Jornal das Oficinas 003
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3 Euros<br />
Nº3 Dezembro 2005<br />
CEPRA reconhece<br />
competências<br />
O CEPRA tem a funcionar,<br />
nas suas instalações do Prior<br />
Velho, um Centro de Formação<br />
de Reconhecimento, Validação<br />
e Certificação de Competências<br />
Profissionais (CRVCC - PRO),<br />
destinado a todos os mecânicos<br />
auto que pretendem ver certifica<strong>das</strong><br />
as competências profissionais<br />
que adquiriram ao longo<br />
da vida, em diferentes situações.<br />
Sumário<br />
Página 04<br />
Convenção ANECRA debate<br />
Reparação Automóvel<br />
Página 21<br />
Separação de resíduos é<br />
compensador para oficinas<br />
Página 22<br />
ARAN lança<br />
“Oficina CERTA”<br />
Página 28<br />
Verificação e teste de<br />
amortecedores<br />
Página 30<br />
O que deve saber sobre<br />
catalisadores<br />
Página 32<br />
Foles de suspensão<br />
pneumática<br />
Continua na página 23<br />
AACAP revelou durante as Jorna<strong>das</strong> Pósvenda<br />
Automóvel realiza<strong>das</strong> no passado<br />
dia 22 de Novembro, no Centro de Reuniões<br />
da FIL, em Lisboa, o resultado de um inquérito<br />
à actividade do serviço pós-venda oficial<br />
em Portugal.<br />
O inquérito foi realizado junto de 14 associados,<br />
construtores representantes de marca, entre<br />
Agosto e Novembro de 2005. As marcas incluí<strong>das</strong><br />
na amostra representam 82% do mercado de<br />
automóveis ligeiros de passageiros (incluindo os<br />
todo-o-terreno) e comerciais ligeiros novos.<br />
Verifica-se que o conjunto <strong>das</strong> empresas analisa<strong>das</strong><br />
registou uma diminuição do volume de negócios<br />
em 2005 de 5,7%. Por outro lado, registou-se<br />
no mesmo período um aumento do número<br />
de reparadores oficiais de marca de 2,3%, o que<br />
deu origem a uma diminuição da facturação por<br />
reparador de 7,7%.<br />
Inquérito ACAP revela<br />
Aumenta o número<br />
de reparadores oficiais<br />
Destaque CS acessorios.cdr<br />
Quanto ao número total de entra<strong>das</strong> de viaturas<br />
nas oficinas oficiais de marca manteve-se constante<br />
em 2005, comparativamente ao ano anterior,<br />
o mesmo não acontecendo com o número de<br />
entra<strong>das</strong> por reparador, que diminuiu, assim<br />
como a facturação por entrada.<br />
O inquérito revela ainda que a redução do número<br />
de colaboradores não acompanha a queda<br />
do volume de negócios: 2,7% versus 5,7%.<br />
A equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
deseja a todos os leitores e anunciantes<br />
Festas Felizes<br />
Peças originais<br />
versus qualidade<br />
equivalente<br />
Apesar do novo Regulamento<br />
de Distribuição Automóvel<br />
ter definido o conceito de peça<br />
original e de qualidade equivalente,<br />
ainda existem no mercado<br />
muitas dúvi<strong>das</strong> e confusão<br />
sobre esta matéria. Se, por um<br />
lado, os Construtores Automóveis<br />
reclamam que as suas Peças<br />
são as Originais (pois o<br />
projecto pertence-lhe em muitos<br />
casos), por outro lado, os<br />
Fabricantes de Componentes<br />
(que fornecem as linhas de<br />
montagem e os próprios stocks<br />
<strong>das</strong> marcas), são na realidade<br />
os detentores do rótulo “peças<br />
originais”. Impõe-se por isso,<br />
que os diversos operadores e<br />
Associações do sector esclareçam,<br />
de uma vez por to<strong>das</strong>, o<br />
que é “qualidade equivalente”,<br />
já que nesta matéria existe um<br />
claro vazio tanto quanto à definição,<br />
como ao modo de certificação<br />
a usar.<br />
ESP comemora<br />
10 anos<br />
A Bosch foi o primeiro fabricante,<br />
faz agora dez anos, a introduzir<br />
o Programa Electrónico<br />
de Estabilidade - ESP em série.<br />
No início oferecia-se apenas<br />
como equipamento opcional<br />
para carros do segmento superior,<br />
mas hoje, este sistema de<br />
segurança activa é incluído de<br />
série em muitos veículos, inclusive<br />
do segmento dos compac-<br />
A NOSSA<br />
TECNOLOGIA<br />
CONDUZ A VOSSA<br />
SEGURAN˙A
02<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
Editorial<br />
AutoMecanic<br />
Em fim de época<br />
SALÃO<br />
O Salão AutoMecanic realizado entre os dias 16 e 19 de Novembro, foi a última<br />
oportunidade que os profissionais do sector tiveram, este ano, de ver algumas <strong>das</strong> mais<br />
recentes novidades em peças para automóveis e equipamentos oficinais.<br />
Seis factores chave<br />
para o sucesso<br />
Aexigência número um<br />
de qualquer empresa<br />
para se conseguir afirmar<br />
é dispor de uma gestão profissional.<br />
Improvisações e “palpites“<br />
deixaram de ser suficientes,<br />
porque a pressão do mercado e do<br />
factor tempo/capital não deixam<br />
qualquer margem de manobra.<br />
Não queremos com isto dizer que<br />
o empresário de reparação tenha<br />
que ir para a universidade, é evidente.<br />
Mas terá, pelo menos, que<br />
actualizar-se com seriedade ou recorrer<br />
aos serviços de um bom<br />
profissional.<br />
Em segundo lugar, é necessário<br />
um projecto minimamente organizado,<br />
onde estejam definidos os parâmetros<br />
do empreendimento, os<br />
seus objectivos e a sua estratégia.<br />
Para que tudo isto funcione, os<br />
meios informáticos de gestão são<br />
imprescindíveis, pois hoje não existe<br />
produtividade nem rentabilidade<br />
sem o recurso às novas tecnologias.<br />
Contudo, como a informática de<br />
gestão tem que estar on-line com os<br />
meios informáticos da área técnica,<br />
o terceiro pilar da oficina moderna<br />
tem que ser a informatização, completa,<br />
integrada e funcional. A informatização<br />
faz parte do novo<br />
conceito de oficina de reparação,<br />
começando pelo atendimento (orçamentos<br />
rápidos e ordens de reparação),<br />
passando à administração<br />
(comunicação, movimentos, ficheiros,<br />
agen<strong>das</strong>, contabilidade, estatísticas),<br />
para terminar na área técnica<br />
(dados técnicos, meios de diagnóstico,<br />
ficheiros de viaturas). O quarto<br />
ponto essencial para a oficina moderna<br />
é o equipamento. Se o automóvel<br />
do presente é cada vez mais<br />
electrónico, os equipamentos terão<br />
que acompanhar essa evolução e<br />
recorrer igualmente à electrónica.<br />
A formação será, certamente, o<br />
ponto nº 5 dos requisitos da moderna<br />
oficina. O ponto seis destas<br />
prioridades absolutas é o corolário<br />
de tudo o que já foi dito é prende-se<br />
com a atitude face ao cliente. O<br />
atendimento tem que ser correcto e<br />
eficiente, tanto do ponto de vista do<br />
cliente, como da oficina. Dinamismo,<br />
prontidão e resposta são as<br />
chaves do bom atendimento. Dele<br />
depende a fidelização do cliente.<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Ficha Técnica<br />
Uma publicação da AP Comunicação<br />
Longe vão os tempos em que os Pavilhões<br />
da FIL na Junqueira, em Lisboa,<br />
se enchiam para o Salão Automóvel<br />
anual, onde os equipamentos, peças e acessórios<br />
marcavam sempre uma forte presença.<br />
Foram criados hábitos anuais de visita a esse<br />
salão e para a maioria dos empresas do sector<br />
<strong>das</strong> peças e equipamentos, tratava-se de um<br />
excelente investimento.<br />
Actualmente tudo mudou, pois o Salão Internacional<br />
Automóvel de Lisboa praticamente<br />
deixou de contar com as peças e equipamentos,<br />
e as diversas tentativas de organizar<br />
um salão específico para este sector na nova<br />
FIL nunca foram muito bem sucedi<strong>das</strong>.<br />
Em 2005 surgiu a oportunidade de integração<br />
da AutoMecanic num evento mais global<br />
designado por TPI – Feira Internacional de<br />
Tecnologias e Produtos Industriais, ao qual<br />
corresponderam algumas empresas que comercializam<br />
peças e equipamentos para o sector<br />
automóvel, mas também outras igualmente<br />
vocaciona<strong>das</strong> para a parte industrial.<br />
Pouco mais de 15 dias após a ExpoAuto, na<br />
Batalha, a AutoMecanic esteve abaixo <strong>das</strong> expectativas<br />
em termos de expositores e mesmo<br />
de visitantes, existindo alguns reparos a fazer à<br />
organização pelos horários e datas escolhi<strong>das</strong><br />
para este evento estarem desajusta<strong>das</strong>, e para a<br />
ausência de promoção específica da AutoMecanic.<br />
Mesmo assim, e com grande esforço dos expositores,<br />
existiram algumas novidades neste<br />
certame bem como uma série de campanhas e<br />
promoções específicas, as quais lhes daremos<br />
conta de seguida.<br />
CELLETE<br />
A Cellete tinha em exposição na FIL grande<br />
parte da sua gama de equipamentos. A principal<br />
novidade era o novo painel digital <strong>das</strong> cabinas<br />
de pintura Cellete, que permite aos operadores<br />
uma mais fácil utilização. Nas cabinas<br />
EXP passou a estar disponível a tecnologia<br />
“Inverter” que permite variar as velocidades<br />
do motor, melhorando dessa forma o controlo<br />
do ar fresco dentro <strong>das</strong> cabinas.<br />
O queimador de chama directa passa a estar<br />
disponível como opcional em to<strong>das</strong> as cabinas<br />
da Cellete.<br />
AUTOTEC<br />
A empresa da Amadora levou à AutoMecanic<br />
uma nova máquina de limpar radiadores<br />
que tem ainda a função de repor o líquido anticongelante,<br />
da marca Micrauto modelo CCP.<br />
No capítulo da soldadura, a Autotec mostrava<br />
uma máquina de soldar pernos sobre o alumínio,<br />
juntamente com a máquina de soldar chapa<br />
e a máquina de plasma (corte de chapa) da<br />
marca francesa GYS. Quanto a equipamento<br />
de diagnóstico, esta empresa mostrava o mais<br />
recente modelo da E Diag, um equipamento<br />
multimarca que se destaca pelo seu reduzido<br />
tamanho.<br />
CETRUS<br />
Depois do Salão da Batalha, a Cetrus voltou<br />
a apostar forte, desta feita na AutoMecanic.<br />
Em destaque estavam as novas linhas de ar<br />
comprimido, bem como a nova linha de ferramentas<br />
e acessórios com a marca Spanesi, que<br />
estão a ser lança<strong>das</strong> por um serviço que se chama<br />
“Cetrus em Movimento”. Outra novidade é<br />
a nova representação dos equipamentos de oficinas<br />
da marca Space mas também a “Tower<br />
Service Cetrus”. Trata-se de um equipamento<br />
para oficinas, especialmente desenhado pela<br />
Cetrus que dispõe de série de dois alimentadores<br />
de óleo novo, um enrolador de ar comprimido,<br />
outro de água e outro de ar, duas alimentações<br />
eléctricas 220/280v, bem como<br />
dois reguladores de ar comprimido com duas<br />
saí<strong>das</strong> cada.<br />
MG Equipamentos & Serviços<br />
A MG levou para a FIL quase o mesmo expositor<br />
que mostrou no Salão da Batalha. Contudo,<br />
aqui o destaque foi para o novo frenómetro<br />
de motos, que num futuro não muito distante<br />
poderá vir a ser um equipamento obrigatório<br />
em todos os Centros de Inspecções Técnicas<br />
de Veículos. Disponível estava também toda a<br />
gama de equipamentos para estes centros da<br />
VTEQ. No domínio do autodiagnóstico, a MG<br />
mostrava os mais recentes equipamentos da<br />
Tecnotest com analisador de gases.<br />
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE : AP Comunicação Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52<br />
Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro<br />
Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail:<br />
anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Óptima Tipográfica, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 Casais da Serra 2665-305 MILHARADO Telefone: 219.758.038 Fax:<br />
219.855.799 E-mail: optimatipografica@mail.telepac.pt PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins.<br />
Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
SALÃO Dezembro 2005 03<br />
COMETIL<br />
A empresa da Póvoa de Santo Adrião levou<br />
para a AutoMecanic toda a sua gama<br />
de produtos e equipamentos oficinais. Em<br />
exposição estava parte da gama de alinhadores<br />
de direcções da Hunter, bem como as<br />
equilibradoras de ro<strong>das</strong> da Cemb e os acessórios<br />
para centragem de ro<strong>das</strong> da Haweka.<br />
Da marca Omer, e com grande destaque<br />
neste stand, estava os sistemas de parqueamento,<br />
bem como os macacos pneumáticos<br />
e hidráulicos da Speed.<br />
NIPOCAR<br />
A Nipocar é uma empresa de Gondomar<br />
que faz a importação de peças para<br />
viaturas japonesas e coreanas.<br />
Representante <strong>das</strong> marcas KM Parts e<br />
Seiken, a Nipocar comercializa essencialmente<br />
material de choque e mecânica<br />
para viaturas japonesas e coreanas, embora<br />
com especial incidência nos veículos<br />
comerciais. Uma série de novas referências<br />
e parte da sua gama de produtos estavam<br />
em exposição neste certame.<br />
RPL CLIMA<br />
A empresa algarvia este na FIL, para<br />
mostrar a sua gama de peças e componentes<br />
para ar condicionado automóvel.<br />
Um dos produtos mais recentes em exposição<br />
era o líquido tapa fugas de ar condicionado,<br />
mas a RPL Clima aproveitou<br />
para divulgar também o número azul<br />
(808 202 637), que permitirá um contacto<br />
mais directo entre clientes e empresa. Refira-se<br />
que esta empresa já tem disponível<br />
o compressor para o Mercedes W203<br />
(classe C).<br />
HÉLDER MÁQUINAS<br />
Com um stand mais pequeno que o da<br />
Batalha, a Hélder Máquinas não quis deixar<br />
escapar a oportunidade de estar presente<br />
em Lisboa, nomeadamente para incrementar<br />
a presença dos equipamentos<br />
da Brain Bee.<br />
Com uma imagem muito boa, esta empresa<br />
destacava o Fast Box 2 da Brain<br />
Bee, bem como o máquina de ar condicionado<br />
preparada para o auto diagnóstico,<br />
que é um equipamento que se torna<br />
uma mais valia no concorrido mercado do<br />
diagnóstico. Foi ainda anunciado neste<br />
certame, a abertura do centro de formação<br />
da Hélder Máquinas, que acontecerá no<br />
início de 2006.<br />
DIAVIA<br />
A delegação nacional da Diavia levou<br />
para a FIL diversas novidades. Uma dessas<br />
novidades era a introdução de uma<br />
máquina de frio para transporte de carga.<br />
No domínio do ar condicionado a novidade<br />
foi a estação de carga e reciclagem de<br />
R134, um equipamento simples de manejar<br />
que reúne uma série de características<br />
muito funcionais. Igualmente nova era a<br />
estação para limpeza com dissolvente de<br />
circuitos de ar condicionado, especialmente<br />
indicada para a manutenção dos<br />
equipamentos de ar condicionado e/ou reconversões.<br />
ELECTRO LUSO ALEGRIA<br />
Esta empresa, especialista em peças<br />
eléctricas para o sector automóvel, levou<br />
para a FIL a sua mais recente novidade,<br />
os equipamentos de navegação da Tom<br />
Tom. Trata-se de um equipamento recentemente<br />
actualizado e disponível nos modelos<br />
300, 500 e 700, que integra mapas<br />
de Portugal e Espanha, bem como software<br />
e instruções de voz em português. Outra<br />
novidade, também disponível para as<br />
oficinas eléctricas, é o kit de mãos-livres<br />
bluetooth para telemóvel.<br />
COSTA & GARCIA<br />
Com um expositor vocacionada para a<br />
área industrial e para o sector automóvel, a<br />
Costa & Garcia dava um grande destaque<br />
ao novo equipamento da diagnóstico da<br />
Tecnomotor. Por um lado a principal novidade<br />
era o VIS, um equipamento analisador<br />
de gases e um opacímetro, que utiliza um<br />
moderno sistema de comunicação via<br />
Bluetooth, por outro o SOCIO, um aparelho<br />
de diagnóstico que para além <strong>das</strong> funções<br />
que tem aposta num visual muito forte<br />
e apelativo. A gama de ferramentas Beta<br />
mereciam também um importante destaque<br />
neste stand.<br />
MORAIS & CÂMARA<br />
Com produtos para o sector industrial e<br />
para o sector automóvel, a Morais & Câmara<br />
tinha em exposição a sua gama de ferramentas<br />
da KS Tools. São ferramentas que<br />
podem ser usa<strong>das</strong> nas oficinas para um vasto<br />
leque de solicitações.<br />
UNIDETE<br />
A Unidete é uma empresa da margem sul<br />
que está inserida no competitivo mercado<br />
do “Car Care”, disponibilizando também<br />
determinados equipamentos de lavagem a<br />
alta-pressão. Na área da manutenção automóvel<br />
a Unidete dispõe de diversos produtos<br />
(Unitab, Unityre, Unicar, Unirem, etc.)<br />
para limpeza, nomeadamente champôs, removente<br />
de ceras, ambientadores, detergentes,<br />
desengordurantes e aerossóis da linha<br />
Caramba Auto.<br />
RODALGÉS<br />
Trabalhando preferencialmente com a<br />
indústria, a Rodalgés tinha em exposição os<br />
diferenciais com punho e com corrente da<br />
Gayner. Trata-se de um equipamento muito<br />
usado nas oficinas para a remoção e transporte<br />
de peças de maior peso.<br />
AGUIAR DIAS E VAZ<br />
Esta empresa de Lisboa é a distribuidora<br />
exclusiva para Portugal da ferramentas<br />
eléctricas da conhecida marca JCB. Apesar<br />
deste tipo de equipamento ter uma utilização<br />
muito vasta nos mais diversos sectores,<br />
existem também um determinado número<br />
de ferramentas com aplicação oficinal.<br />
CELLETE AUTOTEC CETRUS MG Equipamentos & Serviços COMETIL<br />
NIPOCAR RPL CLIMA HÉLDER MÁQUINAS DIAVIA ELECTRO LUSO ALEGRIA<br />
COSTA & GARCIA MORAIS & CÂMARA UNIDETE RODALGÉS AGUIAR DIAS E VAZ<br />
PUB<br />
de<br />
Uma gama de escovas limpa pÆra-brisas<br />
que oferece a mais recente tecnologia<br />
de fabrico e a mais completa combina ªo<br />
caracter sticas e benef cios dispon vel actualmente.
04<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
ACTUALIDADE<br />
Convenção ANECRA debate Reparação Automóvel<br />
“Ventos de mudança”<br />
No passado dia 26 de Novembro, a 16ª Convenção ANECRA debateu o sector da Reparação<br />
Automóvel num painel onde participaram seis especialistas e cuja moderação esteve a<br />
cargo de Paulo Homem, jornalista do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Sob o tema “Reparação automóvel:<br />
Sector avariado?” decorreu o debate<br />
entre os 6 participantes convidados,<br />
que representavam serviços de após venda<br />
de marcas (Seat), grupos de retalho automóvel<br />
(M. Coutinho), redes de serviços rápidos<br />
(Precision) e oficinas independentes<br />
(Sobral & Fonseca).<br />
A crise generalizada da economia nacional<br />
e a diminuição do poder de compra dos<br />
portugueses tem contribuído para um notório<br />
agravamento da situação financeira de<br />
muitas empresas do sector da reparação automóvel,<br />
conforme foi referido pela maioria<br />
dos participantes presentes.<br />
O grau de diminuição dos custos de manutenção<br />
<strong>das</strong> viaturas é uma realidade que<br />
vale a pena detalhar e quantificar, assim<br />
como também se impõe determinar a capacidade<br />
oficinal suficiente em Portugal,<br />
para servir o consumidor. E apesar de todos<br />
reconhecerem o excesso de capacidade<br />
instalada para a manutenção e reparação<br />
do parque automóvel nacional, constata-se<br />
que continuam a abrir novos<br />
espaços de manutenção e reparação, mais<br />
segmentados, os quais apostam na rapidez<br />
e na proximidade ao cliente, entrando no<br />
mercado com preços competitivos, como<br />
se verifica com as redes de serviços rápidos.<br />
Com o excesso de capacidade instalada,<br />
em que os Reparadores Autorizados de<br />
Marca foram levados a procurar outros<br />
serviços e clientes para tentarem manter a<br />
carga <strong>das</strong> suas oficinas (ainda mais pesa<strong>das</strong>,<br />
pelo investimento que realizaram<br />
para atingirem os novos standards <strong>das</strong><br />
suas marcas), com a entrada de novos intervenientes<br />
como são as redes de Serviços<br />
Rápidos, que tudo indica terão posicionamentos<br />
de preços mais favoráveis ao<br />
cliente e apostarão claramente em publicidade<br />
massiva, colocam-se questões quanto<br />
ao futuro do Reparador Independente,<br />
que actua isoladamente, sem a protecção<br />
de uma marca e sem dimensão para publicitar<br />
massivamente. O seu futuro passará<br />
inevitavelmente pela adesão a redes de<br />
oficinas ou outras formas de associativismo,<br />
uma vez que, mantendo-se isolados,<br />
dificilmente conseguirão sobreviver neste<br />
competitivo mercado. O primado da qualidade,<br />
do perfeccionismo e o estabelecimento<br />
de parcerias, constituem pois, vectores<br />
de mudança para o aumento da produtividade<br />
e capacidade concorrencial<br />
destas empresas, “reinventando”, desta<br />
forma, o seu negócio.<br />
Lembrou-se que foi neste enquadramento,<br />
perspectivando a notoriedade e o reforço<br />
de poder de negociação de que estas empresas<br />
carecem, que a ANECRA implementou<br />
a promoção, de uma forma pioneira,<br />
do projecto da Rede <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> Padroniza<strong>das</strong><br />
RINO, que se assume como uma<br />
Marca de <strong>Oficinas</strong> Independentes associa<strong>das</strong>,<br />
no contexto do primado da Qualidade,<br />
proporcionando assim, aos seus associados<br />
uma real escapatória para competirem com<br />
as Redes de Serviços Rápidos.<br />
Seguradoras dominam<br />
reparação de colisão<br />
No painel dedicado ao tema Reparação<br />
de Colisão concluiu-se que a criação de<br />
condições que permitam assegurar às empresas<br />
de Reparação de Colisão, uma formação<br />
contínua e concretizar os investimentos<br />
necessários para a actualização <strong>das</strong><br />
suas infra-estruturas, irá beneficiar a sua<br />
capacidade de negociação e o cumprimento<br />
dos tempários.<br />
Foi dito que tendo presente que a actividade<br />
destas empresas, continua a ser objecto<br />
de uma forte discriminação negativa,<br />
por parte de algumas Seguradoras, através<br />
do “encaminhamento de sinistros”, considera-se<br />
necessária e imperiosa, a criação<br />
urgente de regras de Boa Conduta, associa<strong>das</strong><br />
à adopção de Boas Práticas nas relações<br />
comerciais, com respeito pela Livre Concorrência<br />
no Mercado, num espírito de<br />
cooperação e transparência, entre Seguradoras<br />
e Reparadores.<br />
A posição dominante que as companhias<br />
de seguros têm nesta actividade, tem contribuído<br />
para alguns desequilíbrios. To<strong>das</strong><br />
as companhias têm máquinas monta<strong>das</strong><br />
para “encaminhamento de sinistros”, tendo<br />
investido fortemente em plataformas de<br />
contacto (os chamados call center), com o<br />
objectivo claro de conseguir colocar as viaturas<br />
dos seus segurados, nas oficinas com<br />
quem têm convénios.<br />
Por outro lado os grandes frotistas também<br />
têm peso neste negócio, influenciando-o<br />
decisivamente, pois procuram concentrar<br />
a Reparação de Colisão da sua frota<br />
em poucos pontos no país. Foi também levantada<br />
a questão da Formação Profissional,<br />
em que o tema foi fatalmente o mesmo...<br />
como reparar no menor espaço de<br />
tempo com uma qualidade aceitável?<br />
Peças de marca<br />
e de qualidade equivalente<br />
No painel dedicado ao Novo Regulamento<br />
da Distribuição Automóvel, questionou-se<br />
o que mudou na actividade <strong>das</strong> Peças,<br />
ao fim de três anos do Novo Regulamento<br />
Comunitário, concluindo-se que a<br />
utilização de peças de qualidade equivalente,<br />
na Reparação e Manutenção de veículos<br />
automóveis é permitida pelo Regulamento,<br />
sendo recomendável que dependa da informação<br />
e aceitação prévia, por parte do proprietário,<br />
relativamente à instalação de material,<br />
que não o original, ainda que uma<br />
Seguradora, responsável pelo pagamento<br />
da reparação no caso de um veículo sinistrado,<br />
manifeste essa preferência, reclamando<br />
para si, a decisão de incorporar ou<br />
não, peças desta natureza.<br />
Foi dito que as peças de qualidade equivalente,<br />
podem ser fabrica<strong>das</strong> por qualquer<br />
empresa que comprove, a qualquer momento,<br />
que, as mesmas, correspondem à<br />
qualidade dos componentes que são ou foram<br />
utilizados na montagem dos veículos<br />
em questão.<br />
Se, por um lado, estão presentes os<br />
Construtores Automóveis reclamando que<br />
as suas Peças são as Originais (pois o projecto<br />
pertence-lhe em muitos casos), por<br />
outro lado, estão os Fabricantes de Componentes<br />
(que fornecem as linhas de montagem<br />
e os próprios stocks <strong>das</strong> marcas), que<br />
na realidade são os detentores do rótulo<br />
“peças originais”.<br />
Se até aqui e entre estes dois gigantes da<br />
cadeia de valor, o entendimento é fácil<br />
(pois são interdependentes e por isso cuidadosos<br />
entre si), já quando entramos no domínio<br />
<strong>das</strong> peças “ditas” paralelas, a situação<br />
não é pacífica, com os últimos a proclamarem<br />
que produzem igual em qualidade e<br />
em preço mais económico e com os primeiros,<br />
a contestarem essa promessa, dizendo<br />
que a qualidade não é equivalente.<br />
Pelo meio estão ainda as Seguradoras,<br />
que não sendo proprietárias <strong>das</strong> viaturas sinistra<strong>das</strong>,<br />
mas sendo “donas” da factura de<br />
Reparação, reclamam, para si a decisão de<br />
incorporar ou não peças de qualidade equivalente<br />
ou até de linha branca, nas viaturas<br />
dos seus segurados, sem informação prévia<br />
ao verdadeiro proprietário, como se porventura<br />
e durante o período da reparação, a<br />
viatura lhe passasse a pertencer, ou seja, se<br />
suspendesse o registo de propriedade.<br />
Torna-se pois prioritário, definir conceitos<br />
para a área de peças auto, criar mecanismos<br />
de certificação isentos e transparentes<br />
(a nível comunitário e tutelado pela própria<br />
Comissão, atendendo a que o Regulamento<br />
deixou um vazio legal) quanto à definição e<br />
ao modo de Certificação a usar, e essencialmente,<br />
ajudar o Consumidor a compreender<br />
toda esta matéria, no seu dia a dia,<br />
quando recorre ao pós venda da sua viatura,<br />
quer directamente quer através da sua Seguradora.<br />
Com a realização desta Convenção, a<br />
ANECRA pretendeu alertar as empresas<br />
associa<strong>das</strong> para os “ventos de mudança”<br />
que estão a varrer o sector, e propor novos<br />
rumos para o negócio da reparação automóvel,<br />
levando por diante um conjunto de<br />
iniciativas, que possibilitem assegurar,<br />
mais do que a sobrevivência, o desejado<br />
desenvolvimento sustentado, do tecido empresarial<br />
do Sector.
