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Jornal das Oficinas 001

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3 Euros<br />

Nº1 Outubro 2005<br />

Estudo GIPA 2005 revela<br />

Mercado de reparação<br />

continua em expansão<br />

SOGILUB faz<br />

gestão de óleos usados<br />

Em cerimónia oficial realizada<br />

no passado dia 11 de Agosto,<br />

que teve lugar no Ministério<br />

do Ambiente, foi atribuído pelo<br />

Governo à SOGILUB – Soc.<br />

de Gestão Integrada de Óleos<br />

Lubrificantes Usados, Lda,<br />

uma licença para actuar como<br />

Sociedade Gestora de um sistema<br />

integrado de gestão de<br />

óleos usados.<br />

Continua na página 14<br />

Sumário<br />

Página 22<br />

Veneporte<br />

Empresa de referência no<br />

fabrico de escapes<br />

Página 26<br />

Create Business<br />

Negócio em Crescimento<br />

Página 28<br />

Dossier Peças de Inverno<br />

Manutenção Preventiva<br />

Página 30<br />

Son<strong>das</strong> Lambda<br />

Porque são necessárias?<br />

COLECCIONÁVEL<br />

Curso CESVIMAP<br />

Reparação de Plásticos<br />

Automóvel<br />

Em termos de dimensão, o<br />

mercado nacional de pós-venda<br />

dá assistência a cerca de 4,5 milhões<br />

de automóveis, dos quais<br />

1,1 milhões são comerciais.<br />

Este número permanece praticamente<br />

estabilizado nos três<br />

últimos anos. Os veículos que<br />

circulam nas estra<strong>das</strong> nacionais<br />

percorrem anualmente menos<br />

de 12.900 quilómetros, pouco<br />

mais que nos anos anteriores.<br />

Este parque dá origem no<br />

mercado português a cerca de<br />

12,4 milhões de visitas por ano<br />

às oficinas para realizar operações<br />

de manutenção ou reparação,<br />

não estando aqui incluí<strong>das</strong><br />

as operações de “embelezamento“<br />

(jantes especiais, faróis suplementares,<br />

etc.) nem as reparações<br />

de carroçaria efectua<strong>das</strong><br />

no âmbito <strong>das</strong> seguradoras.<br />

Multiplicando esse total de visitas<br />

pelo seu valor médio, que a<br />

GIPA calculou em 156 Euros,<br />

dá uma cifra superior a 1.900<br />

esta em corel<br />

milhões de euros, o que significa<br />

1,4% do PIB nacional.<br />

Estes números são para reter,<br />

porque muitas vezes o sector da<br />

reparação é considerado de “segunda<br />

divisão“, em relação às<br />

ven<strong>das</strong> de automóveis, por<br />

exemplo. Em termos macro<br />

económicos, no entanto, é um<br />

sector importante que mobiliza<br />

grandes recursos. Se juntarmos<br />

PUB CS<br />

a estes números os negócios<br />

com extras e as reparações pagas<br />

pelo seguro, temos mais de<br />

2% do PIB, o que é notável.<br />

Quando se fala do turismo<br />

como o motor da economia portuguesa,<br />

verificamos que este<br />

significa 8% do PIB, representando<br />

portanto o sector da reparação<br />

auto 1/4 deste montante.<br />

Continua na página 2<br />

Livro de<br />

reclamações<br />

obrigatório a partir de<br />

Janeiro 2006<br />

O diploma aprovado em Conselho<br />

de Ministros no passado<br />

dia 29 de Julho, foi agora publicado<br />

pelo D.L. nº 156/2005, de<br />

15 de Setembro. Este diploma<br />

veio estabelecer a obrigatoriedade<br />

do Livro de Reclamações<br />

para os estabelecimentos de<br />

venda e de reparação de automóveis<br />

novos e usados e para os<br />

postos de abastecimento de<br />

combustíveis, reforçando-se,<br />

desta forma, os procedimentos<br />

de defesa dos direitos dos consumidores.<br />

Início<br />

da Reforma do IA<br />

Na reunião do Conselho de<br />

Ministros do passado dia 22 de<br />

Setembro, foi decidido dar início<br />

à reforma da Fiscalidade<br />

Automóvel (IA), uma medida<br />

há muito aguardada pelas Associações<br />

do sector e pelos automobilistas<br />

em geral. A partir<br />

de 1 de Julho de 2006, os automóveis<br />

com fracas emissões de<br />

gases de escape, serão beneficiados<br />

com reduções no IA.<br />

A NOSSA<br />

TECNOLOGIA<br />

CONDUZ A VOSSA<br />

SEGURAN˙A


02<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

Estamos a viver uma época de<br />

profun<strong>das</strong> mudanças no sector<br />

da reparação automóvel, com as<br />

oficinas a tentarem adaptar-se<br />

rapidamente ás exigências tecnológicas<br />

dos novos modelos. Por<br />

outro lado, os automobilistas<br />

exigem mais rapidez de atendimento<br />

e execução, transparência,<br />

profissionalismo e qualidade de<br />

serviço.<br />

Os desafios para o mercado da<br />

reparação automóvel são por<br />

isso enormes, e a melhor maneira<br />

de os vencer é estar informado,<br />

ser inovador e aceitar as mudanças<br />

que estão a acontecer.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, concebido<br />

e desenvolvido pela AP Comunicação,<br />

empresa vocacionada<br />

para a comunicação na área<br />

do após-venda automóvel, surge<br />

assim numa altura em que o sector<br />

atravessa um período conturbado,<br />

mas ao mesmo tempo aliciante,<br />

pelas novas oportunidades<br />

de negócio que se abrem.<br />

O nosso principal objectivo é<br />

informar os mecânicos e responsáveis<br />

<strong>das</strong> oficinas, sobre as melhores<br />

práticas oficinais, advertir<br />

para práticas lesivas dos direitos<br />

do consumidor, e alertar para o<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é uma publicação<br />

orientada por critérios de rigor editorial e de<br />

serviço ao leitor, que aposta numa<br />

informação técnica e diversificada e num<br />

constante acompanhamento e divulgação <strong>das</strong><br />

melhores práticas do sector.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é 100% independente.<br />

Os fabricantes dos produtos e serviços que<br />

figuram nas nossas páginas, bem como os<br />

anunciantes, não determinam a nossa linha<br />

editorial e as opiniões por nós expressas.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” aborda todos os<br />

assuntos ligados ao mercado da reparação e<br />

manutenção automóvel, através de uma<br />

perspectiva inovadora, e com a máxima<br />

objectividade.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem como objectivo<br />

divulgar novas realidades, dar voz aos<br />

operadores do mercado e servir de meio<br />

privilegiado para o desenvolvimento de<br />

temas relacionados com a manutenção e<br />

reparação automóvel.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem como alvo todos<br />

aqueles que por profissão, necessidade ou<br />

gosto, pretendem ter acesso a uma<br />

informação credível, actual e independente<br />

sobre o que se passa no sector após-venda<br />

automóvel, em Portugal e no Mundo.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” procura corresponder<br />

às necessidades de informação, motivações e<br />

interesses dos profissionais da reparação<br />

automóvel. Para tal, participa no debate <strong>das</strong><br />

grandes questões que se colocam à<br />

actividade, na perspectiva da modernização<br />

do mercado.<br />

Ficha Técnica<br />

Editorial<br />

Mais informação<br />

para as oficinas<br />

ESTATUTO EDITORIAL<br />

cumprimento <strong>das</strong> normas ambientais<br />

dentro <strong>das</strong> oficinas.<br />

Vamos abordar todos os assuntos<br />

ligados ao mercado da manutenção<br />

e reparação automóvel<br />

com a máxima independência,<br />

através de uma perspectiva inovadora,<br />

sem esconder o que quer que<br />

seja e com a máxima objectividade.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> irá responder<br />

às necessidades actuais<br />

<strong>das</strong> oficinas: é um jornal especializado,<br />

prático e de nível profissional.<br />

E é sobretudo um excelente<br />

guia de produto, informando as<br />

oficinas sobre as melhores campanhas<br />

de peças e equipamentos e as<br />

novidades lança<strong>das</strong> pelas marcas<br />

no mercado.<br />

Queremos contribuir para a dinamização<br />

e evolução do sector,<br />

conferindo-lhe a visibilidade que<br />

merece. Com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

o sector da manutenção e reparação<br />

automóvel vai ganhar<br />

uma nova voz.<br />

Contamos com o apoio de todos<br />

os leitores e a vossa necessária<br />

colaboração.<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” acompanhará<br />

permanentemente a nova era da informação<br />

digital: as novas tecnologias, os novos<br />

métodos de negócio, promovendo a sua<br />

divulgação, análise e debate pelos<br />

profissionais.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” representa uma<br />

completa fonte de informação, não só sobre as<br />

novidades lança<strong>das</strong> no mercado, mas também<br />

sobre os melhores procedimentos para uma<br />

boa gestão <strong>das</strong> oficinas.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é uma publicação para<br />

todos os profissionais do sector após-venda.<br />

Usamos uma linguagem simples e acessível<br />

que permite ao leitor retirar o máximo da sua<br />

actividade profissional.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” é produzido por<br />

profissionais, com uma experiência de mais<br />

de dez anos de jornalismo especializado na<br />

área automóvel. As opiniões expressas nos<br />

artigos são basea<strong>das</strong> em pesquisas rigorosas e<br />

objectivas, produzi<strong>das</strong> com base em<br />

entrevistas e reportagens a empresas do<br />

sector.<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” acompanhará o<br />

mecânico nas suas opções de investimento,<br />

pois apresenta as melhores propostas de peças<br />

e equipamentos para o mercado oficinal,<br />

desde as simples ferramentas manuais, aos<br />

sofisticados aparelhos de diagnóstico<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>” tem por objectivo<br />

proporcionar aos leitores um espaço plural e<br />

permanentemente aberto aos acontecimentos<br />

e ao dinamismo do sector. Por isso está<br />

determinado a estreitar a relação com o leitor.<br />

Continuação da página 1<br />

Portugal é o país da Europa onde o serviço independente<br />

tem maior peso, proporcionalmente.<br />

Se juntarmos todos os operadores que<br />

não são oficinas de marca, temos uma proporção de<br />

2/3 para os primeiros e 1/3 para os segundos. Isto<br />

não acontece de forma alguma nos países do centro e<br />

do norte da Europa, onde se verifica precisamente o<br />

contrário. Os países latinos do sul da Europa seguem<br />

a mesma tendência do mercado português, mas Portugal<br />

lidera claramente neste aspecto.<br />

Outra característica digna de referência é o facto<br />

<strong>das</strong> médias de quilómetros efectuados pelos<br />

automobilistas portugueses terem aumentado de<br />

forma continuada, apesar da crise. Em Espanha,<br />

onde os indicadores macro económicos são<br />

positivos, a média quilométrica anual é de 12.700<br />

km por viatura, mas encontra-se estagnada, apesar<br />

deste número ser baixo, em termos europeus. Em<br />

Portugal, passou-se dos 12.600 Km para os 12.900<br />

Km no último ano, o que quer dizer que o mercado<br />

de reparação continua em expansão.<br />

Outro facto que se verifica no Estudo da GIPA, é<br />

que o sector independente tem perdido anualmente<br />

cerca de 1% de quota de mercado para os serviços<br />

oficiais de marca. Isto significa que o sector dos<br />

concessionários está lentamente a tentar recuperar o<br />

mercado. Quanto à possibilidade de muitas oficinas<br />

virem a encerrar, a razão mais provável será o seu<br />

número tremendamente elevado. A concentração da<br />

quota de mercado é indispensável para a<br />

sobrevivência em qualquer país, e em qualquer<br />

situação. Ora, há mais oficinas independentes em<br />

Portugal do que na Alemanha, por exemplo, sendo<br />

que neste último país tudo é superior: parque<br />

automóvel, quilometragens, indicadores sócioeconómicos,<br />

etc.. Também o sector dos pequenos<br />

retalhistas de peças passará por idêntico problema.<br />

O estudo da GIPA também detectou significativas<br />

alterações de estrutura nos clientes que visitam as<br />

oficinas, nomeadamente:<br />

- Envelhecimento do Parque: a idade media<br />

passou para 7,2 anos (contra os 6,7 quatro anos<br />

MERCADO<br />

Estudo GIPA 2005 revela<br />

Ocupação média<br />

<strong>das</strong> oficinas é de 65%<br />

antes) e 30% dos carros que circulam nas<br />

estra<strong>das</strong> portuguesas tem mais de 10 anos.<br />

- Dieselização: 30% do Parque já utiliza gasóleo,<br />

sendo que estes carros fazem mais quilómetros e<br />

obrigam a mais operações de manutenção.<br />

- Aumento do período de garantias <strong>das</strong> marcas.<br />

<strong>Oficinas</strong> multimarca<br />

Ninguém consegue indicar um número de oficinas<br />

que mereça a credibilidade dos analistas do<br />

mercado, variando os números apontados entre as 7<br />

mil e 14 mil oficinas. Mas o que é realmente<br />

importante é que seja qual for o número hoje,<br />

amanhã será outro e inferior.<br />

Neste estudo, a GIPA também revela que a taxa<br />

de ocupação média <strong>das</strong> oficinas é de 65% e que o<br />

número de carros que reparam por semana é de 19,<br />

para uma média de emprego por oficina de 4,2<br />

trabalhadores.<br />

Admitindo que a sobrevivência do sector passa<br />

por aumentar a taxa de ocupação para 75% e que o<br />

número médio de carros por semana deverá subir<br />

para 25, o mercado poderá ter capacidade para um<br />

máximo de 6.000 oficinas multimarcas, e isto na<br />

hipótese de não perderem mercado para as oficinas<br />

de marca.<br />

O "sobredimensionamento" da oferta de serviços<br />

vai acompanhado por carências significativas nos<br />

equipamentos e práticas de gestão. Alguns<br />

exemplos:<br />

- O número de postos de trabalho (elevadores ou<br />

fossas) para reparar veículos é muito inferior<br />

(quase metade) que o número de trabalhadores;<br />

- Apenas 55% <strong>das</strong> oficinas multimarca estão<br />

equipa<strong>das</strong> com computador;<br />

- Unicamente 33% utilizam internet;<br />

- O maior meio de acesso ás informações técnicas<br />

continuam a ser as Revistas, sendo raras as<br />

oficinas com "hot-line" com fornecedores ou que<br />

utilizem internet para este efeito;<br />

- 0,8 é o número de acções de promoção a cliente<br />

final realiza<strong>das</strong> por oficina e ano;<br />

- Somente 28% <strong>das</strong> oficinas multimarca enviaram<br />

alguém a uma acção de formação.<br />

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: António Amorim SUBDIRECTOR: Paulo Homem PROPRIEDADE : AP Comunicação Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231<br />

COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla<br />

Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela<br />

Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Óptima Tipográfica, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 Casais da Serra 2665-305 MILHARADO Telefone:<br />

219.758.038 Fax: 219.855.799 E-mail: optimatipografica@mail.telepac.pt PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº<br />

de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03<br />

Uma publicação da AP Comunicação<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

MERCADO Outubro 2005 03<br />

Recuperação do mercado pelas oficinas de marca<br />

As oficinas multimarca tradicionais dominam<br />

56% do mercado em número de clientes e 48% em<br />

termos de valor, sendo estes valores os mais<br />

elevados dos vários mercados da Europa Ocidental.<br />

Por sua vez, as oficinas de marca trabalham para<br />

27% dos clientes o que corresponde a 31% do total<br />

do negócio, quedando os restantes 20% para outros<br />

circuitos como as oficinas especialistas, autocentros,<br />

estações de serviço, etc..<br />

Mas se estes valores são altos, já o foram mais.<br />

Assim, nos últimos 7 anos, as oficinas multimarca<br />

aumentaram, em valores acumulados, 13,2% o seu<br />

número de clientes, sendo que o Parque cresceu no<br />

mesmo período 32,2% e que a sua estrutura em<br />

envelhecimento, deveria ter feito ganhar mais<br />

12,5%. Nesse mesmo período, as oficinas de marca<br />

aumentaram a sua base de clientes em 65,8%. Esta<br />

recuperação do mercado pelas oficinas <strong>das</strong> marcas<br />

deve-se aos seguintes factores:<br />

- Aumento do período <strong>das</strong> garantias;<br />

- Ajuste nos preços praticados pelas oficinas de<br />

marca;<br />

- Evolução tecnológica dos carros;<br />

- Maior visibilidade <strong>das</strong> oficinas de marca, com<br />

acções promocionais e de marketing, serviços a<br />

clientes, etc.<br />

Novos “players” entram no mercado<br />

Nem tudo no mercado se reduz à análise da<br />

concorrência entre as oficinas de marca e as oficinas<br />

independentes multimarca. De facto, o mercado está<br />

a evoluir e a aproximar-se <strong>das</strong> estruturas já<br />

existentes noutros países europeus, com são o caso<br />

dos Auto-Centros e <strong>das</strong> Redes de <strong>Oficinas</strong>. Em<br />

particular os Autocentros e Serviços Rápidos,<br />

iniciaram nos últimos anos um período de expansão<br />

muito rápida, ultrapassando já o número de 100<br />

oficinas, distribuí<strong>das</strong> por 6 insígnias, de dimensão<br />

significativa, que lhes permite atingir uma quota de<br />

cerca de 3% do mercado.<br />

Pelo contrário, as redes de oficinas estão ainda em<br />

fase inicial de lançamento. Rino e Bosch Car<br />

Services têm alguma dimensão, mas outros<br />

possíveis dinamizadores de redes, como os Grupos<br />

de Compras, têm ainda uma política pouco agressiva<br />

neste domínio.<br />

Um factor novo a considerar é a posição de<br />

indefinição de muitas oficinas <strong>das</strong> redes secundárias<br />

<strong>das</strong> marcas: os designados Agentes. São em geral<br />

oficinas com dimensão adequada, superior à média,<br />

e que pelas alterações surgi<strong>das</strong> no mercado e nas<br />

suas relações com as marcas, estão numa fase de<br />

indefinição, que se traduz numa significativa<br />

redução da sua actividade. São oficinas de muito<br />

interesse para quem queira dinamizar uma rede.<br />

Que futuro?<br />

Desde o início destes estudos realizados pela<br />

GIPA em 1997, que as oficinas multimarca têm<br />

apresentado desci<strong>das</strong> do seu nível de actividade, mas<br />

até 2000 muito moderado (1% ao ano) sendo que<br />

nos últimos quatro anos as desci<strong>das</strong> podem estimarse<br />

em 4%, 6%, 6% e 8% ao ano, o que dá um total<br />

de descida de um quarto do mercado em 4 anos.<br />

E esta queda é tanto maior quanto:<br />

- Menor é a dimensão da oficina;<br />

- Maior é a idade do proprietário;<br />

- Menor é o nível de equipamento oficinal;<br />

- Menor é a taxa de utilização de computador e<br />

internet.<br />

Pode-se concluir que mesmo com uma<br />

(improvável) recuperação do Parque Automóvel nos<br />

próximos anos, o futuro <strong>das</strong> oficinas multimarca de<br />

pequena dimensão está comprometido.<br />

Restam apenas três opções às oficinas:<br />

- Especializarem-se em nichos de mercado (por<br />

produto, por área geográfica, ....) que permita<br />

manter a actividade mesmo com a concorrência<br />

equipada com melhores estruturas. Esta solução<br />

é a mais difícil, já que os nichos de mercado não<br />

abundam e dificilmente as pequenas oficinas<br />

terão "imaginação" para os encontrarem.<br />

- Ganhar dimensão para serem concorrenciais.<br />

Dimensão em equipamentos, mas acompanhada<br />

em investimentos em informação, gestão e<br />

marketing.<br />

- Integrar uma rede, que será a forma mais fácil de<br />

realizar e manter as actualizações necessárias em<br />

informação, gestão e marketing<br />

Recomendações<br />

Uma oficina multimarca média tem 4<br />

trabalhadores, dois postos de trabalho, 20 carros por<br />

semana a reparar, quase nenhum stock de peças e<br />

tem perdido actividade na ordem de 5% ao ano nos<br />

últimos 4 anos. É uma situação que não se pode<br />

prolongar por muito mais tempo. O que fazer então?<br />

Cada caso é um caso, mas podemos dar algumas<br />

recomendações que são váli<strong>das</strong> para todo o sector:<br />

1 - Ganhar dimensão<br />

Três postos de trabalho e quatro ou cinco<br />

trabalhadores já é uma dimensão suficiente.<br />

2 - Actualizar os equipamentos oficinais<br />

São as principais ferramentas de trabalho e<br />

permitem realizar operações que sem eles não são<br />

possíveis. Hoje é viável a sua aquisição em<br />

condições financeiras não muito gravosas.<br />

3 - Adequar o equipamento de processamento<br />

da informação<br />

Sem computador ligado à internet e dotado dos<br />

programas específicos da actividade o futuro não é<br />

possível. Consulta de informações técnicas de carros<br />

e peças, encomen<strong>das</strong> automatiza<strong>das</strong> de peças,<br />

emissão de ordens de trabalho e facturas, gestão de<br />

clientes, ... são tarefas que precisam de equipamento<br />

de tratamento automático da informação.<br />

4 - Mentalidade virada para o cliente<br />

São os clientes que visitam a oficina que<br />

permitem a sua viabilidade. Por isso, é necessário<br />

melhorar o atendimento, explicar bem as reparações<br />

feitas, aplicar as margens correctas sobre as peças e<br />

o tempo de mão de obra que corresponde a cada<br />

operação, informar sobre tempos de reparação,<br />

atender as necessidades dos clientes (carro de<br />

cortesia, boleias,...), alertar sobre próximas<br />

operações de manutenção a realizar, etc.. Será<br />

melhor que, em lugar de 20 carros por semana, as<br />

oficinas consigam reparar 30.<br />

5 - Optimizar as compras de peças<br />

As oficinas utilizam hoje um amplo número de<br />

fornecedores e realizam quase tantos pedidos como<br />

peças que compram. A escolha de poucos<br />

fornecedores com bom nível de serviço e aos quais<br />

se pode encomendar por via electrónica e que<br />

dispõem de distribuição eficiente será uma óptima<br />

opção, mesmo à custa de reduzir margens.<br />

6 - Integrar uma rede<br />

Algumas <strong>das</strong> recomendações indica<strong>das</strong> serão<br />

difíceis para as empresas implementarem sozinhas,<br />

quer por falta de tempo, de hábito e de formação.<br />

Entrar numa rede resolve esses problemas, com<br />

custos moderados. Entrar numa rede é uma óptima<br />

opção para quem queira crescer e consolidar-se no<br />

mercado, adoptando técnicas actualiza<strong>das</strong> na gestão<br />

<strong>das</strong> oficinas.<br />

406 EUROS POR ANO<br />

PARA MANTER O CARRO<br />

Em Portugal, cada automobilista gasta em média a<br />

referida quantia para assegurar a manutenção do seu<br />

veículo, globalizando as suas despesas 1.900 milhões<br />

de euros em 2004. A informação resulta dos Estudos<br />

de Mercado realizados pela GIPA, que dizem também,<br />

que cada condutor visita em média as oficinas<br />

2,60 vezes por ano, sendo o preço média da visita<br />

156 Euros. As operações mais frequentes são a mudança<br />

de óleo (23%), revisões periódicas (17%), problemas<br />

específicos (15%), revisões recomenda<strong>das</strong><br />

(12%), mudança de pneus (10%) ou acidentes (6%).


NATAL ESPECIAL COM<br />

ESTE ANO A SONICEL E A MONROE VÃO AJUDAR NAS COMPRAS DE NATAL<br />

ENTRE 15 DE OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005<br />

AGARRE-SE AOS AMORTECEDORES MONROE E GANHE PONTOS<br />

PARA TROCAR POR MÁGNIFICOS PRÉMIOS<br />

OU OU<br />

=<br />

3 PONTOS<br />

=<br />

1 PONTO<br />

NA COMPRA DE UM PAR DE AMORTECEDORES MONROE<br />

ADVENTURE / MAGNUM / REFLEX / RIDE & LIGHT LEVEL / SENSA-TRAC E VANMAGNUM<br />

ENTRE 15 DE OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 SERÃO ATRIBUÍDOS TRÊS (3) PONTOS.<br />

NA COMPRA DE UM AMORTECEDOR<br />

MONROE ORIGINAL ENTRE 15 DE<br />

OUTUBRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2005<br />

SERÁ ATRIBUÍDO UM (1) PONTO.<br />

1.238 PONTOS<br />

Televisor Plasma<br />

TH-42PA50<br />

974 PONTOS<br />

Televisor LCD<br />

TX-32LX50<br />

950 PONTOS<br />

1 Viagem<br />

ao Brasil<br />

580 PONTOS<br />

Câmara de Vídeo Digital<br />

NV-GS150


E<br />

470 PONTOS<br />

Ar condicionado<br />

Mural Split 12.000 BTU<br />

390 PONTOS<br />

Ar condicionado<br />

Mural Split 9.000 BTU<br />

300 PONTOS<br />

Home Cinema<br />

SC-HT885<br />

180 PONTOS<br />

Gravador DVD<br />

DMR-ES10<br />

46 PONTOS<br />

CD Portátil<br />

SL-SX320<br />

46 PONTOS<br />

Micro-On<strong>das</strong><br />

NN-S255<br />

Regulamento<br />

A Campanha Natal Sonicel / Monroe irá decorrer entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro de 2005.<br />

A Campanha Natal Sonicel / Monroe destina-se a todos os clientes da Sonicel.<br />

Por cada AMORTECEDOR MONROE ORIGINAL adquirido entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro, será atribuído um (1) ponto que se encontra colado na embalagem dos<br />

amortecedores.<br />

Por cada par de AMORTECEDORES MONROE ADVENTURE / MAGNUM / REFLEX / RIDE & LIGHT LEVEL / SENSA-TRAC E VAN MAGNUM adquirido entre 15 de<br />

Outubro e 31 de Dezembro, serão atribuídos três (3) pontos que se encontram colados na embalagem dos amortecedores.<br />

Os pontos somente podem ser encontrados nas caixas dos amortecedores MONROE que forem adquiridos à rede de distribuição Sonicel entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro<br />

de 2005.<br />

Para resgatar os prémios pretendidos, deverá destacar os pontos e enviá-los via CTT ou entregá-los ao distribuidor da rede Sonicel com a indicação do prémio pretendido até<br />

ao dia 15 de Janeiro de 2006. Após a recepção dos pontos, o Distribuidor Sonicel deverá proceder ao envio via CTT para as instalações da Sonicel sitas em Carnaxide e na Maia,<br />

sendo sempre considerada a data postal da correspondência para efeitos de cumprimento do prazo estipulado (15 de Janeiro de 2006).<br />

Sonicel, Lda<br />

Sonicel Carnaxide<br />

Zona Industrial da Maia – Sector 1, Nº425, Lote 12<br />

Praceta <strong>das</strong> Fábricas, 5 Outurela<br />

4471-132 Gemunde 2794-012 Carnaxide<br />

Em caso de necessitar algum esclarecimento adicional poderá fazê-lo junto da nossa equipa de ven<strong>das</strong> ou através do nosso e-mail.<br />

Açores / Lisboa Margem Sul / Madeira Conceição Silva – 93 269 00 04 • Alentejo / Beira Interior António Caroucinho – 93 269 00 14 • Algarve João Paulo Matos –<br />

93 269 00 12 • Alto Douro / Trás – Os – Montes Domingos Barreto – 93 259 04 57 • Aveiro Marco Aurélio – 93 269 00 31 • Coimbra Paulo Henriques – 93 269 00 15 •<br />

Douro Litoral Fernando Coelho – 93 269 00 17 • Leiria / Santarém Luís Simões – 93 269 00 06 • Lisboa Cidade Pedro Azinheiro – 93 670 78 68 • Lisboa Norte César<br />

Ferreira – 93 269 00 05 • Minho Belmiro Alves – 93 269 00 09<br />

Loja Sonicel Carnaxide Loja Sonicel Maia e-mail Geral<br />

Tel.: 21 424 53 08/14/31 Tel.: 22 944 49 78/79/59 pecas.auto@sonicel.pt<br />

Fax: 21 424 53 60 Fax: 22 944 49 83<br />

e-mail: loja.carnaxide@sonicel.pt<br />

e-mail: loja.maia@sonicel.pt


06<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

TENNECO<br />

AUTOMOTIVE ASSINA<br />

NOVOS CONTRATOS<br />

Representando 800 milhões de<br />

dólares por ano, os novos contratos<br />

de fornecimento de equipamento<br />

original, tanto nos EUA<br />

como na Europa, foram assinados<br />

pela Tenneco Automotive.<br />

As tecnologias inovadoras em<br />

sistemas de escape para veículos<br />

diesel e suspensões de controlo<br />

electrónico (CES) foram os trunfos<br />

jogados para obter mais estes<br />

contratos.<br />

HENKEL RELANÇA GAMA<br />

DE COLAS NURAL<br />

Comercializa<strong>das</strong> com a marca<br />

Pattex, as colas Nural incluem 10<br />

famílias de produtos, orientados<br />

para a colagem dos mais diversos<br />

materiais e especialmente concebidos<br />

para actividades de bricolage,<br />

reparação e construção naval<br />

e automóvel. Para facilitar a<br />

escolha do utilizador, as novas<br />

embalagens <strong>das</strong> colas Pattex Nural<br />

têm diferentes cores, segundo<br />

o grupo a que pertencem.<br />

MERCEDES CLASSE S<br />

EQUIPADO COM JURID<br />

O grupo Honeywell vai equipar<br />

o novo modelo da DaimlerChrysler<br />

com materiais de<br />

fricção Jurid para os discos dianteiros,<br />

posteriores e travão de<br />

mão. Já anteriormente a Honeywell<br />

tinha garantido o fornecimento<br />

de material de fricção para<br />

os Mercedes <strong>das</strong> classes A, C, E<br />

e SL. As pastilhas destina<strong>das</strong> aos<br />

modelos Mercedes são fabrica<strong>das</strong><br />

em Glinde (Alemanha).<br />

MAGNETI MARELLI<br />

APRESENTA NOVAS LÂMPADAS<br />

No mais recente catálogo de<br />

lâmpa<strong>das</strong> do fabricante italiano<br />

Magneti Marelli, surgem novas<br />

referências, entre as quais as<br />

lâmpa<strong>das</strong> Long Light, cuja tecnologia<br />

à base de gás kripton<br />

oferece uma duração duas vezes<br />

superior à de uma lâmpada comum.<br />

Por seu turno, as novas<br />

lâmpa<strong>das</strong> Duty possuem filamentos<br />

reforçados e soldaduras<br />

de tantalio, permitindo resistir ao<br />

maior nível de vibrações e de<br />

choques verificados nos veículos<br />

industriais.<br />

BLUE PRINT COM<br />

FILTROS MAIS COMPETITIVOS<br />

Num total de 24 referênciaschave<br />

de filtros de óleo e ar da<br />

Blue Print, decidiu a marca efectuar<br />

uma redução de preço, numa<br />

estratégia que garante a continuidade<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> dos seus produtos<br />

onde se incluem veículos japoneses<br />

e coreanos anteriores a<br />

2<strong>001</strong>. Pretende a Blue Print dinamizar<br />

as ven<strong>das</strong> em referências<br />

que são de aplicação num parque<br />

envelhecido.<br />

Loja Civipartes do Carregado<br />

é um sucesso<br />

Fez em Setembro um ano que a Civipartes<br />

abriu no Carregado a sua mais recente loja. Com<br />

o objectivo estratégico de estar mais próxima dos<br />

clientes, a nova loja do Carregado superou largamente<br />

as expectativas dos responsáveis da empresa,<br />

apresentando um volume de ven<strong>das</strong> superior<br />

em 10% às previsões iniciais da empresa.<br />

Segundo Casaca Gonçalves, Director Comercial<br />

do Grupo Civipartes “não tínhamos dúvi<strong>das</strong><br />

sobre a importância estratégica desta loja, cujos<br />

A Bragalis está a desenvolver diversas campanhas<br />

de acordo com a época do ano em que<br />

estamos a entrar. Com a chegada do frio e da<br />

chuva, é necessário haver um reforço da segurança<br />

em determinados aspectos de uma viatura.<br />

Atendendo a isso, a Bragalis tem a decorrer<br />

até final do mês de Outubro uma campanha de<br />

amortecedores da Bilstein, através de descontos<br />

especiais por escalões e quantidades, que segundo<br />

José Alberto, Sócio-Gerente da Bragalis,<br />

“será uma campanha muito competitiva, até<br />

porque esta marca de amortecedores, graças à<br />

sua excelente qualidade, começa a ganhar um<br />

espaço importante no nosso mercado”.<br />

No capítulo da travagem / fricção, nomeadamente<br />

em pastilhas, discos, maxilas e avisadores<br />

de travão da Textar, está a ser desenvolvida<br />

uma campanha de oferta de fatos treinos da<br />

marca Textar, que decorrerá até finais de Outubro,<br />

na compra de produtos desta marca em<br />

quantidades pré-defini<strong>das</strong>.<br />

No capítulo da travagem / hidráulica, a Bragalis<br />

está a desenvolver com a marca LPR<br />

(Bombas e bombitos de travão) uma campanha<br />

de oferta de fatos macaco profissionais na compra<br />

de produtos desta marca por quantidades.<br />

Está campanha vai também decorrer até final<br />

do mês de Outubro.<br />

resultados alcançados estão acima <strong>das</strong> nossas expectativas.<br />

