Jornal das Oficinas 004
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<strong>Jornal</strong> Independente da Manutenção e Reparação Automóvel<br />
Director: João Vieira • Ano I • Mensal • 3 Euros<br />
Nº4 Janeiro 2006<br />
Norma Euro 5<br />
definida<br />
A obrigatoriedade de equipar<br />
todos os motores diesel<br />
com filtros de partículas será a<br />
maior alteração provocada pela<br />
nova norma antipoluição Euro<br />
V que entrará em vigor em<br />
meados de 2008.<br />
Com esta nova norma, a Comissão<br />
Europeia pretende um<br />
corte radical nas emissões de<br />
partículas dos motores diesel:<br />
nada menos de 80%.<br />
Sumário<br />
Página 02<br />
Estudo da Associação<br />
Portuguesa de Seguradoras<br />
Página 22<br />
Oficina do mês: Toledocar<br />
Página 28<br />
A montagem da<br />
cabeça do motor<br />
Página 30<br />
Suspensões pneumáticas<br />
de pesados<br />
Página 32<br />
Diagnóstico e montagem<br />
de catalisadores<br />
Página 34<br />
Calendário Pirelli 2006<br />
arrasador<br />
Estudo da Associação Portuguesa de Seguradores revela<br />
Custo <strong>das</strong> reparações em Portugal<br />
é dos mais elevados da Europa<br />
AAssociação Portuguesa<br />
de Seguros – ASP<br />
realizou no final de<br />
2005, uma análise comparativa<br />
dos custos de reparação automóvel<br />
em vários países europeus,<br />
e chegou à conclusão que<br />
o custo médio de reparação em<br />
Portugal é bastante maior que<br />
noutros países.<br />
Para a análise comparativa,<br />
foi pedido à Audatex (empresa<br />
multinacional, especializada na<br />
orçamentarão de reparações<br />
automóveis), que fizesse uma extracção do custo<br />
médio de reparação, baseado num mix de 17<br />
modelos, pertencentes a vários segmentos. Os<br />
quatro países onde incidiu este estudo são Portugal,<br />
Espanha, França e Reino Unido.<br />
No que respeita ao peso do custo de reparação,<br />
em Portugal verificam-se valores bastante<br />
mais elevados do que noutros países europeus.<br />
A custo real, o nosso país está atrás do Reino<br />
Unido, mas, fazendo intervir a paridade do poder<br />
de compra (PPP), verifica-se que o custo<br />
assim ajustado é maior em Portugal. Por outro<br />
lado, como a cobertura dos danos próprios entre<br />
Cs acessorios destak curvas.cdr<br />
nós é baixa, isso leva a que muitas pequenas<br />
colisões (de custo inferior à franquia) não sejam<br />
participa<strong>das</strong> às seguradoras, o que não sucede<br />
no Norte da Europa, onde a cobertura de<br />
danos próprios é bastante superior. Mesmo assim,<br />
não se justifica tão grande diferença de<br />
custos entre os países analisados, relativamente<br />
ao que se verifica entre nós. Com o custo médio<br />
ajustado a PPP é possível verificar que no mercado<br />
nacional o custo de reparação de todos os<br />
17 modelos incluídos no mix utilizado é sistematicamente<br />
superior ao praticado fora do país.<br />
Continua na página 2<br />
PUB<br />
Crescimento<br />
ilusório<br />
do mercado automóvel<br />
O ano de 2005 fechou com<br />
um crescimento de 1,6%, muito<br />
próximo do verificado em 2<strong>004</strong>,<br />
que tinha sido um dos piores<br />
anos desde a liberalização do<br />
mercado automóvel. No total<br />
foram vendi<strong>das</strong> 273.203 unidades.<br />
Para 2006, as Associações<br />
do sector estimam uma estagnação<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> e prevêm que a<br />
tendência do consumidor seja a<br />
de procurar um segmento inferior<br />
na aquisição de viaturas.<br />
Marcas<br />
asiáticas<br />
são as mais fiáveis<br />
As marcas japonesas Toyota,<br />
Mazda, Honda e Suzuki são as<br />
mais fiáveis para os 17 mil automobilistas<br />
europeus que participaram<br />
no megainquérito realizado<br />
pelas Associações Europeias<br />
de Consumidores congéneres da<br />
DECO.<br />
O inquérito foi realizado junto<br />
de condutores portugueses,<br />
espanhóis, franceses, italianos e<br />
belgas e englobou 179 versões<br />
de diversos modelos de automóveis<br />
de 29 marcas diferentes. O<br />
estudo pretendeu determinar a<br />
fiabilidade de um automóvel, ou<br />
seja, a probabilidade que determinado<br />
modelo tem de ir, com<br />
maior ou menor frequência, à<br />
oficina.<br />
Continua na página 4<br />
Especialistas em Vidro Automóvel
02<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
Editorial<br />
Estudo da Associação Portuguesa de Seguradores revela<br />
MERCADO<br />
Custo da reparação é superior<br />
devido ao elevado custo <strong>das</strong> peças<br />
Acompanhar<br />
as mudanças<br />
Épreciso não encarar a formação<br />
dos profissionais<br />
como uma acto isolado e<br />
um fim em si. As coisas vão evoluindo<br />
e o que pretendemos hoje<br />
não é necessariamente o que vamos<br />
querer amanhã. Como temos uma<br />
evolução constante e provavelmente<br />
cada vez mais rápida, a formação<br />
deve acompanhar as mudanças.<br />
Esse acompanhamento faz-se através<br />
de uma formação inicial, para<br />
quem é recém-chegado ou vai<br />
exercer pela primeira vez uma função,<br />
devendo seguir-se uma formação<br />
dirigida para as necessidades e<br />
evoluções da actividade e da empresa.<br />
Por outro lado, a revolução<br />
tecnológica no sector automóvel<br />
tornou-se um factor de sobrevivência,<br />
sendo de esperar que nos próximos<br />
5 anos os veículos sofram<br />
alterações profun<strong>das</strong>, que tornarão<br />
muitas <strong>das</strong> soluções anteriores anacrónicas<br />
e obsoletas. Técnicas de<br />
diagnóstico avança<strong>das</strong> e operações<br />
de manutenção electrónicas terão<br />
maior peso relativo no após venda.<br />
A resposta a este tipo de evolução<br />
supõe um plano de formação sequencial,<br />
através de um levantamento<br />
contínuo de novas necessidades<br />
formativas. O resultado mais<br />
provável da evolução tecnológica<br />
acelerada no após venda, será a<br />
hierarquização ou escalonamento<br />
natural dos seus recursos humanos<br />
de acordo com as funções mais recentes<br />
e as mais tradicionais. A formação<br />
deverá ser dirigida para os<br />
diversos níveis de funções, de<br />
modo a manter a capacidade de intervenção<br />
nos diferentes sistemas e<br />
nas diferentes tecnologias, e tem<br />
que haver uma adequação entre o<br />
perfil, a função, a formação e a organização<br />
da empresa. Estes são os<br />
quatro vectores que podem introduzir<br />
valor acrescentado na organização,<br />
desde que estejam devidamente<br />
articulados.<br />
É necessário ter a noção de que a<br />
flexibilidade e a polivalência são<br />
positivas, mas têm limites evidentes.<br />
O rumo certo será o de uma<br />
formação continuada e ajustada às<br />
necessidades de cada caso, tendo<br />
sempre em conta as necessidades<br />
de evolução, através do levantamento<br />
permanente dos meios e dos<br />
objectivos.<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Figura 1<br />
Custo médio de uma reparação automóvel<br />
ajustado pela paridade do poder de compra<br />
(1) Inclui mão de obra de chapa e pintura<br />
Nota: Custos médios para 17 modelos de veículos<br />
Fonte: Audatex, Centro Zaragoza, Axa<br />
Figura 2<br />
A taxa de substituição de peças em Portugal<br />
é mais elevada do que noutros países da Europa<br />
Nota: Dados não disponíveis para França<br />
Fonte: Audatex, dados de 2005; estudo relativo a 10 peças para 17 modelos<br />
Continuação da página 1<br />
Desagregando o valor do custo médio de reparação (pintura,<br />
mão-de-obra e peças), verifica-se que na pintura estamos ligeiramente<br />
superiores a Espanha, por exemplo, embora com<br />
custos inferiores a França e Reino Unido. Na mão-de-obra, estamos<br />
abaixo do mercado inglês, mas ficamos acima dos custos praticados<br />
em Espanha e França. No valor de peças utiliza<strong>das</strong> na reparação, Portugal<br />
está sempre acima dos outros países analisados. (Ver figura 1)<br />
Esta anomalia é devida principalmente ao recurso sistemático à<br />
substituição de peças, em detrimento da respectiva reparação. Em<br />
Portugal a taxa de substituição de peças é de 79%, contra 63% no<br />
Reino Unido e 50% em Espanha. (Ver figura 2)<br />
Por seu turno, a principal causa do recurso sistemático à substituição<br />
deve-se à maior margem de que os reparadores dispõem neste<br />
caso. Isso foi comprovado comparando quatro casos de<br />
substituição/reparação de um guarda-lamas esquerdo em quatro viaturas<br />
diferentes (Opel Corsa, Fiat Punto, Peugeot 206 e Ford Fiesta).<br />
Outro factor que faz subir os custos em Portugal é a baixa utilização<br />
de peças de qualidade equivalente, de custo inferior à peça original.<br />
Em Portugal apenas substituímos 15% de peças do tipo equivalente,<br />
metade do que é realizado em Espanha e bastante menos do<br />
que no Reino Unido (22%). No mercado francês, onde existe uma<br />
elevada protecção dos fabricantes nacionais, a taxa de utilização de<br />
peças não originais é de 10%. (Ver Figura 3)<br />
No capítulo da mão-de-obra, apesar de Portugal ter o valor médio<br />
mais baixo dos 4 países analisados (€25/hora), isso não impede que<br />
apresente um dos valores mais altos de custo médio de mão-de-obra<br />
por reparação. A menor eficiência e a baixa produtividade verifica<strong>das</strong><br />
em Portugal (o nosso país apenas está a 66% da produtividade média<br />
da U.E.) pode explicar o maior custo da mão-de-obra, embora se possam<br />
adicionar outras explicações (“inflação“ de horas, poucas reparações<br />
pequenas (rápi<strong>das</strong>), maior gravidade de sinistros, etc.). (Ver Figura<br />
4)<br />
Segundo este estudo, a distorção dos preços em Portugal deriva da<br />
elevada dispersão dos empreendimentos e da pequena dimensão unitária<br />
dos reparadores de automóveis. No país existem cerca de 5.500<br />
oficinas, para um parque de 5,1 milhões, o que dá um número médio<br />
anual de reparações por oficina de 168 (Espanha 600, França 560,<br />
Reino Unido 750). (Ver Figura 5)<br />
Na melhor <strong>das</strong> hipóteses, cada oficina recebe em média ao ano €<br />
273.000, ou seja, menos 150% do que em Espanha, menos 210% do<br />
que em França e menos 330% do que no Reino Unido. Em contrapartida,<br />
os reparadores nacionais de maior dimensão podem facturar<br />
anualmente entre € 500 mil e € 1 milhão. (Ver Figura 6)<br />
A consolidação do sector de reparação automóvel, que já perdeu<br />
cerca de metade dos operadores (entre 1999 e 2005), será a tendência<br />
para o futuro. Isso não quer dizer necessariamente menor nível de<br />
emprego, porque outros sectores de actividade enfrentaram processos<br />
de consolidação idênticos e o emprego subiu. Em termos de valor<br />
acrescentado por negócio a tendência é para subir com a progressiva<br />
consolidação do sector de reparação automóvel.<br />
Figura 3<br />
Utilização de peças não originais do construtor<br />
(1) Fonte: entrevistas; Análise BCG – 10% corresponde à utilização formal; a informal<br />
poderá ser mais elevada<br />
(2) Fonte: Instituto de Zaragoza<br />
(3) Fonte: entrevistas; Análise BCG - Mercado onde existe uma elevada protecção dos<br />
fabricantes<br />
(4) Fonte: The Car Body Repair Market in UK<br />
Ficha Técnica<br />
Uma publicação da AP Comunicação<br />
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES<br />
Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos<br />
PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado<br />
E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Phalempin, SA - Parque Industrial de Ven<strong>das</strong> Novas, Lotes 29 e 30 – 7080-341 Ven<strong>das</strong> Novas Telef: 265.807.790<br />
PERIODICIDADE: Mensal TIRAGEM: 10.000 Exemplares ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782<br />
Depósito Legal nº: 201.608/03<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />
“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MERCADO Janeiro 2006 03<br />
Figura 4<br />
Portugal apresenta valores médios de mão-de-obra superiores a<br />
outros países que reparam mais<br />
Figura 5<br />
Número de reparações anuais por oficina de colisão<br />
Figura 6<br />
Receita média anual por oficina de colisão<br />
(1) Inclui mão-de-obra de chapa, mecânica e pintura<br />
(2) No Reino Unido, os baixos preços de mão-de-obra pagos pelas<br />
seguradoras têm induzido à “inflação” de horas<br />
(3) Preço para as seguradoras<br />
(1) Ligeiros e comerciais ligeiros<br />
(1) Os players de maior dimensão atingem rteceitas anuais entre<br />
500.000 e 1.000.000 Euros<br />
As redes preferenciais<br />
No que respeita à relação entre o sector de reparação<br />
e as seguradoras, a análise efectuada nos quatro países<br />
constata que há um forte nexo entre reparadores e seguradoras<br />
no Reino Unido (com redes preferenciais de<br />
81%). Em França, a taxa de encaminhamento de 65%<br />
beneficia do sector mutualista, enquanto que o valor de<br />
30% corresponde ao sector segurador tradicional. Em<br />
Portugal, o encaminhamento de serviço para redes preferenciais<br />
é muito fraco (10%), devido também às debilidades<br />
do próprio sector segurador. (Ver Figura 7)<br />
O encaminhamento deve ser efectuado de uma forma<br />
positiva e facultativa e não de uma maneira impositiva<br />
ou obrigatória. Isto que dizer que uma rede preferencial<br />
de reparadores associados a um grupo segurador<br />
deve nascer de um encontro natural de convergência de<br />
interesses, pontos de vista e metodologias. Se o nível<br />
de eficiência, produtividade e qualidade de serviço fosse<br />
idêntico em toda a parte, não faria sentido o conceito<br />
de redes preferenciais e de encaminhamento. No entanto,<br />
havendo diferenciação na prática, as seguradores<br />
devem premiar as melhores práticas no sector de reparação,<br />
concedendo aos melhores players um estatuto<br />
preferencial.<br />
O objectivo pretendido com a introdução <strong>das</strong> redes<br />
preferenciais de encaminhamento é atingir novos níveis<br />
de optimização de qualidade e profissionalismo.<br />
Na actualidade, já é possível obter através do encaminhamento<br />
a garantia de qualidade da reparação, o fornecimento<br />
de viatura de substituição, mesmo nos casos<br />
em que tal não é obrigatório (danos próprios) e maior<br />
rapidez no processo de aprovação da oficina, uma vez<br />
que as oficinas de rede já se encontram regista<strong>das</strong> na<br />
base de dados, com toda a informação indispensável.<br />
No entanto, o potencial de aperfeiçoamento ao nível do<br />
serviço para o cliente final ainda é enorme e terá que<br />
ser exigido às redes preferenciais de oficinas mais alguma<br />
evolução. A certificação de qualidade é um dos<br />
requisitos esperados, bem como a melhoria do nível de<br />
atendimento ao cliente final.<br />
Com a devida informatização, poderá tornar-se corrente<br />
o processamento de declarações de acidente na<br />
própria oficina, o que permitirá acelerar o processo e<br />
minimizar os inconvenientes para o cliente (deslocação<br />
à seguradora). Com a compatibilização de sistemas<br />
dentro da rede, será permitida a automatização da reserva,<br />
elaboração de agenda e processamento de encomen<strong>das</strong><br />
de materiais on-line. A Tele-Peritagem é outro<br />
dos avanços pretendidos, permitindo acelerar o processo,<br />
minimizar custos e obter reparações mais rápi<strong>das</strong>.<br />
Finalmente, a maior escala e os maiores índices de utilização<br />
da capacidade instalada nas redes, permitirão<br />
reduzir consistentemente os custos de reparação, um<br />
dos obstáculos mais sérios à evolução do sector segurador.<br />
Com efeito, os elevados custos de reparação em<br />
Portugal reflectem-se negativamente no valor <strong>das</strong> apólices,<br />
em virtude do alto custo esperado por segurado,<br />
condicionando a evolução e regularização do mercado<br />
segurador e a passagem a outro nível de coberturas.<br />
(Ver Figura 8)<br />
Figura 7<br />
A taxa de encaminhamento para redes preferenciais de reparadores em Portugal é mais reduzida do que<br />
noutros países da Europa<br />
Figura 8<br />
Custo médio esperado/ano/segurado (1)<br />
(1) Fonte: entrevistas a seguradoras: Fidelidade-Mundial, Império-Bonança, Allianz<br />
(2) Fonte: International Road Traffic and Accident Database; DBK Espana; Centro Zaragoza; INE; Euromonitor;<br />
CARE database<br />
(3) Fonte: Axa France; No caso <strong>das</strong> mutualistas e seguradoras directas a taxa de encaminhamento é de ±<br />
65%, enquanto que nas restantes é de 30-45%<br />
(4) Fonte: BodyShop Magazine 2005<br />
(1) Calculado com base no número de reparações sobre o total do parque automóvel por país multiplicado<br />
pelo custo médio de reparação<br />
PRIMEIRO EM QUALQUER CANTO DO MUNDO.<br />
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A Ferodo vence mais campeonatos em mais países que qualquer outro fabricante de travões.<br />
Máxima segurança; máximo desempenho... sempre.
04<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
MERCADO<br />
Marcas asiáticas são campeãs da fiabilidade<br />
Veículos Toyota avariam menos<br />
e têm revisões mais baratas<br />
Entre Março e Abril de 2005, a DECO e várias associações europeias de consumidores, enviaram um inquérito para<br />
uma amostra representativa de leitores, tendo recebido quase 17 mil respostas, que foram trata<strong>das</strong> em conjunto,<br />
de modo a conseguirem apresentar resultados para o maior número possível de versões.<br />
Continuação da página 1<br />
Relativamente aos condutores portugueses<br />
que responderam, os<br />
seus carros têm, em média, quatro<br />
anos e percorreram quase 18 mil quilómetros<br />
no espaço de um ano, sendo que a<br />
maioria funciona a gasolina.<br />
Quantas avarias teve o seu carro nos últimos<br />
12 meses? Esta foi a questão colocada<br />
aos inquiridos e que permitiu determinar a<br />
fiabilidade de 179 modelos de automóveis.<br />
As marcas nipónicas, como a Toyota, Mazda,<br />
Honda de Suzuki, são as mais fiáveis.<br />
Em contrapartida, as italianas Fiat e Lancia<br />
encontram-se entre as que mais visitas à<br />
oficina originam.<br />
Como as avarias não têm to<strong>das</strong> a mesma<br />
importância, foram dados diferentes pesos<br />
consoante influenciam de forma mais ou<br />
menos significativa a utilização do automóvel.<br />
De facto, um problema no sistema<br />
de travagem ou na electrónica do motor,<br />
que pode pôr em causa a segurança dos<br />
ocupantes ou impedir o carro de andar, é<br />
mais grave do que uma avaria no sistema<br />
de ventilação, por exemplo. Deste modo<br />
foi dado mais peso às avarias do sistema<br />
de travagem, do motor, incluindo a parte<br />
electrónica, e do sistema de alimentação<br />
do combustível.<br />
A partir dos dados obtidos no inquérito, e<br />
tendo como base o peso atribuído a cada<br />
critério, foi construído um índice de fiabilidade,<br />
que vai de 0 a 100. Quanto maior o<br />
mais<br />
fiável<br />
<br />
<br />
menos<br />
fiável<br />
mais<br />
fiável<br />
<br />
<br />
menos<br />
fiável<br />
GRÁFICO 1<br />
QUAL A MARCA MAIS FIÁVEL?<br />
Toyota(Japão) 95,2 =<br />
Mazda(Japão) 94,2 <br />
Honda(Japão) 93,8 <br />
Suzuki(Japão) 91,8 <br />
Hyundai(Coreia do Sul) 91,8 <br />
BMW(Alemanha) 90,7 <br />
Volvo(Suécia) 90,6 <br />
Nissan(Japão) 90,4 <br />
Saab(Suécia) 90,0 <br />
Skoda(República Checa) 89,9 <br />
Ford(Alemanha) 88,9 <br />
Audi(Alemanha) 88,9 <br />
Mercedes(Alemanha) 88,6 <br />
Citroen(França) 88,6 <br />
Mitsubishi(Japão) 88,6 <br />
Alfa Romeo(Itália) 88,3 <br />
Kia(Coreia do Sul) 88,2 (1)<br />
Peugeot(França) 87,8 <br />
Jeep(EUA) 87,6 <br />
Renault(França) 86,9 <br />
Opel(Alemanha) 86,8 <br />
Volkswagen(Alemanha) 86,7 <br />
Daewoo(Coreia do Sul) 86,3 <br />
Chrysler(EUA) 85,7 <br />
Seat(Espanha) 85,7 <br />
Lancia(Itália) 85,4 <br />
Fiat(Itália) 85,0 <br />
Rover(Inglaterra) 83,9 <br />
Land Rover(Inglaterra) 80,3 <br />
Os quatro primeiros lugares são ocupados pelas japonesas Toyota, Mazda, Honda e Suzuki,<br />
as quais em Portugal representam cerca de 10% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> totais de ligeiros de<br />
passageiros.<br />
GRÁFICO 2<br />
CUSTO DA REVISÃO PERIÓDICA<br />
(1) Esta marca não apareceu no estudo 2<strong>004</strong><br />
Analisando os custos médios anuais de cada revisão, a Toyota é a mais barata, com cerca de 190 Euros. Com valores inferiores a 200 Euros<br />
estão ainda a Fiat, Peugeot, Ford e Skoda. As mais caras, cerca de 500 euros, são a BMW e Mercedes.<br />
Posição<br />
face ao<br />
estudo<br />
2<strong>004</strong><br />
(1) Esta marca não apareceu no estudo 2<strong>004</strong><br />
valor obtido, menor é a probabilidade de o<br />
carro avariar sendo, por isso, mais fiável.<br />
Como ficou comprovado nos resultados<br />
finais, existem bons e maus modelos em to<strong>das</strong><br />
as categorias, pelo que não vale a pena<br />
investir num automóvel de uma categoria<br />
superior só por pensar que será mais fiável.<br />
Aliás, é curioso verificar que o automóvel<br />
mais fiável deste estudo, o Toyota Yaris<br />
1.4, a gasóleo, vendido a partir de Abril de<br />
2003, é um utilitário. Em contrapartida, o<br />
Audi A6 2.5, a gasóleo, vendido entre Junho<br />
de 1997 e Agosto de 2001, está entre<br />
os menos fiáveis e é um familiar.<br />
Os resultados obtidos com cada versão<br />
permitiram obter o índice de fiabilidade de<br />
cada marca, e tal como aconteceu no estudo<br />
de 2<strong>004</strong>, a Toyota aparece em primeiro, seguida<br />
por mais três marcas japonesas: Mazda,<br />
Honda e Suzuki (Ver gráfico 1).<br />
As visitas à oficina<br />
O inquérito permitiu também dar a conhecer<br />
quanto gastaram os inquiridos nas<br />
visitas à oficina, tanto para as revisões periódicas<br />
como para reparações que tenham<br />
sido necessárias. Quando precisam de recorrer<br />
a uma oficina, tanto durante o período<br />
de garantia como depois, a maioria dos<br />
inquiridos prefere os serviços de uma oficina<br />
de marca. Contudo, após os dois anos de<br />
garantia, um quarto dos portugueses que<br />
respondeu ao inquérito disse recorrer a uma<br />
oficina independente. Quanto à frequência<br />
com que fazem as revisões, a grande maioria<br />
dos inquiridos segue a recomendação do<br />
fabricante, mesmo depois de terminar o período<br />
de garantia.<br />
Para determinar o custo <strong>das</strong> revisões, só<br />
foram considera<strong>das</strong> as respostas dos portugueses<br />
que disseram anotar com rigor as<br />
despesas. Os dados obtidos permitiram<br />
determinar um valor anual de referência<br />
para cada marca.<br />
No gráfico 2, juntou-se o custo médio da<br />
revisão com o resultado da fiabilidade.<br />
Como se pode verificar, além de ser a mais<br />
fiável, a Toyota é uma <strong>das</strong> marcas com a<br />
manutenção mais barata: em média cerca<br />
de 190 Euros por ano. A Rover e a Seat,<br />
por sua vez, além de serem caras na oficina<br />
(próximas dos 300 Euros) têm um índice de<br />
fiabilidade baixo. A Mercedes e a BMW<br />
são as marcas com as revisões mais caras<br />
(cerca de 500 euros). Regra geral a manutenção<br />
dos veículos a gasolina é mais barata<br />
do que a dos carros a gasóleo.<br />
Em média, as revisões e reparações nas<br />
oficinas da marca são um pouco mais caras<br />
durante o período de garantia. Após<br />
este último, os preços já se aproximam<br />
mais nos diferentes tipos de oficina, embora<br />
as reparações fiquem, em média,<br />
mais caras nas oficinas que não são da<br />
marca do automóvel.
