br />
desenvolver um serviço mais abrangente<br />
exige outra postura, principalmente<br />
no que toca aos preços, que têm que ser<br />
mais concorrenciais. Nem to<strong>das</strong> as oficinas<br />
da rede estão na linha da frente nestes<br />
serviços.<br />
Até que ponto os requisitos da rede<br />
são difíceis de cumprir?<br />
Em termos de investimentos para aderir<br />
à rede, não foram para nós muito avultados<br />
porque já tinhamos praticamente todo<br />
o equipamento necessário, como é o caso<br />
<strong>das</strong> máquinas de suspensões e travões,<br />
medidores de gases, aparelhagem de<br />
diagnóstico, etc. Quem começar de novo<br />
terá, provavelmente, um investimento<br />
mais pesado a fazer, mas as contraparti<strong>das</strong><br />
também são muitas. O próprio nome<br />
“Bosch” traz muita clientela.<br />
Quais os momentos mais importantes<br />
da história da empresa?<br />
A Marcodiesel iniciou-se com o serviço<br />
especializado Diesel. Um dos marcos mais<br />
importantes da sua história foi a ligação às<br />
marcas que representamos, principalmente<br />
à Bosch, à qual estamos vinculados praticamente<br />
desde o início. Sempre desenvolvemos<br />
as vertentes de serviço Diesel e electricidade<br />
ou electrónica. Sempre fomos uma<br />
oficina especializada nestes ramos, onde<br />
outras oficinas recorriam para estes serviços<br />
mais complexos, como reparações de<br />
bombas injectoras, turbos, e outras.<br />
Quando surgiu a ideia de se integrarem<br />
no conceito Bosch Car Service?<br />
Tratou-se de uma evolução natural para<br />
nós, logo de início, quando o conceito nasceu,<br />
em 1999/2000. As oficinas da rede<br />
Bosch têm, por tradição, um forte “knowhow”.<br />
No entanto, essa grande capacidade<br />
técnica nem sempre era rentabilizada. No<br />
fundo, as oficinas Bosch especializaram-se<br />
em fazer o mais difícil e estavam a deixar<br />
para outros os trabalhos mais simples e por<br />
vezes bastante rentáveis. Resolviam-se problemas<br />
complicados que nem sempre permitiam<br />
cobrar o seu verdadeiro custo e passava-se<br />
ao lado dos trabalhos mais fáceis.<br />
O conceito Bosch Car Service vem aproveitar<br />
a nossa capacidade técnica para desenvolver<br />
outras áreas, abrindo o nosso leque<br />
de intervenções.<br />
Actualmente, a Marcodiesel desenvolve<br />
praticamente todos os trabalhos, complementando<br />
as intervenções que cá fazemos<br />
com protocolos e acordos com outras empresas<br />
para trabalhos que não desenvolvemos<br />
nas nossas instalações, como por<br />
exemplo chapa e pintura. Asseguramos<br />
também desta forma o serviço de pneus;<br />
MARCODIESEL<br />
Morada:<br />
Av. da República - Cavadinhas, Arrentela<br />
2840-142 Seixal<br />
Telefones:<br />
21 227 66 70 a 77<br />
Fax:<br />
21 227 66 79<br />
Email:<br />
marcodiesel@mail.net4b.pt<br />
Fundador e gerente:<br />
Ângelo Pinho<br />
Gerente do dep. técnico e oficinal:<br />
Jorge Pinho<br />
Gerente administrativo e financeiro:<br />
João Pinho<br />
Gerente comercial:<br />
Isabel Pinho<br />
Marcas representa<strong>das</strong>:<br />
Bosch; Lucas; Denso; Delphi; Magneti<br />
Marelli; Mercury Outboats<br />
Ângelo Pinho (à esquerda) é o fundador e gerente da Marcodiesel. O seu filho Jorge Pinho<br />
assume a responsabilidade da área técnica e oficinal
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
ENTREVISTA Outubro 2005 25<br />
Grande parte da clientela da Marcodiesel é constituída por outras oficinas, que não têm<br />
capacidade de resposta para certos serviços mais complexos<br />
Bastante mais pesado é o investimento<br />
no serviço especializado, que já desenvolvíamos<br />
antes.<br />
No nosso caso, as maiores alterações<br />
trazi<strong>das</strong> pela adesão à rede deram-se ao nível<br />
da organização da empresa. Neste momento<br />
já estamos em pleno processo de<br />
certificação de qualidade. Importa também<br />
frisar que existem três conceitos de<br />
serviço Bosch: os Bosch Car Service, para<br />
os serviços mais simples e abrangentes, os<br />
serviços Bosch Diesel, na área especializada,<br />
e finalmente o conceito Bosch Diesel<br />
Center (BDC). Neste último caso apenas<br />
actuam três empresas em Portugal: a<br />
Marcodiesel para a zona Sul, outra empresa<br />
em Leiria e outra em Fafe.<br />
Como se distingue o serviço Bosch<br />
Diesel Center?<br />
Este serviço distingue-se do serviço<br />
Bosch Diesel normal pelo facto de garantir<br />
resposta a todo o tipo de serviços Bosch.<br />
Um dos nichos de clientes que temos no<br />
BDC são nossos colegas da Bosch, que<br />
não fazem tudo e precisam de recorrer a<br />
nós. Colaboramos com eles da melhor forma<br />
e temos para eles preços diferentes<br />
porque se trata de um relacionamento entre<br />
colegas.<br />
Como é feita a formação dos vossos<br />
profissionais?<br />
São formados pelo própria escola de<br />
formação da Bosch, em Olivais-Moscavide.<br />
Nessa matéria, a Bosch tem vindo a<br />
completar bastante o seu esquema de<br />
formação. Antigamente, havia tendência<br />
para que a formação fosse essencialmente<br />
técnica, esquecendo-se um pouco a<br />
rentabilidade. Ao lançar o conceito<br />
Bosch Car Service a Bosch teve a preocupação<br />
de fazer cursos de recepcionistas<br />
e até de gestores. Considero isto de<br />
extrema utilidade, pois muito frequentemente<br />
os gerentes destas oficinas são os<br />
seus donos, sendo frequentes as lacunas<br />
em termos de capacidade de gestão.<br />
Tudo leva o seu tempo, principalmente<br />
mudar mentalidades e esse é o grande<br />
desafio de quem está à frente deste projecto,<br />
mas estou bastante optimista em<br />
relação ao futuro desta rede.<br />
Que peso tem o serviço Bosch Car<br />
Service na actividade da empresa?<br />
Este serviço tem evoluído bastante<br />
mas ainda não preenche metade da nossa<br />
actividade. Embora ainda não tenhamos<br />
histórico suficiente realizado pelo novo<br />
programa informático de gestão que nos<br />
permita chegar a valores rigorosos, posso<br />
adiantar que o peso do Bosch Car Service<br />
na actividade da Marcodiesel ronda<br />
os 40 por cento. Já é, portanto, uma parcela<br />
muito importante, que estamos a<br />
pensar desenvolver ainda mais, por<br />
exemplo através do serviço de pneus,<br />
que contamos ter em funcionamento ainda<br />
este ano.<br />
Como se define a clientela da Marcodiesel<br />
ao nível dos serviços especializados?<br />
Na parte mais especializada da Bosch<br />
Diesel Center temos clientela que tanto<br />
nos solicita para consertar uma pequena<br />
bomba injectora de um pequeno motor<br />
monocilíndrico, como podemos fazer um<br />
trabalho para um grande barco, com um<br />
carácter completamente diferente. Os<br />
clientes mais habituais são as outras oficinas,<br />
tanto independentes como concessionários<br />
e mesmo compromissos de garantias<br />
com importadores, como o Entreposto,<br />
a Mitsubishi ou a SIVA, por exemplo.<br />
Também temos muita clientela vinda<br />
dos concessionários, que se desvincula<br />
destes por motivos de preço. Trata-se de<br />
clientes com automóveis que terminaram<br />
a garantia, que têm cerca de 80 mil quilómetros<br />
e começam a precisar de fazer as<br />
revisões maiores.<br />
A idade média dos automóveis que aqui<br />
assistimos ronda os quatro a cinco anos e<br />
pertencem geralmente a segmentos médios<br />
e altos, o que demonstra que são proprietários<br />
que dão valor ao seu carro e não<br />
querem gastar demasiado na assistência na<br />
marca, mas também não querem entregar<br />
o serviço a uma oficina qualquer. Esse é o<br />
nosso posicionamento no mercado.<br />
No caso dos vossos serviços Bosch<br />
Car Service, sentem concorrência por<br />
parte de tecnocentros aqui da zona ?<br />
Ainda que desenvolvamos com a Bosch<br />
Car Service serviços menos especializados,<br />
penso que as redes de oficinas rápi<strong>das</strong><br />
não são, mesmo assim, nossas concorrentes.<br />
Quando estas oferecem um “checkup”,<br />
por exemplo, isso significa que fazem<br />
uma vistoria visual ao carro. Levantamno,<br />
vêm se o escape está bom, se há fugas<br />
de óleo, etc. Quando nós fazemos um<br />
“check-up” fazemos to<strong>das</strong> essas verificações<br />
e ligamos o carro à máquina de diagnóstico<br />
para verificar toda a electrónica.<br />
São conceitos bastante diferentes. A nossa<br />
preocupação ao nível da concorrência não<br />
é bem esse, até porque também cá recebemos<br />
clientes enviados por essas redes de<br />
oficinas rápi<strong>das</strong>, que não estão prepara<strong>das</strong><br />
para certos serviços. O importante é sabermos<br />
resolver o problema desse cliente, explicar-lhe<br />
o que está a pagar, através de<br />
uma boa recepção e atendimento e fazer<br />
com que ele volte.<br />
Em termos gerais, o trabalho corre-nos<br />
bastante bem.<br />
Duas perguntas a…<br />
André Bettencourt, Director de<br />
Marketing da Bridgestone Portugal<br />
Anível tecnológico os pneus<br />
“Run flat” e os sensores de<br />
pressão estão a generalizarse<br />
cada vez mais. Até que ponto a<br />
Bridgestone acompanha esta tendência?<br />
O Porsche 959 foi o primeiro automóvel<br />
a surgir com pneus capazes de<br />
rolar sem pressão. A Bridgestone era<br />
fornecedora exclusiva desses pneus.<br />
Mais tarde, um concorrente nosso lançou<br />
um sistema parecido e reivindicou<br />
o pioneirismo desta tecnologia, o que<br />
não corresponde à verdade.<br />
Antigamente só os carros de topo de<br />
gama tinham determina<strong>das</strong> tecnologias,<br />
como o ABS, o ESP ou o controlo<br />
de tracção, mas<br />
actualmente to<strong>das</strong><br />
essas tecnologias se<br />
generalizaram. A<br />
própria designação<br />
RFT, que significa<br />
“Run Flat Tire”, foi<br />
criada pela Bridgestone<br />
e é utilizada por<br />
marcas como a<br />
BMW nos seus vários<br />
pacotes de equipamento<br />
opcional.<br />
É a busca <strong>das</strong> marcas<br />
de automóveis<br />
pela redução do consumo<br />
de combustível<br />
e aumento de espaço<br />
interior que justifica<br />
o aparecimento deste tipo de pneus, que<br />
tornam desnecessário o pneu suplente,<br />
com a consequente poupança de peso e<br />
espaço a bordo.<br />
Este pneu pode ser montado numa<br />
jante normal, ao contrário do sistema<br />
Pax da Michelin e utiliza um sensor de<br />
pressão na válvula que informa o condutor<br />
sobre uma eventual perda de<br />
pressão do pneu.<br />
É um pneu que permite rolar com um<br />
furo durante uma determinada distância<br />
Tal como explica André<br />
Bettencourt, a<br />
Bridgestone foi a<br />
primeira marca de pneus<br />
a produzir tecnologia<br />
“Run flat”, aplicando-a<br />
inicialmente ao Porsche<br />
959. O conceito consiste<br />
num pneu capaz de rolar<br />
sem pressão até<br />
determinada velocidade,<br />
sem se degradar.<br />
e a uma determinada velocidade, mas<br />
que não permite ao condutor aperceberse<br />
de que teve um furo, a não ser através<br />
do aviso do sistema de controlo de<br />
pressão. Isto acontece porque se trata<br />
de um pneu com parede reforçada e um<br />
talão muito grosso para poder continuar<br />
a suportar o peso do automóvel depois<br />
de perder ar.<br />
Também o forro interior, telas e estrutura<br />
do “Run flat” são concebidos<br />
para suportar esse peso, o aumento de<br />
calor e de esforço provocados pelo<br />
furo.<br />
Neste momento trabalhamos com a<br />
BMW, a Lexus, com a Mercedes temos<br />
uma tecnologia parecida, mas mais específica,<br />
com a designação<br />
“Extended”.<br />
Esses são os casos<br />
em que os<br />
pneus “Run flat”<br />
vêm equipados de<br />
origem. É possível<br />
substituir pneus<br />
normais por “Run<br />
flat” num automóvel?<br />
Pode ser feito e<br />
nem sequer implica<br />
mudar de jantes. Mas<br />
é necessário adquirir<br />
um sistema de monitorização<br />
que informe<br />
sobre a pressão dos<br />
pneus. Se isso não acontecer, o condutor<br />
não se apercebe de um furo e poderá<br />
andar indefinidamente com um pneu<br />
furado, o que pode ser perigoso porque<br />
leva à saturação do pneu e à sua destruição.<br />
Há que esclarecer que o pneu<br />
“Run flat” não é um pneu anti-furo. Ele<br />
também se pode furar e nessa situação<br />
terá que ser reparado. Trata-se, sim, de<br />
um pneu que pode continuar a rolar depois<br />
de sofrer um furo, mas só em velocidade<br />
lenta e durante pouco tempo.<br />
“Qualquer jante pode receber um pneu do tipo “Run flat”, implicando apenas e também<br />