Ao fim de um ano de actividade, podemos<br />

afirmar que conseguimos, através do serviço<br />

de qualidade prestado, ser o distribuidor de<br />

peças de referência nesta área estratégica para o<br />

sector rodoviário”.<br />

Esta aposta numa zona considerada um importante<br />

eixo rodoviário, onde estão instala<strong>das</strong><br />

muitas <strong>das</strong> empresas do sector de actividade da<br />

Civipartes, permite-lhe reforçar as ven<strong>das</strong> nos<br />

seus clientes e conquistar novas oportunidades<br />

de negócio.<br />

O Grupo Civipartes é formado por um conjunto<br />

de empresas especializa<strong>das</strong> na comercialização<br />

de componentes para veículos pesados (camiões,<br />

autocarros e atrelados) e equipamentos oficinais.<br />

A empresa tem uma vasta presença a nível nacional,<br />

possuindo instalações em Lisboa, Porto, Leiria,<br />

Carregado, Albergaria e Seixal.<br />

Novas campanhas da Bragalis<br />

Nas lâmpa<strong>das</strong> da Hella, uma <strong>das</strong> marcas históricas<br />

na Bragalis, está a ser desenvolvida<br />

uma promoção em que existe um preçário por<br />

escalões de quantidades “com preços vs qualidade<br />

imbatível”, refere José Alberto. Tal como<br />

nas restantes campanhas, também nas lâmpa<strong>das</strong><br />

da Hella a campanha decorrerá até finais<br />

de Outubro.<br />

Com mais de 20 anos de história, a Bragalis é<br />

uma empresa grossista, dedicada à importação<br />

e comércio de peças e acessórios para automóveis,<br />

direccionada exclusivamente para balcões<br />

retalhistas, como forte incidência na região do<br />

Minho.<br />

Brindauto abre loja em Lisboa<br />

Com mais de 40 anos no mercado dos acessórios<br />

para automóveis, e possuindo uma vasta gama de<br />

produtos, a Brindauto deu recentemente um novo<br />

passo na sua actividade com a entrada em força no<br />

sector <strong>das</strong> peças, tendo introduzido na sua gama as<br />

marcas Fram, Ferodo, Brembo e Quinton Hazel.<br />

Um dos principais alicerces desta nova política<br />

de produto da Brindauto, passou pela inauguração<br />

de novas instalações, nomeadamente uma<br />

loja de ven<strong>das</strong>, aberta ao público e a profissionais,<br />

na Rua de Bissau, nº11, no Prior Velho às<br />

portas de Lisboa.<br />

Conquistar novos clientes e diversificar a oferta<br />

de produtos são os objectivos principais desta estratégia<br />

da Brindauto, empresa que já representava<br />

marcas tão importantes como Elf, Wynn´s, WD-40,<br />

Slick 50, NGK, Delphi e Valeo.<br />

Macos lança<br />

novos produtos auto<br />

A Macos, empresa com sede<br />

no Porto, lançou recentemente<br />

quatro novos produtos com a<br />

sua própria marca. Pertencentes<br />

à linha de produtos químicos da<br />

marca Macos, estão agora disponíveis<br />

um novo limpa jantes,<br />

que permite potenciar a limpeza<br />

de jantes com um mínimo de<br />

produto e um Champô com cera,<br />

que restitui ao veículo as características<br />

principais da sua cor<br />

original, evitando por mais tempo<br />

a sujidade do automóvel.<br />

Para outro tipo de necessidades,<br />

a Macos lançou também<br />

com a sua marca os toalhetes<br />

multi-usos e uma micro lanterna,<br />

dois acessórios sempre úteis<br />

dentro de um automóveis.<br />

Com mais de 1.000 clientes<br />

(entre casas de acessórios, postos<br />

de abastecimento de combustível,<br />

oficinas, centro-rápidos,<br />

etc), a Macos é também especialista<br />

na fabricação de<br />

chapas de matrícula, autoparaventos<br />

e portabagagens.<br />

H2Auto lança<br />

serviço promocional<br />

Sediada em Coimbra a H2Auto<br />

dedica-se ao mercado profissional<br />

da limpeza e lavagem automóvel<br />

em grande parte do país, nomeadamente<br />

na zona litorial.<br />

Da extensa lista de serviços que<br />

presta nesta área, para concessionários,<br />

stand’s e oficinas, a H2Auto<br />

faz um desconto promocional de<br />

20% no serviço de Recondicionamento<br />

Integral. Com preços de venda<br />

ao público que vão dos 125 aos<br />

150 Euros (dependendo do tipo de<br />

carro), o Recondicionamento Integral<br />

é um serviço que tem as seguintes<br />

particularidades:<br />

- Lavagem do motor e tratamento<br />

peças plásticas<br />

- Lavagem manual carroçaria, cavas<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> e jantes<br />

- Lavagem do porta-bagagem<br />

- Aplicação manual de cera e polimento<br />

manual<br />

- Limpeza, c/ produtos próprios, de<br />

to<strong>das</strong> as tapeçarias (forras tecto,<br />

portas, porta-bagagem, bancos,<br />

alcatifas e tapetes)<br />

- Limpeza / tratamento de borrachas,<br />

plásticos e metais interiores<br />

- Limpeza e tratamento de borrachas<br />

e plásticos exteriores<br />

- Limpeza interior e exterior dos vidros<br />

c/ remoção autocolantes<br />

- Limpeza e tratamento dos pneus,<br />

incluindo suplente<br />

Para mais informações poderá<br />

contactar o 808 210 003.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Outubro 2005 07<br />

Continental líder na Europa<br />

A conhecida marca de pneus alemã,<br />

Continental, reforçou a sua<br />

posição de liderança no fabrico<br />

de pneus para o primeiro equipamento<br />

em todo o mercado<br />

europeu, com uma quota de<br />

26%, uma situação que traduz<br />

que um em cada quatro<br />

automóveis novos<br />

construídos em toda a<br />

Europa possui pneus da<br />

Continental. A reforçar<br />

esta posição de liderança,<br />

a Continental ocupa o<br />

4º lugar mundial de parceira<br />

de negócios com<br />

fabricantes de veículos,<br />

com 20 por cento de quota,<br />

só no mercado dos países<br />

NAFTA.<br />

Em 2004 a Continental<br />

cresceu 12 por cento no volume<br />

de ven<strong>das</strong> para a indústria<br />

automóvel global, e divulgou<br />

outros 5 por cento de ganho<br />

nos primeiros seis meses de 2005.<br />

Este sucesso foi tornado possível<br />

graças à estreita colaboração entre a<br />

Continental e os fabricantes de<br />

automóveis nos respectivos<br />

projectos de engenharia.<br />

Só em 2004, a Continental<br />

forneceu cerca de 41 milhões<br />

de pneus ligeiros à<br />

indústria automóvel no geral.<br />

Andreas Esser, responsável<br />

da Continental pelo<br />

fornecimento de pneus<br />

de passageiros para o<br />

mercado mundial do<br />

Equipamento Original,<br />

afirmou que “a montagem<br />

como equipamento<br />

original é igualmente uma<br />

boa recomendação para o<br />

mercado de substituição, e<br />

graças a estas parcerias<br />

com os fabricantes de automóveis,<br />

a perícia dos nossos<br />

engenheiros e os nosso produtos<br />

mantêm-se ao nível mais<br />

elevado".<br />

Europeças<br />

distribui Blue Print<br />

Situada em Lisboa e Porto, a Europeças, uma <strong>das</strong> maiores empresas<br />

de distribuição de peças em Portugal, passou a ser distribuidor<br />

da Marca Blue Print. Trata-se de uma marca de peças<br />

para automóvel que é especialista em Veículos Japoneses e Coreanos.<br />

Uma <strong>das</strong> grandes mais valias desta marca, prende-se com<br />

o facto de a mesma ser muito completa, possuir qualidade e disponibilidade<br />

imediata, uma vez que o stock e a respectiva plataforma<br />

de distribuição está em Portugal. Esta marca possui filtros,<br />

correias de distribuição, juntas, cabeças de motor, material<br />

de travagem, embraiagens, refrigeração, transmissões, suspensão<br />

e direcção, entre outros.<br />

Globalcat “Live 3”<br />

Software avançado para o Aftermarket<br />

Desenvolvido pela Micro Detalhe, o Globalcat,<br />

software profissional direccionado para o aftermarket,<br />

conheceu recentemente a sua 3ª evolução.<br />

Designado por “Live 3”, este novo software<br />

dispõe de um total de 7,5 milhões de equivalência<br />

de peças, isto é, cerca do dobro do que existia na<br />

anterior versão. Este importante manancial de informação<br />

permite que para qualquer referência de<br />

uma peça de origem o GlobalCat<br />

tenha pelo menos<br />

uma equivalência no aftermaket.<br />

Numa curta fracção<br />

de tempo o software dá,<br />

numa listagem única, as diversas<br />

equivalências que<br />

existem tomando como<br />

ponto de partida a referência<br />

de determinada peça.<br />

Outra grande novidade que<br />

foi introduzida no Global-<br />

Cat, na versão “live 3”, é a presença <strong>das</strong> cotações<br />

<strong>das</strong> equivalências, o que permite nessa mesma<br />

listagem saber qual o melhor preço base que existe<br />

para determinada peça no aftermarket e qual a<br />

empresa que a fornece (são cerca de 30 preçários<br />

de grande importadores do mercado português e<br />

1.000 fabricantes de peças).<br />

A nível de clientes, de referir que a Soulima,<br />

com o objectivo de prestar<br />

um melhor serviço aos seus<br />

clientes, decidiu adquirir<br />

este novo programa de<br />

Equivalências e Encomen<strong>das</strong><br />

Globalcat Live 3. Deste<br />

modo, todos os utilizadores<br />

do Globalcat estarão em<br />

condições de receber o preçário<br />

Soulima, em modo<br />

automático, bem como enviar<br />

encomen<strong>das</strong> através<br />

NGK<br />

lança gama<br />

D-Power<br />

O maior fabricantes de<br />

velas de ignição do mundo,<br />

a NGK, lançou no mercado<br />

europeu as novas velas de<br />

incandescência para motores<br />

diesel. A D-Power é uma<br />

nova e exclusiva linha de 38 velas de incandescência,<br />

que podem ser usa<strong>das</strong> em 1.400 modelos de automóveis<br />

distintos, permitindo cobrir 99% <strong>das</strong> necessidades do<br />

parque automóvel diesel na Europa. As velas de incandescência<br />

da linha D-Power oferecem, como vantagens, uma rápida ignição,<br />

um alto rendimento e emissões extremamente baixas. Outra vantagem<br />

é o facto do casquilho metálico dos incandescentes D-Power<br />

terem um tratamento anti-corrosão o que assegura desde logo uma<br />

fácil reposição.<br />

Envoltos numa moderna embalagem, a linha de incandescentes D-<br />

Power, possui agora um sistema de numeração abreviado que facilita<br />

a selecção do incandescente mais adequado para cada motor, com<br />

vantagens claras em termos de tempo para quem lida com stocks.<br />

Tomarpeças lança Nipparts<br />

Atendendo à cada vez<br />

maior procura de peças e<br />

acessórios para veículos japoneses<br />

e coreanos, a Tomarpeças<br />

iniciou a comercialização<br />

da marca Nipparts.<br />

Mesmo destinando-se a veículos<br />

japoneses e coreanos, a<br />

Nipparts é uma marca Europeia,<br />

já com larga tradição e<br />

experiência no sector do Aftermarket,<br />

que lhe permite<br />

estar na vanguarda tecnológica<br />

e ter um programa muito<br />

completo de produtos onde<br />

se destaca uma gama com<br />

mais de 18.000 referências<br />

apoiado por um catálogo de<br />

simples utilização e com<br />

muita informação. “A Nipparts<br />

tem neste momento<br />

uma posição de charneira nas<br />

ven<strong>das</strong> por toda a Europa em<br />

termos de peças para veículos<br />

japoneses e coreanos”,<br />

refere José Lopes Alvega,<br />

gerente da Tomarpeças.<br />

O início da comercialização<br />

da Nipparts em Portugal,<br />

com mais de 1.000 referências<br />

em stock de filtros, peças<br />

de travagem, embraiagem,<br />

suspensão, bombas de<br />

água e distribuição, permite à<br />

Tomarpeças dar uma resposta<br />

cabal ás necessidades do<br />

mercado.<br />

“A qualidade dos produtos,<br />

aliada à sua boa imagem e<br />

excelente relação serviçoqualidade-preço<br />

torna a Nipparts<br />

uma excelente opção no<br />

segmento asiático”, referiu<br />

José Alvega.<br />

Refira-se ainda que a Tomarpeças<br />

tem previsto duplicar<br />

a actual extensão da<br />

gama Nipparts a curto prazo,<br />

começando já em Outubro<br />

com filtros, incluindo os filtros<br />

de habitáculo.


08<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

ROAD HOUSE APOSTA<br />

NO DUAL KIT<br />

Mais 36 novas referências para<br />

viaturas recentes completam as<br />

180 referências que o fabricante<br />

de sistemas de travagem Road<br />

House dispõe para o seu produto<br />

Dual Kit. Cada kit traz um jogo de<br />

pastilhas e 2 discos de travão. Os<br />

argumentos para trocar simultaneamente<br />

discos e pastilhas de travão<br />

têm fundamentos técnicos e<br />

económicos, proporcionando esta<br />

opção maior nível de segurança e<br />

de conforto de condução.<br />

AIRTEX PRESENTE<br />

EM TECDOC<br />

As duas linhas de produtos da<br />

Airtex, bombas de água e bombas<br />

eléctricas de gasolina, estão presentes<br />

na TecDoc, desde o dia 1 de<br />

Julho de 2005. TecDoc é um catálogo<br />

electrónico partilhado do aftermarket<br />

automóvel, que proporciona<br />

ao mercado independente de<br />

peças de reposição a informação<br />

necessária para identificar e encomendar<br />

peças, com toda a eficiência<br />

e rapidez.<br />

DAYCO-ENSA ABRE<br />

FÁBRICA EM VALENÇA<br />

A primeira fábrica desta empresa<br />

em Portugal foi inaugurada<br />

em Valença do Minho e destinase<br />

à produção de componentes<br />

tubulares para automóveis. Com<br />

expectativas de facturar anualmente<br />

cerca de € 15 milhões, a<br />

nova unidade de produção tem<br />

uma equipa de 150 empregados.<br />

Entre os principais clientes desta<br />

nova indústria estão o grupo<br />

PSA, Fiat, DaimlerChrysler,<br />

Ford, GM, VW e Renault.<br />

EXCESSO DE OFERTA<br />

NA CHINA<br />

A guerra de preços desencadeada<br />

no mercado chinês, devido à<br />

existência de uma oferta excessiva,<br />

está a reduzir a rentabilidade<br />

dos fabricantes automóvel instalados<br />

no mais populoso país do<br />

mundo, obrigando-os a voltaremse<br />

para a exportação. A Europa e a<br />

América de Norte são os principais<br />

destinos dessas exportações,<br />

tendo a Honda planos de exportar<br />

para a Europa 10.000 unidades do<br />

seu modelo Jazz.<br />

DIAVIA LANÇA<br />

GRUPO DE LIMPEZA DE A/C<br />

Destinado à limpeza de circuitos<br />

de ar condicionado com dissolvente,<br />

o novo equipamento lançado<br />

no mercado pela Diavia funciona<br />

a ar comprimido, utilizando<br />

uma potente bomba de membrana.<br />

O que diferencia a nova máquina<br />

da restante oferta presente no mercado<br />

é a incorporação de um circuito<br />

adicional de azoto, o que<br />

permite verificar a existência de<br />

fugas e assegura uma secagem<br />

mais rápida após a lavagem.<br />

Motores Diesel apostam na Tecnologia ISS<br />

O sistema de arranque a frio<br />

Diesel ISS, com velas incandescentes<br />

com comando electrónico<br />

do tipo GE, é cada vez mais<br />

utilizado pelos fabricantes alemães<br />

de veículos, mas também<br />

pelos líderes de mercado asiáticos<br />

e americanos como primeiro<br />

equipamento. Assim sendo, a<br />

marca Beru disponibiliza estas<br />

velas para o mercado de reposição.<br />

Quando um motor Diesel<br />

equipado com tecnologia ISS<br />

aparecer na sua oficina para<br />

manutenção ou reparação, deve<br />

ter os cuidados que passamos a<br />

descrever.<br />

As velas incandescentes ISS,<br />

tipo GE, têm um tempo de<br />

aquecimento de somente um a<br />

dois segundos. Para o comando<br />

são empregues semicondutores<br />

de potência, que substituem o<br />

relé de incandescência anteriormente<br />

utilizado. Estes semicondutores<br />

comandam cada vela<br />

incandescente individualmente<br />

e alteram o consumo de potência<br />

em forma de módulo de pulso.<br />

São dimensionados conforme<br />

o tipo e o fabricante de veículos<br />

para tensões entre 4,4 e 5<br />

Volt. Caso apareça uma falha<br />

no sistema ISS, esta é indicada<br />

pela lâmpada de controlo do<br />

motor OBD. Para a troca de velas<br />

incandescentes ISS serve<br />

como referência a directriz de<br />

40.000 km. Abaixo desta capacidade<br />

de utilização de velas incandescentes<br />

é suficiente, por<br />

regra, a troca individual de uma<br />

vela desgastada. Além disso,<br />

recomenda-se a troca de um<br />

jogo completo de seis velas incandescentes.<br />

Antes da verificação de uma<br />

instalação de incandescência<br />

por um aparelho de teste de velas<br />

incandescentes, deve sempre<br />

verificar-se previamente se<br />

Onde estão monta<strong>das</strong> velas incandescentes ISS<br />

foram monta<strong>das</strong> velas ISS do<br />

tipo GE. As primeiras directivas<br />

constam na tabela a seguir,<br />

mas uma informação concreta<br />

pode ser recebida somente pela<br />

desmontagem de velas, porque<br />

na vela incandescente está impresso<br />

o número de volts.<br />

Nº de encomenda Nº de código Denominação Utilização<br />

Beru<br />

Beru<br />

0 100 266 008 GE100 VW/Audi 4 cilindros Diesel e 1.9 Tdi c/ bomba local Audi A2 1.4 TDi; A3;A4; VW Touran; Caddy e Golf V<br />

0 100 266 009 GE101 VW/Audi 4 cilindros 2.0 Tdi 4 válvulas c/ bomba local Audi A3; A4; A6; VW Touran; GolfV<br />

0 100 266 002 GE102 BMW 4 e 6 cilindros Diesel 110d (4 cil.); 120d (4 cil.);<br />

318d (4 cil.); 320d (4 cil.): 330d (6 cil.);<br />

530d (6 cil.); 730d (6 cil.).<br />

0 100 266 003 GE103 BMW 8cil. Diesel 740d<br />

0 100 266 010 GE104 AMG 5 cil. Diesel AMG C30<br />

0 100 266 011 GE105 Mercedes-Benz 4 cil. Diesel Classe A (CM 640)<br />

0 100 266 016 GE108 VW/Audi 6 cil. Diesel Audi A4 3.0; A6 2.7; A6 3.0; A8 3.0;<br />

VW Phaeton 3.0 e Touareg<br />

0 100 266 018 GE106 Isuzu Isuzu V8<br />

MG Equipamentos fornece Unidade Móvel<br />

para Inspecções Automóveis em Cabo Verde<br />

O início <strong>das</strong> inspecções técnicas<br />

automóveis no Arquipélago de Cabo<br />

Verde foi objecto de Concurso Público<br />

cuja decisão foi favorável à empresa<br />

Madinsp, detentora de alguns<br />

Centros de Inspecção no Continente<br />

e na Madeira.<br />

Aproveitando a oportunidade de<br />

temporariamente permanecer em<br />

Lisboa, foi promovida a apresentação<br />

da Unidade Móvel que irá assegurar<br />

a execução de inspecções nalgumas<br />

<strong>das</strong> Ilhas do Arquipélago.<br />

Trata-se de um Semi-Reboque<br />

adaptado, em que na secção central<br />

se encastraram um Frenómetro para viaturas ligeiras e pesa<strong>das</strong>, um<br />

Banco de Suspensões, um Ripómetro e um Detector de Folgas. O<br />

conjunto de equipamentos de teste inclui ainda um Analisador de<br />

Gases, um Opacímetro e um Regloscópio.<br />

A unidade incorpora um Grupo<br />

Gerador, um Compressor e um Gabinete<br />

que permite assegurar a vertente<br />

administrativa associada às<br />

inspecções.<br />

A apresentação incluiu um teste a<br />

uma viatura ligeira e a uma viatura<br />

pesada e foi assegurada pela MG<br />

Equipamentos, empresa portuguesa,<br />

sediada Carcavelos, responsável<br />

pelo fornecimento e instalação dos<br />

equipamentos deste projecto.<br />

Estiveram presentes vários convidados<br />

em representação <strong>das</strong> associações<br />

do sector – Ancia e Aneia – bem<br />

como da Embaixada de Cabo Verde e da DGV.<br />

Admite-se como possível a utilização de soluções semelhantes a<br />

esta ( Centros Móveis ), como resposta a novas vertentes associa<strong>das</strong><br />

às Inspecções Técnicas Automóveis em Portugal.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Outubro 2005 09<br />

Euroaro<br />

lança novo catálogo<br />

A Euroaro acaba de lançar no<br />

mercado um novo catálogo em<br />

formato destacável, agrupado<br />

por famílias de peças e com<br />

mais de 4500 referências. A<br />

nova edição inclui mais mil novas<br />

referências e permite agora<br />

a identificação de peças tendo<br />

em conta a maior diversidade<br />

de carroçarias existentes no<br />

mercado, após o aumento de<br />

importações de usados a partir<br />

da década de 1990. O novo catálogo<br />

veio também alargar a<br />

oferta de pára-brisas, farolins,<br />

espelhos retrovisores, acessórios<br />

de porta e de bancos.<br />

A Euroaro é uma empresa<br />

do Grupo Civipartes, especializada<br />

na comercialização de<br />

acessórios para carroçarias de<br />

autocarros.<br />

Precision “ataca” com ofertas<br />

A Precision tem a decorrer<br />

na sua rede nacional de oficinas,<br />

uma campanha para o<br />

consumidor final até final do<br />

mês de Outubro. Esta campanha<br />

está alicerçada em três<br />

ofertas distintas que passam<br />

por um check-up gratuito com<br />

reposição dos níveis (motor,<br />

transmissão, direcção assistida,<br />

travões, etc), pela aquisição<br />

de escovas limpa-vidros<br />

da Champion com 20% de<br />

descontos e montagem gratuita<br />

e, por último, a oferta de<br />

uma linha de crédito que financia<br />

a assistência nas oficinas<br />

Precision.<br />

LIVROS TÉCNICOS PARA PROFISSIONAIS DE CARROÇARIA E REPINTURA AUTOMÓVEL<br />

MANUAL DE PINTADO DE AUTOMÓVILES<br />

(322 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />

◗ Ferramentas e equipamentos de pintura<br />

◗ Métodos de reparação de superfícies<br />

◗ Processos de pintura: colorimetria, defeitos, etc.<br />

◗ Repintura de plásticos<br />

MANUAL DE PREVENCIÓN DE RIESGOS<br />

EN TALLERES DE AUTOMÓVILES<br />

(269 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />

◗ Organização da Prevenção na empresa<br />

◗ Requisitos legais de prevenção de riscos laborais<br />

◗ Avaliação de riscos: bate-chapa, pintor, mecânico<br />

◗ Equipamentos de protecção individual na oficina<br />

◗ Plano de emergência<br />

MANUAL DE CARROCERÍA. REPARACIÓN<br />

(657 páginas – preto e branco - 30,5 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Análise da chapa<br />

◗ Soldadura e substituição de peças<br />

◗ Reparação de uma carroçaria deformada<br />

◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />

MANUAL DE MANTENIMIENTO PARA TALLERES<br />

DE AUTOMÓVILES<br />

(262 páginas – cores – 30,5 x 21 cm – INCLUI CD<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Instalações da oficina. Equipamentos fixos<br />

◗ Área de carroçaria, pintura e mecânica<br />

◗ Plano de manutenção<br />

TRW baixa preços<br />

dos amortecedores<br />

A TRW decidiu alterar a sua<br />

estratégia de preços dos amortecedores<br />

a nível nacional. Assim,<br />

este marca optou por baixar o<br />

preço de venda a público dos<br />

amortecedores do mercado de<br />

reposição em dez por cento. O<br />

objectivo é aumentar a notoriedade<br />

da marca e dinamizar as<br />

ven<strong>das</strong>. Toda a gama está incluída<br />

nesta estratégia, sendo esta<br />

composta por amortecedores<br />

que utilizam os mesmos processos<br />

de fabrico que o equipamento<br />

original.<br />

Runkel<br />

e Andrade anima<br />

clientes<br />

A Runkel e Andrade, empresa<br />

do grupo Cimpomóvel dedicada<br />

ao sector <strong>das</strong> peças e equipamentos<br />

e detentora de oficinas da rede<br />

Bosch Car Service, acaba de<br />

anunciar aos seus clientes o arranque<br />

do “Challenge” de Ven<strong>das</strong><br />

2005/2006, “Sol & Mar a<br />

Dobrar”. Esta operação de marketing,<br />

que visa fomentar o relacionamento<br />

e convívio entre a<br />

empresa e os seus interlocutores<br />

de mercado, surge na sequência<br />

da edição do ano passado, cujo<br />

sucesso foi grande e que culminou<br />

com uma viagem a Natal, no<br />

Brasil. As presente edição arrancou<br />

no dia 1 de junho deste ano e<br />

terminará a 28 de Fevereiro de<br />

2006. Os prémios finais incluem<br />

uma viagem ao Brasil ou a Palma<br />

de Maiorca, a realizar em Março<br />

ou Abril de 2006.<br />

ELEMENTOS METÁLICOS Y SINTÉTICOS.<br />

REPARACIÓN<br />

(238 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Equipamentos para a oficina de reparação<br />

◗ Reparação de peças de aço e alumínio<br />

◗ Reparação de peças plásticos<br />

ELEMENTOS FIJOS. REPARACIÓN<br />

(330 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Separação de componentes<br />

◗ Métodos e ligação. Corte de chapa e soldadura.<br />

◗ Adesivos estruturais<br />

◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />

◗ Reparação de alumínio<br />

ELEMENTOS AMOVIBLES. REPARACIÓN<br />

(649 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Desmontagem e montagem de vidros<br />

◗ Climatização, iluminação, pneus<br />

◗ Sistemas de refrigeração, alimentação, escape,<br />

suspensão, travões, direcção, etc.<br />

◗ Cintos de segurança e pré-tensores,<br />

sistemas de airbags<br />

EMBELLECIMIENTO DE SUPERFICIES<br />

(320 páginas – preto e branco + 16 a cores - 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola))<br />

GESTIÓN Y LOGÍSTICA DEL<br />

MANTENIMIENTO EN AUTOMOCIÓN<br />

(288 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Organização da oficina<br />

◗ Distribuição do trabalho. Controle de tempos<br />

◗ Sistema informático para a gestão da oficina<br />

ELEMENTOS ESTRUTURALES DEL VEHÍCULO<br />

(301 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Tipos de carroçarias e suas características<br />

◗ Metrologia aplicada às carroçarias<br />

◗ Banca<strong>das</strong>. Tipos e processos de desempanagem<br />

PREPARACIÓN DE SUPERFICIES<br />

(296 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />

- língua espanhola)<br />

◗ Características dos produtos de preparação<br />

◗ Corrosão. Protecções anti-corrosivas<br />

◗ Preparação de superfícies: instalações,<br />

equipamentos e processos<br />

- Introdução ao processo de embelezamento de veículos<br />

- Pinturas utiliza<strong>das</strong> na repintura de veículos<br />

- Técnica de mistura de cores para a preparação de pinturas<br />

- Equipamentos para a área de pintura<br />

INFORMAÇÕES E PEDIDOS:<br />

CESVIMAP<br />

Ctra. Valladolid, km. 1<br />

05004 Ávila<br />

ESPAÑA<br />

Telefone: +34.920.206.300<br />

Fax: +34.920.206.319<br />

e-mail:<br />

cesvimap@cesvimap.com<br />

Internet: www.cesvimap.com<br />

NOVO<br />

TÍTULO!