+ DESIGN<br />
+ PRESEN˙A NAS<br />
PE˙AS DE ORIGEM<br />
+ TECNOLOGIA<br />
+ RENTABILIDADE
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
SECUR ATENTA AOS<br />
AMORTECEDORES<br />
O SECUR (Serviço de Estudos<br />
e Assessoria para Utentes da Estrada),<br />
através da sua Comissão de<br />
Amortecedores, a qual inclui fabricantes,<br />
reparadores e distribuidores<br />
de peças, revelou que desenvolverá<br />
durante 2006 uma campanha<br />
de sensibilização dos centros<br />
de inspecção técnica de veículos,<br />
no sentido de preparar a introdução<br />
<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de âmbito europeu,<br />
que preconizam a reprovação<br />
<strong>das</strong> viaturas inspecciona<strong>das</strong> que<br />
apresentem fugas de óleo nos<br />
amortecedores. Esta medida, válida<br />
a partir de Janeiro 2207, revela<br />
a preocupação <strong>das</strong> autoridades europeias<br />
com a segurança rodoviária,<br />
para a qual o amortecedor desempenha<br />
um papel fulcral.<br />
LÂMPADAS BOSCH<br />
SEM CHUMBO<br />
As lâmpa<strong>das</strong> para automóvel<br />
fabrica<strong>das</strong> pela Bosch deixaram<br />
de incorporar elementos de chumbo,<br />
fazendo jus ao imperativo que<br />
a empresa impôs a si própria de<br />
reduzir o impacto ambiental negativo<br />
dos seus produtos. O chumbo<br />
era usado até aqui no vidro <strong>das</strong><br />
lâmpa<strong>das</strong> (luzes de presença, stop<br />
e sinalização) e para soldar as juntas<br />
do respectivo casquilho. As<br />
modificações opera<strong>das</strong> na produção,<br />
para eliminar este metal pesado<br />
de elevada toxidade, não alteraram<br />
a qualidade nem o rendimento<br />
final do produto. As lâmpa<strong>das</strong> de<br />
halogéneo e as de descarga (Xénon)<br />
da Bosch também já não utilizam<br />
chumbo.<br />
FFB AUTOMOTIVE<br />
Esta é a nova marca do sector<br />
de equipamento para oficinas, surgida<br />
na sequência da recente decisão<br />
do Grupo Fimalac abandonar<br />
o sector de ferramentas e equipamentos<br />
oficinais. Efectivamente,<br />
depois da venda da Facom Tools à<br />
empresa norte-americana Stanley<br />
(410 milhões de euros) e da Beissbarth<br />
ao fundo SG Capital Europe<br />
(38 milhões de euros), a empresa<br />
francesa Fimalac deixou o caminho<br />
livre à constituição da nova<br />
empresa, dando continuidade a<br />
um projecto empresarial que se<br />
iniciou em 1919, data da fundação<br />
da Facom. A distribuição dos produtos<br />
da nova marca, para a península,<br />
ficará a cargo da actual<br />
empresa FFB Ibérica.<br />
TecDoc<br />
Uma ferramenta essencial<br />
na reparação automóvel<br />
O TecDoc é um catálogo electrónico que fornece ao revendedor<br />
e à oficina informação actualizada e completa para a identificação<br />
e pedido de peças. Esta informação provém directamente <strong>das</strong> bases<br />
de dados dos fabricantes membros do TecDoc, em formato<br />
standard para catálogo. Trata-se de uma ferramenta flexível de informação<br />
que facilita o trabalho dos profissionais no seu dia a dia,<br />
graças às suas numerosas funções personalizáveis.<br />
Actualmente o catálogo é fornecido em 9 CDs ou 2 DVDs, sendo<br />
actualizado cada 3 meses e engloba mais de:<br />
- 14.800 modelos de veículos ligeiros<br />
- 8.000 veículos industriais<br />
- 1.300.000 artigos<br />
- 500.000 imagens<br />
Com o catálogo electrónico TecDoc, a pesquisa de peças de<br />
substituição torna-se muito rápida e o resultado é sempre correcto,<br />
pois nenhuma outra aplicação dispõe de informação proveniente<br />
directamente <strong>das</strong> bases de dados dos fabricantes de peças.<br />
A peça correcta é identificada mediante:<br />
- Selecção do construtor e correspondente modelo;<br />
- Árvore de pesquisa de peças por grupos de montagem;<br />
- Pesquisa directa por referências, como a referência do artigo,<br />
cruzamento com referências OE, cruzamento com referências<br />
de fabricantes, através de referências comerciais.<br />
Com a 1ª versão do ano 2006 e até 21 de Janeiro, o catálogo<br />
TecDoc disponibiliza informação complementar grátis para que<br />
conheça outros serviços adicionais: Valores de mão-de-obra, Dados<br />
Técnicos e Manuais Técnicos.<br />
As informações sobre manutenção, revisões e serviços estão de<br />
acordo com as indicações do fabricante.<br />
Para informações adicionais contacte a AZ Auto (telefone:<br />
21.942.80.00), distribuidor do catálogo TecDoc para Portugal, ou<br />
preencha desde já o encarte que disponibilizamos nesta edição do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, com toda a informação necessária para efectuar<br />
a encomenda do seu catálogo TecDoc, bastando o preenchimento<br />
dos dados solicitados e o envio por fax deste formulário.<br />
Quatro Kits<br />
de ferramentas<br />
TengTools<br />
A TengTools é uma marca de<br />
ferramentas representada em Portugal<br />
pela Montenegro, Fernandes<br />
e Cª SA. O destaque vai para<br />
a disponibilização de quatro Kits<br />
de ferramentas. Na base da oferta,<br />
com um preço de 335 Euros, encontra-se<br />
o Kit Serviço (TC8140-<br />
6NF), que se caracteriza por um<br />
caixa com 3 gavetas e arrumação<br />
superior. O Kit Técnico (TCMM<br />
488), que está disponível por 865<br />
Euros e utiliza um carro com 7 gavetas de dimensões diferentes. O<br />
Kit Mecânico (TCM 204-AT), utiliza um carro idêntico, mas apenas<br />
com 6 gavetas, estando mais vocacionado para o uso em trabalhos<br />
mecânicos, tendo um custo de 929 Euros. No topo da oferta encontra-se<br />
o Kit Total (TCMM 1001), por um preço superior aos 2.300<br />
Euros, que dispõe de um carro com 10 gavetas, e mais duas caixas<br />
com 3 e 4 gavetas respectivamente.<br />
<strong>Oficinas</strong> Scania<br />
agora também abertas aos<br />
Sábados<br />
Percebendo as<br />
pressões de mercado<br />
a que os clientes<br />
estão sujeitos, não<br />
só ao nível dos custos<br />
mas, também e<br />
cada vez mais, ao<br />
nível do cumprimento<br />
de horários, a<br />
Cimpomóvel Veículos<br />
Pesados, S.A.<br />
decidiu abrir as suas oficinas aos Sábados. Assim, entre as 8 e as 13 horas,<br />
as oficinas de Santa Iria de Azóia, Porto, Leiria, Viseu e Vilar Formoso<br />
terão agora os seus serviços oficinais e de peças disponíveis. Esta<br />
medida permite aos clientes rentabilizar o seu negócio, uma vez que<br />
permitirá manter a qualidade operacional <strong>das</strong> suas viaturas respondendo<br />
eficazmente às solicitações dos seus próprios clientes.<br />
RECTIFICAÇÃO<br />
No artigo técnico sobre “Turbocompressores”, publicado na edição<br />
nº 2 do “<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”, pode ler-se a determinada altura que:<br />
“entre outras características apensas aos óleos e a viscosidade inferior<br />
a 5W-40 são meio caminho andado para a ruína de qualquer turbocompressor”.<br />
Efectivamente esta é uma afirmação incorrecta, pois na<br />
realidade os construtores de automóveis de reputa<strong>das</strong> marcas tais<br />
como Audi/VW, BMW, Mercedes, Opel, Ford e Volvo, entre outros,<br />
apostam cada vez mais em lubrificantes de baixa viscosidade 0W-30 e<br />
5W-30 para obterem o maior desempenho dos seus motores, períodos<br />
alargados de manutenção e também para satisfazerem a norma Euro<br />
IV que exige sistemas de reduções de emissões como é o caso dos tão<br />
falados “DPF” – Filtros de Partículas para os motores Diesel.<br />
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Aveiro<br />
Av. Dr. Lourenço Peixinho, 157/157B<br />
3800-166 Aveiro<br />
Tel.: 234 377 930 - Fax: 234 420 785<br />
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Av. Fernão Magalhães, 201/207<br />
3000-176 Coimbra<br />
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Lisboa<br />
E. N. 10 Km. 11, Edif.: Cimpomóvel<br />
2694-003 Sta. Iria de Azóia<br />
Tel.: 219 569 470 - Fax: 219 569 479<br />
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Distribuidor<br />
Runkel & Andrade, SA<br />
“40 Anos de Experiência<br />
Automóvel”<br />
www.runkel.biz<br />
apoiocliente@runkel.biz
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Janeiro 2006 07<br />
Novo produto da<br />
Abel Auto<br />
A Mota & Pimenta, representante para Portugal dos<br />
produtos da Abel Auto, lançou recentemente no mercado<br />
nacional um novo produto desta conhecida marca.<br />
O novo produto Abel Auto é um láva-tecidos e alcatifas<br />
com escova aerossol, fornecido em embalagem<br />
de 400 ml.<br />
A mousse activa do limpa estofos e alcatifas Abel<br />
Auto permite limpar to<strong>das</strong> as superfícies têxteis presentes<br />
no interior de um veículo. Este produto combina<br />
solventes e tensioactivos especialmente seleccionados<br />
para a sua acção de limpeza. Para uma maior facilidade<br />
de utilização, o aerossol do limpa estofos e<br />
alcatifas funciona em to<strong>das</strong> as posições.<br />
Rodatec<br />
lança novo equipamento da Ryko<br />
A empresa da Buraca passou<br />
a ter na sua gama de produtos,<br />
um novo equipamento de lavagem<br />
de viaturas da marca Ryko.<br />
Trata-se do modelo Sport, um<br />
moderno equipamento de lavagem,<br />
que possui três programas<br />
de lavagens controla<strong>das</strong> por<br />
PLC, apresentando um display<br />
de diagnóstico LCD. O movimento<br />
<strong>das</strong> escovas verticais e<br />
horizontais é pneumático e possui<br />
afinação electrónica. A secagem<br />
feita horizontalmente segue<br />
o perfil do veículo, existindo<br />
ainda um programa de segurança<br />
para ganchos de reboque.<br />
Com um design atractivo e<br />
múltiplos programas de lavagem,<br />
este equipamento dispõe<br />
de uma largura máxima de lavagem<br />
de 2,30 metros. Na fase de<br />
lançamento deste equipamento,<br />
a Rodatec está a desenvolver<br />
uma campanha, cujo preço unitário<br />
é de 19.000 Euros mais<br />
IVA, para equipamentos com<br />
escovas "Foam Brite".<br />
Motul<br />
acompanha evolução tecnológica<br />
Recentemente, a Renault lançou no nosso<br />
mercado motores dCi equipados com sistema de<br />
filtro activo de partículas (FAP), sendo eles o 1.5<br />
dCi de 105 cv e o 2.0 dCi de 150 cv. Para o 1º semestre<br />
de 2006, está anunciado o lançamento do<br />
1.9 dCi de 130 cv e o 2.0 dCi de 175 cv. Os motores<br />
apresentados cumprem a norma Europeia Euro IV, graças à<br />
implantação de série de piezo injectores e filtros de partículas de regeneração<br />
periódica.<br />
Os lubrificantes utilizados neste tipo de motores são conhecidos<br />
como Low SaPS (Sulphataded ashes, Phosfor, Sulfur), e devem superar<br />
a norma ACEA C3. Esta norma regula entre outros, o conteúdo<br />
de Cinzas sulfata<strong>das</strong>, Fósforo e Enxofre presentes no lubrificante. A<br />
utilização de um lubrificante que não supere a norma ACEA C3, coloca<br />
em risco de avaria o filtro activo de partículas, pois este é muito<br />
sensível a este tipo de substâncias cita<strong>das</strong> anteriormente.<br />
A Motul disponibiliza o Specific LL-04, um lubrificante Low<br />
SaPS com uma viscosidade 5W40, adequado para temperaturas extremas<br />
tanto de Inverno como de Verão. Este produto possui as normas<br />
ACEA A3/B4 – C3, que é recomendada para todos os motores a<br />
gasolina com períodos de manutenção alargada e todos os motores<br />
diesel com injecção directa ou indirecta e também com períodos de<br />
manutenção extendidos.<br />
Berner<br />
inaugura loja Profi Point na Maia<br />
Seguindo a filosofia de optimizar<br />
a satisfação do cliente, a<br />
Berner Portugal, inaugurou no<br />
passado dia 7 de Janeiro uma<br />
nova loja Profi Point, na zona<br />
Industrial da Maia (Centro Empresarial<br />
da Maia, Armazém<br />
28 – Rua Joaquim António<br />
Moreira, 381), com uma área<br />
total de 500 m2 dos quais 350<br />
m2 de showroom, onde se encontra<br />
exposta a vasta gama de<br />
produtos que a Berner tem disponível<br />
para o sector da reparação<br />
automóvel. Aqui o profissional<br />
pode comprovar, verificar<br />
e adquirir os produtos e<br />
serviços da Berner quando lhe<br />
for mais conveniente. Por outro<br />
lado, esta nova loja Profi<br />
Point serve também de apoio<br />
aos 15 vendedores da região<br />
norte, que aqui promovem a<br />
apresentação de novos produtos,<br />
cursos de formação e reuniões<br />
técnicas.<br />
“A abertura da loja Profi<br />
Point na Maia, prende-se essencialmente<br />
com o objectivo<br />
de proporcionar aos nossos<br />
clientes um espaço mais funcional<br />
e acolhedor, onde estes<br />
possam experimentar um atendimento<br />
eficiente e personalizado”,<br />
explica Carlos Esteves,<br />
Director-Geral da Berner Portugal.<br />
“Outras <strong>das</strong> razões está<br />
estritamente relacionada com o<br />
factor modernidade. Consideramos<br />
fundamental, para qualquer<br />
empresa saber acompanhar<br />
o progresso. As novas instalações<br />
são pois, para a Berner<br />
Portugal, um símbolo da dinâmica<br />
pela qual sempre pautámos<br />
a nossa actividade”, acrescentou<br />
ainda este responsável.<br />
Selènia lança óleo de topo<br />
BP e Ansell<br />
lançam luvas sintéticas<br />
para reparação<br />
automóvel<br />
Foi recentemente introduzido<br />
no mercado nacional pela BP, em<br />
parceria com a Ansell, uma nova<br />
gama de luvas sintéticas direcciona<strong>das</strong><br />
aos profissionais de reparação<br />
e manutenção automóvel. A<br />
Ansell é uma empresa líder mundial<br />
na fabricação de luvas sintéticas<br />
para diversos sectores de actividade,<br />
que dispõe agora de uma<br />
nova e completa gama especificamente<br />
recomendada para<br />
a reparação e manutenção<br />
automóvel.<br />
Estas novas luvas,<br />
disponíveis em 5 diferentes modelos,<br />
permitem, segundo a Ansell,<br />
obter mais sensibilidade,<br />
mais segurança, mais aderência<br />
e mais conforto no desempenho<br />
profissional, aumentando dessa<br />
forma a produtividade.<br />
Actualmente as luvas Ansel<br />
estão a ser comercializa<strong>das</strong> em<br />
Portugal através da rede de distribuição<br />
de lubrificantes BP,<br />
prevendo-se, em breve, alargar a<br />
sua comercialização a outros canais.<br />
As luvas podem ser adquiri<strong>das</strong><br />
em embalagens com um<br />
único par.<br />
A FL Selènia lançou recentemente no mercado português um novo óleo,<br />
o Selènia StAR 5W-40, essencialmente recomendado para os novos motores<br />
JTS Alfa Romeo de injecção directa. Trata-se de um lubrificante sintético<br />
High Perfomance desenvolvido para proteger o motor em condições de<br />
utilização extrema, com o máximo stress térmico, tipicamente presentes em<br />
condições de condução desportiva. O novo Selènia StAR garante as máximas<br />
prestações a to<strong>das</strong> as motorizações com elevada potência específica,<br />
que necessitam de alta qualidade para a utilização mais exigente.<br />
A especial aditivação anti-desgaste do Selènia StAR, derivada da experiência<br />
no âmbito <strong>das</strong> provas desportivas com a Alfa Romeo, garante elevada<br />
protecção mesmo em condições de fina película lubrificante. A sua fórmula<br />
única E.S.T. (Extremely Stable Technology) apresenta extrema estabilidade<br />
ao corte mecânico durante todo o intervalo de mudança,<br />
assegurando a máxima protecção do motor mesmo com solicitações eleva-<br />
PUB
08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
PUB<br />
Clientes<br />
acompanham<br />
diagnóstico do seu Ford<br />
Stationmarché<br />
continua em expansão<br />
O Grupo Os Mosqueteiros continua em expansão<br />
com a abertura de mais três insígnias Stationmarché<br />
em Vila Real , Ovar e Olhão. Trata-se de<br />
centros-automóvel onde se realizam operações de<br />
reparação e manutenção, para além de serem disponibilizados<br />
acessórios e peças. Estas são a 21, 22<br />
e 23ª insígnias dedica<strong>das</strong> à assistência automóvel,<br />
desde 1998, ano em que se implantaram em Portugal<br />
os Auto Centros Stationmarché. O Grupo Os<br />
Mosqueteiros materializa desta forma, o plano de<br />
desenvolvimento e expansão do sector dedicado ao<br />
automóvel. Os Mosqueteiros são um grupo empresarial<br />
português resultante da associação de vários<br />
empresários independentes e que beneficiam, assim,<br />
<strong>das</strong> vantagens inerentes a to<strong>das</strong> as economias<br />
de escala origina<strong>das</strong> pelo funcionamento em bloco.<br />
Nova gama<br />
de caixas de direcção TRW<br />
No passado, caixas de direcção reconstruí<strong>das</strong><br />
de elevada qualidade só estavam ao alcance <strong>das</strong><br />
redes de concessionários de marca. Agora, a<br />
gama de caixas de direcção reconstruí<strong>das</strong> da<br />
TRW está disponível para o mercado independente.<br />
A gama é constituída por mais de 200 referências<br />
de caixas de direcção assistida e 60 referências<br />
de caixa de direcção manual.<br />
A gama TRW é submetida a testes rigorosos<br />
que garantem qualidade de equipamento original,<br />
um dos factores que diferenciam esta gama<br />
relativamente a outras disponíveis no mercado.<br />
Destacam-se os testes fundamentais de segurança<br />
e testes dinâmicos às unidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />
para verificar que não existem fugas.<br />
Gutmann<br />
apresenta “Mega Macs 50”<br />
A Gutmann é uma <strong>das</strong> empresas<br />
líderes mundiais no desenvolvimento<br />
e concepção de equipamentos<br />
de diagnóstico. Da sua gama<br />
de produtos o destaque vai<br />
para o recente “Mega Macs<br />
50”, um equipamento de diagnóstico<br />
tecnologicamente evoluído<br />
que foi concebido especialmente para os<br />
profissionais <strong>das</strong> oficinas, que dão muito<br />
valor à liberdade de trabalho.<br />
Um dos pontos fortes deste equipamento é o seu<br />
peso, pois possui apenas 1.100g, tornando-se por<br />
isso muito um aparelho portátil, que pode acompanhar<br />
sempre o mecânico, graças ao seu acumulador<br />
de energía.<br />
Este equipamento torna-se especialmente interessante<br />
para pequenas e médias oficinas que desejam<br />
permanecer sempre competitivas e tecnologicamente<br />
aptas a dar resposta às necessidades dos<br />
modernos automóveis.<br />
Outro ponto forte de equipamento, segundo o<br />
seu fabricante, é a relação preço/qualidade, dispondo<br />
ainda de outras vantagens adicionais pois não<br />
necessita de módulos adicionais ou de pacotes de<br />
Procurando responder às expectativas<br />
dos seus clientes, a<br />
Ford iniciou uma campanha de<br />
comunicação com o objectivo<br />
de divulgar o seu serviço interactivo,<br />
no qual os clientes são<br />
convidados a acompanhar o<br />
diagnóstico relativo ao estado<br />
do seu automóvel, num processo<br />
totalmente gratuito. Pretende-se<br />
com esta campanha<br />
divulgar a Recepção Interactiva<br />
da Ford, considerada como<br />
um dos melhores programas<br />
de diagnóstico de veículos no<br />
actual panorama do pós-venda<br />
automóvel nacional. Para usufruir<br />
da preciosa informação<br />
inerente ao estado do seu Ford,<br />
acompanhando todos os passos<br />
do processo, o cliente apenas<br />
necessita efectuar uma<br />
marcação prévia junto de um<br />
Reparador Autorizado Ford.<br />
Findo o mesmo, o cliente decidirá<br />
sobre eventuais reparações,<br />
podendo fazê-lo a partir<br />
dos orçamentos detalhados<br />
que lhe são facultados no final,<br />
sem qualquer compromisso.<br />
Dayco lança<br />
Medidor de Tensão<br />
Fornecedor certificado e homologado<br />
de equipamento<br />
original, a Dayco é a marca de<br />
referência no sector <strong>das</strong> correias<br />
de transmissão (denta<strong>das</strong><br />
e trapezoidais), correias de<br />
distribuição e respectivos<br />
acessórios, nomeadamente:<br />
tensores, poleias e molas. Recentemente<br />
lançou o "Dayco<br />
Tensiometer", instrumento de<br />
alta precisão baseado na detecção<br />
óptica, que mede a tensão<br />
<strong>das</strong> correias de distribuição<br />
e dos órgãos acessórios.<br />
Muito fiável, rigoroso e de fácil<br />
uso, contém: instruções de<br />
uso em língua portuguesa;<br />
medidor do ramo de correia a<br />
testar; e lista <strong>das</strong> correspondências<br />
de código <strong>das</strong> correias<br />
Dayco/"codice test".<br />
Para mais informações<br />
consultar : www.cs-veiculos.pt
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Janeiro 2006 09<br />
CS-Peças Auto<br />
distribui escapes Veneporte<br />
O CS-Peças Auto introduziu no seu portfólio<br />
um novo produto. A aposta centra-se<br />
na comercialização de sistemas de escape<br />
Veneporte Exhaust Systems.<br />
Fundada em 1966, a Veneporte dedica-se<br />
ao desenvolvimento e produção de sistemas<br />
de escape de qualidade, sendo já hoje uma<br />
referência no mercado internacional. A sua<br />
posição a nível nacional é irrepreensível,<br />
sendo membro fundador do CEIIA (Centro<br />
de Excelência e Inovação para a Indústria<br />
Automóvel Portuguesa), fundador da ADAI<br />
(Associação de Desenvolvimento Aerodinâmico<br />
Industrial, da Universidade de Coimbra)<br />
e associado da AFIA (Associação dos<br />
Fabricantes da Indústria Automóvel Portuguesa).<br />
A sua presença faz-se sentir num mercado<br />
abrangente onde fornece marcas como a<br />
Fiat, Mitsubishi, Toyota, Ligier e Santana<br />
Motor (Suzuki), bem como no mercado de<br />
peças de reposição onde já detém uma forte<br />
posição.<br />
A visão Veneporte baseia-se na afirmação<br />
internacional como empresa de referência<br />
em qualidade, preço e serviço, no fabrico de<br />
sistemas de escape. A empresa assume uma<br />
aposta constante na Qualidade (certificação<br />
pela IqNET e TUV segundo as normas ISO<br />
9000), sendo o fabrico dos seus sistemas de<br />
escape sujeito ao cumprimento <strong>das</strong> directivas<br />
comunitárias em vigor, designadamente<br />
70/157/CEE, 92/97/CEE e 96/20/CE.<br />
É política da Veneporte a forte preocupação pelo respeito <strong>das</strong> Directivas Comunitárias, no sentido de fornecer<br />