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
PUB<br />
Gates considerada<br />
“Fornecedor Acreditado de Dados TecDoc”<br />
Com a actualização do Catálogo electrónico<br />
de peças TecDoc para 2006, a<br />
marca Gates recebeu a distinção de<br />
“Fornecedor Acreditado de Dados Tec-<br />
Doc”. Este reconhecimento é o resultado<br />
do desenvolvimento contínuo que a marca<br />
tem realizado neste campo.<br />
Todos os produtos Gates para sistemas<br />
de transmissão por correia e sistemas de<br />
refrigeração, estão incluídos na base de<br />
dados TecDoc. Este sistema de base de<br />
dados electrónico, proporciona ao mercado<br />
de peças de reposição dados actualizados<br />
que permitem identificar sem<br />
problema as peças pretendi<strong>das</strong>. Todos os<br />
trimestres, TecDoc analisa e valoriza os<br />
dados facultados pelos fabricantes, mediante<br />
critérios claramente definidos. Os<br />
resultados desta avaliação são comunicados<br />
aos fabricantes com o objectivo de<br />
melhorar permanentemente a qualidade<br />
desses dados. TecDoc premeia com o<br />
galardão de “Fornecedor Acreditado de<br />
Dados TecDoc”, todos os fabricantes<br />
que cumpram o alto nível requerido pelos<br />
critérios de avaliação. Com o lançamento<br />
<strong>das</strong> novas correias Micro-V XF,<br />
por exemplo, a Gates conseguiu que as<br />
referências de aplicação de toda a gama<br />
ficassem disponíveis através do tecDoc<br />
desde o lançamento do produto.<br />
Norauto com gama completa<br />
de Equipamentos de Neve<br />
A Norauto, especialista na manutenção e equipamento automóvel, tem novamente<br />
disponível nos seus centros auto uma completa gama de produtos para a época<br />
da neve, em resposta ás condições atmosféricas ideais que se fazem sentir para uma<br />
visita aos destinos de neve e prática de desportos sazonais como o ski e o snowboard.<br />
Esta família de produtos sazonal que a Norauto disponibiliza é a mais completa<br />
do mercado, incluindo correntes de neve e porta-skis.<br />
A oferta de correntes de neve é alargada, sendo disponibiliza<strong>das</strong> diversas categorias<br />
deste produto, nomeadamente 1º preço, Norauto e Michelin, a qual apresenta<br />
uma extensa gama para ligeiros, monovolumes, utilitários e 4X4. Por outro lado,<br />
reforçando a estratégia de constante inovação da empresa, a Norauto disponibiliza<br />
um produto inovador da Auto-Sock, que substitui a tradicional corrente, uma tela<br />
resistente que se instala de forma semelhante. Na categoria de porta-skis a Norauto<br />
oferece produtos ao 1º Preço, que são magnéticos, os de marca Norauto e os Thule,<br />
ambos para montar em barras de tejadilho. Facilidade de montagem para maximizar<br />
o tempo livre.<br />
Catálogo Blue Print 2006<br />
já disponível<br />
A Blue Print já tem disponível<br />
a versão 2006 do seu<br />
catálogo de papel específico e<br />
em exclusivo para o mercado<br />
português.<br />
Este completo catálogo<br />
para veículos japoneses e coreanos,<br />
é o resultado de enormes<br />
pesquisas de produto, incluindo<br />
introduções de novos<br />
veículos e modelos, aumentando<br />
consideravelmente a<br />
oferta nesta linha de produtos<br />
no mercado nacional.<br />
Esta nova versão apresenta mais 105<br />
novos modelos de veículos em relação à<br />
versão de 2004 e um acréscimo de 8 novas<br />
linhas de produto.<br />
Com a informação disponível<br />
neste novo catalogo Blue<br />
Print, os distribuidores desta<br />
marca além de usufruírem de<br />
uma nova ferramenta para<br />
identificação de peças, estarão<br />
muito mais habilitados<br />
para vender esta completa<br />
gama de produtos.<br />
A Blue Print também disponibiliza<br />
para o mercado<br />
português um catálogo electrónico<br />
(ECTARS Evolution)<br />
e o catalogo na página Web (Blue Print<br />
LIVE) que além de proporcionar a identificação,<br />
disponibiliza informação de existências,<br />
preços, cruzamentos de referencias,<br />
etc..
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Dezembro 2005 07<br />
DuPont lança<br />
novo corante Cromax<br />
Very Coarse Aluminium<br />
é o último lançamento<br />
da DuPont Refinish<br />
à sua gama de corantes<br />
Cromax. O novo<br />
corante, que junta um<br />
efeito agressivo e brilhante<br />
ao acabamento, foi desenvolvido<br />
pelas oficinas<br />
da DuPont Refinish para<br />
ir ao encontro exacto dos<br />
alumínios utilizados pelos<br />
fabricantes de automóveis.<br />
A cada ano surgem no mercado mais automóveis com complexos<br />
efeitos de alumínio. A DuPont Refinish proporciona às suas<br />
oficinas fórmulas precisas de cor, não só para misturar o Very<br />
Coarse Aluminium, mas também para criar um grande leque de<br />
efeitos de alumínio para qualquer marca automóvel.<br />
O novo corante Cromax Very Coarse Aluminium – vendido<br />
com o código 1541W – está disponível em embalagens de quatro<br />
recipientes de plástico, com 0,5 litros cada. Pode ser misturado<br />
Valeo lança Sistema de<br />
Auxílio de Estacionamento<br />
A Valeo Service lançou no<br />
mercado um sistema de auxílio de<br />
estacionamento designado Beep<br />
& Park, que assegura conforto e<br />
segurança para o automobilista,<br />
durante as manobras de parqueamento<br />
de qualquer veículo. Este<br />
sistema é composto por uma<br />
gama de 5 Kits. Sensores ultrasónicos<br />
montados nos pára-choques<br />
dianteiro e traseiro, permitem a<br />
detecção de obstáculos à frente e<br />
atrás. No sensor traseiro, o sistema<br />
de detecção do obstáculo é activado<br />
quando a marcha atrás é colocada. O sensor dianteiro é activado<br />
durante 30 segundos, uma vez que o veículo esteja ligado<br />
quando a mudança contrária é colocada.<br />
Qualquer obstáculo na frente ou traseira do veículo é detectado e<br />
assinalado através de um som progressivo com aumento de frequência,<br />
quando o veículo se move cada vez mais para junto do<br />
obstáculo, sendo o som continuo quando a distância for inferior a<br />
30 cm. Um visor instalado no tablier permite o contacto visual<br />
com o obstáculo, distância e localização, além do som.<br />
Os kits Beep & Park são fornecidos em embalagens com todos<br />
os elementos para montagem e instruções claras e simples. O tempo<br />
médio de montagem está estimado entre 1H15 a 4H00, dependendo<br />
da especificação dos kits. Para obter mais informações técnicas<br />
pode ligar para 00.34.902.011.799<br />
Dayco<br />
comemora 100 anos<br />
Em 1905 nasce a Dayton Rubber<br />
Company em Dayton, no estado<br />
de Ohio (EUA), empresa que<br />
até aos dias de hoje sofreu bastantes<br />
alterações estruturais acompanha<strong>das</strong><br />
por um rápido crescimento<br />
a nível mundial.<br />
Já sob a designação de Dayco<br />
Products Inc, a empresa é adquirida<br />
pelo Grupo MARK IV que<br />
hoje organiza as suas operações<br />
em duas vertentes distintas,<br />
MARK IV Automotive e MARK<br />
IV industrial.<br />
A MARK IV Automotive define<br />
o seu “core business” como<br />
produção e distribuição de componentes para automóveis para os<br />
mercados OEM (fabricantes de equipamento original) e Aftermarket<br />
(mercado de peças de substituição). Esta distribuição a<br />
nível mundial é realizada sob a marca Dayco que inclui no seu<br />
portfólio produtos como tubos de combustível, correias, tensores<br />
ou Kits de distribuição. A Dayco Aftermarket oferece uma gama<br />
completa de componentes que cobre mais de 97% do parque automóvel<br />
e que é acompanhada por exigentes padrões de controlo<br />
de qualidade certificados pelos mais importantes fabricantes de<br />
automóveis mundiais.<br />
A CS – Acessórios Sobressalentes e Veículos, Lda. representa a<br />
marca no território nacional há já largos anos numa pareceria de<br />
sucesso e exemplo de competência e competitividade.<br />
Delche amplia<br />
linha de produção e aumenta exportação<br />
Os objectivos imediatos da<br />
Delche, empresa fabricante de<br />
químicos para automóvel, com<br />
sede em Rio Tinto, são a ampliação<br />
da sua linha de produção e o<br />
aumento da exportação.<br />
Actualmente fabrica produtos<br />
vocacionados essencialmente para automóvel, tanto<br />
na área comercial para o consumidor final, como<br />
para clientes industriais. No mercado da grande distribuição<br />
a Delche fornece os hipermercado - através<br />
de uma rede de distribuidores bem posicionados no<br />
mercado - com uma gama completa de Car-Care que<br />
inclui ambientadores, champôs, líquido de refrigeração,<br />
silicone para dar brilho aos tabliers, lava-vidros,<br />
detergentes de limpeza, entre muitos outros produtos<br />
de manutenção e embelezamento <strong>das</strong> viaturas. No<br />
mercado profissional, onde se incluem os retalhistas<br />
de peças e oficinas, a Delche fornece soluções específicas<br />
para cada caso, e faculta o suporte técnico em<br />
termos de planeamento e de acções ao longo do ano.<br />
A rapidez de entrega é um factor a destacar, uma vez<br />
que garante a entrega de qualquer encomenda num<br />
David Martinez, da Dayco, entrega<br />
a Carlos Ferreira, Director da CS –<br />
Acessórios Sobressalentes e<br />
Veículos, Lda., uma placa<br />
comemorativa do 100º Aniversário<br />
da Dayco.<br />
Rectificações<br />
- Na reportagem da ExpoAuto,<br />
relativamente à empresa Bolas,<br />
escrevemos “Compressores<br />
rotativos e de parafuso da<br />
Sírio”. De facto, a marca Sírio<br />
apenas tem Hidrolavadoras e<br />
aspiradores.<br />
- Na notícia <strong>das</strong> novas representações<br />
da Ferrol 2, colocou-se<br />
a foto de um equipamento<br />
de diagnóstico que não<br />
corresponde à nova representação<br />
da empresa. O equipamento<br />
em causa é da Protech.<br />
- Na notícia da Quinton Hazell<br />
o nome da empresa estava<br />
mal escrito. Pois Quinton Hazell<br />
leva dois “l”.<br />
- Na reportagem da Sifeca,<br />
onde se lê “painéis de chapa”,<br />
deve ler-se “peças de carroçaria<br />
para automóveis (chaparia,<br />
pára-choques, ópticas e farolins)”;<br />
onde se lê “DINEX”<br />
deve ler-se “DINEX (escapes<br />
para camiões)”; onde se lê<br />
“LA POINTE” deve ler-se<br />
“LAPOINTE” e onde se lê<br />
“lote 10” deve ler-se “lote<br />
19”. A Sifeca é representante<br />
exclusiva da marca ECO.<br />
prazo que oscila entre as 12 e 24<br />
horas em qualquer ponto do país.<br />
As marcas que actualmente<br />
produz e comercializa são a Pacar,<br />
a Pacar Tek, Mil Aromas e a<br />
Pacar Fresh. Além destas, comercializa<br />
outras, em conjunto<br />
com distribuidores de peças e acessórios presentes<br />
no mercado nacional.<br />
Para Sílvio Pacheco, Administrador da Delche,<br />
uma <strong>das</strong> preocupações da empresa é tentar satisfazer<br />
a procura do mercado com artigos de produção<br />
100% nacional, sem depender de qualquer tipo de<br />
tecnologia estrangeira.<br />
“Para além do mercado nacional, estamos a equacionar<br />
a exportação, tendo já contactos na Bélgica e<br />
em Espanha, bem como certos países africanos. Para<br />
satisfazer as exigências destes mercados, oferecemos<br />
um conjunto de mais-valias que inclui o produto,<br />
adaptado às necessidades do ciente, a imagem do<br />
produto, toda a formalização legal, bem como acções<br />
de formação técnica e comercial”, afirma Sílvio Pacheco.<br />
PUB
08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
BENDIX JURID<br />
REORGANIZA-SE<br />
Na sequência do fecho da sua<br />
fábrica e centro de distribuição<br />
de Granollers (Barcelona), a Honeywell<br />
centralizou as expedições<br />
Bendix no Centro de Distribuição<br />
em Allone, na França, e<br />
as expedições Jurid no Centro de<br />
Distribuição de Neurkichen, Alemanha.<br />
A vantagem desta reestruturação<br />
é que estes centros de distribuição<br />
concentram em stock to<strong>das</strong><br />
as referências disponíveis<br />
<strong>das</strong> duas marcas, possibilitando<br />
assim servir todo o parque automóvel<br />
em Portugal.<br />
SENSOR PREMAIR<br />
DA BERU<br />
O fabricante alemão de velas<br />
de ignição e de pré aquecimento<br />
Beru, também especializado em<br />
componentes electrónicos e sensores<br />
de vários tipos, disponibiliza<br />
sensores para o sistema PremAir,<br />
que permite transformar o<br />
ozono (O3) superficial, nocivo<br />
para a saúde humana, em vulgar<br />
oxigénio (O2). Este sistema, que<br />
está a tornar-se corrente nos<br />
EEUU, embora seja raro na Europa,<br />
consiste numa camada catalítica<br />
aplicada no radiador do<br />
veículo, por onde passam cerca<br />
de 2 kg de ar por segundo.<br />
Davasa lança<br />
nova marca<br />
de baterias<br />
A Davasa efectuou recentemente a apresentação<br />
de uma nova marca de baterias, de nome Yuasa,<br />
construí<strong>das</strong> pelo segundo maior fabricante mundial<br />
deste equipamento.<br />
De modo a fazer face a um determinado número<br />
de requisitos, tendo em contas as actuais exigências<br />
de tráfego, a Davasa escolheu um produto que tecnologicamente<br />
lhe pudesse dar reais garantias de qualidade.<br />
A aposta recaiu na marca Yuasa que utiliza a<br />
tecnologia “cálcio-cálcio”, que não sendo exclusiva<br />
deste fabricante é um factor de diferenciação e que<br />
comprova o avanço tecnológico destas baterias.<br />
O cálcio é um componente que oferece menor resistência<br />
à corrente eléctrica o que proporciona a máxima<br />
potência no arranque a frio (cerca de 30% superior<br />
à potência <strong>das</strong> baterias sem cálcio). Não necessitando<br />
de manutenção, as baterias da Yuasa<br />
dispõe de acessos próprios que permitem acrescentar<br />
água ou o ácido que seja necessário, sendo forneci<strong>das</strong><br />
prontas a montar (totalmente carrega<strong>das</strong>).<br />
O programa de baterias da Yuasa divide-se em<br />
duas gamas: a Supreme e a Premium. Na gama Supreme,<br />
especialmente desenvolvida para veículos ligeiros<br />
e comerciais ligeiros, estão disponíveis 24 referências<br />
que vão dos 35 aos 95 Ah. A gama Premium<br />
é por sua vez mais vocacionada para veículos<br />
comerciais e pesados (com tecnologia chumbo-cálcio<br />
devido à maior vibração dos pesados) estando<br />
disponíveis em 12 referências. Não menos importante<br />
é a garantia de 24 meses tanto na gama Supreme<br />
como Premium.<br />
A campanha promocional de lançamento da marca<br />
Yuasa, prevê a colocação de “posters Yuasa” nas oficinas<br />
dos clientes que aderirem a esta marca, passando<br />
a ser distribuidores autorizados destas baterias. Ao<br />
mesmo tempo serão cedidos expositores aos clientes<br />
aderentes bem como diverso material sobre as baterias,<br />
bem como o acesso a um catálogo electrónico.<br />
Na campanha de lançamento da marca Yuasa para<br />
as oficinas, e relacionado com as encomen<strong>das</strong>, a Davasa<br />
disponibiliza diversos brindes, como um saco<br />
de viagem e um colete, embora o destaque vá para<br />
uma viagem.<br />
Campanha<br />
1ª Companhia<br />
Arga<br />
A Arga - Distribuição Auto,<br />
Lda, lançou no mercado em<br />
Dezembro de 2005 a campanha<br />
“1ª Companhia Arga”, que premeia<br />
os seus clientes com um<br />
prático e elegante colete.<br />
Até ao fim de Dezembro, todos<br />
os clientes que realizarem<br />
compras superiores a 500 Euros<br />
de um Mix <strong>das</strong> seguintes marcas:<br />
Monroe, Bendix, SKF e<br />
Fulmen ganham de imediato<br />
um colete. Este colete escolhido<br />
pela Arga para brindar os<br />
seus clientes tem um forro<br />
adaptado ao Inverno e é reversível,<br />
sendo uma peça de vestuário<br />
muito prática para a utilização<br />
diária e de elevada qualidade.<br />
A Arga pretende com esta<br />
campanha reforçar as relações<br />
com os clientes e incentivar as<br />
compras até ao final do ano.<br />
FAÇA JÁ A SUA<br />
ASSINATURA!<br />
BASTA PREENCHER E ENVIAR O CUPÃO PARA:<br />
AP Comunicação – Departamento de Assinaturas – Rua da Liberdade, 41 – 1º Esq.<br />
Mucifal – 2705-321 COLARES<br />
CUPÃO DE ASSINATURA<br />
ESCOLHA O PERÍODO PARA O QUAL<br />
PRETENDE FAZER A SUA<br />
ASSINATURA:<br />
PERÍODO EDIÇÕES PREÇO<br />
❑ 1 Ano 11 números 30,00 €<br />
❑ 2 Anos 22 números 50,00 €<br />
Nome:________________________________________________________<br />
Morada:____________________________________________________________<br />
________________________________________________________________ Localidade:________________________________________________________<br />
Código Postal:_______________________________________Telefone:_________________________E-mail:_____________________________________<br />
Caso pretenda o envio da factura indique o nº de Contribuinte_____________________________________<br />
Escolha o modo de pagamento que mais lhe convém:<br />
❑ Cheque nº________________________ no valor de____________________ €, do Banco______________________ À ordem de: AP Comunicação<br />
❑ Por transferência bancária, para a conta NIB <strong>003</strong>3.0000.0005.2098.6040.5<br />
Assinatura:___________________________________________________________________________<br />
Nota: Salvo outra indicação, a sua assinatura é automaticamente renovada.<br />
Data: _____ - _____ - _____
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Dezembro 2005 09<br />
Wetor<br />
um novo sistema<br />
de recondicionamento<br />
automóvel<br />
A Hispanor, empresa com<br />
sede em Braga, disponibiliza<br />
para concessionários e oficinas<br />
o sistema de recondicionamento<br />
automóvel com a<br />
marca Wetor.<br />
Com este novo sistema é<br />
possível reparar todos os danos<br />
ligeiros provocados na<br />
carroçaria e no interior dos<br />
automóveis de uma forma rápida<br />
e económica, tendo em conta os métodos tradicionais de reparação,<br />
não obrigando à substituição dos componentes e <strong>das</strong> peças<br />
danifica<strong>das</strong>.<br />
Para o concessionário e para as oficinas, o sistema de recondicionamento<br />
automóvel, proposto pela Hispanor é composto por cinco<br />
kits que permitem reparar pára-brisas partidos ou estalados, restaurar,<br />
pintar e reparar jantes e/ou plásticos exteriores e interiores, e<br />
ainda reparar pequenas amolgadelas sem repintura.<br />
Refira-se que a Hispanor possui um centro de formação, em Viseu,<br />
onde através de um programa de prática intensiva são formados<br />
e treinados todos os técnicos que ficam habilitados a utilizar os sistemas<br />
Wetor.<br />
Para Luís Oliveira, Director-Comercial da Hispanor “a marca<br />
Wetor é cada vez mais a marca da Hispanor para o após-venda. No<br />
caso dos sistemas de recondicionamento automóvel, cada concessionário<br />
ou oficina pode optar por fazer a compra de cada um dos<br />
cinco kits disponíveis. Trata-se de um sistema que permite ás oficinas<br />
ter mais um centro de lucro, aproveitar o espaço dentro <strong>das</strong> instalações<br />
e fidelizar clientes”.<br />
Bolas com muitas novidades<br />
Estando presente no mercado<br />
de uma forma bem activa, a<br />
empresa Bolas tem neste momento<br />
disponível uma série de<br />
novidades. Na marca Ravaglioli<br />
passou a estar disponível um<br />
novo elevador de quatro colunas,<br />
o RAV 4406 (4.000 kg),<br />
versão para alinhamento de direcções<br />
com plataformas oscilantes<br />
TRA e macaco auxiliar<br />
hidropneumático. As plataformas<br />
longas (4870 mm) e a<br />
grande distância entre colunas<br />
(3.000 mm) permitem a elevação<br />
de comerciais ligeiros e<br />
carrinhas.<br />
Destaca-se ainda a homologação<br />
por parte da Bridgestone <strong>das</strong><br />
máquinas de desmontar pneus<br />
Ravaglioli equipa<strong>das</strong> com o dispositivo<br />
de pressão e elevação<br />
do pneu GR 81 (acessório extra),<br />
aptas para pneus de baixo<br />
perfil e sistema "run flat".<br />
A Ravaglioli passou também<br />
a disponibilizar quatro novas<br />
máquinas de alinhar direcções<br />
com transmissão "bluetooth"<br />
(TD 1760 BTH, TD 1780 BTH,<br />
TD 1830 BTH e TD 2100<br />
BTH). Este tipo de transmissão<br />
é uma <strong>das</strong> mais fiáveis e garante<br />
um óptimo funcionamento,<br />
tendo já recebido homologação<br />
por parte da Renault. Salientase<br />
ainda a homologação Mercedes<br />
para diversos elevadores<br />
Ravaglioli.<br />
Na marca Fini, destaque para<br />
o lançamento da nova linha de<br />
compressores de parafuso SC e<br />
MC, uma alternativa compacta,<br />
silenciosa e fiável ao tradicional<br />
compressor<br />
de pistão com uma excelente<br />
relação qualidade/preço. Os<br />
compressores da linha MC dispõem<br />
de arranque suave, painel<br />
de comando com microprocessador<br />
e sinalizador de água no<br />
depósito de óleo. Equipados<br />
com depósito de 270 litros,<br />
ocupam menos de 1 m2 de superfície,<br />
são fornecidos prontos<br />
a utilizar e isentos de manutenção<br />
durante o primeiro ano de<br />
serviço.<br />
A Bolas introduziu recentemente<br />
uma nova linha de ferramentas<br />
manuais, da Carolus,<br />
extremamente competitiva a nível<br />
de preço e com a tradicional<br />
qualidade do grupo Gedore.<br />
Embora já não específico<br />
para o sector auto, saliente-se<br />
ainda o lançamento da nova geração<br />
de ferramentas sem fio da<br />
Metabo que será complementada<br />
a curto prazo com o lançamento<br />
<strong>das</strong> baterias de lítio bem<br />
como do PowerMaxx, um pequeno<br />
berbequim-aparafusadora<br />
de enorme capacidade.<br />
PUB
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
CONTINENTAL<br />
EQUIPA NOVO FORD FOCUS ST<br />
O novo Ford Focus ST vem<br />
equipado com pneus desportivos<br />
da Continental, permitindo<br />
assim ao principal fabricante<br />
Alemão de pneus adicionar à<br />
sua lista mais uma aprovação do<br />
Equipamento de Origem.<br />
O pneu ContiSportContact 2<br />
dá azo a que os 220 cv de potência<br />
do motor do novo modelo<br />
desportivo da Ford, seja integral<br />
e potencialmente transmitido à<br />
estrada.<br />
As aprovações no Equipamento<br />
de Origem da Ford são já<br />
tradição na Continental, pois<br />
toda a gama de modelos – do<br />