10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

KAYABA INVESTE<br />

400 MILHÕES DE DÓLARES<br />

A marca de amortecedores<br />

kayaba pretende investir fortemente<br />

na sua rede de produção<br />

de amortecedores, tantos nos<br />

EEUU, como em Espanha e no<br />

México. Para além da ampliação<br />

<strong>das</strong> unidades produtivas Kyb já<br />

existentes, está previsto o lançamento<br />

de novas fábricas, especialmente<br />

no México, país que<br />

vai tornar-se a plataforma de comercialização<br />

da marca para toda<br />

a América Latina e Caribe.<br />

BERU<br />

COM CERTIFICAÇÃO ISO 7578<br />

As velas de incandescência<br />

Beru são dimensiona<strong>das</strong> conforme<br />

o Standard ISO 7578.<br />

Nesta norma são determina<strong>das</strong><br />

as dimensões e as tolerâncias<br />

da geometria, o ângulo<br />

de vedação, tamanho da chave,<br />

diâmetro da haste de<br />

aquecimento.<br />

Também os métodos de teste<br />

são definidos por esta norma.<br />

Por exemplo, um teste de sobrecarga<br />

com 130 por cento da<br />

tensão nominal ou um teste de<br />

oscilações de vibração até 30 g<br />

entre 160 Hz e 500 Hz. Os cadernos<br />

de encargos da indústria<br />

de veículos também exigem<br />

operações de fadiga entre<br />

10 mil e 25 mil ciclos em câmara<br />

fria a temperaturas de 30<br />

graus centígrados negativos.<br />

Nos testes rápidos de sobrecarga<br />

cada peça de teste deve estar<br />

em total funcionamento<br />

mesmo após 3000 ciclos.<br />

ISTOBAL<br />

RENOVA PÁGINA WEB<br />

Numa clara aposta na internacionalização,<br />

possuindo já delegações<br />

no Reino Unido e na<br />

Alemanha, a empresa valenciana<br />

de sistemas de lavagem para<br />

automóveis renovou a sua página<br />

Web www.istobal.com, de<br />

modo a oferecer aos seus clientes<br />

a informação de uma forma<br />

rápida, elegante e estruturada.<br />

Os pórticos de lavagem e os sistemas<br />

de tratamento de água são<br />

as principais apostas deste fabricante.<br />

ECON APROVA CLÁUSULA DE<br />

REPARAÇÃO<br />

O Comité de Assuntos Económicos<br />

e Monetários (ECON)<br />

do Parlamento Europeu votou<br />

favoravelmente a Cláusula de<br />

Reparação, a qual outorga aos<br />

fabricantes de veículos total<br />

protecção sobre o desenho dos<br />

novos modelos, mas impede a<br />

criação de monopólios <strong>das</strong> peças<br />

de reposição para carroçarias.<br />

A livre concorrência no<br />

mercado <strong>das</strong> chama<strong>das</strong> peças<br />

visíveis automóvel espera-se<br />

que permita a redução dos preços<br />

e uma dinamização do<br />

mercado independente de após<br />

venda.<br />

Brain Bee<br />

lança Fast Box 2<br />

Com o objectivo de acompanhar<br />

a evolução da tecnologia automóvel,<br />

a Brain Bee S. p. a. redesenhou<br />

toda a sua Gama F.A.S.T. apresentando<br />

o novo Fast Box 2.<br />

O Novo Fast Box 2 permite ligação<br />

a PC via RS232 ou USB, conforme<br />

seja a conveniência do utilizador;<br />

além disso foi adicionado<br />

um novo Interface (Multiplexer 2)<br />

multistandard preparada para as linhas<br />

CAN dos veículos de última<br />

Geração.<br />

O Multiplexer 2 equipa actualmente<br />

toda a gama de autodiagnóstico<br />

Brain Bee, podendo ser também<br />

incorporado nas versões mais<br />

antigas da linha F.A.S.T. assegurando-se<br />

assim a continuidade de<br />

todos os equipamentos.<br />

O Fast Box 2 é um scan Tool evoluído cuja sofisticação tecnológica<br />

permite realizar com a máxima simplicidade o diagnóstico em<br />

série de todos os sistemas electrónicos presentes a bordo de automóveis,<br />

veículos comerciais e veículos pesados.<br />

Hella e Behr com projecto comum<br />

Existe um projecto comum de uma nova fábrica<br />

entre a Hella e a Behr, com 50% para cada uma,<br />

destinada à produção de conjuntos dianteiros para<br />

veículos (iluminação, ar condicionado, radiadores,<br />

etc.). Para dar continuidade a essa realidade<br />

no após venda, está a ser definido um programa<br />

de acção, que será revelado numa conferência de<br />

imprensa, durante o próximo Salão Equip’Auto, a<br />

14 de Outubro. Os novos sistemas de climatização<br />

fabricados por esta nova unidade são mais actualizados<br />

e sofisticados, com uma gama de produto<br />

mais alargada. Este novo projecto vem dar à Hella<br />

uma nova imagem e credibilidade no sector da climatização,<br />

pois até aqui a sua imagem estava<br />

principalmente ligada ao aspecto da iluminação.<br />

Os equipamentos de que dispunha nesta área não<br />

eram fabricados por si nem entravam no primeiro<br />

A ANECRA (Associção Nacional<br />

<strong>das</strong> Empresas do Comércio<br />

e Reparação Automóvel)<br />

tem vindo a desenvolver<br />

um novo conceito de rede de<br />

oficinas, que designou por<br />

RINO (Rede Independente de<br />

oficinas).<br />

As oficinas RINO representam<br />

a evolução do conceito de<br />

oficinas padroniza<strong>das</strong> que a<br />

ANECRA tem vindo a desenvolver<br />

na última década, mas<br />

agora com objectivos mais amplos<br />

em termos de rede de oficinal<br />

independente. Coerente<br />

com os seus objectivos de criar<br />

notoriedade, tal como se fosse<br />

uma rede de oficinas de marca,<br />

a rede RINO terá uma estratégia<br />

própria de comunicação<br />

global, que será implementada<br />

e consolidada em paralelo com<br />

a necessária dimensão nacional<br />

do projecto.<br />

Blue Print com nova linha<br />

de Kits de Distribuição<br />

A Blue Print, marca de peças da Automotive Distributors, lançou<br />

recentemente uma nova linha de kits de distribuição para veículos japoneses<br />

e coreanos.<br />

Com esta nova linha de Kits de Distribuição, a Blue Print disponibiliza<br />

aos instaladores um produto com inúmeras vantagens, pois<br />

permite de uma forma geral<br />

que todos os componentes<br />

da distribuição sejam substituídos<br />

no mesmo momento,<br />

o que acaba por acarretar<br />

menores custos de mão-aobra<br />

para o proprietário do<br />

veículo.<br />

Os novos 69 Kits de Distribuição<br />

cobrem um total<br />

de 391 aplicações diferentes,<br />

mas como a ideia é fornecer todos os componentes da distribuição,<br />

nos Mazda 323, 626 e Premacy também está incluída a<br />

mola de pressão enquanto nos Subaru estão incluídos os quatro<br />

tensores.<br />

Este equipamento tem dois anos de garantia e já se encontra disponível<br />

no Ecarts Evo e na internet através do site profissional “Blue<br />

equipamento, o que constituía uma certo handicap.<br />

A partir de agora o nome da Hella fica também<br />

ligado a sistemas de climatização da última<br />

geração, o que irá ter repercussões positivas no<br />

mercado de após venda.<br />

ANECRA lança oficinas Rino<br />

Actualmente estão cria<strong>das</strong> as<br />

primeiras 20 oficinas RINO,<br />

que derivam <strong>das</strong> oficinas padroniza<strong>das</strong>,<br />

que partilham a visão<br />

de negócio e <strong>das</strong> oportunidades<br />

que o mercado oferece a<br />

uma rede nacional de oficinas<br />

independentes.<br />

Neste momento para se ser<br />

oficina RINO, é necessário ser<br />

associado da ANECRA e cumprir<br />

uma série de procedimentos,<br />

que permitam uma uniformização<br />

do serviço face a<br />

to<strong>das</strong> as oficinas aderentes.<br />

Outra estratégia importante<br />

desta Rede Independente de<br />

<strong>Oficinas</strong> é a constituição de<br />

uma central de compras, que<br />

permitirá a todos os aderentes<br />

usufruirem <strong>das</strong> vantagens <strong>das</strong><br />

compras por grosso.<br />

Não menos importante neste<br />

negócio é a Central de Angariação<br />

de Serviço, que permitirá<br />

que exista um fluxo natural<br />

de serviço para as oficinas<br />

RINO. “Ainda este ano teremos<br />

a primeira campanha nacional<br />

<strong>das</strong> oficinas Rino, com<br />

visibilidade de rede, durante o<br />

mês de Outubro/Novembro,<br />

numa altura em que teremos<br />

cerca de 30 oficinas na rede<br />

em funcionamento a nível nacional”,<br />

revelou-nos uma fonte<br />

Monroe na televisão<br />

A Monroe iniciou<br />

uma campanha<br />

de divulgação<br />

da marca<br />

junto do consumidor<br />

final. Para isso assegurou a<br />

sua presença nos principais jogos<br />

da SuperLiga transmitidos na televisão<br />

para a época 2005/2006. Com<br />

esta acção, a Monroe pretende proporcionar<br />

aos seus parceiros comerciais<br />

a melhor publicidade para o<br />

melhor produto. Esta publicidade<br />

será acompanhada por diversas acções<br />

de marketing, que irão alertar<br />

o consumidor para a importância da<br />

segurança associada à revisão dos<br />

amortecedores do veículo cada<br />

20.000Km e sua substituição cada<br />

60.000Km.<br />

da Servinecra, entidade gestora<br />

do projecto RINO.<br />

Depois <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Mais”<br />

e <strong>das</strong> “<strong>Oficinas</strong> Padroniza<strong>das</strong><br />

ANECRA” chega-se agora a<br />

um novo patamar com a “Rede<br />

Independente de <strong>Oficinas</strong>”, estrategicamente<br />

designa<strong>das</strong> de<br />

RINO, demonstrando uma postura<br />

muito mais proactiva junto<br />

dos clientes.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Outubro 2005 11<br />

Empresa espanhola lança Tecno-Centros em Portugal<br />

Após o advento dos Auto-Centros, também<br />

conhecidos como serviços rápidos, eis que<br />

está a nascer em Portugal um novo conceito<br />

de oficinas designado por Tecno-Centro.<br />

Os Tecno-Centros são uma rede de oficinas<br />

da Centro Holding, uma empresa espanhola<br />

que funciona como uma central de compras,<br />

que é constituída por todos os distribuidores<br />

Bosch, para dinamizar o negócio dos produtos<br />

não Bosch, isto é, potenciar a distribuição<br />

e as ven<strong>das</strong> de todo o tipo de material e componentes<br />

que a Bosch não vende.<br />

Em Portugal o processo dos Tecno-Centro<br />

está a ser liderado por dois distribuidores espanhóis,<br />

que estão presentes no mercado português<br />

<strong>das</strong> peças e equipamentos para o sector<br />

automóvel, que são Davasa e a Edelmiro<br />

Rodríguez, e que fazem parte do Centro Holding<br />

em Espanha.<br />

O Tecno-Centro é um conceito de oficina<br />

com uma forte componente técnica, até porque<br />

uma <strong>das</strong> principais exigências para se ser<br />

um Tecno-Centro (e do qual não se poderá<br />

abdicar) é ter ou adquirir um aparelho de<br />

diagnóstico KTS da Bosch. Tal exigência<br />

deve-se ao facto do Centro Holding se ter associado<br />

à Robert Bosch na questão da formação,<br />

o mesmo é dizer que toda a formação<br />

dada aos Tecno-Centro é fornecida pela<br />

Bosch, embora o conceito desta oficinas nada<br />

tenha a ver com os Bosch Car Service<br />

Para se ser um Tecno-Centro é necessário<br />

cumprir um conjunto de exigências e ter instalações<br />

de fácil acesso com um mínimo de<br />

100 m2, estando prepara<strong>das</strong> com pelos menos<br />

dois postos de reparação. Imagem corporativa,<br />

informática eficaz, formação continua,<br />

actividade comercial, marketing moderno<br />

e serviço aos clientes, serão algumas <strong>das</strong><br />

mais valias de estar dentro dos padrões definidos<br />

para ser um Tecno-Centro.<br />

Por sua vez, um Tecno-Centro terá que<br />

oferecer aos seus clientes um amplo horário<br />

de funcionamento, preços gerais atractivos,<br />

CARF Nova empresa especializada<br />

em distribuição de peças<br />

Uma <strong>das</strong> actividades que mais se relaciona<br />

com o mercado de peças para automóveis<br />

é o sector da logística e distribuição. No<br />

meio da imensa e intensa actividade <strong>das</strong><br />

transportadoras, surgiu uma nova empresa<br />

especializada em distribuir peças de automóveis,<br />

que trabalha em exclusivo com<br />

grossistas / retalhistas de peças (oficiais ou<br />

independentes) e com as oficinas.<br />

A CARF é uma empresa especializada na<br />

distribuição de peças e acessórios para automóveis,<br />

que desenvolve a sua actividade na<br />

zona da grande Lisboa.<br />

“As reduzi<strong>das</strong> margens de comercialização<br />

<strong>das</strong> peças devido à forte concorrência deste<br />

mercado, as dificuldades que o sector atravessa, a<br />

situação económica do país e os elevados custos<br />

que retalhistas e grossistas de peças têm com a<br />

distribuição ajudaram ao desenvolvimento desta<br />

empresa”, explica Paulo Carvalho, Gerente da<br />

CARF, pessoa desde sempre ligada ao negócio<br />

<strong>das</strong> peças.<br />

O principal serviço desta empresa passa por recolher<br />

as peças em to<strong>das</strong> as casas (retalhistas e<br />

O fabricante de automóveis<br />

Aston Martin seleccionou a<br />

Spies Hecker como a marca de<br />

tintas idónea para a pintura dos<br />

seus modelos. As tintas da<br />

Spies Hecker foram homologa<strong>das</strong><br />

pelo construtor de veículos<br />

porque satisfazem os mais elevados<br />

padrões dos processos de<br />

pintura. Esta homologação é<br />

parte de um amplo acordo de<br />

colaboração entre a Aston Martin<br />

e a DuPont Performance<br />

Coatings, empresa matriz da<br />

marca Spies Hecker. A aliança<br />

grossistas) e depois distribui-las nas oficinas que<br />

as pediram, num esquema de entregas bi-diárias,<br />

que permite aos clientes um nível de serviço e de<br />

resposta superior ao habitual.<br />

Para Paulo Carvalho, a CARF consegue oferecer<br />

um serviço “que nenhuma outra transportadora<br />

consegue fazer, pois concentramos a nossa actividade<br />

unicamente nas peças, com uma equipa<br />

de trabalho toda ela com experiência em peças e<br />

dedicada às peças”.<br />

Spies Hecker escolhida<br />

pela Aston Martin<br />

inclui o fornecimento de materiais<br />

de pintura para a fábrica<br />

que a Aston Martin tem na localidade<br />

britânica de Gaydon.<br />

Contempla outros aspectos<br />

como a garantia da reparação,<br />

apoio técnico, consultoria em<br />

gestão e rentabilidade dos processos<br />

de pintura.<br />

operações com preço fechado, qualidade de<br />

atendimento, reparações rápi<strong>das</strong> e ampla garantia.<br />

Está prevista a abertura de 10 Tecno-Centros<br />

até final de 2005, mas “os objectivos<br />

são obviamente ter mais Tecno-Centros em<br />

funcionamento em 2006, sendo o mais importante<br />

nesta fase que as oficinas entendam<br />

quais os benefícios de estarem associados<br />

nesta rede, com vantagens em termos de<br />

aquisição de peças, de formação, de gestão,<br />

organização, etc.”, referiu ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

um responsável por este projecto.<br />

Disponível agora<br />

numa versão<br />

High Performance,<br />

a nova bateria Varta<br />

Blue Dynamic<br />

conseguiu obter em<br />

testes realizados<br />

pela marca, o máximo<br />

desempenho em segurança,<br />

longa vida útil e conforto. A<br />

tampa especial em labirinto, assegura<br />

uma protecção eficiente<br />

contra ignições prematuras, ao<br />

mesmo tempo que constitui uma<br />

importante protecção contra<br />

derramamentos. A combinação<br />

PPG apresenta novo<br />

verniz de acabamento<br />

A marca PPG lançou uma<br />

nova geração de vernizes de<br />

acabamento, denominada CeramiClear.<br />

Com a introdução<br />

da sua nova nanotecnologia,<br />

a PPG situa-se na vanguarda<br />

da mais avançada tecnologia<br />

de vernizes. CeramiClear<br />

contém nanopartículas que se<br />

acumulam à superfície do<br />

verniz, proporcionando um<br />

acabamento brilhante, durador<br />

e resistente aos riscos.<br />

Os conhecimentos que estão<br />

por detrás desta tecnologia<br />

de nanopartículas foram passados<br />

para o campo da repintura,<br />

permitindo à oficina<br />

oferecer o mesmo nível de<br />

resistência aos riscos que nas<br />

pinturas de origem.<br />

Nova Varta Blue Dynamic<br />

da liga de cálcio e<br />

prata reduz ao mínimo<br />

o consumo de<br />

água e de electrólito,<br />

assegurando-se assim<br />

o mínimo de<br />

efeito de auto-descarga,<br />

permitindo períodos<br />

de armazenamento até 18<br />

meses. O nível de consumo de<br />

água, bastante inferior às exigências<br />

<strong>das</strong> normas EN, torna-a<br />

absolutamente livre de manutenção.<br />

Para mais informações<br />

consultar: www.cs-veiculos.pt<br />

Escovas SWF em promoção<br />

A AZ Auto, representante da<br />

marca SWF, está a proceder a<br />

uma campanha de promoção para<br />

as escovas limpa-vidros desta<br />

marca. Assim, na compra de 20<br />

pares de escovas SWF a marca<br />

oferece uma lanterna de Halogéneo<br />

de alta potência. A campanha<br />

terá início no dia 1 de Outubro e<br />

estende-se até ao próximo dia 15<br />

de Dezembro, estando limitada ao<br />

stock disponível.<br />

As escovas SWF caracterizam-se<br />

por utilizar dois materiais<br />

na borracha que a torna<br />

mais resistente e maleável, diminuindo<br />

o ruído. Estas escovas incluem um indicador de desgaste<br />

que muda de cor, de preto para amarelo e um adaptador em “U”<br />

que substitui os diversos adaptadores existentes.


12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

VISTEON INVESTE EM<br />

TÚNEL AERODINÂMICO<br />

A Visteon dotou o seu Centro<br />

de Excelência para Sistemas de<br />

Climatização, situado na sua sede<br />

de Kerpen (Alemanha), com um<br />

túnel aerodinâmico climático, que<br />

permite a simulação de condições<br />

reais de deslocação de viaturas,<br />

permitindo o rápido desenvolvimento<br />

de soluções técnicas. As<br />

possibilidades do novo túnel vão<br />

desde uma velocidade de vento regulável<br />

de zero a 225 km/h, temperaturas<br />

de -40 a +55ºC, até um<br />

simulador solar, com uma potência<br />

até 1.200 volt/m2.<br />

GRUPO CAT DISTRIBUI<br />

PEÇAS TOYOTA EM PORTUGAL<br />

O acordo firmado entre a<br />

Toyota Motors Marketing Europe<br />

e o grupo de distribuição CAT<br />

permitirá que os concessionários<br />

da rede Toyota em Portugal passem<br />

a receber os pedidos urgentes<br />

e de manutenção de stock,<br />

para peças de reposição, através<br />

daquele operador. A operação<br />

envolve um volume calculado<br />

em 1.500 tonela<strong>das</strong>.<br />

BEHR FORNECE AR<br />

CONDICIONADO COM CO2<br />

A partir de meados do próximo<br />

ano a Behr tenciona começar a<br />

fornecer os seus sistemas de ar<br />

condicionado com CO2, em vez<br />

dos actuais fluidos refrigerantes.<br />

Salientando as vantagens desta<br />

opção, a Behr assinala que há uma<br />

substancial redução do impacto<br />

ambiental, uma vez que o CO2 é<br />

um produto natural inócuo, sendo<br />

eliminado também o processo químico<br />

para a produção de fluidos<br />

refrigerantes.<br />

PAI PARTNERS INVESTE<br />

€ 1.200 MILHÕES EM FAST FIT<br />

O fundo de investimento francês<br />

PAI Partners adquiriu em leilão<br />

a rede europeia de reparação<br />

rápida Kwik-Fit (incluindo a rede<br />

francesa Speedy e a rede alemã Pit<br />

Stop) ao grupo inglês de capital de<br />

risco CVC Capital Partners. Actualmente<br />

a rede Kwik-Fit dispõe<br />

de 1.100 centros de reparação rápida<br />

em toda a Europa, para além<br />

de 200 “oficinas móveis“, destina<strong>das</strong><br />

à reparação e substituição de<br />

pneus.<br />

TOYOTA ATINGE DOIS<br />

MILHÕES EM 2015<br />

Passar <strong>das</strong> actuais 725,687 unidades<br />

anuais vendi<strong>das</strong> na Europa<br />

para 2 milhões, em 2015, é a previsão<br />

do construtor japonês Toyota.<br />

Como a produção na Europa é<br />

presentemente de 600 mil veículos,<br />

500 mil motores e 300 mil<br />

caixas de velocidades, esta previsão<br />

pode comportar o aumento da<br />

capacidade na Europa, uma vez<br />

que a Toyota é partidária da política<br />

de fabricar automóveis no local<br />

onde serão vendidos.<br />

Grupo Entreposto entra no mercado<br />

de peças independente<br />

A necessidade de diversificar a actividade dentro<br />

do sector automóvel, levou os responsáveis do<br />

Grupo Entreposto a apostar numa nova área de<br />

negócio.<br />

A aposta desta feita foi para o sector independente<br />

de peças para automóveis, através de uma<br />

estrutura recém constituída que tem o nome de<br />

CARpremium.<br />

Segundo Jorge Roldão, Gerente da CARpremium,<br />

a aposta no negócio independente de peças<br />

deve-se “à oportunidade criada pela abertura do<br />

mercado por via <strong>das</strong> novas regulamentações.<br />

Hoje em dia qualquer concessionário pode incorporar<br />

peças não genuínas, desde que possuam<br />

qualidade equivalente”.<br />

A actividade, propriamente dita, iniciou-se em<br />

Maio deste ano, estando a CARPremium a funcionar<br />

para o mercado da zona da grande Lisboa,<br />

vendendo exclusivamente a oficinas.<br />

Para abordar o mercado a CARpremium passou<br />

a representar a Unipart, que é uma marca líder no<br />

sector de peças em Inglaterra, e que permite dar<br />

uma cobertura efectiva a 88% <strong>das</strong> necessidades<br />

do parque automóvel circulante português.<br />

Para além de uma equipa de ven<strong>das</strong> que trabalha<br />

no terreno, junto <strong>das</strong> oficinas, a CARpremium,<br />

que investiu muito pouco em catálogo físico,<br />

apostou claramente nas novas tecnologia,s<br />

disponibilizando todo o seu<br />

catálogo “on-line” (www.carpremium.pt).<br />

“Deste modo, todos os<br />

clientes oficinais poderão aceder ao<br />

portal de uma forma autónoma, através<br />

de uma password, e assim fazer as<br />

suas encomen<strong>das</strong> de peças “on-line”,<br />

que lhes serão entregues apenas umas<br />

horas depois”, refere Jorge Roldão,<br />

adiantando que a CARpremium disponibiliza<br />

um serviço de entregas bidiárias.<br />

Apesar de ter começado pelas peças,<br />

a CARpremium pretende vir a ser num futuro<br />

a médio prazo uma empresa que fornece todo o<br />

tipo de componentes, equipamentos e serviços<br />

para as oficinas.<br />

“Queremos ser acima de tudo profissionais e<br />

transparentes naquilo que fazemos. A maneira<br />

como abordamos o cliente é enquadrada numa<br />

perspectiva de consultor e não de vendedor e isso<br />

transmite mais confiança na relação que temos<br />

com eles. O facto de estarmos inseridos num grupo<br />

como o Entreposto é também uma mais-valia<br />

que teremos que continuamente potenciar e aproveitar.<br />

Resumidamente, queremos assumir-nos<br />

como uma empresa diferente do que existe no<br />

Kits de embraiagem TRW<br />

com oferta mais alargada<br />

A TRW Automotive<br />

alargou o seu leque de produtos<br />

com o lançamento<br />

de uma gama completa de<br />

kits de embraiagens para<br />

veículos ligeiros e comerciais<br />

ligeiros.<br />

Em parceria com os<br />

maiores fabricantes mundiais<br />

de embraiagens, a<br />

TRW oferece ao mercado<br />

nacional uma gama completa<br />

de kits de embraiagem<br />

com a mesma qualidade<br />

de fabrico do equipamento<br />

original, uma vez<br />

que os fabricantes de embraiagens que fornecem a<br />

TRW, fornecem também as principais marcas de<br />

veículos.<br />

Os kits de embraiagem TRW são compostos pelo<br />

prato de embraiagem, disco de embraiagem e rolamento,<br />

sendo todos estes componentes controlados<br />

no fim da fabricação e ajustados entre si.<br />

A gama de embraiagens TRW é constituída por<br />

cerca de 1.200 referências. To<strong>das</strong> as referências<br />

que vêm no catálogo estão disponíveis, sendo feitas<br />

regularmente actualizações ao catálogo com novas<br />

referências para novos modelos de automóveis.<br />

Em Portugal, a Lucas Automotive passa a ser<br />

uma <strong>das</strong> empresas com maior stock de embraiagens,<br />

uma vez que centraliza no seu armazém situado<br />

em Talaíde, o stock total de embraiagens TRW<br />

para Portugal e Espanha.<br />

Qualidade, rapidez, flexibilidade e preços vantajosos,<br />

são os parâmetros que a TRW pretende<br />

cumprir, de modo a conseguir satisfazer os seus<br />

clientes.<br />

Utilizando uma nova tecnologia “online” para<br />

consulta de stocks, comunicações e processamento<br />

de encomen<strong>das</strong>, a Lucas / TRW está permanentemente<br />

a caminhar na direcção de um serviço<br />

mais rápido e melhor apoio para os seus clientes<br />

em Portugal.<br />

De modo a dinamizar as ven<strong>das</strong> deste produto, a<br />

TRW lançou em conjunto com a rede de distribuição,<br />

a sua Campanha de Outono. Nesta campanha,<br />

dirigida às oficinas portuguesas, a TRW oferece um<br />

relógio de parede com estação meteorológica na<br />

compra de embraiagens TRW. A campanha decorre<br />

desde 5 de Setembro a 4 de Novembro de 2005.<br />

Lancia escolhe<br />

a Champion<br />

O Lancia Musa, modelo estreado<br />

no passado Salão Automóvel<br />

de Genebra, utiliza escovas<br />

limpa pára-brisas Champion<br />

Aerovantage como equipamento<br />

de origem. Este monovolume<br />

compacto da marca italiana recebe<br />

escovas de modelo X58<br />

Aerovantage do lado do condutor<br />

e X41 do lado do acompanhante.<br />

O óculo traseiro está<br />

equipado com o modelo A338R,<br />

também utilizado no pequeno<br />

Fiat Panda. A Champios também<br />

disponibiliza para o Musa<br />

o kit K58H. A gama Aerovantage<br />

inclui um indicador de desgaste,<br />

assim como adaptadores<br />

de fixação que permitem fácil<br />

montagem em 98 por cento dos<br />

modelos de automóveis. O novo<br />

perfil de borracha destas escovas,<br />

design aerodinâmico e lá-<br />

Mina plana permitem uma boa<br />

eficácia de limpeza e excelente<br />

escoamento de água.<br />

FAG com<br />

campanha nacional<br />

A Luk Aftermarket Service,<br />

uma empresa Espanhola que<br />

representa para o mercado<br />

ibérico os produtos da LUK,<br />

INA e FAG, vai levar a efeito<br />

uma campanha com esta última<br />

representação, que decorrerá<br />

entre os dias 1 e 31 de<br />

Outubro.<br />

Assim durante todo o mês<br />

de Outubro, esta campanha a<br />

nível nacional, destinada a todos<br />

os distribuidores da Luk<br />

(casas de peças), terá como<br />

suporte o novo produto que<br />

são os Kits de rolamento de<br />

roda da FAG.<br />

A campanha, que será feita<br />

exclusivamente por mailing<br />

directo, tem uma mecânica<br />

muito simples. Mediante a<br />

compra de Kits de rolamento<br />

de roda da FAG aos agentes<br />

da LUK (clientes directos),<br />

serão ofereci<strong>das</strong> unidades de<br />

Kits de rolamento de roda extra<br />

consoante as unidades encomenda<strong>das</strong>.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Outubro 2005 13<br />