a montagem de um sistema de sensores de pressão”, diz André Bettencourt
26<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
EMPRESA<br />
Create Business<br />
Negócio em crescimento<br />
A Create Business é um grupo de distribuição de capitais inteiramente nacionais composto por 12<br />
empresas de distribuição a nível regional. A actividade dessas empresas é realizada de acordo com<br />
o plano de marketing definido centralmente pela Create Business.<br />
riedade de ir com o seu veículo<br />
a uma oficina autorizada durante<br />
o período de garantia.<br />
Com o objectivo de aproximar<br />
os seus clientes dos mais<br />
conceituados fabricantes de peças<br />
a nível mundial, lançou a<br />
iniciativa “Mês do Fabricante”.<br />
Cada mês existe um fabricante<br />
que a rede Create Business promove<br />
intensamente, através da<br />
exposição exclusiva dos produtos<br />
do fabricante durante esse<br />
mês em to<strong>das</strong> as lojas da rede<br />
CB, a realização de Workshops<br />
com a presença dos fabricantes<br />
e <strong>das</strong> oficinas suas clientes e<br />
contempla ainda a realização de<br />
um grande sorteio final para to<strong>das</strong><br />
as oficinas que participem<br />
nesta iniciativa.<br />
O Programa Visão proporciona<br />
pontos aos clientes em função do<br />
seu volume de compras e da taxa<br />
de fidelização<br />
De forma a cada vez prestar<br />
melhor serviço às oficinas a<br />
Create Business contratou em<br />
Julho de 2005 um responsável<br />
técnico com vasta experiência<br />
no sector. Tem como responsabilidade<br />
o apoio técnico permanente<br />
através de uma hotline, a<br />
realização de cursos de formação<br />
técnica, bem como a selecção<br />
de informação técnica de<br />
qualidade de forma a ser um<br />
apoio real ao dia-a-dia <strong>das</strong> oficinas<br />
de reparação.<br />
Esta larga oferta da Create<br />
Business permitiu à rede ser reconhecida<br />
como prestadora de<br />
serviços diferenciados e inovadores.<br />
A aposta neste plano de<br />
actividades permite que a rede<br />
esteja com um crescimento de<br />
ven<strong>das</strong> de 31,2% em relação a<br />
Agosto de 2004. Em 2006 irá<br />
continuar com o mesmo trajecto,<br />
apresentando mais propostas<br />
Este plano foi elaborado<br />
para que as empresas que<br />
compõem a Create Business<br />
obtenham um crescimento<br />
sustentado <strong>das</strong> suas ven<strong>das</strong> de<br />
forma a consolidarem ou obterem<br />
a liderança de mercado nas<br />
zonas onde actuam.<br />
To<strong>das</strong> as empresas que fazem<br />
parte deste grupo de distribuição<br />
utilizam a mesma política comercial:<br />
um cliente na zona norte<br />
com um determinado perfil de<br />
compras e pagamentos tem exactamente<br />
as mesmas condições<br />
comerciais (preços e descontos)<br />
que um cliente na zona sul; são<br />
utiliza<strong>das</strong> as mesmas campanhas<br />
como forma a promover os produtos<br />
que distribuem e apostam<br />
claramente na sua qualidade e<br />
imagem de marca, distribuindo<br />
por isso apenas produtos de qualidade<br />
original.<br />
Para a Create Business o<br />
novo regulamento da distribuição<br />
é uma oportunidade de negócio,<br />
por isso realiza e distribui<br />
regularmente um folheto<br />
que se destina ao cliente final e<br />
é distribuído pelas oficinas de<br />
forma a esclarecer os automobilistas<br />
sobre a não existência de<br />
diferença entre as peças por si<br />
distribuí<strong>das</strong> e as peças originais,<br />
bem como a não obrigato-<br />
De forma a obter uma diferenciação<br />
evidente no mercado e fidelizar<br />
os seus clientes lançou<br />
em Outubro de 2004 o “Programa<br />
Visão”. Este programa consiste<br />
em proporcionar pontos aos<br />
seus clientes em função do volume<br />
de compras, <strong>das</strong> condições<br />
de pagamento e da taxa de fidelização.<br />
Esses pontos poderão<br />
ser trocados por formação técnica<br />
de alto nível e diversificada,<br />
informação técnica, ferramentas<br />
e equipamentos e ainda equipamento<br />
informático, hi-fi, etc.<br />
A Create Business realiza a nível<br />
nacional, e com periodicidade<br />
mensal, promoções com brindes<br />
de forma a promover as ven<strong>das</strong><br />
Creat Business organiza<br />
Mês do Fabricante<br />
Com o objectivo de partilhar<br />
com os clientes as vantagens<br />
da sua relação directa<br />
com os principais fabricantes<br />
de peças, o grupo Create Business<br />
organiza o Mês do Fabricante.<br />
Pretende desta forma<br />
manter informados os<br />
seus clientes sobre as mais<br />
avança<strong>das</strong> tecnologias aplica<strong>das</strong><br />
nos veículos mais recentes<br />
e dar-lhes alguns conselhos<br />
úteis para a resolução<br />
dos problemas do seu dia-adia.<br />
Ao participar no Mês do<br />
Fabricante, para além de aumentarem<br />
os seus conhecimentos<br />
técnicos e obterem descontos adicionais, os clientes habilitam-se<br />
a um fabuloso sorteio final.<br />
Para 2006, Carlos Nascimento,<br />
General Manager da Create<br />
Business, tem como objectivo o<br />
crescimento sustentado do<br />
negócio de forma a conseguir<br />
alcançar a liderança do mercado<br />
nas regiões onde actua
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Outubro 2005 27<br />
Carroçarias Patrick<br />
Acompanhar as tendências do mercado<br />
Carroçarias Patrick, uma empresa com mais de 30 anos de actividade na área da repintura automóvel, é<br />
actualmente uma referência a nível da qualidade dos trabalhos e dos serviços prestados na suas<br />
instalações situa<strong>das</strong> em Elvas.<br />
ARepintElvas, distribuidor<br />
<strong>das</strong> tintas MaxMeyer<br />
para a zona do Alto<br />
Alentejo, fornece em exclusivo<br />
para a Carroçarias Patrick, toda a<br />
gama de tintas e acessórios Max-<br />
Meyer, e também dá apoio à formação<br />
dos seus pintores.<br />
Para Bruno Sequeira, sócio gerente<br />
da Carroçarias Patrick “Os<br />
produtos Max Meyer são muito<br />
vantajosos do ponto de vista da<br />
qualidade e do preço, para além<br />
da assistência técnica que nos tem<br />
sido dispensada pelo distribuidor<br />
local, a RepintElvas. Neste momento<br />
ainda utilizamos muitos<br />
produtos da linha convencional,<br />
mas é nossa intenção, até ao final<br />
do ano, introduzir modificações<br />
no equipamento que permitam em<br />
2006 utilizar os produtos aquosos<br />
a 100%.”<br />
“A repintura automóvel em<br />
Portugal tem futuro, mas é preciso<br />
apostar cada vez mais na qualidade,<br />
porque o cliente é também<br />
cada vez mais exigente. Quem<br />
não for capaz de trabalhar com<br />
padrões de qualidade superiores<br />
acabará por falhar o mercado”,<br />
conclui Bruno Sequeira.<br />
A nível distrital a Carroçarias<br />
Patrick tem acordos com as seguradoras<br />
mais importantes, e com<br />
alguns frotistas, como é o caso da<br />
Câmara Municipal de Elvas. Tem<br />
ainda vários acordos de cooperação<br />
com concessionários que não<br />
dispõem de secções de carroçaria/pintura.<br />
te. É uma referência nacional em<br />
termos de serviço ao cliente”,<br />
acrescenta Bruno Sequeira.<br />
Para este responsável “os operadores<br />
têm que evoluir e acompanhar<br />
as tendências do mercado<br />
e <strong>das</strong> novas tecnologias. A verdade<br />
é que as grandes reparações<br />
que se faziam de 2 em 2 ou de 3<br />
em 3 anos já não se fazem, porque<br />
os produtos têm uma qualidade<br />
superior. A maior parte <strong>das</strong> reparações<br />
que aparecem é devida a<br />
acidentes. Isto vai exigir a que as<br />
oficinas tenham um nível de atendimento<br />
melhorado, porque o<br />
cliente actual sabe um pouco de<br />
cada coisa e gosta que lhe falem<br />
na mesma linguagem e com os<br />
mesmos argumentos. E depois há<br />
os preços que não sobem, mas a<br />
qualidade está sempre a subir. É<br />
preciso estar muito actualizado<br />
para enfrentar esse desafio.”<br />
A aposta da Carroçarias Patrick<br />
na utilização exclusiva dos produtos<br />
Max Meyer baseou-se na qualidade<br />
excepcional dos seus produtos,<br />
oferecidos a preços muito<br />
competitivos, o que torna a marca<br />
muito aliciante para o mercado<br />
nacional.<br />
O facto da Carroçarias Patrick<br />
estar a ser nesta área o introdutor<br />
<strong>das</strong> novas tecnologias de sistemas<br />
de repintura de base aquosa, também<br />
resulta numa mais valia para<br />
os seus clientes, que na sua maioria<br />
são particulares e oficinas<br />
multimarca de pequena/média dimensão,<br />
sector em que a Max-<br />
Meyer tem uma situação muito<br />
confortável a nível nacional.<br />
De facto, a rentabilidade da linha<br />
de produtos aquosos da Max-<br />
Meyer é muito grande, tanto no<br />
plano técnico da aplicação, como<br />
no capítulo financeiro, constituindo<br />
uma inovação que o mercado<br />
aguardava para relançar as bases<br />
da sua actividade.<br />
Através da Portepim, importador<br />
nacional, a Carroçarias Patrick<br />
está a disponibilizar todo o<br />
apoio técnico e de formação profissional<br />
que os seus clientes necessitam.<br />
Nas acções de formação<br />
e apresentação de produtos é<br />
usual reunir um grupo de clientes,<br />
promovendo em seguida a sua<br />
deslocação ao Centro Técnico de<br />
Formação da Portepim, perto de<br />
Coimbra, onde podem realizar to<strong>das</strong><br />
as experiências práticas que<br />
necessitarem e esclarecer to<strong>das</strong> as<br />
dúvi<strong>das</strong> e questões concretas.<br />
Para situações mais pontuais,<br />
também existe a possibilidade de<br />
oferecer apoio técnico personalizado<br />
aos clientes, em colaboração<br />
com a Portepim.<br />
A fidelização dos clientes<br />
em relação à Carroçarias<br />
Patrick assenta<br />
essencialmente num<br />
bom relacionamento de<br />
confiança entre ambas<br />
as partes e na qualidade<br />
final do trabalho<br />
A RepintElvas acompanha as<br />
tendências do mercado, estando<br />
actualmente a comercializar a<br />
maior parte dos produtos de tipo<br />
convencional, embora as referências<br />
da linha AquaMax estejam a<br />
crescer em facturação.<br />
“A Portepim, o importador nacional<br />
da MaxMeyer, tem correspondido<br />
em 200% a to<strong>das</strong> as solicitações<br />
que lhes temos proposto.<br />
Uma <strong>das</strong> mais valias importantes<br />
da Max Meyer é o capital humano<br />
da Portepim. Tanto no centro de<br />
formação de Coimbra, como no<br />
apoio directo na oficina do clien-<br />
“A excelente relação qualidade/preço dos produtos MaxMeyer e o bom<br />
serviço prestado pela Portepim, são factores determinantes para o<br />
sucesso da minha oficina”, diz Bruno Sequeira, sócio gerente da<br />
Carroçarias Patrick, acompanhado por Paulo Pedro, da RepintElvas
28<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
DOSSIER<br />
Peças de Inverno<br />
Manutenção preventiva de Inverno<br />
Agora que o Inverno se aproxima, impõe-se uma atitude preventiva, tanto por parte do automobilita,<br />
como por parte do profissional que lhe assiste a viatura.<br />
Inverno é sinónimo de humidade, chuva, lama, frio,<br />
condições de visibilidade e de aderência reduzi<strong>das</strong>.<br />
Para minimizar perigos, o ideal é assegurar que a<br />
suspensão, incluindo elementos elásticos e não elásticos e<br />
os próprios pneus, travões, parte eléctrica e componentes<br />
directamente relacionados com a visibilidade, como escovas<br />
do limpa pára-brisas, lava vidros, iluminação e sinalização,<br />
estejam perfeitamente operacionais.<br />
ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO<br />
As verificações relaciona<strong>das</strong> com a visibilidade devem<br />
começar pelos faróis e sinalização, já que estes, independentemente<br />
<strong>das</strong> condições meteorológicas, são sempre<br />
necessários. Para além de informar o condutor de que<br />
uma verificação de to<strong>das</strong> as lâmpa<strong>das</strong> deve fazer parte<br />
dos seus hábitos, pelo menos mensais ou mesmo semanais,<br />
o profissional deve fazer sempre este tipo de verificação<br />
a qualquer viatura que seja assistida na sua oficina.<br />
Trata-se de uma verificação que não consome muito tempo<br />
nem despesas, já que a detecção de uma lâmpada fundida,<br />
por exemplo, é uma coisa, a substituição da lâmpada<br />
é outra, pois já depende de autorização por parte do<br />
consumidor. Ainda assim, ele ficará certamente grato<br />