Fiesta à Transit – são equipados<br />
com pneus desta marca.<br />
2005 EXCELENTE<br />
PARA A OSRAM<br />
Martin Goetzeler, o novo Presidente<br />
do Conselho de Administração<br />
da OSRAM, referiu<br />
2005 como um ano de sucesso,<br />
em que foi possível aumentar o<br />
volume de ven<strong>das</strong> que se situou<br />
nos 4,3 biliões Euros (exercício<br />
anterior: 4,2 biliões Euros) e o<br />
resultado operacional de 465<br />
milhões Euros (exercício anterior<br />
445 milhões Euros).<br />
Em Portugal, apesar da conjuntura<br />
económica difícil, a OS-<br />
RAM conseguiu superar os desafios,<br />
atingindo um volume de<br />
ven<strong>das</strong> de 20 milhões de Euros<br />
em produtos como lâmpa<strong>das</strong> e<br />
acessórios electrónicos e de 15<br />
milhões de Euros no negócio<br />
dos componentes LED.<br />
ROAD HOUSE<br />
“UTILIZA“ FERNANDO ALONSO<br />
Para tirar partido da grande<br />
popularidade alcançada em Espanha<br />
pelo brilhante piloto de<br />
F1 asturiano, a Road House embarcou<br />
na “alonsomania “ e denominou<br />
a sua última campanha<br />
de marketing “Campeonato<br />
Road House”.<br />
Os clientes podem amealhar<br />
pontos através <strong>das</strong> suas encomen<strong>das</strong><br />
de peças da marca, podendo<br />
trocá-los em seguida por<br />
vários prémios “actuais”, como<br />
um despertador com a forma do<br />
capacete de Alonso, cujo som é<br />
o do escape do seu monolugar…<br />
Doga presente nas Feiras<br />
mais importantes do sector<br />
Uma vez mais a Doga esteve<br />
presente nas feiras mais importantes<br />
do sector automóvel para<br />
apresentar as suas novidades<br />
para o aftermarket. No salão<br />
Equip’Auto, aproveitou a sua<br />
presença para apresentar a nova<br />
gama Optima Pro, que se destaca<br />
pela alta resistência ao desgaste<br />
e à corrosão. Estas características<br />
conferem às escovas um<br />
bom rendimento mesmo em<br />
condições climatéricas adversas<br />
e uma maior durabilidade.<br />
A Doga esteve também presente<br />
na Feira Busworld, que decorreu<br />
em Kortijk, na Bélgica,<br />
onde apresentou os seus equipamentos<br />
limpa pára-brisas panorâmicos,<br />
pantográficos e tandem<br />
para autocarros, assim como a<br />
gama de depósitos láva pára-brisas<br />
adaptados às necessidades<br />
do mercado de autocarros, onde<br />
a Doga se posiciona cada vez<br />
mais como um dos principais fabricantes<br />
de sistemas limpa<br />
pára-brisas.<br />
Centro Técnico da<br />
NGK em Ratingen<br />
A NGK anunciou grandes investimentos no seu Centro Técnico,<br />
com o objectivo de dar resposta às necessidades, cada vez maiores,<br />
dos fabricantes de veículos diesel em toda a Europa. Este Centro<br />
Técnico, localizado em Ratingen, perto de Dusseldorf, na Alemanha,<br />
foi inaugurado em 1990, e desde então tem contribuído para<br />
um maior e mais rápido nível de assistência técnica, tendo os seus<br />
serviços registado uma procura crescente durante os últimos anos.<br />
Os resultados do trabalho desenvolvido neste Centro têm sido<br />
surpreendentes, uma vez que a NGK conseguiu um grande êxito<br />
como fornecedor de equipamento original e de reposição para os<br />
motores a gasolina dos principais fabricantes europeus. Actualmente,<br />
mais de 70% dos veículos novos lançados no mercado pela<br />
BMW, Fiat, Mercedes e Grupo VW utilizam velas NGK como<br />
equipamento original.<br />
Para satisfazer a procura crescente de velas de incandescência<br />
para os veículos diesel, a NGK investiu na aquisição de equipamentos<br />
de teste específicos para veículos diesel, nomeadamente<br />
num sofisticado analisador de gases de escape. Este novo equipamento<br />
para motores diesel entrou pela primeira vez em funcionamento<br />
quando a NGK desenvolveu a sua vela NHTC, com uma<br />
nova composição cerâmica própria.<br />
Novo Calendário 2006<br />
da Spies Hecker<br />
Carros antigos e de colecção ilustram o novo Calendário 2006 da<br />
Spies Hecker. As fotografias publica<strong>das</strong> são o resultado de um concurso<br />
internacional promovido pela Spies Hecker, em que foi pedido<br />
aos pintores de todo o mundo para enviarem pormenores <strong>das</strong> suas<br />
obras primas para o fabricante de tintas de Colónia. Em poucos meses,<br />
mais de 200 trabalhos foram recebidos na Spies Hecker em Colónia.<br />
Todos com um conjunto completo de fotografias, devidamente<br />
datados e com pormenores <strong>das</strong> diversas tarefas do restauro. A decisão<br />
do júri foi extremamente difícil, pois todos os trabalhos eram visual e<br />
tecnicamente muito bons.<br />
No fim, o júri seleccionou 12 trabalhos extraordinários. Antes de<br />
regressarem às suas garagens foram fotografados para o Calendário<br />
2006 da Spies Hecker “Obras-primas 2006”, podendo ser vistos a<br />
partir de Janeiro 2006. To<strong>das</strong> as fotografias foram tira<strong>das</strong> no palco<br />
original, ou seja, à entrada da oficina. O princípio dominante foi “o<br />
homem e a máquina”, pois foi particularmente importante para a<br />
Spies Hecker mostrar o pintor junto ao seu melhor trabalho. O resultado<br />
são fotografias únicas que representam a estreita relação entre o<br />
proprietário e o seu veículo.<br />
Valeo amplia<br />
gama de Alternadores<br />
e Motores de Arranque<br />
Com 1.684 referências incluí<strong>das</strong> no seu catálogo de Alternadores e<br />
Motores de Arranque, <strong>das</strong> quais 480 são novas referências 2005, a<br />
Valeo garante uma cobertura de 96% do parque de viaturas ligeiras.<br />
Para o mercado de comerciais ligeiros e veículos pesados de mais de<br />
6 tonela<strong>das</strong>, a Valeo dispõe de 550 rteferências, <strong>das</strong> quyais 50 são<br />
novas referencias 2005.<br />
Os Alternadores e Motores de Arranque comercializados pela Valeo<br />
são produtos recondicionados segundo processos muito exigentes.<br />
A recolha <strong>das</strong> carcaças é o elemento central do fluxo de substituição<br />
e é único no mercado. Graças à sua logística inversa e com<br />
meios técnicos avançados, o sistema de recolha de carcaças Valeo<br />
simplifica a gestão de carcaças para os clientes, com um reembolso<br />
rápido do valor da carcaça. Nas fábricas de recondicionamento, a<br />
Valeo respeita especificações exigentes com mais de 40 pontos de<br />
controlo para cada produto.<br />
A nível de apoio aos clientes, a Valeo aconselha sobre o perfil de<br />
stock mais adaptado à procura, além de ter uma disponibilidade total<br />
da gama e um serviço de pedidos urgentes em 24 horas. O selo Valeorigin<br />
mostra o compromisso da Valeo em oferecer aos seus clientes<br />
a melhor qualidade em Alternadores e Motores de Arranque.<br />
PUB<br />
Aveiro<br />
Av. Dr. Louren o Peixinho, 157/157B<br />
3800-166 Aveiro<br />
Tel.: 234 377 930 - Fax: 234 420 785<br />
e-mail: ven<strong>das</strong>.aveiro@runkel.biz<br />
Coimbra<br />
Av. Fernªo Magalhªes, 201/207<br />
3000-176 Coimbra<br />
Tel.: 239 853 340 - Fax: 239 834 755<br />
e-mail: ven<strong>das</strong>.coimbra@runkel.biz<br />
Lisboa<br />
E. N. 10 Km. 11, Edif.: Cimpom vel<br />
2694-<strong>003</strong> Sta. Iria de Az ia<br />
Tel.: 219 569 470 - Fax: 219 569 479<br />
e-mail: ven<strong>das</strong>.lx@runkel.biz<br />
Distribuidor<br />
Runkel & Andrade, SA<br />
“40 Anos deExperiência<br />
Automóvel”<br />
www.runkel.biz<br />
apoiocliente@runkel.biz
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Dezembro 2005 11<br />
Codisa desenvolve<br />
acções de apoio às oficinas<br />
PUB<br />
A Codisa Solventes e Gestão de Resíduos,<br />
SA empresa do grupo SafetyKleen<br />
Europe, líder a nível Europeu no fornecimento<br />
de sistemas de lavagem de peças<br />
e aparelhos de pintura, tem vindo a firmar<br />
uma posição cimeira na área da gestão<br />
de resíduos. Esta actividade é resultante<br />
da procura por parte dos clientes<br />
(maioritariamente oficinas de automóveis)<br />
de soluções para os seus resíduos,<br />
grande parte consequência <strong>das</strong> crescentes<br />
exigências ambientais.<br />
Preocupada em valorizar esse serviço,<br />
a SafetyKleen tem vindo a desenvolver<br />
acções de apoio e acompanhamento<br />
constante aos que a ela têm confiado os<br />
seus resíduos.<br />
Uma <strong>das</strong> acções, passa pela divulgação<br />
de um documento “Pedido de Informação<br />
Questões Ambientais”, que está<br />
elaborado de modo a responder a qualquer<br />
questão relacionada com o ambiente,<br />
em matérias como o licenciamento,<br />
destino dos resíduos, preenchimento de<br />
documentos ou outros. Caso a questão<br />
ambiental não possa ser esclarecida logo<br />
de imediato na oficina pelo funcionário<br />
da SafetyKleen que faz o serviço, recorre-se<br />
então ao referido documento. Especificando<br />
a questão, e com o envio por<br />
fax para o número já indicado no próprio<br />
documento, o chefe da oficina ou outra<br />
pessoa responsável pelo estabelecimento,<br />
recebe uma resposta tão breve consoante<br />
a sua complexidade.<br />
O passo seguinte foi proporcionar<br />
condições para a organização da documentação<br />
exigida por lei às oficinas, de<br />
modo a que fique preparada a ser apresentada<br />
quando solicitada, através de um<br />
Dossier “Pasta SafetyKleen” que reúne<br />
toda essa documentação.<br />
Esse dossier, com diversas áreas distintas<br />
e devidamente identifica<strong>das</strong>, integra<br />
os seguintes elementos:<br />
• Apresentação da SafetyKleen que inclui<br />
cópias <strong>das</strong> suas licenças para a actividade<br />
que desenvolve.<br />
• Resumo Informativo da Legislação<br />
aplicável aos resíduos resultantes da<br />
actividade de assistência e reparação<br />
automóvel.<br />
• Mapas Obrigatórios de Registo de óleo<br />
e Registo de baterias.<br />
• Cartas que a SafetyKleen envia trimestralmente<br />
com a quantidade dos resíduos<br />
recolhidos Nessa instalação.<br />
A SafetyKleen emite um “Certificado<br />
Resíduos” que poderá ser colocado nas<br />
instalações da oficina e que comprova<br />
que os resíduos estão entregues a uma<br />
Empresa Licenciada. Sendo este “Certificado”<br />
de carácter apenas informativo,<br />
não deixa de transmitir perante terceiros<br />
(organismos fiscalizadores e sociedade<br />
em geral) que essa oficina cumpre com<br />
as suas obrigações legais em matéria de<br />
ambiente.<br />
Glasurit com nova estratégia para Portugal<br />
A marca de tintas para repintura automóvel<br />
da Glasurit, representada em Portugal<br />
por uma Divisão da BASF Coatings, tem<br />
vindo a desenvolver para o mercado português<br />
uma nova estratégia de distribuição e<br />
comercialização dos seus produtos.<br />
Esta empresa esteve recentemente na<br />
Expoauto, na Batalha, para dar a conhecer<br />
e divulgar a nova fase da Glasurit em Portugal.<br />
Para além do importador da marca,<br />
que já está a trabalhar no mercado português<br />
desde o início desta década, foram nomeados<br />
uma série de novos distribuidores,<br />
que se ocupam por zonas bem defini<strong>das</strong> do<br />
território português.<br />
A própria Glasurit ficou com toda a zona<br />
sul do país a partir de Leiria até ao Algarve,<br />
enquanto o resto do mercado é divido pela<br />
Galipart (Braga, Porto, Vila Real e Viana<br />
do Castelo), Lovistin (Viseu, Guarda e<br />
Castelo Branco) Amaral e Delgado (Aveiro)<br />
e Magotin (Coimbra).<br />
“Com esta estrutura estamos em posição<br />
de trabalhar o mercado de uma forma séria<br />
tendo em conta o desenvolvimento futuro e<br />
sustentado da Glasurit no mercado português”,<br />
refere Erik-Jan van de Wiel, Chefe<br />
de Ven<strong>das</strong> da Glasurit em Portugal, Divisão<br />
da BASF Coatings.<br />
A Glasurit, anteriormente representada<br />
pela Gillcar, pretende até 2008, voltar a<br />
atingir os volumes de ven<strong>das</strong> e quota de<br />
mercado que teve num passado recente,<br />
mas as perspectivas são ainda maiores, pois<br />
a longo prazo esta empresa pretende ter<br />
15% do mercado nacional.<br />
Para além da nova estrutura de distribuição<br />
e comercialização da marca em Portugal,<br />
a Glasurit pretende posicionar-se de<br />
uma forma diferente, afirmando Erik-Jan<br />
van de Wiel, que “queremos ser vistos<br />
como a marca que vende soluções. Pretendemos<br />
que as oficinas nos vejam como um<br />
parceiro que lhes resolve os problemas<br />
dando-lhe soluções adequa<strong>das</strong> às suas necessidades”.
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
IVECO<br />
PREMEIA A WABCO<br />
A empresa Wabco, fornecedora<br />
de sistemas de travagem,<br />
suspensão, transmissão e controle<br />
de pressão de pneus para<br />
veículos industriais, foi galardoada<br />
com um dos prémios “O<br />
Melhor Fornecedor do Ano“<br />
pelo fabricante europeu de camiões<br />
Iveco.<br />
As 27 empresas premia<strong>das</strong><br />
foram selecciona<strong>das</strong> entre os<br />
cerca de 500 fornecedores da<br />
Iveco, tendo em conta seis aspectos<br />
chave: qualidade, nível<br />
de serviço, redução de custos,<br />
investimentos em tecnologia,<br />
capacidade de concepção e desenvolvimento<br />
de produtos,<br />
bem como rapidez de resposta.<br />
Este prémio vem juntar-se a<br />
idêntica distinção que a Wabco<br />
já tinha recebido da DaimlerChrysler.<br />
NOVO CATÁLOGO<br />
GKN DRIVELINE<br />
A GKN Driveline lançou o<br />
novo catálogo, com mais de 500<br />
novas referências, destina<strong>das</strong> a<br />
viaturas industriais, ligeiros e<br />
4X4. Segundo fontes da empresa,<br />
o catálogo 2005/2006 inclui<br />
aplicações para os principais pesados<br />
de transportes (MAN, Iveco,<br />
Scania e DAF).<br />
Tendo em conta o aumento da<br />
procura nos últimos anos, foram<br />
reforça<strong>das</strong> as referências com a<br />
aplicação nos todo-o-terreno,<br />
com destaque para os modelos<br />
<strong>das</strong> marcas Nissan, Mercedes-<br />
Benz, Land Rover, Ford, Suzuki<br />
e Mitsubishi.<br />
150 CENTROS<br />
SERCA EM 2006<br />
Neste momento, a rede de<br />
oficinas SPG Talleres está presente<br />
em toda a Espanha e possui<br />
uma unidade em Portugal,<br />
num total de 135 centros.<br />
Apesar <strong>das</strong> 22 baixas verifica<strong>das</strong><br />
na rede, devido a acções<br />
de supervisão e fiscalização do<br />
funcionamento dos centros (só 3<br />
foram voluntárias), os objectivos<br />
da empresa são alcançar o<br />
número de 150 centros Serca em<br />
2006, bem como obter a certificação<br />
ISO 14001. Com um marketing<br />
muito activo, esta rede<br />
tem em todos os centros um<br />
poster onde se pode ler: “Não<br />
pague mais pelo mesmo“.<br />
NOVOS CATÁLOGOS<br />
MAGNETI MARELLI<br />
O novo catálogo de pastilhas<br />
de travão da marca italiana incorpora<br />
140 novas referências, fazendo<br />
subir o total para mais de<br />
900, o que dá uma cobertura do<br />
parque circulante de 95%.<br />
A aplicação pode ser obtida<br />
por código, marca ou modelo do<br />
veículo, havendo desenhos <strong>das</strong><br />
peças e referências cruza<strong>das</strong>.<br />
No catálogo mais recente <strong>das</strong><br />
velas de pré aquecimento, surgem<br />
as referências do catálogo<br />
anterior e 44 novas referências,<br />
com instruções de montagem,<br />
cobrindo mais de 90% do parque<br />
europeu.<br />
Auto Rabal promove<br />
Jorna<strong>das</strong> de Parceria<br />
Decorreu no dia 25 de Novembro,<br />
nas instalações da Viana<br />
Chapa a convite da Auto Rabal,<br />
no parque empresarial da<br />
Praia Norte em Viana do Castelo,<br />
um encontro empresarial intitulado<br />
Jorna<strong>das</strong> de Parceria.<br />
Contou com a presença de vários<br />
convidados e parceiros importantes<br />
neste negócio, entre os<br />
quais, os representantes <strong>das</strong><br />
companhias de seguros no Distrito<br />
de Viana do Castelo, gestoras<br />
de frota, responsáveis de frota<br />
de várias empresas, entidades<br />
oficiais, representantes da Ford<br />
Lusitana e da Spies Hecker, este<br />
último parceiro na área de tintas.<br />
Trabalhar em conjunto para<br />
alcançar o sucesso, foi o tema<br />
desenvolvido no respectivo Centro<br />
de Colisão, investimento de<br />
600.000 Euros do Grupo BRM<br />
(detentor <strong>das</strong> concessões Ford,<br />
Peugeot e Mazda para o distrito<br />
de Viana do Castelo), onde se<br />
teve a oportunidade de apresentar<br />
os mais recentes e modernos<br />
equipamentos adquiridos para a<br />
reparação automóvel em chapa e<br />
pintura, bem como as últimas<br />
tecnologias de segurança passiva<br />
e activa dos modelos Ford, a<br />
sua implicação na dedução dos<br />
custos de reparação, e finalmente,<br />
delinear a estratégia futura de<br />
redução de preços <strong>das</strong> peças originais,<br />
bem como a explicação<br />
do programa de Chapa e Pintura<br />
Autorizada Ford.<br />
Wurth WIC 5000<br />
para limpeza de injecções<br />
A Würth Portugal lançou recentemente<br />
uma nova solução que permite limpar de<br />
uma forma rápida e segura todo o circuito<br />
do sistema de injecção de qualquer motor<br />
a diesel ou gasolina. Trata-se da WIC<br />
5000, uma máquina que é utilizada com<br />
um aditivo de limpeza de injecções<br />
Würth, que ao circular durante cerca de 30<br />
minutos pelo sistema de injecção do automóvel,<br />
remove os sedimentos orgânicos e<br />
inorgânicos que se depositam nos filtros,<br />
Champion celebra título<br />
mundial de Fórmula 1<br />
Para se obter um título mundial<br />
de Fórmula 1 é necessário<br />
a conjugação de esforços entre<br />
diversos parceiros. Um dos<br />
parceiros na obtenção do título<br />
mundial de Fórmula 1 por parte<br />
de Fernando Alonso e da Renault<br />
foi a Champion.<br />
“A Champion oferece um caloroso cumprimento a Fernando<br />
Alonso e a toda a equipa Renault na sua soberba vitória”, disse Gart<br />
Cole, Director de Desenvolvimento de Negócios e de Marcas Europeias<br />
da Federal-Mogul. “Nós estamos encantados por termos desempenhado<br />
o nosso papel na ajuda à equipa Renault naquilo que foi<br />
uma época fantástica.”<br />
A Champion é um dos fornecedores oficiais da Equipa Renault<br />
Fórmula 1. A marca de velas de ignição da Federal-Mogul trabalha<br />
em parceria com a Renault e com outros fabricantes de motores da<br />
Fórmula Um, da mesma forma como faz com os seus motores de uso<br />
comum, desenvolvendo soluções para os seus complexos requisitos<br />
de ignição. A marca Champion da Federal-Mogul fornece produtos<br />
de ignição para cerca de metade <strong>das</strong> actuais equipas da Fórmula 1.<br />
A Champion tem estado envolvida no desporto automóvel desde<br />
os seus primórdios e tem tido um envolvimento mundial que cobre<br />
praticamente toda e qualquer competição motorizada. Está presente<br />
na Fórmula 1 desde que esta se iniciou em 1950. Em 1999 já tinha<br />
350 Grandes Prémios vencidos e vai actualmente a caminho <strong>das</strong> suas<br />
400 vitórias.<br />
rampa de injectores e em todo o circuito<br />
de injecção.<br />
A utilização da WIC 5000 é imprescindível<br />
quando se registam desvios em análises<br />
de gases, emissão visível de fumos negros,<br />
problemas de arranque a frio, excesso de<br />
consumo e baixo rendimento do motor.<br />
O recurso a esta solução evita uma<br />
eventual abertura do motor, reduzindo os<br />
elevados custos associados a este tipo de<br />
reparação.<br />
PPT Distribuição<br />
reforça posição<br />
Sediada em Braga, a PPT Distribuição<br />
é uma empresa que opera<br />
essencialmente no ramo da grande<br />
distribuição, abastecendo hipermercados,<br />
autocentros, casas de<br />
peças e estações de serviço, principalmente<br />
nas áreas de extras e tuning.<br />
Esta empresa que faz a importação<br />
de todo o tipo de peças e<br />
equipamentos específicos para este<br />
tipo de casas, tem vindo a reforçar<br />
a sua posição no mercado da grande<br />
distribuição, diversificando<br />
muito a sua área de negócio.<br />
“O aparecimento dos autocentros<br />
trouxe uma maior diversidade ao<br />
nosso negócio”, refere Paulo Torres,<br />
sócio-gerente da PPT Distribuição, acrescentando que “a nossa<br />
gama de produtos é também muito mais extensa actualmente do que<br />
no passado, até porque se vende bastante para o tuning e para o offroad,<br />
que são clientes de grande consumo”. Mais informações em<br />
www.ppt-pecasauto.com.<br />
Costa & Garcia<br />
desenvolve promoção Beta<br />
A Costa & Garcia e a Beta são<br />
dois nomes de referência no mercado<br />
dos equipamentos oficinais.<br />
Neste momento a Costa & Garcia<br />
está a desenvolver uma campanha<br />
de promoção para o carro<br />
de ferramentas C40C. Este carro<br />
possui uma estrutura, que para<br />
além de robusta é modular e versátil,<br />
já que o último e os demais<br />
elementos podem ser separados<br />
do carro de transporte, juntos ou<br />
separadamente. Por sua vez, a<br />
posição dos módulos pode ser<br />
mudada entre si, independentemente<br />
da ordem. Das características<br />
deste equipamento destacase<br />
ainda a presença de um elemento<br />
adicional fixado ao carro,<br />
gavetas com guias telescópicas<br />
de esfera, um módulo central<br />
com duas gavetas metálicas<br />
equipa<strong>das</strong> com fechadura mecânica<br />
de abertura automática (um<br />
toque), ro<strong>das</strong> com 160 mm de<br />
diâmetro que permite o transporte<br />
do carro em esca<strong>das</strong>, pegas laterais<br />
em metal para enganche e<br />
a possibilidade de o carro ser fornecido<br />
com jogo de ferramentas.<br />
Com 93 cm de altura, 50 cm<br />
de comprimento e 25 cm de largura,<br />
o carro de ferramenta<br />
C40C, tem uma capacidade máxima<br />
de 70 Kg e dispõe originalmente<br />
de uma caixa com 23 cm,<br />
duas gavetas com 23 cm cada e<br />
uma gaveta grande<br />
com 30 cm.<br />
Este equipamento<br />
está disponível por 255<br />
Euros, podendo custar<br />
509 Euros no caso de<br />
vir totalmente equipado<br />
com um jogo de 40<br />
ferramentas.