Indoproteje promove Kangouru<br />

A Indoproteje, empresa com sede em<br />

Lisboa que dedica a sua actividade ao comércio,<br />

importação, montagem, projectos<br />

de desenvolvimento de equipamentos<br />

para o sector de colisão e repintura automóvel,<br />

representante <strong>das</strong> marcas Saima<br />

(Cabinas de Pintura), Coiro (Bancos de<br />

Carroçaria), Air-t (Máquinas de despoeiramento),<br />

Space (Alinhador de Direcções)<br />

e Kangouru (Material de Oficina), lançou<br />

uma campanha com esta última representação,<br />

com duração até finais de Outubro.<br />

O equipamento de carro Kangouru, que<br />

agora pode ser adquirido em condições<br />

mais competitivas fruto desta campanha,<br />

destina-se ao uso em oficinas de mecânica<br />

geral ou em secções de bate chapa.<br />

Este equipamento é um ”troley” de arrumação<br />

de peças e acessórios auto, que<br />

garante uma eficiente organização e arrumação<br />

de peças, é pouco volumoso e fácil<br />

de manusear, estando disponível nas cores<br />

azul ou vermelho. Suporta até 200 Kg de<br />

peso máximo de carga, tem 1,9 metros de<br />

altura, utiliza ro<strong>das</strong> direccionáveis, possui<br />

esticadores e diversos tipos de prateleiras.<br />

Para promover os seus equipamentos, a<br />

Máquina de<br />

vulcanizar<br />

revolucionária<br />

A Teixeira & Chorado lançou<br />

recentemente em Portugal uma<br />

revolucionária máquina de vulcanização.<br />

Designada por Vulcstar,<br />

esta é uma máquina de vulcanização<br />

universal para pneus de camiões<br />

ligeiros, camiões e tractores<br />

(agrícolas), que utiliza grânulos<br />

de pressão flexíveis que se<br />

adaptam a todos os contornos do<br />

pneu.<br />

Com esta nova máquina de vulcanização,<br />

podem-se levar a cabo<br />

reparações numa única etapa (remendo<br />

de reparação e vulcanização<br />

da área raspada e preenchida)<br />

nas áreas do piso, ombros e flancos<br />

de pneus de camiões ligeiros,<br />

camiões e veículos agrícolas, com<br />

qualquer padrão de piso ou perfil<br />

do pneu.<br />

A Vulcstar é fácil de operar não<br />

provocando distorção do pneu durante<br />

o processo de vulcanização<br />

requerendo pouco trabalho de<br />

acabamento, mesmo na reparação<br />

de saliências.<br />

Os grânulos de pressão retêm e<br />

armazenam o calor, baixando a<br />

necessidade de energia nos ciclos<br />

de vulcanização seguintes ao primeiro<br />

ciclo de vulcanização ou<br />

quando a máquina é usada de forma<br />

contínua. Incorpora grânulos<br />

de pressão de longa<br />

duração, adequado<br />

para um<br />

Indoproteje optou este ano por acções de<br />

marketing directo aos seus clientes e futuros<br />

clientes, não estando presente em<br />

qualquer feira do sector como expositor.<br />

Correias PowerGrip<br />

da Gates com<br />

novas embalagens<br />

A nova embalagem <strong>das</strong> correias de distribuição<br />

PowerGrip da Gates, é hermeticamente fechada<br />

para proteger a qualidade da correia que<br />

se encontra no seu interior. A caixa foi desenhada<br />

para optimizar o espaço ocupado nas prateleiras<br />

e oferece toda a informação necessária em<br />

16 idiomas. As correias de distribuição forneci<strong>das</strong><br />

nestas embalagens são exactamente iguais<br />

às PowerGrip que vinham nas embalagens anteriores.<br />

O processo de cintagem <strong>das</strong> novas embalagens<br />

evita que a correia PowerGrip que se encontra<br />

no seu interior possa dobrar-se ou vincarse,<br />

antes de ser retirada para instalação.<br />

To<strong>das</strong> as caixas contêm uma etiqueta autocolante<br />

onde o mecânico assinala a quilometragem<br />

do veículo. Trata-se de uma maneira simples do<br />

mecânico informar o condutor sobre a necessidade<br />

de substituir a correia de distribuição. De<br />

referir ainda que esta nova embalagem é 100%<br />

recicláveis, tendo sido impressa com tintas isentas<br />

de dissolventes.<br />

Campanha de Escovas Limpa-Vidros<br />

Lucas<br />

A Lucas Automotive lançou recentemente<br />

a sua sempre esperada Campanha<br />

de Escovas Limpa-Vidros que<br />

decorre de Setembro a Dezembro<br />

de 2005. Na compra de um lote<br />

de 55 escovas limpa-vidros, a<br />

Lucas oferece um blusão<br />

para se proteger da chuva e<br />

do vento.<br />

Simultaneamente, no período<br />

da campanha, é também lançada<br />

a nova imagem <strong>das</strong> embalagens<br />

<strong>das</strong> escovas Lucas. As<br />

novas embalagens blister<br />

apresentam um fundo totalmente<br />

verde, com a ilustração<br />

do tipo de escova e<br />

com detalhes do logotipo<br />

Lucas na extremidade.<br />

Com este salto qualitativo ao nível da<br />

embalagem, a Lucas pretende associar a<br />

qualidade dos seus produtos a uma nova<br />

imagem e nível de competitividade que,<br />

segundo a Lucas, a distingue da concorrência.<br />

As novas embalagens serão introduzi<strong>das</strong><br />

gradualmente até final do ano.<br />

Mas inovação não pára na imagem, já<br />

que a Lucas ampliou a sua gama de escovas<br />

limpa-vidros com o lançamento de<br />

várias referências novas para os veículos<br />

mais recentes e populares, como o Citroen<br />

C3, Citroen C5, Ford Focus, Ford<br />

C-Max, Opel Corsa, Opel Meriva, Renault<br />

Modus, VW Polo, VW Golf, entre<br />

outros.<br />

As escovas Lucas, concebi<strong>das</strong> a partir<br />

Equipamentos e<br />

Serviços Auto, Lda.<br />

da mais recente tecnologia e componentes<br />

de alta qualidade, oferecem um desempenho<br />

excelente em quaisquer condições de<br />

utilização. A borracha utilizada constitui<br />

mais um avanço tecnológico da Lucas no<br />

sentido de garantir a boa performance <strong>das</strong><br />

escovas limpa-vidros e assegurar assim a<br />

boa visibilidade e inerente segurança do<br />

condutor.<br />

A campanha de escovas limpa-vidros<br />

Lucas será amplamente divulgada junto<br />

<strong>das</strong> oficinas nacionais através do mailing<br />

do folheto promocional, que também estará<br />

disponível nos principais distribuido-<br />

TODA A GAMA DE EQUIPAMENTOS<br />

PARA OFICINAS E CENTROS DE INSPECÇÃO<br />

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14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

AMBIENTE<br />

Gestão de resíduos perigosos<br />

Tudo pela Natureza<br />

Enquanto produtores de resíduos considerados perigosos, como as baterias, óleos de motor, pneus e outros, as oficinas<br />

de reparação têm que cumprir com a legislação em vigor sobre esta matéria, para se manterem num quadro legal.<br />

GESTÃO AMBIENTAL - RESÍDUOS<br />

(embalagens, baterias, óleos, pneus, sucatas, etc.)<br />

O produtor de resíduos deve:<br />

- Solicitar e arquivar as licenças dos operadores com quem trabalha<br />

- Criar condições para fazer a segregação e gestão adequada dos resíduos que produz<br />

- Elaborar e enviar periodicamente os mapas obrigatórios<br />

- Tirar partido <strong>das</strong> sociedades gestoras e <strong>das</strong> obrigações legais dos seus fornecedores, no<br />

que diz respeito à gestão de baterias, pneus e óleos<br />

As inspecções de fiscalização por parte da Inspecção Geral do Ambiente têm-se multiplicado,<br />

pelo que é importante as empresas cumprirem a legislação ambiental em vigor<br />

GESTÃO AMBIENTAL - AR<br />

PRODUTO<br />

OBRIGATÓRIO<br />

COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS<br />

Ficha de Identificação de Instalação<br />

(Se o consumo de solventes<br />

e Plano de Gestão de Solventes<br />

for superior a 0,5 Tonela<strong>das</strong> / ano)<br />

FONTES FIXAS<br />

Efectuar monitorização periódica<br />

(Se tiver caldeiras ou cabinas de pintura)<br />

e enviar os resultados<br />

GASES REFRIGERANTES<br />

Verificar se são CFC’s<br />

(Se utiliza gases refrigerantes)<br />

para cumprir a legislação aplicável<br />

Aconformidade com a legislação<br />

ambiental aplicável ao sector é<br />

uma meta importante para to<strong>das</strong><br />

as empresas, sobretudo para as que têm<br />

maiores preocupações em termos de<br />

imagem ou para as que pretendem evitar<br />

coimas.<br />

O cumprimento integral da legislação requer<br />

uma cuidada avaliação sobre a sua<br />

aplicabilidade a cada caso concreto, uma<br />

vez que há pormenores que podem determinar<br />

obrigações ou isenções.<br />

A prevenção da produção e a adequada<br />

segregação e acondicionamento dos resíduos<br />

é determinante no controlo dos custos,<br />

porque a tendência do mercado da<br />

gestão de resíduos é a do aumento importante<br />

dos custos de tratamento dos resíduos.<br />

O impacto económico destas “boas<br />

práticas” nos custos anuais de cada instalação<br />

é seguramente mais importante do<br />

que o custo unitário de tratamento de cada<br />

resíduo por si só.<br />

Num cenário em que a fiscalização ambiental<br />

se tem feito sentir bastante, é determinante<br />

que cada empresa conheça a legislação<br />

aplicável à sua situação concreta e<br />

disponha de ferramentas eficazes para gerir<br />

o seu cumprimento, em contínuo. A gestão<br />

dos aspectos ambientais de cada instalação<br />

e o cumprimento da legislação aplicável,<br />

deve ser assegurada por todos os proprietários<br />

<strong>das</strong> empresas de reparação automóvel.<br />

Embora a Gestão de Resíduos seja a necessidade<br />

mais imediata <strong>das</strong> empresas do<br />

sector, não devem ficar esqueci<strong>das</strong> as demais<br />

obrigações ambientais, nomeadamente<br />

as que se referem a Emissões Gasosas e<br />

Efluentes Líquidos. O não cumprimento<br />

<strong>das</strong> obrigações está sujeito a coimas, pelo<br />

que as empresas devem tratar esta questão<br />

de forma sistemática e organizada.<br />

GESTÃO AMBIENTAL - ÁGUA<br />

PROCESSO<br />

PROCEDIMENTO<br />

CAPTAÇÃO<br />

Verifique se os licenciamentos<br />

(Se efectua captação de água)<br />

estão em dia<br />

REGEIÇÃO<br />

Verifique se a descarga<br />

(Se rejeita águas residuais)<br />

está licenciada<br />

Verifique se cumpre os critérios da licença<br />

e monitoriza a qualidade do efluente<br />

Deve enviar os dados da monitorização periodicamente<br />

à autoridade competente<br />

Fonte: eco-partner<br />

No que se refere às emissões gasosas, as<br />

empresas de reparação e manutenção automóvel<br />

estão abrangi<strong>das</strong> pelo Decreto-Lei<br />

n.º 78/2004, de 3 de Abril que estabelece o<br />

regime da prevenção e controlo <strong>das</strong> emissões<br />

de poluentes para a atmosfera. O autocontrole<br />

<strong>das</strong> emissões sujeitas a valor limite<br />

de emissão obrigatório é da responsabilidade<br />

da empresa, pelo que devem ser efectua<strong>das</strong><br />

duas medições anuais, espaça<strong>das</strong> de<br />

pelo menos 2 meses. Segundo o mesmo diploma,<br />

a autorização de funcionamento<br />

bem como as respectivas renovações são<br />

emiti<strong>das</strong> sob condição da empresa demonstrar<br />

que a instalação respeita as disposições<br />

do presente diploma.<br />

Continuação da página 1<br />

ASOGILUB assegurará,<br />

no curto prazo, a implementação<br />

de um efectivo<br />

procedimento de recolha e tratamento<br />

dos óleos usados e apresentará,<br />

até finais de 2006, um estudo<br />

de viabilidade técnico-económica<br />

da implementação de uma unidade<br />

de regeneração destes produtos no<br />

nosso país.<br />

Assim, constituem princípios<br />

fundamentais de gestão da SOGI-<br />

LUB a implementação de iniciativas<br />

que visem maximizar a recolha<br />

de óleos usados, bem como o<br />

aperfeiçoamento de princípios de<br />

gestão destes resíduos, incluindo o<br />

apoio às diversas formas de aplicação<br />

de óleos usados, dentro dos<br />

sãos princípios da ciência e da tecnologia,<br />

que sejam reconhecidos<br />

como os que melhor se aplicam a<br />

este processo.<br />

Especificamente, a SOGILUB é<br />

responsável por:<br />

• Organizar a rede de recolha e<br />

transporte, celebrando contratos<br />

Nova Sociedade de Gestão de óleos usados<br />

SOGILUB entra em funcionamento<br />

com operadores de gestão de óleos<br />

usados ou com os municípios;<br />

• Criar e assegurar a implementação<br />

do sistema de controlo dos<br />

óleos usados;<br />

• Decidir sobre o destino a dar a<br />

cada lote de óleos usados;<br />

• Definir, implementar e manter<br />

tecnologicamente actualizado um<br />

sistema informático que permita o<br />

tratamento, em tempo real, dos dados;<br />

• Promover a realização de campanhas<br />

de sensibilização sobre os<br />

princípios e regras de gestão dos<br />

óleos usados e sobre os possíveis<br />

EVOLUÇÃO PREVISTA PARA A QUANTIDADE DE ÓLEOS NOVOS COLOCADO NO MERCADO EM PORTUGAL<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Estimativa para a quantidade de óleos novos colocados no mercado (Kt) 105.000 102.900 100.842 98.849 96.849 94.912<br />

Estimativa para a quantidade de óleos novos que geram óleos usados (Kt) 85.000 83.300 81.634 80.<strong>001</strong> 78.401 76.833<br />

Em termos globais, os produtores de óleos lubrificantes novos a operar em Portugal prevêem que, nos próximos anos, a tendência seja para uma ligeira<br />

redução da venda de óleos lubrificantes, devido à evolução tecnológica que tem contribuído para que os óleos tenham cada vez maior tempo de vida útil<br />

impactos negativos para a saúde e<br />

parta o ambiente decorrentes da<br />

sua gestão não adequada, e de estudos<br />

de viabilidade técnico-económica<br />

de novos processos de regeneração<br />

e de reciclagem a implementar<br />

a nível nacional.<br />

De referir que os custos de funcionamento<br />

deste sistema integrado<br />

de gestão de óleos usados será<br />

suportado por todos os agentes<br />

económicos que introduzem óleos<br />

novos no mercado.<br />

Estamos perante um custo total<br />

do sistema integrado, que nesta<br />

fase inicial foi fixado para 2005 e<br />

2006 em 63,00 Euros por metro<br />

cúbico de óleo novo colocado no<br />

mercado, ou seja, cerca de 6,0 milhões<br />

de Euros no primeiro ano de<br />

funcionamento.


16<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

SERVIÇO<br />

“Testing Days on Tour“ visita Portugal<br />

Verificação gratuita<br />

dos amortecedores e escape<br />

A Campanha “Testing Days on Tour” está a decorrer em toda a Europa, estando prevista a sua passagem por<br />

Portugal no início do próximo ano. Como novidade, nesta Campanha a Tenneco Automotive oferece aos<br />

automobilistas a possibilidade de fazerem uma revisão igualmente gratuita ao sistema de escape.<br />

ATenneco Automotive, fabricante<br />

<strong>das</strong> marcas de amortecedores<br />

Monroe e escapes Walker e Fonos,<br />

vai trazer ao nosso país a sua iniciativa<br />

“Testing Days on Tour“. Com a realização<br />

desta acção, a Tenneco pretende<br />

lançar o alerta sobre as deficientes condições<br />

de circulação de boa parte do parque<br />

automóvel nacional e para as potencialidades<br />

desconheci<strong>das</strong> do após venda.<br />

Com efeito, uma frota de oito carrinhas<br />

de teste, equipa<strong>das</strong> com os mais recentes<br />

dispositivos de diagnóstico de<br />

amortecedores e sistemas de escape,<br />

operados por técnicos especialistas da<br />

Monroe e da Walker, irá percorrer todo<br />

o território nacional, detendo-se em oficinas<br />

e estações de serviço, a fim de<br />

proporcionar aos automobilistas interessados<br />

um teste gratuito aos amortecedores<br />

e escape da sua viatura.<br />

No final desses testes, os automobilistas<br />

beneficiados têm boas razões para ver<br />

a manutenção do seu veículo de outra<br />

forma, do mesmo modo que os garagistas<br />

e reparadores ficam com sobejos argumentos<br />

para propor uma revisão à suspensão<br />

dos veículos dos seus clientes.<br />

Sendo uma companhia que produz diariamente<br />

335 mil amortecedores, nas<br />

suas fábricas espalha<strong>das</strong> pelos 4 continentes,<br />

num total de 85 milhões de peças<br />

anuais, o que representa um volume de<br />

negócios de 4,2 biliões de dólares, a Tenneco<br />

conhece bem o produto e o seu contexto<br />

real, sentindo-se obviamente motivada<br />

a investir num marketing de última<br />

geração, que não é mais do que um serviço<br />

aos automobilistas e à segurança rodoviária,<br />

por um lado, bem como ao mercado<br />

de após venda, dinamizando-o e fornecendo-lhe<br />

as ferramentas materiais e<br />

teóricas para o seu desenvolvimento, por<br />

outro lado.<br />

Sistemas de escape<br />

Proteger o ambiente e o veículo<br />

Ter problemas com o escape pode não parecer tão sério<br />

como, por exemplo, um problema eléctrico, mas<br />

pode de igual modo causar um contratempo considerável<br />

e imobilizar o veículo. As avarias devido a falhas do<br />

sistema de escape são totalmente evitáveis no caso dos<br />

automobilistas verificarem os escapes dos seus veículos<br />

com alguma regularidade.<br />

No campo do ruído, há que referir que se exercem<br />

enormes pressões aos fabricantes de sistemas de escape<br />

para que os seus produtos obedeçam aos regulamentos<br />

em vigor. A crescente redução do ruído estipulado por<br />

Lei, obriga aos fabricantes a terem de arranjar soluções<br />

de compromisso com outros factores directamente relacionados,<br />

como, por exemplo, a contrapressão, para que<br />

o consumo de óleo, de combustível e o rendimento dos<br />

motores não saiam prejudicados.<br />

Com a tecnologia hoje ao dispor, esse compromisso é<br />

possível, mas para o garantir é necessário que o profissional<br />

instale produtos homologados e que o consumidor<br />

final se certifique que o que foi colocado debaixo do<br />

chassis foi um sistema homologado. Muito embora na<br />

União Europeia exista uma directiva que obrigue a esse<br />

cumprimento, a massificação <strong>das</strong> marcas de sistemas de<br />

escape no mercado, tem levado a que a sua aplicação<br />

não seja plena em todos os países do espaço europeu. A<br />

par de alguns fabricantes que não homologam os produtos,<br />

existem outros que homologam apenas um modelo<br />

e estendem indevidamente essa homologação a toda a<br />

gama. Uma coisa é certa: sem esse atestado de qualidade,<br />

os níveis de ruído e contrapressão não podem ser assegurados,<br />

com os inevitáveis perigos de perda de potência<br />

do motor, risco de acidentes por progressão indevida<br />

da viatura, aumento da temperatura do óleo, assim<br />

como maior consumo de combustível.<br />

Os sistemas de escape comercializados com as marcas<br />

Fonos e Wlaker, estão devidamente homologados e<br />

disponíveis para mais de 90% dos veículos Europeus e<br />

Japoneses, e podem se adquiridos e montados nas oficinas<br />

independentes que se encontram espalha<strong>das</strong> por<br />

todo o país.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

SERVIÇO Outubro 2005 17<br />

Amortecedores<br />

Elementos vitais<br />

para a segurança dos veículos<br />

A investigação indica que um número<br />

estimado de um em cada quatro carros que<br />

circulam nas estra<strong>das</strong> portuguesas têm<br />

pelo menos um amortecedor defeituoso.<br />

Ainda mais alarmante é o facto dos condutores<br />

desses veículos não estarem cientes<br />

da necessidade de substituição dos amortecedores<br />

e, portanto, conduzem com uma<br />

falsa sensação de segurança. A possibilidade<br />

de ter amortecedores gastos é ainda<br />

maior em veículos com três ou mais anos<br />

ou aqueles que tenham percorrido mais de<br />

50.000 Km.<br />

O trabalho dos amortecedores é manterem<br />

as ro<strong>das</strong> do automóvel em firme contacto<br />

com a estrada. Quando estes apresentam<br />

desgaste – que é um processo gradual<br />

e de difícil detecção – os<br />

amortecedores são menos eficientes no aspecto<br />

de assegurarem uma aderência óptima<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> à estrada. Isto afecta seriamente<br />

a segurança do veículo ao reduzir a<br />

eficiência da travagem, direcção e comportamento.<br />

Na maioria dos casos, o condutor adapta-se<br />

de modo gradual ao desgaste dos<br />

amortecedores, sem se aperceber da diminuição<br />

da eficiência do comportamento do<br />

seu veículo e o correspondente aumento<br />

de perigo que enfrenta.<br />

De acordo com a Monroe, existem três<br />

aspectos que contribuem para esse aumento<br />

de perigo: A adaptação referida aos<br />

amortecedores gastos, a falta de conhecimento<br />

dos condutores, e o facto de serem<br />

componentes que estão escondidos debaixo<br />

da carroçaria, não sendo, por isso, fácil<br />

de verificar danos com regularidade.<br />

OPINIÃO PEDRO SANTOS<br />

Country Manager da Tenneco Automotive em Portugal<br />

“Postura proactiva”<br />

O que pretendemos com a realização<br />

destes ensaios é mentalizar os vendedores<br />

de peças e reparadores para a necessidade<br />

de estar mais próximo do<br />

mercado e dos automobilistas. A distribuição<br />

não pode ficar passivamente à<br />

espera que o automobilista vá ao seu<br />

encontro, porque geralmente só o fará<br />

depois de sucessivos adiamentos e em<br />

último caso, arriscando-se a sofrer acidentes<br />

e a perder dinheiro em reparações<br />

custosas.<br />

Para se ter uma postura proactiva no<br />

mercado é necessário promover os testes<br />

gratuitos e os check-up conclusivos,<br />

pois esse é o melhor meio de demonstrar<br />

ao cliente que chegou a hora de tomar<br />

decisões e que a oficina e o vendedor<br />

de acessórios estão aptos a oferecer<br />

as soluções mais rápi<strong>das</strong>, mais fiáveis e<br />

mais económicas. Em termos de comunicação,<br />

esta iniciativa traz a possibilidade<br />

de sensibilizar os informadores<br />

para as nossas preocupações com a segurança<br />

rodoviária e para a qualidade<br />

técnica <strong>das</strong> nossas soluções.


18<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

ANÚNCIOS CLASSIFICADOS<br />

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20<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

SALÕES<br />

Apartir do próximo dia 13 de Outubro,<br />

o parque de exposições de<br />

Paris-Nord Villepinte, em França,<br />

será palco de mais uma edição do salão<br />

Equip Auto, o maior certame mundial<br />

especialmente dedicado às peças, acessórios<br />

e equipamentos para automóveis e<br />

oficinas.<br />

O salão realiza-se todos os anos ímpares<br />

e aborda o sector automóvel, desde a concepção<br />

dos veículos até à sua reciclagem<br />

depois de concluída a sua vida útil.<br />

Organizado pela Comexpo Paris, o acontecimento<br />

deste ano incluirá meia centena<br />

de pavilhões internacionais, num total esperado<br />

de dois mil expositores. O salão inteiro<br />

disponibiliza cerca de 200 mil metros<br />

quadrados de área útil de exposição, divididos<br />

por seis sectores: serviços; informática;<br />

carroçaria e pintura; reparação e manutenção;<br />

equipamentos e acessórios de apósvenda.<br />

Neste último sector incluem-se os<br />

expositores dedicados aos pneus e jantes,<br />

empresas de formação e recrutamento, produtos<br />

diversos e competição.<br />

6 SECTORES DE ACTIVIDADE<br />

Os sectores de actividade estão<br />

distribuídos por 6 Halls:<br />

HALL 1<br />

Áreas de Serviços<br />

HALL 2<br />

Informática + Carroçaria e Pintura<br />

HALL S 3 e 4<br />

Reparação e Manutenção automóvel<br />

HALLS 5 e 6<br />

Equipamentos e Acessórios após-venda<br />

Engenharia e Tecnologias de ponta<br />

Uma larga passadeira encarnada irá<br />

permitir aos visitantes encontrarem<br />

facilmente o seu caminho, através da<br />

exposição, e assegurará aos expositores<br />

uma melhor visibilidade.<br />

Novidade neste salão será uma área especialmente<br />

dedicada às pequenas empresas<br />

de engenharia e tecnologia de ponta,<br />

que procuram expor os seus produtos em<br />

pequenos espaços e que terão agora uma<br />

DE 13 A 18 OUTUBRO<br />

EQUIP´AUTO<br />

Os cerca de 2.000 expositores, reunidos numa superfície de 200.000 m2 de exposição, estarão<br />

presentes para receber os cerca de 140.000 visitantes esperados, dos quais 30% estrangeiros.<br />

oportunidade de o fazer perante um vasto<br />

e especializado público internacional.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> estará presente<br />

neste Salão com uma equipa de jornalistas<br />

que irá fazer a reportagem do certame.<br />

Por isso, na próxima edição vai poder encontrar<br />

toda a informação sobre as mais<br />

importantes novidades apresenta<strong>das</strong> pelas<br />

marcas neste evento único, de audiência<br />

mundial.<br />

DE 29 OUTUBRO A 6 NOVEMBRO<br />

EXPOAUTO<br />

Entre os dias 29 de Outubro e 6 de<br />

Novembro de 2005 a ExpoSalão –<br />

Centro de Exposições da Batalha<br />

volta a organizar mais uma edição da Expoauto<br />

– 14º Salão do Automóvel, Acessórios,<br />

Equipamento Oficinal e Tuning. Para<br />

além da componente do Salão Automóvel,<br />

que só por si concentra o interesse de muito<br />

EXPOAUTO<br />

LOCAL<br />

ExpoSalão - Centro de Exposições<br />

IC2 - Batalha - Portugal<br />

DATA E HORÁRIO<br />

29 de Outubro<br />

a 06 de Novembro de 2005<br />

Semana:<br />

17h00 às 23h00<br />

Fins de Semana: 14h30 às 23h00<br />

ÁREA TOTAL<br />

3 Pavilhões c/ 16.000m2 + 1.500 m2<br />

PERFIL DO EXPOSITOR<br />

- Importadores e Concessionários de<br />

veículos ligeiros;<br />

- Fabricantes, Importadores e<br />

Representantes de Acessórios,<br />

Equipamento Oficinal e Tunning;<br />

- Imprensa Especializada;<br />

- Associações sectoriais.<br />

PERFIL DO VISITANTE<br />

- <strong>Oficinas</strong>;<br />

- Outros profissionais do sector;<br />

- Público em geral.<br />

CONTACTOS<br />

Jorge Baptista<br />

EXPOSALÃO - Centro de Exposições<br />

Apartado 39<br />

2441-951 Batalha<br />

Tel: 244 769 480<br />

Fax: 244 767 489<br />

Email:<br />

info@exposalao.pt<br />

Internet:<br />

www.exposalao.pt<br />

público, o Expoauto é por tradição o melhor<br />

salão de peças e equipamentos que se<br />

realiza em Portugal. A prova disso é que<br />

nesta edição da Expoauto o espaço consagrado<br />

aos expositores de peças e equipamentos<br />

vai aumentar substancialmente,<br />

permitindo que mais empresas do ramo estejam<br />

presentes neste importante certame.<br />

Espera-se que a edição 14 da Expoauto registe<br />

mais uma grande enchente de profissionais<br />

do sector automóvel, nomeadamente na<br />

área <strong>das</strong> peças e da mecânica automóvel.<br />

José Frazão, Director da Exposalão, entidade<br />

organizadora da Expoauto, refere ao <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que este ano existe mais espaço<br />

de exposição na área dedicada às peças e aos<br />

equipamentos.<br />

A organização da Exposalão vai aumentar<br />

o espaço disponível para os expositores<br />

de peças, acessórios e equipamentos?<br />

Sim. Este ano a área dedicada aos equipamentos<br />

e acessórios será maior. Devido<br />

ao facto do espaço estar completo, recorremos<br />

ao aluguer de uma estrutura "móvel"<br />

com uma área na ordem dos 1500 m2.<br />

Espera que a edição 2005 venha a ter<br />

mais e maior participação de expositores<br />

<strong>das</strong> peças, acessórios e equipamentos?<br />

Certamente. Aliás, o aumento de área dedicada<br />

a este sector deve-se por um lado à<br />

presença de novos expositores e, por outro,<br />

ao aumento da área ocupada por parte dos<br />

expositores habituais. Este ano o sector dos<br />

equipamentos e acessórios estará com uma<br />

maior representatividade, quer ao nível de<br />

empresas presentes, quer ao nível do número<br />

de "produtos" expostos.<br />

Está previsto num futuro próximo<br />

realizar um Salão especificamente para<br />

peças, acessórios e equipamentos?<br />

Estamos atentos à evolução do mercado,<br />

não colocando de parte esta hipótese. No entanto,<br />

temos forte consciência de que o facto<br />

do Salão estar integrado no Salão Automóvel<br />

OPINIÃO<br />

José Frazão, Director da Exposalão<br />

“Sector de peças e equipamentos com maior representatividade”<br />

contribuiu em muito para o seu crescimento,<br />

na medida em que os automóveis são sempre<br />

alvo de grande atenção atraindo muito público,<br />

entre os quais os profissionais do sector,<br />

tendo-se gerado aqui uma relação simbiótica<br />

e consequentemente com resultados benéficos<br />

para ambos os sectores, os automóveis e<br />

os equipamentos, peças e acessórios.<br />

No seu entender porque razão o Exposalão<br />

é o mais conceitado salão de peças,<br />

acessórios e equipamentos em Portugal?<br />

Temos consciência que a Expoauto na<br />

vertente do equipamento oficinal, peças e<br />

acessórios é o certame mais conceituado em<br />

Portugal, tendo-se distinguido com êxito<br />

junto <strong>das</strong> empresas que apostaram, investiram<br />

e que mostram vontade de continuar a<br />

fazê-lo. Esta atitude deve-se sobretudo, na<br />

nossa opinião, aos resultados obtidos com a<br />

sua participação. A localização geográfica<br />

(central) constitui também um ponto forte<br />

para o sucesso que o certame alcançou, na<br />

medida em que atrai visitantes de todos os<br />

pontos do país.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

FORUM Outubro 2005 21<br />

A opinião dos especialistas<br />

Esta secção tem por objectivo dar a conhecer aos leitores do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> a opinião dos Directores e Administradores <strong>das</strong><br />

mais importantes empresas do sector após-venda automóvel. A sua experiência e know-how são um valioso contributo para o<br />

melhor esclarecimento <strong>das</strong> novas tendências do negócio da distribuição de peças e da reparação e manutenção automóvel.<br />