pela verificação e por ser avisado da avaria. Para além<br />
disso, tratando-se de um factor tão importante para a segurança<br />
e até para a conformidade da viatura com a legalidade,<br />
ele autorizará certamente a substituição, focagem<br />
ou afinação que forem necessárias, até porque não se trata<br />
de uma <strong>das</strong> operações mais caras.<br />
ESCOVAS LIMPA-VIDROS<br />
Directamente ligado ao Inverno está o sistema de lavagem<br />
do pára-brisas e respectivas escovas. O mau funcionamento<br />
destes elementos prejudica gravemente a visibilidade<br />
do condutor e, em muitos casos, as falhas nestes<br />
sistemas só são detecta<strong>das</strong> quando estes são colocados<br />
em funcionamento, ou seja, em situações em que são estritamente<br />
necessários: quando começa a chover ou<br />
quando, por qualquer motivo, o pára-brisas fica subitamente<br />
sujo, como por exemplo com a projecção de lamas<br />
ou outros detritos. Também há que ter em conta que a estação<br />
do ano que antecede as primeiras chuvas relega estes<br />
equipamentos à imobilidade durante muito tempo.<br />
Por isso, é muito provável que após o Verão as escovas<br />
do limpa pára-brisas precisem de ser substituí<strong>das</strong>, pois<br />
pouco foram utiliza<strong>das</strong> e ficaram sujeitas ao efeito do calor<br />
e do sol directo durante meses.<br />
Também não é demais lembrar a importância da utilização<br />
de um líquido de lavagem de vidros adequado, que<br />
assegure rapidez de limpeza sem atacar a pintura do carro<br />
nem a borracha <strong>das</strong> escovas.<br />
ESPELHOS RETROVISORES<br />
É também importante verificar o estado dos espelhos<br />
retrovisores, assim como a eficácia do seu sistema de regulação.<br />
Neste aspecto, o bom aconselhamento por parte<br />
do responsável pela oficina ao seu cliente também ganha<br />
grande importância. Se por exemplo aquele souber explicar<br />
a melhor forma de afinar os retrovisores exteriores<br />
(que muita gente desconhece), ficará nas boas graças do<br />
consumidor e estará a prestar um serviço à segurança rodoviária.<br />
Assim, os espelhos retrovisores exteriores devem<br />
ser afinados de forma a permitirem o ângulo de visão<br />
máximo. Muita gente tende a regular os espelhos<br />
preenchendo quase metade do ângulo de visão com o<br />
flanco traseiro do próprio carro, aumentando assim o<br />
chamado ângulo morto.<br />
Depois, importa verificar o grau de eficácia dos próprios<br />
espelhos, que devem serr substituídos quando partidos,<br />
rachados ou soltos, pois neste último caso apresentarão<br />
vibrações durante a condução, o que deteriora a visibilidade<br />
através dos mesmos. Compete ao técnico explicar<br />
estas eventualidades ao condutor e verificar se tudo<br />
está em ordem. Finalmente, mas não menos importante, é<br />
fundamental manter os espelhos retrovisores exteriores<br />
bem limpos.<br />
Quanto ao espelho central, também este merece uma<br />
explicação especial por parte do mecânico, que deve explicar<br />
ao seu cliente a melhor forma de o regular. Como?<br />
Centrando-o perfeitamente, de forma a que o vidro traseiro<br />
seja completamente visível através dele e evitando<br />
que o condutor tenha que fazer mais do que mexer os<br />
olhos para obter um amplo ângulo de visão através deste<br />
espelho central. Depois há que assegurar também a sua<br />
limpeza e bom funcionamento do sistema anti-encandeamento<br />
nocturno. E já agora, convém manter sempre os<br />
vidros bem limpos por dentro.<br />
AR CONDICIONADO<br />
Embora não pareça, o sistema de climatização ou de<br />
ventilação do habitáculo é de grande importância para a<br />
visibilidade. Enquanto no Verão estes elementos têm<br />
uma tarefa a desempenhar no conforto, no Inverno o seu<br />
bom funcionamento é essencial para assegurar o desembaciamento<br />
dos vidros que, como bem sabemos, podem<br />
embaciar-se de repente, tapando a visibilidade quase por<br />
completo.<br />
A forma mais simples de verificar se estes sistemas estão<br />
em condições é verificar se o pára-brisas não fica embaciado<br />
quando se liga a ventilação ou o ar condiciona-
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
DOSSIER Outubro 2005 29<br />
do. Se isso se verificar, há sérios problemas de humidade<br />
no circuito, seja no filtro do habitáculo, seja nas tubagens<br />
interiores ou até no evaporador do ar condicionado. Estas<br />
contaminações, para além de constituirem verdadeiras<br />
encubadoras de bactérisas, com perigos enormes para a<br />
saúde dos ocupantes do veículo, provocam também maus<br />
cheiros no habitáculo e tornam o sistema obsoleto em relação<br />
à capacidade de secagem dos vidros. To<strong>das</strong> estas<br />
situações devem ser verifica<strong>das</strong> antes de o Inverno chegar,<br />
pois tanto a chuva como o frio podem suscitar a utilização<br />
deste equipamento.<br />
PNEUS<br />
É certo que os pneus não justificam só atenção durante<br />
ou antes do Inverno. Sendo o elo de ligação do veículo à<br />
estrada, neles repousa a segurança de todos os ocupantes<br />
e até dos <strong>das</strong> outras viaturas. No entanto, é quando chegam<br />
as primeiras chuvas que os níveis de aderência descem<br />
mais. A mistura de sujidade acumulada durante o<br />
tempo seco (poeiras, vestígios de óleo e de combustível,<br />
etc) com as primeiras gotas de chuva transforma a estrada<br />
num autêntico ringue de patinagem. É, portanto, essencial<br />
ter pneus em boas condições para esta situação e<br />
para os longos dias de piso molhado que se seguem.<br />
Bem vistas as coisas, os pneus têm mais tarefas a desempenhar<br />
do que as que costumamos atribuir-lhes. Senão<br />
vejamos: os pneus têm a seu cargo a estabilidade do<br />
veículo; têm que suportar o peso do automóvel e respectiva<br />
carga, devem transmitir ao piso o binário do motor<br />
para que o veículo avance; devem desempenhar uma função<br />
de suspensão, absorvendo as irregularidades da estrada;<br />
devem garantir boa aderência do veículo à estrada<br />
para que a trajectória deste seja controlável; devem suportar<br />
esforços limite, por exemplo durante as travagens,<br />
acelerações e curvas.<br />
Na maior parte <strong>das</strong> situações a borracha garante-nos<br />
to<strong>das</strong> estas funções. No entanto, quando os pneus não estão<br />
nas melhores condições a sua eficácia diminui drasticamente.<br />
Assim, a redução de eficácia surge com o desgaste<br />
do piso do pneu, com pressão de ar for a dos níveis<br />
recomendados, com a degradação da estrutura do pneu e<br />
com o simples envelhecimento da borracha.<br />
O desgaste do piso do pneu significa a perda de profundidade<br />
dos sulcos de escoamento implantados no respectivo<br />
trilho. E quando tal acontece, o pneu tem pior desempenho<br />
no piso molhado, principalmente quando a velocidade<br />
aumenta, já que a sua capacidade de escoamento de água é<br />
reduzida, tornando possível a ocorrência do fenómeno de<br />
hidroplanagem. Este ocorre quando uma película de água<br />
se intromete entre o pneu e o chão, provocando o escorregamento<br />
da roda e a consequente perda de controlo do veículo.<br />
Para que um pneu seja considerado seguro em termos<br />
de profundidade do piso, este deve estar dentro dos limites<br />
dos indicadores de desgaste que o fabricante aplica em determina<strong>das</strong><br />
secções dos sulcos.<br />
Quando a pressão do pneu está abaixo do recomendado,<br />
este deixa de desempenhar correctamente a função de<br />
suspensão, tende a aquecer muito mais e sofre uma maior<br />
deformação durante travagens e curvas, degradando o<br />
comportamento dinâmico do veículo. Para além disso,<br />
um pneu com pressão baixa sofre um desgaste muito<br />
mais rápido. Assim, deve proceder-se à verificação da<br />
pressão de todos os pneus com regularidade (pelo menos<br />
uma vez por semana) e sempre com estes frios, pois<br />
quando estão quentes a pressão lida é superior devido ao<br />
fenómeno da dilatação.<br />
A degradação da estrutura do pneu ocorre quando a<br />
sua tela sofre deformações ou cortes provocados por impactos<br />
no rebordo dos buracos da estrada ou contra passeios<br />
em manobras de estacionamento, por exemplo. Em<br />
muitos casos, estas agressões não deixam efeitos visíveis<br />
no momento em que ocorrem, mas debilitam perigosamente<br />
o pneu. Há que proceder a verificações regulares<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, em busca de vestígios de altos, rasgos ou outras<br />
deformações dos pneus.<br />
TRAVÕES<br />
A operacionalidade de todo o circuito de travagem de um<br />
automóvel é essencial para a segurança. Assim, seja Verão<br />
ou Inverno, é fundamental manter a viatura afinada neste<br />
aspecto, verificando se existem deformações ou ovalizações<br />
de discos ou tambores e o grau de desgaste dos elementos<br />
de fricção, como os calços e as pastilhas. Para além<br />
disso, deve proceder-se à verificação do estado <strong>das</strong> tubagens<br />
e do nível do óleo dos travões, assim como da sua coloração<br />
e aspecto, em busca de sinais de contaminação.<br />
Há que ter presente que o óleo do circuito de travagem<br />
é perecível, ou seja, degrada-se com o tempo. O seu grau<br />
de degradação corresponde ao nível de humidade nele<br />
contido, que vai aumentando com a utilização. Quanto<br />
mais humidade houver no circuito hidráulico, maior a<br />
probabilidade de perda de eficácia por aquecimento. Assim,<br />
deve proceder-se a uma purga periódica do sistema,<br />
que na maior parte dos casos está prevista para períodos<br />
de dois anos.<br />
SUSPENSÃO<br />
O Inverno costuma reduzir a aderência <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> ao<br />
piso. Uma suspensão em mau estado agrava ainda mais<br />
esta situação. A sua verificação é indispensável. No caso<br />
de ser detectado pelo mecânico que a viatura precisa de<br />
amortecedores novos, é necessário explicar ao consumidor<br />
a importância destes elementos para a melhoria do<br />
comportamento do carro e para a sua segurança dinâmica.<br />
Não é uma tarefa fácil, já que o desgaste dos amortecedores<br />
é muito gradual e o condutor habitual da viatura<br />
não costuma identificar este tipo de anomalia. Mas a verdade<br />
é que uma suspensão deficiente aumenta a instabilidade<br />
do veículo em curva e em maus pisos, aumenta as<br />
distâncias de travagem e pode reduzir a visibilidade nocturna<br />
e encandear os outros condutores devido às excessivas<br />
oscilações da carroçaria.<br />
O técnico deve ter o cuidado de verificar rótulas, amortecedores,<br />
articulações, silent blocks, molas e foles, em<br />
busca de sinais de desgaste, folgas anormais e roturas<br />
nestes últimos, que com a chegada do Inverno e <strong>das</strong> chuvas<br />
podem ser desastrosas.<br />
Quanto ao estado dos amortecedores deve verificar-se<br />
se há sinais de per<strong>das</strong> de óleo, o estado <strong>das</strong> hastes e o<br />
grau de oscilação da carroçaria. O tradicional método de<br />
carregar no carro não permite tirar conclusões fiáveis. O<br />
ideal é utilizar uma máquina de diagnóstico de suspensão<br />
adequada.<br />
SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR<br />
Se o Verão exige que o sistema de arrefecimento do<br />
motor esteja em perfeitas condições, o mesmo se pode<br />
dizer do Inverno. Nesta estação do ano não é de excluir<br />
que a viatura fique sujeita a temperaturas negativas, principalmente<br />
durante a noite. Assim, é muito importante<br />
que o líquido utilizado não seja apenas constituido por<br />
água, sob pena desta poder congelar, o que tem dois sérios<br />
inconvenientes: a sua não circulação pelo circuito<br />
durante boa parte do tempo em que o motor está a funcionar<br />
a frio e a possibilidade de o gelo poder quebrar o<br />
radiador ou o próprio motor, devido à dilatação provocada<br />
pelo congelamento. A mera água no circuito de arrefecimento<br />
tem também a desvantagem de provocar maior<br />
corrosão interna do motor, o que já não acontece se for<br />
utilizado líquido adequado, com produtos anti-corrosão.<br />
A observação do nível de líquido de refrigerante é<br />
muito importante neste e em to<strong>das</strong> as estações do ano,<br />
mas é importante vistoriar o aspecto deste líquido. A tonalidade<br />
escurecida, de tom acastanhado é um péssimo<br />
indicador de envelhecimento deste líquido e de ferrugem<br />
no circuito. Impõe-se, então, a imediata sangria do sistema<br />
e utilização de líquigo refrigerante novo.