produtos homologados, tecnologicamente evoluídos e comercialmente competitivos.<br />
Na Veneporte, o desenvolvimento de novos<br />
sistemas de escape apresentam características<br />
que são cada vez mais importantes<br />
nos dias de hoje, como sejam: a protecção<br />
do meio ambiente, contribuindo para a redução<br />
de gases poluentes; redução de ruídos,<br />
que confere uma diminuição dos níveis<br />
sonoros internos e externos dos veículos;<br />
conservação e melhoria da potência do motor<br />
e do seu consumo, contribuindo para o<br />
seu melhor funcionamento e longevidade; e<br />
melhoria no impacto ambiental, através da<br />
utilização de novas matérias-primas passíveis<br />
de reciclagem.<br />
Breves<br />
DENSO NA EUROPA,<br />
PELA MÃO DA MAGNETI<br />
MARELLI AFTERMARKET<br />
A cooperação entre as duas<br />
empresas vai passar pela distribuição<br />
<strong>das</strong> velas de ignição Denso<br />
no aftermarket europeu. O fabricante<br />
japonês de material eléctrico<br />
pretende reforçar a sua<br />
presença no contexto mundial,<br />
realizando maiores investimentos<br />
em I + D, para conquistar mercados<br />
de primeiro equipamento e<br />
substituição. A gama de velas de<br />
ignição conta com 66 referências,<br />
<strong>das</strong> quais 59 são velas correntes e<br />
sete são de alta tecnologia, com<br />
eléctrodos de Irídio, cobrindo<br />
95% do parque europeu. O catálogo<br />
da marca possui várias secções,<br />
incluindo informação técnica,<br />
instruções de montagem, detecção<br />
de avarias, etc.<br />
AKZO NOBEL PARCEIRA<br />
NO CONGRESSO ACAP<br />
A Akzo Nobel, Tintas para Automóveis<br />
Limitada, foi um dos<br />
parceiros do “Congresso de Tecnologia<br />
e Pós-Venda Automóvel”<br />
organizado pela ACAP no passado<br />
dia 22 de Novembro. Neste<br />
Congresso, onde foram discutidos<br />
importantes temas para o sector<br />
automóvel, a Akzo Nobel esteve<br />
presente com um stand da sua<br />
marca de produtos para a repintura<br />
de automóvel Sikkens e aproveitou<br />
para divulgar os serviços<br />
Acoat Selected, concebidos para<br />
ajudar as oficinas de pintura a aumentarem<br />
a sua eficácia e rentabilidade.<br />
PUB<br />
SPARKES_.FH1
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
GLASER REFAZ<br />
A SUA PÁGINA WEB<br />
O fabricante de juntas para<br />
motor Glaser apostou na renovação<br />
sua página Web www.glaser.es,<br />
incorporando uma nova<br />
imagem de marca e conteúdos<br />
marcadamente interactivos. A<br />
decisão teve origem em pedidos<br />
e sugestões de clientes “ electrónicos<br />
“ da empresa. Mantém-se a<br />
tradicional cor amarela da marca<br />
espanhola Glaser, acompanhada<br />
da simbologia característica dos<br />
produtos para motor Dana e da<br />
denominação Sealing Products.<br />
MANN + HUMMEL<br />
APOSTA NA INOVAÇÃO<br />
Com 189 inventos e 89 pedidos<br />
de registo de patentes em<br />
2005, dos quais 10 são de inegável<br />
interesse, a empresa Mann +<br />
Hummel, especialista em sistemas<br />
de filtragem, garante a sua<br />
actividade futura, apoiada na<br />
criatividade dos seus empregados<br />
e na competência do seu departamento<br />
de investigação técnica. O<br />
Prémio de Inovação, que a empresa<br />
atribui aos seus colaboradores<br />
mais inventivos, recaiu este<br />
ano na filial belga Mann + Hummel<br />
Hydromation, que desenvolveu<br />
uma central de bombagem<br />
para óleo refrigerante (com aparas<br />
metálicas) de máquinas de<br />
maquinar blocos de motor.<br />
PUB<br />
CAR Premium<br />
lança Kit´s de distribuição<br />
Com o objectivo de acompanhar a tendência do<br />
mercado e as necessidades dos seus Clientes, a CAR<br />
Premium adicionou à sua gama de produtos os Kits<br />
de Distribuição da sua representada Unipart. É cada<br />
vez mais frequente, por parte dos reparadores, substituirem<br />
todos os componentes da distribuição através<br />
da utilização de um kit em vez da simples substituição<br />
da correia. Esta atitude deve-se ao sucessivo incremento<br />
na durabilidade <strong>das</strong> correias, cuja vida útil<br />
se vê aumentada. Deste modo, a substituição de todos<br />
os componentes do kit torna a operação mais<br />
rentável em termos de mão de obra.<br />
Por outro lado, ao incorporar to<strong>das</strong> as partes necessárias<br />
os reparadores poderão garantir da melhor<br />
forma a qualidade do serviço prestado. Os Kits de<br />
Distribuição Unipart são fabricados de acordo com<br />
os mais altos padrões de qualidade, garantindo uma<br />
performance igual à do equipamento original, segundo<br />
o fabricante.<br />
Adicionalmente, a CAR Premium efectuou uma<br />
actualização do catálogo de Discos e Pastilhas de<br />
Travão, que abrange agora 800 novos modelos.<br />
A Kia Motors e a Shell Lubrificantes<br />
assinaram um contrato de recomendação<br />
de lubrificantes da gama Shell Helix para<br />
os veículos ligeiros de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e SUVs comercializados<br />
pela marca em Portugal.<br />
Com este acordo, que terá a duração<br />
inicial de três anos, a Shell Lubrificantes<br />
adiciona mais uma grande marca de automóveis<br />
ao seu portfolio que, no mercado<br />
de ligeiros em Portugal, compreende, entre<br />
outros, Honda e Suzuki e a marca de<br />
motociclos Yamaha.<br />
Krautli lança<br />
nova gama de sensores de motor<br />
Shell com a Kia<br />
Norauto<br />
com novo centro em Almada<br />
A Krautli lançou recentemente<br />
no mercado português,<br />
em regime de distribuição<br />
exclusiva, a nova<br />
gama de sensores Siemens<br />
VDO. Actualmente a Siemens<br />
VDO disponibiliza<br />
uma vasta gama de peças para o mercado<br />
de substituição, sendo o destaque<br />
principal os novos sensores para a gestão<br />
do motor. Assim, passam a estar disponíveis<br />
os novos sensores<br />
de massa de ar, sensores de<br />
cambota, sensores de detonação,<br />
sensores de pressão,<br />
sensores de rotação e sensores<br />
de velocidade da<br />
roda. Cada um destes sensores<br />
tem especificações próprias desenvolvi<strong>das</strong><br />
de acordo com os padrões dos<br />
fabricantes de automóveis em termos de<br />
equipamento original.<br />
Dentro da política<br />
de expansão traçada<br />
até 2010, a Norauto<br />
acabou de inaugurar<br />
um novo Centro-<br />
Auto, no Retail Park<br />
do Fórum Almada,<br />
através do qual pretende<br />
obter em três<br />
anos um volume de<br />
negócios de cinco milhões de euros e<br />
mais de 130 mil clientes. O novo Centro<br />
Auto Norauto apresenta uma dimensão de<br />
quase 1000 m2 entre Loja, Oficina e Boxes,<br />
contando, ainda, com cerca de 190<br />
lugares de estacionamento público.<br />
Margarida Salvação Barreto, Responsável<br />
de Comunicação Externa da Norauto,<br />
realça que “a abertura deste novo Centro<br />
Auto vem no seguimento<br />
da aposta<br />
da empresa em obter<br />
a maior cobertura<br />
possível do território<br />
nacional, privilegiando<br />
em primeiro plano<br />
os grandes centros<br />
urbanos para depois<br />
procedermos ao alargamento<br />
da presença Norauto a outras zonas<br />
estratégicas”.<br />
Como campanha de abertura, os clientes<br />
da loja de Almada beneficiam, ainda,<br />
de uma promoção exclusiva de pneus, intitulada<br />
“LEVE 4 PAGUE 3”, bem como<br />
Vales Oferta de 20,00 Euros e a oportunidade<br />
de adquirir um Auto Rádio Sony<br />
2220 MP3 a 99 Euros.<br />
Novo produto da Bayer faz desaparecer riscos<br />
Os riscos nas pinturas dos carros não só<br />
são aborrecidos, como retiram brilho aos<br />
veículos. Para evitar este fenómeno, os<br />
investigadores da Bayer MaterialScience<br />
(BMS) desenvolveram um revestimento<br />
que repara ele próprio pequenos riscos, ao<br />
mesmo tempo que é amigo do ambiente.<br />
Um revestimento de acabamento desenvolvido<br />
à base de poliuretano de dois<br />
componentes (2k-PUR) passou diversos<br />
testes com distinção, dando assim início a<br />
uma nova geração de revestimentos de<br />
poliuretano com capacidades de auto-regeneração.<br />
O acabamento 2K-PUR é uma combinação<br />
especial <strong>das</strong> já comprova<strong>das</strong> matérias<br />
primas de revestimentos de poliuretanos<br />
Desmodour® e Desmophen®. Um ligeiro<br />
aquecimento de um revestimento formulado<br />
com estes dois componentes faz com<br />
que pequenas imperfeições desapareçam.<br />
E o mais interessante é que tudo o que é<br />
preciso para desencadear este processo é<br />
um pouco de sol.<br />
Alberto Goldstein, engenheiro químico<br />
da Bayer MaterialScience em Portugal,<br />
afirma que, “este produto foi especificamente<br />
formulado para que a regeneração<br />
da superfície do revestimento permita ao<br />
automobilista manter a pintura do carro<br />
sempre nova. O próximo desafio é conseguir<br />
uma superfície totalmente anti-risco”.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Janeiro 2006 11<br />
Em Janeiro de 2006, a<br />
Vieira & Freitas, empresa<br />
com sede em Braga,<br />
comemora os 25 anos de<br />
actividade, desde sempre<br />
ligada à distribuição de<br />
peças eléctricas e electrónicas<br />
para todo o tipo de<br />
veículos.<br />
Para assinalar a data, a empresa irá<br />
promover junto dos seus clientes varias<br />
promoções durante todo o mês de Janeiro,<br />
oferecendo descontos especiais e<br />
brindes.<br />
A Vieira & Freitas, apresenta-se hoje,<br />
Vieira & Freitas<br />
comemora 25 anos de actividade<br />
como um dos maiores<br />
distribuidores Nacionais<br />
de peças auto para o aftermarket,<br />
contando para<br />
isso com uma gama de<br />
artigos de grande qualidade,<br />
dos melhores e<br />
mais conceituados fabricantes<br />
europeus e Japoneses<br />
como Cargo, Hc, Narva, Sikura,<br />
Micronair, Hkt, New-era, Huco, Autolift,<br />
Meat&Doria, Fae, Nagares, Rinder,<br />
Sim, Calearo, Mta, Gebe, Zen, Zm, Ghibaudi,<br />
entre muitas outras igualmente<br />
conceitua<strong>das</strong>.<br />
PUB<br />
Chevrolet<br />
reduz preços de peças de grande rotação<br />
A Chevrolet introduziu desde o passado<br />
dia 1 de Janeiro significativas reduções<br />
nos preços de peças de grande<br />
rotação para veículos Chevrolet e Daewoo.<br />
Trata-se de uma iniciativa inserida<br />
na estratégia de realinhamento de<br />
preços de peças genuínas que está a ser<br />
desenvolvida pela Chevrolet Europa,<br />
cujo início em Portugal teve início em<br />
Maio de 2005 com a redução de preços<br />
de peças para travões. As alterações de<br />
preços agora anuncia<strong>das</strong> abrangem filtros,<br />
escapes e correias e tensores, com<br />
reduções que se situam entre os 25 e os<br />
40%, prevendo-se a sua extensão a outros<br />
tipos de peças num futuro próximo.<br />
Para a Chevrolet, marca que chegou<br />
ao mercado em 2005, esta iniciativa<br />
representa mais uma importante<br />
aposta no seu serviço de Pós-Venda,<br />
visando o reforço da qualidade de serviço<br />
e a fidelização dos seus clientes.<br />
CarLife<br />
aposta na tecnologia e no desenvolvimento da rede<br />
A CarLife, actualmente<br />
com três<br />
centros auto (dois<br />
em Lisboa e um no<br />
Porto), apostou fortemente<br />
na tecnologia,<br />
dotando todos<br />
os centros com a<br />
mais recente geração<br />
de equipamentos<br />
homologados<br />
pelos maiores fabricantes<br />
de automóveis.<br />
Destes equipamentos destacam-se a<br />
máquina de alinhar direcções robotizada<br />
Nussbaum WAB-01 (a única existente<br />
no mercado automóvel em Portugal),<br />
o equipamento de diagnóstico<br />
multimarca Gutmann MAC 55, a linha<br />
de pré-inspecção Maha Eurosystem e as<br />
máquinas de desmontar pneus e equilibrar<br />
ro<strong>das</strong> Beissbarth série MT e MS.<br />
Através desta aposta, a carrilhe tem<br />
como objectivo tornar-se uma referência<br />
nacional no mercado da manutenção<br />
e reparação automóvel<br />
e no comércio<br />
de peças e acessórios<br />
auto.<br />
A CarLife pretende<br />
expandir a<br />
sua oferta a todo o<br />
território nacional,<br />
num período de três<br />
anos, integrada<br />
numa política de<br />
expansão passará<br />
por duas vias, ambas em regime de<br />
franchising. A primeira consiste na<br />
criação de Centros novos de raiz, em<br />
espaços já existentes; a segunda efectuar-se-á<br />
por “conversões”, ou seja,<br />
através da adopção do conceito CarLife<br />
por parte de negócios já existentes na<br />
área automóvel (ex: oficinas independentes,<br />
“casas de pneus”, estações de<br />
serviço, etc.), possibilitando um up-grade<br />
dos mesmos com um investimento<br />
mais acessível e garantindo uma oferta<br />
global aos seus clientes.
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
PARCERIA DA BOSCH<br />
COM A BREMBO<br />
A “joint-venture“ será participada<br />
em 50% por cada um dos<br />
parceiros (total de 13 milhões de<br />
euros), denominando-se KBX<br />
Motorbike Products Private. A<br />
nova empresa ficará situada na cidade<br />
de Pune, na Índia, estando<br />
prevista uma facturação de 20 milhões<br />
de euros nos primeiros 12<br />
meses de actividade. A produção<br />
destina-se ao mercado indiano de<br />
2 ro<strong>das</strong>, mas a KBX pretende virar-se<br />
também para a exportação,<br />
visando o aumento do volume de<br />
negócios. A Bosch possui ainda<br />
mais 3 outras filiais na Índia, nas<br />
quais emprega 14 mil trabalhadores<br />
e realiza 548 milhões de euros/ano<br />
(último exercício).<br />
CHECKSTAR<br />
SERVICES NETWORK<br />
Trata-se de uma rede de oficinas<br />
patrocinada pela Magneti Marelli<br />
Aftermarket, cujo objectivo é<br />
constituir uma alternativa credível<br />
às redes de assistência oficial <strong>das</strong><br />
marcas, apostando em critérios de<br />
fiabilidade, profissionalismo e<br />
transparência. Este conceito de assistência<br />
automóvel nasceu, logicamente,<br />
em Itália e foi lançado<br />
este ano em Espanha. Em 2006 seguir-se-á<br />
a expansão para o mercado<br />
francês. A rede de oficinas<br />
Checkstar em Espanha substituirá<br />
a rede SQS, que a filial espanhola<br />
de Magneti Marelli já tinha no terreno.<br />
Esta proposta vem dinamizar<br />
o programa de fidelização da rede<br />
de assistência internacional Magneti<br />
Marelli, que integra 5.600 oficinas<br />
em vários países.<br />
ARVINMERITOR<br />
LVA IBÉRIA<br />
ANUNCIA OBJECTIVOS<br />
Na III Convenção ArvinMeritor<br />
LVA Ibéria, realizada no final<br />
do ano passado em Madrid,<br />
foram anunciados os objectivos<br />
da empresa para 2006, começando<br />
por investimentos em instalações<br />
logísticas e pelo lançamento<br />
de uma linha de emergência (hot<br />
line), destinada a potenciar a<br />
transmissão de informação e formação<br />
técnica para os clientes.<br />
Está previsto igualmente o lançamento<br />
de um novo catálogo de<br />
escapes e catalisadores (Arvin<br />
Tesh, Metal’Cat e EuroCat), em<br />
CD e papel, estando também disponível<br />
na Internet.<br />
DOCUMENTO ÚNICO<br />
AUTOMÓVEL JÁ VIGORA<br />
Começando pelos veículos recentemente<br />
matriculados, mas disponível<br />
para quem o quiser requisitar<br />
(DGV, Conservatória do Registo<br />
Automóvel), o Documento<br />
Único Automóvel pretende ser<br />
uma simplificação do actual modelo,<br />
juntando o livrete e o título<br />
de propriedade. Denominado certificado<br />
de matrícula, o novo documento<br />
resulta de uma norma comunitária<br />
e terá o formato <strong>das</strong> antigas<br />
cartas de condução:<br />
desdobrável em 3 partes, com um<br />
espaço reservado a um código de<br />
barras, que duplica a informação e<br />
garante a sua segurança.<br />
Mota & Pimenta<br />
apresenta renovador de pneus<br />
A Mota & Pimenta introduziu recentemente no<br />
mercado nacional um novo produto para pneus da<br />
Abel Gold.<br />
Trata-se de um renovador de pneus que permite,<br />
após aplicação, restituir o aspecto novo aos flancos<br />
dos pneus descolorados (negro profundo e brilhante).<br />
De utilização e de secagem rápida, não necessita<br />
de ser enxugado e não adere às jantes, restituindo<br />
o negro e o brilho original dos flancos dos<br />
pneus. De fácil aplicação, já que após lavar e secar<br />
os pneus basta aplicar o produto para deixar secar<br />
novamente, o renovador de pneus resulta num tratamento aos pneus de<br />
excelente efeito.<br />
Também recente na gama de produtos da Mota & Pimenta, são os<br />
toalhetes lava vidros e os toalhetes de cockpit.<br />
Os primeiros são aconselháveis para vidros interiores e exteriores, enquanto<br />
os outros destinam-se a desempoeirar, limpar e proteger todos os<br />
revestimentos plásticos interiores, fazendo também um tratamento antiestático<br />
e anti-UV.<br />
Europeças alargou oferta NGK<br />
A Europeças alargou recentemente a sua oferta de produtos com a<br />
introdução da gama NGK. Nas velas de ignição, passou a disponibilizar<br />
cerca de 2.000 referências, distribuí<strong>das</strong> por embalagens normais<br />
e blister. Ao nível <strong>das</strong> velas de incandescência houve uma incidência<br />
especial na Gama D-Power. Apesar de ter um programa relativamente<br />
curto (45 referências) reforçou-se a cobertura do parque automóvel<br />
diesel nos ligeiros em termos de mercado português.<br />
Em termos de son<strong>das</strong> Lambda, existem agora cerca de 370 referências<br />
NGK distribuí<strong>das</strong> pelo Programa Universal e específico por<br />
veículo. Trata-se de um produto de grande qualidade, segundo o fabricante,<br />
e com um boa cobertura do parque automóvel nacional.<br />
Nos cabos de ignição, a Europeças disponibiliza agora aproximadamente<br />
600 referências, fabricados com a tecnologia e qualidade do 1º<br />
Equipamento seguindo deste modo as respectivas especificações e<br />
requisitos dos fabricantes. Com este alargamento à Gama NGK a<br />
Europeças reforça a sua posição na vanguarda da distribuição automóvel<br />
independente em Portugal.<br />
Kayaba equipa novos modelos automóveis<br />
A Kayaba, o maior fabricante de amortecedores<br />
para primeiro equipamento, continua a fortalecer a<br />
parceria com a Renault, fornecendo os amortecedores<br />
dianteiros e traseiros para o Novo Clio.<br />
Os amortecedores instalados no eixo traseiro e<br />
dianteiro são colunas McPherson com tecnologia<br />
bitubo. Em ambos os casos, o condutor beneficia<br />
<strong>das</strong> características dos amortecedores KYB, proporcionando-lhe<br />
segurança e controlo de condução.<br />
Por sua vez, a Kayaba é igualmente fornecedora<br />
de amortecedores de primeiro equipamento para o<br />
Novo Lexus GS Sport Saloon.<br />
Em função de cada modelo específico da<br />
Lexus, a Kayaba desenvolveu e fornece<br />
três tipos de tecnologia diferentes:<br />
- Amortecedor com tecnologia<br />
Monotubo<br />
Tomafix<br />
lança novos produtos auto<br />
A Tomafix, empresa com sede na Maia, lançou em Portugal duas<br />
novas linhas de produtos para automóveis.<br />
Assim, a linha Belgom representa toda uma gama de produtos “car<br />
care” para carroçaria (limpeza de pintura, campo e polimento), cromados<br />
e jantes. Existem também produtos para limpeza de motores e<br />
do habitáculo. Estão disponíveis nesta linha produtos para limpeza<br />
do couro e até produtos para as capotas dos veículos descapotáveis.<br />
Trata-se de uma linha muito variada e diversificada.<br />
A segunda linha de produtos, a linha 5, é igualmente muito vasta<br />
e dispõe de produtos para muitas aplicações, embora com incidência<br />
na componente técnica e mecânica. Desta linha, composta por<br />
cerca de 15 produtos distintos, destacam-se, entre outros, os seguintes<br />
produtos:<br />
- Air 5 - Agente de Limpeza do Circuito de Admissão, para motores<br />
a gasolina de carburador ou injecção;<br />
- Aqua 5 Anti-Fuite – Anti-Fugas de radiador;<br />
- Clim 5 Profissional – produto para limpeza de Sistemas de Ar Condicionado<br />
e Chaufagem<br />
- D H P 5 - Produto para dinamizar as performances do motor diesel;<br />
- Frein 5 - Limpa Travões e Embraiagens e Desengordurante a Seco<br />
Para mais informações sobre os produtos da Tomafix pelo número<br />
de telefone 220 151 254.<br />
- Amortecedor Electrónico Monotubo com mola de suspensão<br />
- Amortecedor Electrónico Monotubo com colchão de ar<br />
Os amortecedores electrónicos são controlados pelo<br />
sistema VDIM da Lexus (Vehicle Dynamics Integrated<br />
Management). Este sistema faz interagir a suspensão<br />
com o sistema de travagem e de tracção, optimizando<br />
o controlo e a manobralidade do veículo.<br />
A Kayaba demonstra mais uma vez a sua capacidade<br />
de I&D, desenvolvendo produtos para suspensões<br />
de última geração, como é caso deste novo Lexus,<br />
que procura oferecer aos seus utilizadores o melhor<br />
compromisso entre o binómio performance e<br />
segurança.<br />
JG Neto<br />
apresenta Sensores<br />
de Estacionamento<br />
Foi recentemente lançado no<br />
mercado pela JG Neto, um novo<br />
produto da marca Valeo, que são os<br />
Sensores de Estacionamento. A<br />
gama “Beep & Park”, como são<br />
designados estes sensores de estacionamento,<br />
é constituída por cinco<br />
kits que cobrem 100% <strong>das</strong> combinações<br />
possíveis de aplicação.<br />
O lançamento deste produto vem<br />
permitir o acesso a um equipamento<br />
que até agora só era disponibilizado<br />
pelos construtores de automóveis<br />
nas viaturas novas.<br />
A partir deste momento o cliente<br />
final tem à sua disposição a possibilidade<br />
de instalar um sistema auxiliar<br />
de estacionamento na sua viatura<br />
de uma forma rápida e económica.<br />
Outra grande vantagem deste<br />
produto é a existência de uma gama<br />
de acessórios/peças sobressalentes<br />
o que permite, em caso de sinistro,<br />
substituir somente a peça danificada<br />
evitando a compra de um novo<br />
kit completo.<br />
Este novo produto aplica-se a todos<br />
os tipos de veículos ligeiros<br />
(passageiros, comerciais e todo-oterreno)<br />
em circulação no nosso<br />
país. Para mais informações contactar<br />
sobre a gama “Beep & Park”,<br />
contactar JG Neto (217 210 240).