NUNO CABRAL<br />

Director-Geral<br />

da Sonicel Acessórios<br />

e Sobressalentes.<br />

JAVIER RODRIGO<br />

Director-Geral<br />

da TRW Portugal<br />

HARTMUT<br />

WITTENBURG<br />

Sócio-gerente<br />

da Helmuth Wittenburg<br />

“Temos que mudar<br />

a cultura implantada”<br />

Como avalia o estado actual do mercado <strong>das</strong> peças<br />

de reposição em Portugal? Que carências existem<br />

neste mercado?<br />

Considero que este mercado está a evoluir para um<br />

patamar em que muitas empresas vão desaparecer,<br />

porque não estão prepara<strong>das</strong> em termos técnicos, logísticos,<br />

financeiros e comerciais. Tudo se baseia no<br />

desconto efectuado, ninguém faz contas sobre rotatividades<br />

de stock, custo de stockagem, custos integrados<br />

de distribuição, custos financeiros relacionados<br />

com crédito a clientes, etc.. A palavra serviço ao<br />

cliente, não existe no vocabulário comercial, toda a<br />

negociação se baseia no preço, temos que mudar essa<br />

cultura implantada, para que todos os intervenientes<br />

possam contribuir para a rentabilidade do negócio.<br />

A nível comercial, quais as novas medi<strong>das</strong> que vão<br />

ser adopta<strong>das</strong> pela Sonicel Acessórios e<br />

Sobressalentes?<br />

Em primeiro lugar estamos constantemente junto<br />

dos nossos fornecedores a realizar um trabalho de<br />

análise <strong>das</strong> necessidades do mercado português, para<br />

que possamos ter um nível de serviço entre os 94% e<br />

os 97%, porque pensamos que em tempos de recessão<br />

económica devemos ajudar os nossos clientes/parceiros<br />

a reduzir o seu esforço financeiro em termos de investimento<br />

em stock.<br />

Em segundo lugar, trabalhamos com as empresas<br />

que nos prestam serviços de transporte para que o<br />

cumprimento de horários e as rotinas de entrega sejam<br />

uma realidade constante.<br />

Em terceiro lugar, promovemos os nossos produtos<br />

junto do cliente final (consumidor) para que o trabalho<br />

comercial dos nossos clientes/parceiros seja facilitado.<br />

Em quarto lugar apostamos numa formação técnica<br />

e comercial contínua dos nossos representantes comerciais<br />

no terreno para que eles sejam uma mais valia<br />

no elo comercial existente entre a Sonicel AS e o<br />

nosso cliente e não apenas um “apontador de encomen<strong>das</strong>”<br />

e em quinto lugar seguimos uma estratégia<br />

uniforme e coerente junto dos nossos clientes/parceiros<br />

para que eles façam parte integrante do alcance<br />

dos objectivos delineados.<br />

Qual o vosso posicionamento em termos de preços?<br />

A Sonicel AS, aposta numa diversificação de produtos<br />

de qualidade associados a preços competitivos, que<br />

permitam uma fidelização dos clientes da Sonicel AS<br />

através de uma serviço logístico de qualidade, apoio técnico<br />

e assistência comercial aos nossos clientes. O cliente<br />

Sonicel AS não pode ser um cliente ocasional que<br />

procura a Sonicel AS apenas porque tem o preço mais<br />

barato. Queremos clientes que vejam a Sonicel AS<br />

como um parceiro no negócio presente e futuro.<br />

“A procura vai continuar<br />

a crescer”<br />

Que análise faz do mercado de distribuição de peças<br />

em Portugal e quais são as perspectivas de evolução?<br />

O panorama geral do mercado é difícil, devido à situação<br />

da economia portuguesa no presente. Não vejo<br />

grandes possibilidades de recuperação na segunda metade<br />

do ano, embora a situação seja bastante imprecisa<br />

e pouco clara. Apesar disso, o parque automóvel continua<br />

a crescer e a envelhecer, o que nos diz que a procura<br />

vai continuar também a crescer. Só não sabemos<br />

é a que ritmo. O mercado inevitavelmente terá que regressar<br />

ao seu nível médio, mais cedo ou mais tarde.<br />

Quanto ao futuro dos pequenos retalhistas, a evolução<br />

do negócio <strong>das</strong> peças de reposição está a modificar-se<br />

rapidamente, no sentido de um maior número de referências,<br />

o que exigirá mais organização, infra estruturas<br />

mais espaçosas e maiores investimentos.<br />

Como perspectiva a evolução do sector tradicional<br />

<strong>das</strong> oficinas independentes?<br />

A TRW está completamente ao lado da recuperação<br />

do sector de reparação independente, pois é um elemento<br />

fundamental para um mercado onde exista uma<br />

salutar concorrência. Tudo temos feito e continuaremos<br />

a fazer para dotar as oficinas de reparação independentes<br />

dos meios e da cultura necessários para superar<br />

as suas presentes dificuldades de transição.<br />

No que respeita aos Auto Centros Lucas e Centros<br />

de travagem, vamos até ao final do ano reposicionar<br />

essas redes no mercado sob a marca TRW, embora<br />

mantendo o conceito anterior de auto centros. O objectivo<br />

é revitalizar as redes e posicioná-las no pelotão<br />

da frente <strong>das</strong> oficinas da nova geração, tendo em vista<br />

o futuro.<br />

Quais são as expectativas da TRW Automotive para<br />

2005 em termos de investimento e ven<strong>das</strong>?<br />

Para a TRW o ano de 2005 vai ser um bom ano, tanto<br />

em Portugal como na Europa e ainda a nível mundial.<br />

Neste momento a TRW na Europa está a investir<br />

na compra de fábricas, que deverão estar a operar no<br />

final deste ano ou durante o 1º trimestre de 2006, no<br />

máximo.<br />

Em Portugal estamos a investir fortemente em material<br />

informático, especialmente para permitir receber<br />

pedidos de clientes por via electrónica, bem como<br />

para melhorar a gestão e reduzir custos, para além de<br />

melhorar a relação funcional entre todos os sectores<br />

da empresa. Também realizámos investimentos em<br />

novas gamas de produtos (caixas de direcção, amortecedores,<br />

etc.). Em relação a ven<strong>das</strong>, estamos a prever<br />

um crescimento de 10%, face ao ano anterior. Nas gamas<br />

que são o núcleo do nosso negócio, as ven<strong>das</strong> estão<br />

a crescer a um ritmo ainda superior. Não temos razões<br />

de queixa.<br />

“Produtos chineses<br />

não estão de passagem”<br />

Como analisa o mercado de distribuição de peças<br />

automóvel em Portugal?<br />

Não acredito que os fabricantes possam algum dia<br />

comercializar directamente os seus produtos às oficinas,<br />

pois essa não é a sua vocação nem o seu negócio.<br />

Quanto aos importadores, é provável que o possam fazer,<br />

se houver alguma vantagem concreta para o mercado.<br />

Desde que haja uma rede de oficinas certificada por<br />

uma marca, há condições para acesso directo a produtos,<br />

informação técnica e formação profissional. Há<br />

cada vez mais electrónica nos carros (sistemas de travagem,<br />

direcção e embraiagem pilotados by wire), o que<br />

irá certamente provocar algumas reacções no mercado.<br />

O que se ouve dizer é que os especialistas em sistemas<br />

electrónicos vão passar a vender cada vez mais directamente<br />

às oficinas, pois eles é que têm a tecnologia, a informação<br />

e os equipamentos específicos.<br />

Continua a haver espaço no mercado para as<br />

oficinas ditas tradicionais ou a sua continuidade está<br />

em risco?<br />

Tenho dúvi<strong>das</strong> que os mecânicos tradicionais que se<br />

deixaram desactualizar não venham a ter dificuldade<br />

em acompanhar o ritmo da evolução presente. Por outro<br />

lado, são necessários investimentos coordenados<br />

entre a actualização técnica / equipamentos e a imagem,<br />

uma nova forma de gestão e infra-estruturas adequa<strong>das</strong>.<br />

O que temos feito para apoiar o sector de reparação<br />

são as acções de formação técnica que sugerimos<br />

às marcas que representamos. No fundo, essas<br />

acções de formação têm uma parte social e de diálogo,<br />

que resulta em marketing para essas marcas e os operadores<br />

encaram-nas muito positivamente, como forma<br />

de valorização profissional e troca de experiências<br />

com outros colegas.<br />

Que balanço faz da actividade da vossa empresa em<br />

2004 e como perspectiva a sua evolução para 2005?<br />

2004, foi o melhor ano para as representa<strong>das</strong> da Helmuth<br />

Wittenburg desde a sua fundação. Em relação ao<br />

futuro, vou-lhe responder indirectamente. Quando os<br />

carros japoneses chegaram à Europa, começando aqui<br />

mesmo por Portugal, ninguém pensou que eles viessem<br />

para ficar, como na realidade ficaram. Em relação aos<br />

produtos chineses, posso adiantar-lhe o mesmo: eles não<br />

estão cá de passagem.<br />

Estão a implantar-se a uma velocidade impressionante.<br />

Há produtos que ainda não são perfeitos, mas custam<br />

menos de 1/3 do que o produto equivalente na Alemanha.<br />

Nós só vendemos peças de primeiro equipamento,<br />

com qualidade original, mas para um carro de uma certa<br />

idade isso já não faz diferença. Por essa razão, a médio<br />

prazo, não prevejo que o nosso negócio venha a subir<br />

substancialmente.


22<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

EMPRESA<br />

VENEPORTE<br />

Empresa de referência no fabrico de escapes<br />

A Veneporte, fabricante nacional de sistemas de escape, é um caso ímpar de sucesso em Portugal e<br />

além fronteiras nesta área de actividade. A sua crescente penetração nos mercados internacionais<br />

são bem espelho dessa realidade.<br />

AVeneporte posiciona-se estrategicamente<br />

como fabricante de<br />

Sistemas de Escape para o Equipamento<br />

de Origem (OEM), Reposição<br />

Oficial (OES) e simultaneamente para o<br />

Após Venda (After-Market). É hoje uma<br />

empresa que opera num conjunto de mercados<br />

à escala internacional.<br />

No sentido de reforçar a sua competitividade,<br />

constituiu em Outubro de 2003 a<br />

Veneporte España, SL, com o objectivo<br />

de garantir o fornecimento “just-in-time”<br />

à Suzuki-Santana, em Espanha, e ainda à<br />

criação de uma plataforma logística para<br />

esse mercado.<br />

Por forma a assegurar a máxima qualidade<br />

dos seus produtos e simultaneamente<br />

o reforço do nível de serviço aos seus<br />

Clientes, a empresa tem vindo a realizar<br />

fortes investimentos na aquisição de equipamentos<br />

tecnologicamente evoluídos.<br />

Desenvolve parcerias com Instituições de<br />

elevada capacidade técnica, como por<br />

exemplo a Faculdade de Engenharia da<br />

Universidade de Coimbra, a IDIADA<br />

(Espanha), a PROTÓTIPO (Itália), a<br />

ABIMOTA (Portugal), e é membro fundador<br />

do CEIIA (Centro de Excelência<br />

para a Indústria Automóvel).<br />

Considera de extrema importância<br />

áreas como a engenharia do produto, sistema<br />

de qualidade, inovação e de uma<br />

forma muito particular a homologação<br />

dos seus produtos, bem como o rigoroso<br />

cumprimento <strong>das</strong> Directivas Comunitárias<br />

em vigor. Está em curso o processo<br />

de certificação para as Normas TS 16949.<br />

Aproveitando todo o seu know how de<br />

fornecedor de primeiro equipamento, a<br />

Veneporte dá como garantia dos seus produtos<br />

24 meses, reflectindo a eficiência e<br />

qualidade superiores dos seus produtos.<br />

Relativamente ao mercado nacional o<br />

seu produto é comercializado pelos principais<br />

distribuidores nacionais, em particular<br />

por aqueles cujo objectivo principal<br />

é o de colocar à disposição dos utilizadores<br />

um produto de confiança, quer ao nível<br />

da sua qualidade, quer ao nível do respeito<br />

rigoroso pelas questões legais e ambientais.<br />

Tecnologias utiliza<strong>das</strong>:<br />

Soldadura automática (Robots MIG-MAG);<br />

soldadura semi-automática (MIG-MAG);<br />

Soldadura por indução (alta-frequência);<br />

Linhas automáticas de fabricação de<br />

silenciosos.<br />

Testes realizados:<br />

Ruído; Contra-pressão; Análise<br />

composição química; Dureza;<br />

Dimensionais; Nevoeiro Salino; Espessura<br />

de Revestimento, Teste de fugas;<br />

Macrografia; etc.<br />

Nível Técnico:<br />

CAD-CAM; Pro-Engineer; Master-CAM;<br />

Auto-Cad; Tridimensional totalmente<br />

computorizada.<br />

Desafios<br />

A inovação e desenvolvimento têm<br />

sido para a empresa um dos maiores desafios.<br />

Serão o Projecto Mitsubishi e Suzuki<br />

exemplos importantes da permanente<br />

preocupação da empresa nessas matérias.<br />

Sendo o primeiro um Projecto desenvolvido<br />

pela Veneporte e onde, pela primeira<br />

vez, foi introduzido um catalisador dentro<br />

do silencioso de trás, tendo iniciado já o<br />

desenvolvimento de um novo sistema de<br />

escape onde, para além do catalisador,<br />

será incorporado o filtro de partículas,<br />

respondendo assim àquilo que são os<br />

maiores avanços tecnológicos da indústria<br />

automóvel neste sector. Também, no<br />

segundo caso, em conjunto com o Departamento<br />

de Mecânica da Universidade de<br />

Coimbra, foi totalmente desenvolvido um<br />

Sistema de Escape completo que se destina<br />

a uma linha de montagem fora de Portugal,<br />

perspectivando-se o desenvolvimento<br />

de todos os novos modelos a lançar<br />

pela marca até 2008. A produção de catalisadores<br />

é outra <strong>das</strong> grandes prioridades<br />

para a Veneporte.<br />

Mercados<br />

O número de marcas de escapes tem diminuído,<br />

existindo hoje três tipos de fabricantes:<br />

Grande Dimensão – (Multinacionais),<br />

por vezes com grande subcontratação<br />

e alguns problemas de qualidade<br />

inerentes a isso; Média Dimensão – (já<br />

com dimensão internacional), com grandes<br />

preocupações com os aspectos qualitativos;<br />

e Pequena Dimensão – (de carácter<br />

nacional), com organizações precárias<br />

a vários níveis, apenas a competir por<br />

preço. A Veneporte encontra-se no patamar<br />

superior <strong>das</strong> empresas de Média Dimensão.<br />

Actualmente, está presente em mais de<br />

20 países, quer na Europa, quer noutros<br />

continentes. Saliente-se que 77% da sua<br />

produção se destina à exportação, sendo o<br />

restante para o mercado nacional. No entanto,<br />

como consequência da previsão de<br />

forte crescimento do volume de negócios,<br />

a tendência é para subir o nível <strong>das</strong> exportações,<br />

quer pela penetração em novos<br />

mercados, novos clientes e ainda pelo<br />

alargamento da gama de produtos.<br />

Para além da produção de sistemas de<br />

escape, a Veneporte passou a incluir no<br />

seu mais recente catálogo de produtos os<br />

acessórios, que representam uma gama de<br />

produtos complementares enquadrandose<br />

numa lógica de prestação de serviço.<br />

A Veneporte conta com uma gama de<br />

produtos, para reposição, de aproximadamente<br />

1000 referências para diversas<br />

marcas de automóveis, tais como a Alfa<br />

Romeo, Citroën, Fiat, Ford, Mitsubishi,<br />

Opel, Peugeot, Renault, Seat, Toyota, etc.<br />

Tem sido muito forte a aposta da Veneporte na qualidade dos seus produtos, investindo<br />

fortemente em equipamento e técnicos especializados, máquinas para controlo dimensional,<br />

e outras para testes de vibração.<br />

Liderada pelo Dr. Abílio Cardoso, a Veneporte fez uma aposta clara no reforço da sua posição,<br />

quer como fornecedor do ramo automóvel ao nível do primeiro equipamento quer como<br />

fornecedor do mercado de reposição.<br />

Investimentos<br />

O investimento realizado ao longo dos<br />

últimos anos, tem permitido à Veneporte<br />

o reforço da sua capacidade de gestão.<br />

O aumento de 40% aproximadamente<br />

da capacidade de produção, e a<br />

aquisição de meios necessários ao Gabinete<br />

Técnico, Departamento de Qualidade<br />

e Manutenção, entre outros. Todos<br />

estes investimentos têm vindo a ser<br />

acompanhados por um forte plano de<br />

formação que abrange a totalidade dos<br />

colaboradores da empresa.<br />

VENEPORTE S.A.<br />

Morada:<br />

Vale Grande - Ap. 20 - 3754-908<br />

AGUADA DE CIMA (ÁGUEDA/PORTUGAL)<br />

Telefone:<br />

234 660 370<br />

Fax:<br />

234 660 372<br />

E-mail:<br />

geral@veneporte.pt<br />

Internet:<br />

www.veneporte.pt<br />

Director Geral:<br />

Dr. Abílio Cardoso<br />

N.º Empregados:<br />

160<br />

Área total instalações:<br />

41.910 m2 (+ 20.000 m2 área coberta)<br />

Número Clientes:<br />

+ 100<br />

Número Postos de Venda:<br />

+ 250<br />

Nº referências em stock:<br />

1.400 ref.<br />

Facturação em 2004:<br />

10.454.460,00 €<br />

Facturação prevista para 2005:<br />

12.000.000,00 €


24<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

ENTREVISTA<br />

Jorge Pinho, Gerente do Departamento Técnico da Marcodiesel<br />

“Mudar mentalidades é o grande desafio”<br />

Há muito especializada na tecnologia Diesel, a Marcodiesel opera no Seixal e é uma <strong>das</strong><br />

oficinas com vínculo à Bosch, desenvolvendo o conceito especializado Bosch Diesel Center<br />

para a zona Sul do País e, mais recentemente, o conceito Bosch Car Service.<br />

Jorge Pinho, gerente do departamento técnico, falou-nos da empresa.<br />

Quais são as origens da Marcodiesel?<br />

O meu pai, Angelo Pinho, sempre<br />

esteve ligado a máquinas Diesel.<br />

Aprendeu a profissão em Lisboa e, mais<br />

tarde, estabeleceu-se no Casal do Marco,<br />

com uma empresa que tinha no total cinco<br />

sócios. Entretanto, dois dos sócios separaram-se<br />

e os outros três, entre eles o meu<br />

pai, fundaram a Marcodiesel. A data oficial<br />

de fundação é o dia 1 de Abril de 1976. Assim,<br />

a empresa recebe o nome do local<br />

onde funcionava inicialmente. Ainda temos<br />

esse espaço, mas em termos operacionais<br />

juntámos recentemente tudo aqui no Seixal.<br />

Entretanto, devido à idade, os outros dois<br />

sócios afastaram-se e o meu pai assumiu a<br />

empresa na totalidade. Actualmente eu e os<br />

meus dois irmãos estamos a gerir a empresa<br />

com ele. Eu encarrego-me do departamento<br />

técnico e oficinal, o meu irmão João<br />

Pinho tem a seu cargo a gestão administrativa<br />

e financeira e a minha irmã Isabel Pinho<br />

faz a gestão comercial. O meu pai continua<br />

a ocupar a posição de topo na hierarquia<br />

da empresa.<br />

dentro de dois meses terminaremos algumas<br />

obras que nos vão permitir fazer o<br />

serviço de lavagem e estação de serviço.<br />

Para além disso fazemos todo o tipo de intervenções<br />

rápi<strong>das</strong> e pequena revisões,<br />

como mudanças de óleo, filtros, travões,<br />

suspensão, etc.<br />

Todos esses novos serviços surgiram<br />

com o vínculo à Bosch Car Service?<br />

Muitos colegas nossos da Bosch reparavam<br />

só os componentes desmontados por<br />

outras oficinas ou concessionários e entregues<br />

para reparação. No nosso caso, mantivemos<br />

sempre o contacto com o automóvel,<br />

mesmo fazendo um serviço especializado.<br />

A partir de certa altura percebemos<br />

que poderiamos fazer algo mais. Contratámos<br />

mais mecânicos e neste momento temos<br />

cinco, só para serviços rápidos. Ao<br />

aderirmos à Bosch Car Service reforçámos<br />

esta postura. Para além disso, estes serviços<br />

vieram aumentar a nossa liquidez, pois trata-se<br />

de um trabalho de venda a dinheiro,<br />

enquanto o trabalho especializado é feito a<br />

crédito. E todos sabemos como funcionam<br />

os créditos em Portugal…<br />

Quais são, na sua opinião, as maiores<br />

dificuldades da rede Bosch Car Service?<br />

Nem toda a rede antiga de serviços especializados<br />

Bosch aderiu ainda a cem<br />

por cento ao novo conceito. Fazem-se esforços<br />

nesse sentido. Para se aderir é necessário<br />

ampliar instalações, obedecer a<br />

critérios pré-definidos. Assim, desenvolver<br />

o serviço especializado é uma vertente;<br />

desenvolver um serviço mais abrangente<br />

exige outra postura, principalmente<br />

no que toca aos preços, que têm que ser<br />

mais concorrenciais. Nem to<strong>das</strong> as oficinas<br />

da rede estão na linha da frente nestes<br />

serviços.<br />

Até que ponto os requisitos da rede<br />

são difíceis de cumprir?<br />

Em termos de investimentos para aderir<br />

à rede, não foram para nós muito avultados<br />

porque já tinhamos praticamente todo<br />

o equipamento necessário, como é o caso<br />

<strong>das</strong> máquinas de suspensões e travões,<br />

medidores de gases, aparelhagem de<br />

diagnóstico, etc. Quem começar de novo<br />

terá, provavelmente, um investimento<br />

mais pesado a fazer, mas as contraparti<strong>das</strong><br />

também são muitas. O próprio nome<br />

“Bosch” traz muita clientela.<br />

Quais os momentos mais importantes<br />

da história da empresa?<br />

A Marcodiesel iniciou-se com o serviço<br />

especializado Diesel. Um dos marcos mais<br />

importantes da sua história foi a ligação às<br />

marcas que representamos, principalmente<br />

à Bosch, à qual estamos vinculados praticamente<br />

desde o início. Sempre desenvolvemos<br />

as vertentes de serviço Diesel e electricidade<br />

ou electrónica. Sempre fomos uma<br />

oficina especializada nestes ramos, onde<br />

outras oficinas recorriam para estes serviços<br />

mais complexos, como reparações de<br />

bombas injectoras, turbos, e outras.<br />

Quando surgiu a ideia de se integrarem<br />

no conceito Bosch Car Service?<br />

Tratou-se de uma evolução natural para<br />

nós, logo de início, quando o conceito nasceu,<br />

em 1999/2000. As oficinas da rede<br />

Bosch têm, por tradição, um forte “knowhow”.<br />

No entanto, essa grande capacidade<br />

técnica nem sempre era rentabilizada. No<br />

fundo, as oficinas Bosch especializaram-se<br />

em fazer o mais difícil e estavam a deixar<br />

para outros os trabalhos mais simples e por<br />

vezes bastante rentáveis. Resolviam-se problemas<br />

complicados que nem sempre permitiam<br />

cobrar o seu verdadeiro custo e passava-se<br />

ao lado dos trabalhos mais fáceis.<br />

O conceito Bosch Car Service vem aproveitar<br />

a nossa capacidade técnica para desenvolver<br />

outras áreas, abrindo o nosso leque<br />

de intervenções.<br />

Actualmente, a Marcodiesel desenvolve<br />

praticamente todos os trabalhos, complementando<br />

as intervenções que cá fazemos<br />

com protocolos e acordos com outras empresas<br />

para trabalhos que não desenvolvemos<br />

nas nossas instalações, como por<br />

exemplo chapa e pintura. Asseguramos<br />

também desta forma o serviço de pneus;<br />

MARCODIESEL<br />

Morada:<br />

Av. da República - Cavadinhas, Arrentela<br />

2840-142 Seixal<br />

Telefones:<br />

21 227 66 70 a 77<br />

Fax:<br />

21 227 66 79<br />

Email:<br />

marcodiesel@mail.net4b.pt<br />

Fundador e gerente:<br />

Ângelo Pinho<br />

Gerente do dep. técnico e oficinal:<br />

Jorge Pinho<br />

Gerente administrativo e financeiro:<br />

João Pinho<br />

Gerente comercial:<br />

Isabel Pinho<br />

Marcas representa<strong>das</strong>:<br />

Bosch; Lucas; Denso; Delphi; Magneti<br />

Marelli; Mercury Outboats<br />

Ângelo Pinho (à esquerda) é o fundador e gerente da Marcodiesel. O seu filho Jorge Pinho<br />

assume a responsabilidade da área técnica e oficinal


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

ENTREVISTA Outubro 2005 25<br />

Grande parte da clientela da Marcodiesel é constituída por outras oficinas, que não têm<br />

capacidade de resposta para certos serviços mais complexos<br />

Bastante mais pesado é o investimento<br />

no serviço especializado, que já desenvolvíamos<br />

antes.<br />

No nosso caso, as maiores alterações<br />

trazi<strong>das</strong> pela adesão à rede deram-se ao nível<br />

da organização da empresa. Neste momento<br />

já estamos em pleno processo de<br />

certificação de qualidade. Importa também<br />

frisar que existem três conceitos de<br />

serviço Bosch: os Bosch Car Service, para<br />

os serviços mais simples e abrangentes, os<br />

serviços Bosch Diesel, na área especializada,<br />

e finalmente o conceito Bosch Diesel<br />

Center (BDC). Neste último caso apenas<br />

actuam três empresas em Portugal: a<br />

Marcodiesel para a zona Sul, outra empresa<br />

em Leiria e outra em Fafe.<br />

Como se distingue o serviço Bosch<br />

Diesel Center?<br />

Este serviço distingue-se do serviço<br />

Bosch Diesel normal pelo facto de garantir<br />

resposta a todo o tipo de serviços Bosch.<br />

Um dos nichos de clientes que temos no<br />

BDC são nossos colegas da Bosch, que<br />

não fazem tudo e precisam de recorrer a<br />

nós. Colaboramos com eles da melhor forma<br />

e temos para eles preços diferentes<br />

porque se trata de um relacionamento entre<br />

colegas.<br />

Como é feita a formação dos vossos<br />

profissionais?<br />

São formados pelo própria escola de<br />

formação da Bosch, em Olivais-Moscavide.<br />

Nessa matéria, a Bosch tem vindo a<br />

completar bastante o seu esquema de<br />

formação. Antigamente, havia tendência<br />

para que a formação fosse essencialmente<br />

técnica, esquecendo-se um pouco a<br />

rentabilidade. Ao lançar o conceito<br />

Bosch Car Service a Bosch teve a preocupação<br />

de fazer cursos de recepcionistas<br />

e até de gestores. Considero isto de<br />

extrema utilidade, pois muito frequentemente<br />

os gerentes destas oficinas são os<br />

seus donos, sendo frequentes as lacunas<br />

em termos de capacidade de gestão.<br />

Tudo leva o seu tempo, principalmente<br />

mudar mentalidades e esse é o grande<br />

desafio de quem está à frente deste projecto,<br />

mas estou bastante optimista em<br />

relação ao futuro desta rede.<br />

Que peso tem o serviço Bosch Car<br />

Service na actividade da empresa?<br />

Este serviço tem evoluído bastante<br />

mas ainda não preenche metade da nossa<br />

actividade. Embora ainda não tenhamos<br />

histórico suficiente realizado pelo novo<br />

programa informático de gestão que nos<br />

permita chegar a valores rigorosos, posso<br />

adiantar que o peso do Bosch Car Service<br />

na actividade da Marcodiesel ronda<br />

os 40 por cento. Já é, portanto, uma parcela<br />

muito importante, que estamos a<br />

pensar desenvolver ainda mais, por<br />

exemplo através do serviço de pneus,<br />

que contamos ter em funcionamento ainda<br />

este ano.<br />

Como se define a clientela da Marcodiesel<br />

ao nível dos serviços especializados?<br />

Na parte mais especializada da Bosch<br />

Diesel Center temos clientela que tanto<br />

nos solicita para consertar uma pequena<br />

bomba injectora de um pequeno motor<br />

monocilíndrico, como podemos fazer um<br />

trabalho para um grande barco, com um<br />

carácter completamente diferente. Os<br />

clientes mais habituais são as outras oficinas,<br />

tanto independentes como concessionários<br />

e mesmo compromissos de garantias<br />

com importadores, como o Entreposto,<br />

a Mitsubishi ou a SIVA, por exemplo.<br />

Também temos muita clientela vinda<br />

dos concessionários, que se desvincula<br />

destes por motivos de preço. Trata-se de<br />

clientes com automóveis que terminaram<br />

a garantia, que têm cerca de 80 mil quilómetros<br />

e começam a precisar de fazer as<br />

revisões maiores.<br />

A idade média dos automóveis que aqui<br />

assistimos ronda os quatro a cinco anos e<br />

pertencem geralmente a segmentos médios<br />

e altos, o que demonstra que são proprietários<br />

que dão valor ao seu carro e não<br />

querem gastar demasiado na assistência na<br />

marca, mas também não querem entregar<br />

o serviço a uma oficina qualquer. Esse é o<br />

nosso posicionamento no mercado.<br />

No caso dos vossos serviços Bosch<br />

Car Service, sentem concorrência por<br />

parte de tecnocentros aqui da zona ?<br />

Ainda que desenvolvamos com a Bosch<br />

Car Service serviços menos especializados,<br />

penso que as redes de oficinas rápi<strong>das</strong><br />

não são, mesmo assim, nossas concorrentes.<br />

Quando estas oferecem um “checkup”,<br />

por exemplo, isso significa que fazem<br />

uma vistoria visual ao carro. Levantamno,<br />

vêm se o escape está bom, se há fugas<br />

de óleo, etc. Quando nós fazemos um<br />

“check-up” fazemos to<strong>das</strong> essas verificações<br />

e ligamos o carro à máquina de diagnóstico<br />

para verificar toda a electrónica.<br />

São conceitos bastante diferentes. A nossa<br />

preocupação ao nível da concorrência não<br />

é bem esse, até porque também cá recebemos<br />

clientes enviados por essas redes de<br />

oficinas rápi<strong>das</strong>, que não estão prepara<strong>das</strong><br />

para certos serviços. O importante é sabermos<br />

resolver o problema desse cliente, explicar-lhe<br />

o que está a pagar, através de<br />

uma boa recepção e atendimento e fazer<br />

com que ele volte.<br />

Em termos gerais, o trabalho corre-nos<br />

bastante bem.<br />

Duas perguntas a…<br />

André Bettencourt, Director de<br />

Marketing da Bridgestone Portugal<br />

Anível tecnológico os pneus<br />

“Run flat” e os sensores de<br />

pressão estão a generalizarse<br />

cada vez mais. Até que ponto a<br />

Bridgestone acompanha esta tendência?<br />

O Porsche 959 foi o primeiro automóvel<br />

a surgir com pneus capazes de<br />

rolar sem pressão. A Bridgestone era<br />

fornecedora exclusiva desses pneus.<br />

Mais tarde, um concorrente nosso lançou<br />

um sistema parecido e reivindicou<br />

o pioneirismo desta tecnologia, o que<br />

não corresponde à verdade.<br />

Antigamente só os carros de topo de<br />

gama tinham determina<strong>das</strong> tecnologias,<br />

como o ABS, o ESP ou o controlo<br />

de tracção, mas<br />

actualmente to<strong>das</strong><br />

essas tecnologias se<br />

generalizaram. A<br />

própria designação<br />

RFT, que significa<br />

“Run Flat Tire”, foi<br />

criada pela Bridgestone<br />

e é utilizada por<br />

marcas como a<br />

BMW nos seus vários<br />

pacotes de equipamento<br />

opcional.<br />

É a busca <strong>das</strong> marcas<br />

de automóveis<br />

pela redução do consumo<br />

de combustível<br />

e aumento de espaço<br />

interior que justifica<br />

o aparecimento deste tipo de pneus, que<br />

tornam desnecessário o pneu suplente,<br />

com a consequente poupança de peso e<br />

espaço a bordo.<br />

Este pneu pode ser montado numa<br />

jante normal, ao contrário do sistema<br />

Pax da Michelin e utiliza um sensor de<br />

pressão na válvula que informa o condutor<br />

sobre uma eventual perda de<br />

pressão do pneu.<br />

É um pneu que permite rolar com um<br />

furo durante uma determinada distância<br />

Tal como explica André<br />

Bettencourt, a<br />

Bridgestone foi a<br />

primeira marca de pneus<br />

a produzir tecnologia<br />

“Run flat”, aplicando-a<br />

inicialmente ao Porsche<br />

959. O conceito consiste<br />

num pneu capaz de rolar<br />

sem pressão até<br />

determinada velocidade,<br />

sem se degradar.<br />

e a uma determinada velocidade, mas<br />

que não permite ao condutor aperceberse<br />

de que teve um furo, a não ser através<br />

do aviso do sistema de controlo de<br />

pressão. Isto acontece porque se trata<br />

de um pneu com parede reforçada e um<br />

talão muito grosso para poder continuar<br />

a suportar o peso do automóvel depois<br />

de perder ar.<br />

Também o forro interior, telas e estrutura<br />

do “Run flat” são concebidos<br />

para suportar esse peso, o aumento de<br />

calor e de esforço provocados pelo<br />

furo.<br />

Neste momento trabalhamos com a<br />

BMW, a Lexus, com a Mercedes temos<br />

uma tecnologia parecida, mas mais específica,<br />

com a designação<br />

“Extended”.<br />

Esses são os casos<br />

em que os<br />

pneus “Run flat”<br />

vêm equipados de<br />

origem. É possível<br />

substituir pneus<br />

normais por “Run<br />

flat” num automóvel?<br />

Pode ser feito e<br />

nem sequer implica<br />

mudar de jantes. Mas<br />

é necessário adquirir<br />

um sistema de monitorização<br />

que informe<br />

sobre a pressão dos<br />

pneus. Se isso não acontecer, o condutor<br />

não se apercebe de um furo e poderá<br />

andar indefinidamente com um pneu<br />

furado, o que pode ser perigoso porque<br />

leva à saturação do pneu e à sua destruição.<br />

Há que esclarecer que o pneu<br />

“Run flat” não é um pneu anti-furo. Ele<br />

também se pode furar e nessa situação<br />

terá que ser reparado. Trata-se, sim, de<br />

um pneu que pode continuar a rolar depois<br />

de sofrer um furo, mas só em velocidade<br />

lenta e durante pouco tempo.<br />

“Qualquer jante pode receber um pneu do tipo “Run flat”, implicando apenas e também<br />