30<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
CONHECER<br />
Son<strong>das</strong> lambda<br />
Porque são necessárias?<br />
A sonda lambda é na realidade um sensor que detecta o teor de oxigénio nos gases de escape (à entrada do<br />
catalisador). Através dessa função, a sonda detecta as deficiências da mistura e emite mensagens eléctricas<br />
que irão permitir à unidade central electrónica do motor dosear melhor o combustível.<br />
Todos estão de acordo sobre a necessidade<br />
de reduzir a poluição<br />
produzida pelos veículos motorizados.<br />
Para esse efeito, os poderes<br />
instituídos têm vindo progressivamente<br />
a introduzir legislação cada vez<br />
mais rigorosa sobre as emissões dos gases<br />
de escape. A solução encontrada pelos<br />
fabricantes de automóveis nesse sentido<br />
foi o catalisador de três vias, o qual<br />
transforma os gases tóxicos noutros menos<br />
nocivos.<br />
A condição para que os catalisadores<br />
funcionem devidamente prende-se com a<br />
manutenção de uma mistura ar/combustível<br />
dentro de certos valores muito estritos,<br />
obrigando à utilização de sensores<br />
especiais na conduta dos gases de escape.<br />
É aqui que a sonda Lambda entra em<br />
jogo, sendo montada antes do catalisador,<br />
de modo a que o seu elemento sensor<br />
fique exposto aos gases de escape. A<br />
sonda fica assim em condições de analisar<br />
sistematicamente a composição dos<br />
gases de escape, através do seu teor de<br />
oxigénio. É a optimização da combustão<br />
e a presença de oxigénio no escape que<br />
permite o correcto funcionamento dos<br />
catalisadores.<br />
Qualquer modificação na composição<br />
dos gases traduz-se por uma alteração da<br />
voltagem da sonda, que é enviada para a<br />
unidade central de controlo electrónico<br />
do motor (ECU), a qual por sua vez ajusta<br />
o sistema de alimentação do motor,<br />
para que a mistura permaneça equilibrada<br />
(Ver Diagrama I). A um sistema deste<br />
tipo dá-se o nome de controlo em circuito<br />
fechado, o qual garante a correcta riqueza<br />
da mistura ar/combustível em to<strong>das</strong> as situações.<br />
Deste modo assegura-se uma<br />
combustão mais perfeita, resultando menos<br />
gases contaminantes e menor consumo<br />
de combustível.<br />
Como funciona a sonda Lambda?<br />
Existem dois tipos de son<strong>das</strong> Lambda<br />
com dois sistemas diferentes de detecção<br />
da composição dos gases de escape.<br />
Há son<strong>das</strong> que utilizam sensores de Zircónio,<br />
sendo constituídos por um elemento<br />
central deste metal, revestido<br />
com uma fina camada de platina, tanto<br />
exteriormente como interiormente. A<br />
parte exterior desse elemento está em<br />
contacto com os gases de escape, enquanto<br />
que o interior do elemento está<br />
em contacto com o ar atmosférico (Ver<br />
Diagrama II).<br />
Cada uma <strong>das</strong> superfícies do sensor<br />
funciona como um eléctrodo, permitindo<br />
que os iões de oxigénio depositem a<br />
sua carga eléctrica. A diferença de potencial<br />
eléctrico entre o interior e o exterior<br />
do sensor é que produz o sinal<br />
que a sonda transmite pelo cabo de ligação.<br />
A condição para que o sensor<br />
funcione é o elemento de Zircónio estar<br />
a uma temperatura de cerca de 300º C.<br />
Se a mistura estiver muito pobre a tensão<br />
gerada é baixa, tornando-se alta se a<br />
mistura for rica. Ao atingir-se o valor<br />
de mistura ar/combustível de 14,7:1 a<br />
tensão eléctrica da sonda muda bruscamente<br />
(Ver Diagrama III). Esta relação<br />
exacta da mistura é considerada a ideal<br />
para se obter a melhor combustão, tendo-lhe<br />
sido atribuído o nome do caracter<br />
do alfabeto grego Lambda, razão<br />
pela qual as son<strong>das</strong> têm o mesmo nome.<br />
A este valor da mistura corresponde o<br />
factor Lambda 1,0, sendo inferior a um<br />
quando a mistura é rica e superior<br />
quando é pobre. Devido à necessidade<br />
de reduzir o tempo em que o elemento<br />
de Zircónio funciona abaixo dos 300º<br />
C, a maior parte <strong>das</strong> son<strong>das</strong> deste tipo<br />
possui resistências para aquecimento.<br />
De qualquer modo, recomenda-se aquecer<br />
o motor (em marcha lenta) antes de<br />
acelerar mais fortemente, pois a mistura<br />
rica deteriora o catalisador.<br />
Nos sensores com elementos de Titânio<br />
não é gerada nenhuma tensão, mas a<br />
resistência do elemento central altera-se<br />
segundo a concentração de oxigénio<br />
nos gases de escape (Ver Diagrama IV).<br />
De qualquer modo, o resultado é idênti-
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
CONHECER Outubro 2005 31<br />
co ao dos sensores de Zircónio, uma<br />
vez que a resistência do elemento de titânio<br />
gera alterações de voltagem, que é<br />
a única “linguagem“ que a unidade central<br />
electrónica entende. Devido ao facto<br />
de não necessitarem de possuir uma<br />
câmara de ar interior, os sensores de Titânio<br />
são mais compactos, permitindo a<br />
realização de son<strong>das</strong> mais pequenas,<br />
que ficam totalmente em contacto com<br />
os gases de escape. Por esta razão, mas<br />
também devido aos diferentes sistemas<br />
de gerar impulsos eléctricos, os dois tipos<br />
de sonda não são intermutáveis, estando<br />
destina<strong>das</strong> a aplicações técnicas e<br />
comerciais diferencia<strong>das</strong>.<br />
Como se verificam as son<strong>das</strong> lambda?<br />
Quando os sensores de oxigénio se<br />
avariam ou estão deficientes, provocam<br />
um consumo elevado de combustível,<br />
danos no catalisador e uma condução desajustada,<br />
não omitindo a poluição, pois<br />
essa ninguém vê… Para se verificar o<br />
funcionamento de uma sonda Lambda é<br />
necessário dispor de um osciloscópio.<br />
Em primeiro lugar, torna-se necessário<br />
verificar os parâmetros básicos do motor,<br />
que devem corresponder às especificações<br />
do construtor. O passo seguinte<br />
consiste em pôr o motor à temperatura<br />
normal de funcionamento. Depois, utilizando<br />
os dispositivos de ligação apropriados,<br />
liga-se directamente a sonda ao<br />
osciloscópio, sem interromper a ligação<br />
da sonda à central de processamento<br />
ECU. Acelerando o motor até cerca <strong>das</strong><br />
2.000 rpm, o sinal do osciloscópio flutuará<br />
rapidamente entre 1,2 e 0,8 volt,<br />
aproximadamente, se a sonda estiver em<br />
boas condições. O tempo que decorre<br />
entre 0,2 e 0,8 volt (tempo de resposta<br />
da mudança de mistura pobre para mistura<br />
rica) deve ser de uns 300 milisegundos,<br />
devendo a mudança inversa ocorrer<br />
num período similar. Se a voltagem do<br />
sensor é constante ou o tempo de resposta<br />
muito lento é necessário substituir o<br />
sensor (as son<strong>das</strong> Lambda não são recuperáveis).<br />
Uma regra de manutenção razoável<br />
é verificar o funcionamento da<br />
sonda sempre que se afine o motor ou<br />
antes <strong>das</strong> inspecções de gases de escape.<br />
De qualquer modo, a economia de combustível<br />
proporcionada por uma sonda<br />
Lambda nova amortiza rapidamente o<br />
seu custo.<br />
Inspecção visual<br />
Embora a inspecção visual não dê indicações<br />
precisas sobre a sonda, é conveniente<br />
realizá-la para verificar as ligações<br />
(cabos e ficha). Se as ligações eléctricas<br />
forem deficientes o circuito electrónico<br />
da sonda não poderá funcionar normalmente.<br />
Também é conveniente examinar<br />
Diagrama I<br />
A sonda lambda envia constantemente mensagens ao sistema de injecção electrónica, que<br />
trata de corrigir a percentagem da mistura enviada para a câmara de combustão<br />
Diagrama III<br />
O factor lambda é de extrema importância num motor, já que o seu binário, consumo e as<br />
emissões de gases contaminantes são fortemente influenciados por ele.<br />
Diagrama IV<br />
Nos sensores com elementos de Titânio, a resistência do elemento central altera-se segundo<br />
a concentração de oxigénio nos gases de escape.<br />
o corpo da sonda para verificar se sofreu<br />
impactos violentos e apresenta mossas ou<br />
fen<strong>das</strong>. O aspecto exterior pode fornecer<br />
indicações sobre as deficiências de funcionamento<br />
da sonda. Para além disso, o<br />
exame visual ao elemento central do sensor<br />
pode revelar outros problemas.<br />
Carvão<br />
Se existir excessiva carbonização é sinal<br />
que a mistura é demasiado rica e impede<br />
o sensor de responder convenientemente.<br />
Impõe-se a substituição da sonda e<br />
uma verificação geral ao funcionamento<br />
do motor.<br />
Óleo<br />
Se aparecerem depósitos brancos ou<br />
acinzentados no sensor é sinal de que se<br />
estão a utilizar aditivos inadequados, quer<br />
no combustível, quer no óleo, ou existe<br />
consumo excessivo de óleo. Neste caso,<br />
além de mudar a sonda, convém eliminar<br />
a causa do problema.<br />
Chumbo<br />
Diagrama II<br />
Há son<strong>das</strong> que utilizam sensores de Zircónio.<br />
A parte exterior desse elemento está em<br />
contacto com os gases de escape, enquanto<br />
que o interior do elemento está em contacto<br />
com o ar atmosférico<br />
Quando se verifica a existência de depósitos<br />
brilhantes no sensor é sinal de que<br />
foi adicionado chumbo ao combustível ou<br />
aos aditivos. É igualmente conveniente<br />
trocar a sonda e evitar a todo o custo utilizar<br />
combustível e aditivos com chumbo.<br />
De registar que todos os problemas acima<br />
referidos danificam igualmente o catalisador,<br />
sendo imperativo realizar uma manutenção<br />
sistemática e rigorosa para evitar<br />
problemas e custos adicionais.<br />
Fonte: NGK
32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Manutenção / Reparação de embraiagens<br />
Trabalho de especialistas<br />
A embraiagem é um componente muito específico, que obriga para a sua montagem a várias horas de<br />
trabalho, pelo que o mecânico não arrisca utilizar produtos de qualidade inferior. Trata-se de um mercado cada<br />
vez mais emergente com marcas de prestígio e qualidade de 1º equipamento.<br />
Operíodo normal de operacionalidade<br />
<strong>das</strong> embraiagens andará à volta<br />
de 5 anos, considerando que a quilometragem<br />
média alcançada nesse<br />
período oscile entre os 60 e os 120 mil<br />
km. Nesta altura, são vulgares os problemas<br />
no circuito hidráulico de comando, seguindo<br />
o cansaço <strong>das</strong> molas e o desgaste do<br />
próprio disco de fricção.<br />
As fugas no sistema hidráulico da embraiagem<br />
são praticamente inevitáveis, pois<br />
os respectivos retentores estão sujeitos ao<br />
atrito dos respectivos veios, havendo ainda<br />
os problemas de endurecimento pelo efeito<br />
<strong>das</strong> altas temperaturas e da pressão. Quando<br />
o nível do fluido é suficientemente baixo,<br />
o ar penetra nas tubagens a partir da<br />
bomba e o comando deixa de ser eficiente,<br />
tornando difícil o engrenar as mudanças e<br />
podendo causar sérios danos na caixa de<br />
velocidade, para além de tornar a condução<br />
problemática e aleatória.<br />
A verificação frequente dos níveis de<br />
fluidos permite detectar quando se iniciam<br />
as fugas e qual a sua gravidade e sanar a<br />
anomalia antes que se torne crítica. As fugas<br />
também podem ter origem nas próprias<br />
condutas, devido a impactos ou corrosão,<br />
podendo ainda haver problemas com as<br />
respectivas extremidades e fixações. Quando<br />
ao stress <strong>das</strong> molas, que podem ser de<br />
diafragma ou grupos de molas helicoidais,<br />
ele ocorre em função do número de vezes<br />
que o pedal da embraiagem é comprimido e<br />
do tempo em que o pedal fica comprimido.<br />
Quanto mais tempo uma mola passar em<br />
compressão, sem recuperar, maior é a probabilidade<br />
de perder a sua elasticidade normal,<br />
acabando por recuperar cada vez menos,<br />
até se tornar inútil.<br />