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Janeiro 2006 13<br />
Formação Profissional<br />
Obrigações legais aplicáveis<br />
De acordo com o estipulado na<br />
Lei nº 99/2003, de 27.08.03 (Código<br />
do Trabalho) e na Lei nº<br />
35/2<strong>004</strong>, de 29.07.04 (Regulamentação<br />
do Código do Trabalho),<br />
as empresas deverão cumprir<br />
com as seguintes obrigações,<br />
em matéria de formação profissional:<br />
- As empresas devem proporcionar<br />
aos trabalhadores acções<br />
de formação profissional adequa<strong>das</strong><br />
à sua qualificação;<br />
- Aos trabalhadores deve ser<br />
assegurado um número mínimo<br />
de horas anuais de formação certificada (35<br />
horas em 2006);<br />
- A formação contínua de activos deve,<br />
em cada ano, abranger, pelo menos, 10%<br />
dos trabalhadores, com contrato sem termo;<br />
- Aos trabalhadores com contrato a termo<br />
com duração que exceda 6 meses, deve,<br />
igualmente, ser proporcionada formação<br />
profissional, em percentagens diferencia<strong>das</strong>,<br />
consoante a duração do contrato;<br />
- As horas de formação que não forem organiza<strong>das</strong><br />
sob a responsabilidade do empregador<br />
por motivo que lhe seja imputável<br />
são transforma<strong>das</strong> em créditos acumuláveis<br />
ao longo de três anos, no máximo;<br />
- O trabalhador pode utilizar o crédito de<br />
horas correspondente ao número mínimo de<br />
horas de formação contínua anuais, se esta<br />
não for assegurada pelo empregador ao longo<br />
de três anos por motivo que lhe seja imputável,<br />
para a frequência de acções de formação<br />
por sua iniciativa, mediante comunicação<br />
ao empregador com a antecedência<br />
mínima de 10 dias;<br />
- O crédito de horas para formação é referido<br />
ao período normal de trabalho, confere<br />
direito a retribuição e conta como tempo de<br />
serviço efectivo;<br />
- Cessando o contrato de trabalho,<br />
o trabalhador tem direito a<br />
receber a retribuição correspondente<br />
ao crédito de horas para<br />
formação que não lhe tenha sido<br />
proporcionado;<br />
- No caso de trabalhadores com<br />
contrato a termo, quando o empregador<br />
não proporcione formação<br />
profissional, ficam os mesmos<br />
com um crédito correspondente<br />
ao valor da formação que<br />
devia ter sido realizada;<br />
- As empresas devem elaborar<br />
e enviar à Inspecção-Geral do<br />
Trabalho, até 31 de Março de cada ano, um<br />
relatório sobre a execução da formação<br />
contínua, indicando o número total de trabalhadores<br />
da empresa, trabalhadores<br />
abrangidos por cada acção, respectiva actividade,<br />
acções realiza<strong>das</strong>, seus objectivos e<br />
número de trabalhadores participantes, por<br />
áreas de actividade da empresa, bem como<br />
os encargos globais da formação e fontes de<br />
financiamento.<br />
Nota: para mais informações sobre este assunto<br />
contactar as Associações do Sector:<br />
ACAP, ANECRA e ARAN.<br />
Breves<br />
CHRONOLUX CP<br />
DA R-M EM COMERCIALIZAÇÃO<br />
Foi lançada no mercado a nova<br />
laca transparente Chronolux CP,<br />
de baixo teor de emissões VOC,<br />
especialmente estudada para a recuperação<br />
de peças avulsas e pequenas<br />
imperfeições da pintura.<br />
Com um tempo de secagem de 15-<br />
20 minutos, dependendo do tipo<br />
de trabalho, esta laca é um dos<br />
produtos do mercado com tempos<br />
de processamento mais rápidos,<br />
possuindo excelente extensibilidade<br />
e facilidade de aplicação. Devido<br />
ao alto teor de sólidos, proporciona<br />
um acabamento de qualidade<br />
e uma excelente estabilidade do<br />
brilho. É compatível com a linha<br />
de base aquosa Onyx HD.<br />
PARCERIA GLASURIT/BAR<br />
HONDA ATÉ 2007<br />
O contrato de cooperação entre<br />
as duas empresas foi renovado, até<br />
2007, permitindo que a marca<br />
Glasurit (grupo BASF) se mantenha<br />
no mediático palco da F1.<br />
Para o responsável pela divisão de<br />
pintura da equipa BAR Honda,<br />
Andrew Moody, os produtos <strong>das</strong><br />
linhas 22 e 55 da Glasurit possuem<br />
uma secagem muito rápida,<br />
grande adaptabilidade e um brilho<br />
fantástico, ou seja, tudo o que se<br />
espera para a carroçaria de um<br />
monolugar de alta competição.<br />
PUB<br />
BERNER.CDR
14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
Breves<br />
SISTEMA DE APOIO<br />
À CONDUÇÃO WEDGE<br />
A DuPont Glass Laminating<br />
Solutions já tem disponível um<br />
sistema de projecção HUD (headup<br />
display) que permite aos condutores<br />
receberem informações<br />
sobre segurança, navegação e de<br />
condução, através do vidro do<br />
pára-brisas. O sistema Wedge está<br />
laminado entre duas cama<strong>das</strong> de<br />
vidro e é perfeitamente transparente,<br />
para evitar distorções. A<br />
imagem virtual fica na linha do<br />
olhar do condutor, podendo ser regulada<br />
a posição e o brilho da<br />
imagem à vontade deste.<br />
NOVO CATÁLOGO DOGA<br />
Neste novo catálogo, a empresa<br />
especialista em sistemas de limpa<br />
pára-brisas Doga apresenta 30 depósitos<br />
de água de lavagem de vidros,<br />
com capacidades de 1 a 20<br />
litros, bem como mais de 50 acessórios,<br />
acompanhados de toda a<br />
informação necessária. No seu<br />
conceito de uma oferta orientada<br />
para o cliente, a Doga propõe a<br />
adaptação de todos os depósitos a<br />
qualquer necessidade e soluções<br />
específicas para os casos em que é<br />
necessário um depósito especial.<br />
A linha de depósitos de água e<br />
acessórios aumentou consideravelmente<br />
na empresa, com a passagem<br />
de toda produção para a<br />
Doga Itália.<br />
Novos Kits de Rolamentos de roda<br />
SKF VKBD<br />
Substituir um tambor/disco<br />
de travão é<br />
uma operação de rotina<br />
para os mecânicos profissionais.<br />
Quando o rolamento<br />
de roda é um<br />
Cubo completo HBU2<br />
ou HBU3, apenas é preciso<br />
substituir o tambor/disco. Com<br />
os novos Kits VKBD, da SKF,<br />
esta operação torna-se mais rápida,<br />
mais simples e mais eficiente.<br />
VKBD é um Kit de rolamentos<br />
de roda VKBA com o<br />
rolamento montado num tambor/disco<br />
de travão, contendo na<br />
caixa todos os outros acessórios<br />
necessários para uma<br />
montagem completa.<br />
Este tipo de produtos<br />
integrados são cada vez<br />
mais comuns e o equipamento<br />
original já oferece<br />
esta solução como no<br />
caso da última geração dos modelos<br />
Renault, em que o rolamento<br />
não pode ser comprado<br />
separadamente.<br />
A gama inicial de Kits SKF<br />
VKBD integra 31 Kits, 26 dos<br />
quais com discos de tambor e 5<br />
com discos de travão que em<br />
conjunto cobrem um total de<br />
1308 aplicações.<br />
Brisa investe<br />
731,6 milhões de Euros em Portugal, em 2006.<br />
Em 2006, a Brisa irá investir<br />
731,6 milhões de Euros, na<br />
conclusão e na modernização<br />
<strong>das</strong> auto-estra<strong>das</strong> da rede Brisa<br />
e na construção da Auto-estrada<br />
do Litoral Centro. O investimento<br />
programado pela Brisa<br />
para 2006 é o dobro daquele<br />
realizado em 2005 (369,7 milhões<br />
de Euros). O programa<br />
de investimentos na rede principal<br />
está orçamentado em 432<br />
milhões de Euros, e inclui a<br />
construção dos lanços da A10<br />
– Auto-estrada Bucelas/Carregado/IC3,<br />
entre Arruda-dos-<br />
Vinhos e Benavente, bem<br />
como obras de alargamento de<br />
sublanços de auto-estra<strong>das</strong> em<br />
exploração e obras de beneficiações<br />
em sublanços em exploração.<br />
Mi<strong>das</strong><br />
com campanha<br />
e novo serviço<br />
Dirigido ao público em geral,<br />
a Mi<strong>das</strong> está a desenvolver<br />
uma campanha nas suas<br />
13 oficinas, espalha<strong>das</strong> por<br />
todo o país. Assim, na compra<br />
e montagem de 3 pneus<br />
Goodyera é oferecido o 4º<br />
pneu mais a mudança de óleo<br />
(Galp). Esta campanha tem<br />
como objectivo estimular o<br />
consumo de pneus de high<br />
performance tendo sido escolhida<br />
a prestigiada marca<br />
Goodyear. Em termos de novos<br />
serviços, nos Centros Mi<strong>das</strong><br />
passou a ser agora possível<br />
instalar equipamentos da<br />
marca Nokia.<br />
Beta com nova<br />
colecção de botas<br />
A Costa & Garcia, através da<br />
sua representada Beta, lançou recentemente<br />
a sua nova colecção<br />
de calçado.<br />
Não se trata apenas de uma<br />
nova colecção mas de uma evolução<br />
tecnológica no calçado profissional,<br />
que cumpre as novas<br />
normas de segurança EN ISO<br />
20345-20347.<br />
Esta nova colecção apresenta<br />
algumas novidades nas formas do<br />
calçado, na ergonomia e na resistência<br />
ao deslizamento devido á<br />
introdução de um novo tipo de<br />
sola em poliuretano de dupla densidade.<br />
Através da tecnologia<br />
SAS (Shock-absorver-system),<br />
este calçado surge reforçado em<br />
matéria de absorção de energia,<br />
bem como na palmilha mais anatómica<br />
com sistema Fresh Plus.<br />
Com estas novidades, o calçado<br />
Beta oferece uma protecção total<br />
da planta do pé, são mais leves e<br />
flexíveis e permitem um bom isolamento<br />
térmico independente da<br />
temperatura exterior.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
NOTÍCIAS Janeiro 2006 15<br />
LUK equipou Volkswagens<br />
“Race Touareg 2”<br />
Jiangling<br />
é a primeira marca chinesa em Portugal<br />
A Volkswagen apresentou-se<br />
este ano no Lisboa-Dakar com<br />
cinco veículos “Race Touareg<br />
2” equipados com embraiagens<br />
Luk hidráulicas com três capas<br />
de revestimento cerâmico, especialmente<br />
concebi<strong>das</strong> para<br />
suportar as duras condições de<br />
funcionamento a que estão sujeitas<br />
durante a prova mais exigente<br />
da actualidade. De Villiers<br />
conquistou a 2ª posição da<br />
edição deste ano do Lisboa-Dakar,<br />
ao volante de um Race<br />
Touareg 2.<br />
A nível da mecânica, os VW<br />
Race Touareg 2 estão equipados<br />
com motores Turbodiesel de 5<br />
cilindros em linha, 2,5 litros de<br />
cilindrada e 275 cv de potência.<br />
A caixa é de seis velocidades sequencial,<br />
tracção integral permanente<br />
e três diferenciais mecânicos<br />
com possibilidades de<br />
bloqueio. A suspensão é de<br />
triângulos sobrepostos com dois<br />
amortecedores por roda e travões<br />
de disco ventilados. De referir<br />
ainda que o chassis é composto<br />
por uma estrutura tubular<br />
em aço e a carroçaria em fibra<br />
de carbono. Quanto aos pneus<br />
são da medida 235/85 R16 e as<br />
jantes de 7j x 16.<br />
Lusilectra<br />
dá formação sobre diagnóstico auto<br />
A Dong Motors foi nomeado distribuidor exclusivo<br />
para Portugal dos veículos produzidos<br />
pelo fabricante japonês Jiangling. A distribuição<br />
destes veículos no mercado nacional começará a<br />
ser feita durante o primeiro trimestre de 2006, estando<br />
prevista a criação de uma rede comercial e<br />
de após-venda para dar assistência aos veículos<br />
em circulação. Por outro lado, a Dong Motors<br />
está a trabalhar com o fabricante chinês para melhorar<br />
os veículos, adaptando-os ao gosto e necessidades<br />
europeias.<br />
Numa primeira fase será comercializado apenas<br />
o modelo Landwin, um todo-o-terreno de cinco<br />
lugares equipado com motores diesel e gasolina,<br />
com tração 4x2 e 4x4. Mais tarde será a vez<br />
dos modelos ligeiros, que irão completar a gama<br />
Jiangling num futuro próximo.<br />
Na constante procura do desenvolvimento<br />
do sector automóvel<br />
e <strong>das</strong> oficinas em particular,<br />
o Instituto Superior de Engenharia<br />
do Porto (ISEP) tem<br />
vindo a promover acções e eventos<br />
vários no domínio <strong>das</strong> novas<br />
tecnologias, bem como, cursos<br />
de formação.<br />
Nesse âmbito o, departamento<br />
de Engenharia Mecânica do<br />
ISEP organizou, no passado dia<br />
16 de Dezembro de 2005 nas<br />
suas instalações um seminário<br />
sobre o tema “Tecnologias de<br />
Comunicação Automóvel”.<br />
Para alcançar o objectivo proposto<br />
para este seminário, o<br />
ISEP recorreu a uma parceria<br />
com a Lusilectra, cujo “knowhow”<br />
como empresa fornecedora<br />
de equipamentos e formadora<br />
de técnicos para oficinas é por<br />
de mais reconhecido. Para dar<br />
resposta às necessidades, a Lusilectra<br />
recorreu aos serviços de<br />
uma <strong>das</strong> suas mais recentes representa<strong>das</strong>,<br />
a Gutmann-Messtechnik.<br />
Contando com uma adesão superior<br />
a 150 participantes, alunos<br />
e docentes dos vários cursos de<br />
engenharia, inspectores de veículos<br />
e outros convidados ligados<br />
ao sector, esta iniciativa permitiu<br />
actualizar os conhecimentos respeitantes<br />
à tecnologia mais recente<br />
dos sistemas de comunicação<br />
automóvel (OBD/EOBD e<br />
CAN bus).<br />
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16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
NOTÍCIAS<br />
A empresa de Oliveira do Douro,<br />
especializada no fornecimento<br />
de equipamentos para oficinas e<br />
centros de inspecção automóvel,<br />
irá manter até finais do mês de<br />
Fevereiro as promoções que se<br />
encontram disponíveis no site<br />
www.equiassiste.pt. Entre a oferta<br />
disponível destaque para os<br />
PUB<br />
Equiassiste<br />
mantém promoções até final de Fevereiro<br />
equipamentos de pneus da Sicam,<br />
com opção de pagamento a 12<br />
meses sem juros. Nos equipamentos<br />
de diagnóstico da Berton, da<br />
qual a Equiassiste é representante<br />
para Portugal desde 1996, existem<br />
promoções de preço, que tornam<br />
este equipamento mais competitivo.<br />
LIVROS TÉCNICOS PARA PROFISSIONAIS DE CARROÇARIA E REPINTURA<br />
DOIS NOVOS LIVROS SOBRE O ALUMÍNIO<br />
O ALUMÍNIO NO FABRICO E REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />
A CESVIMAP editou dois novos livros<br />
sobre o alumínio: “O Alumínio no Fabrico<br />
de Carroçarias”, que aborda as<br />
principais características deste material<br />
utilizado na construção de veículos; e<br />
“O Alumínio na Reparação de<br />
Carroçarias”, que analisa as instalações,<br />
equipamentos, ferramentas e produtos<br />
específicos utilizados na reparação<br />
deste material.<br />
Cosimpor com campanhas para retalhistas<br />
A Cosimpor, empresa de Viseu especializada<br />
em peças para automóveis, está a desenvolver<br />
uma campanha de bombas de água e amortecedores<br />
para os seus clientes (retalhistas). Ao<br />
fazer um pedido mínimo de de 10 bombas de<br />
água Serca, poderá acumular euros que se poderão<br />
transformar em compras ou em viajens.<br />
Quanto à campanha dos amortecedores Serca,<br />
bastará a compra de 20 unidades, recebendo 30<br />
euros para efectuar em compras.<br />
NewCar<br />
Seixal<br />
na internet<br />
O centro de rejuvenescimento<br />
automóvel da Newcar no Seixal,<br />
entrou recentemente no<br />
mundo virtual, através da construção<br />
de um website. No endereço<br />
www.antoniobritoefilho.pt<br />
pode ficar agora a conhecer mais<br />
em pormenor todos os serviços<br />
disponibilizados por este centro<br />
Newcar, bem como as campanhas<br />
que vai desenvolvendo para os<br />
seus clientes, como ainda algumas<br />
novidades relaciona<strong>das</strong> com<br />
a actividade deste centro.<br />
O ALUMÍNIO NO FABRICO DE CARROÇARIAS<br />
(97 páginas – preto e branco – 20 x 22 cm – mais de 55 fotografias e ilustrações – língua<br />
espanhola)<br />
Analisa a aplicação deste material na<br />
construção de automóveis, desde a sua<br />
utilização em componentes mecânicos –<br />
motores, depósitos de combustível, radiadores<br />
ou elementos da direcção – até às peças<br />
exteriores da carroçaria, ou a carroçaria na sua<br />
totalidade.<br />
As características do alumínio, os diferentes<br />
tipos de ligas e a sua utilização na indústria do<br />
ÍNDICE<br />
◗ 1. 0 Alumínio e suas ligas<br />
◗ 1.1 Obtenção do alumínio<br />
◗ 1.2 Endurecimento<br />
◗ 1.3 Principais ligas<br />
◗ 1.4 Designação <strong>das</strong> ligas de alumínio<br />
◗ 2. 0 Utilização do alumínio<br />
INFORMAÇÕESEPEDIDOS:<br />
CESVIMAOP<br />
Ctra. De Valladolid, Km 1<br />
05<strong>004</strong> Ávila<br />
ESPAÑA<br />
alumínio, assim como as técnicas de<br />
soldadura utiliza<strong>das</strong>, foram tratados<br />
de forma a que este livro se<br />
converta numa obra de referência<br />
para todos os profissionais que<br />
queiram estar actualizados<br />
sobre a reparação de peças<br />
e veículos fabricados com<br />
alumínio.<br />
◗ 2.1 Propriedades. Diferenças com o aço<br />
◗ 2.2 Características como material<br />
para a indústria automóvel<br />
◗ 2.3 Aplicações no automóvel<br />
◗ 3. 0 Técnicas de soldadura e união<br />
no alumínio<br />
O ALUMÍNIO NA REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />
(105 páginas – preto e branco – 20 x 22 cm – mais de 150 fotografias e ilustrações –<br />
língua espanhola)<br />
Contém informação importante para as<br />
oficinas de repintura, com a<br />
apresentação de processos completos<br />
de reparação e substituição de<br />
diversas peças de alumínio dos<br />
veículos, ilustrado com fotografias<br />
tira<strong>das</strong> nos exercícios práticos<br />
realizados pela CESVIMAP. Inclui fotos de<br />
vários processos de reparação, como por<br />
ÍNDICE<br />
◗ 1.0 Instalações para o trabalho<br />
com alumínio<br />
◗ 1.1 Equipamentos de soldadura<br />
◗ 1.2 Ferramentas para a conformação de painéis<br />
de alumínio<br />
◗ 1.3 Ferramentas de corte<br />
◗ 1.4 Equipamentos e produtos específicos<br />
◗ 1.5 Banca<strong>das</strong> para trabalhar o alumínio<br />
◗ 2. 0 Conformação de painéis de alumínio<br />
Telefone: +34.920.206.300<br />
Fax: +34.920.206.319<br />
e-mail: cesvimap@cesvimap.com<br />
Internet. www.cesvimap.com<br />
exemplo: deformação de peças por ruptura,<br />
utilização de aparelhos de tracção para nivelar a<br />
chapa, entre outras.<br />
São analisados os equipamentos e ferramentas<br />
especiais utiliza<strong>das</strong> na reparação de alumínio, e<br />
é dado destaque aos equipamentos de<br />
soldadura e às ferramentas especiais utiliza<strong>das</strong><br />
na conformação de painéis, massas e adesivos,<br />
banca<strong>das</strong>, etc.<br />
◗ 2.1 tratamento mecânico<br />
da chapa de alumínio<br />
◗ 2.2 Tratamento térmico<br />
da chapa de alumínio<br />
◗ 2.3 Soldadura de rachas<br />
◗ 2.4 Processos de reparação<br />
◗ 3. 0 Substituição de peças de alumínio<br />
◗ 3.1 Substituições parciais<br />
◗ 3.2 Substituição de peças simples<br />
Nova gama<br />
de medidores<br />
de massa de ar<br />
A Standard Motor Products<br />
Europe lançou recentemente<br />
uma gama completamente<br />
nova de medidores<br />
de massa de ar da marca<br />
Intermotor. Esta nova<br />
gama poderá ser aplicada a<br />
mais de 300 veículos apenas<br />
com 6 referências individuais.<br />
Desenvolvidos e construídos<br />
pela Intermotor, na<br />
Inglaterra, os medidores de<br />
massa de ar são o resultado<br />
de 12 meses de intensiva<br />
pesquisa no centro tecnológico<br />
da SMP’s em Nottingham.<br />
Na base de desenvolvimento<br />
deste produto esteve<br />
o cumprimento dos standard´s<br />
como equipamento<br />
original, mas com a vantagem<br />
de dispor de um reduzido<br />
número de referências<br />
com a natural redução de<br />
custos associados.<br />
Os medidores de massa<br />
de ar da Intermotor são representados<br />
em Portugal<br />
pela Solucas.
18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
Aparelhos de diagnóstico<br />
FORUM<br />
Oferta para to<strong>das</strong> as necessidades<br />
O mercado de aparelhos de diagnóstico auto cresceu exponencialmente nos últimos anos, mas nem sempre a oferta tem o devido<br />
acompanhamento técnico e evolutivo que é exigido a este tipo de equipamentos. Alexandre Rodrigues (Gutmann), Pedro Santos<br />
(Intermaco) e Hélder Santos (Hélder Máquinas) estão bem por dentro do mercado dos aparelhos de diagnóstico, dando a sua opinião<br />
sobre o presente e o futuro do mesmo.<br />
Alexandre Rodrigues<br />
Gerente da Gutmann<br />
Pedro Santos<br />
Director Técnico<br />
da Intermaco<br />
Hélder Santos<br />
Gerente da Hélder<br />
Máquinas Ferramentas,<br />
Lda<br />
“O profissional que ainda<br />
não possui um equipamento de<br />
diagnóstico está com seus dias contados”<br />
Como avalia o estado actual do mercado de<br />
aparelhos de diagnóstico auto?<br />
Desde 1999, ano em que entramos em Portugal, existiam<br />
muitas empresas revendedoras de equipamentos<br />
para oficinas, que já comercializavam o diagnóstico. Porém,<br />
nunca nenhum fabricante de equipamento de diagnóstico<br />
se instalou no país. Logicamente que o profissional<br />
português teve de aderir aos equipamentos comercializados<br />
no mercado. Nos últimos 3 anos ocorreu um<br />
aumento significativo de empresas que começaram a revender<br />
o diagnóstico, pensando que se tratava de um<br />
produto como outro qualquer. Porém o diagnóstico requer<br />
um entendimento técnico muito especializado e<br />
uma equipa voltada somente para este segmento de produto.<br />
Esta situação ocasionou uma deturpação do significado<br />
e da importância do diagnóstico, perante o profissional<br />
da reparação, que por sua vez começou a alimentar<br />
a opinião que o diagnóstico resume-se simplesmente<br />
em “Apagar umas Luzinhas do Quadro de Instrumentos”.<br />
Nós como fabricantes, temos a consciência que faz<br />
parte da nossa função como profissionais, esclarecer a<br />
fundo o significado do diagnóstico para o profissional.<br />
Em relação ao suposto excesso de oferta, defendemos a<br />
opinião de que “quanto mais oferta, mais competitivo se<br />
torna o mercado”, sendo o cliente o maior beneficiado<br />
desta situação, que por sua vez pode comparar as diversas<br />
opções.<br />
Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />
diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />
Existe uma clara tendência dos fabricantes de automóveis<br />
em relação aos métodos de comunicação e dos<br />
sistemas de diagnóstico de suas viaturas. Os fabricantes<br />
já começaram a ”Fechar o Cerco” para os reparadores livres<br />
(multimarcas), ou seja, vão apostar cada vez mais<br />
em sistemas de diagnóstico ligados a uma “Rede” onde<br />
o acesso ao diagnóstico e tudo aquilo que o engloba seja<br />
efectuado através de “Login’s” dotados de códigos de<br />
acesso variáveis. Para os fabricantes de equipamentos<br />
de diagnóstico isto significa obrigatoriamente acompanhar<br />
esta tendência, que por sua vez acarreta investimentos<br />
gigantescos na área de desenvolvimento de<br />
“Software”.<br />
Considera que uma oficina automóvel poderá<br />
sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />
diagnóstico?<br />
O “comboio” em direcção à modernização <strong>das</strong> oficinas,<br />
já partiu à muito tempo. O profissional que ainda<br />
não possui um equipamento de diagnóstico está com os<br />
seus dias contados, já que hoje em dia, até mesmo para<br />
substituir pastilhas dos travões de alguns modelos é necessário<br />
a utilização de um equipamento de diagnóstico.<br />
“O mercado de<br />
equipamento de diagnóstico continua<br />
receptivo”<br />
Como avalia o estado actual do mercado de<br />
aparelhos de diagnóstico auto, tendo em conta<br />
a crescente oferta disponível?<br />
O mercado de equipamentos de diagnóstico, na<br />
nossa opinião, continua receptivo.<br />
O principal sinal de que o mercado continua receptivo<br />
é o facto de continuarmos a vender muitos<br />
equipamentos, normalmente em Leasing.<br />
Refira-se que 2<strong>004</strong> foi mesmo um dos melhores<br />
anos da nossa empresa, nomeadamente na área do<br />
diagnóstico auto.<br />
Actualmente existem imensas empresas a<br />
venderem aparelhos de diagnóstico.<br />
Considera que existe um excesso de oferta?<br />
Embora exista já uma oferta muito vasta, nem<br />
to<strong>das</strong> as marcas disponibilizam equipamentos de<br />
qualidade e com perspectivas de evolução.<br />
Aliás, o problema não é tanto do excesso de<br />
oferta mais sim da qualidade e da evolução que um<br />
equipamento deve possuir para quem o adquire<br />
numa perspectiva de longo prazo.<br />
Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />
diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />
A tecnologia está, há já alguns anos, a tomar<br />
conta do sector automóvel, com sistemas cada vez<br />
mais complexos de redes de comunicação entre as<br />
unidades de controle, de sistemas de gestão do motor<br />
e sistemas de segurança passiva e activa cada<br />
vez mais evoluídos, que pela tecnologia empregue,<br />
dificultam em muito o diagnóstico.<br />
De facto, só com equipamentos de diagnóstico<br />
tecnicamente avançados, mas também com o apoio<br />