14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
ROBERT BOSCH<br />
INVESTE EM JIHLAVA<br />
A fábrica de Jihlava, na República<br />
Checa, especializada em<br />
bombas de alta pressão para sistemas<br />
de injecção diesel, recebeu<br />
um cheque de 110 milhões de Euros,<br />
destinado a ampliar as instalações<br />
e potenciar as actividades. A<br />
Bosch investe no leste europeu<br />
desde a década de 90, facturando<br />
actualmente € 340 milhões no<br />
mercado checo, onde emprega<br />
9.000 funcionários, 6.200 <strong>das</strong><br />
quais na fábrica de Jihlava.<br />
CONSELHOS DE MONTAGEM<br />
DE CORREIAS ELAST<br />
A empresa ContiTech Power<br />
Transmission Group aconselha<br />
o uso da ferramenta incluída no<br />
seu kit de reparação, uma vez<br />
que as correias Elast são auto<br />
tensoras e têm que ser monta<strong>das</strong><br />
por simples extensão <strong>das</strong> mesmas.<br />
A utilização de ferramentas<br />
incorrectas (chave de fen<strong>das</strong>,<br />
etc.) é susceptível de causar<br />
dano à estrutura interna da<br />
correia, o que provocará avarias.<br />
Outro risco é a deterioração<br />
da própria poleia, o que irá<br />
acarretar o desgaste e rompimento<br />
da correia. No Ford Fiesta,<br />
com ar condicionado e direcção<br />
assistida, é conveniente<br />
desmontar a caixa da roda, pois<br />
esta impede a correcta montagem<br />
<strong>das</strong> correias Elast. As correias<br />
usa<strong>das</strong> devem ser retira<strong>das</strong><br />
cortando-as com um canivete.<br />
SHELL<br />
HELIX ULTRA VX ESPECÍFICO<br />
Além da nova formulação do<br />
óleo sintético para motores Helix,<br />
cujo lançamento ocorreu em<br />
meados do corrente ano, a Shell<br />
apresentou agora um óleo de motor<br />
sintético, especialmente formulado<br />
para os veículos do grupo<br />
VW (Volkswagen, Audi, Skoda,<br />
e Seat). O novo óleo, que foi<br />
desenvolvido em conjunto com<br />
os engenheiros da VW, permite<br />
reduzir o consumo de combustível,<br />
diminui as emissões e evita o<br />
desgaste <strong>das</strong> principais peças do<br />
motor. Toda a rede de assistência<br />
do grupo VW, bem como os condutores<br />
de viaturas <strong>das</strong> marcas já<br />
referi<strong>das</strong>, são aconselhados a<br />
usarem o óleo Shell Helix Ultra<br />
VX 5W30, a fim de manterem a<br />
alta performance e longevidade<br />
dos seus motores.<br />
Europeças com<br />
campanha Kayaba<br />
Durante o mês de Dezembro, a<br />
Europeças está a levar por diante<br />
uma campanha com os amortecedores<br />
da marca Kayaba. Trata-se<br />
de uma campanha em escada,<br />
que permite obter melhores ofertas<br />
assim que for aumentando as<br />
quantidades adquiri<strong>das</strong>. Assim,<br />
na aquisição de 2 amortecedores<br />
Kayaba, a Europeças oferece,<br />
agora que estamos numa época<br />
de chuva, um sempre útil chapéu<br />
de chuva kayaba. Na aquisição de<br />
4 amortecedores a oferta é de um<br />
fato de macaco e na compra de<br />
16 amortecedores obterá uma<br />
máquina fotográfica. Refira-se<br />
que to<strong>das</strong> estas ofertas estão limita<strong>das</strong><br />
ao stock existente.<br />
Iniciada na 2º quinzena de Novembro,<br />
e também ela limitada<br />
ao stock existente, a Europeças<br />
oferece um saco de viagem na<br />
compra de um Pacote pré-definido<br />
de 30 Correias Micro V-XF<br />
da Gates. As 30 Correias são<br />
forneci<strong>das</strong> dentro do Saco de<br />
Viagem e têm uma ampla aplicação<br />
no Mercado Automóvel<br />
Português.<br />
Civipartes evita<br />
imobilização<br />
Empresa líder nacional em<br />
peças para veículos pesados, desenvolveu<br />
recentemente um<br />
novo programa para caixas de<br />
direcção. No âmbito da redução<br />
de tempos de imobilização, algo<br />
que é muito valorizado no mercado<br />
dos pesados, o Grupo Civipartes<br />
passou a oferecer um<br />
stock permanente de caixas de<br />
direcção, possibilitando assim, a<br />
troca imediata de um órgão recondicionado<br />
por um a reparar.<br />
De salientar ainda que a Civipartes<br />
disponibiliza para todos<br />
os órgãos a garantia de 1 ano.<br />
A Iberequipe disponibiliza para o mercado português<br />
os equipamentos de diagnóstico Autologic.<br />
Desenvolvido pela Diagnos.co.uk Ltd, o Autologic<br />
utiliza um Software que está disponível para as<br />
marcas Land Rover, BMW, Mercedes-Benz e Jaguar,<br />
sendo desenhados para replicar a funcionalidade<br />
dos equipamentos usados pelos concessionários<br />
de marca, permitindo às oficinas independentes<br />
fornecer um serviço compreensivo nas suas instalações,<br />
incluindo codificação e programação. Todos<br />
os módulos de software foram desenhados para<br />
funcionarem na mesma plataforma Autologic, estando<br />
as actualizações disponíveis via internet. Os<br />
utilizadores da Autologic possuem acesso grátis à<br />
equipa de Suporte Técnico de Veículos, constituída<br />
por técnicos qualificados.<br />
Novo catálogo Bendix<br />
A Bendix já tem disponível um<br />
novo catálogo para 2006 relativa<br />
a travões de tambor. A distribuição<br />
deste catálogo vai ser efectuada<br />
dentro em breve na rede de distribuição<br />
directa e na rede de<br />
agências da marca, embora possa<br />
também ser solicitada directamente<br />
através do número de telefone<br />
21 910 65 60.<br />
Como é de esperar as novidades<br />
são muitas, já que se trata de um<br />
catálogo actualizado com to<strong>das</strong> as<br />
referências disponíveis no sistema<br />
de Travãos de Tambor da Bendix.<br />
LIP oferece compras<br />
em Janeiro<br />
A LIP tem a decorrer até final<br />
de Dezembro uma campanha em<br />
que o tema é “Com LIP, Janeiro<br />
não é mês de pouco dinheiro”.<br />
Tal como aconteceu com a campanha<br />
de bombas de água da<br />
Quinton Hazell, esta campanha<br />
com os amortecedores LIP é destinada<br />
à sua rede de clientes, e o<br />
folheto entregue serve para apoio<br />
na venda ao retalhista. A mecânica<br />
desta promoção é novamente<br />
muito simples, pois na aquisição<br />
de 20 amortecedores da marca<br />
LIP, recebe 30 Euros para as<br />
compras de Janeiro.<br />
Iberequipe com diagnóstico especializado<br />
Autologic é a única ferramenta, no mundo do<br />
diagnóstico, que possui uma base de dados com<br />
a capacidade de memorizar qualquer erro de<br />
software ou ECUs não identificados e enviar<br />
por e-mail os detalhes ao técnico de software na<br />
Diagnos.<br />
A comunicação por internet com o sistema<br />
Autologic permite criar um ficheiro de reparação<br />
que será enviado ao usuário, normalmente<br />
no mesmo dia. Uma nova versão de software é<br />
então criada e disponibilizada a todos os usuários<br />
para descarregar.<br />
A ligação de dados Autologic assegura melhoramentos<br />
constantes de software com o mínimo<br />
de inconvenientes para o usuário – não necessita<br />
de esperar por novos CDs ou cartões.<br />
PUB<br />
Sede: Rua do Forno, 17 - Ap. 405<br />
Armazém: Quinta S. Leonardo - 7350 Elvas<br />
email: f.sebastiao@mail.telepac.pt<br />
Telem.: 91 980 70 65 - Fax: 268 625 043
16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
Osram lança campanha de Inverno<br />
NOTÍCIAS<br />
PUB<br />
A Osram está em campanha<br />
até ao final de Janeiro de 2006,<br />
com preços muito vantajosos em<br />
lâmpa<strong>das</strong> de farol, tanto na gama<br />
standard como nas lâmpa<strong>das</strong> <strong>das</strong><br />
linhas inovadoras COOL BLUE,<br />
SILVERSTAR, LIGHT@DAY<br />
ou TRUCKSTAR.<br />
LIVROS TÉCNICOS PARA PROFISSIONAIS DE CARROÇARIA E REPINTURA AUTOMÓVEL<br />
MANUAL DE PINTADO DE AUTOMÓVILES<br />
(322 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />
◗ Ferramentas e equipamentos de pintura<br />
◗ Métodos de reparação de superfícies<br />
◗ Processos de pintura: colorimetria, defeitos, etc.<br />
◗ Repintura de plásticos<br />
MANUAL DE CARROCERÍA. REPARACIÓN<br />
(657 páginas – preto e branco - 30,5 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Análise da chapa<br />
◗ Soldadura e substituição de peças<br />
◗ Reparação de uma carroçaria deformada<br />
◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />
ELEMENTOS METÁLICOS Y SINTÉTICOS.<br />
REPARACIÓN<br />
(238 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Equipamentos para a oficina de reparação<br />
◗ Reparação de peças de aço e alumínio<br />
◗ Reparação de peças plásticos<br />
ELEMENTOS FIJOS. REPARACIÓN<br />
(330 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Separação de componentes<br />
◗ Métodos e ligação. Corte de chapa e soldadura.<br />
◗ Adesivos estruturais<br />
◗ Tratamentos anti-corrosivos e anti-ruídos<br />
◗ Reparação de alumínio<br />
ELEMENTOS AMOVIBLES. REPARACIÓN<br />
(649 páginas - preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Desmontagem e montagem de vidros<br />
◗ Climatização, iluminação, pneus<br />
◗ Sistemas de refrigeração, alimentação, escape,<br />
suspensão, travões, direcção, etc.<br />
◗ Cintos de segurança e pré-tensores,<br />
sistemas de airbags<br />
EMBELLECIMIENTO DE SUPERFICIES<br />
(320 páginas – preto e branco + 16 a cores - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola))<br />
MANUAL DE PREVENCIÓN DE RIESGOS<br />
EN TALLERES DE AUTOMÓVILES<br />
(269 páginas – cores – 30,5 x 21 cm - língua espanhola)<br />
◗ Organização da Prevenção na empresa<br />
◗ Requisitos legais de prevenção de riscos laborais<br />
◗ Avaliação de riscos: bate-chapa, pintor, mecânico<br />
◗ Equipamentos de protecção individual na oficina<br />
◗ Plano de emergência<br />
MANUAL DE MANTENIMIENTO PARA TALLERES<br />
DE AUTOMÓVILES<br />
(262 páginas – cores – 30,5 x 21 cm – INCLUI CD<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Instalações da oficina. Equipamentos fixos<br />
◗ Área de carroçaria, pintura e mecânica<br />
◗ Plano de manutenção<br />
GESTIÓN Y LOGÍSTICA DEL<br />
MANTENIMIENTO EN AUTOMOCIÓN<br />
(288 páginas – preto e branco – 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Organização da oficina<br />
◗ Distribuição do trabalho. Controle de tempos<br />
◗ Sistema informático para a gestão da oficina<br />
ELEMENTOS ESTRUTURALES DEL VEHÍCULO<br />
(301 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Tipos de carroçarias e suas características<br />
◗ Metrologia aplicada às carroçarias<br />
◗ Banca<strong>das</strong>. Tipos e processos de desempanagem<br />
PREPARACIÓN DE SUPERFICIES<br />
(296 páginas – preto e branco - 29,7 x 21 cm<br />
- língua espanhola)<br />
◗ Características dos produtos de preparação<br />
◗ Corrosão. Protecções anti-corrosivas<br />
◗ Preparação de superfícies: instalações,<br />
equipamentos e processos<br />
NOVO<br />
TÍTULO!<br />
- Introdução ao processo de embelezamento de veículos<br />
- Pinturas utiliza<strong>das</strong> na repintura de veículos<br />
- Técnica de mistura de cores para a preparação de pinturas<br />
- Equipamentos para a área de pintura<br />
Numa época em que as lâmpa<strong>das</strong><br />
de farol têm uma procura<br />
acrescida, este é certamente o<br />
impulso às ven<strong>das</strong> que o mercado<br />
esperava.<br />
A Osram continua a ser uma<br />
marca de referência a nível de<br />
lâmpa<strong>das</strong> automóvel, equipando<br />
de origem a maioria dos automóveis<br />
europeus.<br />
Para mais informações poderá<br />
consultar o site www.osram.pt<br />
ou contactar o distribuidor<br />
local da Osram, que o poderá<br />
informar <strong>das</strong> condições<br />
desta campanha.<br />
Peças UMM<br />
na Europeças<br />
A Europeças, uma <strong>das</strong> empresas<br />
de maior expressão no<br />
mercado do Aftermarket em<br />
Portugal, anunciou recentemente<br />
ter assumido o negócio<br />
de distribuição de peças sobressalentes<br />
UMM, bem<br />
como todo o seu negócio de<br />
tuning e peças premium multimarca,<br />
integrando ainda o<br />
“front office” desta empresa<br />
do mesmo grupo. As sinergias<br />
resultantes desta situação resultará,<br />
segundo a Europeças,<br />
num benefício acrescido para<br />
os clientes de ambas as empresas<br />
que continuam, por um<br />
lado, a ser assistidos pelas<br />
mesmas equipas, com os conhecimentos<br />
desenvolvidos<br />
ao longo de anos, por outro,<br />
apoia<strong>das</strong> em estruturas e ofertas<br />
cada vez mais alagar<strong>das</strong> e<br />
eficientes.<br />
Febi<br />
Bilstein<br />
disponibiliza informação<br />
A Febi Bilstein em parceria<br />
com o Tec Doc, disponibilizam<br />
no sistema de identificação dos<br />
veículos na área da suspensão e<br />
direcção, um gráfico completo de<br />
todo o sistema de suspensão e direcção<br />
onde podem ser visualiza<strong>das</strong><br />
e identifica<strong>das</strong> de uma só vez<br />
todos os componentes deste sector.<br />
Esta informação aparece com<br />
fotografias reais <strong>das</strong> peças, facilitando<br />
a sua visualização, obtendo-se<br />
facilmente a correcta posição<br />
de montagem, juntamente<br />
com outras peças.<br />
Esta informação está disponível<br />
online através do site<br />
www.febi.de ou através de CD<br />
disponibilizado pela Febi Bilstein,<br />
que tem como representante em<br />
Portugal a Jochen Staedtler- Representações<br />
(214 868 498).<br />
INFORMAÇÕES E PEDIDOS:<br />
CESVIMAP<br />
Ctra. Valladolid, km. 1<br />
05004 Ávila<br />
ESPAÑA<br />
Telefone: +34.920.206.300<br />
Fax: +34.920.206.319<br />
e-mail:<br />
cesvimap@cesvimap.com<br />
Internet: www.cesvimap.com
eco partner 280x385.pdf
18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
ANÚNCIOS CLASSIFICADOS<br />
BLUEPRINT.PDF<br />
Telf.: 249 720 050 • 224 882 234 • 282 342 592<br />
Fax : 249 720 059 • 224 882 235<br />
geral@sifeca.com • www.sifeca.com<br />
DESEJAMOS A TODOS<br />
FELIZ , NATAL<br />
E UM PROSPERO ANO NOVO<br />
ESCAPES • CATALIZADORES • ÓLEOS • BATERIAS • AMORTECEDORES • FILTROS HABITÁCULO • ANTICONGELANTES • ESCOVAS LIMPA PARA-BRISAS • FILTROS-PASTILHAS DE TRAVÃO • FERRAMENTAS DIVERSAS<br />
ANUNCIE NAS<br />
PÁGINAS DE CLASSIFICADOS<br />
vieira&freitas<br />
GERMANY<br />
®<br />
REPARAÇÕES TODAS<br />
AS MARCAS E TIPOS<br />
INSTRUMENTOS DE TABLIER<br />
TODOS OS APARELHOS SÃO VERIFICADOS<br />
NOS NOSSOS TESTES,<br />
PARA COMPROVAR A SUA EFICIÊNCIA.<br />
☎<br />
MECÂNICO - DIGITAL - ELECTRÓNICO<br />
INSTRUMENTOS - CONTROL<br />
RUDOLFO CORREIA - LUÍS CORREIA<br />
TEL.: 21 388 92 26 - FAX: 21 387 74 65 - Rua Infantaria<br />
16, 123 - 1350-166 LISBOA (Campo de Ourique)<br />
SPEZIALLAMPEN<br />
HC<br />
TODOS OS SISTEMAS PNEUMÁTICOS,<br />
ELECTRÓNICOS, PARA INSTRUMENTAÇÃO<br />
EM TODOS OS TIPOS FABRIS E INDÚSTRIA<br />
DE PLÁSTICOS, TIMERS,<br />
TEMPERATURA, CONTROL, ETC.<br />
E TODAS AS MARCAS DE AUTO.<br />
www.miguel-freitas.com<br />
miguel-freitas@miguel-freitas.com<br />
LOCALIZAÇÃO<br />
AMOREIRAS<br />
ARCO DO CARVALHÃO<br />
???????????<br />
CAMPO DE OURIQUE<br />
INFANTARIA 16<br />
SARAIVA DE CARVALHO<br />
PEÇAS ELÉCTRICAS AUTO<br />
VIEIRA & FREITAS, LDA. - BRAGA<br />
TEL.: 253 607320<br />
www.vieirafreitas.pt
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
ANÚNCIOS CLASSIFICADOS Dezembro 2005 19<br />
RODRIBENCH.cdr<br />
Especialista em Vidro Automóvel<br />
Desejamos Boas Festas<br />
a todos os nossos<br />
Clientes.<br />
GLASSDRIVE -<br />
☎ 808<br />
246<br />
246<br />
☎<br />
☎808<br />
202<br />
RPLclima, Lda.<br />
Lote 6.I - 21 Fracção J<br />
Zona Industrial Vilamoura<br />
8125 - 498 Vilamoura<br />
Algarve<br />
www.rplclima.com<br />
RPLCLIMA LDA,<br />
A SUA EMPRESA DE CLIMATIZA˙ˆO<br />
AUTOM VEL, DESEJA-LHE<br />
BOAS FESTAS E PR SPERO 2006<br />
ASSINE E DIVULGUE<br />
O JORNAL DAS OFICINAS
20<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
FORUM<br />
A evolução do aftermarket na Europa<br />
Como analisa a evolução do aftermarket a nível europeu? Foi esta a pergunta que fizemos a vários responsáveis<br />
presentes no Salão Equip Auto realizado no passado mês de Outubro em Paris. As opiniões convergem para um<br />
ligeiro desenvolvimento do aftermarket europeu, embora com algumas assimetrias, pois há países que têm<br />
registado um desenvolvimento mais rápido do que outros.<br />
François Augnet<br />
Director & General<br />
Manager Europe da TRW<br />
Willy Mohler<br />
Director-Geral da<br />
Honeywell Europa<br />
Hari Nair<br />
Vice-Presidente da<br />
Tenneco Automotive<br />
“É necessário maior<br />
abertura às necessidades e expectativas<br />
dos consumidores”<br />
Que análise faz da presente evolução do aftermarket<br />
na Europa?<br />
Penso que não se têm verificado modificações de<br />
grande envergadura neste negócio, embora presentemente<br />
seja possível verificar pressões no sentido da mudança.<br />
A legislação do Block Exemption está a introduzir<br />
algumas novas tendências, mas está tudo ainda no<br />
princípio. O fosso anteriormente existente entre o universo<br />
dos fabricantes de automóveis e o aftermarket independente<br />
está a desaparecer gradualmente e acabará<br />
seguramente por deixar de existir.<br />
Vários construtores já estão a lançar gamas completas<br />
de produtos directamente para o mercado independente<br />
de após venda, ou estão a reconverter as suas redes de<br />
assistência para o modelo multimarca. Por outro lado,<br />
fabricantes de peças do sector independente estão a fornecer<br />
as redes de marca, o que acaba por aproximar os<br />
dois lados do mercado e fundi-los numa actividade de<br />
contornos globalmente idênticos.<br />
Quais são os problemas do após venda<br />
independente?<br />
O após venda automóvel tem que apostar na qualidade<br />
de serviço, qualquer que seja o ramo de actividade.<br />
Essa será a primeira condição de sucesso. Maior<br />
abertura às necessidades e expectativas dos consumidores,<br />
bem como uma atitude proactiva em relação à<br />
procura, através de campanhas de divulgação e marketing,<br />
onde sejam demonstra<strong>das</strong> as vantagens de uma<br />
manutenção programada e regular, são outros trunfos<br />
a utilizar pelos operadores de todo o sector.<br />
O problema do acesso à tecnologia, implica dois tipos<br />
de necessidades: formação específica e capacidade<br />
de diagnóstico. Nós estamos a desenvolver um programa<br />
de formação técnica e diagnóstico via Internet,<br />
que apenas implica para o garagista a compra de um<br />
vulgar PC, no caso de ainda não o possuir. Tencionamos<br />
disponibilizar esse serviço em inglês e francês<br />
ainda este ano e nas principais línguas europeias durante<br />
o próximo ano.<br />
Os produtos chineses são uma ameaça para o<br />
aftermarket independente europeu?<br />
Seria melhor falar em produtos de qualidade e produtos<br />
sem qualidade. Em qualquer parte do mundo é<br />
possível fabricar produtos de baixo custo. Possivelmente<br />
a China estará em melhores condições para o<br />
fazer do que outros países, mas isso é pouco relevante.<br />
O que interessa é o que está no produto, com o que é<br />
feito e como é feito. Quando se trata de funções de segurança<br />
para o condutor e para todos os utentes da via<br />
púbica, não vale a pena arriscar em produtos sem garantia<br />
de qualidade, porque o preço a pagar em caso<br />
de falha pode ser muito elevado.<br />
“Os consumidores que<br />
vão às oficinas estão a exigir mais<br />
qualidade e mais serviço”<br />
Como caracteriza a evolução recente do aftermarket<br />
na Europa?<br />
O Aftermarket europeu está relativamente estabilizado,<br />
tanto no negócio <strong>das</strong> peças de reposição como no<br />
que se refere a equipamentos oficinais, mas não deverá<br />
crescer significativamente. Como se pode calcular, nestas<br />
condições a competição entre as marcas presentes no<br />
mercado é muito dura. Estamos, no entanto, confiantes<br />
no nosso potencial e na qualidade dos nossos produtos,<br />
bem como na capacidade de resposta que temos demonstrado.<br />
Em certos países, como Portugal, as coisas<br />
estão a mudar no negócio automóvel, com o parque a<br />
evoluir para modelos de nível superior e mais sofisticados,<br />
o que ditará algumas mudanças na actividade <strong>das</strong><br />
peças de reposição. Da experiência que temos dos últimos<br />
anos, os consumidores que vão às oficinas estão a<br />
exigir mais qualidade e mais serviço, mantendo-se os<br />
preços dentro dos mesmos níveis. Os operadores do<br />
mercado têm que se defender utilizando os produtos<br />
correctos para cada situação, os quais permitem poupar<br />
tempo e oferecer a qualidade que o condutor pretende.<br />
Encara os produtos de origem chinesa como uma<br />
ameaça para o negócio aftermarket na Europa?<br />
Em relação a essa questão é necessário desagregar<br />
o negócio <strong>das</strong> peças de reposição em vários níveis de<br />
qualidade. O primeiro nível é o do equipamento original,<br />
que é aquele em que nos posicionamos. Este<br />
segmento do mercado está vocacionado para veículos<br />
recentes, com quilometragens não muito eleva<strong>das</strong><br />
e para consumidores que pretendem manter os padrões<br />
de qualidade original nos seus veículos. Depois<br />
existe um segmento intermédio, onde a qualidade<br />
ainda é razoável e os preços aceitáveis, mas destina-se<br />
a largas faixas da população, com rendimentos<br />
não muito altos e viaturas com idade e quilometragens<br />
mais eleva<strong>das</strong>. Finalmente, existe o mercado<br />
onde o menor custo dita a lei e onde a qualidade fica<br />
muito aquém do desejável.<br />
Como analisa as perspectivas do aftermarket<br />
independente?<br />
O mercado de após venda independente tem um futuro<br />
promissor. É evidente que neste momento se operam<br />
mudanças profun<strong>das</strong>, que podem apresentar contornos<br />
dramáticos em certos casos, mas tudo caminha<br />
no sentido de transformar o mercado independente<br />
numa actividade válida, com rentabilidade e com futuro.<br />
O condutor dos nossos tempos precisa do carro todos<br />
os dias e procurará preferencialmente os negócios<br />
de reparação rápida, com uma localização conveniente,<br />
em relação ao seu circuito normal de vida. Isso irá<br />
favorecer as redes de oficinas polivalentes e com uma<br />
presença geográfica estrategicamente ordenada.<br />
“A médio prazo o desafio<br />
da informação poderá fazer a diferença”<br />
Que previsões faz para a evolução do aftermarket na<br />
Europa?<br />
Os sinais do mercado são encorajadores nestes últimos<br />
seis meses de 2005, revelando tendências positivas<br />
em vários segmentos de produtos, incluindo aqueles em<br />
que nos inserimos, um pouco por toda a parte. Os mercados<br />
onde temos enfrentado mais desafios e teremos<br />
que continuar a desenvolver uma acção consistente são<br />
o ibérico e o alemão. Na Europa de Leste e no Médio<br />
Oriente estamos a crescer a um ritmo muito positivo. A<br />
Tenneco tem vindo a alcançar uma quota de mercado à<br />
altura da qualidade dos seus produtos e dos investimentos<br />
realizados na sua produção industrial.<br />
Que dificuldades enfrenta o aftermarket<br />
independente e como poderá ultrapassá-las?<br />
O primeiro e maior desafio do aftermarket, enquanto<br />
indústria, é assegurar-se que está a fornecer um elevado<br />
valor acrescentado para o consumidor. O valor acrescentado<br />
inclui tudo: produtos de qualidade, cobertura,<br />
disponibilidade e preços competitivos. Se não tivermos<br />
estes ingredientes em dose suficiente o resultado não poderá<br />
ser muito positivo. Os novos regulamentos do mercado<br />
acrescentaram mais alguns desafios, mas não constituem<br />
um verdadeiro obstáculo e não podem ser usados<br />
como desculpa para o insucesso. O mercado independente<br />
é muito poderoso na sua capacidade de estar próximo<br />
e satisfazer as necessidades dos consumidores, o<br />
factor mais importante neste negócio. Os operadores independentes<br />
têm que se mostrar cautelosos, no entanto,<br />
porque a médio/longo prazo o desafio da informação<br />
(tecnologia, formação, capacidade de serviço) poderá<br />
fazer a diferença. Este será o maior desafio futuro para o<br />
aftermarket independente.<br />
Julga que os produtos de origem asiática podem<br />
perturbar o mercado europeu?<br />
A resposta simplista é sim. Uma resposta mais elaborada,<br />
no entanto, tem que dizer de que maneira e em que<br />
medida. Os chineses e todos os outros competidores de<br />
custos baixos acabarão por ter lugar no mercado global,<br />
em qualquer lado. A questão que teremos que colocar é<br />
como irão esses fabricantes distribuir os seus produtos e<br />
qual será a sua área de influência. Por outro lado, quais<br />
serão as garantias dessa oferta e como irão gerir os aspectos<br />
da qualidade, cobertura e disponibilidade. Neste<br />
momento o único argumento desses produtos é o preço e<br />
qualquer um pode baixar os preços quando quiser, desde<br />
que sacrifique to<strong>das</strong> as mais valias e garantias do seu negócio.<br />
A evolução do mercado, no entanto, parece apontar<br />
exactamente na direcção oposta. Veremos até que<br />
ponto esses competidores serão capazes de criar uma<br />
verdadeira máquina de produção, ven<strong>das</strong> e serviço, para<br />
se afirmarem no mercado de uma forma consequente e<br />
permanente.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
AMBIENTE Dezembro 2005 21<br />
Resíduos automóvel<br />
Separação de resíduos<br />
é compensador para as oficinas<br />
O mercado da gestão de resíduos, sobretudo dos resíduos perigosos, tem evoluído e irá seguramente<br />
evoluir no sentido do aumento dos preços. A melhor solução para as oficinas é, de facto, implementar<br />
soluções de prevenção de produção e de segregação adequa<strong>das</strong>, acompanhando a evolução do<br />
mercado, e tendo sempre como objectivo a optimização de custos e o cumprimento da legislação.<br />
Portugal não detêm ainda infra-estruturas<br />
de tratamento para resíduos<br />
perigosos. Além disso, os países que<br />
detêm as infra-estruturas e que têm recebido<br />
os nossos resíduos, tendo investido em<br />
tecnologias de tratamento diferencia<strong>das</strong><br />
para cada tipo de resíduo, começam a vedar<br />
o acesso a soluções como a deposição em<br />
aterro para resíduos que podem ter soluções<br />
mais nobres como a valorização. O mesmo<br />
sucede com os aterros portugueses que vedam<br />
a entrada a resíduos recicláveis.<br />
O acondicionamento de resíduos deverá<br />
ser feito em locais junto da(s) fonte(s) de<br />
produção e em recipientes próprios para o<br />
efeito, impedindo que ocorram misturas de<br />
resíduos, sendo que para tal, os vários recipientes<br />
deverão possuir rotulagem adequada<br />
e clara. Após o enchimento dos recipientes<br />
estes deverão ser fechados de forma<br />
estanque (barricas e bidons), e armazenados<br />
em locais indicados até que se proceda<br />
à sua recolha e encaminhamento a empresas<br />
licencia<strong>das</strong> para o seu tratamento, reciclagem,<br />
valorização ou grupagem para destino<br />
final licenciado.<br />
Separação de resíduos<br />
de pára-brisas e pára-choques<br />
Normalmente, um sistema de gestão de<br />
resíduos promove a separação dos resíduos<br />
por código LER. Todos os resíduos banais<br />
são geralmente separados em três fracções<br />
– sucata metálica, papel/cartão e outros<br />
(pára-brisas, pára-choques, resíduos sólidos<br />
BOAS PRÁTICAS<br />
DE GESTÃO DE RESÍDUOS<br />
As boas práticas de Gestão de Resíduos<br />
destinam-se a optimizar económica<br />
e ambientalmente o sistema de gestão do<br />
ambiente ou dos resíduos. Assim, as<br />
boas práticas concretizam-se em acções<br />
quotidianas, tais como:<br />
- Conhecer os produtos que manuseia<br />
no que se refere a características de perigosidade<br />
(leitura atenta de rótulos) e destino<br />
final quando resíduo;<br />
- Ler as etiquetas dos contentores e as<br />
instruções de segregação;<br />
- Não contaminar desnecessariamente<br />
materiais limpos, pois este procedimento<br />
contribui para a redução da produção de<br />
resíduos;<br />
- Não misturar resíduos diferentes;<br />
- Reduzir o volume <strong>das</strong> embalagens,<br />
nomeadamente as embalagens de<br />
papel/cartão, pois uma redução do volume<br />
induz a um menor custo;<br />
Não deitar resíduos líquidos nas redes<br />
de drenagem para o colector.<br />
urbanos, outros componentes). As duas primeiras<br />