Quem usa a embraiagem em vez do ponto<br />
morto da caixa de velocidades, está literalmente<br />
a “assassinar“ a embraiagem, podendo<br />
reduzir a sua duração em bastante<br />
mais do que 50%. Se o uso da embraiagem<br />
for relativamente normal, a substituição <strong>das</strong><br />
molas ocorre ao mesmo tempo que a troca<br />
do disco de fricção. Hoje em dia são frequentes<br />
os sistemas de afinação automática<br />
da folga do disco, em função do seu desgaste,<br />
mas é necessário ter em conta que a<br />
afinação põe à prova o estado <strong>das</strong> molas.<br />
Quando as molas estão fracas ou o disco<br />
demasiado gasto a embraiagem patina, havendo<br />
perda de potência e risco de gripagem<br />
da própria embraiagem. Por outro<br />
lado, ao fim de eleva<strong>das</strong> quilometragens,<br />
como os volantes são cada vez mais ligeiros,<br />
pode colocar-se o problema do desgaste<br />
do próprio volante, que deve ser reparado<br />
ou substituído. A caixa de velocidades é<br />
um órgão mecânico sólido, mas também<br />
pode sofrer as consequências do mau uso e<br />
do abuso. As passagens de mudanças muito<br />
bruscas criam grandes diferenciais de rotação<br />
dentro da caixa, pondo à prova os sincronizadores<br />
e os rolamentos. Estes são,<br />
aliás, os componentes mais frequentemente<br />
substituídos.<br />
No caso de condutores mais “compulsivos“<br />
as próprias forquilhas podem apresentar<br />
grandes folgas, o mesmo acontecendo<br />
com os veios <strong>das</strong> caixas, exigindo grandes<br />
reparações ou a completa substituição da<br />
caixa de velocidades. Nos sistemas automáticos,<br />
a pedra de toque da manutenção é<br />
a mudança do fluido nos prazos recomendados.<br />
As mudanças de fluido devem incluir<br />
lavagens de todo o sistema, com fluido<br />
específico apropriado, pois criam-se lamas<br />
no interior da caixa, que entopem os<br />
canais hidráulicos de comando. Nas eleva<strong>das</strong><br />
quilometragens podem também ser necessária<br />
a substituição de rolamentos, engrenagens<br />
e cintas dos travões internos da<br />
caixa. Nos sistemas de variação contínua a<br />
atenção deve recair no estado da correia de<br />
transmissão, a qual tem prazos previstos<br />
para mudança preventiva.<br />
A reparação <strong>das</strong> embraiagens<br />
Salvo em raros casos, as embraiagens<br />
já são substituí<strong>das</strong> fora do período de garantia<br />
do veículo, pelo que a maioria <strong>das</strong><br />
reparações ocorre em oficinas de reparação<br />
independentes. Uma vez que a quilometragem<br />
já é elevada, os paliativos são<br />
uma solução meramente temporária, sendo<br />
aconselhável a substituição dos principais<br />
elementos (disco, rolamento, mola,<br />
etc.). O prato de pressão e o volante motor,<br />
se estiverem muito gastos, devem ser<br />
igualmente substituídos. A blindagem, ou<br />
caixa, da embraiagem é recuperável se<br />
não estiver deformada.<br />
Actualmente, as principais marcas de<br />
fabricantes comercializam kits completos<br />
de reparação, o que tem vantagens de preço,<br />
qualidade e rapidez de serviço, para<br />
além da garantia de reparação. No que<br />
respeita ao circuito de comando, deve ser<br />
completamente revisto, a fim de detectar<br />
fugas e outros problemas, que podem<br />
comprometer seriamente o resultado da<br />
reparação. Existem também embraiagens<br />
recupera<strong>das</strong> no mercado, as quais apresentam<br />
vantagens em relação à protecção<br />
do ambiente (reciclagem) e claras vantagens<br />
de custo. A sua montagem, no entanto,<br />
deve ter a anuência prévia do proprietário<br />
do veículo e só terá justificação<br />
quando o seu valor comercial já for baixo.<br />
As embraiagens novas estão com melhor<br />
relação preço/qualidade, embora o seu<br />
custo tenha aumentado e a qualidade a nível<br />
de equipamento original nem sempre<br />
seja o que se poderia esperar. As embraiagens<br />
reconstruí<strong>das</strong> apresentam mais vantagens<br />
nos pesados, não só porque o preço<br />
<strong>das</strong> novas é mais elevado, como os elementos<br />
recuperados são mais resistentes,<br />
apresentando, em geral melhor, condição<br />
do que nos ligeiros. A manutenção dos<br />
sistemas de embraiagem é geralmente<br />
descurada, mas é recomendável eliminar<br />
as folgas do comando e da própria embraiagem,<br />
nos casos em que não forem<br />
auto-ajustáveis.<br />
Um sistema de embraiagem completo inclui o volante do motor, um prato de pressão, um<br />
disco de embraiagem e um rolamento de encosto.
Para um poder de travagem total,<br />
una-se à TRW.<br />
As pastilhas e os discos da TRW cobrem mais de 96% do parque automóvel europeu e são fabricados nas<br />
fábricas da TRW segundo as especificações para equipamento original. Como fabricante líder de sistemas<br />
de travão de disco para equipamento original, oferecemos-lhe um apoio constante nas áreas de serviço, de<br />
marketing e técnica. A nossa gama completa de fricção oferece qualidade e segurança ao seu negócio. Se<br />
procura peças de travagem que combinem a elevada qualidade com um excelente serviço, una-se à TRW.
34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Forras desgasta<strong>das</strong> são motivo<br />
para a embraiagem patinar,<br />
derivado do desgaste anormal<br />
do material de atrito, fruto de<br />
condução deficiente ou<br />
dificuldade de accionamento do<br />
sistema de embraiagem.<br />
Se as forras se apresentarem<br />
sujas de óleo ou de massa<br />
lubrificante, poderá existir um<br />
problema de vedação da caixa<br />
de velocidades ou do motor, ou<br />
presença de massa em excesso<br />
no veio.<br />
Se a forra da embraiagem se<br />
encontrar queimada ou solta,<br />
poderá dever-se a fricção<br />
contínua da embraiagem, por<br />
causa de arranques demasiado<br />
rápidos ou, então, devido a uma<br />
força de aperto muito reduzida.<br />
Uma forra partida, poderá ter<br />
origem numa sobre-rotação,<br />
devido ao facto de se conduzir<br />
com o pedal de embraiagem<br />
pressionado em alta velocidade<br />
de andamento e uma marcha<br />
reduzida engatada.<br />
Caso a forra não friccione sobre<br />
toda a superfície, o profissional<br />
deverá verificar-se se o volante<br />
do motor está bem acabado, isto<br />
é, se não existem estrias<br />
demasiado profun<strong>das</strong> no mesmo<br />
que originem esta anomalia.<br />
Diagnóstico de avarias nas embraiagens<br />
A EMBRAIAGEM NÃO SEPARA<br />
MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />
1.Excesso de desvio axial O disco não foi controlado Alinhar o disco .<br />
do disco de embraiagem antes da montagem Desvio admissível 0,5 mm<br />
2. O disco está encravado a . o perfil apanhou pancada Remover a aresta<br />
no veio primário na montagem ou substituir o disco<br />
b. Cubo ou veio primário Substituir disco e/ou veio<br />
com desgaste<br />
c.O cubo ficou preso no veio Limpar cubo e veio,<br />
com ferrugem<br />
lubrificar veio<br />
3 . Revestimento colado Carro ficou parado durante Lixar as partes ferrugentas,<br />
ao volante ou ao prato muito tempo, a embraiagem bem como o revestimento<br />
de pressão devido a ferrugem não separa<br />
4. Disco preso ao volante Perfurar os rebites maciços<br />
ou ao prato de pressão do revestimento ( 2 mm )<br />
Lixar o revestimento<br />
5 . Disco demasiado espesso Montagem de disco errado Montar o disco correcto<br />
6 . Rolamento de guia com Substituir o rolamento<br />
defeito ou andamento pesado<br />
7. A embriagem a. Folga excessiva do Ajustar folga conforme especificado<br />
não separa bem<br />
rolamento de desembraiagem<br />
b. Comando de desengate Substituir<br />
com folga excessiva<br />
as peças defeituosas<br />
c. Falta de líquido de travão Acrescentar líquido<br />
d. Sistema perde líquido Eventualmente substituir cilindro<br />
e. Ar no sistema Purga de ar<br />
f. Defeito na fixação Corrigir a fixação, em caso de<br />
da embraiagem<br />
deformação substituir embraiagem<br />
g. Folga do revestimento Montar o disco correcto<br />
h. Na montagem cubo danificado, Substituir o disco<br />
perfil batido<br />
i. Ao juntar motor e caixa de Substituir embraiagem<br />
velocidades, deformação de<br />
alavanca e linguetas do diafragma<br />
j. Curso de desengate excessivo Limitar o curso<br />
A EMBRAIAGEM PATINA<br />
MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />
1. Desgaste a. Desgaste natural De preferência substituir disco<br />
dos revestimentos b. A embraiagem patinou com embraiagem<br />
excessivamente<br />
c. Compressão insuficiente<br />
da embraiagem<br />
2. Revestimentos sujos a. Saída de óleo no veio da caixa Substituir disco , limpar a embraiagem<br />
com óleo de velocidades ou da cambota ( em caso algum revestimentos )<br />
b. Excesso de lubrificante no perfil Vedar o furo<br />
do veio primário<br />
c. Perda de lubrificante do<br />
rolamento de desembraiagem<br />
3. A embraiagem funciona a. Falta de folga do rolamento Ajuste de folga conforme especificado<br />
em parte desembraiada de desembraiagem<br />
b. Atrito excessivo no accionamento Voltar a pôr o accionamento<br />
da embraiagem<br />
operacional<br />
c. O cilindro não retorna Substituir o cylinder<br />
4.Espessura do volante Na rectificação do volante a face Rectificar a superfície de fixação<br />
não conforme especificação de fixação não foi adaptada conforme especificado , eventualmente<br />
substituir o volante<br />
5. Montagem da embraiagem Na encomenda erro na indicação Montar a embraiagem correcta<br />
errada<br />
da referência ou do tipo de veículo<br />
6. Caixa, alavanca ou diafragma Erro na montagem ou Montar embraiagem nova,<br />
deforma<strong>das</strong> desmontagem da embraiagem observando as instruções<br />
7. Sobreaquecimento a. Erros no uso Substituir embraiagem e disco<br />
da embraiagem<br />
b. As causas indica<strong>das</strong><br />
nos pontos 1 a 6<br />
8. Revestimento do lado Superficie de contacto do volante Rectificar a face de contacto<br />
do volante com mau aspecto com estrias do volante, com adaptação da área<br />
de fixação<br />
Se a embraiagem não se<br />
libertar, o problema poderá ser<br />
devido ao sistema de<br />
desembraiagem ou ao<br />
rolamento que simplesmente<br />
não tranca. Assim, antes da<br />
desmontagem, deve-se<br />
controlar o sistema de<br />
desembraiagem,<br />
nomeadamente o seu aperto e<br />
pontos de junção.<br />
O empeno do disco de<br />
embraiagem poderá ter origem<br />
numa deformação ou transporte<br />
da mesma. Se o empeno<br />
ultrapassar os 0,5 mm, deve-se<br />
fixar a embraiagem na bancada<br />
e endireitá-la.<br />
A mola ou chapa do disco de<br />
embraiagem partida, surge<br />
quando o motor ou a caixa de<br />
velocidades estão<br />
descentrados. Apesar do veio<br />
primário estar engatado no<br />
cubo do disco, existe uma<br />
quebra por efeito de alavanca.<br />
O perfil do cubo desgastado,<br />
encravado ou emperrado no<br />
veio primário, pode ocorrer<br />
quando a embraiagem e a<br />
flange da caixa de velocidades<br />
se encontram descentra<strong>das</strong>.<br />
Pode detectar-se ainda um<br />
movimento oscilatório devido a<br />
um excesso de folga no veio<br />
primário.<br />
O amortecedor de vibrações de<br />
torção pode ficar danificado<br />
quando se conduz num regime<br />
de baixa rotação, ou com uma<br />
mudança errada a baixa<br />
velocidade com carga total.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MECÂNICA PRÁTICA Outubro 2005 35<br />
O diafragma partido acontece<br />
quando existe pressão<br />
excessiva do percurso de<br />
desembraiagem. A ruptura<br />
perturba a simetria da mola,<br />
resultando daí um curso<br />
insuficiente da placa de<br />
compressão.<br />
A carcaça deformada acontece<br />
quando os parafusos de fixação<br />
são apertado de forma não<br />
uniforme durante a montagem,<br />
ou entã, devido a não se ter<br />
observado a centragem da<br />
placa de pressão no volante.<br />
Amortecedor de torção<br />
desgastado ou destruído é<br />