a montagem de um sistema de sensores de pressão”, diz André Bettencourt


26<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

EMPRESA<br />

Create Business<br />

Negócio em crescimento<br />

A Create Business é um grupo de distribuição de capitais inteiramente nacionais composto por 12<br />

empresas de distribuição a nível regional. A actividade dessas empresas é realizada de acordo com<br />

o plano de marketing definido centralmente pela Create Business.<br />

riedade de ir com o seu veículo<br />

a uma oficina autorizada durante<br />

o período de garantia.<br />

Com o objectivo de aproximar<br />

os seus clientes dos mais<br />

conceituados fabricantes de peças<br />

a nível mundial, lançou a<br />

iniciativa “Mês do Fabricante”.<br />

Cada mês existe um fabricante<br />

que a rede Create Business promove<br />

intensamente, através da<br />

exposição exclusiva dos produtos<br />

do fabricante durante esse<br />

mês em to<strong>das</strong> as lojas da rede<br />

CB, a realização de Workshops<br />

com a presença dos fabricantes<br />

e <strong>das</strong> oficinas suas clientes e<br />

contempla ainda a realização de<br />

um grande sorteio final para to<strong>das</strong><br />

as oficinas que participem<br />

nesta iniciativa.<br />

O Programa Visão proporciona<br />

pontos aos clientes em função do<br />

seu volume de compras e da taxa<br />

de fidelização<br />

De forma a cada vez prestar<br />

melhor serviço às oficinas a<br />

Create Business contratou em<br />

Julho de 2005 um responsável<br />

técnico com vasta experiência<br />

no sector. Tem como responsabilidade<br />

o apoio técnico permanente<br />

através de uma hotline, a<br />

realização de cursos de formação<br />

técnica, bem como a selecção<br />

de informação técnica de<br />

qualidade de forma a ser um<br />

apoio real ao dia-a-dia <strong>das</strong> oficinas<br />

de reparação.<br />

Esta larga oferta da Create<br />

Business permitiu à rede ser reconhecida<br />

como prestadora de<br />

serviços diferenciados e inovadores.<br />

A aposta neste plano de<br />

actividades permite que a rede<br />

esteja com um crescimento de<br />

ven<strong>das</strong> de 31,2% em relação a<br />

Agosto de 2004. Em 2006 irá<br />

continuar com o mesmo trajecto,<br />

apresentando mais propostas<br />

Este plano foi elaborado<br />

para que as empresas que<br />

compõem a Create Business<br />

obtenham um crescimento<br />

sustentado <strong>das</strong> suas ven<strong>das</strong> de<br />

forma a consolidarem ou obterem<br />

a liderança de mercado nas<br />

zonas onde actuam.<br />

To<strong>das</strong> as empresas que fazem<br />

parte deste grupo de distribuição<br />

utilizam a mesma política comercial:<br />

um cliente na zona norte<br />

com um determinado perfil de<br />

compras e pagamentos tem exactamente<br />

as mesmas condições<br />

comerciais (preços e descontos)<br />

que um cliente na zona sul; são<br />

utiliza<strong>das</strong> as mesmas campanhas<br />

como forma a promover os produtos<br />

que distribuem e apostam<br />

claramente na sua qualidade e<br />

imagem de marca, distribuindo<br />

por isso apenas produtos de qualidade<br />

original.<br />

Para a Create Business o<br />

novo regulamento da distribuição<br />

é uma oportunidade de negócio,<br />

por isso realiza e distribui<br />

regularmente um folheto<br />

que se destina ao cliente final e<br />

é distribuído pelas oficinas de<br />

forma a esclarecer os automobilistas<br />

sobre a não existência de<br />

diferença entre as peças por si<br />

distribuí<strong>das</strong> e as peças originais,<br />

bem como a não obrigato-<br />

De forma a obter uma diferenciação<br />

evidente no mercado e fidelizar<br />

os seus clientes lançou<br />

em Outubro de 2004 o “Programa<br />

Visão”. Este programa consiste<br />

em proporcionar pontos aos<br />

seus clientes em função do volume<br />

de compras, <strong>das</strong> condições<br />

de pagamento e da taxa de fidelização.<br />

Esses pontos poderão<br />

ser trocados por formação técnica<br />

de alto nível e diversificada,<br />

informação técnica, ferramentas<br />

e equipamentos e ainda equipamento<br />

informático, hi-fi, etc.<br />

A Create Business realiza a nível<br />

nacional, e com periodicidade<br />

mensal, promoções com brindes<br />

de forma a promover as ven<strong>das</strong><br />

Creat Business organiza<br />

Mês do Fabricante<br />

Com o objectivo de partilhar<br />

com os clientes as vantagens<br />

da sua relação directa<br />

com os principais fabricantes<br />

de peças, o grupo Create Business<br />

organiza o Mês do Fabricante.<br />

Pretende desta forma<br />

manter informados os<br />

seus clientes sobre as mais<br />

avança<strong>das</strong> tecnologias aplica<strong>das</strong><br />

nos veículos mais recentes<br />

e dar-lhes alguns conselhos<br />

úteis para a resolução<br />

dos problemas do seu dia-adia.<br />

Ao participar no Mês do<br />

Fabricante, para além de aumentarem<br />

os seus conhecimentos<br />

técnicos e obterem descontos adicionais, os clientes habilitam-se<br />

a um fabuloso sorteio final.<br />

Para 2006, Carlos Nascimento,<br />

General Manager da Create<br />

Business, tem como objectivo o<br />

crescimento sustentado do<br />

negócio de forma a conseguir<br />

alcançar a liderança do mercado<br />

nas regiões onde actua


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

EMPRESA Outubro 2005 27<br />

Carroçarias Patrick<br />

Acompanhar as tendências do mercado<br />

Carroçarias Patrick, uma empresa com mais de 30 anos de actividade na área da repintura automóvel, é<br />

actualmente uma referência a nível da qualidade dos trabalhos e dos serviços prestados na suas<br />

instalações situa<strong>das</strong> em Elvas.<br />

ARepintElvas, distribuidor<br />

<strong>das</strong> tintas MaxMeyer<br />

para a zona do Alto<br />

Alentejo, fornece em exclusivo<br />

para a Carroçarias Patrick, toda a<br />

gama de tintas e acessórios Max-<br />

Meyer, e também dá apoio à formação<br />

dos seus pintores.<br />

Para Bruno Sequeira, sócio gerente<br />

da Carroçarias Patrick “Os<br />

produtos Max Meyer são muito<br />

vantajosos do ponto de vista da<br />

qualidade e do preço, para além<br />

da assistência técnica que nos tem<br />

sido dispensada pelo distribuidor<br />

local, a RepintElvas. Neste momento<br />

ainda utilizamos muitos<br />

produtos da linha convencional,<br />

mas é nossa intenção, até ao final<br />

do ano, introduzir modificações<br />

no equipamento que permitam em<br />

2006 utilizar os produtos aquosos<br />

a 100%.”<br />

“A repintura automóvel em<br />

Portugal tem futuro, mas é preciso<br />

apostar cada vez mais na qualidade,<br />

porque o cliente é também<br />

cada vez mais exigente. Quem<br />

não for capaz de trabalhar com<br />

padrões de qualidade superiores<br />

acabará por falhar o mercado”,<br />

conclui Bruno Sequeira.<br />

A nível distrital a Carroçarias<br />

Patrick tem acordos com as seguradoras<br />

mais importantes, e com<br />

alguns frotistas, como é o caso da<br />

Câmara Municipal de Elvas. Tem<br />

ainda vários acordos de cooperação<br />

com concessionários que não<br />

dispõem de secções de carroçaria/pintura.<br />

te. É uma referência nacional em<br />

termos de serviço ao cliente”,<br />

acrescenta Bruno Sequeira.<br />

Para este responsável “os operadores<br />

têm que evoluir e acompanhar<br />

as tendências do mercado<br />

e <strong>das</strong> novas tecnologias. A verdade<br />

é que as grandes reparações<br />

que se faziam de 2 em 2 ou de 3<br />

em 3 anos já não se fazem, porque<br />

os produtos têm uma qualidade<br />

superior. A maior parte <strong>das</strong> reparações<br />

que aparecem é devida a<br />

acidentes. Isto vai exigir a que as<br />

oficinas tenham um nível de atendimento<br />

melhorado, porque o<br />

cliente actual sabe um pouco de<br />

cada coisa e gosta que lhe falem<br />

na mesma linguagem e com os<br />

mesmos argumentos. E depois há<br />

os preços que não sobem, mas a<br />

qualidade está sempre a subir. É<br />

preciso estar muito actualizado<br />

para enfrentar esse desafio.”<br />

A aposta da Carroçarias Patrick<br />

na utilização exclusiva dos produtos<br />

Max Meyer baseou-se na qualidade<br />

excepcional dos seus produtos,<br />

oferecidos a preços muito<br />

competitivos, o que torna a marca<br />

muito aliciante para o mercado<br />

nacional.<br />

O facto da Carroçarias Patrick<br />

estar a ser nesta área o introdutor<br />

<strong>das</strong> novas tecnologias de sistemas<br />

de repintura de base aquosa, também<br />

resulta numa mais valia para<br />

os seus clientes, que na sua maioria<br />

são particulares e oficinas<br />

multimarca de pequena/média dimensão,<br />

sector em que a Max-<br />

Meyer tem uma situação muito<br />

confortável a nível nacional.<br />

De facto, a rentabilidade da linha<br />

de produtos aquosos da Max-<br />

Meyer é muito grande, tanto no<br />

plano técnico da aplicação, como<br />

no capítulo financeiro, constituindo<br />

uma inovação que o mercado<br />

aguardava para relançar as bases<br />

da sua actividade.<br />

Através da Portepim, importador<br />

nacional, a Carroçarias Patrick<br />

está a disponibilizar todo o<br />

apoio técnico e de formação profissional<br />

que os seus clientes necessitam.<br />

Nas acções de formação<br />

e apresentação de produtos é<br />

usual reunir um grupo de clientes,<br />

promovendo em seguida a sua<br />

deslocação ao Centro Técnico de<br />

Formação da Portepim, perto de<br />

Coimbra, onde podem realizar to<strong>das</strong><br />

as experiências práticas que<br />

necessitarem e esclarecer to<strong>das</strong> as<br />

dúvi<strong>das</strong> e questões concretas.<br />

Para situações mais pontuais,<br />

também existe a possibilidade de<br />

oferecer apoio técnico personalizado<br />

aos clientes, em colaboração<br />

com a Portepim.<br />

A fidelização dos clientes<br />

em relação à Carroçarias<br />

Patrick assenta<br />

essencialmente num<br />

bom relacionamento de<br />

confiança entre ambas<br />

as partes e na qualidade<br />

final do trabalho<br />

A RepintElvas acompanha as<br />

tendências do mercado, estando<br />

actualmente a comercializar a<br />

maior parte dos produtos de tipo<br />

convencional, embora as referências<br />

da linha AquaMax estejam a<br />

crescer em facturação.<br />

“A Portepim, o importador nacional<br />

da MaxMeyer, tem correspondido<br />

em 200% a to<strong>das</strong> as solicitações<br />

que lhes temos proposto.<br />

Uma <strong>das</strong> mais valias importantes<br />

da Max Meyer é o capital humano<br />

da Portepim. Tanto no centro de<br />

formação de Coimbra, como no<br />

apoio directo na oficina do clien-<br />

“A excelente relação qualidade/preço dos produtos MaxMeyer e o bom<br />

serviço prestado pela Portepim, são factores determinantes para o<br />

sucesso da minha oficina”, diz Bruno Sequeira, sócio gerente da<br />

Carroçarias Patrick, acompanhado por Paulo Pedro, da RepintElvas


28<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

DOSSIER<br />

Peças de Inverno<br />

Manutenção preventiva de Inverno<br />

Agora que o Inverno se aproxima, impõe-se uma atitude preventiva, tanto por parte do automobilita,<br />

como por parte do profissional que lhe assiste a viatura.<br />

Inverno é sinónimo de humidade, chuva, lama, frio,<br />

condições de visibilidade e de aderência reduzi<strong>das</strong>.<br />

Para minimizar perigos, o ideal é assegurar que a<br />

suspensão, incluindo elementos elásticos e não elásticos e<br />

os próprios pneus, travões, parte eléctrica e componentes<br />

directamente relacionados com a visibilidade, como escovas<br />

do limpa pára-brisas, lava vidros, iluminação e sinalização,<br />

estejam perfeitamente operacionais.<br />

ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO<br />

As verificações relaciona<strong>das</strong> com a visibilidade devem<br />

começar pelos faróis e sinalização, já que estes, independentemente<br />

<strong>das</strong> condições meteorológicas, são sempre<br />

necessários. Para além de informar o condutor de que<br />

uma verificação de to<strong>das</strong> as lâmpa<strong>das</strong> deve fazer parte<br />

dos seus hábitos, pelo menos mensais ou mesmo semanais,<br />

o profissional deve fazer sempre este tipo de verificação<br />

a qualquer viatura que seja assistida na sua oficina.<br />

Trata-se de uma verificação que não consome muito tempo<br />

nem despesas, já que a detecção de uma lâmpada fundida,<br />

por exemplo, é uma coisa, a substituição da lâmpada<br />

é outra, pois já depende de autorização por parte do<br />

consumidor. Ainda assim, ele ficará certamente grato<br />

pela verificação e por ser avisado da avaria. Para além<br />

disso, tratando-se de um factor tão importante para a segurança<br />

e até para a conformidade da viatura com a legalidade,<br />

ele autorizará certamente a substituição, focagem<br />

ou afinação que forem necessárias, até porque não se trata<br />

de uma <strong>das</strong> operações mais caras.<br />

ESCOVAS LIMPA-VIDROS<br />

Directamente ligado ao Inverno está o sistema de lavagem<br />

do pára-brisas e respectivas escovas. O mau funcionamento<br />

destes elementos prejudica gravemente a visibilidade<br />

do condutor e, em muitos casos, as falhas nestes<br />

sistemas só são detecta<strong>das</strong> quando estes são colocados<br />

em funcionamento, ou seja, em situações em que são estritamente<br />

necessários: quando começa a chover ou<br />

quando, por qualquer motivo, o pára-brisas fica subitamente<br />

sujo, como por exemplo com a projecção de lamas<br />

ou outros detritos. Também há que ter em conta que a estação<br />

do ano que antecede as primeiras chuvas relega estes<br />

equipamentos à imobilidade durante muito tempo.<br />

Por isso, é muito provável que após o Verão as escovas<br />

do limpa pára-brisas precisem de ser substituí<strong>das</strong>, pois<br />

pouco foram utiliza<strong>das</strong> e ficaram sujeitas ao efeito do calor<br />

e do sol directo durante meses.<br />

Também não é demais lembrar a importância da utilização<br />

de um líquido de lavagem de vidros adequado, que<br />

assegure rapidez de limpeza sem atacar a pintura do carro<br />

nem a borracha <strong>das</strong> escovas.<br />

ESPELHOS RETROVISORES<br />

É também importante verificar o estado dos espelhos<br />

retrovisores, assim como a eficácia do seu sistema de regulação.<br />

Neste aspecto, o bom aconselhamento por parte<br />

do responsável pela oficina ao seu cliente também ganha<br />

grande importância. Se por exemplo aquele souber explicar<br />

a melhor forma de afinar os retrovisores exteriores<br />

(que muita gente desconhece), ficará nas boas graças do<br />

consumidor e estará a prestar um serviço à segurança rodoviária.<br />

Assim, os espelhos retrovisores exteriores devem<br />

ser afinados de forma a permitirem o ângulo de visão<br />

máximo. Muita gente tende a regular os espelhos<br />

preenchendo quase metade do ângulo de visão com o<br />

flanco traseiro do próprio carro, aumentando assim o<br />

chamado ângulo morto.<br />

Depois, importa verificar o grau de eficácia dos próprios<br />

espelhos, que devem serr substituídos quando partidos,<br />

rachados ou soltos, pois neste último caso apresentarão<br />

vibrações durante a condução, o que deteriora a visibilidade<br />

através dos mesmos. Compete ao técnico explicar<br />

estas eventualidades ao condutor e verificar se tudo<br />

está em ordem. Finalmente, mas não menos importante, é<br />

fundamental manter os espelhos retrovisores exteriores<br />

bem limpos.<br />

Quanto ao espelho central, também este merece uma<br />

explicação especial por parte do mecânico, que deve explicar<br />

ao seu cliente a melhor forma de o regular. Como?<br />

Centrando-o perfeitamente, de forma a que o vidro traseiro<br />

seja completamente visível através dele e evitando<br />

que o condutor tenha que fazer mais do que mexer os<br />

olhos para obter um amplo ângulo de visão através deste<br />

espelho central. Depois há que assegurar também a sua<br />

limpeza e bom funcionamento do sistema anti-encandeamento<br />

nocturno. E já agora, convém manter sempre os<br />

vidros bem limpos por dentro.<br />

AR CONDICIONADO<br />

Embora não pareça, o sistema de climatização ou de<br />

ventilação do habitáculo é de grande importância para a<br />

visibilidade. Enquanto no Verão estes elementos têm<br />

uma tarefa a desempenhar no conforto, no Inverno o seu<br />

bom funcionamento é essencial para assegurar o desembaciamento<br />

dos vidros que, como bem sabemos, podem<br />

embaciar-se de repente, tapando a visibilidade quase por<br />

completo.<br />

A forma mais simples de verificar se estes sistemas estão<br />

em condições é verificar se o pára-brisas não fica embaciado<br />

quando se liga a ventilação ou o ar condiciona-


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

DOSSIER Outubro 2005 29<br />

do. Se isso se verificar, há sérios problemas de humidade<br />

no circuito, seja no filtro do habitáculo, seja nas tubagens<br />

interiores ou até no evaporador do ar condicionado. Estas<br />

contaminações, para além de constituirem verdadeiras<br />

encubadoras de bactérisas, com perigos enormes para a<br />

saúde dos ocupantes do veículo, provocam também maus<br />

cheiros no habitáculo e tornam o sistema obsoleto em relação<br />

à capacidade de secagem dos vidros. To<strong>das</strong> estas<br />

situações devem ser verifica<strong>das</strong> antes de o Inverno chegar,<br />

pois tanto a chuva como o frio podem suscitar a utilização<br />

deste equipamento.<br />

PNEUS<br />

É certo que os pneus não justificam só atenção durante<br />

ou antes do Inverno. Sendo o elo de ligação do veículo à<br />

estrada, neles repousa a segurança de todos os ocupantes<br />

e até dos <strong>das</strong> outras viaturas. No entanto, é quando chegam<br />

as primeiras chuvas que os níveis de aderência descem<br />

mais. A mistura de sujidade acumulada durante o<br />

tempo seco (poeiras, vestígios de óleo e de combustível,<br />

etc) com as primeiras gotas de chuva transforma a estrada<br />

num autêntico ringue de patinagem. É, portanto, essencial<br />

ter pneus em boas condições para esta situação e<br />

para os longos dias de piso molhado que se seguem.<br />

Bem vistas as coisas, os pneus têm mais tarefas a desempenhar<br />

do que as que costumamos atribuir-lhes. Senão<br />

vejamos: os pneus têm a seu cargo a estabilidade do<br />

veículo; têm que suportar o peso do automóvel e respectiva<br />

carga, devem transmitir ao piso o binário do motor<br />

para que o veículo avance; devem desempenhar uma função<br />

de suspensão, absorvendo as irregularidades da estrada;<br />

devem garantir boa aderência do veículo à estrada<br />

para que a trajectória deste seja controlável; devem suportar<br />

esforços limite, por exemplo durante as travagens,<br />

acelerações e curvas.<br />

Na maior parte <strong>das</strong> situações a borracha garante-nos<br />

to<strong>das</strong> estas funções. No entanto, quando os pneus não estão<br />

nas melhores condições a sua eficácia diminui drasticamente.<br />

Assim, a redução de eficácia surge com o desgaste<br />

do piso do pneu, com pressão de ar for a dos níveis<br />

recomendados, com a degradação da estrutura do pneu e<br />

com o simples envelhecimento da borracha.<br />

O desgaste do piso do pneu significa a perda de profundidade<br />

dos sulcos de escoamento implantados no respectivo<br />

trilho. E quando tal acontece, o pneu tem pior desempenho<br />

no piso molhado, principalmente quando a velocidade<br />

aumenta, já que a sua capacidade de escoamento de água é<br />

reduzida, tornando possível a ocorrência do fenómeno de<br />

hidroplanagem. Este ocorre quando uma película de água<br />

se intromete entre o pneu e o chão, provocando o escorregamento<br />

da roda e a consequente perda de controlo do veículo.<br />

Para que um pneu seja considerado seguro em termos<br />

de profundidade do piso, este deve estar dentro dos limites<br />

dos indicadores de desgaste que o fabricante aplica em determina<strong>das</strong><br />

secções dos sulcos.<br />

Quando a pressão do pneu está abaixo do recomendado,<br />

este deixa de desempenhar correctamente a função de<br />

suspensão, tende a aquecer muito mais e sofre uma maior<br />

deformação durante travagens e curvas, degradando o<br />

comportamento dinâmico do veículo. Para além disso,<br />

um pneu com pressão baixa sofre um desgaste muito<br />

mais rápido. Assim, deve proceder-se à verificação da<br />

pressão de todos os pneus com regularidade (pelo menos<br />

uma vez por semana) e sempre com estes frios, pois<br />

quando estão quentes a pressão lida é superior devido ao<br />

fenómeno da dilatação.<br />

A degradação da estrutura do pneu ocorre quando a<br />

sua tela sofre deformações ou cortes provocados por impactos<br />

no rebordo dos buracos da estrada ou contra passeios<br />

em manobras de estacionamento, por exemplo. Em<br />

muitos casos, estas agressões não deixam efeitos visíveis<br />

no momento em que ocorrem, mas debilitam perigosamente<br />

o pneu. Há que proceder a verificações regulares<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, em busca de vestígios de altos, rasgos ou outras<br />

deformações dos pneus.<br />

TRAVÕES<br />

A operacionalidade de todo o circuito de travagem de um<br />

automóvel é essencial para a segurança. Assim, seja Verão<br />

ou Inverno, é fundamental manter a viatura afinada neste<br />

aspecto, verificando se existem deformações ou ovalizações<br />

de discos ou tambores e o grau de desgaste dos elementos<br />

de fricção, como os calços e as pastilhas. Para além<br />

disso, deve proceder-se à verificação do estado <strong>das</strong> tubagens<br />

e do nível do óleo dos travões, assim como da sua coloração<br />

e aspecto, em busca de sinais de contaminação.<br />

Há que ter presente que o óleo do circuito de travagem<br />

é perecível, ou seja, degrada-se com o tempo. O seu grau<br />

de degradação corresponde ao nível de humidade nele<br />

contido, que vai aumentando com a utilização. Quanto<br />

mais humidade houver no circuito hidráulico, maior a<br />

probabilidade de perda de eficácia por aquecimento. Assim,<br />

deve proceder-se a uma purga periódica do sistema,<br />

que na maior parte dos casos está prevista para períodos<br />

de dois anos.<br />

SUSPENSÃO<br />

O Inverno costuma reduzir a aderência <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> ao<br />

piso. Uma suspensão em mau estado agrava ainda mais<br />

esta situação. A sua verificação é indispensável. No caso<br />

de ser detectado pelo mecânico que a viatura precisa de<br />

amortecedores novos, é necessário explicar ao consumidor<br />

a importância destes elementos para a melhoria do<br />

comportamento do carro e para a sua segurança dinâmica.<br />

Não é uma tarefa fácil, já que o desgaste dos amortecedores<br />

é muito gradual e o condutor habitual da viatura<br />

não costuma identificar este tipo de anomalia. Mas a verdade<br />

é que uma suspensão deficiente aumenta a instabilidade<br />

do veículo em curva e em maus pisos, aumenta as<br />

distâncias de travagem e pode reduzir a visibilidade nocturna<br />

e encandear os outros condutores devido às excessivas<br />

oscilações da carroçaria.<br />

O técnico deve ter o cuidado de verificar rótulas, amortecedores,<br />

articulações, silent blocks, molas e foles, em<br />

busca de sinais de desgaste, folgas anormais e roturas<br />

nestes últimos, que com a chegada do Inverno e <strong>das</strong> chuvas<br />

podem ser desastrosas.<br />

Quanto ao estado dos amortecedores deve verificar-se<br />

se há sinais de per<strong>das</strong> de óleo, o estado <strong>das</strong> hastes e o<br />

grau de oscilação da carroçaria. O tradicional método de<br />

carregar no carro não permite tirar conclusões fiáveis. O<br />

ideal é utilizar uma máquina de diagnóstico de suspensão<br />

adequada.<br />

SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR<br />

Se o Verão exige que o sistema de arrefecimento do<br />

motor esteja em perfeitas condições, o mesmo se pode<br />

dizer do Inverno. Nesta estação do ano não é de excluir<br />

que a viatura fique sujeita a temperaturas negativas, principalmente<br />

durante a noite. Assim, é muito importante<br />

que o líquido utilizado não seja apenas constituido por<br />

água, sob pena desta poder congelar, o que tem dois sérios<br />

inconvenientes: a sua não circulação pelo circuito<br />

durante boa parte do tempo em que o motor está a funcionar<br />

a frio e a possibilidade de o gelo poder quebrar o<br />

radiador ou o próprio motor, devido à dilatação provocada<br />

pelo congelamento. A mera água no circuito de arrefecimento<br />

tem também a desvantagem de provocar maior<br />

corrosão interna do motor, o que já não acontece se for<br />

utilizado líquido adequado, com produtos anti-corrosão.<br />

A observação do nível de líquido de refrigerante é<br />

muito importante neste e em to<strong>das</strong> as estações do ano,<br />

mas é importante vistoriar o aspecto deste líquido. A tonalidade<br />

escurecida, de tom acastanhado é um péssimo<br />

indicador de envelhecimento deste líquido e de ferrugem<br />

no circuito. Impõe-se, então, a imediata sangria do sistema<br />

e utilização de líquigo refrigerante novo.