fracções são encaminha<strong>das</strong> para recicladores<br />
autorizados e a terceira vai para<br />
aterro, estando associados custos de deposição<br />
(taxa de aterro) e os custos de transporte<br />
até ao aterro (os custos dependem da<br />
proximidade). A separação de pára-brisas<br />
permite o encaminhamento para uma empresa<br />
recentemente criada que recicla e cobra<br />
um valor consideravelmente menor que<br />
a taxa de aterro.<br />
A separação de pára-choques permite o<br />
encaminhamento para recicladores que reciclam<br />
o PP (Polipropileno), PC (Policarbonato)<br />
ou outros tipos, sem custos ou com<br />
custos consideravelmente menores que a<br />
taxa de aterro.<br />
A separação destes dois resíduos viabiliza<br />
que os demais (maioritariamente RSU´s)<br />
possam ser depositados no aterro de<br />
RSU´s, na maioria <strong>das</strong> vezes mais perto e<br />
com custos menores.Como se pode observar<br />
para este caso genérico, será possível<br />
poupar 656 € por ano.<br />
Fonte: Ecopartner<br />
PUB
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
ACTUALIDADE<br />
ARAN lança “Oficina CERTA”<br />
Modernizar-se para competir<br />
A ARAN divulgou o seu mais recente projecto ligado ao sector da reparação automóvel, a Oficina CERTA – Centro<br />
Especializado em Reparação Tecnológica Automóvel. Com um investimento reduzido, os associados ARAN passam<br />
a ter uma sigla que transmite confiança ao Cliente, com o consequente aumento da qualidade dos serviços<br />
prestados e rentabilizar o seu negócio.<br />
Vantagens<br />
da adesão “Oficina CERTA”<br />
AARAN lançou neste final de<br />
ano 2005, um projecto que permite<br />
às empresas suas associa<strong>das</strong><br />
obter o reconhecimento junto do público<br />
dos seus padrões de qualidade,<br />
transmitindo aos consumidores uma<br />
imagem de confiança, qualidade, transparência,<br />
garantia e respeito pelo ambiente<br />
no serviço prestado: a Oficina<br />
CERTA.<br />
Trata-se de uma iniciativa que pretende<br />
cativar as oficinas independentes<br />
suas associa<strong>das</strong>, a implementarem um<br />
sistema simples e facilmente assimilado,<br />
que lhes permitam aumentar a competitividade<br />
em relação ao mercado.<br />
Este projecto assenta na concessão de<br />
um símbolo “Oficina CERTA”, às empresas<br />
que cumpram os requisitos préestabelecidos<br />
pela ARAN, requisitos estes<br />
elaborados com base na legislação<br />
em vigor e nas normas portuguesas e europeias<br />
de qualidade, ambiente e saúde,<br />
higiene e segurança no trabalho.<br />
A ARAN desempenha um papel de regulação,<br />
dinamização e divulgação do<br />
projecto, apoiando a sua implementação<br />
nas empresas aderentes e executando as<br />
necessárias auditorias.<br />
O símbolo de “Oficina CERTA” será<br />
amplamente divulgado pelos media junto<br />
do consumidor e Associações de Consumidores,<br />
fazendo com que sejam estes<br />
a exigir essa distinção, criando nas empresas<br />
que a possuam factores de diferenciação<br />
face à concorrência, constituindo-se<br />
assim uma verdadeira vantagem<br />
competitiva.<br />
O objectivo último da ARAN é o reforço<br />
da capacidade concorrencial dos<br />
seus associados, auxiliando-os na concepção<br />
e implementação de um sistema<br />
de gestão da qualidade à sua medida que<br />
seja reconhecido e procurado pelo consumidor<br />
final, permitindo-lhes ao mesmo<br />
tempo a participação num grupo de<br />
excelência que partilha uma imagem comum<br />
sustentada pela sua associação do<br />
sector.<br />
Procedimentos gerais<br />
Num contexto de mercado cada vez<br />
mais exigente, a resposta <strong>das</strong> empresas<br />
necessita de ser cada vez mais eficaz por<br />
forma a satisfazerem cada vez mais os<br />
seus clientes. Sendo assim, esta área de<br />
intervenção assume uma elevada importância<br />
neste projecto.<br />
A intervenção nesta área é fundamentalmente<br />
orientada pela Directiva CNQ 18 do<br />
Conselho Nacional da Qualidade relativa a<br />
reparações em veículos automóveis, sendo<br />
uma transposição desta para as empresas<br />
que adiram aos centros “Oficina CERTA”<br />
O símbolo identificativo<br />
“Oficina CERTA” está conotado<br />
com três aspectos essenciais:<br />
Qualidade no serviço;<br />
Transparência no<br />
relacionamento com o cliente;<br />
e Competência técnica.<br />
Assim sendo, os centros “Oficina CER-<br />
TA” cumprem determina<strong>das</strong> normas em<br />
termos de procedimentos gerais, nomeadamente<br />
no que toca à ordem de reparação,<br />
orçamentação, facturação, afixação de preços,<br />
controle de qualidade, tratamento de<br />
reclamações, acidentes e furtos, atendimento<br />
ao cliente, etc.<br />
No que respeita aos equipamentos, é óbvio<br />
que uma oficina só pode realizar determina<strong>das</strong><br />
operações se possuir um nível de<br />
equipamento capaz de as assegurar. Assim<br />
sendo, no âmbito deste projecto, para cada<br />
uma <strong>das</strong> especialidades (Mecânica, Electricidade,<br />
Chapa, …), os equipamentos serão<br />
classificados em três categorias de prioridades,<br />
sendo que a 1ª categoria diz respeito ao<br />
equipamento mínimo que determinada oficina<br />
deverá possuir por forma a que possa<br />
assegurar condignamente a prestação do<br />
serviço nessa área.<br />
Formação profissional<br />
As unidades empresariais do futuro necessitam<br />
de Recursos Humanos dinâmicos,<br />
com capacidade de mudança e aprendizagem.<br />
A filosofia de um centro<br />
“Oficina CERTA” assenta precisamente<br />
nestes princípios. Em função <strong>das</strong> necessidades<br />
específicas de cada empresa aderente<br />
será elaborado um programa de formação<br />
ajustado, devendo esse mesmo<br />
programa ter sempre a anuência do responsável<br />
máximo da empresa.<br />
Outro dos objectivos da ARAN é sensibilizar<br />
os empresários para o facto de que<br />
terem uma equipa actualizada em conhecimentos,<br />
métodos e técnicas é levar as<br />
empresas para o desenvolvimento e competitividade.<br />
A importância da Formação Profissional<br />
assume especial relevância se considerarmos<br />
a constante mutação indispensável<br />
a qualquer empresa ou país para o seu desenvolvimento.<br />
A formação profissional<br />
deve contribuir para o progresso dos Recursos<br />
Humanos <strong>das</strong> empresas, anulando a<br />
falta de qualificações, por um lado e antecipando<br />
as necessidades futuras de qualificações,<br />
por outro.<br />
Ambiente<br />
Nesta área cada vez mais vasta e complexa<br />
serão também accionados todos os mecanismos<br />
por forma a que um centro “Oficina<br />
CERTA” seja um exemplo a seguir.<br />
Contemplará, como é óbvio, a defesa<br />
ambiental em matérias como os óleos usados,<br />
as baterias, os pneus, os resíduos de<br />
embalagens, as águas residuais bem como<br />
as normas de respeito pela qualidade do ar.<br />
Consultoria Técnica<br />
As “<strong>Oficinas</strong> CERTAS” têm ao seu dispor<br />
todo o tipo de apoio técnico na área<br />
da reparação automóvel. Este item, no<br />
qual a ARAN tem vindo a apostar nos últimos<br />
tempos, é de extrema importância e<br />
utilidade pois sem dúvida que na área da<br />
reparação automóvel ou as empresas, por<br />
um lado, se actualizam com formação e,<br />
- Benefício de uma imagem corporativa<br />
comum<br />
- Apoio da ARAN na implementação do<br />
sistema de qualidade na organização<br />
- Serviço de informação técnica ao associado<br />
- Plano de formação profissional adequado<br />
à empresa<br />
- Campanhas de publicidade comuns a<br />
toda a rede<br />
- Marketing comum às empresas aderentes<br />
- Reforço do poder negocial dessas empresas<br />
- Garantia de qualidade ao consumidor<br />
final<br />
- Crescimento da facturação <strong>das</strong> oficinas,<br />
aliado ao reforço da sua produtividade<br />
Requisitos<br />
da “Oficina CERTA”<br />
A concessão do símbolo “Oficina<br />
CERTA” às empresas implica o cumprimento<br />
por parte destas de alguns requisitos<br />
pré-estabelecidos pela ARAN em diversas<br />
áreas de intervenção:<br />
- Procedimentos Gerais de acordo com a<br />
CNQ 18<br />
- Licenciamento<br />
- Equipamento Oficinal<br />
- Formação Profissional<br />
- Seguros<br />
- Ambiente<br />
- Garantias da<strong>das</strong> ao Cliente<br />
- Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho<br />
- Infra-estruturas<br />
por outro, têm acesso à informação técnica<br />
ou então pura e simplesmente desaparecerão.<br />
A ARAN já iniciou o processo de recepção<br />
de candidaturas a este projecto,<br />
estando os seus serviços disponíveis para<br />
todo e qualquer esclarecimento adicional.<br />
Eventualmente este projecto terá o<br />
apoio de uma multinaciomal do sector automóvel.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
FORMAÇÃO Dezembro 2005 23<br />
OCEPRA tem a funcionar, nas<br />
suas instalações do Prior Velho,<br />
um Centro de Formação de Reconhecimento,<br />
Validação e Certificação<br />
de Competências Profissionais (CRVCC -<br />
PRO). Este Centro, até Abril de 2005,<br />
certificou 928 adultos com o 4º, 6º ou 9º<br />
ano de escolaridade, contribuindo assim<br />
para a valorização pessoal e profissional<br />
dos cidadãos.<br />
São muitas as vantagens deste processo<br />
para os profissionais e empresas na medida<br />
em que permite: Facilitar o contacto<br />
com as entidades empregadoras; Demonstrar<br />
claramente as competências<br />
profissionais que detêm; Incitar à valorização<br />
individual através da participação<br />
em acções de formação; Permitir às empresas<br />
delinear planos de formação mais<br />
ajustados às necessidades reais dos seus<br />
profissionais; Possibilitar processos de recrutamento<br />
mais eficazes; e Facilitar as<br />
empresas na gestão dos seus recursos humanos<br />
Centro RVCC PRO<br />
CEPRA reconhece<br />
competências<br />
O Centro RVCC PRO – Reconhecimento Validação e Certificação de Competências Profissionais – do<br />
CEPRA, destina-se aos mecânicos auto que pretendem ver certifica<strong>das</strong> as competências profissionais<br />
que adquiriram ao longo da vida, em diferentes situações.<br />
Destinado a mecânicos auto, empregados<br />
ou desempregados, que queiram ver certifica<strong>das</strong><br />
as suas competências profissionais, o<br />
CRVCC PRO baseia a sua intervenção<br />
num processo que permite a cada adulto,<br />
com a ajuda de profissionais especializados,<br />
identificar competências adquiri<strong>das</strong> ao<br />
longo da vida para serem posteriormente<br />
valida<strong>das</strong> certifica<strong>das</strong>. Os interessados podem<br />
candidatar-se a qualquer momento no<br />
CEPRA preenchendo para o efeito uma Ficha<br />
de Candidatura.<br />
No caso da pessoa não ter a totalidade<br />
<strong>das</strong> competências requeri<strong>das</strong>, terá acesso a<br />
respostas formativas que permitem obter os<br />
conhecimentos e competências em falta, a<br />
partir de um Plano Individual de Formação.<br />
O processo de Reconhecimento, Validação<br />
e Certificação de Competências decorre<br />
em horário laboral ou pós-laboral, com<br />
uma carga horária semanal de 3 horas. As<br />
inscrições são gratuitas e podem ser efectua<strong>das</strong><br />
no CRVCC – PRO, nos dias úteis<br />
<strong>das</strong> 9H00 às 17H30.<br />
PUB<br />
Para mais informações contactar:<br />
CEPRA - CRVCC PRO<br />
Drª Cecília Mendes<br />
Drª Carmen Ruivo<br />
Rua Francisco Salgado Zenha, 3<br />
2685-332 PRIOR VELHO<br />
Tel. 219 427 870<br />
Fax. 219 411 962<br />
eMail: cepra_rvccpro@hotmail.com<br />
COMO SE<br />
DESENVOLVE<br />
O CRVCC - PRO<br />
Reconhecimento<br />
Identificação <strong>das</strong> aprendizagens<br />
Validação<br />
<br />
<br />
Avaliação <strong>das</strong> competências<br />
face ao referencial<br />
Certificação<br />
Emissão dos respectivos certificados<br />
PRINCIPAIS<br />
ACTIVIDADES<br />
DO CENTRO CRVCC PRO<br />
- Identificação <strong>das</strong> Competências dos<br />
Adultos, adquiri<strong>das</strong> em vários contextos<br />
de vida nos âmbitos profissional e<br />
pessoal.<br />
- Elaboração de um dossier pessoal de<br />
Competências.<br />
- Apresentação da candidatura ao Júri de<br />
validação.<br />
- Avaliação da candidatura pelo Júri de<br />
validação.<br />
- Emissão da Carteira pessoal de Competências<br />
e dos Certificados correspondentes<br />
ao 1º, 2º ou 3º ciclo do Ensino<br />
Básico.<br />
PUB<br />
Equipamentos e<br />
Serviços Auto, Lda.<br />
TODA A GAMA DE EQUIPAMENTOS<br />
PARA OFICINAS E CENTROS DE INSPECÇÃO<br />
Av. S. Miguel Nº 249 Atelier 20 S. Miguel <strong>das</strong> Encostas 2775-750 Carcavelos<br />
Telf. : 214 528 899 Fax : 214 528 993 mg-equipamentos@clix.pt
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
EMPRESA<br />
Leirilis, Acessórios para Automóveis<br />
Expansão e especialização do negócio<br />
Desde 1985 que a Leirilis se dedica à comercialização de peças e acessórios a retalho para automóveis, com<br />
especialização na área eléctrica. Recentemente mudou de instalações para melhor poder servir o cliente.<br />
ALeirilis é uma empresa de retalho<br />
no âmbito <strong>das</strong> peças e acessórios<br />
que está historicamente ligada<br />
aos produtos Bosch. Nos 20 anos de<br />
actividade que leva, a Leirilis acompanhou<br />
as diversas fases da política de distribuição<br />
da Bosch, mantendo-se actualmente<br />
como um dos poucos distribuidores<br />
da marca para Portugal.<br />
“A Leirilis faz unicamente a revenda<br />
dos produtos Bosch podendo vender em<br />
todo o país, porém, apostamos concentrar<br />
a nossa actividade na zona centro,<br />
nomeadamente o distrito de Leiria”, começa<br />
por referir Vitor Saco, sócio gerente<br />
da Leirilis.<br />
Porém, a Leirilis não está dependente<br />
unicamente dos produtos Bosch, pois do<br />
seu portfólio constam alguns produtos de<br />
importação directa. “De modo a termos<br />
uma maior variedade de produto e que<br />
nos permitisse completar a oferta da<br />
Bosch, recorremos à importação de diverso<br />
material, que no fundo o mercado<br />
também já nos solicitava”, afirma Vitor<br />
Saco, adiantando que “o aumento do<br />
parque automóvel nos carros japoneses<br />
obriga também a uma maior diversificação<br />
da oferta”.<br />
A Leirilis é uma empresa<br />
especializada em material<br />
eléctrico para o sector auto<br />
Como facilmente se compreende olhando<br />
para a sua lista de representa<strong>das</strong>, a Leirilis<br />
é uma empresa especializada em material<br />
eléctrico, como nos confirma Saulo<br />
Saco, Director Comercial: “estamos de<br />
facto vocacionados para o material eléctrico,<br />
pois é nessa área que trabalhamos<br />
há muitos anos, e porque somos <strong>das</strong> poucas<br />
empresas nesta zona do país a fazê-lo.<br />
Porém, desenvolvemos algum trabalho na<br />
área da mecânica, mas praticamente só<br />
dentro da gama de produtos que a Bosch<br />
nos fornece”.<br />
Um dos aspectos onde a Leirilis se diferencia<br />
da concorrência é exactamente<br />
na política de produto, como nos explicou<br />
Vitor Saco: “a Leirilis não importa em<br />
grande escala, antes apostamos claramente<br />
em trabalhar gamas específicas em pequenas<br />
quantidades, de modo a que a nossa<br />
oferta seja o mais completa possível<br />
em termos de material eléctrico”.<br />
Novas instalações<br />
Desde finais de Julho passado que a<br />
Leirilis passou a desenvolver a sua actividade<br />
nas novas instalações, situa<strong>das</strong> junto<br />
à EN 1. “Ainda temos a nossa antiga loja<br />
no centro de Leiria, mas de tal maneira os<br />
clientes acolheram estas novas instalações,<br />
que vamos concentrar aqui a nossa<br />
actividade”, refere Vitor Saco.<br />
Num espaço mais organizado e dinâmico,<br />
onde existe um armazém, escritórios e<br />
balcão de ven<strong>das</strong>, a Leirilis passou assim<br />
a oferecer melhor serviço aos seus clientes,<br />
“permitindo por outro lado continuar<br />
a pensar na evolução do negócio”, adverte<br />
Vitor Saco.<br />
Considerando que se encontra num<br />
bom mercado, Saulo Saco, afirma que<br />
“to<strong>das</strong> as empresas de material eléctrico,<br />
de norte a sul do país, disputam bastante o<br />
mercado de Leiria, o que prova o seu interesse.<br />
Na minha opinião isso deve-se ao<br />
facto de ser um mercado onde se trabalha<br />
muito à volta do material de 24 volts, essencialmente<br />
para camionagem, que é<br />
aquele que envolve transacções mais eleva<strong>das</strong><br />
e que ninguém pode deixar de colocar<br />
no veículo, daí que seja um mercado<br />
muito disputado”.<br />
Trabalhando mais de 300 oficinas e algumas<br />
pequenas casas de retalho locais,<br />
os responsáveis da Leirilis, consideram<br />
que “muitas oficinas estão a passar e vão<br />
passar por dificuldades, pois não estão<br />
equipa<strong>das</strong> para dar resposta às necessidades<br />
do parque automóvel. Contudo, dentro<br />
de cinco anos esta situação vai também<br />
suceder nas oficinas para pesados”,<br />
afirma Saulo Saco.<br />
Mesmo assim, e atendendo às dificuldades<br />
porque passam as oficinas, nem por<br />
isso os responsáveis da Leirilis, através<br />
de Vitor Saco, deixam de considerar que<br />
“ainda existe espaço para crescer em termos<br />
de ven<strong>das</strong> e de produtos. Aliás, a<br />
aposta nestas novas instalações tem em<br />
vista uma expansão do negócio”.<br />
Vitor Saco e Salou Saco são os responsáveis principais da Leirilis e defendem que trabalhar<br />
material eléctrico exige alguma especialização<br />
Leirilis<br />
Acessórios para Automóveis<br />
Sede:<br />
Estrada da Marinha Grande, 31-A<br />
2400-187 Leiria<br />
Gerente<br />
Vitor Saco<br />
Director Comercial<br />
Saulo Saco<br />
Telefone:<br />
244 850 080<br />
Fax:<br />
244 850 089<br />
E-mail:<br />
leirilis@leirilis.com<br />
Internet<br />
www.leirilis.com<br />
Marcas comercializa<strong>das</strong><br />
BLAUPUNKT, BOSCH, CARGO, CGB,<br />
CORMAR, FAE, FUJI, GUILERA, HELLA,<br />
HUCO, JETSETECAR, JOHNSON PUMP,<br />
LIGHTLINE, MITSUBISHI, MOTUL, MTA,<br />
NAGARES, NEW-ERA, ORME, OSRAM,<br />
PIMAX, RINDER, SIDAT, SIM, SKF, SPAL,<br />
SWF, TESA, UNIPOINT, VALEO, VDO, WAI,<br />
WOODAUTO, ZEN e ZN
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Dezembro 2005 25<br />
Centros de rejuvenescimento automóvel Newcar<br />
Conceito sempre em renovação<br />
Nasceram em 1997 e actualmente já são 14 os Centros Newcar, mas a Hispanor pretende que venham a ser 40, apesar<br />
dos responsáveis da empresa considerarem que não é fácil encontrar profissionais para este sector.<br />
AHispanor é uma empresa com<br />
sede em Braga que desde há<br />
mais de 20 anos se dedica à comercialização<br />
e distribuição para Portugal<br />
de sistema e produtos destinados à reparação<br />
e manutenção de veículos.<br />
Devido à experiência acumulada e à especificidade<br />
do seu negócio, na segunda<br />
metade da década de 90, a Hispanor desenvolveu<br />
um novo conceito de serviço,<br />
designado por Newcar, que surge num<br />
contexto de contínua evolução e procura<br />
de novos produtos e serviços por parte<br />
desta empresa.<br />
A Newcar são centros de rejuvenescimento<br />
automóvel, onde são desenvolvidos<br />
serviços de limpeza (interior e exterior)<br />
e reparação de pequenas mossas e<br />
riscos na chapa, para além de muitos outros<br />
serviços que normalmente as tradicionais<br />
oficinas não fazem.<br />
“Como era cada vez mais difícil fidelizar<br />
os clientes e como a concorrência era<br />
muito grande, decidimos desenvolver o<br />
franchising Newcar, aproveitando e potenciando<br />
a venda dos produtos que tinhamos,<br />
oferecendo um serviço pouco conhecido<br />
em Portugal”, começa por afirmar<br />
Luís Oliveira, Director Comercial da<br />
Hispanor.<br />
Os centros Newcar desenvolvem uma<br />
série de serviços que normalmente nenhuma<br />
oficina (de marca ou independente)<br />
está apta a fazer (ver Lista de Serviços<br />
Newcar). Porém, o conceito de serviço foi<br />
também evoluindo durante a vida do projecto<br />
Newcar, pelo que actualmente “os<br />
centros fazem a reparação e/ou montagem<br />
de vidros, a reparação de plásticos e um<br />
novo serviço que é a cromagem dos plásticos”,<br />
refere Luís Oliveira, adiantado que<br />
“se se vendem e montam vidros, faz todo<br />
o sentido também vender escovas limpa<br />
vidros, ou ter lâmpa<strong>das</strong> para alguma necessidade”.<br />
Em alguns dos franchisados Newcar<br />
existe ainda um outro serviço, que passa<br />
pela execução de alguns trabalhos feitos<br />
no domicílio do cliente. Porém, “também<br />
podemos ir buscar 8, 10, 12 ou mais carros<br />
e fazer o trabalho de rejuvenescimento<br />
nas instalações dos nossos franchisados,<br />
até porque é esse o objectivo dos<br />
centros”, afirma Luís Oliveira.<br />
A reparação e montagem de vidros, os<br />
plásticos e a lavagem de veículos, são três<br />
vectores muito importantes na actividade<br />
dos centros Newcar. Contudo, “o serviço<br />
de lavagem é assumidamente mais caro<br />
que toda a concorrência, mas é também<br />
um serviço que tem uma qualidade muito<br />
superior a qualquer outro apresentado no<br />
mercado”, garante Luís Oliveira, que<br />
acrescenta ainda que “a lavagem é um<br />
serviço que se distingue claramente pela<br />
qualidade, enquanto os restantes são alternativas<br />
mais económicas, mas igualmente<br />
com bons níveis de qualidade e que<br />
são claramente uma alternativa viável<br />
face a outros muito mais dispendiosos”.<br />
Na Newcar existem vários tipos de<br />
clientes. Por um lado o cliente que é “enviado”<br />
pelas seguradoras para a troca ou<br />
reparação do pára-brisas, os concessionários<br />
de marca, os comerciantes de automóveis<br />
e os particulares que têm gosto pelo<br />
seu carro e querem mantê-lo impecável.<br />
“Podemos afirmar que 50% dos nossos<br />
clientes são profissionais e os outros 50%<br />
são particulares”, assegura o responsável<br />
da Newcar.<br />
Neste momento já existem 14 centros<br />
Newcar, que até poderiam ser mais, pois<br />
Requisitos para ser um Centro Newcar<br />
Para se ter um Centro Newcar existe um conjunto de requisitos e procedimentos a ter em<br />
conta, de modo a cumprir com os níveis de qualidade impostos pela Hispanor. Tratam-se de<br />
requisitos que passam pela dimensão <strong>das</strong> instalações, equipamentos necessários para a<br />
execução dos serviços, imagem dos centros, normas para procedimentos, entre outros, que a<br />
Hispanor facilmente poderá facultar a todos os interessados.<br />
Mas mais importante que isso, na opinião de Luís Oliveira é que “o dono, ou alguém da<br />
máxima confiança dele, tem que ser o responsável do centro. Não se trata de uma<br />
obrigatoriedade, mas como estamos a falar de um negócio pequeno mas rentável, é<br />
imprescindível que o nível de qualidade exigido tenha por trás uma pessoa com interesse na<br />
própria empresa”.<br />
Igualmente importante é que os centros Newcar estejam em zonas de grande potencial de<br />
negócio, tendo por base um estudo que a própria Hispanor já desenvolveu sobre esse assunto.<br />
“Não menos importante é que o interessado em colocar de pé um centro Newcar tenha que<br />
possuir uma forte aptidão comercial, pois a componente técnica e de serviço acaba por ser<br />
fornecida através de formação específica”, refere Luís Oliveira.<br />
Lista de Serviços Newcar<br />
- Reparação de pequenas amolgadelas<br />
sem repintura;<br />
- Retoques de pintura sem necessidade<br />
de pintar toda a peça;<br />
- Restauro, reparação e pintura de<br />
plásticos interiores (tabliers);<br />
- Restauro, reparação, pintura de<br />
plásticos exteriores (pára-choques);<br />
- Reparação de pára-brisas partidos ou<br />
estalados;<br />
- Substituição de pára-brisas;<br />
- Lavagem de estofos;<br />
- Reparação de estofos queimados ou<br />
cortados;<br />
- Reparação e pintura de estofos em<br />
couro ou vinil;<br />
- Pintura e restauro de jantes;<br />
- Polimento rápido da pintura;<br />
- Gravação de matrícula em vidros e<br />
faróis;<br />
- Eliminação de cheiros e recuperação do<br />
aroma de carro novo;<br />
- Impermeabilização de estofos e de todo<br />
o interior de veículo;<br />
- Lavagem do motor;<br />
- Bed Lining (Protecção anti-choque e<br />
antideslizante do compartimento de<br />
carga de pick-ups e veículos<br />
comerciais).<br />
foi necessário “apostar imenso numa selecção<br />
e controlo muito rigoroso, para<br />
tentar manter os centros dentro da qualidade<br />
exigível, mesmo sabendo que em alguns<br />
deles ainda podemos melhorar bastante”.<br />
O objectivo da Hispanor é chegar<br />
aos 40 centros Newcar, mas devido à crise<br />
e à dificuldade em encontrar parceiros<br />
credíveis, tal situação só virá a acontecer<br />
num futuro a médio/longo prazo.<br />
Apesar da teórica concorrência do autocentros,<br />
especializados em mecânica, os<br />
centros Newcar nunca irão seguir esse caminho,<br />
como nos confidenciou Luís Oliveira:<br />
“O mercado dos autocentros começa<br />
a estar saturado, enquanto aquilo que<br />
os centros Newcar fazem é algo que ainda<br />
tem margem para crescer, apesar de ser<br />
muito difícil encontrar as pessoas certas<br />
para trabalhar neste negócio. Talvez por<br />
isso é que não existe tanta concorrência<br />
nesta área, pois não é fácil abrir centros<br />
Hispanor<br />
Director-Comercial<br />
Luís Oliveira<br />
Morada<br />
Loteamento do Feital, Lote 12 - Frossos<br />
4700-152 Braga<br />
Telefone<br />
253 300 340<br />
Fax<br />
253 625 560<br />
E.mail<br />
luis.oliveira@hispanor.pt<br />
Internet<br />
www.hispanor.pt<br />
www.newcar.pt
26<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
EMPRESA<br />
Pedroso & Matias<br />
Rentabilizar<br />
a actividade oficinal<br />
Os produtos químicos para o automóvel são um negócio que está em crescendo junto do mercado oficinal. Atendendo a<br />
esta realidade, a Pedroso & Matias pretende relançar em Portugal a marca holandesa PM Petromark.<br />
Rui Moreira, Director Comercial da Pedro &<br />
Matias, considera que “as oficinas terão que<br />
apostar cada vez mais neste tipo de<br />
produtos, por razões de rentabilidade da<br />
oficina”<br />
Apresença da Pedroso & Matias<br />
no recente Salão ExpoAuto, na<br />
Batalha, visava a divulgação dos<br />
seus produtos, nomeadamente junto do<br />
mercado retalhista e oficinal. Dispondo<br />
de uma gama de produtos fortemente vocacionados<br />
para o sector automóvel, esta<br />
empresa de Pêro Pinheiro, representa em<br />
Portugal a marca PM Petromark, de origem<br />
holandesa, que fabrica produtos para<br />
a manutenção automóvel.<br />
“Também temos alguns produtos orientados<br />
para o Car Care, contudo a nossa<br />
gama está mais vocacionada para a manutenção<br />
auto, isto é, são produtos que devem<br />
ser utilizados nas oficinas para limpeza<br />
e lubrificação de componentes mecânicos”,<br />
afirma Rui Moreira, Director<br />
Comercial da Pedroso & Matias.<br />
Contudo, a gama de produtos é ainda<br />
mais vasta, como nos adiantou o mesmo<br />
responsável: “Temos ainda aditivos para<br />
uso em máquinas que fazem a limpeza de<br />
sistemas de gasóleo e gasolina, outro tipo<br />
de aditivos para adicionar aos combustíveis,<br />
massas de lavar mãos, fluidos de travões,<br />
sprays de tinta para plástico e para<br />
jantes, produtos para limpeza de radiadores,<br />
entre muitos outros para as mais diversas<br />
aplicações. Podemos caracterizar<br />
estes produtos como consumíveis para<br />
oficina”.<br />
Para além da marca e dos produtos PM<br />
Petromark, existe ainda uma outra marca,<br />
igualmente do mesmo fabricante, que é a<br />
PM Xeramic. “São também produtos para<br />
consumo oficinal, embora tenham por<br />
base os tratamentos de motor e caixa de<br />
velocidades de base cerâmica”, afirma<br />
Rui Moreira, acrescentando que se trata<br />
“de um produto de topo com excelentes<br />
propriedades de lubrificação desenvolvidos<br />
à base de materiais cerâmicos, que<br />
são utilizados essencialmente na tecnologia<br />
espacial, mas que estão a ser cada vez<br />
mais usados nos automóveis”.<br />
Face à concorrência que existe, a Pedroso<br />