motivado pelo modo de<br />
andamento de baixa velocidade,<br />
por viajar com mudanças<br />
erra<strong>das</strong> em velocidade baixa e<br />
carga total.<br />
Rolamento destruído, acontece<br />
por areia ou sujidade no apoio<br />
do rolamento: as esferas,<br />
calhas <strong>das</strong> esferas e gaiola<br />
ficam desgasta<strong>das</strong> e avarias<br />
subsequentes ocorrem<br />
seguidamente no anel de<br />
rolamento ou nas pontas da<br />
mola de membrana.<br />
Linguetas do diafragma<br />
quebra<strong>das</strong>, é devido a erro de<br />
montagem. A embraiagem foi<br />
montada sem ferramenta<br />
especial (grampos) sob<br />
aplicação de força, ou o<br />
rolamento de desembraiagem<br />
tem o andamento pesado.<br />
A EMBRAIAGEM TREPIDA<br />
MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />
1. Revestimentos a. Saída de óleo no veio primário Limpar a embraiagem,<br />
sujos de óleo ou na cambota substituir o disco<br />
b. Excesso de lubrificante no perfil (em caso algum tentar limpar<br />
do veio primário<br />
o revestimento ), vedar o furo<br />
c. Perda de lubrificante do rolamento<br />
de desembraiagem<br />
2. Revestimentos errados Foi montado um disco não Montar um disco<br />
especificado com revestimento com revestimento correcto<br />
não conforme<br />
3. Andamento pesado a. Cabo da embraiagem Reparar as peças respectivas<br />
da embraiagem b.Mancais ou substituí-las<br />
c.Cilindro mestre ou cilindro secundário<br />
d. Accionamento do rolamento<br />
de desembraiagem<br />
4. Carburador a. Mancais Reparar as peças respectivas<br />
com andamento pesado b. Cabo do carburador ou substituí-las<br />
5. Suspensão do motor Suspensão errada ou defeituosa Reparar ou substituir<br />
e da caixa de velocidades ou danificada<br />
6. A embraiagem actua de a. Posição da alavanca de desengate Verificar e ajustar correctamente<br />
forma unilateral<br />
não correcta<br />
b. Ajuste posterior do prato de pressão Substituir a embraiagem<br />
c. Deformação de caixa, alavanca Substituir a embraiagem<br />
ou mola de diafragma durante<br />
a montagem<br />
d. Deformação do disco durante Substituir o disco<br />
a montagem<br />
e. Desalinhamento entre cambota e Verificar e ajustar as superficies<br />
veio primário<br />
de centragem de motor e disco<br />
f. Montagem errada<br />
7. Motor mal afinado a. Afinação do carburador Corrigir a afinação do motor<br />
b. Ponto de ignição<br />
c. Dispositivo de injecção<br />
A EMBRAIAGEM FAZ RUÍDO<br />
MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />
1. Disco errado Amortecedor de torção não próprio Montar o disco correcto<br />
2. Desiquilíbrio Substituir a embraiagem<br />
ou o disco<br />
3. Rolamento guia Rolamento defeituoso ou não montado Substituir os rolamentos<br />
4. Rolamento de desengate a. Rolamento defeituoso ou Substituir<br />
com falta de lubrificação<br />
b. Rolamento descentrado Centrar o rolamento<br />
5. Alavanca de desengate Mancais da haste ou do pedal gastos Reparar ou substituir<br />
6. Amortecedor de torção Condução errada com baixo número Substituir o disco<br />
gasto ou partido<br />
de rotações e acelerador fundo<br />
Alavanca (gafanhoto) partida<br />
pode ser causado pelo<br />
andamento descentrado do<br />
rolamento de desembraiagem,<br />
falta de folga do rolamento de<br />
desembraiagem ou rolamento<br />
do eixo de desengate avariado.<br />
Revestimento rebentado<br />
acontece quando o número de<br />
rotações do disco da<br />
embraiagem for superior ao<br />
número de rotações de<br />
rebentamento do revestimento.<br />
Este dano é independente no nº<br />
rotações do motor, pois o<br />
relevante é o nº de rotações do<br />
veio primário da caixa<br />
velocidades.<br />
Sobreaquecimento do prato de<br />
pressão deve-se à falta de folga<br />
do rolamento de<br />
desembraiagem, sistema<br />
desengate avariado, óleo ou<br />
lubrificante nos revestimentos<br />
com defeito, ou ainda erro no<br />
uso, deixando a embraiagem<br />
patinar tempo demais.<br />
Desgaste dos gafanhotos é<br />
causado pelo rolamento de<br />
desembraiagem com<br />
andamento pesado ou falta de<br />
folga do rolamento.<br />
Chapa de cobertura do<br />
amortecedor de torção<br />
destruída deve-se a erros na<br />
condução. Conduzir o veículo a<br />
um número de rotações muito<br />
baixo, ultrapassa os limites do<br />
rendimento do amortecedor de<br />
torção.<br />
Fonte: LUK
36<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Outubro 2005<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Substituição da Correia de Distribuição<br />
Componente vital<br />
A correia de distribuição é um componente de grande responsabilidade no comando do motor e no seu bom<br />
funcionamento. A sua ruptura ou desvio pode causar graves danos ao motor e imobilizar o veículo.<br />
Embora existam várias<br />
marcas de correias no<br />
mercado, não se podendo<br />
pôr em questão a sua qualidade, é<br />
de elementar bom senso preferir<br />
os componentes de equipamento<br />
original.<br />
As correias de distribuição são<br />
obrigatoriamente denta<strong>das</strong>, devido<br />
a necessidade de manter a fase<br />
do diagrama de funcionamento do<br />
motor, sendo ligeiramente sobredimensiona<strong>das</strong>,<br />
para poder corresponder<br />
às mudanças de regime.<br />
Isso obriga a que a correia<br />
possua acessórios que orientam o<br />
seu curso e limitam as suas vibrações<br />
e deformação. Para esse efeito,<br />
são na maior parte dos casos<br />
usados um tensor de rolamento de<br />
esferas, uma poleia de inversão e<br />
uma poleia guia. Noutros casos,<br />
existe apenas uma calha metálica<br />
em vez da poleia guia.<br />
Esses acessórios têm grande<br />
importância para a duração e bom<br />
funcionamento da correia, devendo<br />
ser de equipamento original,<br />
para assegurar uma reparação de<br />
confiança. Estes acessórios estão<br />
sujeitos a elevados regimes de rotação<br />
e a drásticas variações de<br />
temperatura, podendo deteriorarse<br />
prematuramente se não forem<br />
de qualidade superior. Se uma<br />
dessas poleias ou tensor gripar e<br />
bloquear, a correia passa a deslizar<br />
na sua superfície, produzindo<br />
grande atrito, ruído, aquecimento<br />
e possível ruptura. Se o condutor<br />
tiver o bom senso de parar e solicitar<br />
a presença de um técnico<br />
competente, os danos podem ser<br />
limitados, mas os custos de substituição<br />
e os incómodos ultrapassam<br />
largamente o custo de acessório<br />
e kits de qualidade. Por outro<br />
lado, ao mudar a correia, nos<br />
períodos recomendados pelo fabricante<br />
do veículo, é sempre da<br />
maior conveniência substituir os<br />
seus acessórios, como forma de<br />
prevenção de futuros danos.<br />
A substituição <strong>das</strong><br />
Correias de Distribuição<br />
Para se fazer uma reparação garantida<br />
e prestar um serviço de<br />
qualidade é necessário seguir um<br />
procedimento metódico e progressivo,<br />
com passos sucessivos e<br />
intencionais.<br />
- Em primeiro lugar, recomen<strong>das</strong>e<br />
desligar o cabo de massa da<br />
bateria.<br />
- De seguida, desmontam-se to<strong>das</strong><br />
as correias, poleias ou tubos<br />
que possam dificultar a operação<br />
de retirar a protecção da câmara<br />
da correia dentada.<br />
- Retire a referida protecção da<br />
correia.<br />
- Faça girar a cambota no sentido<br />
do funcionamento do motor até<br />
atingir o ponto morto superior; de<br />
imediato, alinhe a marcação existente<br />
na carcaça do motor com as<br />
marcas situa<strong>das</strong> no amortecedor<br />
da cambota e da árvore de cames.<br />
- Afrouxe o parafuso de afinação<br />
do tensor.<br />
- Afaste o tensor da correia e volte<br />
a apertar o parafuso de afinação.<br />
- Retire a correia dentada.<br />
- Verifique manualmente, aplicando<br />
uma certa pressão, se o<br />
sensor interior e exterior, bem<br />
como as poleias, estão em bom<br />
estado de conservação, não apresentando<br />
folgas, desgaste ou danos;<br />
em caso de dúvida ou de mau<br />
estado, substitua os acessórios<br />
que forem necessários.<br />
- Ajuste to<strong>das</strong> as marcas no alinhamento<br />
correspondente.<br />
- Coloque cuidadosamente a nova<br />
correia dentada nas poleias.<br />
- Afrouxe o parafuso de afinação<br />
do tensor, para que este se mova<br />
até junto da correia.<br />
- Coloque o tensor na posição de<br />
trabalho, tendo em conta a margem<br />
de elasticidade necessária;<br />
no caso de tensores automáticos,<br />
afine a tensão da correia com um<br />
tensímetro, de acordo com as instruções<br />
do fabricante do veículo.<br />
- Verifique novamente o alinhamento<br />
<strong>das</strong> marcações.<br />
- Gire a cambota, pelo menos<br />
duas vezes, no sentido de marcha<br />
do motor, para garantir a tensão<br />
óptima da correia.<br />
- Volte a controlar as marcações<br />
nos seus alinhamentos.<br />
- Afine o tensor na sua posição de<br />
serviço, apertando os parafusos<br />
com o binário recomendado.<br />
- Volte a montar a tampa da correia<br />
e todos os componentes que<br />
teve de desmontar no início, de<br />
modo a que fiquem nas suas posições<br />
originais.<br />
- Ligue novamente o cabo da bateria.<br />
- Ligue o motor.<br />
- Em caso de necessidade efectue<br />
os ajustes e correcções necessários.<br />
- Finalmente, a correia substituída<br />
de ser reciclada ou destruída da<br />
forma mais adequada.<br />
Conselhos de segurança<br />
- Quando as instruções exigem a<br />
utilização de ferramentas especiais,<br />
não improvise! É procedimento<br />
obrigatório utilizar as ferramentas<br />
indica<strong>das</strong> para cada<br />
caso. Por outro lado, a correia<br />
nova deve ser colocada à mão,<br />
sem ser forçada ou torcida. Nunca<br />
monte as correias nas respectivas<br />
poleias à força ou utilizando chaves<br />
de fen<strong>das</strong>, pois isso poderá<br />
danificar a sua estrutura, comprometendo<br />
a sua normal duração.<br />
- Nunca limpe os componentes do<br />
impulsor de comando (árvores de<br />
cames) com dissolventes corrosivos.<br />
- Proteja a correia de óleos e outros<br />
produtos químicos.<br />
- Em qualquer caso, siga rigorosamente<br />
as instruções de montagem<br />
dos fabricantes de automóveis. À<br />
falta de outra fonte de informação,<br />
as instruções podem ser encontra<strong>das</strong><br />
no manual Autodata –<br />
Mudança da correia dentada.<br />
- Na embalagem da correia encontrará<br />
uma etiqueta adesiva, a<br />
qual deve ser preenchida cuidadosamente<br />
e colocada numa parte<br />
bem visível da carcaça do motor.<br />
- No caso de um componente satélite<br />
da correia estar com problemas,<br />
todos devem ser substituídos.<br />
Não encomende a peça antes<br />
de verificar o estado de todos os<br />
componentes. Existem kits de reparação<br />
completos com um custo<br />
mais vantajoso do que as peças<br />
avulsas.<br />
Armazenamento<br />
As correias de distribuição devem<br />
ser guarda<strong>das</strong> num local seco<br />
e fresco (15-25º C), para poder garantir<br />
o seu desempenho depois de<br />
um período de armazenamento<br />
prolongado. No entanto, o armazenamento,<br />
mesmo em boas condições,<br />
não deve ultrapassar os<br />
cinco anos. As correias devem<br />
permanecer nas suas embalagens<br />
até ao momento da montagem e<br />
ser guarda<strong>das</strong> em lugar seguro, ao<br />
abrigo de impactos. Em nenhum<br />
caso dobre as correias e mantenhaas<br />
afasta<strong>das</strong> de materiais facilmente<br />
inflamáveis, produtos agressivos,<br />
lubrificantes ou ácidos.<br />
Fonte: CONTITECH
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Outubro 2005 01<br />
REPARAÇÃO<br />
de Plásticos Automóvel<br />
COLECCIONÁVEL (I)<br />
0s automóveis modernos utilizam cada vez<br />
mais plásticos na sua construção. A sua<br />
utilização no fabrico de componentes da<br />
carroçaria,por exemplo os pára-choques,<br />
faz com que estejam sujeitos a mais danos.<br />