30<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

CONHECER<br />

Son<strong>das</strong> lambda<br />

Porque são necessárias?<br />

A sonda lambda é na realidade um sensor que detecta o teor de oxigénio nos gases de escape (à entrada do<br />

catalisador). Através dessa função, a sonda detecta as deficiências da mistura e emite mensagens eléctricas<br />

que irão permitir à unidade central electrónica do motor dosear melhor o combustível.<br />

Todos estão de acordo sobre a necessidade<br />

de reduzir a poluição<br />

produzida pelos veículos motorizados.<br />

Para esse efeito, os poderes<br />

instituídos têm vindo progressivamente<br />

a introduzir legislação cada vez<br />

mais rigorosa sobre as emissões dos gases<br />

de escape. A solução encontrada pelos<br />

fabricantes de automóveis nesse sentido<br />

foi o catalisador de três vias, o qual<br />

transforma os gases tóxicos noutros menos<br />

nocivos.<br />

A condição para que os catalisadores<br />

funcionem devidamente prende-se com a<br />

manutenção de uma mistura ar/combustível<br />

dentro de certos valores muito estritos,<br />

obrigando à utilização de sensores<br />

especiais na conduta dos gases de escape.<br />

É aqui que a sonda Lambda entra em<br />

jogo, sendo montada antes do catalisador,<br />

de modo a que o seu elemento sensor<br />

fique exposto aos gases de escape. A<br />

sonda fica assim em condições de analisar<br />

sistematicamente a composição dos<br />

gases de escape, através do seu teor de<br />

oxigénio. É a optimização da combustão<br />

e a presença de oxigénio no escape que<br />

permite o correcto funcionamento dos<br />

catalisadores.<br />

Qualquer modificação na composição<br />

dos gases traduz-se por uma alteração da<br />

voltagem da sonda, que é enviada para a<br />

unidade central de controlo electrónico<br />

do motor (ECU), a qual por sua vez ajusta<br />

o sistema de alimentação do motor,<br />

para que a mistura permaneça equilibrada<br />

(Ver Diagrama I). A um sistema deste<br />

tipo dá-se o nome de controlo em circuito<br />

fechado, o qual garante a correcta riqueza<br />

da mistura ar/combustível em to<strong>das</strong> as situações.<br />

Deste modo assegura-se uma<br />

combustão mais perfeita, resultando menos<br />

gases contaminantes e menor consumo<br />

de combustível.<br />

Como funciona a sonda Lambda?<br />

Existem dois tipos de son<strong>das</strong> Lambda<br />

com dois sistemas diferentes de detecção<br />

da composição dos gases de escape.<br />

Há son<strong>das</strong> que utilizam sensores de Zircónio,<br />

sendo constituídos por um elemento<br />

central deste metal, revestido<br />

com uma fina camada de platina, tanto<br />

exteriormente como interiormente. A<br />

parte exterior desse elemento está em<br />

contacto com os gases de escape, enquanto<br />

que o interior do elemento está<br />

em contacto com o ar atmosférico (Ver<br />

Diagrama II).<br />

Cada uma <strong>das</strong> superfícies do sensor<br />

funciona como um eléctrodo, permitindo<br />

que os iões de oxigénio depositem a<br />

sua carga eléctrica. A diferença de potencial<br />

eléctrico entre o interior e o exterior<br />

do sensor é que produz o sinal<br />

que a sonda transmite pelo cabo de ligação.<br />

A condição para que o sensor<br />

funcione é o elemento de Zircónio estar<br />

a uma temperatura de cerca de 300º C.<br />

Se a mistura estiver muito pobre a tensão<br />

gerada é baixa, tornando-se alta se a<br />

mistura for rica. Ao atingir-se o valor<br />

de mistura ar/combustível de 14,7:1 a<br />

tensão eléctrica da sonda muda bruscamente<br />

(Ver Diagrama III). Esta relação<br />

exacta da mistura é considerada a ideal<br />

para se obter a melhor combustão, tendo-lhe<br />

sido atribuído o nome do caracter<br />

do alfabeto grego Lambda, razão<br />

pela qual as son<strong>das</strong> têm o mesmo nome.<br />

A este valor da mistura corresponde o<br />

factor Lambda 1,0, sendo inferior a um<br />

quando a mistura é rica e superior<br />

quando é pobre. Devido à necessidade<br />

de reduzir o tempo em que o elemento<br />

de Zircónio funciona abaixo dos 300º<br />

C, a maior parte <strong>das</strong> son<strong>das</strong> deste tipo<br />

possui resistências para aquecimento.<br />

De qualquer modo, recomenda-se aquecer<br />

o motor (em marcha lenta) antes de<br />

acelerar mais fortemente, pois a mistura<br />

rica deteriora o catalisador.<br />

Nos sensores com elementos de Titânio<br />

não é gerada nenhuma tensão, mas a<br />

resistência do elemento central altera-se<br />

segundo a concentração de oxigénio<br />

nos gases de escape (Ver Diagrama IV).<br />

De qualquer modo, o resultado é idênti-


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

CONHECER Outubro 2005 31<br />

co ao dos sensores de Zircónio, uma<br />

vez que a resistência do elemento de titânio<br />

gera alterações de voltagem, que é<br />

a única “linguagem“ que a unidade central<br />

electrónica entende. Devido ao facto<br />

de não necessitarem de possuir uma<br />

câmara de ar interior, os sensores de Titânio<br />

são mais compactos, permitindo a<br />

realização de son<strong>das</strong> mais pequenas,<br />

que ficam totalmente em contacto com<br />

os gases de escape. Por esta razão, mas<br />

também devido aos diferentes sistemas<br />

de gerar impulsos eléctricos, os dois tipos<br />

de sonda não são intermutáveis, estando<br />

destina<strong>das</strong> a aplicações técnicas e<br />

comerciais diferencia<strong>das</strong>.<br />

Como se verificam as son<strong>das</strong> lambda?<br />

Quando os sensores de oxigénio se<br />

avariam ou estão deficientes, provocam<br />

um consumo elevado de combustível,<br />

danos no catalisador e uma condução desajustada,<br />

não omitindo a poluição, pois<br />

essa ninguém vê… Para se verificar o<br />

funcionamento de uma sonda Lambda é<br />

necessário dispor de um osciloscópio.<br />

Em primeiro lugar, torna-se necessário<br />

verificar os parâmetros básicos do motor,<br />

que devem corresponder às especificações<br />

do construtor. O passo seguinte<br />

consiste em pôr o motor à temperatura<br />

normal de funcionamento. Depois, utilizando<br />

os dispositivos de ligação apropriados,<br />

liga-se directamente a sonda ao<br />

osciloscópio, sem interromper a ligação<br />

da sonda à central de processamento<br />

ECU. Acelerando o motor até cerca <strong>das</strong><br />

2.000 rpm, o sinal do osciloscópio flutuará<br />

rapidamente entre 1,2 e 0,8 volt,<br />

aproximadamente, se a sonda estiver em<br />

boas condições. O tempo que decorre<br />

entre 0,2 e 0,8 volt (tempo de resposta<br />

da mudança de mistura pobre para mistura<br />

rica) deve ser de uns 300 milisegundos,<br />

devendo a mudança inversa ocorrer<br />

num período similar. Se a voltagem do<br />

sensor é constante ou o tempo de resposta<br />

muito lento é necessário substituir o<br />

sensor (as son<strong>das</strong> Lambda não são recuperáveis).<br />

Uma regra de manutenção razoável<br />

é verificar o funcionamento da<br />

sonda sempre que se afine o motor ou<br />

antes <strong>das</strong> inspecções de gases de escape.<br />

De qualquer modo, a economia de combustível<br />

proporcionada por uma sonda<br />

Lambda nova amortiza rapidamente o<br />

seu custo.<br />

Inspecção visual<br />

Embora a inspecção visual não dê indicações<br />

precisas sobre a sonda, é conveniente<br />

realizá-la para verificar as ligações<br />

(cabos e ficha). Se as ligações eléctricas<br />

forem deficientes o circuito electrónico<br />

da sonda não poderá funcionar normalmente.<br />

Também é conveniente examinar<br />

Diagrama I<br />

A sonda lambda envia constantemente mensagens ao sistema de injecção electrónica, que<br />

trata de corrigir a percentagem da mistura enviada para a câmara de combustão<br />

Diagrama III<br />

O factor lambda é de extrema importância num motor, já que o seu binário, consumo e as<br />

emissões de gases contaminantes são fortemente influenciados por ele.<br />

Diagrama IV<br />

Nos sensores com elementos de Titânio, a resistência do elemento central altera-se segundo<br />

a concentração de oxigénio nos gases de escape.<br />

o corpo da sonda para verificar se sofreu<br />

impactos violentos e apresenta mossas ou<br />

fen<strong>das</strong>. O aspecto exterior pode fornecer<br />

indicações sobre as deficiências de funcionamento<br />

da sonda. Para além disso, o<br />

exame visual ao elemento central do sensor<br />

pode revelar outros problemas.<br />

Carvão<br />

Se existir excessiva carbonização é sinal<br />

que a mistura é demasiado rica e impede<br />

o sensor de responder convenientemente.<br />

Impõe-se a substituição da sonda e<br />

uma verificação geral ao funcionamento<br />

do motor.<br />

Óleo<br />

Se aparecerem depósitos brancos ou<br />

acinzentados no sensor é sinal de que se<br />

estão a utilizar aditivos inadequados, quer<br />

no combustível, quer no óleo, ou existe<br />

consumo excessivo de óleo. Neste caso,<br />

além de mudar a sonda, convém eliminar<br />

a causa do problema.<br />

Chumbo<br />

Diagrama II<br />

Há son<strong>das</strong> que utilizam sensores de Zircónio.<br />

A parte exterior desse elemento está em<br />

contacto com os gases de escape, enquanto<br />

que o interior do elemento está em contacto<br />

com o ar atmosférico<br />

Quando se verifica a existência de depósitos<br />

brilhantes no sensor é sinal de que<br />

foi adicionado chumbo ao combustível ou<br />

aos aditivos. É igualmente conveniente<br />

trocar a sonda e evitar a todo o custo utilizar<br />

combustível e aditivos com chumbo.<br />

De registar que todos os problemas acima<br />

referidos danificam igualmente o catalisador,<br />

sendo imperativo realizar uma manutenção<br />

sistemática e rigorosa para evitar<br />

problemas e custos adicionais.<br />

Fonte: NGK


32<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

MECÂNICA PRÁTICA<br />

Manutenção / Reparação de embraiagens<br />

Trabalho de especialistas<br />

A embraiagem é um componente muito específico, que obriga para a sua montagem a várias horas de<br />

trabalho, pelo que o mecânico não arrisca utilizar produtos de qualidade inferior. Trata-se de um mercado cada<br />

vez mais emergente com marcas de prestígio e qualidade de 1º equipamento.<br />

Operíodo normal de operacionalidade<br />

<strong>das</strong> embraiagens andará à volta<br />

de 5 anos, considerando que a quilometragem<br />

média alcançada nesse<br />

período oscile entre os 60 e os 120 mil<br />

km. Nesta altura, são vulgares os problemas<br />

no circuito hidráulico de comando, seguindo<br />

o cansaço <strong>das</strong> molas e o desgaste do<br />

próprio disco de fricção.<br />

As fugas no sistema hidráulico da embraiagem<br />

são praticamente inevitáveis, pois<br />

os respectivos retentores estão sujeitos ao<br />

atrito dos respectivos veios, havendo ainda<br />

os problemas de endurecimento pelo efeito<br />

<strong>das</strong> altas temperaturas e da pressão. Quando<br />

o nível do fluido é suficientemente baixo,<br />

o ar penetra nas tubagens a partir da<br />

bomba e o comando deixa de ser eficiente,<br />

tornando difícil o engrenar as mudanças e<br />

podendo causar sérios danos na caixa de<br />

velocidade, para além de tornar a condução<br />

problemática e aleatória.<br />

A verificação frequente dos níveis de<br />

fluidos permite detectar quando se iniciam<br />

as fugas e qual a sua gravidade e sanar a<br />

anomalia antes que se torne crítica. As fugas<br />

também podem ter origem nas próprias<br />

condutas, devido a impactos ou corrosão,<br />

podendo ainda haver problemas com as<br />

respectivas extremidades e fixações. Quando<br />

ao stress <strong>das</strong> molas, que podem ser de<br />

diafragma ou grupos de molas helicoidais,<br />

ele ocorre em função do número de vezes<br />

que o pedal da embraiagem é comprimido e<br />

do tempo em que o pedal fica comprimido.<br />

Quanto mais tempo uma mola passar em<br />

compressão, sem recuperar, maior é a probabilidade<br />

de perder a sua elasticidade normal,<br />

acabando por recuperar cada vez menos,<br />

até se tornar inútil.<br />

Quem usa a embraiagem em vez do ponto<br />

morto da caixa de velocidades, está literalmente<br />

a “assassinar“ a embraiagem, podendo<br />

reduzir a sua duração em bastante<br />

mais do que 50%. Se o uso da embraiagem<br />

for relativamente normal, a substituição <strong>das</strong><br />

molas ocorre ao mesmo tempo que a troca<br />

do disco de fricção. Hoje em dia são frequentes<br />

os sistemas de afinação automática<br />

da folga do disco, em função do seu desgaste,<br />

mas é necessário ter em conta que a<br />

afinação põe à prova o estado <strong>das</strong> molas.<br />

Quando as molas estão fracas ou o disco<br />

demasiado gasto a embraiagem patina, havendo<br />

perda de potência e risco de gripagem<br />

da própria embraiagem. Por outro<br />

lado, ao fim de eleva<strong>das</strong> quilometragens,<br />

como os volantes são cada vez mais ligeiros,<br />

pode colocar-se o problema do desgaste<br />

do próprio volante, que deve ser reparado<br />

ou substituído. A caixa de velocidades é<br />

um órgão mecânico sólido, mas também<br />

pode sofrer as consequências do mau uso e<br />

do abuso. As passagens de mudanças muito<br />

bruscas criam grandes diferenciais de rotação<br />

dentro da caixa, pondo à prova os sincronizadores<br />

e os rolamentos. Estes são,<br />

aliás, os componentes mais frequentemente<br />

substituídos.<br />

No caso de condutores mais “compulsivos“<br />

as próprias forquilhas podem apresentar<br />

grandes folgas, o mesmo acontecendo<br />

com os veios <strong>das</strong> caixas, exigindo grandes<br />

reparações ou a completa substituição da<br />

caixa de velocidades. Nos sistemas automáticos,<br />

a pedra de toque da manutenção é<br />

a mudança do fluido nos prazos recomendados.<br />

As mudanças de fluido devem incluir<br />

lavagens de todo o sistema, com fluido<br />

específico apropriado, pois criam-se lamas<br />

no interior da caixa, que entopem os<br />

canais hidráulicos de comando. Nas eleva<strong>das</strong><br />

quilometragens podem também ser necessária<br />

a substituição de rolamentos, engrenagens<br />

e cintas dos travões internos da<br />

caixa. Nos sistemas de variação contínua a<br />

atenção deve recair no estado da correia de<br />

transmissão, a qual tem prazos previstos<br />

para mudança preventiva.<br />

A reparação <strong>das</strong> embraiagens<br />

Salvo em raros casos, as embraiagens<br />

já são substituí<strong>das</strong> fora do período de garantia<br />

do veículo, pelo que a maioria <strong>das</strong><br />

reparações ocorre em oficinas de reparação<br />

independentes. Uma vez que a quilometragem<br />

já é elevada, os paliativos são<br />

uma solução meramente temporária, sendo<br />

aconselhável a substituição dos principais<br />

elementos (disco, rolamento, mola,<br />

etc.). O prato de pressão e o volante motor,<br />

se estiverem muito gastos, devem ser<br />

igualmente substituídos. A blindagem, ou<br />

caixa, da embraiagem é recuperável se<br />

não estiver deformada.<br />

Actualmente, as principais marcas de<br />

fabricantes comercializam kits completos<br />

de reparação, o que tem vantagens de preço,<br />

qualidade e rapidez de serviço, para<br />

além da garantia de reparação. No que<br />

respeita ao circuito de comando, deve ser<br />

completamente revisto, a fim de detectar<br />

fugas e outros problemas, que podem<br />

comprometer seriamente o resultado da<br />

reparação. Existem também embraiagens<br />

recupera<strong>das</strong> no mercado, as quais apresentam<br />

vantagens em relação à protecção<br />

do ambiente (reciclagem) e claras vantagens<br />

de custo. A sua montagem, no entanto,<br />

deve ter a anuência prévia do proprietário<br />

do veículo e só terá justificação<br />

quando o seu valor comercial já for baixo.<br />

As embraiagens novas estão com melhor<br />

relação preço/qualidade, embora o seu<br />

custo tenha aumentado e a qualidade a nível<br />

de equipamento original nem sempre<br />

seja o que se poderia esperar. As embraiagens<br />

reconstruí<strong>das</strong> apresentam mais vantagens<br />

nos pesados, não só porque o preço<br />

<strong>das</strong> novas é mais elevado, como os elementos<br />

recuperados são mais resistentes,<br />

apresentando, em geral melhor, condição<br />

do que nos ligeiros. A manutenção dos<br />

sistemas de embraiagem é geralmente<br />

descurada, mas é recomendável eliminar<br />

as folgas do comando e da própria embraiagem,<br />

nos casos em que não forem<br />

auto-ajustáveis.<br />

Um sistema de embraiagem completo inclui o volante do motor, um prato de pressão, um<br />

disco de embraiagem e um rolamento de encosto.


Para um poder de travagem total,<br />

una-se à TRW.<br />

As pastilhas e os discos da TRW cobrem mais de 96% do parque automóvel europeu e são fabricados nas<br />

fábricas da TRW segundo as especificações para equipamento original. Como fabricante líder de sistemas<br />

de travão de disco para equipamento original, oferecemos-lhe um apoio constante nas áreas de serviço, de<br />

marketing e técnica. A nossa gama completa de fricção oferece qualidade e segurança ao seu negócio. Se<br />

procura peças de travagem que combinem a elevada qualidade com um excelente serviço, una-se à TRW.


34<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

MECÂNICA PRÁTICA<br />

Forras desgasta<strong>das</strong> são motivo<br />

para a embraiagem patinar,<br />

derivado do desgaste anormal<br />

do material de atrito, fruto de<br />

condução deficiente ou<br />

dificuldade de accionamento do<br />

sistema de embraiagem.<br />

Se as forras se apresentarem<br />

sujas de óleo ou de massa<br />

lubrificante, poderá existir um<br />

problema de vedação da caixa<br />

de velocidades ou do motor, ou<br />

presença de massa em excesso<br />

no veio.<br />

Se a forra da embraiagem se<br />

encontrar queimada ou solta,<br />

poderá dever-se a fricção<br />

contínua da embraiagem, por<br />

causa de arranques demasiado<br />

rápidos ou, então, devido a uma<br />

força de aperto muito reduzida.<br />

Uma forra partida, poderá ter<br />

origem numa sobre-rotação,<br />

devido ao facto de se conduzir<br />

com o pedal de embraiagem<br />

pressionado em alta velocidade<br />

de andamento e uma marcha<br />

reduzida engatada.<br />

Caso a forra não friccione sobre<br />

toda a superfície, o profissional<br />

deverá verificar-se se o volante<br />

do motor está bem acabado, isto<br />

é, se não existem estrias<br />

demasiado profun<strong>das</strong> no mesmo<br />

que originem esta anomalia.<br />

Diagnóstico de avarias nas embraiagens<br />

A EMBRAIAGEM NÃO SEPARA<br />

MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />

1.Excesso de desvio axial O disco não foi controlado Alinhar o disco .<br />

do disco de embraiagem antes da montagem Desvio admissível 0,5 mm<br />

2. O disco está encravado a . o perfil apanhou pancada Remover a aresta<br />

no veio primário na montagem ou substituir o disco<br />

b. Cubo ou veio primário Substituir disco e/ou veio<br />

com desgaste<br />

c.O cubo ficou preso no veio Limpar cubo e veio,<br />

com ferrugem<br />

lubrificar veio<br />

3 . Revestimento colado Carro ficou parado durante Lixar as partes ferrugentas,<br />

ao volante ou ao prato muito tempo, a embraiagem bem como o revestimento<br />

de pressão devido a ferrugem não separa<br />

4. Disco preso ao volante Perfurar os rebites maciços<br />

ou ao prato de pressão do revestimento ( 2 mm )<br />

Lixar o revestimento<br />

5 . Disco demasiado espesso Montagem de disco errado Montar o disco correcto<br />

6 . Rolamento de guia com Substituir o rolamento<br />

defeito ou andamento pesado<br />

7. A embriagem a. Folga excessiva do Ajustar folga conforme especificado<br />

não separa bem<br />

rolamento de desembraiagem<br />

b. Comando de desengate Substituir<br />

com folga excessiva<br />

as peças defeituosas<br />

c. Falta de líquido de travão Acrescentar líquido<br />

d. Sistema perde líquido Eventualmente substituir cilindro<br />

e. Ar no sistema Purga de ar<br />

f. Defeito na fixação Corrigir a fixação, em caso de<br />

da embraiagem<br />

deformação substituir embraiagem<br />

g. Folga do revestimento Montar o disco correcto<br />

h. Na montagem cubo danificado, Substituir o disco<br />

perfil batido<br />

i. Ao juntar motor e caixa de Substituir embraiagem<br />

velocidades, deformação de<br />

alavanca e linguetas do diafragma<br />

j. Curso de desengate excessivo Limitar o curso<br />

A EMBRAIAGEM PATINA<br />

MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />

1. Desgaste a. Desgaste natural De preferência substituir disco<br />

dos revestimentos b. A embraiagem patinou com embraiagem<br />

excessivamente<br />

c. Compressão insuficiente<br />

da embraiagem<br />

2. Revestimentos sujos a. Saída de óleo no veio da caixa Substituir disco , limpar a embraiagem<br />

com óleo de velocidades ou da cambota ( em caso algum revestimentos )<br />

b. Excesso de lubrificante no perfil Vedar o furo<br />

do veio primário<br />

c. Perda de lubrificante do<br />

rolamento de desembraiagem<br />

3. A embraiagem funciona a. Falta de folga do rolamento Ajuste de folga conforme especificado<br />

em parte desembraiada de desembraiagem<br />

b. Atrito excessivo no accionamento Voltar a pôr o accionamento<br />

da embraiagem<br />

operacional<br />

c. O cilindro não retorna Substituir o cylinder<br />

4.Espessura do volante Na rectificação do volante a face Rectificar a superfície de fixação<br />

não conforme especificação de fixação não foi adaptada conforme especificado , eventualmente<br />

substituir o volante<br />

5. Montagem da embraiagem Na encomenda erro na indicação Montar a embraiagem correcta<br />

errada<br />

da referência ou do tipo de veículo<br />

6. Caixa, alavanca ou diafragma Erro na montagem ou Montar embraiagem nova,<br />

deforma<strong>das</strong> desmontagem da embraiagem observando as instruções<br />

7. Sobreaquecimento a. Erros no uso Substituir embraiagem e disco<br />

da embraiagem<br />

b. As causas indica<strong>das</strong><br />

nos pontos 1 a 6<br />

8. Revestimento do lado Superficie de contacto do volante Rectificar a face de contacto<br />

do volante com mau aspecto com estrias do volante, com adaptação da área<br />

de fixação<br />

Se a embraiagem não se<br />

libertar, o problema poderá ser<br />

devido ao sistema de<br />

desembraiagem ou ao<br />

rolamento que simplesmente<br />

não tranca. Assim, antes da<br />

desmontagem, deve-se<br />

controlar o sistema de<br />

desembraiagem,<br />

nomeadamente o seu aperto e<br />

pontos de junção.<br />

O empeno do disco de<br />

embraiagem poderá ter origem<br />

numa deformação ou transporte<br />

da mesma. Se o empeno<br />

ultrapassar os 0,5 mm, deve-se<br />

fixar a embraiagem na bancada<br />

e endireitá-la.<br />

A mola ou chapa do disco de<br />

embraiagem partida, surge<br />

quando o motor ou a caixa de<br />

velocidades estão<br />

descentrados. Apesar do veio<br />

primário estar engatado no<br />

cubo do disco, existe uma<br />

quebra por efeito de alavanca.<br />

O perfil do cubo desgastado,<br />

encravado ou emperrado no<br />

veio primário, pode ocorrer<br />

quando a embraiagem e a<br />

flange da caixa de velocidades<br />

se encontram descentra<strong>das</strong>.<br />

Pode detectar-se ainda um<br />

movimento oscilatório devido a<br />

um excesso de folga no veio<br />

primário.<br />

O amortecedor de vibrações de<br />

torção pode ficar danificado<br />

quando se conduz num regime<br />

de baixa rotação, ou com uma<br />

mudança errada a baixa<br />

velocidade com carga total.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

MECÂNICA PRÁTICA Outubro 2005 35<br />

O diafragma partido acontece<br />

quando existe pressão<br />

excessiva do percurso de<br />

desembraiagem. A ruptura<br />

perturba a simetria da mola,<br />

resultando daí um curso<br />

insuficiente da placa de<br />

compressão.<br />

A carcaça deformada acontece<br />

quando os parafusos de fixação<br />

são apertado de forma não<br />

uniforme durante a montagem,<br />

ou entã, devido a não se ter<br />

observado a centragem da<br />

placa de pressão no volante.<br />

Amortecedor de torção<br />

desgastado ou destruído é<br />

motivado pelo modo de<br />

andamento de baixa velocidade,<br />

por viajar com mudanças<br />

erra<strong>das</strong> em velocidade baixa e<br />

carga total.<br />

Rolamento destruído, acontece<br />

por areia ou sujidade no apoio<br />

do rolamento: as esferas,<br />

calhas <strong>das</strong> esferas e gaiola<br />

ficam desgasta<strong>das</strong> e avarias<br />

subsequentes ocorrem<br />

seguidamente no anel de<br />

rolamento ou nas pontas da<br />

mola de membrana.<br />

Linguetas do diafragma<br />

quebra<strong>das</strong>, é devido a erro de<br />

montagem. A embraiagem foi<br />

montada sem ferramenta<br />

especial (grampos) sob<br />

aplicação de força, ou o<br />

rolamento de desembraiagem<br />

tem o andamento pesado.<br />

A EMBRAIAGEM TREPIDA<br />

MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />

1. Revestimentos a. Saída de óleo no veio primário Limpar a embraiagem,<br />

sujos de óleo ou na cambota substituir o disco<br />

b. Excesso de lubrificante no perfil (em caso algum tentar limpar<br />

do veio primário<br />

o revestimento ), vedar o furo<br />

c. Perda de lubrificante do rolamento<br />

de desembraiagem<br />

2. Revestimentos errados Foi montado um disco não Montar um disco<br />

especificado com revestimento com revestimento correcto<br />

não conforme<br />

3. Andamento pesado a. Cabo da embraiagem Reparar as peças respectivas<br />

da embraiagem b.Mancais ou substituí-las<br />

c.Cilindro mestre ou cilindro secundário<br />

d. Accionamento do rolamento<br />

de desembraiagem<br />

4. Carburador a. Mancais Reparar as peças respectivas<br />

com andamento pesado b. Cabo do carburador ou substituí-las<br />

5. Suspensão do motor Suspensão errada ou defeituosa Reparar ou substituir<br />

e da caixa de velocidades ou danificada<br />

6. A embraiagem actua de a. Posição da alavanca de desengate Verificar e ajustar correctamente<br />

forma unilateral<br />

não correcta<br />

b. Ajuste posterior do prato de pressão Substituir a embraiagem<br />

c. Deformação de caixa, alavanca Substituir a embraiagem<br />

ou mola de diafragma durante<br />

a montagem<br />

d. Deformação do disco durante Substituir o disco<br />

a montagem<br />

e. Desalinhamento entre cambota e Verificar e ajustar as superficies<br />

veio primário<br />

de centragem de motor e disco<br />

f. Montagem errada<br />

7. Motor mal afinado a. Afinação do carburador Corrigir a afinação do motor<br />

b. Ponto de ignição<br />

c. Dispositivo de injecção<br />

A EMBRAIAGEM FAZ RUÍDO<br />

MOTIVOS CAUSAS REMÉDIO<br />

1. Disco errado Amortecedor de torção não próprio Montar o disco correcto<br />

2. Desiquilíbrio Substituir a embraiagem<br />

ou o disco<br />

3. Rolamento guia Rolamento defeituoso ou não montado Substituir os rolamentos<br />

4. Rolamento de desengate a. Rolamento defeituoso ou Substituir<br />

com falta de lubrificação<br />

b. Rolamento descentrado Centrar o rolamento<br />

5. Alavanca de desengate Mancais da haste ou do pedal gastos Reparar ou substituir<br />

6. Amortecedor de torção Condução errada com baixo número Substituir o disco<br />

gasto ou partido<br />

de rotações e acelerador fundo<br />

Alavanca (gafanhoto) partida<br />

pode ser causado pelo<br />

andamento descentrado do<br />

rolamento de desembraiagem,<br />

falta de folga do rolamento de<br />

desembraiagem ou rolamento<br />

do eixo de desengate avariado.<br />

Revestimento rebentado<br />

acontece quando o número de<br />

rotações do disco da<br />

embraiagem for superior ao<br />

número de rotações de<br />

rebentamento do revestimento.<br />

Este dano é independente no nº<br />

rotações do motor, pois o<br />

relevante é o nº de rotações do<br />

veio primário da caixa<br />

velocidades.<br />

Sobreaquecimento do prato de<br />

pressão deve-se à falta de folga<br />

do rolamento de<br />

desembraiagem, sistema<br />

desengate avariado, óleo ou<br />

lubrificante nos revestimentos<br />

com defeito, ou ainda erro no<br />

uso, deixando a embraiagem<br />

patinar tempo demais.<br />

Desgaste dos gafanhotos é<br />

causado pelo rolamento de<br />

desembraiagem com<br />

andamento pesado ou falta de<br />

folga do rolamento.<br />

Chapa de cobertura do<br />

amortecedor de torção<br />

destruída deve-se a erros na<br />

condução. Conduzir o veículo a<br />

um número de rotações muito<br />

baixo, ultrapassa os limites do<br />

rendimento do amortecedor de<br />

torção.<br />

Fonte: LUK


36<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Outubro 2005<br />

MECÂNICA PRÁTICA<br />

Substituição da Correia de Distribuição<br />

Componente vital<br />

A correia de distribuição é um componente de grande responsabilidade no comando do motor e no seu bom<br />

funcionamento. A sua ruptura ou desvio pode causar graves danos ao motor e imobilizar o veículo.<br />