de marcas com muita margem de evolução se pode<br />
falar de futuro.<br />
A evolução de um equipamento de diagnóstico<br />
implica pesquisa contínua e custos elevadíssimos<br />
com meios técnicos e humanos, só ao alcance de<br />
algumas empresas.<br />
Considera que uma oficina automóvel poderá<br />
sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />
diagnóstico, isto é, poderá essa oficina dar<br />
resposta às actuais exigências dos modernos<br />
modelos de automóveis?<br />
Não, uma oficina automóvel não poderá de facto<br />
sobreviver sem o recurso a este tipo de equipamentos.<br />
As necessidades de um equipamento de diagnóstico<br />
são comuns a qualquer tipo de oficina.<br />
Os problemas nos automóveis aparecem tanto<br />
no electricista ou no mecânico, como também no<br />
chapeiro.<br />
“Mercado altamente<br />
competitivo”<br />
Como avalia o estado actual do mercado de<br />
aparelhos de diagnóstico auto? Já existe um excesso<br />
de oferta?<br />
Podemos caracterizar o mercado nacional de equipamentos<br />
de diagnóstico como sendo ainda relativamente<br />
recente, apesar disso, trata-se de um mercado altamente<br />
competitivo, em que os clientes finais dispõem de diversas<br />
opções para equiparem convenientemente as suas<br />
oficinas. Um dos grandes problemas com que se depara<br />
este mercado é a falta de formação em sistemas electrónicos<br />
da maioria dos clientes, pelo que, tentamos darlhes<br />
o máximo de apoio técnico, para com isso colmatarmos<br />
essa lacuna, pois como constatamos, para além<br />
da qualidade do próprio equipamento, outro ponto fundamental<br />
para o sucesso é o serviço pós-venda, área na<br />
qual tentamos primar pela excelência. Para tal, estamos<br />
a preparar um centro de formação de electrónica automóvel,<br />
para melhor servir os nossos clientes. Podemos<br />
afirmar que não existe um excesso de oferta, existe no<br />
entanto, um número cada vez maior de empresas a comercializar<br />
equipamentos de diagnóstico sem que tenham<br />
pessoal técnico com capacidade para auxiliar as<br />
necessidades dos seus clientes, criando posteriormente<br />
nestes uma sensação de desconfiança e descrença em relação<br />
a todos os outros equipamentos.<br />
Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />
diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />
O futuro <strong>das</strong> máquinas de diagnóstico caminha para<br />
uma maior aproximação da máquina ao utilizador final;<br />
Uma facilidade de utilização cada vez maior,<br />
como por exemplo a introdução de sistemas sem fios,<br />
que por vezes são de grande incómodo no ambiente<br />
oficinal (já presente no equipamento por nós comercializado),<br />
o apoio directo à distância, em que o técnico<br />
pode aceder ao equipamento do cliente via Internet<br />
e desse modo auxiliá-lo (brevemente disponível), actualizações<br />
de software cada vez mais frequentes ou<br />
mesmo em tempo real.<br />
Considera que uma oficina automóvel poderá<br />
sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />
diagnóstico?<br />
Desde há vários anos que todos os veículos comercializados<br />
possuem gestão electrónica, para além de outros<br />
sistemas periféricos tais como Airbags, ABS, etc. Quando<br />
surge um problema num destes sistemas, dificilmente<br />
este é identificável sem o auxílio de equipamento de<br />
diagnóstico. Além disso, é por vezes necessário a reinicialização<br />
de determinados componentes, unidades de<br />
comando e sensores, logo e por to<strong>das</strong> estas razões, consideramos<br />
que, para que uma oficina continue a oferecer<br />
serviços de qualidade aos seus clientes, é imperativo a<br />
aquisição de equipamento de diagnóstico.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
AMBIENTE Janeiro 2006 21<br />
Gestão de resíduos do sector automóvel<br />
Quais as obrigações <strong>das</strong> oficinas?<br />
A Inspecção Geral do Ambiente (IGA) e o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA),<br />
estão a realizar inspecções e a fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental, levantando autos<br />
quando detectam infracções. Convém por isso cumprir com a legislação em vigor.<br />
Em Portugal estamos sujeitos à mesma legislação<br />
ambiental que existe nos outros países europeus,<br />
mas temos um défice, em termos de infra-estruturas<br />
e outras condições que permitam gerir adequadamente os<br />
resíduos, duma forma economicamente viável.<br />
Os resíduos provenientes <strong>das</strong> oficinas podem dividir-se<br />
em 3 grandes grupos:<br />
- O dos materiais não perigosos (sucatas, vidro, papel/cartão<br />
de embalagem) e facilmente recicláveis;<br />
- O dos resíduos sólidos urbanos, cujo destino é idêntico<br />
aos lixos domésticos;<br />
- O dos resíduos perigosos, onde se incluem filtros usados,<br />
embalagens contamina<strong>das</strong>, materiais absorventes, fluido<br />
de refrigeração, baterias, aerossóis, pára-choques, etc.<br />
Os pneus e os óleos usados têm programas específicos de<br />
recuperação e reciclagem, sob controlo de entidades gestoras<br />
autoriza<strong>das</strong>. Os resíduos críticos, do ponto de vista da<br />
preservação do ambiente, são os resíduos chamados perigosos,<br />
pois há possibilidade de serem abandonados em<br />
qualquer lado, se não houver uma gestão criteriosa dos<br />
mesmos.<br />
Começando pelos resíduos banais, o maior problema relacionado<br />
com a sua gestão reside no considerável espaço<br />
que ocupam. Em oficinas de pequena dimensão, onde não é<br />
fácil ter espaço para contentores, destinados à triagem destes<br />
resíduos, o uso comum é deixá-los a um canto. É evidente<br />
que os resíduos banais misturados não podem ser reciclados<br />
facilmente, devendo ser encaminhados para centros<br />
de triagem. O problema é que o custo da separação dos<br />
resíduos banais misturados acaba por não compensar a sua<br />
reciclagem. A deposição desses resíduos em aterros específicos<br />
para RIB’s também acaba por ser onerosa, com tendência<br />
para os custos subirem continuamente. Portanto, a<br />
solução que faz mais sentido é separar os resíduos por grupos<br />
de recicladores em operação.<br />
Resíduos banais<br />
Em termos legais, os resíduos banais estão sujeitos a normas<br />
que não diferem grandemente dos outros resíduos. O<br />
transporte tem que ser efectuado por operadores detentores<br />
de alvará de transporte, as operações de reciclagem/tratamento/deposição<br />
têm que ser efectua<strong>das</strong> por detentores de<br />
licenças, é obrigatória a utilização da Guia de Acompanhamento<br />
(com o 3º campo carimbado pelo destino final licenciado),<br />
bem como o preenchimento dos Mapas de Embalagens<br />
(responsáveis pela comercialização ou embaladores).<br />
Existe um mapa específico para empresas distribuidoras e<br />
revendedores, com um volume de negócios anual superior<br />
a 897.836,22 Euros. A não observação destas normas pode<br />
causar problemas a quem não estiver devidamente informado<br />
acerca do seu cumprimento.<br />
Resíduos perigosos<br />
No caso dos resíduos perigosos, constituem a área mais<br />
sensível e mais complicada, em virtude de existirem muitos<br />
resíduos perigosos diferentes. A sua identificação é efectuada<br />
através de um catálogo europeu de resíduos, no qual,<br />
dentro da família de produtos do sector automóvel, estão<br />
listados todos os produtos existentes. Por exemplo, filtros<br />
de óleo e amortecedores são ambos metálicos e estão contaminados<br />
com óleo. Se na Lista Europeia de Resíduos estiverem<br />
tratados no mesmo ponto, são recolhidos em conjunto;<br />
caso contrário, terão que ser separados e encaminhados<br />
para fins diferentes. Como em Portugal ainda não<br />
existem unidades de tratamento de resíduos perigosos, o<br />
que existe é um certo número de operadores licenciados,<br />
que agrupam e armazenam os resíduos, encaminhando-os<br />
posteriormente para Espanha, onde existem unidades de<br />
tratamento e aterros especiais. Devido ao transporte, esta<br />
solução fica mais onerosa do que o tramento realizado dentro<br />
do país, caso houvesse unidades de processamento autoriza<strong>das</strong><br />
em funcionamento.<br />
A primeira obrigação legal dos operadores (distribuidores<br />
e oficinas) é separar e acondicionar os diversos tipos de<br />
resíduos perigosos. Esta fase é muito importante, pois a<br />
promiscuidade dos resíduos perigosos pode inviabilizar ou<br />
encarecer o seu tratamento. Por outro lado, se esses resíduos<br />
não estiverem bem acondicionados, o seu transporte<br />
pode tornar-se problemático ou até ser recusado. No caso<br />
de resíduos que possam verter fluidos é fundamental que<br />
estejam contidos em contentores estanques. O transporte só<br />
poderá ser efectuado por operadores com alvará e ADR.<br />
Além disso, as operações posteriores ao transporte (Reciclagem,<br />
Tratamento, Deposição) terão que ser efectua<strong>das</strong><br />
por operadores licenciados. Tal como no caso dos resíduos<br />
banais, as Guias de Acompanhamento (modelo A) têm que<br />
ser utiliza<strong>das</strong> para todos os resíduos, devendo ser o 3º campo<br />
carimbado no destino final (até 30 dias após o transporte).<br />
Adicionalmente, é necessário enviar ao INR o Mapa de<br />
Acumuladores de Veículos e afins, até ao dia 15 de Fevereiro<br />
do ano seguinte. Até ao momento, as oficinas estão<br />
dispensa<strong>das</strong> de apresentar o Mapa de Resíduos Perigosos.<br />
Pneus e óleos usados<br />
Os pneus e os óleos usados já têm em Portugal uma entidade<br />
gestora própria, o que facilita a tarefa dos operadores.<br />
Os pneus deverão ser encaminhados para os pontos de recolha<br />
da Valor Pneu, devendo ser utiliza<strong>das</strong> as Guias de<br />
Acompanhamento, que serão carimba<strong>das</strong> no destino. A entidade<br />
gestora dos óleos usados também foi recentemente<br />
criada (SOGILUBE), cabendo às oficinas e estações de serviço<br />
separar os diversos tipos de óleo (minerais, sintéticos,<br />
etc.). Em cada zona do país existe uma empresa que recolhe<br />
os óleos usados, devendo ser usa<strong>das</strong> as Guias de Acompanhamento,<br />
como nos casos anteriores. Os mapas trimestrais<br />
de óleos usados têm que ser actualizados (há um modelo<br />
novo de mapa no site da entidade gestora), devendo<br />
ser enviados para o INR até ao dia 31 de Março do ano seguinte.<br />
Inspecções e Coimas<br />
To<strong>das</strong> as operações de recuperação e eliminação de resíduos<br />
está sujeita a inspecções do Serviço de Protecção da<br />
Natureza e do Ambiente (SEPNA), sendo levantados os<br />
autos respectivos, sempre que forem detecta<strong>das</strong> infracções.<br />
A Inspecção Geral do Ambiente (IGA) supervisiona e<br />
coordena a actividade do SEPNA e o serviço no terreno<br />
que é efectuado pela GNR. Neste âmbito, são realiza<strong>das</strong> as<br />
seguites inspecções:<br />
- Mapas (baterias, óleos e embalagens contamina<strong>das</strong>)<br />
- Licenciamentos (laboração, descarga de águas, operadores<br />
de gestão de resíduos, etc.)<br />
- Guias de Acompanhamento (para todos os tipos de resíduos<br />
produzidos, transportadores e destinos finais).<br />
As coimas dissuasoras já são de molde a fazer os operadores<br />
equacionarem a “rentabilidade“ <strong>das</strong> infracções. Alguns<br />
exemplos de coimas, para pessoas colectivas, são<br />
apresentados a seguir:<br />
1 - DL 153/2003<br />
Omissão do dever de comunicação dos dados – registo<br />
trimestral dos óleos usados (de € 500 a € 44.800);<br />
2 - DL 239/1997<br />
Incumprimento do dever de assegurar um destino final<br />
adequado para os resíduos (de € 2.493,99 a € 44.891,81)<br />
3 - DL 46/94<br />
Descarga de Resíduos Efluentes sem a respectiva licença<br />
(de € 2.493,00 a € 2.493.989,40).<br />
PUB<br />
eco partner 240x62.pdf
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
ToledoCar<br />
30 anos de bons serviços<br />
Fundada há 30 anos por João Sousa, a ToledoCar é actualmente uma moderna oficina multimarca, parceira da<br />
Colors Unlimited International, um conceito da Spies Hecker que tem ajudado a fortalecer a posição de<br />
liderança na zona onde se encontra.<br />
Com o objectivo de maximizar a satisfação<br />
dos seus clientes, a ToledoCar<br />
desenvolveu durante 2005<br />
um projecto de infraestruturas e de recursos<br />
humanos com capacidade de responder<br />
a qualquer exigência no âmbito da manutenção<br />
automóvel, mecânica rápida e pesada,<br />
serviços de colisão, repintura automóvel<br />
e reboque, estação de serviço e ainda<br />
venda de usados.<br />
Situada numa zona muito industrial, a<br />
ToledoCar tem como principais clientes as<br />
empresas, que representam cerca de 70% ,<br />
ficando os restantes 30% por conta dos<br />
particulares. A descentralização da população<br />
que se tem deslocado de Lisboa para<br />
esta zona, tem também contribuído para<br />
um acréscimo de clientes.<br />
Na área da colisão e repintura automóvel,<br />
os acordos estabelecidos com as principais<br />
companhias de seguros garantem<br />
um fluxo regular de viaturas para reparação,<br />
enquanto os outros serviços de mecânica<br />
e estação de serviço são utilizados<br />
regularmente por clientes fiéis que procuram<br />
um atendimento personalizado, rápido<br />
e eficiente.<br />
O facto da ToledoCar ser uma oficina<br />
recomendada pelas principais companhias<br />
de seguro, tem contribuído para a<br />
divulgação e credibilização da sua imagem,<br />
que deste modo se identifica com os<br />
elevados padrões de qualidade exigidos<br />
pelas seguradoras.<br />
Para Pedro Sousa, responsável técnico<br />
da ToledoCar, a polémica sobre a escolha<br />
<strong>das</strong> oficinas pelas seguradoras não tem<br />
sentido, uma vez que “se o automobilista<br />
tem o seu veículo segurado numa determinada<br />
companhia, é porque tem confiança<br />
nessa seguradora, pelo que deve também<br />
ter confiança nas oficinas que essa companhia<br />
recomenda. No entanto, o automobilista<br />
deve ter sempre a liberdade de escolher<br />
a oficina onde deseja que o seu carro<br />
seja reparado”.<br />
Apesar da conjuntura menos favorável<br />
da economia nacional, a Toledocar não se<br />
tem ressentido em termos de falta de trabalho,<br />
mas o rácio de lucro por reparação tem<br />
diminuído. “Para não sofrermos a falta de<br />
clientes temos de oferecer mais serviços e<br />
melhores preços e a margem de lucro diminuiu<br />
bastante”, refere Pedro Sousa.<br />
“O que nos distingue <strong>das</strong> outras oficinas<br />
é o nosso serviço muito familiar, uma<br />
grande flexibilidade de horário, pessoal especializado<br />
e equipamentos oficinais topo<br />
de gama. Os clientes que procuram os nossos<br />
serviços já sabem que têm sempre à<br />
sua disposição uma viatura de substituição<br />
e a entrega do veículo reparado na sua residência<br />
sem quaisquer encargos adicionais”,<br />
acrescenta este responsável.<br />
A adesão à rede CUI - Colors Unlimited<br />
International, da Spies Hecker, tem-se revelado<br />
também muito positiva. “Têm ideias<br />
muito interessantes para o futuro da actividade,<br />
que aproveitamos para o nosso próprio<br />
progresso, como o manual de marketing,<br />
a oferta alargada de produtos e todo o<br />
Pedro Sousa, responsável técnico da<br />
Toledocar, faz um balanço positivo da<br />
parceria com a Spies Hecker.<br />
Ficha Técnica<br />
Data da Fundação:<br />
1975<br />
Número de empregados:<br />
11<br />
Área total <strong>das</strong> instalações:<br />
1050 m2 (cobertos)<br />
2.000 m2 (descobertos)<br />
Marca de tintas utilizada:<br />
Spies Hecker<br />
Serviços disponíveis:<br />
Colisão, venda de automóveis, pintura,<br />
mecânica/serviços rápidos, estação de<br />
serviço e pronto socorro.<br />
ToledoCar, Lda.<br />
Morada:<br />
Rua da Guerra Peninsular, 44<br />
2530-782 Vimeiro Lourinhã<br />
Telefone:<br />
261.984.371<br />
Fax:<br />
261.984.683<br />
E-mail:<br />
toledocar@iol.pt<br />
Nome dos responsáveis:<br />
João Sousa (Administrador);<br />
Pedro Sousa (Responsável Técnico);<br />
Helena Sousa (Contabilidade).<br />
apoio a nível de formação técnica para os<br />
nossos pintores, que fazem todos os anos<br />
dois cursos de formação. No início de 2006<br />
iremos instalar um novo sistema informático<br />
da Spies Hecker, específico para as oficinas<br />
de repintura, que irá por certo ajudarnos<br />
a aumentar a rentabilidade nesta área.<br />
Embora o projecto CUI ainda seja recente,<br />
acredito que tem condições para se desenvolver<br />
equilibradamente. Para já, o balanço<br />
que faço desta parceria é cem por cento favorável”,<br />
diz Pedro Sousa.<br />
Durante o corrente ano a ToledoCar vai<br />
continuar a apostar na divulgação da sua<br />
imagem, desta feita através de “outdoors”<br />
e de uma nova página na internet, onde<br />
irá divulgar todos os serviços que disponibiliza.<br />
A nível de equipamentos está<br />
previsto o investimento num novo banco<br />
de reparação de carroçarias e num sistema<br />
de reparação rápida com secagem por ultra<br />
violetas.<br />
Sobre a situação do mercado nacional<br />
de repintura automóvel, Pedro Sousa diz<br />
que “estamos a atravessar um tempo de<br />
mudança profunda, quer a nível da tecnologia<br />
dos produtos, quer <strong>das</strong> competências<br />
dos técnicos e dos gestores <strong>das</strong> oficinas.<br />
Os investimentos na repintura automóvel<br />
são muito grandes e a rentabilidade<br />
do serviço só é possível através de uma<br />
gestão muito rigorosa. Para tal é imprescindível<br />
a utilização de software específico<br />
de gestão, formação contínua dos pintores<br />
e equipamento topo de gama. Existem<br />
operadores a mais no mercado, e a<br />
fase que estamos a atravessar vai servir<br />
para o mercado seleccionar os melhores.<br />
Quem acompanhar as novas tecnologias,<br />
der formação aos funcionários e fizer uma<br />
gestão profissional, tem o futuro garantido”<br />
concluiu Pedro Sousa.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Janeiro 2006 23<br />
Saint Gobain Autover - Glassdrive<br />
Um passo em frente<br />
no conceito de “fast-fit”<br />
A Saint Gobain é uma <strong>das</strong> maiores empresas de vidro automóvel a nível mundial. Um dos objectivos para 2006, iniciado<br />
em 2005, é a unificação da actividade de montagem de vidro automóvel sob a designação Glassdrive.<br />
ASaint-Gobain, líder mundial no<br />
equipamento e concepção de<br />
vidro automóvel, pela marca<br />
Saint-Gobain Sekurit, conta em Portugal<br />
com uma unidade industrial a Saint-Gobain<br />
Sekurit Portugal, e uma unidade<br />
comercial com dois polos de distribuição<br />
sediados um no Porto e outro em<br />
Lisboa.<br />
Este grupo, a nível mundial, desenvolveu<br />
um novo conceito de montagem de<br />
vidro automóvel, utilizando a marca<br />
Glassdrive, que assenta fundamentalmente<br />
em dois factores chave: O vidro<br />
como peça indutora de segurança do<br />
veículo e o aplicador como pessoa de<br />
contacto directo com os clientes.<br />
Quanto ao primeiro aspecto, são hoje<br />
em dia reconheci<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as vantagens<br />
dos modernos vidros de automóveis.<br />
Cada vez mais os veículos automóveis<br />
vêm dotados, de vidros com especificidades<br />
próprias, que acumulam funções,<br />
como antenas integra<strong>das</strong>, filamentos de<br />
aquecimento, controle térmico e acústico,<br />
repelente de humidade, resistência<br />
ao impacto dos air-bags, protecção UV,<br />
entre outras. To<strong>das</strong> estas funcionalidades<br />
do vidro, são indutores de segurança<br />
e conforto num veículo.<br />
Vantagem do aplicador directo<br />
Ao preferir a montagem num centro<br />
Glassdrive sucedâneo da Autover Partner,<br />
o cliente sabe quem lhe montou o vidro,<br />
qual a marca do vidro, e quais os problemas<br />
colaterais que muitas vezes resultam<br />
de uma quebra acidental, ou mesmo de<br />
uma montagem deficiente. Tudo isto porque<br />
o agente que substitui o vidro, para<br />
além de um especialista, é ainda o dono<br />
Todos os centros da rede<br />
Autover vão passar a integrar a<br />
designação Glassdrive<br />
Vantagens<br />
Autover Partner<br />
Glassdrive<br />
- Rede forte<br />
- Total cobertura do país<br />
- Acordos com as principais seguradoras,<br />
gestoras de frotas e rent-a-car<br />
- Centralização de reclamações e<br />
encaminhamento<br />
- Melhoria permanente do serviço<br />
- Imagem comum<br />
- Montagem de vidros iguais ao<br />
equipamento original<br />
Saint-Gobain Autover Portugal<br />
Glassdrive<br />
Sede:<br />
Rua 25 de Abril, 460 Serzedo<br />
4405 – 445 Vila Nova de Gaia<br />
Director<br />
Licínio Nunes<br />
Telefone:<br />
227 536 140<br />
Fax:<br />
227 536 152<br />
E-mail:<br />
-<br />
Internet<br />
www.glassdrive.pt<br />
A imagem dos actuais centros Autover vai<br />
continuar basicamente com as mesmas<br />
cores, mas o logotipo Glassdrive será<br />
totalente novo<br />
do seu próprio negócio, o que naturalmente<br />
o induz, a dar um tratamento diferenciado<br />
e personalizado ao seu cliente final,<br />
informando-o sobre as especificidades<br />
do vidro, as potencialidades do<br />
mesmo e ainda <strong>das</strong> aplicações inseri<strong>das</strong><br />
no vidro do seu carro.<br />
Um conceito e uma rede internacional.<br />
A Glassdrive, potenciada a partir do conceito<br />
e da rede Autover Partner, está presente<br />
em 54 países da Europa à Ásia, passando<br />
pelas Américas e Austrália. É a<br />
maior rede mundial de montagem de vidro,<br />
estando previsto atingir nos próximos anos<br />
cerca de 15.000 postos de substituição de<br />
vidro. Com o apoio do maior construtor<br />
mundial de vidro Automóvel, a Glassdrive<br />
está preparada para responder às solicitações<br />
quer do sector ferroviário, naval e<br />
aeronáutico, quer do sector automóvel,<br />
onde se destacam os camiões e os autocarros.<br />
Os membros da rede Glassdrive agora<br />
sob uma mesma imagem internacional, em<br />
que se mantêm as cores institucionais, são<br />
agora conhecidos e denominados por Glassdrive,<br />
para melhor os ligar quer aos seus<br />
clientes, quer ao público em geral e consumidor<br />
final.<br />
Tendo acordo com to<strong>das</strong> as seguradoras<br />
de renome e de prestígio, a Glassdrive é<br />
sem dúvida uma referência na montagem<br />
e substituição de vidros em viaturas, tendo<br />
como base a plataforma logística e comercial<br />
da Saint-Gobain Autover Portugal,<br />
líder também na distribuição de vidro<br />
automóvel.<br />
Como distribuidor, qualquer rede de<br />
substituição de vidros tem necessariamente<br />
de recorrer aos serviços, “know<br />
how”, stocks e logística da Saint-Gobain<br />
Autover, em qualquer parte do mundo e<br />
De Autover Partner para Glassdrive<br />
Com o desenvolvimento do negócio do vidro automóvel em Portugal, e também devido à<br />
pressão <strong>das</strong> seguradoras que queriam ter mais do que uma empresa de montagem de<br />
vidros no mercado português, foi desenvolvida há 4 anos pela Saint-Gobain Autover<br />
Portugal uma rede designada por Autover Partner, que rapidamente se tornou líder na<br />
montagem de vidro automóvel.<br />
Os centros Autover Partner funcionam como uma rede, gerida pela Saint-Gobain Autover<br />
Portugal, apresentando todos os Partners uma imagem corporativa com elementos<br />
comuns.<br />
Ao todo são quase 90 centros de montagem de vidros para automóveis, camiões e<br />
autocarros, o que constitui desde logo uma enorme mais-valia pela total cobertura do<br />
mercado português.<br />
Inserido numa estratégia global, a Saint-Gobain desenvolveu um projecto 100% dedicado à<br />
montagem do vidro automóvel, assente numa única identidade para o incremento dessa<br />
actividade. É assim que nasce a sigla Glassdrive (registada e protegida em mais de 54<br />
países), que irá unificar a actividade de montagem do vidro a nível internacional.<br />
A implementação do nome Glassdrive em Portugal, no âmbito da estratégia internacional,<br />
irá permitir, segundo os responsáveis da Saint-Gobain, uma maior credibilidade destes<br />
centros juntos <strong>das</strong> seguradoras e um reforço da estratégia da Autover respeitante à<br />
montagem do vidro, assim como uma<br />
maior transmissão do “Know-How” às<br />
restantes Autover.<br />
A passagem entre Autover Partner e<br />
Glassdrive irá ter um período de transição<br />
que demorará no máximo dois anos, que<br />
no fundo será o tempo que poderá levar à<br />
renovação total da identidade corporativa<br />
em todos os centros, e que inclui um novo<br />
logotipo (mantendo-se as cores azul e<br />
amarelo), lay-out interior e exterior dos<br />
edifícios, decoração dos veículos e demais<br />
merchandising.