Para além dos pára-choques,muitos outros<br />
componentes montados nos modernos<br />
automóveis são também em plástico,como<br />
algumas portas,ailerons ou spoilers.<br />
Compreende-se por isso a importância que<br />
tem,para os profissionais da reparação,<br />
conhecerem o comportamento e tratamento<br />
<strong>das</strong> peças de plástico.<br />
Por esta razão,a CESVIMAP - Centro de<br />
Experimentación y Seguridad Vial (MAPFRE),<br />
preparou este Curso,que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> vai publicar em capítulos a partir<br />
desta edição.<br />
Este Curso é destinado a todos os<br />
interessados por este assunto,<br />
nomeadamente:profissionais de bate chapa<br />
e repintura,áreas de após-venda,<br />
fabricantes de equipamentos e produtos<br />
para reparação de plásticos,etc.. Neste<br />
sentido,o Curso está apresentado de uma<br />
forma simples,de fácil leitura e com uma<br />
grande vertente prática,sendo por isso uma<br />
ferramenta de trabalho útil e actual.<br />
I<br />
II<br />
III<br />
IV<br />
V<br />
VI<br />
ÍNDICE<br />
INICIAÇÃO À REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />
OS PLÁSTICOS MAIS UTILIZADOS<br />
NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />
CORRECÇÃO DE DEFORMAÇÕES<br />
REPARAÇÃO POR SOLDADURA<br />
REPARAÇÃO POR ADESIVOS<br />
MEDIDAS DE SEGURANÇA E HIGIENE<br />
NA REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
02 Outubro 2005 REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
I. INICIAÇÃO À REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />
O QUE É UM MATERIAL PLÁSTICO?<br />
O termo plástico designa genericamente os materiais que, uma vez sujeitos a uma pressão, adquirem<br />
uma deformação permanente, isto é, mudam de forma. Contrariamente aos materiais elásticos, que recuperam<br />
a sua forma original quando cessa a força que sobre eles é aplicada, os plásticos não recuperam a<br />
forma original. Mais especificamente, começou a dar-se o nome de plásticos a todos os materiais sintéticossusceptíveisdeseremmoldadosnosmaisdiversosformatos.<br />
Refinaria<br />
Petróleo / Gás Natural<br />
Polimerização<br />
O componente principal de um plástico e o que lhe confere as<br />
suas características básicas é o polímero. Os polímeros são substâncias<br />
de peso molecular elevado, constituí<strong>das</strong> por uma grande<br />
quantidade de moléculas uni<strong>das</strong> entre si, formando cadeias muito<br />
longas. Dá-se o nome de polimerização ao conjunto <strong>das</strong> complexas<br />
reacções químicas necessárias para organizar as moléculas<br />
soltas (monómeros), em longas cadeias moleculares.<br />
Polimerização<br />
PETROQUÍMICA<br />
MONÓMEROS<br />
POLIMERIZAÇÃO<br />
POLÍMERO<br />
Indústria<br />
de fabrico Matéria Prima<br />
Novos materiais<br />
Granulado<br />
Granulado<br />
Indústria de<br />
transformação<br />
Produtos acabados<br />
Fundamentalmente, existem dois tipos de polimerização: a poliadição<br />
e a policondensação. No primeiro caso as moléculas são liga<strong>das</strong><br />
entre si sem modificar apreciavelmente a sua forma original,<br />
enquanto que no segundo processo as cadeias de moléculas são forma<strong>das</strong>,pelomenos,pordoistiposdiferentesdemoléculas.<br />
Durante este tipo de polimerização produz-se uma reacção entre<br />
osdiferentescompostos,libertando-semoléculasdeágua(H2O).<br />
CARBOQUÍMICA<br />
Poliadição<br />
Carvão<br />
Alcatrão<br />
Os plásticos são constituídos por polímeros, isto é, substâncias cuja organização molecular foi manipulada,<br />
para se obter maior estabilidade e uniformidade, tendo em vista a criação de materiais facilmente<br />
conformáveisequimicamenteestáveis.<br />
As matérias-primas a partir <strong>das</strong> quais se podem produzir os plásticos são basicamente compostos de<br />
carbono (C) e hidrogénio (H), podendo conter, em certos casos, pequenas porções de oxigénio (O), azoto<br />
(N) e enxofre (S). Estão neste caso a celulose, o carvão, o petróleo, gás natural, etc. No entanto, na actualidade,<br />
o petróleo e o gás natural são produtos mais utilizados na produção de plásticos, essencialmente<br />
devido a razões económicas. A parte do petróleo bruto utilizada para a produção de plástico é a nafta<br />
(cerca de 1/3 do total), a partir da qual são obtidos produtos como o etileno, o propileno, o butileno, entre<br />
outros. A petroquímica apenas aproveita cerca de 10% do crude refinado, dos quais 6% são aplicados na<br />
produçãodeplásticos.<br />
Do petróleo aos plásticos<br />
Gasóleo<br />
Fuelóleo<br />
52%<br />
Petróleo<br />
100%<br />
Naftas<br />
28%<br />
Outros<br />
20%<br />
Policondensação<br />
PRINCIPAIS TIPOS DE PLÁSTICOS<br />
A forma mais simples de classificar os diversos tipos de plásticos<br />
é dividi-los em dois grupos principais, segundo o seu comportamento<br />
face ao calor: os termoplásticos e os termo estáveis.<br />
Comportamento de um<br />
termoplástico frente ao calor<br />
- No primeiro grupo, temos os termoplásticos,<br />
que em frio são geralmente<br />
duros, amolecem e fundem-se<br />
ao serem aquecidos, voltando a recuperar<br />
as propriedades iniciais, depois<br />
de arrefecerem novamente. Em função<br />
destas características, os termoplásticos<br />
podem ser conformados com<br />
calor as vezes que for necessário,<br />
podendo igualmente ser soldados. No que respeita a soldadura, no<br />
entanto, há certos tipos de termoplásticos que apresentam problemas<br />
ao soldar, tendo que ser aplicados outros processos de reparação.<br />
Gasolinas<br />
18%<br />
Matérias-primas<br />
Petroquímicas<br />
10%<br />
Plásticos<br />
6%<br />
Outros produtos<br />
Químicos<br />
4%<br />
Comportamento de um termo<br />
estável frente ao calor<br />
- No segundo grupo, o dos termo<br />
estáveis, não se verifica qualquer<br />
deformação em face do calor, mas o<br />
aquecimento excessivo (ou chama)<br />
provoca a sua deterioração. Devido a<br />
esta característica não podem ser soldados,<br />
tendo que ser aplicados outros<br />
métodos de ligação. A maior parte<br />
dos plásticos termo estáveis são reforçados, sendo compostos por<br />
uma resina termo estável e por cargas de fibras de origem natural<br />
ou sintética. Apresentam-se rígidos e fibrosos, quebrando face a<br />
impactos fortes, com estilhaçamento do material.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Outubro 2005 03<br />
Na grande maioria <strong>das</strong> situações é necessário adicionar<br />
ao polímero obtido no processo de polimerização<br />
uma certa quantidade de produtos complementares,<br />
denominados aditivos, que se destinam a dotar o material<br />
plástico final com as características adequa<strong>das</strong> à<br />
sua utilização prática. Há casos em que os aditivos se<br />
OS MATERIAIS ADITIVOS<br />
destinam a tornar as operações de moldagem mais<br />
fáceis e mais rápi<strong>das</strong>, enquanto que noutros casos os<br />
aditivos estão estreitamente ligados ao uso que se pretende<br />
fazer do material. De uma quantidade quase infinita<br />
de aditivos que é possível adicionar aos polímeros,<br />
tentaremoscaracterizardeseguidaosprincipais:<br />
ESTABILIZADORES<br />
São compostos que depois de adicionados ao polímero actuam directamente sobre a cadeia de moléculas,<br />
defendendo-odecertosagentesdedegradação,comoéocasodooxigénio,docalor,daradiaçãoluminosa,etc.<br />
ABSORÇORES DE ULTRAVIOLETAS<br />
Estes elementos são chamados também filtros UV, pois actuam de forma passiva, como uma barreira contra a<br />
radiaçãoultravioleta,impedindo-aquedanifiqueopolímero.<br />
FLEXIBILIZANTES<br />
Estes aditivos caracterizam-se por se introduzirem nas cadeias moleculares dos polímeros, actuando como<br />
almofa<strong>das</strong>, o que permite ao polímero apresentar um certo grau de flexibilidade, de acordo com o uso que se<br />
pretende dar ao material plástico final. No entanto, nem todos os tipos de polímeros aceitam este tipo de<br />
aditivos,havendocasosemquepodemdesorganizarasuaestruturamolecular.<br />
LUBRIFICANTES<br />
Em certos plásticos, o atrito interno da massa provocado pela sua fusão, resulta num efeito perverso de<br />
aquecimento, que pode chegar a degradar o polímero. Noutros casos, há plásticos que têm dificuldade em<br />
deslizar na superfície <strong>das</strong> máquinas, moldes e matrizes utilizados na sua produção. No primeiro caso, são<br />
utilizados lubrificantes internos, enquanto que no segundo o problema fica resolvido com a aplicação de<br />
lubrificantesexternos.<br />
COLORANTES<br />
O aspecto dos polímeros acabados de fabricar é geralmente descolorido, podendo apresentar-se transparente,<br />
em tons de amarelo ocre e em tons de acastanhado. Para que o material tenha uma apresentação mais estética e<br />
atractiva,adaptadaàsutilizaçõesdoprodutoemtermospráticos,sãoempregadosdiversostiposdecolorantes.<br />
DESMOLDANTES<br />
Estes produtos conferem ao plástico qualidades anti aderentes, sendo aplicados nos moldes para facilitar a<br />
extracção da peça produzida. Parte destes produtos pode depositar-se na superfície da peça, podendo ocasionar<br />
posteriormenteproblemasdeaderência,duranteoperaçõesdereparaçãooupinturadomaterial.<br />
CARGAS DE REFORÇO<br />
A missão destes produtos é aumentar a resistência mecânica do material e assegurar diversos graus de rigidez,<br />
de acordo com o fim pretendido. Estes aditivos podem ser de natureza mineral, orgânica ou metálica,<br />
apresentando-se geralmente na forma de fibras, telas, feltros, fios cortados, etc. Para painéis de carroçaria em<br />
plástico,ovidroemfibraséacargamaisutilizada.<br />
Os plásticos termo estáveis mais utilizados na<br />
indústria automóvel são, na sua maioria, materiais<br />
compostos, formados por uma resina termo estável<br />
e por cargas de reforço. A produção de materiais<br />
compostos tem algo a haver ainda com<br />
processos artesanais. Para se obterem os ritmos de<br />
produçãorequeridospelaconstruçãoautomóvel,é<br />
usorecorreraprodutosintermédios,chamadospré<br />
polímeros. Um pré polímero é um semiproduto,<br />
resultante de uma polimerização incompleta,<br />
comportando-se na prática como um termoplástico.<br />
Este material, quando é submetido à acção do<br />
calor e pressão, torna-se fluido. No entanto, ao<br />
contrário de um termoplástico vulgar, passa por<br />
um processo de cura e endurece, resultando num<br />
produto rígido e resistente que já mão pode voltar<br />
aoestadofluido.<br />
Na composição deste semiprodutos vamos<br />
encontraroselementosseguintes:<br />
-Umaresina(geralmenteumpoliéster<br />
insaturado),cujopapeléasseguraracoesãode<br />
todososmateriais;<br />
-Umcatalisador,parapermitiroendurecimento<br />
daresina;<br />
-Umprodutodedesmoldagem,queevitaquea<br />
peçafiquecoladaaomolde;<br />
-Umaditivotermoplástico,paracompensara<br />
contracçãodaresinaaopolimerizar;<br />
Produção de Termo estáveis<br />
-Ummaterialdereforço,regrageral,<br />
constituídoporfibradevidro.<br />
A forma de apresentação destes semiprodutos<br />
depende do sistema de moldagem a que vão ser<br />
submetidos. Na moldagem por compressão o produto<br />
apresenta-se na forma de uma argamassa,<br />
enquanto que na moldagem por injecção se apresenta<br />
no estado fluido. Na moldagem por compressão,<br />
os semiprodutos termo estáveis também<br />
se podem apresentar sob a forma de folhas ou lâminaspréimpregna<strong>das</strong>.<br />
Para tornar as diferentes opções mais inteligíveis,<br />
é usual no mundo automóvel atribuir siglas<br />
aos diversos grupos de materiais, consoante a sua<br />
composição e a forma de produção. Estas siglas<br />
figuram nas peças acaba<strong>das</strong>, sendo necessário não<br />
as confundir com os tipos de plástico (também<br />
identificados por uma sigla na peça). As principais<br />
siglasconvenciona<strong>das</strong>sãoasseguintes:<br />
-SMC(SheetMouldingCompound)composto<br />
paramoldagememlâminas:<br />
-BMC(BulkMouldingCompound)composto<br />
demoldagemagranel;<br />
-DMC(DoughMouldingCompound)<br />