& Matias, assume a diferença pela<br />
qualidade dos produtos que comercializa<br />
mas também “pelo facto de trabalharmos<br />
apenas este tipo de produtos, o que nos<br />
permite concentrar unicamente neste negócio<br />
e assim prestar um melhor serviço<br />
ao cliente”, esclarece Rui Moreira.<br />
Distribuição<br />
Tendo a responsabilidade de importar e<br />
representar em Portugal os produtos da PM<br />
Petromark, a Pedroso & Matias, assentou a<br />
sua estratégia de distribuição numa rede de<br />
retalhistas que se encarrega de distribuir os<br />
produtos pelos seus clientes que são as oficinas.<br />
“Neste momento temos 20 distribuidores<br />
espalhados por quase todo o país,<br />
mas é nossa intenção dar uma melhor cobertura<br />
em determina<strong>das</strong> zonas”, refere este<br />
responsável da empresa, adiantando que<br />
“estamos também a negociar junto dos<br />
auto-centros, que são igualmente potenciais<br />
clientes”.<br />
Para além da distribuição, a Pedroso &<br />
Matias, garante o acompanhamento dos<br />
seus clientes na aplicação deste tipo de produtos,<br />
“se for caso disso até nas próprias<br />
oficinas. Contudo, tem que haver sempre<br />
um aconselhamento técnico de qual o produto<br />
que deve ser usado para determinado<br />
tipo de situação. Essa formação é feita junto<br />
dos retalhistas que por sua vez a transmitem<br />
a quem utiliza os produtos”. Para Rui<br />
Moreira, a formação e acompanhamento<br />
técnico “é um aspecto crucial deste negócio,<br />
pois se um produto for mal aplicado,<br />
normalmente quem o utiliza acaba por dizer<br />
que o produto não tem qualidade, o que<br />
de facto não é verdade”.<br />
Para além da marca PM Petromark, a Pedro & Matias comercializa a PM Xeramic, que são<br />
produtos para tratamento de motor e caixa de velocidades de base cerâmica<br />
Mercado<br />
O mercado de consumíveis oficinais,<br />
mesmo não existindo números concretos,<br />
tem vindo a crescer, sendo esta uma<br />
situação que Rui Moreira explica como<br />
“natural devido a questões ambientais. A<br />
utilização dos diluentes e do pincel para<br />
limpeza de diversos componentes mecânicos<br />
tem tendência a acabar, até porque<br />
a fiscalização é cada vez maior. No fundo<br />
os sprays permitem uma limpeza melhor,<br />
mais rápida e ambientalmente compatível”.<br />
Considerando que se trata de um negócio<br />
com futuro, Rui Moreira esclarece<br />
que “as oficinas terão que apostar cada<br />
vez mais neste tipo de produtos. Por um<br />
lado devido à própria evolução tecnológica<br />
dos automóveis, por outro, pelas já referi<strong>das</strong><br />
questões ambientais e, por último,<br />
por razões que se prendem com a própria<br />
rentabilidade da oficina”.<br />
Pedroso & Matias, Lda<br />
Sede:<br />
Rua de Covões, 20<br />
2715-020 Pêro Pinheiro<br />
Director Comercial<br />
Rui Moreira<br />
Telefone:<br />
219 673 222<br />
Telemóvel<br />
938 308 325<br />
Fax:<br />
219 673 224<br />
E-mail:<br />
comercial@pedrosoematias.pt
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Dezembro 2005 27<br />
Pneubase<br />
Centro de mobilidade<br />
Inaugurado no passado mês de Julho, em Vila Verde, Sintra, a Pneubase é o resultado de um<br />
projecto que levou três anos a ser concretizado. Nada foi deixado ao acaso, e embora o nome da<br />
empresa a identifique com uma oficina de pneus, o seu âmbito de actuação é muito mais<br />
abrangente, definindo-se como um Centro de Mobilidade.<br />
APara os gerentes da Pneubase,<br />
Paulo Cristóvão e sua mulher Maria<br />
João “a filosofia do negócio<br />
assenta na necessidade de mobilidade <strong>das</strong><br />
pessoas, por isso dotamos a empresa com<br />
todos os meios que permitem resolver os<br />
problemas de mobilidade dos clientes que<br />
nos visitam. Desde a montagem de pneus, à<br />
substituição do óleo de motor, passando<br />
pela montagem de travões, escovas limpavidros<br />
ou outros tipos de consumíveis, o<br />
automobilista que procura os nossos serviços<br />
tem a garantia de ver o seu problema de<br />
mobilidade resolvido”.<br />
Para Paulo Cristóvão “a venda tem de ser<br />
um momento memorável, por isso dispomos<br />
do melhor equipamento do mercado,<br />
de técnicos competentes e um atendimento<br />
personalizado, cujo objectivo é conseguir<br />
ultrapassar as expectativas do cliente”.<br />
Embora a Pneubase tenha sido concebida<br />
para dar assistência a todo o tipo de veículos,<br />
de momento só trabalha com ligeiros,<br />
4x4, comerciais e motociclos. Esta opção<br />
deve-se à conjuntura negativa do mercado,<br />
que tem vindo a baixar a actividade dos<br />
veículos pesados na zona onde está inserida.<br />
No entanto, a actual carteira de clientes<br />
é bastante razoável, uma vez que a empresa<br />
teve a sua origem na casa de pneus AS<br />
Costa, fundada há mais de três déca<strong>das</strong> por<br />
António da Silva Costa, e cujos clientes<br />
transitaram naturalmente para a Pneubase.<br />
As instalações dispõem de uma ampla<br />
área de recepção, com acesso directo a<br />
A Pneubase é um projecto a<br />
médio/longo prazo, por isso a<br />
sua aposta principal é na<br />
mobilidade <strong>das</strong> pessoas<br />
uma loja, onde o cliente, para além de poder<br />
escolher os pneus que vai montar no<br />
seu veículo, pode também adquirir vários<br />
acessórios para o carro ou peças de vestuário<br />
de marcas de prestígio liga<strong>das</strong> ao<br />
mundo automóvel. Na decoração da oficina<br />
foi dada também grande importância<br />
às imagens publicitárias <strong>das</strong> várias marcas<br />
de pneus que comercializa, tendo associado<br />
a cada marca os principais valores<br />
que a identificam.<br />
Conta actualmente com catorze funcionários,<br />
que aliam uma grande experiência<br />
profissional no sector a cursos de formação<br />
nas marcas de pneus e na própria emprersa.<br />
O equipamento disponível é todo topo de<br />
gama, desde as máquinas de montar e desmontar<br />
pneus da Corghi, com tecnologia<br />
para dar assistência aos modernos pneus<br />
runflat, às máquinas de alinhar direcções da<br />
Hunter e elevadores Omer. “Apostámos em<br />
máquinas de topo de gama porque somos<br />
demasiado pobres para comprar barato”,<br />
Produto<br />
Principais marcas<br />
de pneus comercializa<strong>das</strong>:<br />
Michelin, Bridgestone, Goodyear e Nokian<br />
Principais marcas<br />
de jantes comercializa<strong>das</strong>:<br />
Mille Miglia, TSW, O2<br />
Tipo de serviços prestados:<br />
Pneus, alinhamento de direcção,<br />
equilibragem de ro<strong>das</strong>, mecânica rápida,<br />
motos, loja auto e boutique.<br />
Dados da empresa<br />
Fundador:<br />
António da Silva Costa<br />
Nome:<br />
Pneubase<br />
Morada:<br />
Rua da Aviação Portuguesa, 110<br />
Vila Verde<br />
2705-845 Terrugem SNT<br />
Telefone:<br />
219.609.120<br />
Fax:<br />
219.609.129<br />
E-mail:<br />
geral@pneubase.com<br />
Internet:<br />
www.pneubase.com<br />
Nome dos responsáveis:<br />
Maria João Cristóvão, Paulo Cristóvão,<br />
Dora Costa, António Costa e Capitolina<br />
Costa<br />
Maria João e Paulo Cristóvão dois dos responsáveis da Pneubase, estão totalmente<br />
integrados neste novo negócio.<br />
assim define Paulo Cristóvão esta sua opção<br />
pela qualidade. E comprova que o investimento<br />
em material topo de gama permite-lhe<br />
uma maior rentabilidade e eficácia,<br />
conseguindo com 10 funcionários fazer<br />
o trabalho de cerca de 20, com mais rapidez,<br />
rigor e eficácia. A aposta é também<br />
ganha a nível do impacto visual que o equipamento<br />
consegue ter junto do cliente,<br />
transmitindo-lhe os valores de qualidade,<br />
responsabilidade e eficiência que promove.<br />
Espera deste modo conseguir ter, dentro<br />
de pouco tempo, uma grande faixa de<br />
clientes com modelos topo de gama, para<br />
quem o custo do serviço é secundário, mas<br />
valorizam o atendimento personalizado, a<br />
tecnologia dos equipamentos e a competência<br />
dos técnicos.<br />
“Queremos ser uma empresa de referência<br />
na nossa zona e por isso estamos a<br />
apostar na qualidade do nosso serviço”, diz<br />
Paulo Cristóvão, para quem as exigências<br />
do negócio obrigaram a fazer uma Pós-<br />
Graduação na Universidade Católica em<br />
Gestão de Empresas e Gestão Oficinal.<br />
“Senti necessidade de ter essa formação,<br />
porque a actividade exige conhecimentos<br />
em várias áreas diferentes, mas complementares,<br />
como o marketing, a tecnologia e<br />
a gestão empresarial. Por outro lado o<br />
cliente é cada vez mais conhecedor do produto,<br />
e quem está à frente de uma empresa<br />
como esta tem de ter o máximo de conhecimentos<br />
para poder dialogar com o cliente.<br />
Esse é aliás o nosso principal trabalho, falar<br />
com os clientes, aconselhá-los e informálos<br />
sobre as novidades e as melhores opções<br />
para uma escolha acertada”.<br />
O sucesso desta empresa fica também a<br />
dever-se à excelente colaboração dos fornecedores,<br />
nomeadamente da Cometil, que<br />
na pessoa do seu administrador, Pedro de<br />
Jesus, acompanhou todos os passos da organização,<br />
disposição e montagem dos<br />
equipamento, facultando todo o apoio técnico<br />
necessário para o perfeito funcionamento<br />
dos mesmos.<br />
“Investimos também num conjunto de<br />
pormenores que identificam a nossa filosofia<br />
de trabalho, como a obra de arte de um<br />
conhecido escultor estrategicamente colocada<br />
à entrada do edifício, o Totem com a<br />
identificação da empresa, os espaços verdes<br />
que rodeiam as instalações, ou ainda a<br />
instalação de um fraldário, sendo provavelmente<br />
a única oficina em Portugal a dispor<br />
deste “equipamento”. É um marketing directo<br />
que tem como objectivo transmitir ao<br />
clientes os nossos valores.<br />
A nossa filosofia passa também pela<br />
dignificação do negócio de pneus, que entendemos<br />
não deve ser considerado um<br />
trabalho menos digno, antes pelo contrário,<br />
uma vez que estamos a lidar com um<br />
dos componentes automóvel que mais<br />
tem evoluído tecnologicamente”, concluiu<br />
Paulo Cristóvão.
28<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Conselhos práticos de verificação e montagem de amortecedores<br />
Verificação e teste de amortecedores<br />
Em Portugal, estima-se que um em cada dois automóveis em circulação, possui amortecedores excessivamente usados ou<br />
danificados. A verificação do estado dos amortecedores pelos mecânicos é um serviço útil para o automobilista, já que se trata de<br />
um importante componente de segurança, e proveitoso para a oficina, pois abre novas perspectivas de negócio.<br />
FIXAÇÕES<br />
E CASQUILHOS<br />
Estes elementos não devem<br />
estar partidos nem enfraquecidos<br />
por excessivo desgaste ou por<br />
corrosão. Os casquilhos, por sua<br />
vez, não devem estar deformados<br />
ou gretados, pois provocam<br />
ruídos de suspensão ao acelerar,<br />
travar na transposição de<br />
obstáculos. Quando os casquilhos<br />
apresentam anomalias o<br />
amortecedor deve ser substituído.<br />
BATENTES<br />
E GUARDA PÓS<br />
Os batentes de compressão e<br />
extensão destinam-se a limitar o<br />
curso da suspensão, ao passo que<br />
os guarda-pós protegem a haste<br />
do amortecedor e o respectivo<br />
retentor. Se os batentes estiverem<br />
partidos ou gretados a mola está<br />
fraca e pode ser necessária a<br />
substituição de todo o montante<br />
da suspensão. Se houver zonas do<br />
chassis acima do batente poli<strong>das</strong><br />
e sem tinta o amortecedor está<br />
gasto ou a mola enfraquecida, ou<br />
ambas as coisas.<br />
COMPONENTES DE<br />
MONTAGEM SUPERIOR<br />
Com o veículo no elevador é<br />
possível detectar se a montagem<br />
superior tem um movimento<br />
vertical excessivo. Par verificar a<br />
folga lateral, movimenta-se a<br />
mola para dentro e para fora,<br />
utilizando as mãos. Se houver<br />
folga excessiva ou ruídos, pode<br />
ser necessário substituir os<br />
elementos de montagem<br />
superiores, a fim de garantir o<br />
normal funcionamento do<br />
amortecedor.<br />
FUGAS, DEFORMAÇÕES<br />
E VEIOS USADOS<br />
Com a fuga de óleo, o amortecedor<br />
perde a sua capacidade de<br />
amortecimento. Se existirem<br />
mossas ou deformações no corpo<br />
do amortecedor, o movimento do<br />
êmbolo é contrariado durante o<br />
seu curso, alterando negativamente<br />
as características do amortecimento.<br />
O veio ou haste, por seu<br />
turno, não deve apresentar sinais<br />
de corrosão, riscos ou picadelas,<br />
pois isso deteriora o retentor, provocando<br />
a perda de óleo. Em<br />
qualquer destas situações o amortecedor<br />
deve ser substituído.<br />
DESGASTE IRREGULAR<br />
DE PNEUS<br />
Devido à sua elasticidade, os<br />
pneus reflectem o comportamento<br />
dos amortecedores.<br />
Quando estes estão muito usados,<br />
os pneus começam apresentar<br />
um desgaste irregular, o que<br />
pode ser comprovado ao girar a<br />
roda no sentido contrário ao da<br />
deslocação do veículo, passando<br />
a mão sobre a banda de rolamento<br />
do pneu. Nesta situação, as<br />
condições de aderência tornamse<br />
muito precárias, aumentando<br />
o risco de acidentes.<br />
OUTROS COMPONENTES<br />
COM IMPACTO NA<br />
SUSPENSÃO<br />
Os casquilhos e as rótulas<br />
dos braços de suspensão, assim<br />
como da direcção, ajudam a<br />
suspensão a cumprir o seu papel,<br />
quando estão em boas condições.<br />
Quando o seu desgaste<br />
é excessivo, assim como do<br />
cubo da roda ou <strong>das</strong> juntas da<br />
transmissão, os amortecedores<br />
são mais solicitados e perdem a<br />
capacidade óptima de amortecimento.<br />
Rótulas e casquilhos<br />
ressequidos e gretados devem<br />
ser substituídos. Por outro lado,<br />
com o carro no elevador (assente<br />
no chassis) solicite manualmente<br />
todos os elementos<br />
da suspensão e direcção, para<br />
comprovar a existência de folgas<br />
excessivas. Se for esse o<br />
caso, é necessário substituir a<br />
peça que origina a anomalia.<br />
TESTE NA ESTRADA<br />
Durante a prova de estrada é<br />
aconselhável usar o cinto de segurança,<br />
não apenas por razões legais<br />
e de segurança, mas igualmente<br />
porque dá ao condutor uma<br />
maior sensibilidade <strong>das</strong> reacções<br />
do veículo. Sendo o papel principal<br />
do amortecedor a estabilização<br />
dos movimentos da suspensão,<br />
se verificar durante o teste de<br />
estrada que o carro assenta de traseira<br />
ao arrancar e afocinha ao<br />
travar, para além de se inclinar<br />
demasiado nas curvas fecha<strong>das</strong>, é<br />
porque os amortecedores estão<br />
gastos e perderam a sua acção.<br />
Outros sintomas dessa anomalia<br />
são as oscilações verticais e laterais<br />
da carroçaria excessivas, o<br />
que torna a condução aleatória e<br />
arriscada.<br />
TESTE DE RECUPERAÇÃO<br />
Embora não pareça muito científico,<br />
este teste dá indicações seguras<br />
sobre o estado dos amortecedores.<br />
Com o carro parado,<br />
comprime-se manualmente a carroçaria<br />
para baixo, soltando-a rapidamente<br />
em seguida. A recuperação<br />
da suspensão até à sua posição<br />
normal deve ser progressiva e<br />
não pode dar origem a novas oscilações.<br />
Se as oscilações da carroçaria<br />
forem excessivas, os amortecedores<br />
estão já fora de uso,<br />
pondo em risco a condução. Durante<br />
este teste, é preciso ter em<br />
conta que há vários elementos da<br />
suspensão que contribuem para a<br />
estabilização dos movimentos da<br />
carroçaria, como é o caso <strong>das</strong> barras<br />
estabilizadoras e to<strong>das</strong> as<br />
uniões flexíveis (rótulas, casquilhos,<br />
“ silent blocks “, etc.). Para<br />
além dos amortecedores, pode haver<br />
outros componentes a precisar<br />
de revisão.<br />
PROVAS NO BANCO<br />
DE SUSPENSÃO<br />
Os bancos de teste para suspensões<br />
permitem verificar assimetrias<br />
entre as ro<strong>das</strong> do mesmo<br />
eixo e a eficácia da suspensão,<br />
medindo a aderência de cada<br />
roda, através da força dinâmica de<br />
sustentação mínima. Estes equipamentos,<br />
amplamente usados no<br />
sector de reparação e na inspecção<br />
de veículos, fornecem indica-
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MECÂNICA PRÁTICA Dezembro 2005 29<br />
ções muito detalha<strong>das</strong> e precisas sobre o<br />
comportamento dinâmico dos trens rolantes<br />
do veículo ensaiado, mas é necessário<br />
seguir as instruções do fabricante, para evitar<br />
que os resultados do teste sejam afectados<br />
pelas suas deficientes condições de realização.<br />
Os valores da pressão dos pneus, a<br />
posição da roda na plataforma (ao centro),<br />
o accionamento do travão de mão e o incumprimento<br />
de outras recomendações<br />
pertinentes podem distorcer consideravelmente<br />
os resultados do teste. Convém entretanto<br />
notar que a avaliação completa do<br />
funcionamento de um amortecedor só é<br />
possível num banco de testes dinamométrico,<br />
capaz de medir as forças de compressão<br />
e extensão do componente em causa. Este<br />
tipo de bancos é usado pelos fabricantes de<br />
amortecedores no controlo de produção e<br />
no desenvolvimento de novos produtos.<br />
Nos bancos de ensaio de plataformas vibratórias,<br />
o princípio de funcionamento assenta<br />
no peso estático de cada roda (100%),<br />
que varia de acordo com a frequência de vibrações<br />
aplica<strong>das</strong> às ro<strong>das</strong> (entre 3 e 18<br />
Hz). A equação que permite avaliar o rendimento<br />
percentual de cada roda é: Peso<br />
Dinâmico Mínimo/Peso Estático X 100.<br />
Valores superiores a 40% de rendimento<br />
são considerados geralmente aceitáveis,<br />
mas é necessário examinar individualmente<br />
todos e cada um dos elementos da suspensão<br />
(molas, casquilhos, rótulas e amortecedores).<br />
Se a assimetria entre as ro<strong>das</strong> do<br />
mesmo eixo for superior a 20% é imperativo<br />
fazer uma revisão completa a toda a suspensão.<br />
Mesmo nos casos em que a aderência<br />
está em bom nível (rendimento superior<br />
a 60%), é conveniente efectuar a verificação<br />
visual dos amortecedores, a fim de detectar<br />
fugas ou deformações que possam<br />
comprometer o rendimento do amortecedor<br />
a curto prazo. Além disso, há certos veículos<br />
que possuem de origem uma suspensão<br />
demasiado elástica, que não permite efectuar<br />
uma avaliação com o banco de plataformas<br />
vibratórias. Nesses casos, é necessário<br />
recorrer aos procedimentos descritos<br />
no capítulo inicial deste trabalho.<br />
ELEMENTOS<br />
COMPLEMENTARES<br />
DE DIAGNÓSTICO<br />
A quilometragem e a idade do veículo<br />
são indicadores indirectos da condição dos<br />
amortecedores. Muitos condutores pensam<br />
que os amortecedores não são consumíveis,<br />
mas a realidade é que a sua vida média ronda<br />
os 60 mil km, dependendo <strong>das</strong> condições<br />
de utilização da viatura em que estão<br />
montados e da qualidade do equipamento<br />
original. As regras de uma boa manutenção<br />
aconselham uma verificação aos amortecedores<br />
todos os anos ou a cada 20 mil km.<br />
Por outro lado, durante a entrevista ao<br />
cliente, as queixas do condutor sobre o<br />
comportamento da viatura que conduz podem<br />
fornecer indicações importantes sobre<br />
o estado dos amortecedores. São perguntas<br />
incontornáveis as seguintes:<br />
- Há quanto tempo (km) mandou verificar<br />
ou substitui os amortecedores?<br />
- O carro afocinha ao travar?<br />
- É difícil controlar o carro nas curvas?<br />
- Ao circular de noite o feixe luminoso<br />
dos faróis oscila?<br />
- Teve que trocar os pneus por desgaste<br />
irregular?<br />
APERFEIÇOAR<br />
A ESTRATÉGIA<br />
COMERCIAL<br />
Está demonstrado que cerca de 80% <strong>das</strong><br />
operações de substituição de amortecedores<br />
resultam de veículos que foram à oficina<br />
para outro tipo qualquer de manutenção ou<br />
reparação. Sendo assim, deve ser norma da<br />
oficina efectuar uma avaliação primária do<br />
estado dos amortecedores de to<strong>das</strong> as viaturas<br />
que chegam às suas instalações, mesmo<br />
que seja apenas para mudar um filtro ou o<br />
óleo, por exemplo. Mesmo que os amortecedores<br />
não estejam completamente degradados,<br />
pode haver outros componentes da<br />
suspensão a necessitar de revisão ou substituição,<br />
o que representa novas oportunidades<br />
de negócio. Por outro lado, é alarmante<br />
a ignorância dos condutores sobre as consequências<br />
e os riscos decorrentes do mau estado<br />
dos amortecedores. Nunca perca a<br />
oportunidade de esclarecer os clientes da<br />
sua oficina acerca de factos como estes,<br />
comprovados por instituições idóneas e independentes<br />
(TUV, por exemplo):<br />
- A 80 km/h a distância de travagem aumenta<br />
2,6 metros, se os amortecedores tiverem<br />
deficiências.<br />
- Com amortecedores a 50% da sua capacidade<br />
original o controlo do veículo em<br />
curva torna-se problemático a partir de 57<br />
km/h, aumentando o risco de aquaplaning<br />
em mais 10-15%.<br />
- O risco de encandeamento dos condutores<br />
que circulam em sentido contrário é<br />
real se os amortecedores estiverem gastos e<br />
os faróis oscilarem demasiadamente.<br />
- Os amortecedores inoperacionais provocam<br />
o desgaste prematuro dos pneus,<br />
elementos da suspensão e muitos outros<br />
componentes do veículo.<br />
Fonte: Monroe<br />
01<br />
02<br />
01 - Para seleccionar o amortecedor indicado<br />
para uma determinada viatura é<br />
necessários saber a sua marca, modelo e<br />
ano de fabrico, bem como o tipo de motor<br />
e potência. O tipo de suspensão (molas<br />
helicoidais, barras de torção, semi elípticas,<br />
eixo rígido ou suspensão independente,<br />
suspensão pneumática, etc.), bem<br />
como as dimensões da jante, são outros<br />
elementos necessários para efectuar a<br />
busca nos catálogos de produtos actualmente<br />
disponíveis. Antes de efectuar a<br />
montagem é importante verificar se a referência<br />
existente na embalagem do produto<br />
coincide com o número recomendado<br />
pelo catálogo.<br />
02 - As ferramentas pneumáticas apenas<br />
devem ser usa<strong>das</strong> para desmontar os<br />
amortecedores avariados. Na montagem<br />
de amortecedores a utilização de ferramentas<br />
pneumáticas é desaconselhada,<br />
pois o excesso de aperto pode facilmente<br />
deteriorar roscas e partir porcas e parafusos,<br />
o que irá prejudicar o correcto funcionamento<br />
do amortecedor.<br />
03 - Utilizar apenas ferramentas adequa<strong>das</strong><br />
e em bom estado de conservação.<br />
O veio polido do amortecedor não deve<br />
sofrer impactos nem ser manipulado por<br />
ferramentas que possam deixar marcas no<br />
metal. As irregularidades do metal do<br />
veio ocasionam o desgaste prematuro do<br />
retentor da haste, o que dá origem a fugas<br />
05<br />
CORRECTA MONTAGEM DE AMORTECEDORES<br />
03<br />
04<br />
de óleo, a causa mais frequente para a<br />
avaria de amortecedores.<br />
04 - Antes de montar amortecedores de<br />
cartucho, é conveniente despejar algum<br />
óleo na coluna da suspensão, pois isso permitirá<br />
a dissipação mais rápida do calor do<br />
amortecedor, para além de inibir a corrosão<br />
e eliminar ruídos.<br />
05 - Para activar o amortecedor novo é<br />
necessário comprimi-lo várias vezes antes<br />
da sua instalação, tendo a precaução de<br />
efectuar essa operação com o amortecedor<br />
na mesma posição em que será montado no<br />
veículo.<br />
06 - Apertar a fixação superior do amortecedor<br />
apenas quando o carro estiver com<br />
as ro<strong>das</strong> assentes. Isto permite que a suspensão<br />
fique na sua posição estática normal,<br />
o que evita que a borracha dos casquilhos<br />
sofra um aperto excessivo.<br />
07 - Sempre que haja instruções de montagem<br />
com binário de aperto para porcas e<br />
parafusos, deve ser utilizada uma chave dinamométrica.<br />
Aperto excessivo pode deteriorar<br />
as peças originais, o que provoca a<br />
avaria prematura do amortecedor.<br />
08 - A direcção deve ser alinhada após a<br />
substituição de amortecedores, verificando-se<br />
os ângulos de convergência, avanço<br />
e queda.<br />
07<br />
06<br />
08
30<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
CONHECER<br />
O Catalisador ( I Parte )<br />
O que deve saber sobre o catalisador<br />
Contrariamente ao que as pessoas pensam, o catalisador não é um tipo qualquer de filtro que se enche<br />
de fuligem. É, na realidade, um dispositivo que transforma elementos nocivos noutros elementos<br />
inofensivos para o ambiente, sem tomar parte nas reacções que operam essa transformação.<br />
ESTRUTURA DO CATALISADOR<br />
O catalisador é o mais eficiente dispositivo<br />
de eliminação da poluição provocada<br />
pelos motores, sendo os seus elementos<br />
constituintes a seguir descritos:<br />
Catalisador de 3 vias<br />
- Panela de aço inoxidável, para permitir<br />
aumentar a vida útil do sistema e suportar<br />
as altas temperaturas de funcionamento.<br />
Cones de entrada<br />
e saída<br />
- Cones de entrada e saída desenhados<br />
para distribuir uniformemente o gases de<br />
escape por toda a superfície do monólito,<br />
reduzindo a pressão de retorno ao mínimo.<br />
- Orifício roscado na parte anterior/superior,<br />
para permitir a fácil montagem da sonda<br />
Lambda.<br />
- Escudos térmicos são colocados em<br />
baixo e/ou em cima do catalisador para<br />
proteger o chassis e o exterior <strong>das</strong> altas<br />
temperaturas.<br />
Catalisadores<br />
Película<br />
Protuberâncias<br />
- Uma cobertura isoladora protege o monólito<br />
<strong>das</strong> vibrações e calor excessivo.<br />
Panela Inox<br />
Isolador<br />
Monólito<br />
Diagrama de um monólito<br />
Monólito cerâmico<br />
COMO FUNCIONA<br />
UM CATALISADOR<br />
Ao passar nos canais do monólito, os<br />
gases de escape entram em contacto com<br />
os elementos catalisadores e são quimicamente<br />
transformados em substâncias inofensivas<br />
para o ambiente. Este processo<br />
realiza-se a alta temperatura.<br />
Para conseguir processar o caudal contínuo<br />
de gases que saem do motor, o monólito<br />
tem uma superfície total equivalente<br />
a um campo de futebol (1 ha), recoberta<br />
com a referida película activa de materiais<br />
raros.<br />
Uma tão grande área contida num pequeno<br />
volume é possível graças aos inúmeros<br />
pequenos canais que constituem o interior<br />
do monólito. Adicionalmente a este facto, a<br />
superfície dos canais é constituída por minúsculas<br />
protuberâncias, o que aumenta<br />
ainda mais a área em que estão distribuídos<br />
os metais catalisadores.<br />
Panela Inox<br />
Cerâmica<br />
Corte (zoom)<br />
da película superficial do monólito<br />
CONDIÇÕES DE<br />
FUNCIONAMENTO ÓPTIMAS<br />
TEMPERATURA<br />
Para que ocorram as reacções químicas<br />
que alteram a composição dos gases de escape,<br />
é necessário que o catalisador esteja a<br />
uma temperatura mínima de 300º C. Este<br />
período de pré-aquecimento, que se pretende<br />
tão curto quanto possível, oscila entre 30<br />
segundos e 5 minutos, dependendo do estado<br />
de uso do catalisador. A resposta da tecnologia<br />
a esta questão está a conduzir ao fabrico<br />
de catalisadores com monólito metálico<br />
e/ou integrados no colector de escape.<br />
- O monólito é o verdadeiro cerne do catalisador,<br />
no qual as emissões poluentes são<br />
transforma<strong>das</strong>. Tem uma estrutura do tipo<br />
favo de mel, na qual cada conduta está recoberta<br />
por uma fina camada de materiais<br />
activos, contendo metais preciosos (platina,<br />
ródio e paládio). São estes metais que propiciam<br />
as alterações químicas que modificam<br />
os gases de escape.<br />
Monólito<br />
Catalisadores:<br />
Paládio e ródio<br />
Camada activa<br />
MISTURA COMBUSTÍVEL/AR<br />
Para que o catalisador funcione correctamente,<br />
a mistura ar/combustível deve manter-se<br />
permanentemente dentro de valores<br />
optimizados. Isto torna-se possível nos modernos<br />
motores de gestão electrónica, graças<br />
à sonda Lambda e à cuidada programação<br />
da unidade de processamento electrónica<br />
(ECU).