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
EMPRESA<br />
Sparkes & Sparkes<br />
Especialista em caixas de velocidades<br />
A Sparkes & Sparkes é uma empresa inglesa especialista em caixas de velocidades manuais. Em Portugal<br />
desde 1990, esta empresa dedica-se à reconstrução de caixas de velocidades e ao seu comércio, dispondo<br />
actualmente de um leque alargado de clientes oficinais e frotas por todo o país.<br />
Situada na Agrela, bem perto de<br />
Santo Tirso, a Sparkes & Sparkes<br />
possui actualmente modernas e amplas<br />
instalações onde se encontram todos<br />
os serviços que a mesma disponibiliza.<br />
Nessas instalações existe um imenso<br />
stock de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />
um sector de peças e componentes<br />
para caixas de velocidades, bem como um<br />
armazém e uma oficina onde se recebe e<br />
efectua todo o trabalho de reconstrução<br />
<strong>das</strong> caixas de velocidades.<br />
Após 35 anos de experiência, dos quais<br />
15 também em Portugal, a Sparkes &<br />
Sparkes continua a ser a única empresa<br />
especializada do género no nosso país, integralmente<br />
dedicada a caixa de velocidades<br />
manuais reconstruí<strong>das</strong> para todo o<br />
tipo de veículos de passageiros europeus<br />
e japoneses, bem como de veículos comerciais<br />
ligeiros.<br />
A oferta de caixa de velocidades da Sparkes & Sparkes abrange cerca de 90% do parque<br />
automóvel nacional, estando neste momento cataloga<strong>das</strong> mais de 8.000 caixas manuais<br />
diferentes<br />
Actividade<br />
A actividade da Sparkes & Sparkes<br />
está essencialmente vocacionada para a<br />
venda de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong><br />
(incluíndo a retoma da caixa avariada),<br />
isto é, em apenas 24 horas uma<br />
oficina poderá montar no carro do seu<br />
cliente uma caixa de velocidades reconstruída,<br />
desde que exista em stock, com<br />
um ano de garantia, sem ter necessidade<br />
de estar á espera que a mesma seja integralmente<br />
reparada.<br />
“O mais comum da nossa actividade é<br />
vender caixas de velocidades já reconstruí<strong>das</strong><br />
onde somos a única empresa<br />
100% especializada nesta área”, afirmou<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> Peter Sparkes,<br />
fundador da Sparkes & Sparkes, acrescentando<br />
que “também temos um conjunto<br />
de peças para caixas de velocidades,<br />
disponibilizando para venda aos<br />
nossos clientes um grande stock”.<br />
Uma <strong>das</strong> principias apostas, segundo o<br />
mesmo responsável da Sparkes & Sparkes,<br />
“é na qualidade. As caixas de velocidades<br />
que vendemos são fruto de um<br />
trabalho de grande qualidade, que não<br />
pode ser comparado com o trabalho de<br />
um sucateiro, mas sim comparado com<br />
aquelas que são vendi<strong>das</strong> pelas próprias<br />
origens”.<br />
Como tal, para Peter Sparkes, as vantagens<br />
em adquirir e montar uma caixa de<br />
velocidades reconstruída são “um preço<br />
muito mais baixo, comparativamente às<br />
novas, e a qualidade na reconstrução,<br />
onde são usa<strong>das</strong> peças de acordo com as<br />
normas <strong>das</strong> originais, e com garantia”.<br />
Tendo consciência de que é impossível<br />
dar resposta a to<strong>das</strong> as necessidades<br />
do mercado, já que existem cataloga<strong>das</strong><br />
mais de 8.000 tipos de caixas manuais<br />
diferentes, a Sparkes & Sparkes consegue<br />
mesmo assim ter uma resposta que<br />
se aproxima dos 90%, tendo em conta os<br />
modelos mais comercializados em Portugal<br />
durante a última década.<br />
Com cerca de 700 clientes espalhados<br />
por todo o país, a Sparkes & Sparkes desenvolve<br />
a sua actividade para todo o<br />
tipo de clientes, trabalhando quer com<br />
oficinas independentes quer com os concessionários<br />
oficiais <strong>das</strong> marcas representa<strong>das</strong><br />
em Portugal.<br />
Futuro<br />
Sendo uma empresa especializada em<br />
caixas de velocidades manuais reconstruí<strong>das</strong>,<br />
na opinião de Peter Sparkes, o<br />
futuro “passará por sermos cada vez mais<br />
especializados naquilo que sabemos fazer<br />
Funcionamento<br />
Sendo a única empresa a trabalhar em<br />
Portugal no que diz respeito à<br />
reconstrução e comércio de caixa de<br />
velocidades, a Sparkes & Sparkes<br />
garante uma oferta muito vasta, que<br />
cobre cerca de 90% <strong>das</strong> necessidades do<br />
mercado.<br />
Em stock existe uma enorme quantidade<br />
de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />
provenientes de várias origens (incluindo<br />
a importação) sendo to<strong>das</strong> elas<br />
submeti<strong>das</strong> a um processo de<br />
desmontagem e limpeza. A maior parte<br />
dos componentes são substituídos por<br />
peças novas e, as restantes, são<br />
cuidadosamente inspecciona<strong>das</strong> antes da<br />
sua colocação. To<strong>das</strong> as peças<br />
substituí<strong>das</strong> nas caixas de velocidades<br />
reconstruí<strong>das</strong>, estão de acordo com as<br />
normas <strong>das</strong> peças de origem.<br />
A uma oficina basta dizer qual os dados<br />
completos do carro para o qual necessita<br />
da caixa de velocidades, para em apenas<br />
24 horas, via transportadoras, a Sparke &<br />
Sparkes enviar a encomenda.<br />
Normalmente a Sparke & Sparkes retoma<br />
as caixas de velocidades avaria<strong>das</strong>, que<br />
depois seguem para a sucata (ou para<br />
outros fins), podendo pontualmente ser<br />
aproveitados alguns componentes para<br />
outras caixas.<br />
Sparkes & Sparkes<br />
Sede:<br />
Rua 25 de Abril<br />
Lugar da Granda-Agrela<br />
4825-010 Santo Tirso<br />
Responsáveis<br />
Rita Marques e Rui Soares<br />
Telefone:<br />
229 685 416<br />
Fax:<br />
229 685 417<br />
e, como tal, teremos que ser ainda mais<br />
profissionais, num mercado que se prevê<br />
mais difícil e concorrencial”.<br />
Para provar que o caminho seguido,<br />
tendo em conta a aposta que foi feita na<br />
qualidade, foi o correcto, Peter Sparkes<br />
exemplifica com “a relação que temos<br />
com os nossos clientes, pois muitos deles<br />
já são nossos “amigos” pela relação comercial<br />
que mantemos há vários anos”.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
EMPRESA Janeiro 2006 25<br />
Norauto<br />
Norauto renova conceito de centro auto<br />
A Norauto está em Portugal desde 1996. Neste período de tempo houve um enorme incremento da oferta de centros auto,<br />
cada uma com o seu conceito. Estava pois na altura de a Norauto apresentar o “novo conceito de centro auto”.<br />
Actualmente a Norauto dispõe de<br />
seis grandes Centros Auto, tendo<br />
o último sido inaugurado em Almada<br />
no final de 2005. Ao todo tem aproximadamente<br />
200 colaboradores, mais de<br />
150 mil clientes activos, tendo facturado no<br />
ano fiscal passado 12 milhões de euros.<br />
Até 2010 a Norauto pretende chegar aos<br />
20 Centros Auto, dentro do tipo de estrutura<br />
que tem actualmente cada centro, “a uma<br />
média de abertura de 3 centros auto por<br />
ano”, revelou Jean Yves Menou, Director<br />
Geral da Norauto ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
A Norauto está a implementar<br />
um novo conceito nos seus<br />
centros em Portugal<br />
Depois disso, ainda segundo o mesmo<br />
responsável “iremos lançar mais 20 centros<br />
auto de dimensão mais pequena, com um<br />
conceito ligeiramente diferente e situados<br />
em cidades mais pequenas”.<br />
Novo conceito<br />
No Centro Auto da Norauto em Alfragide<br />
já está implementado o novo conceito<br />
que esta empresa pretende implementar a<br />
partir de agora, e que vem no seguimento<br />
da política de inovação constante, e que<br />
tem como objectivo “oferecer mais e melhores<br />
serviços que proporcionem o bem<br />
estar do automobilista”, segundo Jean Yves<br />
Menou.<br />
Assim sendo, no Centro Auto de Alfragide<br />
já se podem ver novas zonas, agora muito<br />
mais visíveis, um novo e livre serviço de<br />
peças auto, o que permitirá “antecipar as<br />
tendências do mercado” na opinião do Director<br />
Geral da Norauto.<br />
A rede Norauto vai crescer<br />
bastante até 2010, a um ritmo<br />
de 3 novos centros por ano<br />
O novo conceito (ver caixa), que apresenta<br />
também gamas de produtos mais alarga<strong>das</strong><br />
e disponibiliza serviços mais completos,<br />
tem como principal objectivo dar<br />
uma maior liberdade ao cliente Norauto no<br />
interior da superfície, permitindo-lhe identificar<br />
de forma imediata as diversas categorias<br />
de produtos existentes e, simultaneamente,<br />
obter informações mais detalha<strong>das</strong><br />
sobre as mesmas.<br />
Peças em destaque<br />
Para além de todo o tipo de produtos que<br />
se podem encontrar nas lojas Norauto, nesta<br />
nova fase um dos grandes destaques encontra-se<br />
nas peças para automóvel.<br />
Não é de todo comum, em lojas desta natureza,<br />
ter em exposição discos de travões,<br />
calços, bobines, motores de arranque e outros<br />
peças do genéro para venda ao grande<br />
público em regime de livre serviço.<br />
Também nestes produtos qualquer pessoa<br />
encontra informação adicional (junto<br />
Um “novo” Norauto<br />
Este novo conceito, que já está implementado no Centro Auto da Norauto em Alfragide,<br />
apresenta uma vasta gama de produtos para o conforto e segurança <strong>das</strong> viagens<br />
automóveis, repartida em cinco áreas distintas:<br />
Lazer/Viagens<br />
Nesta zona estão incluídos todo o tipo de produtos relacionados com o transporte de<br />
equipamentos, como por exemplo porta-bicicletas, malas de tejadilho, barras de tejadilho,<br />
reboques, entre outros equipamentos.<br />
Conforto/Segurança<br />
A área Conforto/Segurança engloba produtos que proporcionam conforto tanto ao condutor<br />
como a passageiros, de que são exemplo capas para bancos, tapetes, cadeiras de bebé.<br />
Prazer/Paixão - Na zona Prazer /Paixão podem ser encontrados produtos para a<br />
personalização do automóvel, quer interior quer exterior, como bancos desportivos,<br />
volantes, manetes, manómetros, pedais, escapes desportivos, entra<strong>das</strong> de ar, jantes, filtros<br />
desportivos, entre uma vasta gama de equipamentos.<br />
Som/Multimédia<br />
Todos os produtos relacionados com a electrónica para o automóvel estão disponíveis<br />
nesta gama. Auto-rádios, altifalantes, subwoofers, amplificadores, sistemas de DVD,<br />
monitores, sistemas de navegação, alarmes, kits de mãos livres, sensores de<br />
estacionamento e ligações específicas são alguns dos produtos que podem ser<br />
encontrados nesta gama.<br />
Peças<br />
Nesta secção podem ser encontrados produtos relacionados com a manutenção do<br />
automóvel, como escovas limpa vidros, baterias, motores de arranque, escapes,<br />
lubrificantes, pneus, produtos de tratamento e limpeza e ferramentas.<br />
Este conceito integra, ainda, uma oficina para efectuar serviços de montagem e<br />
manutenção, como por exemplo, mudança de óleo, montagem de pneus, alinhamento de<br />
direcção, instalação de som, multimédia, navegação, engates, malas e barras de tejadilho.<br />
Uma <strong>das</strong> novidades no “renovado” centro Norauto em Alfragide é a recepção / oficina e o<br />
sector de peças que agora está “aberto” a todo o tipo de públicos<br />
Jean Yves Menou<br />
Director Geral da Norauto<br />
“A grande diferença da Norauto, face aos<br />
outros operadores de mercado, é que<br />
estamos a propor uma solução para o<br />
automobilista e não para o automóvel.<br />
O nosso conceito de loja / oficina que<br />
temos faz com que os clientes venham<br />
buscar uma solução para si e não<br />
propriamente para o seu carro. O trabalho<br />
que temos desenvolvido com a nossa<br />
equipa de ven<strong>das</strong>, incide no uso <strong>das</strong><br />
peças e dos acessórios em função do<br />
cliente, o que nos distingue claramente<br />
dos concessionários que apenas lhes<br />
interessa trabalhar o automóvel.<br />
Em Portugal temos algumas dificuldades<br />
em colocar os nossos centros junto aos<br />
parques de estacionamento dos centros<br />
comerciais, que é no fundo parte do<br />
nosso conceito de centros rápidos. Os<br />
nossos Centros Auto do Montijo e em<br />
Almada são um pouco o exemplo daquilo<br />
que pretendemos neste aspecto.<br />
Vamos continuar a apostar fortemente na<br />
formação <strong>das</strong> nossas equipas comerciais,<br />
pois só dessa forma conseguiremos<br />
atingir os nossos objectivos no futuro.<br />
Em 2006 irão ser inaugura<strong>das</strong> as lojas de<br />
Braga e Coimbra, pretendemos atingir 20<br />
milhões de Euros em volume de<br />
negócios, ter mais de 450 mil passagens<br />
de caixa o que se traduz<br />
aproximadamente em 220 mil clientes.<br />
Por estes números a nossa vontade é ter<br />
em 2006 qualquer coisa como 20% do<br />
mercado português”.<br />
aos produtos) sobre a escolha que deve fazer,<br />
podendo também recorrer a um técnico<br />
especializado. Na oferta disponível a Norauto<br />
segmenta alguns dos seus produtos<br />
em 3 níveis distintos, um com base na oferta<br />
de preço, outra na relação qualidade /<br />
preço (normalmente de marca Norauto) e,<br />
um último, com base em marcas de preço<br />
mais elevado.<br />
A grande maioria <strong>das</strong> peças auto adquiri<strong>das</strong><br />
na loja acabam por ser monta<strong>das</strong> na oficina<br />
Norauto, mas este novo conceito poderá<br />
encerrar um piscar de olhos às oficinas<br />
independentes que aqui poderão adquirir<br />
peças. “Não é esse o nosso objectivo”, confirma<br />
o Director Geral da Norauto, afirmando<br />
ainda que “a ideia foi dar mais visibilidade<br />
a este sector <strong>das</strong> peças auto, numa<br />
lógica de total transparência”.
26<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
EMPRESA<br />
MGM<br />
Assistência técnica às oficinas<br />
Existem em Portugal muitos importadores e/ou representantes de equipamento oficinal. O que tem faltado na maioria dos<br />
casos é a assistência técnica a esse equipamento. É aqui que surge a MGM, que é uma <strong>das</strong> poucas empresas em Portugal<br />
que vende assistência técnica aos equipamentos <strong>das</strong> oficinas.<br />
MGM especializou a sua<br />
actividade na assistência<br />
técnica às oficinas<br />
Telmo Martins (à esquerda), responsável técnico da MGM e Manuel Guedes Martins, fundador da empresa,<br />
prevêm para 2006 um crescimento da sua actividade.<br />
Manuel Guedes Martins é o nome<br />
de um homem ligado há mais de<br />
25 anos aos equipamentos oficinais.<br />
Pessoa humilde e sábia no seu ofício,<br />
fundou no final da década passada a MGM,<br />
uma empresa especializada em assistência<br />
a equipamentos de oficinas auto, tais como<br />
elevadores de viaturas, lavadoras de altapressão,<br />
compressores, entre muitos outros<br />
equipamentos.<br />
“Pela experiência que tive no passado,<br />
apercebi-me que existem muitas empresas<br />
a fazer ven<strong>das</strong> de equipamentos oficinais,<br />
mas quase ninguém dá assistência”, começa<br />
por referir Manuel Guedes Martins, gerente<br />
da MGM.<br />
Ao longo dos seis anos que leva de actividade<br />
nesta área tão específica, que é dar<br />
assistência ao equipamento oficinal <strong>das</strong><br />
próprias oficinas, sejam elas independentes<br />
ou de marca, a MGM tem vindo a marcar a<br />
diferença em aspectos considerados vitais<br />
por Manuel Guedes Martins.<br />
“Em primeiro lugar todos os nossos<br />
clientes são nossos amigos. Isto é muito<br />
importante quando se desenvolve uma actividade<br />
como esta”, garante o responsável<br />
máximo da MGM, acrescentando que “o<br />
nosso método de trabalho também nos tem<br />
trazido algumas mais-valias, pois nenhum<br />
trabalho é feito sem a devida orçamentação.<br />
Por outro lado o conhecimento com<br />
que ficámos dos equipamentos dos nossos<br />
clientes, pois ficamos a saber todo o seu<br />
histórico, permite-nos ser pro-activos, isto<br />
é, avisamos antecipadamente o cliente <strong>das</strong><br />
necessidades de manutenção do seu equipamento”.<br />
Apesar da diversidade de equipamentos<br />
oficinais que existem, já para não falar também<br />
na enorme quantidade de marcas, a<br />
MGM tem como lema a rapidez, pontualidade<br />
e eficácia como a mais importante garantia<br />
dos seus serviços. “Uma <strong>das</strong> nossas<br />
grandes vantagens tem sido a resposta<br />
pronta que damos às necessidades dos nossos<br />
clientes”, garante Manuel Guedes Martins,<br />
sublinhando que “como conhecemos<br />
muito bem todo o histórico do equipamento<br />
dos nossos clientes, podemos intervir na<br />
hora e ter aquela peça no momento em que<br />
ela é precisa para o nosso cliente continuar<br />
a trabalhar”.<br />
A MGM possui um enorme stocks de peças<br />
de substituição para muitos equipamentos<br />
oficinais, afirmando o gerente da empresa<br />
que “conseguimos dar resposta a<br />
mais de 90% <strong>das</strong> necessidades”.<br />
Outro dos aspectos fundamentais na actividade<br />
desta empresa “é que damos garantia<br />
às nossas reparações e manutenções”,<br />
refere Manuel Guedes Martins, acrescentando<br />
que “em alguns aspectos estamos<br />
mesmo à frente daquilo que a lei deveria<br />
obrigar. Nos elevadores de oficina a MGM<br />
após cada intervenção técnica cola uma vinheta<br />
no equipamento que certifica a qualidade<br />
do trabalho que fizémos. A lei portuguesa<br />
ainda não obriga a isso, tal como já<br />
acontece em Espanha, mas nós fazemo-lo,<br />
pois a segurança de um elevador oficinal é<br />
tão importante como a segurança de um<br />
elevador de um prédio”.<br />
A MGM desenvolve a sua actividade em<br />
todo o território nacional, tendo a sua actividade<br />
crescido “por aquilo que os nossos<br />
clientes dizem de nós”, conclui Manuel<br />
Guedes Martins.<br />
MGM<br />
Sede:<br />
Rua da Tabosa, nº906<br />
4415-357 Pedroso – V.N. Gaia<br />
Loja:<br />
Rua da Feiteira, nº387/407 – Lj A R/C<br />
4415 Pedroso<br />
Gerente<br />
Manuel Martins<br />
Telefone:<br />
227 642 722<br />
Fax:<br />
227 419 865<br />
E-mail:<br />
mgm@oninet.pt<br />
Internet<br />
-<br />
A MGM dispõe de um vasto stock de peças e componentes para os mais diversos<br />
equipamentos oficinais<br />
Nova loja de peças e acessórios<br />
Um dos grandes investimentos que a MGM fez no final de 2005, foi a aquisição de uma loja<br />
específica para vender peças para a reparação de lavadoras de alta-pressão, elevadores de<br />
automóveis e de compressores.<br />
“Trata-se de uma loja onde pretendemos não só vender as peças, mas também dar um<br />
apoio técnico sem ter que necessariamente dispor de um técnico, isto é, o cliente quando<br />
nos pede a peça nós podemos também fornecer o desenho em corte da máquina ou o<br />
esquema eléctrico da mesma”, refere Telmo Martins, responsável técnico da MGM.<br />
Esta nova loja, que estará aberta muito brevemente, vai de encontro à realidade do<br />
mercado oficinal, pois “existe quem tenha dificuldades em pagar a um técnico a sua<br />
deslocação bem como as horas de serviço. Com esta loja ele poderá levar ou encomendar<br />
as peças e receber uma explicação de como fazer. Por outro lado o cliente tem ainda<br />
disponível, via telefone, um dos nossos técnicos que o ajudará a resolver o problema”,<br />
afirma Telmo Martins.<br />
Para além <strong>das</strong> peças e do serviço de assistência, esta loja também permitirá à MGM<br />
incrementar um pouco mais a actividade de revenda de equipamentos oficinais, já que é<br />
representante dos compressores de palhetas da Gnutti.<br />
Refira-se que a loja da MGM situa-se na Zona Industrial da Feiteira (Grijó), junto à saída da<br />
Auto-Estrada.