compostoparamoldagememmassa;<br />
-ZMC-Estasiglaidentificauma<br />
tecnologia/produto(material/prensa/linhade<br />
acabamento),altamenteautomatizada.<br />
TÉCNICAS DE PRODUÇÃO<br />
As técnicas de transformação dos plásticos visam obter artigos<br />
de utilidade comercial, apresentando-se muito diversifica<strong>das</strong>:<br />
extrusão, injecção, moldagem, prensagem, mecanização, etc.<br />
Destes processos, alguns podem aplicar-se a ambos os tipos principais<br />
de plásticos, enquanto que outros resultam melhor com<br />
cada tipo de plástico.<br />
Produção de Termoplásticos<br />
Na produção de artigos à base de materiais termoplásticos, é<br />
aproveitada a capacidade destes em fluírem ao ser aquecidos,<br />
podendo ser aplica<strong>das</strong> as seguintes técnicas de transformação:<br />
Extrusora de parafuso<br />
Extrusão<br />
Com este processo, que<br />
consiste em forçar a passagem<br />
do material no estado<br />
pastoso, através de uma<br />
boquilha com uma geometria<br />
determinada, podem obter-se<br />
longitudes praticamente ilimita<strong>das</strong>, sempre com a mesma secção.<br />
As máquinas de extrusão de plásticos são basicamente constituí<strong>das</strong><br />
por um cilindro metálico, no interior do qual roda, a<br />
velocidade controlada, um veio do tipo sem fim. A fusão do plástico<br />
é assegurada pelo aquecimento externo e pelo próprio atrito<br />
da massa ao ser impulsionada pela máquina. Embora este processo<br />
seja na maioria dos casos preferido para os termoplásticos,<br />
há certos tipos de materiais termo estáveis que podem ser igualmente<br />
extrudidos. Por este processo, utilizando boquilhas diferentes<br />
e outros equipamentos auxiliares, podem ser produzidos<br />
placas e películas de diversas espessuras, tubos, varetas e todo o<br />
tipo de perfilados habitualmente usados em automóveis, para<br />
além de revestimentos de cabos, de lâminas, etc.<br />
Esquema de molde por injecção<br />
Injecção<br />
Este processo é também<br />
efectuado a quente, com o<br />
plástico num estado bastante<br />
fluido. O material é<br />
injectado a alta pressão<br />
num molde estanque,<br />
igualmente aquecido, tendo<br />
que ocupar todo o volume<br />
disponível. Ao abrir-se<br />
o molde, depois de arrefecido,<br />
sai uma peça que reproduz<br />
fielmente o desenho<br />
interior do molde. Este<br />
processo é utilizado universalmente<br />
para todo o<br />
tipo de peças molda<strong>das</strong>.<br />
Também é possível produzir<br />
por esta técnica peças de materiais termo estáveis e de<br />
espuma, requerendo obviamente equipamentos e afinações<br />
específicos. Os artigos produzidos por este processo são os<br />
mais diversos, podendo ser peças em polímero puro, peças<br />
com inserções metálicas (em moldes especiais) e peças<br />
constituí<strong>das</strong> por materiais diferentes (utilizando vários injectores<br />
no mesmo molde). Na indústria automóvel esta técnica<br />
é principalmente usada para produzir peças de carroçaria<br />
(pára choques, painéis de bordo, consolas, tampões, caixas<br />
de faróis, etc.), para além de um sem número de peças<br />
técnicas.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
04 Outubro 2005 REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
Moldagem de Termo estáveis<br />
Como já foi referido anteriormente, os dois principais<br />
processos de moldagem de plásticos termo estáveis<br />
são a prensagem e a injecção. Na conformação por<br />
compressão, é necessário uma prensa e o respectivo<br />
molde. O semiproduto é colocado na metade inferior do<br />
molde, preenchendo a cavidade total do molde, quando<br />
este se fecha e se dá o aquecimento e a compressão. O<br />
molde só volta a abrir-se após terminar o processo de<br />
polimerização e cura do material, ficando a peça pronta<br />
para o acabamento.<br />
Moldagem por compressão de SMC<br />
MOLDE<br />
QUENTE<br />
MATERIAL PRÉ-IMPREGNADO<br />
CONTRA<br />
MOLDE<br />
QUENTE<br />
Moldagem por injecção. Sistema ZMC<br />
As características <strong>das</strong> peças obti<strong>das</strong> segundo esta<br />
técnica, nas variantes SMC e BMC, apresentam o<br />
seguinte perfil:<br />
-Astensõesinternassãoreduzi<strong>das</strong>aomínimo:<br />
- A boa distribuição <strong>das</strong> fibras (especialmente na<br />
variante SMC) confere excelentes qualidades mecânicasegrandeestabilidadedimensional;<br />
- Não é aconselhável utilizar a prensagem em peças<br />
com parede de espessura superior a 10 mm, nem é<br />
exequívelparapeçasdegeometriamuitocomplexa.<br />
Moldagem por compressão de BMC<br />
MOLDE<br />
QUENTE<br />
CONTRA<br />
MOLDE<br />
QUENTE<br />
PREMIX<br />
Na indústria automóvel este processo de conformação<br />
aplica-se especialmente para peças de carroçarias<br />
(automóveis, camiões, motos), portas posteriores, grelhas<br />
frontais, molduras de janelas, etc.<br />
A moldagem por injecção é preferida para a produção<br />
de peças em grande série, sendo por norma todos os<br />
processos automatizados, para permitir ritmos de produção<br />
elevados. Os semiprodutos usados nestes processos<br />
são os BMC e ZMC. Contrariamente à<br />
prensagem, a moldagem por injecção permite obter<br />
peças de geometria complexa e de baixa porosidade.<br />
Nas peças de poliuretano, são usados outros tipos de<br />
injecção, permitindo ciclos de tempo mais curtos,<br />
devido à própria natureza da reacção química do<br />
material.<br />
A sigla R.I.M. (Resin Ijection Moulding), refere-se a<br />
uma técnica de injecção de resina líquida de poliuretano<br />
num espaço oco, formado por um molde e o respectivo<br />
contra molde. Na sigla R-R.I.M. (Reinforced<br />
RIM) a diferença consiste no facto do material ser<br />
reforçado com cargas de fibras de diversos tipos, incorpora<strong>das</strong><br />
previamente nos produtos a injectar.<br />
Dependendo do tipo de reacção química obtida, é possível<br />
obter por esta técnica espuma rígida ou semi<br />
rígida, ou um material em massa. Com a sigla S-R.I.M.<br />
(Structural RIM) temos um sistema de injecção semelhante<br />
ao anterior, com a diferença do material de<br />
reforço, constituído por fios contínuos, ser colocado<br />
previamente no interior do molde, antes da injecção do<br />
plástico.<br />
Com estes processos é possível obter peças em<br />
grande e médias séries, sendo os artigos automóvel<br />
mais comuns os pára-choques, spoilers, assentos, acessórios<br />
interiores e exteriores da carroçaria, tampas do<br />
motor, colectores de admissão, etc.<br />
II - OS PLÁSTICOS MAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />
Embora exista uma grande diversidade de materiais<br />
plásticos, há um pequeno número de produtos, os denominados<br />
“plásticos comerciais“, que representa cerca de<br />
70% do consumo total. Na indústria automóvel os plásticos<br />
estão a impor-se facilmente, devido às suas características<br />
favoráveis de custo, baixa densidade e resistência à<br />
corrosão, representando cerca de 10% do peso total de um<br />
veículo médio, ou seja, mais de 120 kg. Em volume, no<br />
entanto, esta presença dos plásticos nos veículos actuais é<br />
bastante significativa, sendo a indústria automóvel o<br />
quarto sector no ranking dos maiores consumidores de<br />
plásticos. De seguida, faremos uma descrição dos principais<br />
materiais utilizados no sector automóvel, sendo cada<br />
material acompanhado da respectiva sigla técnica (entre<br />
parêntesis), a fim de facilitar aos operadores de reparação<br />
arápidaidentificaçãodomaterialareparar.<br />
PRINCIPAIS TERMOPLÁSTICOS<br />
POLIAMIDA(PA)-Estematerialcombinafacilmente<br />
comoutrostiposdeplásticoseadmiteaadiçãodecargas<br />
dereforço.Éproduzidoemváriasdensidadesegrausde<br />
flexibilidade,podendoapresentaraconsistênciasimilarà<br />
borrachaouserrígidocomoonylon.Apresentaboas<br />
qualidadesderesistênciamecânica(impactoedesgaste)e<br />
podeserfacilmentetrabalhadoàmáquina.Nãoapresenta<br />
problemasnasoldagem.Asaplicaçõesmaiscomunssão<br />
asgrelhasderadiador,estruturaparaventiladoresdo<br />
radiador,carenagensdemotos,painéisexteriores,etc.<br />
POLICARBONATO(PC)-Apresentaboaresistênciaao<br />
choque,numagamadetemperaturasentre-30ºCe+80ºC.<br />
Emborasendomuitoresistenteaoimpacto,éfácilde<br />
soldaredepintar,desdequesejamseguidosos<br />
procedimentosadequados.Suportatemperaturasna<br />
cabinadepinturaaté120ºC.Possuiumaestruturarígida,<br />
mascomboaelasticidade.Aosoldar,noentanto,deformasecomfacilidadeeproduzbolhas.Noestadopuroeste<br />
materialdistingue-sepelasuagrandetransparência.<br />
Misturadocomoutrosmateriaisémuitoutilizadoem<br />
pára-choques(enorevestimentodestes),carenagensde<br />
motos,spoilers,cantoneiras,grelhas,etc.<br />
POLIETILENO(PE)-Temumaestruturamuito<br />
elástica,masrecuperabemapósimpacto,apresentando<br />
umaspectoeumasensaçãoaotactodetipoceroso(semi<br />
oleoso).Resisteàmaiorpartedosácidosediluentes,mas<br />
tempoucaresistênciaaocinzelamento.Apartirdos87ºC<br />
temtendênciaadeformar-seeéfacilmentemoldável.Ao<br />
tirarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratemtendênciapara<br />
empastar.Asaplicaçõesmaiscomunsdestematerialsão<br />
astubagens,revestimento<strong>das</strong>cavasdero<strong>das</strong>,carcaçade<br />
baterias,amortecedoresdepára-choques,depósitosde<br />
combustível,etc.<br />
POLIPROPILENO(PP)-Estematerialtem<br />
propriedadessemelhantesàsdoPolietileno,massupera-o<br />
emmuitoscasosnoquerespeitaacapacidadesmecânicas.<br />
Érígido,mascomsuficienteelasticidade,tendouma<br />
abordagemvisualetáctilagradável.Resistea<br />
temperaturasaté130ºC.Admitefacilmentecargasde<br />
reforço(talco,fibradevidro,etc.),resultandoem<br />
materiaiscomcapacidadesmecânicasmuito<br />
interessantes.Dereferir,queoPolipropilenotema<br />
indústriaautomóveluma<strong>das</strong>suasprincipaisaplicações.<br />
Podeseraplicadonofabricodetubagens,carcaçasde<br />
baterias,carcaçasparaossistemasde<br />
ventilação/aquecimento,pára-choques,revestimentos<br />
interioreseexterioresdacarroçaria,etc.<br />
POLIPROPILENO/ETILENO–PROPILENO–DIENO<br />
(PP/EPDM)-Estematerialpossuiumaestruturaelástica<br />
comboarecuperaçãoàdeformaçãoporimpacto.Contacto<br />
visualetáctilceroso.Pode-sesoldarfacilmenteetem<br />
tendênciaparadeformar-seapartirdos90ºC.Éresistente<br />
àmaioriadosdissolventes,masdanifica-sefacilmenteao<br />
cinzelamento.Aoeliminarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratende<br />
aempastar-se.Asaplicaçõesindustriaissãosemelhantesà<br />
dosprodutosjáreferidosqueintegramestematerial.<br />
POLICLORETODEVYNIL(PVC)-Admitediversos<br />
aditivos,dandoorigemamateriaisaparentementedistintos.Podeapresentarestruturasrígi<strong>das</strong>ouflexíveis(em<br />
váriosgraus),oferecendoaltaresistênciaaodesgaste.<br />
Aplicaçõescomunsdestematerialsãoasmoldurasexterioresdejanelaseportas,cablagens,pavimentospara<br />
autocarros,borrachassintéticas,etc.<br />
ACRILONITRILOBUTADIENOESTIRENO(ABS)-<br />
Apresentaestruturarígidaeproduzbolhasàsuperfície<br />
quandochegaàtemperaturadefusão,sendomuitodeformável.Atemperaturasinferioresa10ºCasmargensda<br />
soldaduragretam,sendonecessárioaquecerapeçaantes<br />
desoldar.Aoeliminarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratemtendênciaparaempastarfacilmente.OABSpodeserrevestidocomumacapametálica(metalização),podendo<br />
aplicar-seaelementosornamentais.Aplicaçõescomuns<br />
destematerialsãoasgrelhasderadiadoreoutras,tampões<br />
deroda,estruturadopaineldeinstrumentos,spoilers,condutas,acessóriosparainteriores,etc.<br />
ACRILONITRILOBUTADIENOESTIRENO/POLI-<br />
CARBONATO(ABS-PC)-Materialcomrigidezsuperior<br />
aoABScomboaresistênciaaoimpacto.Aoatingiratemperaturadefusãoproduzbolhasnasuperfícieeédeformável.AplicaçõessemelhantesàsdoABS.<br />
POLICARBONATO/POLITEREFTALATODENO<br />
(PC/PBTP)(PC-XENOY)-Temumaestruturamuitorígida<br />
ecomgranderesistênciaentre30ºCe80ºC.Talcomoo<br />
ABS,produzbolhassuperficiaisàtemperaturadefusãoe<br />
deforma-sefacilmente.Aplicaçõesidênticasàsdos<br />
materiaisrígidosanteriores.