Embora existam várias<br />

marcas de correias no<br />

mercado, não se podendo<br />

pôr em questão a sua qualidade, é<br />

de elementar bom senso preferir<br />

os componentes de equipamento<br />

original.<br />

As correias de distribuição são<br />

obrigatoriamente denta<strong>das</strong>, devido<br />

a necessidade de manter a fase<br />

do diagrama de funcionamento do<br />

motor, sendo ligeiramente sobredimensiona<strong>das</strong>,<br />

para poder corresponder<br />

às mudanças de regime.<br />

Isso obriga a que a correia<br />

possua acessórios que orientam o<br />

seu curso e limitam as suas vibrações<br />

e deformação. Para esse efeito,<br />

são na maior parte dos casos<br />

usados um tensor de rolamento de<br />

esferas, uma poleia de inversão e<br />

uma poleia guia. Noutros casos,<br />

existe apenas uma calha metálica<br />

em vez da poleia guia.<br />

Esses acessórios têm grande<br />

importância para a duração e bom<br />

funcionamento da correia, devendo<br />

ser de equipamento original,<br />

para assegurar uma reparação de<br />

confiança. Estes acessórios estão<br />

sujeitos a elevados regimes de rotação<br />

e a drásticas variações de<br />

temperatura, podendo deteriorarse<br />

prematuramente se não forem<br />

de qualidade superior. Se uma<br />

dessas poleias ou tensor gripar e<br />

bloquear, a correia passa a deslizar<br />

na sua superfície, produzindo<br />

grande atrito, ruído, aquecimento<br />

e possível ruptura. Se o condutor<br />

tiver o bom senso de parar e solicitar<br />

a presença de um técnico<br />

competente, os danos podem ser<br />

limitados, mas os custos de substituição<br />

e os incómodos ultrapassam<br />

largamente o custo de acessório<br />

e kits de qualidade. Por outro<br />

lado, ao mudar a correia, nos<br />

períodos recomendados pelo fabricante<br />

do veículo, é sempre da<br />

maior conveniência substituir os<br />

seus acessórios, como forma de<br />

prevenção de futuros danos.<br />

A substituição <strong>das</strong><br />

Correias de Distribuição<br />

Para se fazer uma reparação garantida<br />

e prestar um serviço de<br />

qualidade é necessário seguir um<br />

procedimento metódico e progressivo,<br />

com passos sucessivos e<br />

intencionais.<br />

- Em primeiro lugar, recomen<strong>das</strong>e<br />

desligar o cabo de massa da<br />

bateria.<br />

- De seguida, desmontam-se to<strong>das</strong><br />

as correias, poleias ou tubos<br />

que possam dificultar a operação<br />

de retirar a protecção da câmara<br />

da correia dentada.<br />

- Retire a referida protecção da<br />

correia.<br />

- Faça girar a cambota no sentido<br />

do funcionamento do motor até<br />

atingir o ponto morto superior; de<br />

imediato, alinhe a marcação existente<br />

na carcaça do motor com as<br />

marcas situa<strong>das</strong> no amortecedor<br />

da cambota e da árvore de cames.<br />

- Afrouxe o parafuso de afinação<br />

do tensor.<br />

- Afaste o tensor da correia e volte<br />

a apertar o parafuso de afinação.<br />

- Retire a correia dentada.<br />

- Verifique manualmente, aplicando<br />

uma certa pressão, se o<br />

sensor interior e exterior, bem<br />

como as poleias, estão em bom<br />

estado de conservação, não apresentando<br />

folgas, desgaste ou danos;<br />

em caso de dúvida ou de mau<br />

estado, substitua os acessórios<br />

que forem necessários.<br />

- Ajuste to<strong>das</strong> as marcas no alinhamento<br />

correspondente.<br />

- Coloque cuidadosamente a nova<br />

correia dentada nas poleias.<br />

- Afrouxe o parafuso de afinação<br />

do tensor, para que este se mova<br />

até junto da correia.<br />

- Coloque o tensor na posição de<br />

trabalho, tendo em conta a margem<br />

de elasticidade necessária;<br />

no caso de tensores automáticos,<br />

afine a tensão da correia com um<br />

tensímetro, de acordo com as instruções<br />

do fabricante do veículo.<br />

- Verifique novamente o alinhamento<br />

<strong>das</strong> marcações.<br />

- Gire a cambota, pelo menos<br />

duas vezes, no sentido de marcha<br />

do motor, para garantir a tensão<br />

óptima da correia.<br />

- Volte a controlar as marcações<br />

nos seus alinhamentos.<br />

- Afine o tensor na sua posição de<br />

serviço, apertando os parafusos<br />

com o binário recomendado.<br />

- Volte a montar a tampa da correia<br />

e todos os componentes que<br />

teve de desmontar no início, de<br />

modo a que fiquem nas suas posições<br />

originais.<br />

- Ligue novamente o cabo da bateria.<br />

- Ligue o motor.<br />

- Em caso de necessidade efectue<br />

os ajustes e correcções necessários.<br />

- Finalmente, a correia substituída<br />

de ser reciclada ou destruída da<br />

forma mais adequada.<br />

Conselhos de segurança<br />

- Quando as instruções exigem a<br />

utilização de ferramentas especiais,<br />

não improvise! É procedimento<br />

obrigatório utilizar as ferramentas<br />

indica<strong>das</strong> para cada<br />

caso. Por outro lado, a correia<br />

nova deve ser colocada à mão,<br />

sem ser forçada ou torcida. Nunca<br />

monte as correias nas respectivas<br />

poleias à força ou utilizando chaves<br />

de fen<strong>das</strong>, pois isso poderá<br />

danificar a sua estrutura, comprometendo<br />

a sua normal duração.<br />

- Nunca limpe os componentes do<br />

impulsor de comando (árvores de<br />

cames) com dissolventes corrosivos.<br />

- Proteja a correia de óleos e outros<br />

produtos químicos.<br />

- Em qualquer caso, siga rigorosamente<br />

as instruções de montagem<br />

dos fabricantes de automóveis. À<br />

falta de outra fonte de informação,<br />

as instruções podem ser encontra<strong>das</strong><br />

no manual Autodata –<br />

Mudança da correia dentada.<br />

- Na embalagem da correia encontrará<br />

uma etiqueta adesiva, a<br />

qual deve ser preenchida cuidadosamente<br />

e colocada numa parte<br />

bem visível da carcaça do motor.<br />

- No caso de um componente satélite<br />

da correia estar com problemas,<br />

todos devem ser substituídos.<br />

Não encomende a peça antes<br />

de verificar o estado de todos os<br />

componentes. Existem kits de reparação<br />

completos com um custo<br />

mais vantajoso do que as peças<br />

avulsas.<br />

Armazenamento<br />

As correias de distribuição devem<br />

ser guarda<strong>das</strong> num local seco<br />

e fresco (15-25º C), para poder garantir<br />

o seu desempenho depois de<br />

um período de armazenamento<br />

prolongado. No entanto, o armazenamento,<br />

mesmo em boas condições,<br />

não deve ultrapassar os<br />

cinco anos. As correias devem<br />

permanecer nas suas embalagens<br />

até ao momento da montagem e<br />

ser guarda<strong>das</strong> em lugar seguro, ao<br />

abrigo de impactos. Em nenhum<br />

caso dobre as correias e mantenhaas<br />

afasta<strong>das</strong> de materiais facilmente<br />

inflamáveis, produtos agressivos,<br />

lubrificantes ou ácidos.<br />

Fonte: CONTITECH


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Outubro 2005 01<br />

REPARAÇÃO<br />

de Plásticos Automóvel<br />

COLECCIONÁVEL (I)<br />

0s automóveis modernos utilizam cada vez<br />

mais plásticos na sua construção. A sua<br />

utilização no fabrico de componentes da<br />

carroçaria,por exemplo os pára-choques,<br />

faz com que estejam sujeitos a mais danos.<br />

Para além dos pára-choques,muitos outros<br />

componentes montados nos modernos<br />

automóveis são também em plástico,como<br />

algumas portas,ailerons ou spoilers.<br />

Compreende-se por isso a importância que<br />

tem,para os profissionais da reparação,<br />

conhecerem o comportamento e tratamento<br />

<strong>das</strong> peças de plástico.<br />

Por esta razão,a CESVIMAP - Centro de<br />

Experimentación y Seguridad Vial (MAPFRE),<br />

preparou este Curso,que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> vai publicar em capítulos a partir<br />

desta edição.<br />

Este Curso é destinado a todos os<br />

interessados por este assunto,<br />

nomeadamente:profissionais de bate chapa<br />

e repintura,áreas de após-venda,<br />

fabricantes de equipamentos e produtos<br />

para reparação de plásticos,etc.. Neste<br />

sentido,o Curso está apresentado de uma<br />

forma simples,de fácil leitura e com uma<br />

grande vertente prática,sendo por isso uma<br />

ferramenta de trabalho útil e actual.<br />

I<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

V<br />

VI<br />

ÍNDICE<br />

INICIAÇÃO À REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />

OS PLÁSTICOS MAIS UTILIZADOS<br />

NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

CORRECÇÃO DE DEFORMAÇÕES<br />

REPARAÇÃO POR SOLDADURA<br />

REPARAÇÃO POR ADESIVOS<br />

MEDIDAS DE SEGURANÇA E HIGIENE<br />

NA REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

02 Outubro 2005 REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />

I. INICIAÇÃO À REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />

O QUE É UM MATERIAL PLÁSTICO?<br />

O termo plástico designa genericamente os materiais que, uma vez sujeitos a uma pressão, adquirem<br />

uma deformação permanente, isto é, mudam de forma. Contrariamente aos materiais elásticos, que recuperam<br />

a sua forma original quando cessa a força que sobre eles é aplicada, os plásticos não recuperam a<br />

forma original. Mais especificamente, começou a dar-se o nome de plásticos a todos os materiais sintéticossusceptíveisdeseremmoldadosnosmaisdiversosformatos.<br />

Refinaria<br />

Petróleo / Gás Natural<br />

Polimerização<br />

O componente principal de um plástico e o que lhe confere as<br />

suas características básicas é o polímero. Os polímeros são substâncias<br />

de peso molecular elevado, constituí<strong>das</strong> por uma grande<br />

quantidade de moléculas uni<strong>das</strong> entre si, formando cadeias muito<br />

longas. Dá-se o nome de polimerização ao conjunto <strong>das</strong> complexas<br />

reacções químicas necessárias para organizar as moléculas<br />

soltas (monómeros), em longas cadeias moleculares.<br />

Polimerização<br />

PETROQUÍMICA<br />

MONÓMEROS<br />

POLIMERIZAÇÃO<br />

POLÍMERO<br />

Indústria<br />

de fabrico Matéria Prima<br />

Novos materiais<br />

Granulado<br />

Granulado<br />

Indústria de<br />

transformação<br />

Produtos acabados<br />

Fundamentalmente, existem dois tipos de polimerização: a poliadição<br />

e a policondensação. No primeiro caso as moléculas são liga<strong>das</strong><br />

entre si sem modificar apreciavelmente a sua forma original,<br />

enquanto que no segundo processo as cadeias de moléculas são forma<strong>das</strong>,pelomenos,pordoistiposdiferentesdemoléculas.<br />

Durante este tipo de polimerização produz-se uma reacção entre<br />

osdiferentescompostos,libertando-semoléculasdeágua(H2O).<br />

CARBOQUÍMICA<br />

Poliadição<br />

Carvão<br />

Alcatrão<br />

Os plásticos são constituídos por polímeros, isto é, substâncias cuja organização molecular foi manipulada,<br />

para se obter maior estabilidade e uniformidade, tendo em vista a criação de materiais facilmente<br />

conformáveisequimicamenteestáveis.<br />

As matérias-primas a partir <strong>das</strong> quais se podem produzir os plásticos são basicamente compostos de<br />

carbono (C) e hidrogénio (H), podendo conter, em certos casos, pequenas porções de oxigénio (O), azoto<br />

(N) e enxofre (S). Estão neste caso a celulose, o carvão, o petróleo, gás natural, etc. No entanto, na actualidade,<br />

o petróleo e o gás natural são produtos mais utilizados na produção de plásticos, essencialmente<br />

devido a razões económicas. A parte do petróleo bruto utilizada para a produção de plástico é a nafta<br />

(cerca de 1/3 do total), a partir da qual são obtidos produtos como o etileno, o propileno, o butileno, entre<br />

outros. A petroquímica apenas aproveita cerca de 10% do crude refinado, dos quais 6% são aplicados na<br />

produçãodeplásticos.<br />

Do petróleo aos plásticos<br />

Gasóleo<br />

Fuelóleo<br />

52%<br />

Petróleo<br />

100%<br />

Naftas<br />

28%<br />

Outros<br />

20%<br />

Policondensação<br />

PRINCIPAIS TIPOS DE PLÁSTICOS<br />

A forma mais simples de classificar os diversos tipos de plásticos<br />

é dividi-los em dois grupos principais, segundo o seu comportamento<br />

face ao calor: os termoplásticos e os termo estáveis.<br />

Comportamento de um<br />

termoplástico frente ao calor<br />

- No primeiro grupo, temos os termoplásticos,<br />

que em frio são geralmente<br />

duros, amolecem e fundem-se<br />

ao serem aquecidos, voltando a recuperar<br />

as propriedades iniciais, depois<br />

de arrefecerem novamente. Em função<br />

destas características, os termoplásticos<br />

podem ser conformados com<br />

calor as vezes que for necessário,<br />

podendo igualmente ser soldados. No que respeita a soldadura, no<br />

entanto, há certos tipos de termoplásticos que apresentam problemas<br />

ao soldar, tendo que ser aplicados outros processos de reparação.<br />

Gasolinas<br />

18%<br />

Matérias-primas<br />

Petroquímicas<br />

10%<br />

Plásticos<br />

6%<br />

Outros produtos<br />

Químicos<br />

4%<br />

Comportamento de um termo<br />

estável frente ao calor<br />

- No segundo grupo, o dos termo<br />

estáveis, não se verifica qualquer<br />

deformação em face do calor, mas o<br />

aquecimento excessivo (ou chama)<br />

provoca a sua deterioração. Devido a<br />

esta característica não podem ser soldados,<br />

tendo que ser aplicados outros<br />

métodos de ligação. A maior parte<br />

dos plásticos termo estáveis são reforçados, sendo compostos por<br />

uma resina termo estável e por cargas de fibras de origem natural<br />

ou sintética. Apresentam-se rígidos e fibrosos, quebrando face a<br />

impactos fortes, com estilhaçamento do material.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Outubro 2005 03<br />

Na grande maioria <strong>das</strong> situações é necessário adicionar<br />

ao polímero obtido no processo de polimerização<br />

uma certa quantidade de produtos complementares,<br />

denominados aditivos, que se destinam a dotar o material<br />

plástico final com as características adequa<strong>das</strong> à<br />

sua utilização prática. Há casos em que os aditivos se<br />

OS MATERIAIS ADITIVOS<br />

destinam a tornar as operações de moldagem mais<br />

fáceis e mais rápi<strong>das</strong>, enquanto que noutros casos os<br />

aditivos estão estreitamente ligados ao uso que se pretende<br />

fazer do material. De uma quantidade quase infinita<br />

de aditivos que é possível adicionar aos polímeros,<br />

tentaremoscaracterizardeseguidaosprincipais:<br />

ESTABILIZADORES<br />

São compostos que depois de adicionados ao polímero actuam directamente sobre a cadeia de moléculas,<br />

defendendo-odecertosagentesdedegradação,comoéocasodooxigénio,docalor,daradiaçãoluminosa,etc.<br />

ABSORÇORES DE ULTRAVIOLETAS<br />

Estes elementos são chamados também filtros UV, pois actuam de forma passiva, como uma barreira contra a<br />

radiaçãoultravioleta,impedindo-aquedanifiqueopolímero.<br />

FLEXIBILIZANTES<br />

Estes aditivos caracterizam-se por se introduzirem nas cadeias moleculares dos polímeros, actuando como<br />

almofa<strong>das</strong>, o que permite ao polímero apresentar um certo grau de flexibilidade, de acordo com o uso que se<br />

pretende dar ao material plástico final. No entanto, nem todos os tipos de polímeros aceitam este tipo de<br />

aditivos,havendocasosemquepodemdesorganizarasuaestruturamolecular.<br />

LUBRIFICANTES<br />

Em certos plásticos, o atrito interno da massa provocado pela sua fusão, resulta num efeito perverso de<br />

aquecimento, que pode chegar a degradar o polímero. Noutros casos, há plásticos que têm dificuldade em<br />

deslizar na superfície <strong>das</strong> máquinas, moldes e matrizes utilizados na sua produção. No primeiro caso, são<br />

utilizados lubrificantes internos, enquanto que no segundo o problema fica resolvido com a aplicação de<br />

lubrificantesexternos.<br />

COLORANTES<br />

O aspecto dos polímeros acabados de fabricar é geralmente descolorido, podendo apresentar-se transparente,<br />

em tons de amarelo ocre e em tons de acastanhado. Para que o material tenha uma apresentação mais estética e<br />

atractiva,adaptadaàsutilizaçõesdoprodutoemtermospráticos,sãoempregadosdiversostiposdecolorantes.<br />

DESMOLDANTES<br />

Estes produtos conferem ao plástico qualidades anti aderentes, sendo aplicados nos moldes para facilitar a<br />

extracção da peça produzida. Parte destes produtos pode depositar-se na superfície da peça, podendo ocasionar<br />

posteriormenteproblemasdeaderência,duranteoperaçõesdereparaçãooupinturadomaterial.<br />

CARGAS DE REFORÇO<br />

A missão destes produtos é aumentar a resistência mecânica do material e assegurar diversos graus de rigidez,<br />

de acordo com o fim pretendido. Estes aditivos podem ser de natureza mineral, orgânica ou metálica,<br />

apresentando-se geralmente na forma de fibras, telas, feltros, fios cortados, etc. Para painéis de carroçaria em<br />

plástico,ovidroemfibraséacargamaisutilizada.<br />

Os plásticos termo estáveis mais utilizados na<br />

indústria automóvel são, na sua maioria, materiais<br />

compostos, formados por uma resina termo estável<br />

e por cargas de reforço. A produção de materiais<br />

compostos tem algo a haver ainda com<br />

processos artesanais. Para se obterem os ritmos de<br />

produçãorequeridospelaconstruçãoautomóvel,é<br />

usorecorreraprodutosintermédios,chamadospré<br />

polímeros. Um pré polímero é um semiproduto,<br />

resultante de uma polimerização incompleta,<br />

comportando-se na prática como um termoplástico.<br />

Este material, quando é submetido à acção do<br />

calor e pressão, torna-se fluido. No entanto, ao<br />

contrário de um termoplástico vulgar, passa por<br />

um processo de cura e endurece, resultando num<br />

produto rígido e resistente que já mão pode voltar<br />

aoestadofluido.<br />

Na composição deste semiprodutos vamos<br />

encontraroselementosseguintes:<br />

-Umaresina(geralmenteumpoliéster<br />

insaturado),cujopapeléasseguraracoesãode<br />

todososmateriais;<br />

-Umcatalisador,parapermitiroendurecimento<br />

daresina;<br />

-Umprodutodedesmoldagem,queevitaquea<br />

peçafiquecoladaaomolde;<br />

-Umaditivotermoplástico,paracompensara<br />

contracçãodaresinaaopolimerizar;<br />

Produção de Termo estáveis<br />

-Ummaterialdereforço,regrageral,<br />

constituídoporfibradevidro.<br />

A forma de apresentação destes semiprodutos<br />

depende do sistema de moldagem a que vão ser<br />

submetidos. Na moldagem por compressão o produto<br />

apresenta-se na forma de uma argamassa,<br />

enquanto que na moldagem por injecção se apresenta<br />

no estado fluido. Na moldagem por compressão,<br />

os semiprodutos termo estáveis também<br />

se podem apresentar sob a forma de folhas ou lâminaspréimpregna<strong>das</strong>.<br />

Para tornar as diferentes opções mais inteligíveis,<br />

é usual no mundo automóvel atribuir siglas<br />

aos diversos grupos de materiais, consoante a sua<br />

composição e a forma de produção. Estas siglas<br />

figuram nas peças acaba<strong>das</strong>, sendo necessário não<br />

as confundir com os tipos de plástico (também<br />

identificados por uma sigla na peça). As principais<br />

siglasconvenciona<strong>das</strong>sãoasseguintes:<br />

-SMC(SheetMouldingCompound)composto<br />

paramoldagememlâminas:<br />

-BMC(BulkMouldingCompound)composto<br />

demoldagemagranel;<br />

-DMC(DoughMouldingCompound)<br />

compostoparamoldagememmassa;<br />

-ZMC-Estasiglaidentificauma<br />

tecnologia/produto(material/prensa/linhade<br />

acabamento),altamenteautomatizada.<br />

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO<br />

As técnicas de transformação dos plásticos visam obter artigos<br />

de utilidade comercial, apresentando-se muito diversifica<strong>das</strong>:<br />

extrusão, injecção, moldagem, prensagem, mecanização, etc.<br />

Destes processos, alguns podem aplicar-se a ambos os tipos principais<br />

de plásticos, enquanto que outros resultam melhor com<br />

cada tipo de plástico.<br />

Produção de Termoplásticos<br />

Na produção de artigos à base de materiais termoplásticos, é<br />

aproveitada a capacidade destes em fluírem ao ser aquecidos,<br />

podendo ser aplica<strong>das</strong> as seguintes técnicas de transformação:<br />

Extrusora de parafuso<br />

Extrusão<br />

Com este processo, que<br />

consiste em forçar a passagem<br />

do material no estado<br />

pastoso, através de uma<br />

boquilha com uma geometria<br />

determinada, podem obter-se<br />

longitudes praticamente ilimita<strong>das</strong>, sempre com a mesma secção.<br />

As máquinas de extrusão de plásticos são basicamente constituí<strong>das</strong><br />

por um cilindro metálico, no interior do qual roda, a<br />

velocidade controlada, um veio do tipo sem fim. A fusão do plástico<br />

é assegurada pelo aquecimento externo e pelo próprio atrito<br />

da massa ao ser impulsionada pela máquina. Embora este processo<br />

seja na maioria dos casos preferido para os termoplásticos,<br />

há certos tipos de materiais termo estáveis que podem ser igualmente<br />

extrudidos. Por este processo, utilizando boquilhas diferentes<br />

e outros equipamentos auxiliares, podem ser produzidos<br />

placas e películas de diversas espessuras, tubos, varetas e todo o<br />

tipo de perfilados habitualmente usados em automóveis, para<br />

além de revestimentos de cabos, de lâminas, etc.<br />

Esquema de molde por injecção<br />

Injecção<br />

Este processo é também<br />

efectuado a quente, com o<br />

plástico num estado bastante<br />

fluido. O material é<br />

injectado a alta pressão<br />

num molde estanque,<br />

igualmente aquecido, tendo<br />

que ocupar todo o volume<br />

disponível. Ao abrir-se<br />

o molde, depois de arrefecido,<br />

sai uma peça que reproduz<br />

fielmente o desenho<br />

interior do molde. Este<br />

processo é utilizado universalmente<br />

para todo o<br />

tipo de peças molda<strong>das</strong>.<br />

Também é possível produzir<br />

por esta técnica peças de materiais termo estáveis e de<br />

espuma, requerendo obviamente equipamentos e afinações<br />

específicos. Os artigos produzidos por este processo são os<br />

mais diversos, podendo ser peças em polímero puro, peças<br />

com inserções metálicas (em moldes especiais) e peças<br />

constituí<strong>das</strong> por materiais diferentes (utilizando vários injectores<br />

no mesmo molde). Na indústria automóvel esta técnica<br />

é principalmente usada para produzir peças de carroçaria<br />

(pára choques, painéis de bordo, consolas, tampões, caixas<br />

de faróis, etc.), para além de um sem número de peças<br />

técnicas.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

04 Outubro 2005 REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />

Moldagem de Termo estáveis<br />

Como já foi referido anteriormente, os dois principais<br />

processos de moldagem de plásticos termo estáveis<br />

são a prensagem e a injecção. Na conformação por<br />

compressão, é necessário uma prensa e o respectivo<br />

molde. O semiproduto é colocado na metade inferior do<br />

molde, preenchendo a cavidade total do molde, quando<br />

este se fecha e se dá o aquecimento e a compressão. O<br />

molde só volta a abrir-se após terminar o processo de<br />

polimerização e cura do material, ficando a peça pronta<br />

para o acabamento.<br />

Moldagem por compressão de SMC<br />

MOLDE<br />

QUENTE<br />

MATERIAL PRÉ-IMPREGNADO<br />

CONTRA<br />

MOLDE<br />

QUENTE<br />

Moldagem por injecção. Sistema ZMC<br />

As características <strong>das</strong> peças obti<strong>das</strong> segundo esta<br />

técnica, nas variantes SMC e BMC, apresentam o<br />

seguinte perfil:<br />

-Astensõesinternassãoreduzi<strong>das</strong>aomínimo:<br />

- A boa distribuição <strong>das</strong> fibras (especialmente na<br />

variante SMC) confere excelentes qualidades mecânicasegrandeestabilidadedimensional;<br />

- Não é aconselhável utilizar a prensagem em peças<br />

com parede de espessura superior a 10 mm, nem é<br />

exequívelparapeçasdegeometriamuitocomplexa.<br />

Moldagem por compressão de BMC<br />

MOLDE<br />

QUENTE<br />

CONTRA<br />

MOLDE<br />

QUENTE<br />

PREMIX<br />

Na indústria automóvel este processo de conformação<br />

aplica-se especialmente para peças de carroçarias<br />

(automóveis, camiões, motos), portas posteriores, grelhas<br />

frontais, molduras de janelas, etc.<br />

A moldagem por injecção é preferida para a produção<br />

de peças em grande série, sendo por norma todos os<br />

processos automatizados, para permitir ritmos de produção<br />

elevados. Os semiprodutos usados nestes processos<br />

são os BMC e ZMC. Contrariamente à<br />

prensagem, a moldagem por injecção permite obter<br />

peças de geometria complexa e de baixa porosidade.<br />

Nas peças de poliuretano, são usados outros tipos de<br />

injecção, permitindo ciclos de tempo mais curtos,<br />

devido à própria natureza da reacção química do<br />

material.<br />

A sigla R.I.M. (Resin Ijection Moulding), refere-se a<br />

uma técnica de injecção de resina líquida de poliuretano<br />

num espaço oco, formado por um molde e o respectivo<br />

contra molde. Na sigla R-R.I.M. (Reinforced<br />

RIM) a diferença consiste no facto do material ser<br />

reforçado com cargas de fibras de diversos tipos, incorpora<strong>das</strong><br />

previamente nos produtos a injectar.<br />

Dependendo do tipo de reacção química obtida, é possível<br />

obter por esta técnica espuma rígida ou semi<br />

rígida, ou um material em massa. Com a sigla S-R.I.M.<br />

(Structural RIM) temos um sistema de injecção semelhante<br />

ao anterior, com a diferença do material de<br />

reforço, constituído por fios contínuos, ser colocado<br />

previamente no interior do molde, antes da injecção do<br />

plástico.<br />

Com estes processos é possível obter peças em<br />

grande e médias séries, sendo os artigos automóvel<br />

mais comuns os pára-choques, spoilers, assentos, acessórios<br />

interiores e exteriores da carroçaria, tampas do<br />

motor, colectores de admissão, etc.<br />

II - OS PLÁSTICOS MAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Embora exista uma grande diversidade de materiais<br />

plásticos, há um pequeno número de produtos, os denominados<br />

“plásticos comerciais“, que representa cerca de<br />

70% do consumo total. Na indústria automóvel os plásticos<br />

estão a impor-se facilmente, devido às suas características<br />

favoráveis de custo, baixa densidade e resistência à<br />

corrosão, representando cerca de 10% do peso total de um<br />

veículo médio, ou seja, mais de 120 kg. Em volume, no<br />

entanto, esta presença dos plásticos nos veículos actuais é<br />

bastante significativa, sendo a indústria automóvel o<br />

quarto sector no ranking dos maiores consumidores de<br />

plásticos. De seguida, faremos uma descrição dos principais<br />

materiais utilizados no sector automóvel, sendo cada<br />

material acompanhado da respectiva sigla técnica (entre<br />

parêntesis), a fim de facilitar aos operadores de reparação<br />

arápidaidentificaçãodomaterialareparar.<br />

PRINCIPAIS TERMOPLÁSTICOS<br />

POLIAMIDA(PA)-Estematerialcombinafacilmente<br />

comoutrostiposdeplásticoseadmiteaadiçãodecargas<br />

dereforço.Éproduzidoemváriasdensidadesegrausde<br />

flexibilidade,podendoapresentaraconsistênciasimilarà<br />

borrachaouserrígidocomoonylon.Apresentaboas<br />

qualidadesderesistênciamecânica(impactoedesgaste)e<br />

podeserfacilmentetrabalhadoàmáquina.Nãoapresenta<br />

problemasnasoldagem.Asaplicaçõesmaiscomunssão<br />

asgrelhasderadiador,estruturaparaventiladoresdo<br />

radiador,carenagensdemotos,painéisexteriores,etc.<br />

POLICARBONATO(PC)-Apresentaboaresistênciaao<br />

choque,numagamadetemperaturasentre-30ºCe+80ºC.<br />

Emborasendomuitoresistenteaoimpacto,éfácilde<br />

soldaredepintar,desdequesejamseguidosos<br />

procedimentosadequados.Suportatemperaturasna<br />

cabinadepinturaaté120ºC.Possuiumaestruturarígida,<br />

mascomboaelasticidade.Aosoldar,noentanto,deformasecomfacilidadeeproduzbolhas.Noestadopuroeste<br />

materialdistingue-sepelasuagrandetransparência.<br />

Misturadocomoutrosmateriaisémuitoutilizadoem<br />

pára-choques(enorevestimentodestes),carenagensde<br />

motos,spoilers,cantoneiras,grelhas,etc.<br />

POLIETILENO(PE)-Temumaestruturamuito<br />

elástica,masrecuperabemapósimpacto,apresentando<br />

umaspectoeumasensaçãoaotactodetipoceroso(semi<br />

oleoso).Resisteàmaiorpartedosácidosediluentes,mas<br />

tempoucaresistênciaaocinzelamento.Apartirdos87ºC<br />

temtendênciaadeformar-seeéfacilmentemoldável.Ao<br />

tirarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratemtendênciapara<br />

empastar.Asaplicaçõesmaiscomunsdestematerialsão<br />

astubagens,revestimento<strong>das</strong>cavasdero<strong>das</strong>,carcaçade<br />

baterias,amortecedoresdepára-choques,depósitosde<br />

combustível,etc.<br />

POLIPROPILENO(PP)-Estematerialtem<br />

propriedadessemelhantesàsdoPolietileno,massupera-o<br />

emmuitoscasosnoquerespeitaacapacidadesmecânicas.<br />

Érígido,mascomsuficienteelasticidade,tendouma<br />

abordagemvisualetáctilagradável.Resistea<br />

temperaturasaté130ºC.Admitefacilmentecargasde<br />

reforço(talco,fibradevidro,etc.),resultandoem<br />

materiaiscomcapacidadesmecânicasmuito<br />

interessantes.Dereferir,queoPolipropilenotema<br />

indústriaautomóveluma<strong>das</strong>suasprincipaisaplicações.<br />

Podeseraplicadonofabricodetubagens,carcaçasde<br />

baterias,carcaçasparaossistemasde<br />

ventilação/aquecimento,pára-choques,revestimentos<br />

interioreseexterioresdacarroçaria,etc.<br />

POLIPROPILENO/ETILENO–PROPILENO–DIENO<br />

(PP/EPDM)-Estematerialpossuiumaestruturaelástica<br />

comboarecuperaçãoàdeformaçãoporimpacto.Contacto<br />

visualetáctilceroso.Pode-sesoldarfacilmenteetem<br />

tendênciaparadeformar-seapartirdos90ºC.Éresistente<br />

àmaioriadosdissolventes,masdanifica-sefacilmenteao<br />

cinzelamento.Aoeliminarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratende<br />

aempastar-se.Asaplicaçõesindustriaissãosemelhantesà<br />

dosprodutosjáreferidosqueintegramestematerial.<br />

POLICLORETODEVYNIL(PVC)-Admitediversos<br />

aditivos,dandoorigemamateriaisaparentementedistintos.Podeapresentarestruturasrígi<strong>das</strong>ouflexíveis(em<br />

váriosgraus),oferecendoaltaresistênciaaodesgaste.<br />

Aplicaçõescomunsdestematerialsãoasmoldurasexterioresdejanelaseportas,cablagens,pavimentospara<br />

autocarros,borrachassintéticas,etc.<br />

ACRILONITRILOBUTADIENOESTIRENO(ABS)-<br />

Apresentaestruturarígidaeproduzbolhasàsuperfície<br />

quandochegaàtemperaturadefusão,sendomuitodeformável.Atemperaturasinferioresa10ºCasmargensda<br />

soldaduragretam,sendonecessárioaquecerapeçaantes<br />

desoldar.Aoeliminarasrebarbas<strong>das</strong>oldaduratemtendênciaparaempastarfacilmente.OABSpodeserrevestidocomumacapametálica(metalização),podendo<br />

aplicar-seaelementosornamentais.Aplicaçõescomuns<br />

destematerialsãoasgrelhasderadiadoreoutras,tampões<br />

deroda,estruturadopaineldeinstrumentos,spoilers,condutas,acessóriosparainteriores,etc.<br />

ACRILONITRILOBUTADIENOESTIRENO/POLI-<br />

CARBONATO(ABS-PC)-Materialcomrigidezsuperior<br />

aoABScomboaresistênciaaoimpacto.Aoatingiratemperaturadefusãoproduzbolhasnasuperfícieeédeformável.AplicaçõessemelhantesàsdoABS.<br />

POLICARBONATO/POLITEREFTALATODENO<br />

(PC/PBTP)(PC-XENOY)-Temumaestruturamuitorígida<br />

ecomgranderesistênciaentre30ºCe80ºC.Talcomoo<br />

ABS,produzbolhassuperficiaisàtemperaturadefusãoe<br />

deforma-sefacilmente.Aplicaçõesidênticasàsdos<br />

materiaisrígidosanteriores.

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