28<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
MECÂNICA PRÁTICA<br />
Cabeças de motor<br />
A Montagem da cabeça do motor<br />
Grande parte <strong>das</strong> falhas de motor nos veículos resulta de danos na cabeça de motor ou nos seus<br />
componentes. A montagem de uma nova cabeça é uma operação para especialista e tem uma série de<br />
procedimentos que é necessário cumprir para se obter um trabalho de qualidade.<br />
Embora o profissional competente saiba como proceder adequadamente,<br />
a montagem <strong>das</strong> cabeças de motor envolve uma quantidade<br />
de detalhes de importância crítica, de tal maneira vasta,<br />
que vale a pena e compensa recapitular tudo desde o início.<br />
A escolha da peça e respectivos acessórios (juntas, parafusos, válvulas,<br />
sedes e tudo o que se revelar necessário) tem que ser criteriosa e segura.<br />
Produtos homologados pelas marcas e certificados por critérios reconhecidos<br />
mundialmente são os requeridos. Para além <strong>das</strong> peças originais<br />
existem outras de qualidade equivalente e com garantia total,<br />
podendo apresentar vantagens de custo. De qualquer modo, o material,<br />
desenho e medi<strong>das</strong> têm que estar rigorosamente ajustados.<br />
Todos os componentes responsáveis pela avaria ou que revelem desgaste<br />
acentuado (bombas de alimentação, refrigeração e lubrificação,<br />
tubagens e mangueiras, abraçadeiras e parafusos, fluidos, etc.) devem<br />
ser igualmente substituídos, como é lógico.<br />
Para além de verificar a conformidade da cabeça e dos outros componentes<br />
necessários, o mecânico deve zelar pelo seu correcto acondicionamento<br />
e protecção durante o transporte.<br />
Procedimentos de montagem<br />
É da máxima conveniência assegurar os seguintes procedimentos<br />
de montagem da cabeça de motor:<br />
• Manusear a peça de forma evitar que a cabeça caia ao chão (o que<br />
pode inutilizá-la definitivamente), que fique apoiada pelas extremidades<br />
ou pelo centro apenas, que sofra panca<strong>das</strong>, riscos ou<br />
aquecimentos indevidos, bem como, que fique contaminada por<br />
sujidades, aparas metálicas ou quaisquer outros detritos;<br />
• Antes de iniciar a montagem, verificar novamente o estado de<br />
perfeita limpeza da peça, aferindo novamente o desempeno da<br />
mesma e a ausência de danos;<br />
• Verificar igualmente a completa limpeza e perfeito desempeno da<br />
parte superior do bloco, bem como a desobstrução de to<strong>das</strong> as<br />
passagens e a existência de depósitos, carbonizações e outras<br />
ameaças, devendo os roscados onde se apertam os parafusos da<br />
cabeça estar completamente limpos e lubrificados com óleo de<br />
fluidez adequada;<br />
• O sistema de arrefecimento deve ser purgado e o fluido totalmente<br />
substituído e compatível com os materiais da cabeça e da junta,<br />
de forma a evitar oxidações, depósitos e congelamentos; desaconselha-se<br />
o uso de água corrente na refrigeração, pois contém calcário<br />
e outros poluentes;<br />
• Verificar os suportes e apoios do motor, pois o seu mau estado ou<br />
desgaste pode ser a causa de vibrações excessivas, o que irá interferir<br />
negativamente com os sistemas de arrefecimento e de alimentação,<br />
provocando cavitações, para além de prejudicar, igualmente,<br />
a lubrificação;<br />
• Verificar o correcto posicionamento do motor, de modo a que depois<br />
da montagem de todos acessórios reproduza exactamente a<br />
sua configuração original;<br />
• Rejeitar juntas, parafusos e outros acessórios usados, pois não<br />
oferecem quaisquer garantias; devem ser preferidos os kits de reparação<br />
completos, que já incluem juntas e novos parafusos, produzidos<br />
com material adequado aos binários de aperto requeridos;<br />
• Ao colocar a cabeça no bloco, evitar que fique pousada numa <strong>das</strong><br />
extremidades, devendo o encaixe ser homogéneo;<br />
• O aperto da cabeça deve seguir exactamente a ordem e os valores<br />
recomendados pelo fabricante do veículo, sendo obrigatório utilizar<br />
uma ferramenta recomendada (chave com dinamómetro e<br />
aperto angular); os fabricantes de peças também fornecem os dados<br />
necessários a uma montagem correcta (manuais e instruções),<br />
enquadrando-se nos novos conceitos de serviço ao cliente; devem<br />
ser absolutamente evita<strong>das</strong> as ferramentas pneumáticas;<br />
• Depois da montagem da cabeça e de outros acessórios, colocar o<br />
motor em marcha para verificar a existência de eventuais fugas e<br />
outras anomalias.<br />
• Se tudo estiver em ordem, verificar o rendimento do motor através<br />
de equipamento de diagnóstico, banco de potência e/ou teste<br />
de estrada.<br />
MONTAGEM<br />
PASSO A PASSO<br />
Antes de iniciar a reparação<br />
do motor, confirme se tem tudo<br />
o que necessita, em especial as<br />
ferramentas específicas requeri<strong>das</strong>,<br />
os números e ordem dos<br />
apertos <strong>das</strong> operações de desmontar<br />
e montar a cabeça de<br />
motor.<br />
A cabeça de motor é uma peça<br />
fabricada com grande precisão e,<br />
é a base do perfeito funcionamento<br />
de um motor.<br />
Sempre que possível, deve-se<br />
tentar averiguar a causa da avaria<br />
do motor. É necessário analisar<br />
se a cabeça de motor é a causa<br />
real da avaria, ou se esta se tinha<br />
iniciado noutros<br />
componentes do motor, tais<br />
como no bloco de cilindros, no<br />
A face superior do bloco não pode<br />
apresentar qualquer empeno superior a<br />
0,05 mm, sob pena de ter que ser<br />
rectificada.<br />
sistema de injecção, na bomba<br />
de água ou em qualquer outro<br />
componente da própria cabeça<br />
de motor.<br />
A simples substituição da cabeça<br />
de motor, sem antes verificar<br />
a causa origem do problema,<br />
só dissimulará a avaria e o problema<br />
manter-se-á.<br />
É indispensável que os parafusos de fixação da cabeça ao bloco motor sejam<br />
desapertados progressivamente e pela ordem inversa (ou decrescente) da que é usada<br />
na sua montagem.<br />
Para se obter uma montagem<br />
da cabeça do motor metódica e<br />
recomendável, pressupõe-se que<br />
a desmontagem foi igualmente<br />
criteriosa e sequencial. Há alguns<br />
passos essenciais para uma<br />
correcta desmontagem, pelo que<br />
passamos a enumerá-los:<br />
AO DESMONTAR<br />
- Começar a desmontar a cabeça<br />
de motor, somente quando o<br />
motor estiver frio, e reduzir a<br />
pressão do sistema de refrigeração,<br />
abrindo a tampa do depósito<br />
de expansão.<br />
- Desmontar e desligar ordenadamente<br />
os elementos do motor<br />
que sejam necessários para desmontar<br />
a cabeça: tubos de ar, colectores<br />
de admissão e escape,<br />
tubos de injecção, etc., e na ordem<br />
estabelecida pela marca de<br />
origem.<br />
Mesmo que a cabeça do motor possa ser<br />
reaproveitada, a sua junta tem que ser<br />
obrigatoriamente substituída, pois não<br />
consegue recuperar a sua espessura<br />
original.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
MECÂNICA PRÁTICA Janeiro 2006 29<br />
A junta da cabeça tem que ser colocada<br />
com a inscrição OBEN/TOP para o lado de<br />
cima, sendo totalmente desaconselhado<br />
aplicar óleo ou vedantes sobre a junta,<br />
exceptuam-se as situações em que já<br />
existem vedantes aplicados na superfície<br />
da junta durante a sua produção<br />
- Identificar devidamente to<strong>das</strong><br />
as ligações, para o caso de poderem<br />
existir dúvi<strong>das</strong> quando se for<br />
proceder à sua montagem.<br />
- Desapertar os parafusos de<br />
encaixe da cabeça ao bloco de cilindros<br />
na ordem inversa ao indicado<br />
na caixa, seguindo a numeração<br />
em ordem decrescente.<br />
- Limpar em profundidade a<br />
face da junta no bloco de cilindros,<br />
utilizando um dissolvente<br />
adequado. Deve ficar limpa de<br />
quaisquer restos de carvão e de<br />
óxido, mas sem riscar a superfície.<br />
Não utilizar raspadores afiados<br />
que possam danificá-la.<br />
- Comprovar a planitude da<br />
face da junta no bloco de cilindros.<br />
Quando exceder os 0,05mm<br />
tem de se proceder à sua rectificação.<br />
JUNTA DA CABEÇA<br />
DE MOTOR<br />
- Não montar a junta da cabeça<br />
de motor antiga pela segunda vez,<br />
assegurando-se que a nova junta é<br />
a correcta e tem a mesma espessura<br />
da que está a substituir.<br />
- Se a superfície do bloco do<br />
motor tiver sido mecanizada, a espessura<br />
da junta da cabeça de motor<br />
deve ser calculada para que a<br />
distância <strong>das</strong> cabeças da válvula e<br />
dos pistões seja a correcta. Ao<br />
medir a saliência dos pistões para<br />
seleccionar a junta da espessura<br />
correcta, tome sempre o valor do<br />
pistão que mais sobressaia.<br />
- Para proceder à identificação<br />
da junta da cabeça de motor que<br />
vai ser montada, ter em consideração<br />
que, geralmente cada modelo<br />
é fabricado com três espessuras<br />
diferentes, sendo identifica<strong>das</strong><br />
por um determinado número<br />
de encaixes na junta.<br />
- Sempre que se substitui uma<br />
junta da cabeça, tem de se proceder<br />
à substituição <strong>das</strong> válvulas.<br />
Um factor crítico na montagem <strong>das</strong><br />
cabeças de motor é a altura a que a précâmara<br />
tem que ficar em relação ao<br />
plano da junta, oscilando geralmente<br />
entre 0 e 0,4 mm sobre o mesmo.<br />
Tal como a superfície do bloco, a cabeça<br />
do motor não pode apresentar empenos<br />
superiores a 0,05 mm na face de<br />
contacto com a junta, sob a pena de<br />
poder provocar fugas de compressão e de<br />
fluidos.<br />
- Montar a junta da cabeça na<br />
posição correcta: o lado<br />
OBEN/TOP virado para cima.<br />
- Não aplicar nem óleo nem selantes<br />
sobre a junta da cabeça.<br />
Se bem que é aconselhável mudar<br />
sempre os parafusos da cabeça que<br />
foram desapertados, esta medida é<br />
obrigatória nos parafusos de aperto<br />
angular, pois estiram-se<br />
permanentemente<br />
É da maior conveniência olear não<br />
somente as roscas antes do aperto, mas<br />
ainda a parte inferior da cabeça dos<br />
parafusos, para reduzir o seu atrito na<br />
superfície de contacto com a cabeça do<br />
motor.<br />
CONSIDERAÇÕES<br />
IMPORTANTES<br />
- A correcta montagem <strong>das</strong> précâmaras<br />
nos seus encaixes, é de<br />
extrema importância e por isso<br />
são identifica<strong>das</strong> com uma marca<br />
ou encaixe, para que sejam devidamente<br />
orienta<strong>das</strong>. Também é<br />
crítica a altura a que a pré-câmara<br />
deve ficar em relação ao plano da<br />
junta: de 0 a 0,4mm sobre ele.<br />
- Convêm também recordar,<br />
que nos motores diesel, as distâncias<br />
entre as cabeças dos pistões e<br />
<strong>das</strong> válvulas são muito pequenas,<br />
pelo que qualquer imprecisão no<br />
seu ajuste de distribuição pode<br />
originar contactos que provoquem<br />
custosas avarias nos pistões,<br />
válvulas e na própria cabeça.<br />
- As cabeças têm uma planitude<br />
muito elevada no seu plano<br />
de junta. Defeitos de planitude<br />
superiores a 0,05mm podem<br />
provocar a saída ou sopro de gases,<br />
ao não poder a cabeça absorver<br />
a deformação.<br />
- No caso de rectificar ou esmerilar<br />
válvulas ou quando se<br />
mecanizam ou rebaixam os seus<br />
assentos há que pensar que estamos<br />
a modificar a relação da<br />
compressão.<br />
- No bloco de cilindros, os furos<br />
roscados para os parafusos de<br />
encaixe da cabeça de motor, têm<br />
que estar muito bem limpos. Restos<br />
de sujidade ou de óleo podem<br />
levar o bloco a partir quando se<br />
procede ao aperto dos parafusos.<br />
- Aconselha-se a mudar sempre<br />
os parafusos de encaixe quando<br />
se substitui uma cabeça de motor.<br />
Esta recomendação torna-se imprescindível,<br />
quando se trate de<br />
cabeças de motor com aperto angular.<br />
- Muito importante: lubrificar<br />
ligeiramente os parafusos na rosca<br />
e na superfície por debaixo da<br />
cabeça.<br />
SEQUÊNCIA DE APERTO<br />
Os parafusos de encaixe da cabeça<br />
devem ser apertados na ordem<br />
indicada pelo fabricante de<br />
origem. Esta informação vem<br />
normalmente indicada no manual<br />
de montagem que acompanha a<br />
cabeça de motor nova.<br />
O número de apertos vêm indicados<br />
em Nm (Newtons x metro),<br />
ou em graus nos casos de apertos<br />
angulares:<br />
- 10 Nm equivalem, aproximadamente,<br />
a 1 Kpm (Kilos x metros);<br />
por exemplo, 80 Nm equivalem<br />
a 8 kilos de apertos.<br />
- Para uma maior exactidão nas<br />
conversões, consultar a tabela de<br />
equivalências, que publicamos<br />
em caixa.<br />
A montagem de uma cabeça de<br />
motor sobre o bloco de cilindros,<br />
é uma operação delicada, da qual<br />
depende, em grande parte, o êxito<br />
da reparação. O número e sequência<br />
de apertos, devem ser seguidos<br />
rigorosamente.<br />
Nas cabeças de motor, em que<br />
se indique ser necessário o reaperto,<br />
este deverá ser efectuado<br />
depois de transcorridos 1.000 a<br />
1.500 Km. Apertar-se-á parafuso<br />
a parafuso, na ordem e com o<br />
último número de apertos especificados.<br />
O número de apertos, depende<br />
em certas ocasiões do tipo e material<br />
da junta da cabeça de motor,<br />
bem como da qualidade dos parafusos<br />
de encaixe. Se com a nova<br />
junta da cabeça de motor que se<br />
vá instalar, venha acompanhada<br />
de informação do número de<br />
apertos diferente da indicada no<br />
manual do fabricante da cabeça,<br />
devem ser segui<strong>das</strong> as instruções<br />
que o fabricante da junta indica.<br />
MONTAGEM<br />
DA ÁRVORE DE CAMES<br />
E SUBSTITUIÇÃO<br />
DAS VÁLVULAS<br />
Após apertar a cabeça do motor,<br />
alguns outros passos de grande<br />
importância são necessários<br />
para a correcta montagem <strong>das</strong><br />
válvulas e da árvore de cames.<br />
- As pontes da árvore de cames<br />
estão numera<strong>das</strong> e, por vezes, têm<br />
As pontes dos apoios da árvore de cames<br />
estão habitualmente numera<strong>das</strong> e<br />
possuem setas de orientação, tendo<br />
como referência a poleia de comando.<br />
Tanto a ordem de montagem <strong>das</strong> pontes<br />
como a sequência e número de apertos<br />
dos parafusos ou porcas é obrigatória. Os<br />
parafusos e porcas devem ser apertados<br />
de forma progressiva, em etapas<br />
sucessivas, até atingir as voltas<br />
estabeleci<strong>das</strong>.<br />
Para evitar as fugas de óleo é necessário<br />
utilizar os produtos recomendados nos<br />
vedantes da árvore de cames e<br />
respectivos parafusos de aperto.<br />
Na montagem <strong>das</strong> válvulas de comando<br />
mecânico por touches é geralmente<br />
necessário usar pastilhas de afinação,<br />
sendo desnecessário fazê-lo nos motores<br />
de touches hidráulicas, que operam em<br />
auto afinação permanentemente.<br />
identifica<strong>das</strong> a sua posição mediante<br />
uma seta que indica que<br />
têm de ser monta<strong>das</strong> assinalando<br />
a polie da árvore de cames. É de<br />
extrema importância respeitar<br />
sempre o seu posicionamento.<br />
- A sequência e o número de<br />
apertos dos parafusos de fixação<br />
devem ser estritamente respeitados.<br />
- Os parafusos ou porcas devem<br />
ser apertados de forma progressiva,<br />
em etapas sucessivas até<br />
atingir as voltas estabeleci<strong>das</strong>.<br />
Caso não sejam segui<strong>das</strong> estas<br />
instruções, pode-se partir a árvore<br />
de cames.<br />
- Para evitar fugas de óleo, utilizar<br />
os selantes recomendados,<br />
tanto ao montar os vedantes da árvore<br />
como os parafusos <strong>das</strong> pontes,<br />
dos modelos que assim o requerem.<br />
- A substituição <strong>das</strong> válvulas<br />
realiza-se nos motores com touches<br />
mecânicas, utilizando pastilhas<br />
de ajuste. Os motores com<br />
touches hidráulicas não requerem<br />
estas pastilhas.<br />
- A limpeza e a lubrificação <strong>das</strong><br />
válvulas, touches e da própria árvore<br />
de cames é de extrema importância<br />
para o êxito da reparação.<br />
- Uma vez efectuada a reparação,<br />
comprovar atentamente o<br />
bom funcionamento do motor<br />
para que não existam indícios de<br />
fuga, nem de gases nem de refrigerante<br />
ou óleo.<br />
UTILIZAÇÃO DE BONS<br />
PRODUTOS<br />
REFRIGERANTES<br />
Para o correcto funcionamento<br />
de uma cabeça de motor, é muito<br />
importante utilizar líquidos anticongelantes<br />
da melhor qualidade.<br />
A fim de proteger a corrosão<br />
dos motores, os bons líquidos refrigerantes<br />
têm incorporados antioxidantes,<br />
aditivos anti-cativação<br />
e outros elementos que estão ausentes<br />
dos produtos refrigerantes<br />
de baixa qualidade.<br />
Por este motivo, devem ter em<br />
consideração o seguinte:<br />
- Quando substituir uma nova<br />
cabeça de motor, mudar sempre o<br />
líquido do circuito na sua totalidade.<br />
- Não poupar na compra de um<br />
refrigerante. Assegurar-se que<br />
seja de boa qualidade.<br />
- A corrosão da cabeça de motor<br />
pela utilização de produtos refrigerantes<br />
de baixa qualidade,<br />
anulam qualquer garantia sobre a<br />
mesma.<br />
Da mesma forma, não entram<br />
em garantia as cabeças de motor<br />
que tenham sido corroí<strong>das</strong> pelo<br />
facto de não terem mudado a tempo<br />
o produto refrigerante, ou<br />
quando tenha sido utilizada água<br />
procedente directamente da rede<br />
de águas.<br />
Com produto refrigerante de boa<br />
qualidade<br />
Com produto refrigerante de baixa<br />
qualidade<br />
Fonte: AMC
30<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
TÉCNICA<br />
Suspensões pneumáticas de veículos pesados<br />
Geometria do sistema de montagem (II PARTE)<br />
Como já vimos na primeira parte deste estudo, as suspensões pneumáticas representam um avanço<br />
considerável em relação aos sistemas de suspensão convencionais, uma vez que asseguram maior conforto e<br />
maior estabilidade nas viaturas pesa<strong>das</strong>.<br />
Mais conforto para os ocupantes<br />
(autocarros) e maior segurança<br />
para as mercadorias mais<br />
sensíveis (camiões) são conseguidos<br />
com as suspensões pneumáticas actuais.<br />
Menores riscos durante as travagens e<br />
possibilidade de regular a altura da suspensão,<br />
proporcionam velocidades médias<br />
mais eleva<strong>das</strong> e tempos de carga e<br />
descarga mais rápidos. Não obstante to<strong>das</strong><br />
estas vantagens, os foles de suspensão<br />
pneumática necessitam de escassa<br />
manutenção, excepto no caso de avarias.<br />
Esta superioridade em relação a outras<br />
suspensões levou a que algumas empresas<br />
se dediquem a aplicar foles pneumáticos<br />
em suspensões de molas metálicas,<br />
tendo em vista torná-las mais resistentes<br />
a cargas e mais estáveis.<br />
As principais avarias dos foles de suspensão<br />
derivam, quer de impactos de objectos<br />
estranhos ou pelo atrito constante<br />
com componentes do chassis, quer pelo<br />
atrito interno, devido em grande parte a<br />
avarias da geometria da suspensão ou a<br />
defeitos de concepção da mesma. Como<br />
também já referimos na primeira parte<br />
deste estudo, os foles não possuem resistência<br />
estrutural, necessitando ser guiados<br />
por braços e barras de suspensão.<br />
Este é, afinal, o único “calcanhar de<br />
Aquiles“ deste sistema, responsável pela<br />
maioria <strong>das</strong> avarias.<br />
Força e fraqueza<br />
dos foles de suspensão<br />
Como qualquer outro componente<br />
pneumático, os foles podem sofrer furos<br />
e pequenos cortes, mas esses defeitos<br />
podem ser facilmente reparados pelas<br />
técnicas comuns de reparação de<br />
pneus (remendos, vulcanização, etc.),<br />
desde que não haja danos estruturais<br />
nas telas ou nos rebordos de contacto<br />
com as peças metálicas (tampas, cilindros,<br />
cones. etc.).<br />
No entanto, quando são sujeitos a<br />
esforços anormais, os foles podem<br />
despegar-se <strong>das</strong> partes metálicas que<br />
os integram ou até romperem-se completamente.<br />
De facto, as condições<br />
para que um fole pneumático opere<br />
sem problemas durante longo tempo<br />
são as seguintes:<br />
1 O fole deve trabalhar centrado, em especial<br />
na fase de máxima compressão,<br />
ou seja, a base do fole e a respectiva<br />
tampa têm que operar o mais possível<br />
dentro do mesmo eixo vertical;<br />
2 O fole é concebido para trabalhar em<br />
compressão, possuindo batentes internos<br />
que o protegem do contacto em final<br />
de curso; no entanto, o fole não tem<br />
qualquer resistência ao estiramento,<br />
provocado pela excessiva extensão <strong>das</strong><br />
suspensões, tendo que estar protegido<br />
pela geometria da suspensão e pelo curso<br />
máximo dos amortecedores;<br />
3 O fole não foi concebido para suportar<br />
forças transversais ao seu eixo vertical,<br />
rompendo-se ou descolando-se facilmente,<br />
se a geometria da suspensão falhar.<br />
Fig. 1 - Suspensão tradicional de braço longitudinal,<br />
equipada com fole do tipo completo (c/êmbolo): a<br />
condição para que este tipo de suspensão resulte<br />
consiste no alinhamento do êmbolo com a tampa<br />
superior, quando a suspensão atinge o máximo de<br />
compressão. Reparar que, para tirar partido do efeito<br />
de alavanca, o fole está situado atrás do eixo da roda.<br />
Fig. 2 - Nos braços que rodam é inevitável que apareçam<br />
deformações assimétricas da borracha do fole.<br />
Em relação à geometria <strong>das</strong> suspensões<br />
de foles pneumáticos, convém distinguir<br />
entre os fabricantes de camiões e tractores<br />
rodoviários, empresas de grande potencial<br />
económico é técnico, os grandes fabricantes<br />
de reboques (participados pelos construtores<br />
de camiões) e os pequenos fabricantes<br />
de atrelados e de carroçarias, de âmbito local.<br />
No primeiro caso, é difícil encontrar<br />
anomalias de concepção, quer ao nível do<br />
desenho, como ainda em relação aos materiais<br />
utilizados e ao desempenho final. No<br />
caso <strong>das</strong> pequenas empresas, onde o nível<br />
de concorrência é muito maior e de impacto<br />
mais dramático, sendo o potencial económico<br />
e técnico menor do que nas grandes<br />
empresas, a tendência para apresentar soluções<br />
mais simples (ou simplistas) e custos<br />
mais baixos pode comprometer o desempenho<br />
da geometria dos sistemas a<br />
médio/longo prazo. Para evitar a repetição<br />
de avarias em sucessão, o reparador deve<br />
seguir o critério e especificações dos fabricantes<br />
de maior gabarito, tentando corrigir<br />
as anomalias nos outros casos, dentro <strong>das</strong><br />
suas possibilidades e em cooperação com<br />
os clientes.<br />
Fig. 3 - A descentração do fole é evidente quando se<br />
compara o limite inferior do curso, com o limite<br />
superior.<br />
Fig. 4 - No final da compressão, as duas tampas do<br />
fole de duas barrigas estão centra<strong>das</strong> e o seu eixo<br />
coincide. Esta solução é a ideal, pois o fole está<br />
situado entre a articulação do braço de suspensão e<br />
o eixo da roda. No entanto, um fole completo<br />
convencional teria dificuldade em suportar a mesma<br />
carga, com esta configuração de geometria.<br />
Como actuar na prática?<br />
Os foles do tipo “snap on“ e “completo“<br />
têm uma estrutura similar, devendo funcionar<br />
perfeitamente centrados, de modo a<br />
que no ponto de compressão máxima e de<br />
maior esforço as paredes de borracha do<br />
fole não entrem em contacto internamente<br />
(fig. 1). A deformação deve ser simétrica a<br />
toda a volta do fole, evitando tensões exagera<strong>das</strong><br />
da borracha e <strong>das</strong> telas de reforço.<br />
No entanto, muitos braços de suspensão<br />
são articulados a partir de um eixo distanciado<br />
da fixação do fole (fig. 2), originando<br />
que o curso da suspensão seja em forma<br />
de arco e não uma linha vertical. Este sistema<br />
só funciona razoavelmente em estra<strong>das</strong><br />
muito bem nivela<strong>das</strong> e com cargas medianas<br />
ou leves. Noutras situações, o fole está<br />
sujeito a atritos internos que tornam a sua<br />
duração mais limitada. Uma forma de atenuar<br />
este inconveniente é montar a base do<br />
fole o mais perto possível do eixo de rotação<br />
do braço de suspensão, nos casos em<br />
que isso seja possível (fig. 3). Há quem<br />
monte articulações na base do fole, mas<br />
isso não resolve o problema básico (descentração)<br />
e só acrescenta novos problemas<br />
de manutenção.<br />
Nos foles de barrigas, a condição essencial<br />
para evitar a sua deterioração precoce<br />
é as duas tampas, inferior e superior, estarem<br />
perfeitamente centra<strong>das</strong> no ponto máximo<br />
de compressão (fig. 4). Nos foles de<br />
barrigas a descentração não só gera atrito<br />
interno, como externo, nas paredes de borracha,<br />
mas ainda entre estas e os anéis metálicos<br />
de reforço (convolute bellows).<br />
Nas figuras 5 e 6 é possível verificar que<br />
no ponto de máxima extensão da suspensão<br />
a base do fole está ligeiramente adiantada,<br />
em relação à tampa superior, mas na<br />
fase de compressão máxima o fole apresenta-se<br />
perfeitamente centrado, o que<br />
está correcto.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
TÉCNICA Janeiro 2006 31<br />
Fig. 5 - Fole de duas barrigas montado em paralelo<br />
com mola de lâminas de aço. A mola actua como<br />
braço da suspensão, com a vantagem do fole estar<br />
na posição central da geometria e não sofrer<br />
deformações indesejáveis.<br />
Fig. 7 - Esta geometria em paralelogramo é<br />
complicada e não traz qualquer vantagem, uma vez<br />
que o eixo da base do fole fica descentrado em<br />
relação ao eixo da tampa superior, cada vez que a<br />
suspensão sobe ou desce.<br />
Fig. 10 - Montagem de base oscilante em dois foles<br />
diferentes (completo e de barrigas). Trata-se de uma<br />
pseudo solução para a deformação assimétrica do<br />
fole, uma vez que há situações em que pode<br />
deformar mais a borracha do fole do que as bases<br />
fixas,<br />
Fig. 14 - Ruptura de um êmbolo de liga leve, devida a<br />
uma base de montagem pouco firme.<br />
Fig. 8 - Aspecto de dois foles diferentes (de êmbolo e<br />
de barrigas), quando os seus eixos ficam<br />
descentrados.<br />