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
CONHECER Dezembro 2005 31<br />
Processador<br />
central (ECU)<br />
Sensor Lambda<br />
útil, embora possa revelar-se bastante frágil<br />
em condições adversas. Algumas <strong>das</strong> principais<br />
causas para a sua precoce deterioração<br />
serão descritas em seguida:<br />
Sistema de alimentação<br />
SENSOR LAMBDA<br />
A sonda Lambda está colocada no tubo<br />
de escape, à entrada do catalisador, tendo<br />
um contacto permanente com o fluxo de<br />
gases de escape. A sua função é proteger o<br />
catalisador, permitindo optimizar a combustão<br />
e estabilizar a temperatura de funcionamento<br />
do monólito. Este sensor utiliza<br />
os iões do oxigénio presente nos gases<br />
de escape para gerar um pequeno impulso<br />
eléctrico (até 1 volt).<br />
Se a mistura for pobre, o sensor envia à<br />
unidade central de controlo do motor um<br />
sinal de 0,3 volt, o que permite ao sistema<br />
de gestão enriquecer ligeiramente a mistura<br />
ar/combustível. Quando esse sinal oscila<br />
entre 0,7 e 1 volt, a mistura está demasiado<br />
rica e o processador empobrece automaticamente<br />
a mistura, mantendo-a dentro dos<br />
padrões estequiométricos optimizados.<br />
A sonda Lambda é caracterizada pela sua<br />
alta condutividade e velocidade de reacção.<br />
Mesmo assim, o seu maior defeito é possuir<br />
um tempo de resposta demasiado… lento.<br />
TIPOS DE CATALISADORES<br />
Há apenas dois tipos de catalisadores: de<br />
duas vias e de três vias.<br />
CATALISADOR DE 2 VIAS<br />
Esta designação significa que dois gases<br />
poluentes são tratados por este tipo de catalisador,<br />
através de um único processo químico:<br />
oxidação (adição de moléculas de<br />
oxigénio). Este tipo de catalisador é apenas<br />
usados em motores diesel. Os óxidos de<br />
Azoto não são transformados, devido à presença<br />
de um único metal catalisador no<br />
monólito: platina.<br />
Diagrama do circuito de controlo da alimentação<br />
CATALISADORES DE 3 VIAS<br />
Três gases são modificados por estes catalisadores,<br />
que se aplicam exclusivamente<br />
a veículos com motores a gasolina. O monólito<br />
contém três metais catalisadores<br />
(platina, ródio e paládio), verificando-se<br />
duas reacções químicas diferentes: oxidação<br />
e redução. Como estes catalisadores<br />
são mais sensíveis às variações da mistura<br />
ar/combustível, apenas são aplicados em<br />
motores dotados com injecção electrónica<br />
de gasolina.<br />
O PRINCÍPIO DA CONVERSÃO<br />
CATALÍTICA DA GASOLINA<br />
A sonda Lambda mede constantemente o<br />
nível de oxigénio existente nos gases de escape<br />
e passa essa informação à unidade<br />
central de processamento (ECU), em tempo<br />
real. De acordo com os parâmetros pré programados<br />
que possui em memória, o processador<br />
central ajusta permanentemente a<br />
mistura ar/gasolina, de modo a mantê-la o<br />
mais próximo possível do valor estequiométrico<br />
(14,7 gramas de ar para 1 de gasolina).<br />
O valor Lambda é neste caso igual a<br />
1, sendo a mistura pobre para valores<br />
Lambda inferiores a 1 e rica para valores<br />
superiores a 1.<br />
Eficiência (%)<br />
Catalisador de 3 vias<br />
(CO, HC, NOx)<br />
Valor Lambda<br />
Níveis de conversão CO, HC, Nox)<br />
O NÍVEL DE CONVERSÃO<br />
O nível de conversão revela o grau de<br />
eficiência do catalisador, geralmente 90%<br />
dos gases poluentes tratados. O gráfico<br />
mostra que a variação do factor Lambda<br />
permitida é de apenas 3 milésimos. Se a<br />
mistura for rica o catalisador fica saturado<br />
com CO e HC, sucedendo o mesmo com<br />
NOx, se a mistura for pobre.<br />
AVARIAS DO CATALISADOR<br />
O catalisador é um componente de tecnologia<br />
muito complexa e avançada, podendo<br />
exceder mais de 100 mil km de vida<br />
Monólito partido<br />
FRACTURAS INTERNAS<br />
Vibrações excessivas, panca<strong>das</strong> ou mesmo<br />
impactos resultantes de colisões podem<br />
provocar a fractura total do monólito, o que<br />
será facilmente reconhecido pelo ruído do<br />
tipo sopro e pelas vibrações no interior da<br />
panela catalítica.<br />
FREQUENTES<br />
DESLOCAÇÕES CURTAS<br />
Quando o motor é posto em marcha, a<br />
mistura é mais rica, o que provoca um fluxo<br />
significativo de gases incompletamente<br />
queimados que passam pelo catalisador. Os<br />
altos teores de CO e HC nos gases de escape<br />
saturam e atacam a película activa do<br />
monólito. Este inconveniente poderá ser<br />
evitado se o veículo realizar um percurso de<br />
(pelo menos) 30 minutos, semanalmente.<br />
Monólito fundido<br />
Catalisador saturado<br />
FALHAS DE IGNIÇÃO<br />
Nestas circunstâncias, a gasolina é projectada<br />
directamente para o interior do catalisador<br />
a 400º C, o que incendeia e funde<br />
imediatamente a cerâmica do monólito.<br />
Isto pode ser facilmente evitado se o veículo<br />
tiver uma manutenção cuidada, segundo<br />
as especificações do construtor.<br />
CORTE ELECTRÓNICO<br />
DE IGNIÇÃO<br />
Por avaria do imobilizador ou por excesso<br />
rotação do motor, o sistema electrónico<br />
de gestão do motor corta a ignição. Esta situação<br />
origina a entrada de combustível no<br />
catalisador, gerando-se uma forte explosão<br />
ao repor o motor em marcha. A alta temperatura<br />
desenvolvida pela detonação destrói<br />
o monólito.<br />
FALTA DE COMBUSTÍVEL<br />
Quando falta o combustível, a entrada de<br />
ar fresco no catalisador faz subir rapidamente<br />
a temperatura, devido ao elevado<br />
teor de oxigénio presente, inutilizando o catalisador.<br />
É, pois, desaconselhável rodar<br />
muito tempo na reserva ou com o indicador<br />
do nível de combustível avariado, bem<br />
como “ usar “ a zona vermelha do conta rotações.<br />
CONTAMINAÇÃO POR CHUMBO<br />
A presença de chumbo na gasolina ou<br />
nos seus aditivos cobre os materiais activos<br />
do monólito como uma fina película isoladora,<br />
a qual impede a ocorrência <strong>das</strong> reacções<br />
químicas necessárias.<br />
Contaminação por óleo queimado<br />
CONTAMINAÇÃO<br />
POR ÓLEO QUEIMADO<br />
O óleo queimado contém alto teor de<br />
HC, reduzindo a vida útil do catalisador por<br />
saturação. Não é recomendável exceder o<br />
nível máximo de enchimento do cárter, embora<br />
possam ocorrer fugas internas de óleo<br />
no motor, independentemente desse facto.<br />
DESGASTE NATURAL<br />
O catalisador não se corrompe como um<br />
filtro, por exemplo, mas a experiência demonstra<br />
que as suas condições de utilização<br />
nem sempre são as ideais. Avarias da sonda<br />
Lambda, óleo queimado, combustíveis impróprios,<br />
falhas de ignição e deficiências de<br />
filtragem (ar e combustível) são algumas<br />
<strong>das</strong> causas frequentes que contribuem para<br />
o decréscimo da eficiência do catalisador.<br />
Quando os níveis de CO e HC sobem nos<br />
gases de escape residuais é geralmente indicação<br />
de que o catalisador está a caminhar<br />
para a saturação, devendo ser substituído,<br />
pois as reacções químicas desejáveis<br />
já não podem desenvolver-se convenientemente.<br />
CATALISADOR<br />
PARA MOTORES DIESEL<br />
Os primeiros catalisadores para motores<br />
diesel apareceram em 1997. Embora os catalisadores<br />
usados nos veículos diesel sejam<br />
em tudo semelhantes a todos os outros,<br />
as suas condições de funcionamento são<br />
muito diferentes. Na realidade, os motores<br />
diesel trabalham com misturas acentuadamente<br />
pobres (22:1), mais ainda no caso<br />
dos modernos motores de injecção directa<br />
de gasóleo. Nestas condições, a combustão<br />
não gera grandes Corte um quantidades catalisadorde CO ou<br />
HC, mas provoca uma emissão de partículas<br />
20 vezes superior aos motores a gasolina<br />
e 3 vezes mais óxidos de Azoto (NOx).<br />
Como nestes catalisadores só ocorre um<br />
processo químico (oxidação), não se verifica<br />
a redução dos NOx. Nos motores diesel<br />
a eliminação dos NOx é conseguida com a<br />
recirculação dos gases de escape (EGR).<br />
Para eliminar a emissão do fumo negro dos<br />
motores diesel são utilizados os filtros de<br />
partículas. Na realidade, estes dispositivos<br />
não filtram as partículas de carbono resultantes<br />
da combustão do gasóleo, mas provocam<br />
a sua pós combustão, resultando<br />
apenas cinzas, que são elimina<strong>das</strong> junto<br />
com os gases residuais de escape. Por essa<br />
razão, as últimas gerações de motores diesel<br />
são tão limpas como os melhores motores<br />
a gasolina.<br />
( Continua na edição Janeiro 2006 )
32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Dezembro 2005<br />
TÉCNICA<br />
Suspensões pneumáticas de pesados<br />
Os foles de suspensão pneumática (I PARTE)<br />
Nas próximas três edições do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> iremos dar a conhecer aos técnicos e outros profissionais de<br />
diversas actividades liga<strong>das</strong> aos veículos pesados, a constituição e funcionamento dos foles de suspensão<br />
pneumática, um componente fundamental para o segurança e conforto dos camionistas.<br />
Antes de entrar propriamente na tecnologia<br />
dos foles de suspensão,<br />
talvez seja conveniente definir<br />
melhor alguns conceitos, que muitas vezes<br />
aparecem confundidos (suspensão, mola e<br />
amortecedor). A mola e o amortecedor são<br />
uma parte importante da suspensão, mas<br />
não são a suspensão em si. Esta, compreende<br />
todos os componentes que estabelecem o<br />
contacto entre o chassis e a via, começando<br />
pela roda e respectivo pneu, eixos, tirantes,<br />
barras estabilizadoras, molas, amortecedores,<br />
uniões elásticas, etc. A principal função<br />
da suspensão é transmitir as forças dinâmicas<br />
do chassis para o solo e deste para o<br />
chassis, de forma a manter a estabilidade do<br />
veículo, assegurando o conforto e a segurança<br />
de ocupantes e mercadorias.<br />
No entanto, cada componente da suspensão<br />
tem uma função específica. Ao pneu,<br />
por exemplo, compete a função de absorver<br />
as irregularidades mais pequenas do terreno<br />
onde circula a viatura, ao mesmo tempo<br />
que assegura o contacto com o chão. Para<br />
absorver as irregularidades mais pronuncia<strong>das</strong><br />
(covas, ondulações, saliências, etc.),<br />
são chama<strong>das</strong> a intervir as molas (impulsores<br />
ou elementos elásticos) (fig. 1), cujas<br />
características permitem às ro<strong>das</strong> aproximarem-se<br />
ou afastarem-se do chassis, para<br />
que este se mantenha estabilizado. No entanto,<br />
as molas não poderiam evitar que as<br />
ro<strong>das</strong> perdessem o contacto com a via, devido<br />
à inércia dos movimentos da suspensão,<br />
nem que a viatura se desequilibrasse,<br />
devido à transferência de massas (curvas,<br />
travagens, acelerações, etc.). Para obstar a<br />
esse grave inconveniente existem os amortecedores,<br />
cuja missão é a de amortecer, ou<br />
seja, travar os movimentos demasiado rápidos<br />
<strong>das</strong> molas (fig. 2). Como, porém, os<br />
amortecedores retardam, mas não evitam a<br />
inclinação da carroçaria, nas várias situações<br />
de condução, existem as barras estabilizadoras,<br />
cuja função é manter as ro<strong>das</strong> do<br />
mesmo eixo e entre os dois eixos ao mesmo<br />
nível. Em veículos mais sofisticados os<br />
próprios amortecedores e as barras estabilizadoras<br />
têm dispositivos “activos“, que intervêm<br />
para compensar as situações em que<br />
as suspensões “normais“ já não conseguem<br />
resolver.<br />
Fig. 1 - Elemento elástico (mola helicoidal)<br />
a) Sem carga<br />
b) Uma mola forte deforma-se pouco<br />
sob carga<br />
c) Uma mola fraca comprime-se<br />
excessivamente<br />
d) Retirando a carga, a mola regressa<br />
à posição inicial ou de descanso.<br />
Fig. 2 - Uma carga sobre a mola produz<br />
oscilações. Juntando um amortecedor à<br />
mola a oscilação vai diminuindo, até ser<br />
eliminada.<br />
Evolução <strong>das</strong> molas<br />
Embora existam algumas excepções, a<br />
maioria <strong>das</strong> viaturas ligeiras utiliza molas<br />
helicoidais ou barras de torção, devido à<br />
sua leveza relativa e ao pouco espaço que<br />
ocupam no chassis. Nos veículos comerciais<br />
ligeiros e médios também é frequente<br />
aparecerem molas de lâmina metálica única<br />
ou de várias lâminas (semi elípticas). Nos<br />
veículos industriais, no entanto, devido às<br />
maiores tonelagens transporta<strong>das</strong>, a regra<br />
são as molas de lâminas ou os foles pneumáticos.<br />
As molas de lâminas, mesmo assim,<br />
têm vindo a perder terreno nos transportes<br />
rodoviários, devido a dois inconvenientes<br />
graves: peso de construção e falta<br />
de adaptabilidade às condições de carga do<br />
veículo. No primeiro caso, as molas retiram<br />
ao veículo capacidade de carga, para não<br />
falar no espaço que ocupam, também considerável.<br />
No segundo caso, uma suspensão<br />
demasiado forte, para suportar grandes tonelagens,<br />
torna-se excessivamente dura<br />
quando a viatura viaja em vazio, comprometendo<br />
o conforto e a segurança. Se, pelo<br />
contrário, a suspensão é flexível e confortável,<br />
em vazio ou média carga, as ro<strong>das</strong><br />
afundam-se no chassis quando se chega ao<br />
ponto da carga máxima admitida, ficando<br />
novamente comprometidos o conforto e a<br />
segurança.<br />
Os foles ou impulsores pneumáticos, que<br />
foram desenvolvidos em meados do séc.<br />
Fig. 3 – Como a superfície do êmbolo da<br />
seringa é constante (S), a força (F) a exercer<br />
no êmbolo aumenta na proporção da pressão<br />
no interior da seringa (P).<br />
Fig. 4 - Como a superfície interior do fole não<br />
é estável, recorre-se ao conceito da<br />
Superfície Eficaz (SE), que pode ser<br />
comparável a uma “ superfície média “. Para<br />
obter a força (F) exercida pelo fole, basta<br />
multiplicar a pressão interna (P), pela área<br />
interna do fole (SE).<br />
XX, vierem trazer inúmeras vantagens aos<br />
transportes rodoviários, assegurando um<br />
compromisso notável entre o conforto e a<br />
estabilidade, menor peso de construção<br />
(mais carga e menor consumo de combustível<br />
e material de fricção), menor espaço<br />
ocupado no chassis e relativa facilidade de<br />
manutenção. Adicionalmente, os foles<br />
pneumáticos permitem regular o nível da<br />
suspensão, o que oferece várias vantagens<br />
em diferentes situações. O único senão desta<br />
técnica de suspensão é a necessidade da<br />
suspensão possuir tirantes e braços de suspensão,<br />
uma vez que os foles não possuem<br />
consistência estrutural suficiente para manter<br />
a ligação estável <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> ao chassis,<br />
por si próprios.<br />
Princípio de funcionamento do fole<br />
A melhor e mais simples maneira de<br />
compreendermos como funciona um impulsor<br />
pneumático, vulgarmente conhecido<br />
por fole, é pegar numa seringa comum e tapar-lhe<br />
a extremidade de saída. Ao comprimir<br />
o respectivo êmbolo, verificamos que o<br />
ar existente no interior da seringa vai oferecendo<br />
uma resistência progressivamente<br />
maior, na proporção inversa do volume de<br />
ar. Essa força que o ar comprimido exerce<br />
no êmbolo, a que daremos o nome de F,<br />
pode atingir uma magnitude tal que projecta<br />
o êmbolo para fora da seringa, se o soltarmos<br />
rapidamente. Por outro lado, se utilizarmos<br />
uma seringa de diâmetro maior para<br />
fazer a mesma experiência, verificamos que<br />
a resistência à compressão do ar é maior, o<br />
que nos leva a concluir que a força (F), que<br />
impulsiona o êmbolo é também função da<br />
área de contacto do êmbolo com o ar comprimido.<br />
Concluindo (fig. 3): a força F<br />
exercida pelo ar comprimido dentro da seringa<br />
é proporcional à pressão interna P e à<br />
superfície do êmbolo S, ou seja, F = P x S.<br />
No caso dos foles pneumáticos, o princípio<br />
de funcionamento é idêntico ao de uma<br />
seringa, embora mais complexo, pois é necessário<br />
introduzir mais variáveis na equação.<br />
O facto é que a seringa tem uma forma<br />
regular e invariável, enquanto que o fole se<br />
deforma e apresenta uma infinidade de secções<br />
com superfícies diferentes, sobre as<br />
quais se exerce a pressão do ar. O problema<br />
pode ser resolvido pela noção de superfície<br />
eficaz (SE), isto é, a área aproximada de to<strong>das</strong><br />
as superfícies internas do fole (fig. 4).<br />
Conhecendo a área SE, é fácil calcular a<br />
força F, através da fórmula: F = P x SE.<br />
Resumindo, os princípios gerais de funcionamento<br />
de um fole pneumático são os<br />
seguintes:<br />
1 - A força de impulsão (F) varia na razão<br />
directa da pressão do ar (P);<br />
2 - Para uma pressão (P) constante, a força<br />
(F) varia na razão directa da área interna<br />
do fole (SE);<br />
3 - Para suportar uma força superior (F) o<br />
fole deforma-se, aumentando a área interior<br />
(SE), mantendo-se a pressão do ar<br />
(P) inalterada.<br />
Tecnologias do fole de suspensão<br />
O desenvolvimento de soluções técnicas<br />
para diversas utilizações levou ao fabrico<br />
de foles de tipos diferentes. Existem foles<br />
sem êmbolos, com êmbolos cilíndricos,<br />
com êmbolos em forma de cone positivo<br />
(base para baixo) e êmbolos em forma de<br />
cone negativo (com a base para cima). A<br />
forma dos êmbolos, colocados na base do<br />
fole, visa obter resultados diferentes. No<br />
caso do êmbolo cilíndrico (fig. 5a), a área<br />
interna do fole (SE) permanece praticamente<br />
inalterada, sendo o aumento da força<br />
de impulsão (F) compensado pela subida
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
TÉCNICA Dezembro 2005 33<br />
a<br />
b<br />
c<br />
Fig. 5 – Tipos de êmbolos de foles:<br />
a) Cilíndrico<br />
b) Cónico positivo<br />
c) Cónico negativo<br />
Fig. 9 - O tipo de fole Snap<br />
On é constituído por um<br />
único componente de<br />
borracha.<br />
Fig. 10 – O rebordo interno<br />
reforçado facilita o encaixe do<br />
fole e garante a estanquecidade.<br />
Fig. 11 - Fole do tipo Completo, em posição<br />
aberta.<br />
Fig. 12 – Fole do tipo Completo<br />
em posição fechada.<br />
Fig. 6 – Comprimindo o fole com um êmbolo<br />
cilíndrico, aumenta a pressão interna (P), a<br />
superfície interna (SE) e a força (F).<br />
Fig. 7 – Se o fole for comprimido por um<br />
êmbolo de forma cónica positiva, todos os<br />
valores (P e SE) aumentam, pelo que a força<br />
(F) também aumenta, mas mais rapidamente<br />
do que no caso do êmbolo cilíndrico.<br />
Fig. 8 – Ao comprimir o fole com um êmbolo<br />
cónico negativo a pressão interna (P)<br />
aumenta, mas a área interna (SE) diminui,<br />
pelo que a força (F) permanece<br />
relativamente estável.<br />
da pressão do ar (P) (fig. 6). Quando o êmbolo<br />
tem a forma cónica positiva (fig. 5b), a<br />
pressão interna (P) e a superfície eficaz<br />
(SE) aumentam simultaneamente, quando<br />
o fole se deforma, fazendo com que a força<br />
(F) aumente mais rapidamente (melhor resposta<br />
a variações de carga) (fig. 7). Se o<br />
êmbolo for de forma cónica negativa (fig.<br />
5c), ao deformar-se a superfície interna diminui,<br />
enquanto que a pressão interna aumenta<br />
(P), pelo que a força de impulsão (F)<br />
se mantém mais ou menos constante (solução<br />
apropriada para reboques) (fig. 8).<br />
Fig. 13 – Fole do tipo Convolute Bellows, de<br />
uma só barriga, com tampa fixada pelo<br />
processo Crimped.<br />
Fig. 14 – Fole de duas barrigas.<br />
Fig. 15 – Fole de três barrigas.<br />
Para lá destas diferenças, os foles pneumáticos<br />
podem apresentar-se em vários formatos<br />
e com características distintas. O tipo<br />
mais corrente de fole é chamado “ Snap on“<br />
(literalmente: abocanhado), que se instala<br />
entre dois dispositivos fixados ao chassis,<br />
um deles, e à suspensão, o outro. A estrutura<br />
deste fole é uma simples manga ou tubo<br />
de borracha, reforçada a telas especiais (fig.<br />
9). Em cada extremidade o fole possui um<br />
anel metálico, que se destina a reforçar o<br />
bordo de contacto com as peças de apoio, o<br />
ponto de ruptura mais óbvio (fig. 10).<br />
Como é de calcular, este tipo de fole ocupa<br />
muito pouco espaço e é facilmente substituído<br />
ou reparado, sendo de acesso muito<br />
simples. A utilização mais usual destes foles<br />
é nos autocarros de todos os tipos.<br />
No entanto, o tipo de fole mais difundido<br />
é o chamado “Rolling Lobe“ (literalmente:<br />
Fig. 16 – O anel pressiona a borracha de<br />
encontro à tampa do fole.<br />
Fig. 17 – O rebordo de borracha do fole não<br />
pode soltar-se porque se encontra<br />
comprimido pelos parafusos apertados.<br />
rebordo enrolado), sendo também conhecido<br />
por fole “Completo“, uma vez que se<br />
trata de um conjunto autónomo, que pode<br />
ser fixado ao chassis, por um lado, e à suspensão,<br />
por outro (fig. 11 e 12). Para além<br />
da manga de borracha mais ou menos cilíndrica,<br />
este fole possui uma tampa superior<br />
metálica, solidamente cravada à borracha,<br />
na qual existem pernos ou orifícios roscados,<br />
bem como a entrada para o ar comprimido,<br />
para poder ser fixada ao chassis da<br />
viatura. Este fole apoia-se na parte inferior<br />
num êmbolo de forma cilíndrica ou cónica<br />
(negativa ou positiva), o qual pode ser fabricado<br />
em aço, alumínio ou em material<br />
compósito. Este êmbolo, por sua vez, está<br />
fixado à suspensão do veículo.<br />
Um pouco diferente dos tipos de foles já<br />
referidos, existe ainda o fole chamado<br />
“Convolute Bellows“, ou de barrigas, cuja<br />
configuração é a que mais se assemelha a<br />
um verdadeiro fole, com vários anéis de<br />
borracha sobrepostos (um, dois ou três). A<br />
maior vantagem destes foles é permitir eleva<strong>das</strong><br />
forças de impulsão, com dimensões<br />
de fole reduzi<strong>das</strong>, uma vez que a sua dilatação<br />
se produz lateralmente ao ser comprimido<br />
(fig. 13, 14 e 15). Dentro deste último<br />
tipo de foles, existem ainda três formas diferentes<br />
de fixação do fole à respectiva<br />
tampa superior:<br />
1 - No sistema designado por “crimping “<br />
(encurvar), a tampa é enrolada sobre o<br />
rebordo superior do fole, por intermédio<br />
de uma máquina específica (fig. 13,<br />
14 e 15).<br />
2 - Outro sistema de fixação é designado<br />
por “swaging o sleeves“, o qual consiste<br />
num anel metálico exterior, que comprime<br />
o rebordo do fole contra o borde<br />
encurvado para dentro da tampa superior<br />
(fig. 16).<br />
3 - O terceiro sistema de fixação chama-se<br />
“bolting“ (aparafusar), no qual o rebordo<br />
do fole é apertado, por uma ou várias<br />
peças de formato adaptado ao fole, contra<br />
a tampa superior deste, plana. O<br />
aperto é efectuado por intermédio de<br />
parafusos ou pernos (fig. 17).<br />
PUB<br />
Leiria<br />
Tel.: 244 830 560<br />
Lisboa<br />
Tel.: 21 868 30 90<br />
Bobadela<br />
Tel.: 21 995 95 70<br />
Leiria<br />
Tel.: 244 850 610
34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Novembro 2005<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Causas de avarias <strong>das</strong> válvulas<br />
Danos mais frequentes<br />
em válvulas e as suas causas<br />
As válvulas estão projecta<strong>das</strong> para realizarem centenas de milhares de quilómetros sem se avariarem, graças aos<br />
constantes progressos dos materiais, engenharia e técnicas de produção. Apesar disso, erros de montagem ou falta de<br />
manutenção nos períodos requeridos conduzem à inutilização de peças, que de outro modo poderiam durar muito mais.<br />
Em seguida, serão descritos alguns dos danos mais frequentes em válvulas e as suas causas mais prováveis.<br />
INSTALAÇÃO / ERROS DE RECTIFICAÇÃO<br />
Folga de válvulas incorrecta<br />
Causa:<br />
Afinação da folga muito justa ou<br />
intervalos de manutenção demasiado<br />
longos.<br />
Consequência:<br />
A válvula deixa de fechar correctamente e<br />
os gases de combustão passam entre a sede<br />
e a válvula, queimando a cabeça desta, na<br />
zona em que assenta na respectiva sede.<br />
Montagem incorrecta da mola de válvula<br />
Causa:<br />
Devido à posição incorrecta da mola<br />
(torcida), esta exerce um impulso lateral na<br />
haste da válvula.<br />
Consequência:<br />
A oscilação da haste da válvula durante o<br />
funcionamento do motor parte a<br />
extremidade do pé da válvula e arruína a<br />
guia de válvula.<br />
Montagem incorrecta de impulsores hidráulicos<br />
Causa:<br />
Depois da instalação dos impulsores<br />
(tacos) não foi respeitado o período de<br />
imobilização do motor (mínimo de 30<br />
minutos), o que impediu a eliminação total<br />
do excesso de óleo da câmara de serviço<br />
dos impulsores.<br />
Consequência:<br />
O impulsor não compensa a folga do pé da<br />
válvula e a cabeça desta bate no êmbolo,<br />
torcendo-se ou partindo-se.<br />
INSTALAÇÃO DE PEÇAS USADAS<br />
Montagem de casquilhos usados<br />
Causa:<br />
Foram usados casquilhos do pé da válvula<br />
em mau estado, durante a substituição <strong>das</strong><br />
válvulas.<br />
Consequência:<br />
A mola de retenção do casquilho fica com<br />
folga durante o funcionamento do motor,<br />
danificando a extremidade da válvula e<br />
produzindo vibrações. No limite, o motor<br />
pode funcionar mal e até parar.<br />
Montagem de válvulas empena<strong>das</strong><br />
Causa:<br />
A distribuição de forças entre o impulsor e<br />
o pé da válvula tornar-se aleatória e<br />
descentrada.<br />
Consequência:<br />
Verifica-se um desgaste lateral na haste e<br />
no pé da válvula. As forças laterais<br />
induzi<strong>das</strong> pela haste originam fracturas do<br />
pé da válvula, junto ao entalhe da mola de<br />
retenção.<br />
Montagem de impulsores usados<br />
Causa:<br />
Componentes da distribuição empenados<br />
ou com elevado desgaste empenam a haste<br />
da válvula, o que provoca o assentamento<br />
lateral da cabeça da válvula na respectiva<br />
sede.<br />
Consequência:<br />
O apoio alternado da cabeça da válvula de<br />
um lado do outro da sede e o<br />
sobreaquecimento levam à fractura da<br />
válvula, pela zona de transição entre a<br />
haste e a cabeça.<br />
ERROS DE REPARAÇÃO<br />
Polimento ou rectificação incorrectos <strong>das</strong> sedes e guias<br />
Causa:<br />
Falta de alinhamento ou centragem <strong>das</strong><br />
guias e/ou <strong>das</strong> sedes <strong>das</strong> válvulas, depois<br />
de repara<strong>das</strong>.<br />
Consequência:<br />
A válvula não pode fechar correctamente e<br />
provoca o sobreaquecimento do rebordo<br />
da cabeça. Desgaste e fracturas da cabeça<br />
da válvula são o resultado natural desta<br />
situação.<br />
Guia com folga excessiva<br />
Causa:<br />
Devido ao desgaste natural ou a operações<br />
de rectificação mal efectua<strong>das</strong> criou-se<br />
folga excessiva entre a haste e a guia.<br />
ANOMALIAS DE COMBUSTÃO<br />
Sobrecarga da cabeça da válvula<br />
Causa:<br />
A pressão e temperatura sobem<br />
excessivamente na câmara de combustão,<br />
devido a anomalias de combustão.<br />
Consequência:<br />
A cabeça da válvula não suporta a carga e<br />
o calor excessivos e deforma-se para<br />
dentro, tomando a forma de tulipa. A<br />
cabeça da válvula fica queimada e<br />
apresenta fracturas.<br />
Consequência:<br />
A passagem dos gases de combustão<br />
elimina o óleo de lubrificação e provoca<br />
um elevado sobreaquecimento, pelo que a<br />
válvula se queima ou funde.<br />
Ausência de folga nas guias<br />
Causa:<br />
Erro na selecção do calibre <strong>das</strong> guias,<br />
durante a sua substituição.<br />
Consequência:<br />
Gripagem da guia e da haste da válvula,<br />
devido a ausência de película lubrificante<br />
suficiente.<br />
Fonte: Motor Service International
www.cui-online.com
Para peças de direcção e suspensão<br />
inigualáveis, una-se à TRW – o detalhe<br />
faz toda a diferença.<br />
A TRW é o único nome a eleger quando se trata de componentes de direcção e suspensão. Com uma cobertura de mais<br />
de 90 por cento do parque automóvel europeu, a TRW fornece mais de 2000 referências de peças de direcção e suspensão<br />
ao mercado independente de pós-venda. Com uma gama em constante actualização, a TRW dedica-se a ser a primeira<br />
a lançar novas peças no mercado. Posicionada entre os líderes mundiais no fornecimento de Equipamento Original, a TRW<br />
certifica-se que cada peça é concebida segundo as rigorosas especificações do Equipamento Original. Testa<strong>das</strong><br />
no laboratório, testa<strong>das</strong> na estrada, pode ficar tranquilo quanto à qualidade e à fiabilidade de cada peça TRW.<br />
Apoiada por um serviço fora de série e muito abrangente, a TRW garante qualidade e segurança ao seu negócio. Se procura<br />
peças de direcção e suspensão que combinem a mais elevada qualidade com um serviço inigualável, una-se à TRW.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Dezembro 2005 09<br />
CONFORMAÇÃO DE TERMO ESTÁVEIS SEMIRÍGIDOS E FLEXÍVEIS<br />
Neste capítulo vamos apenas ocuparmo-nos dos materiais semi rígidos ou flexíveis,<br />
fundamentalmente poliuretanos, nos quais as deformações são facilmente<br />
recuperáveis através da aplicação de calor. Para esse efeito basta aquecer<br />
uniformemente a zona deformada, utilizando o maçarico de ar quente, mas sem usar<br />
qualquer bico para concentrar o calor. Os sobreaquecimentos nestes materiais<br />
provocam bolhas superficiais (fervido), o que torna a peça irrecuperável ou<br />
dificilmente recuperável. Em certos casos, durante o arrefecimento da peça, pode ser<br />
necessário construir um contra molde da forma que se pretende recuperar, a fim de<br />
exercer uma pressão constante na zona deformada. Esses contra moldes podem ser<br />
obtidosdemaneiramaisoumenosrápida,utilizandoresinasreforça<strong>das</strong>.<br />
A peça, cujo processo de reparação<br />
descreveremos em seguida, é o pára-choques<br />
dianteiro de um Opel Corsa, fabricado à base<br />
depoliuretano(PUR).<br />
As partes da peça que sofreram maior<br />
estiramento, o que geralmente sucede aos<br />
tendões de reforço, têm que ser recupera<strong>das</strong><br />
independentemente. Para esse efeito, há que<br />
aquecer esses pontos com o maçarico e aplicar<br />
pressão simultaneamente, no sentido oposto à<br />
deformação.<br />
Enquanto decorre a conformação dos pontos<br />
localizados, é importante manter o rebordo do<br />
pára-choques alinhado, o que pode ser<br />
conseguido com um alicate autoblocante<br />
apropriado, ou, em alternativa, com pequenas<br />
réguasdemadeiraegrampos.<br />
COLECCIONÁVEL (III)<br />
A deformação não apresenta ruptura, embora<br />
esteja vincado de alto a baixo, fazendo com que a<br />
ponta direita do pára-choques se projecte para a<br />
frente.<br />
Para atingir o efeito desejado, pode ser<br />
necessário arrefecer a peça com um pano<br />
húmido,enquantosemantemapressão.<br />
A conformação é apenas operada mediante a<br />
aplicação conjunta de calor e pressão, uma vez<br />
queomaterialtemumacertaelasticidade.<br />
Pequenas deformações residuais podem ser<br />
elimina<strong>das</strong> de seguida com um aquecimento<br />
uniformedazonadanificada.<br />
Ao aplicar o calor, com o bocal do maçarico de ar<br />
quente livre, a peça começa a recuperar a sua<br />
forma original, mesmo sem a aplicação de<br />
qualquer pressão, o que é devido ao<br />
comportamentocaracterísticodestematerial.<br />
Depois de arrefecer, a peça fica quase<br />
completamenterecuperada.<br />
Logo que a peça recupere a sua forma original, é<br />
preciso esfriar a zona aquecida com um pano<br />
humedecido em água fria, para que a forma se<br />
mantenhainalterada.<br />
Como pode ver-se no aspecto final da reparação,<br />
a deformação do pára-choques foi totalmente<br />
recuperada, bastando o acabamento de pintura<br />
paraeliminarquaisquerriscossuperficiaisquese<br />
apresentem.<br />
CONFORMAÇÃO DE CONSOLAS E TABLIER<br />
A reparação da estrutura do painel de instrumentos,<br />
consolas e porta-chapéus exige procedimentos diferenciados,<br />
uma vez que se trata de componentes constituídos<br />
por três elementos sobrepostos, de tipo “sandwich“,<br />
apresentando características distintas:<br />
1 - Estrutura fabricada em metal, plástico ou aglomerado<br />
de madeira ou outros materiais, a qual serve de<br />
suporte aos outros materiais e assegura a rigidez da<br />
peça;<br />
2 - Recheio intermédio de espuma de poliuretano<br />
expandido, que dá volume e define a geometria da<br />
peça;<br />
3 - Película de revestimento termoplástico, em geral<br />
PVC ou vinil, que proporciona uma aparência de<br />
estética atractiva.<br />
Películadecobertura(PVC,vinil)<br />
Material macio de enchimento<br />
(poliuretano expandido)<br />
SuporteBase<br />
(metal,plásticosemisturasdiversas)<br />
Pelo facto de se situarem no habitáculo da viatura, estes<br />
componentes não estão sujeitos a sofrer impactos que ocasionemdanos.Oqueacontece,porvezes,équeobjectosou<br />
materiais mal acondicionados acabam por deformar essas<br />
peças, podendo ainda resultar os danos de acidentes em<br />
que os ocupantes são projectados com violência contra<br />
elas. Seja como for, a conformação de deformação deste<br />
tipo de componentes é relativamente rápido, excepto<br />
quando o revestimento exterior se rompe, o que exige técnicas<br />
de reparação que ultrapassam o âmbito do presente<br />
trabalho.<br />
O método que geralmente resulta neste tipo de peças é o<br />
aquecimento repartido pela zona danificada, o que tem o<br />
duplo efeito de dilatar o gás contido nos micro alvéolos do<br />
poliuretano expandido e simultaneamente produzir a contracçãodapelículatermoplásticaderevestimento.<br />
A acção conjunta destes dois efeitos fará desaparecer a<br />
deformação em poucos instantes. No entanto, se a estrutura<br />
básica estiver danificada, é necessário desmontar a<br />
peçaerepararaestruturaantesdepassaraométododaaplicaçãodecalor.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
10 Dezembro 2005<br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
CONFORMAÇÃO DE CONSOLAS E TABLIER<br />
O processo que descreveremos em seguida refere-se à reparação<br />
do tablier de um Peugeot 405, constituído por espuma de<br />
poliuretanoevinil.<br />
Deve-se evitar o aquecimento excessivo, não<br />
deixando o maçarico incidir muito tempo no<br />
mesmolocal.<br />
A deformação encontra-se na parte mais<br />
saliente do tablier, por cima da tampa do portaluvas,<br />
mas não apresenta ruptura da película de<br />
revestimentodevinil.<br />
Uma breve acção de massagem sobre a área<br />
deformada poderá ajudar a tornar a conformação<br />
maisrápida.<br />
Com um maçarico de ar quente aplica-se calor<br />
a uma temperatura próxima dos 250ºC, dependendo<br />
a aplicação de mais ou menos calor de<br />
acordo com a densidade da espuma de poliuretano.<br />
Como já tivemos oportunidade de referir, o<br />
calor deve ser aplicado de forma difusa, em toda<br />
azonadeformadaeenvolvente<br />
Quando a peça recuperar a forma original a<br />
reparação está concluída, não sendo necessário<br />
mais nenhum procedimento, excepto esperar que<br />
omaterialarrefeçaatéàtemperaturaambiente.<br />
Aspecto final da reparação do tablier de um<br />
Peugeot405<br />
IV - REPARAÇÃO POR SOLDADURA<br />
Um dos métodos mais generalizados para<br />
a reparação de materiais plásticos é a soldadura,<br />
sendo o processo de união que melhores<br />
resultados oferece. Na maior parte dos<br />
casos a soldadura é utilizada na reparação<br />
de termoplásticos, devido ao seu comportamento<br />
face ao calor. Acresce dizer que os<br />
termoplásticos mais frequentemente usados<br />
na construção automóvel apresentam<br />
boas condições de soldabilidade, embora<br />
emcertoscasospossamapareceralgunstermoplásticos<br />
de identificação problemática,<br />
que não podem ser soldados nem com o<br />
mesmo material que os constitui. De um<br />
modogeral,essesplásticosresultamdeuma<br />
liga de dois ou mais elementos base (copolímeros).<br />
Como introdução, cabe dizer que a<br />
soldadura de termoplásticos tem bastantes<br />
similitudes com a soldadura de metais,<br />
apresentando, no entanto, algumas diferenças<br />
que é preciso conhecer para obter bons<br />
resultados.<br />
Os parâmetros fundamentais da soldadura<br />
de materiais plásticos são a temperaturaeapressão,conjugados,logicamente,<br />
comumavelocidadedeavançoadequada.<br />
Temperatura<br />
A temperatura é necessária para levar<br />
o material ao estado de fusão, que proporciona<br />
uma ligação total. Deve ser<br />
dada a máxima atenção à temperatura<br />
de soldadura de cada plástico, pois cada<br />
material tem uma temperatura própria,<br />
admitindo tolerâncias de, no máximo,<br />
20-30ºC.<br />
De seguida, indicamos a temperatura<br />
de soldagem dos termoplásticos mais<br />
usados nos automóveis, que deve ser<br />
rigorosamente seguida.<br />
PARÂMETROS DA SOLDADURA<br />
MATERIAL TEMPERATURA<br />
DE SOLDADURA<br />
PP 300ºC<br />
PE 280ºC<br />
PP/EPDM 300ºC<br />
PA 400ºC<br />
PC 350ºC<br />
PC-XWNOY 350ºC<br />
PC-ALPHA 350ºC<br />
ABS 350ºC<br />
Se a temperatura durante a operação<br />
for inferior aos valores de referência citados,<br />
a ligação do material pode não chegar<br />
a verificar-se ou dar lugar a uniões de<br />
fraca resistência mecânica. Pelo contrário,<br />
se a temperatura for excessiva, o<br />
material deteriora-se e torna-se frágil e<br />
quebradiçoaoarrefecer.<br />
Pressão<br />
A soldadura realiza-se quando se produz<br />
a ligação <strong>das</strong> moléculas do material<br />
que se pretende soldar, quando este se<br />
encontra num estado de fusão, que poderemos<br />
denominar de viscoelástico, pois<br />
corresponde a um estado sólido muito<br />
elástico ou a um estado líquido muito viscoso.<br />
Para que se opere a ligação íntima<br />
entre as moléculas do material é necessário<br />
exercer pressão sobre as duas superfícies<br />
que se pretendem unir. Se não for<br />
proporcionada pressão, a soldadura terá<br />
poucaounenhumaresistênciamecânica.<br />
Os procedimentos a seguir para efectuar a soldagem<br />
de uma peça dependem em grande parte da sua configuração,<br />
da sua espessura e do tipo de danos que apresente.<br />
Mesmo assim, há certas recomendações e<br />
indicações de carácter geral que valerá a pena recordar:<br />
1 - Se a peça se apresentar de qualquer modo<br />
deformada, é necessário proceder à sua prévia<br />
conformação, aplicando calor difusamente na zona<br />
danificada, com a saída do maçarico de ar quente<br />
a<br />
Características do biselado da fissura<br />
PROCESSO DE SOLDADURA<br />
livre; este procedimento eliminará as tensões<br />
internas da peça e facilitará a operação de soldar;<br />
2 - Se a peça apresentar uma fissura, é conveniente<br />
perfurar a(s) sua(s) extremidade(s) com um broca de<br />
2-3 mm, para evitar tensões e o aumento da<br />
rachadela;<br />
3 - Remover a tinta da zona a reparar;<br />
4 - Limpar a área de reparação com um dissolvente<br />
básico que não ataque o plástico;<br />
b<br />
a = ____ x b<br />
2<br />
3<br />
5 - Biselar os rebordos da fissura com uma fresa<br />
ou outra ferramenta de corte apropriada, de<br />
modo a não ultrapassar os 2/3 da espessura total<br />
da peça a soldar; este procedimento visa<br />
aumentar a penetração e a área de contacto do<br />
material de solda com a peça, mas poderá ser<br />
evitado se a espessura da peça for muito reduzida;<br />
6 - Efectuar uma soldadura superficial, de modo a<br />
ligar as duas faces a soldar pelo fundo da ranhura;<br />
basta fazer deslizar o maçarico ao longo<br />
da fissura, depois de regulada a temperatura<br />
conveniente, fazendo uma ligeira pressão para<br />
unir as duas faces da peça partida;<br />
7 - Cortar a vareta de solda obliquamente, em forma<br />
de flecha, para conseguir um melhor assento<br />
no início da soldagem;<br />
8 - Ao aplicar a solda o plástico deve-se encontrar<br />
bastante maleável (pastoso), exercendo uma<br />
pressão uniforme na vareta ao longo de toda a<br />
operação de soldadura; a formação de uma ligeira<br />
rebarba nos rebordos da soldadura é indicação<br />
de que a ligação será de boa qualidade.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Dezembro 2005 11<br />
ALGUNS DEFEITOS DA SOLDADURA<br />
É costume dividir as ferramentas e equipamentos para efectuar reparações neste tipo de materiais em dois<br />
grupos principais, de acordo com as suas funções. No primeiro grupo estão os utensílios que serão utilizados<br />
para a preparação e acabamento da peça, essencialmente em operações de lixagem e de maquinação. No<br />
segundo grupo estarão os utensílios que intervêm nas operações de soldadura, propriamente ditas. Em relaçãoaoprimeirogrupo,destacaremososseguintesapetrechos:<br />
Podemserváriasascausasdeumasoldaduradeficiente,resultandoprincipalmentedeerrosdemanipulaçãoquantoatemperatura,pressãoevelocidadedeoperação.Ostrêscasosmaisfrequentessãoosseguintes:<br />
BAIXATEMPERATURA<br />
EALTAVELOCIDADEDEEXECUÇÃO<br />
Nestas condições a soldadura apresenta um cordão<br />
volumosoesaliente,semrebarbasdoslados,oqueproporcionaumligaçãofraca.<br />
ALTATEMPERATURA<br />
Dos lados do cordão de soldadura formam-se bolhas<br />
e rebarbas muito salientes, com aspecto espumoso, o<br />
que significa que o material se degradou e que a união<br />
têmpoucaresistência.<br />
EXCESSIVAPRESSÃO<br />
SOBREAVARETAEVELOCIDADE<br />
DESOLDADURAINCONSTANTE<br />
O cordão resulta irregular, com fen<strong>das</strong> e desníveis, o<br />
que pode resultar da própria profundidade e irregularidade<br />
da fissura que se pretende reparar. Em qualquer<br />
doscasos,aligaçãotempontosdefracaresistência.<br />
EQUIPAMENTO PARA SOLDAR PLÁSTICOS<br />
EQUIPAMENTO<br />
LIXADORA RADIAL<br />
Discos abrasivos de fibra de grão P-50.<br />
LIXADORAS<br />
Orbitais c/ discos abrasivos de grão P.80 e P-400.<br />
Vibratórias com folhas de lixa de grão P-80 e P-400.<br />
Brocas de 2-3 mm de diâmetro.<br />
Fresas de várias geometrias.<br />
Disco de aço entrançado.<br />
BERBEQUIM<br />
REBARBADORA<br />
APLICAÇÃO<br />
Preparação da superfície.<br />
Desbaste do cordão de soldadura.<br />
Regularização da superfície.<br />
Acabamento final.<br />
Delimitar a ruptura.<br />
Biselar a fissura.<br />
Mecanização da zona reparada.<br />
Preparação da superfície.<br />
Biselar a fissura.<br />
TACOS DE LIXAGEM MANUAL<br />
Folhas de lixa c/ grão P-80, P-400.<br />
Acabamento em locais de difícil acesso<br />
Equipamento de lixagem e maquinação.<br />
PRODUTOS E MATERIAIS<br />
PARA SOLDAR<br />
Há quatro grupos principais de materiais e produtos utilizados na<br />
soldadura de plástico, começando pelos produtos de limpeza, materialdesoldarereforços,paraterminarnosprodutosdeacabamento.<br />
PRODUTOSDELIMPEZA<br />
A limpeza e o desengorduramento<br />
da zona onde se efectua a<br />
soldagem são fundamentais para<br />
se conseguir uma união forte entre<br />
o material de solda e o material<br />
base.Deveserutilizadoumdissolvente<br />
básico, devendo ser evitada a acetona, que ataca a maioria dos<br />
plásticos com que estamos a tratar. A limpeza deve processar-se<br />
com um pano ou papel limpo, actuando sempre na mesma direcção,<br />
para evitar o retorno de sujidade à zona já limpa. Após a limpeza é<br />
necessário deixar secar completamente o dissolvente, antes iniciar<br />
oprocessodesoldadura.<br />
MATERIALDESOLDAR<br />
Estes materiais são fornecidos<br />
em varetas de secção triangular,<br />
para se adaptar perfeitamente à<br />
ranhura biselada a reparar. É<br />
imprescindível que a vareta corresponda<br />
exactamente ao material<br />
base. A cor do material de soldar não tem qualquer importância, não<br />
coincidindo geralmente com a cor do plástico que constitui a peça.<br />
Antes de iniciar a soldadura, a vareta deve ser cortada em bisel, para<br />
se inserir perfeitamente no início da ranhura e proporcionar um<br />
enchimento inicial progressivo. Como nem todos os termoplásticos<br />
estão disponíveis no mercado na forma de varetas de soldar, é<br />
necessário, por vezes, improvisar uma vareta de soldar a partir de<br />
umapeçadomesmomaterialjáinutilizada.<br />
MATERIAISDEREFORÇO<br />
Dependendo <strong>das</strong> solicitações<br />
que a peça reparada irá suportar<br />
ao ser novamente montada no<br />
veículo, pode revelar-se aconselhável<br />
reforçar interiormente a<br />
zona da soldadura, a fim de conferir<br />
maior solidez à ligação. Uma <strong>das</strong> formas de conseguir maior<br />
resistência na zona da soldadura é aplicar vários cordões transversais<br />
à ruptura, pela face interior e invisível da peça. No<br />
entanto, o método de reforço mais resistente e recomendado é<br />
aplicar uma rede ou tela metálica, igualmente pelo lado interior<br />
da peça. Essas malhas ou telas podem ser de aço ou alumínio,<br />
sendo este último mais fácil de adaptar à forma original da peça,<br />
devido à sua maior plasticidade. Podem ser forneci<strong>das</strong> em rolo ou<br />
em folhas de diversas dimensões. O reforço deve ser cortado com<br />
uma forma geométrica que se adapte ao local da reparação, o que<br />
pode ser feito com um corta fios ou uma tesoura apropriada. A<br />
aplicação do reforço é efectuada com um maçarico do ar quente,<br />
regulado à temperatura do material a reparar, introduzindo-se a<br />
malha ou rede no plástico, quanto ele estiver amolecido, com a<br />
ajuda de uma ferramenta apropriada ao efeito. Ao arrefecer o<br />
plástico, o reforço ficará integrado definitivamente no próprio<br />
material da peça.<br />
PRODUTOS<br />
DEACABAMENTO<br />
Sempre que no final da reparação<br />
a superfície se apresente irregular,<br />
torna-se necessário utilizar<br />
massas de enchimento apropria<strong>das</strong><br />
a materiais plásticos e ao tipo<br />
específicodematerialreparado.Osmelhoresresultadoseamargem<br />
de segurança mais alargada é oferecida pelas resinas epoxy, pois<br />
garantem uma excelente aderência, para além de existirem no mercado<br />
vários tipos desse produto, permitindo empregar o que melhor<br />
se adapte às características elásticas do material base. A outra solução<br />
é usar massas tradicionais à base de poliéster, sendo neste caso<br />
necessário aplicar previamente um primário indicado para plásticos.<br />
Esta precaução é sobretudo recomendada no caso de peças em<br />
polietileno e polipropileno, que apresentam problemas de aderênciajáconhecidos.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
12 Dezembro 2005<br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
EQUIPAMENTO PARA SOLDAR PLÁSTICOS (continuação)<br />
No segundo grupo de utensílios estão incluídos os que intervêm directamente na operação de soldadura e<br />
reforçodaruptura,sendousualmenteaplicadososseguintesapetrechos:<br />
EQUIPAMENTO<br />
APLICAÇÃO<br />
MAÇARICO DE AR QUENTE<br />
Jogo de bicos de diferentes formatos e tamanhos.<br />
Correcção de deformações.<br />
Evaporação de dissolventes.<br />
Aplicação da solda.<br />
CORTA ARAMES E TESOURAS<br />
Cortar pedaços da vareta de solda.<br />
Cortar a malha metálica de reforço.<br />
FACAS<br />
Aparar a vareta de solda em bisel.<br />
FERRAMENTA DE PRESSÃO<br />
Em geral usa-se uma chave de fen<strong>das</strong><br />
Introduzir a malha de reforço<br />
com a ponta dobrada.<br />
na zona reparada.<br />
Equipamento para executar a soldadura<br />
PROCESSOS DE REPARAÇÃO<br />
Desde que sejam seguidos os procedimentos aconselháveis e<br />
correctos, a reparação de componentes termoplásticos através da<br />
soldadura é um método relativamente rápido e de resultados<br />
excelentes. Recapitulando os principais passos do processo de<br />
soldadura em plásticos, teremos as seguintes linhas de acção:<br />
- Desempeno e eliminação de tensões na área danificada, o que<br />
se obtém através de aquecimento, com um maçarico de ar<br />
quente, regulado a uma temperatura inferior à fusão do material<br />
(cerca de 200ºC).<br />
- Delimitação da fissura através de brocagem <strong>das</strong> suas<br />
extremidades.<br />
- Biselado <strong>das</strong> margens da fissura, para assegurar uma boa<br />
penetração da solda.<br />
- Execução criteriosa da soldadura.<br />
- Reforço da zona reparada, quando o tipo de peça e a sua<br />
localização o exigirem.<br />
- Regularização do cordão e acabamento final da superfície<br />
reparada<br />
A seguir serão apresentados alguns casos concretos de reparações<br />
efectua<strong>das</strong> em situações reais, a fim de fornecer um reportório<br />
tão completo quanto possível <strong>das</strong> opções que estão<br />
disponíveis para a reparação de termoplásticos.<br />
SOLDADURA COM<br />
APLICAÇÃO DE SOLDA<br />
Para além destes dois grupos de equipamento e ferramentas, podemos acrescentar um terceiro grupo de<br />
utensílios auxiliares, cuja tarefa é contribuir para o bom desempenho do operador, auxiliando-o em diversas<br />
situações:<br />
A peça em questão é um pára-choques dianteiro de um BMW<br />
Série 3, fabricado com PP-EDPM, tendo sido utilizada uma<br />
vareta de solda do mesmo material. Para além do cordão de solda<br />
principal, foram aplicados cordões transversais de reforço pelo<br />
lado interior da peça.<br />
EQUIPAMENTO<br />
PISTOLA DE AR COMPRIMIDO<br />
PAPEL DE LIMPEZA<br />
GRAMPOS<br />
TABUÍNHAS<br />
ISQUEIRO A GÁS<br />
Equipamento auxiliar<br />
APLICAÇÃO<br />
Eliminação rápida de aparas de material,<br />
poeiras e sujidades.<br />
Aplicação de diluente para limpar<br />
e desengordurar a peça.<br />
Manter alinha<strong>das</strong> as duas beiras da fissura.<br />
Manter alinha<strong>das</strong> as duas beiras da fissura.<br />
Identificar o material.<br />
Odanoconsistianuma<br />
rachadelanocantodireito,<br />
coincidindoempartecomum<br />
vincodecorativo(embaixo<br />
relevo)dapeça.<br />
Aprimeiraoperaçãoconsistiu<br />
emperfurarolimitedafissura,<br />
comumabrocade2-3mm,o<br />
quepermitiudeteraextensão<br />
dodanoealiviarastensões<br />
internasdomaterial.<br />
Deseguida,comumafresade<br />
dimensõesegeometria<br />
adequa<strong>das</strong>,efectuou-seo<br />
desbasteembisel<strong>das</strong>margens<br />
dafissura,parafacilitare<br />
potenciaraaplicação<strong>das</strong>olda.<br />
Opassoseguintefoilixartoda<br />
azonadereparação,para<br />
eliminaratintaeasrebarbas<br />
resultantesdaacçãodebiselar.