Fig. 15 - Aspecto do rebordo de um fole, após sofrer<br />
um estiramento por sobre extensão da suspensão.<br />
Fig. 11 - Pode verificar-se que o êmbolo descentrado<br />
de um fole completo provoca o contacto interno <strong>das</strong><br />
paredes do fole, desgastando-as.<br />
Fig. 6 - Corte de um fole de duas barrigas, numa<br />
configuração semelhante à da figura 5. Reparar na<br />
mola de lâmina única e na barra de torção<br />
(em baixo da mola).<br />
Em certas suspensões com braços em<br />
forma de paralelogramo deformável (fig.<br />
7), consegue-se que o movimento da suspensão<br />
seja vertical, mas, ao comprimirse,<br />
o paralelogramo faz variar a distância<br />
horizontal do fole em relação ao ponto de<br />
articulação dos braços, descentrando a<br />
base e o topo do fole. Nas figuras 8 e 9<br />
podem ver-se casos de suspensões em que<br />
os braços efectuam movimentos de translação.<br />
Como se pode concluir facilmente<br />
pelo formato dos foles, este último tipo de<br />
geometria é o mais pernicioso para a conservação<br />
destes. Na figura 10 podem verse<br />
foles montados sobre uma base oscilante,<br />
que teoricamente faria coincidir as<br />
duas tampas do fole no plano do alinhamento<br />
vertical. No entanto, a prática demonstra<br />
que este sistema torna a suspensão<br />
mais alta e mais instável, para além<br />
de retirar espaço ao compartimento de<br />
Fig. 9 - Soluções de geometria em que a deformação<br />
assimétrica do fole é quase absurda. Nas excelentes<br />
vias principais do centro da Europa, estas soluções<br />
passam desapercebi<strong>das</strong>. Mas, em pisos irregulares e<br />
percursos sinuosos, os foles têm uma expectativa de<br />
vida muito curta.<br />
carga do veículo. Na figura 11 pode verificar-se<br />
facilmente a “tortura“ de um fole,<br />
vítima da descentração do êmbolo em relação<br />
à fixação superior do fole.<br />
Fig. 13 - Diagrama de um fole com êmbolo de liga<br />
leve: para reforçar a estrutura do êmbolo e torná-lo<br />
resistente a forças transversais, o interior do mesmo<br />
está dividido em 16 septos radiais.<br />
Fig. 16 - Com solicitações extremas, a borracha do<br />
fole parte-se em duas partes.<br />
Alguns conselhos às oficinas<br />
No mercado de reposição aparecem<br />
muitas vezes peças de qualidade equivalente<br />
de materiais distintos, sendo conveniente<br />
saber qual a diferença prática<br />
entre as várias opções. Nas figuras 12 e<br />
13 podem ver-se dois foles de reposição<br />
idênticos, sendo que um possui o êmbolo<br />
de aço, enquanto que o outro tem o<br />
êmbolo em liga leve. Podem aparecer<br />
ainda foles com êmbolos de alumínio. O<br />
mais leve e barato de todos é o de liga,<br />
embora seja o mais frágil a forças transversais.<br />
O êmbolo fabricado em chapa<br />
de aço é o mais pesado, mas apresenta<br />
boas características de resistência e preço<br />
conveniente. No caso do êmbolo de<br />
alumínio, também é resistente e mais<br />
leve que o de aço, mas custa mais caro.<br />
A leveza constitui uma mais valia, pois<br />
a menor inércia potencia o melhor funcionamento<br />
da suspensão, globalmente,<br />
não esforçando tanto a borracha do fole.<br />
De qualquer modo, em caso de dúvida é<br />
sempre conveniente seguir as recomendações<br />
do fabricante do veículo. A figura<br />
14 demonstra que todos os cuidados<br />
podem não ser suficientes. Ao substitui<br />
os foles e/ou os amortecedores, é conveniente<br />
seguir a regra de instalar um fole<br />
com maior extensão do que o anterior e<br />
um amortecedor com um curso menor<br />
do que o substituído. Isso permite que o<br />
fole não seja alongado para além do recomendável,<br />
com os resultados que podem<br />
apreciar-se nas figuras 15 e 16.<br />
PUB<br />
Leiria<br />
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Lisboa<br />
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32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
CONHECER<br />
O Catalisador ( II Parte )<br />
Diagnóstico e montagem<br />
de catalisadores<br />
Para saber quando se deve trocar o catalisador, deve-se em primeiro lugar fazer uma avaliação visual da<br />
peça e analisar os gases de escape. O controlo <strong>das</strong> emissões de gases é o teste que determina se o<br />
catalisador necessita de ser substituído.<br />
Odiálogo entre o reparador e os<br />
condutores deve constituir uma<br />
oportunidade para ventilar temas<br />
importantes, como a segurança e a protecção<br />
do ambiente, para além de servir para<br />
obter informação prática sobre o funcionamento<br />
do catalisador. Esse é o momento<br />
para esclarecer dúvi<strong>das</strong> que o cliente tem<br />
sobre a função do catalisador e fornecer ao<br />
profissional a oportunidade de apresentar<br />
argumentos convincentes para a sua boa<br />
manutenção.<br />
Para o cliente, o diagnóstico da sua viatura<br />
deve ser transparente e profissionalmente<br />
rigoroso, inspirando-lhe confiança<br />
para optar livremente pela melhor oportunidade<br />
de proceder a acções de manutenção<br />
e/ou reparação, tendo a perfeita consciência<br />
do que é um componente utilizável e outro<br />
a precisar de substituição.<br />
nas próximas dos suportes<br />
soldados e zonas<br />
próximas às soldaduras.<br />
Não devem<br />
apresentar indícios de<br />
corrosão avançada,<br />
nem fissuras, gretas<br />
ou orifícios.<br />
- Verificar a existência<br />
de manchas negras<br />
de carvão, sinal<br />
evidente de uma fuga<br />
de gases de escape,<br />
devido a ruptura ou<br />
falta de aperto <strong>das</strong><br />
juntas. Uma pequena<br />
fuga no escape provocará<br />
a reprovação do veículo nas inspecções<br />
periódicas obrigatórias (IPO).<br />
Deste modo, um diagnóstico completo<br />
de catalisadores envolve quatro fases:<br />
1 Entrevista com o condutor.<br />
2 Inspecção visual e teste físico.<br />
3 Verificação do controlo e nível<br />
<strong>das</strong> emissões.<br />
4 Fornecimento de um relatório<br />
quantificado e de um orçamento<br />
detalhado.<br />
1 - Para cumprir o primeiro ponto, algumas<br />
<strong>das</strong> perguntas indispensáveis para<br />
um diagnóstico fiável são as seguintes:<br />
- Ao bater com um martelo de borracha,<br />
qualquer ruído parecido com areia dentro<br />
de uma lata significa que há um processo<br />
de corrosão em fase adiantada e/ou grandes<br />
A O seu carro faz muito barulho?<br />
B O tubo de escape está queimado<br />
ou enferrujado?<br />
C O seu carro emite fumo negro<br />
ao pegar?<br />
D Há quanto tempo realizou<br />
o último teste de emissões?<br />
2 - Para o segundo ponto, é necessário<br />
efectuar as seguintes verificações visuais:<br />
– Verificar o alinhamento<br />
de todo o<br />
tubo de escape, em<br />
especial a centralidade<br />
em relação aos<br />
respectivos alojamentos.<br />
Verificar sinais<br />
e danos de impactos.<br />
– Verificar to<strong>das</strong><br />
as ligações, braçadeiras,<br />
pernos e parafusos.<br />
Inspeccionar<br />
os suportes de borracha<br />
e possíveis quebras<br />
ou fissuras.<br />
- Verificar visualmente o estado dos tubos,<br />
especialmente nas zonas curva<strong>das</strong>, zo-<br />
quantidades de depósitos de carvão.<br />
- Ao abanar o tubo de escape, este não<br />
deve tocar no chassis da viatura. Caso contrário,<br />
os suportes de borracha podem estar<br />
partidos ou demasiado usados e flexíveis.<br />
3 - Para efectuar a terceira parte do diagnóstico,<br />
são utilizados os seguintes procedimentos:<br />
- Verificar o nível<br />
global de ruídos e vibrações<br />
e a sua conformidade<br />
com os valores<br />
de homologação<br />
constantes no livro de<br />
instruções. Em seguida,<br />
acelerar o motor e<br />
realizar a medição<br />
com o sonómetro.<br />
Qualquer valor superior<br />
a 3 significa que<br />
o veículo está reprovado.<br />
- Utilizando uma<br />
câmara endoscópica,<br />
verificar o estado interior<br />
do tubo de escape,<br />
através do respectivo<br />
monitor.<br />
- Para terminar,<br />
verificar o nível de<br />
emissões com um<br />
analisador de gases de<br />
escape. É conveniente<br />
realizar o teste de<br />
emissões anualmente,<br />
a fim de controlar o<br />
progressivo grau de<br />
uso do catalisador.<br />
4 – Para que o diagnóstico fique completo,<br />
as folhas impressas pelos equipamentos<br />
utilizados nos testes são adiciona<strong>das</strong><br />
ao parecer técnico do profissional. Caso<br />
seja necessária alguma reparação, um<br />
orçamento discriminado acompanhará<br />
o relatório de diagnóstico.<br />
INSPECÇÕES PERIÓDICAS<br />
OBRIGATÓRIAS<br />
Nas inspecções periódicas obrigatórias o<br />
sistema de escape é avaliado por uma inspecção<br />
visual e por um teste de emissões.<br />
A – INSPECÇÃO VISUAL<br />
Na inspecção visual é dado relevo a<br />
indícios de forte corrosão, perfurações,<br />
fugas e fixações danifica<strong>das</strong>. Estas deficiências<br />
requerem uma segunda inspecção,<br />
uma vez que põem em risco a segurança<br />
do condutor e a dos ocupantes do<br />
veículo.<br />
Deficiências que não ponham em risco<br />
o condutor e outros utentes da estrada
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
CONHECER Janeiro 2006 33<br />
são regista<strong>das</strong> no relatório técnico, embora não estejam<br />
sujeitas a nova inspecção, a fim de que o condutor possa<br />
optar pela sua oportuna reparação. Nesta rubrica estão<br />
incluídos indícios de desgaste avançado, os quais<br />
provavelmente produzirão avarias antes da próxima<br />
inspecção.<br />
B - TESTE EMISSÕES GASES DE ESCAPE<br />
No teste <strong>das</strong> emissões de escape para veículos a gasolina<br />
sem catalisador, a prova é realizada ao ralenti,<br />
com os limites de CO de 4,5% para veículos anteriores<br />
a Outubro de 1986 e de 3,5% para os veículos posteriores<br />
a essa data.<br />
Nos veículos com catalisador o teste é feito em dois<br />
parâmetros (com o motor acelerado e ao ralenti), depois<br />
do catalisador ter atingido a temperatura normal<br />
de funcionamento. No primeiro caso a tolerância é de<br />
GAS<br />
CO<br />
CARBURADOR<br />
INJECÇÃO<br />
SEM<br />
CATALISADOR<br />
Quadro de valores médios para motores a gasolina, ao ralenti<br />
SUMÁRIO<br />
INJECÇÃO<br />
COM<br />
CATALISADOR<br />
2% 1 - 2% 0<br />
CO 2 12 - 13% 13 - 14% 15,6 - 16,2%<br />
HC 350 max 150 max 0 - 80<br />
O 2 0,6 - 1,5% 0,6 - 1,5% 0<br />
Factor<br />
Lambda<br />
1 1 0,995 - 1,005<br />
Ao ralenti CO + CO 2 = 15,5 %<br />
Aceleração Constante: CO + CO 2 + O 2 = 15,5 %<br />
CO:<br />
Mistura rica<br />
CO 2 :<br />
Combustão plena<br />
HC:<br />
Hidrocarbonetos por queimar<br />
O 2 :<br />
Presença de ar no escape<br />
Lambda:<br />
Qualidade da mistura<br />
0,3% de CO, elevando-se para 0,5% ao ralenti.<br />
Determinação do teor de "CO" e valor de Lambda.<br />
- Coloca-se a sonda de captação dos gases da combustão<br />
na saída do escape do veículo.<br />
- Com o motor do veículo desligado, identifica-se o<br />
primeiro cilindro.<br />
- Coloca-se a pinça de indução no cabo da vela do primeiro<br />
cilindro tendo em atenção que a seta inscrita na<br />
pinça deve ficar a apontar para o lado da vela.<br />
- Procede-se à medição dos valores de "CO" e Lambda.<br />
- Para-se o motor e retira-se a pinça.<br />
Nos motores diesel só o teste e opacidade dos gases de<br />
escape é efectuado no presente. Para o efeito é utilizado<br />
um opacímetro, instrumento que faz passar os gases de<br />
escape através do feixe luminoso de um farol. Para simular<br />
a situação de carga do motor, altura em que a mistura<br />
é menos homogénea, o operador acelera o motor em ponto<br />
morto.<br />
Duas medições são efectua<strong>das</strong> na exacta sequência de<br />
aceleração, desaceleração e ralenti. O operador do opacímetro<br />
deverá verificar previamente o nível do fluido refrigerante,<br />
verificar a afinação da bomba de injecção e a temperatura<br />
do óleo do motor, que deve ser superior a 85ºC.<br />
Durante a realização do teste o motor deve permanecer à<br />
temperatura operacional. A verificação do avanço da bomba<br />
impede que o motor se afogue em aceleração e proporciona<br />
medições de opacidade muito acura<strong>das</strong>. Por outro<br />
lado, também evita que o motor acelere por si próprio. As<br />
tolerâncias são de 2,5 km (elevado a -1), para motores sem<br />
turbo, e 3 km (elevado a -1). A unidade de medição do opacímetro<br />
é k (elevado a -1), onde K é o coeficiente de recepção<br />
da luz de um foco colocado à distância de 1 metro.<br />
Medição da opacidade<br />
- Verifica-se que pedal de aceleração do veículo não existe<br />
qualquer limitador de curso.<br />
- Verifica-se que não há qualquer modificação no sistema<br />
original de escape.<br />
- Verifica-se que o sistema de aquecimento está desligado.<br />
- Verifica-se que o motor atingiu a temperatura de regime.<br />
- Procede-se a uma série preliminar de 3 acelerações sucessivas<br />
tão rápi<strong>das</strong> e aproxima<strong>das</strong> quanto possível (o<br />
motor atingiu o máximo da sua rotação) para limpeza<br />
do sistema de escape.<br />
- Imediatamente a seguir e após a ligação do tubo condutor<br />
de fumos ao escape, terá lugar uma aceleração, por<br />
forma a levar o motor rapidamente ao regime de máxima<br />
potência, soltando depois o acelerador até que o<br />
motor recupere o seu funcionamento em marcha lenta.<br />
Memorizar o valor determinado.<br />
- Repete-se 4 vezes esta operação.<br />
INTERPRETAÇÃO DE UM RELATÓRIO<br />
DE ANÁLISE DE EMISSÕES<br />
São utilizados analisadores de 4 gases (CO, CO 2 , O 2 e<br />
HC), tanto para diagnóstico como para as inspecções<br />
(IPO). No quadro abaixo, que apenas representa uma referência<br />
de valores médios, são fornecidos parâmetros<br />
que permitem ao operador do teste ter uma ideia sobre a<br />
condição do sistema de controlo de emissões e sobre alguns<br />
componentes do motor.<br />
CO<br />
CO 2<br />
HC<br />
O 2<br />
V<br />
DIAGNÓSTICO DE AVARIAS A PARTIR<br />
1 2 3 4 5 6 7 8<br />
▲ ▼ ▼ ▲ ▼ ▲ ▲<br />
▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼<br />
▼ ▼ ▲ ▼ ▲ ▲ = ▲<br />
▲ ▲ ▲ ▲ ▲ = ▼ ▲<br />
▲ ▲ ▼ ▲ ▼ ▼<br />
DOS GASES DE ESCAPE<br />
1 - Ignição deficiente<br />
2 - Fluxo de injecção insuficiente<br />
3 - Avaria da ignição (o motor não pega)<br />
4 - Falta de combustível<br />
5 - Distribuição desafinada<br />
6 - Folga excessiva <strong>das</strong> válvulas (em aceleração a 3.000 rpm)<br />
7 - Pressão de combustível excessiva<br />
8 - Filtro de ar obstruído<br />
Os analisadores de gases de escape são quase sempre<br />
usados para a detecção de emissões poluentes nas inspecções<br />
(IPO) e muito pouco como instrumento de<br />
diagnóstico do estado do motor e do sistema de controlo<br />
de emissões.<br />
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE DESGASTE<br />
Tempo em segundos<br />
100.000 Km 50.000 Km Novo<br />
CO (aceleração constante) x 333 = Grau de uso em %<br />
EXEMPLO<br />
GRAU DE USO<br />
0,01% 3%<br />
0,1% 33%<br />
0,2% 66%<br />
≥ 0,3% 100%<br />
DO CATALISADOR<br />
Os resultados dos testes de emissões levados a cabo<br />
nas IPO são geralmente bastante reduzidos, embora nos<br />
veículos acabados de sair da fábrica sejam 30 vezes menores.<br />
No gráfico acima pode ver-se a diferença de rendimento<br />
de um catalisador com 50 mil km, 100 mil km e<br />
novo. O tempo de resposta aumenta sensivelmente, enquanto<br />
que a eficiência de conversão catalítica vai decrescendo<br />
progressivamente.<br />
A - NÍVEL DE CO RESIDUAL<br />
Este é o mais expressivo e simples método para avaliar o<br />
estado do uso de um catalisador. Através da fórmula indicada<br />
o valor de desgaste é obtido directamente:<br />
B - TEMPO DE RESPOSTA<br />
O segundo factor que permite identificar o estado de uso<br />
de um catalisador é o lapso de tempo que leva a iniciar a<br />
conversão do CO a níveis inferiores a 0,3% (aceleração<br />
constante). O quadro a seguir foi obtido a partir de veículos<br />
que realizaram a sua quilometragem em boas condições de<br />
NOVO<br />
TEMPO EM SEG<br />
(ATÉ CHEGAR<br />
A 0,3% DE CO)<br />
30<br />
VALOR ESTIMADO<br />
DO GRAU DE USO<br />
NOVO<br />
50.000 Km 60<br />
50%<br />
100.000 Km 80<br />
70%<br />
(Média em IPO) 120<br />
100%<br />
utilização.<br />
Em termos de análise comercial, estas duas ferramentas<br />
de cálculo permitem que o reparador possa garantir ao<br />
cliente a conformidade do seu catalisador ou a necessidade<br />
de o substituir. A determinação do grau de uso, por outro<br />
lado, pode preparar ou antecipar uma venda, dependendo<br />
do resultado.<br />
No plano da análise técnica, pode concluir-se que o rendimento<br />
do catalisador aumenta progressivamente a partir<br />
de frio, embora a diferentes ritmos. De facto, o calor dos<br />
gases de escape propaga-se do interior do monólito para o<br />
exterior da panela. Como a cerâmica é um material homogéneo,<br />
a temperatura eleva-se continuamente até atingir o<br />
patamar de rendimento máximo. Considera-se que o catalisador<br />
está à temperatura operacional quando o nível de CO<br />
é inferior a 0,3%, com o motor em moderada aceleração<br />
constante. O CO é utilizado como referência, pois trata-se<br />
do gás mais perigoso para a saúde humana e para o próprio<br />
ambiente, uma vez que é inodoro e incolor, sendo indetectável<br />
por seres humanos. A análise dos outros gases apenas<br />
serve para recolher informações que permitam avaliar o estado<br />
de manutenção do veículo.
34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Janeiro 2006<br />
PNEUS<br />
Breves<br />
DUNLOP SP492,<br />
OFF ROAD<br />
A gama de pneumáticos da<br />
Dunlop para camiões foi reforçada<br />
com o SP492, especialmente<br />
concebido para os eixos<br />
de tracção de veículos que operam<br />
em condições de aderência<br />
precária (estaleiros de construção<br />
civil, desaterros, pedreiras,<br />
dunas, etc.). Para além de um<br />
excelente poder de tracção, o<br />
novo pneu possui uma elevada<br />
resistência ao choque e ao desgaste,<br />
proporcionando quilometragens<br />
suplementares. Uma<br />
nova tecnologia TPL (Top Polyamide<br />
Layer), assegura ao<br />
pneu uma protecção total <strong>das</strong><br />
lonas contra choques e humidade,<br />
permitindo a sua posterior<br />
recauchutagem.<br />
NOVO SISTEMA ANTI FURO<br />
DA BRIDGESTONE<br />
Foi lançado no mercado o<br />
mais recente conceito de pneus<br />
anti furo da maca japonesa<br />
Bridgestone, o Support Ring<br />
run flat System. Este novo sistema<br />
equipará o mais recente<br />
Rav4 da Toyota, que se destina<br />
ao mercado europeu. A nova<br />
tecnologia da marca pioneira<br />
em pneus capazes de rodar sem<br />
pressão é baseada num anel de<br />
liga leve e borracha, que assegura<br />
um apoio mais flexível ao<br />
pneu, quando rodar vazio, sendo<br />
adequada para viaturas equipa<strong>das</strong><br />
com pneus de perfil alto.<br />
MICHELIN NÃO PÁRA<br />
Durante o terceiro trimestre<br />
de 2005 a multinacional Michelin<br />
facturou € 3.890 milhões,<br />
mais 4,5% do que em idêntico<br />
período de 2<strong>004</strong>. Mesmo assim,<br />
o grande fabricante mundial de<br />
pneus debate-se com a paragem<br />
generalizada dos mercados, tendo<br />
sido obrigado a rever em<br />
baixa as previsões para o último<br />
trimestre deste ano, em alguns<br />
países. A boa relação preço/produto<br />
da marca francesa permite<br />
manter os negócios em alta,<br />
numa conjuntura em que os custos<br />
de energia, matérias-primas<br />
e outros factores de produção<br />
não cessam de subir.<br />
CONTINENTAL EQUIPA<br />
SUV Q7 DA AUDI<br />
Recentemente apresentado no<br />
passado salão de Frankfurt, o<br />
novo utilitário desportivo de altas<br />
prestações Audi Q7 será equipado<br />
com pneus e sistemas de chassis<br />
Continental. Os pneus disponíveis<br />
são o ContiCrossContact UHP e o<br />
Conti4X4Contact, nas medi<strong>das</strong><br />
235/60 e 255/60 (motor V8), ambos<br />
para jantes de liga leve de<br />
18”, embora se possam montar<br />
em to<strong>das</strong> as versões do Q7 jantes<br />
de 19 ou 20”. A suspensão pneumática<br />
adaptativa EAS será igualmente<br />
fornecida pela Continental,<br />
bem como o sistema de controlo<br />
dos travões. Motores 4.2 FSI (350<br />
CV) e 3.0 TDI (233 CV), com<br />
caixas tiptronic de 6 velocidades,<br />
equiparão as versões iniciais do<br />
Audi Q7.<br />
Calendário Pirelli 2006 arrasador<br />
Calendário Pirelli 2006<br />
arrasador<br />
A edição 2006 do lendário calendário Pirelli, que tem sido objecto de culto nos<br />
últimos 40 anos, conta com estreias de peso, como Jennifer Lopez, Gisele<br />
Brundchen, Kate Moss e Natalia Vodinova. Deslumbrantes e sexys, preenchem uma<br />
<strong>das</strong> mais arrisca<strong>das</strong> edições do mítico Calendário.<br />
Livres e poderosas, é a<br />
expressão que marca o<br />
tema deste ano. As seis<br />
mulheres de grande fama e beleza<br />
estão à vontade com o seu<br />
corpo e são livres de o mostrar<br />
desnudado e sensual. A sedução<br />
e a liberdade de expressão como<br />
protagonistas, é o que reclama o<br />
Calendário 2006.As modelos<br />
colocam-se no papel de si mesmas,<br />
num acto de profissionalismo,<br />
conhecedoras do seu corpo<br />
e do seu poder, e da liberdade<br />
para o usar.<br />
A dupla de fotógrafos turcobritânica<br />
constituída por Mert<br />
Alas e Marcus Piggot, foram os<br />
autores <strong>das</strong> fotografias que no<br />
geral são a preto e branco. Surgem<br />
alguns laivos de cor na<br />
capa e nos meses de março de<br />
Novembro, e alusões subtis a<br />
déca<strong>das</strong> passa<strong>das</strong> e histórias de<br />
cinema.<br />
Desta vez o cenário escolhido<br />
para a sessão fotográfica foi<br />
Cap d’Antibes, na Riviera francesa,<br />
que se mostrou um lugar<br />
de extrema elegância, com o<br />
mar, os recifes sobre as águas,<br />
os luxuosos iates e as fabulosas<br />
vilas com os seus sumptuosos<br />
jardins. A água foi um elemento<br />
usado para acentuar a sensualidade<br />
e o brilho da pele, com<br />
efeitos luminosos que permitem<br />
fotografias sensuais e excitantes.<br />
No geral as fotos modernas<br />
e originais trazem um sabor a<br />
anos sessenta e setenta, misturando<br />
tradição e inovação.<br />
O lançamento do Calendário<br />
2006 coincidiu com o nascimento<br />
do novo site dedicado ao<br />
“Cal”: www.pirellical.com. Neste<br />
portal, surge o calendário no<br />
seu esplendor em todos os 42<br />
anos da sua história da fotografia
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Janeiro 2006 13<br />
SOLDADURA COM APLICAÇÃO DE SOLDA (continuação)<br />
Paradeixarapeçalimpadepóseaparasde<br />
materialresultantesdalixagem,foiusadauma<br />
pistoladearcomprimido.<br />
Aoperaçãoseguinteconsistiuemlimparazonaa<br />
serreparadacomumpapeldelimpeza<br />
impregnadodedissolventebásico.Asecagemdo<br />
diluenteéaconselhávelemtodososcasosantes<br />
deiniciarasoldadura,maséimperativanocaso<br />
destematerial,quecolocaalgunsproblemasde<br />
Antesdequalqueroutraoperação,aparteinterna<br />
dapeçaaserreparadafoilixadaparaeliminar<br />
restosdetintaecriarbasedeaderência.<br />
Àsemelhançadoocorridoaquandodareparação<br />
doladoexterior,agretaexistentenointeriorfoi<br />
igualmentebiseladaemtodaasuaextensão.<br />
COLECCIONÁVEL (IV)<br />
Afaseseguintedareparaçãoconsistiuem<br />
efectuarasoldaautogéneadosladosdafissura,<br />
utilizandoomaçaricodearquente(acercade<br />
300ºC),equipadocomumbicoemformade<br />
cunha.Estauniãoprovisóriafacilitaaaplicação<br />
<strong>das</strong>olda,tornandoocordãomaisregulare<br />
Aseguir,fez-sealimpezadazonaarepararcom<br />
dissolventebásico,deformaaeliminarsujidadese<br />
resíduosdegordura.<br />
Antesdeiniciarasolda,cortámosavaretade<br />
soldaremformadeflecha,parapermitiruma<br />
inserçãoóptimadesdeoprimeiromomento.<br />
Depoisdodissolventeseterevaporado,foi<br />
realizadaaligaçãodosbordosdafissuracomo<br />
maçaricodearquente,equipadocomobicoem<br />
formadecunha,afimdereforçarareparação.Deve<br />
serexercidaumaligeirapressãoparaaproximaras<br />
duaspartesdapeçaasersolda<strong>das</strong>.<br />
Paradarinícioàsoldadura,aquecemos<br />
simultaneamenteapontadavaretaea<br />
extremidadedafissuracomomaçaricodear<br />
quente(acercade300ºC).<br />
Talcomohavíamosfeitonoexteriordapeça,<br />
aplicámosumcordãopeloladointerior,aolongo<br />
dafissura.<br />
Duranteaaplicação<strong>das</strong>olda,tivemosocuidado<br />
deaqueceralternadamenteavaretaeapeça,com<br />
ummovimentopendulardobicodomaçarico,de<br />
modoamanterasduas,simultaneamente,num<br />
estadosuficientementemaleável(pastoso).<br />
Comoazonadanificadacoincidiacomocantodo<br />
pára-choques,resolvemosaplicaralgunsbocados<br />
decordãotransversalmenteaoquejáestava<br />
aplicado,parareforçodareparação.<br />
Aspectodocordãodesoldaapóster-seefectuado<br />
asoldadura.<br />
Paraeliminaroexcessodematerialdesnecessário,<br />
usámosumdiscoabrasivo.<br />
Nestecasoconcreto,emqueafissuracoincideem<br />
partecomosulcodecorativoexistentenopárachoques,énecessárioaplicarumsegundocordão<br />
desol<strong>das</strong>obreoprimeiro(dentrodosulco),sendo<br />
eliminadooexcessodematerialnafasede<br />
acabamento.<br />
Noslocaisnãoacessíveisaodisco,foiusadoum<br />
berbequimmunidodeumafresafina.<br />
Estesegundocordãodesoldadeveráapenas<br />
cobrirosulcodecorativodopára-choquesatéao<br />
pontoondechegaafissura.<br />
Comumafresadegeometriaedimensão<br />
adequa<strong>das</strong>,refizemososulcoondehaviasido<br />
aplicadoumduplocordãodesolda,sendo<br />
eliminadoomaterialdeenchimento<br />
desnecessário.<br />
Apesardareparaçãoterficadosólidapelolado<br />
exterior,permaneciaumafissuraabertapelolado<br />
interior,tornando-seobrigatórioumreforçoda<br />
soldadura,poresselado.<br />
Apósumalimpezacomarcomprido,apeçaficou<br />
prontaparapassaràsecçãodepintura.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
14 Janeiro 2006<br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
REPARAÇÃO SEM SOLDADURA<br />
Seguidamentevamos<br />
descreverareparaçãodeuma<br />
peçasemsoldadura,nocaso,<br />
umacarenagemlateralde<br />
umamotoHondaCBR,<br />
fabricadaemABS.<br />
Apósaaplicaçãodarede,utilizámosuma<br />
ferramentametálicaparaeliminar,pelolado<br />
exterior,deformaçõesocasiona<strong>das</strong>pelapressão<br />
exercidaparainserirarede.<br />
Umdiscoabrasivoserviuparaeliminaratintado<br />
ladoexteriordapeça,nazonaqueseencontra<br />
danificada.<br />
Devidoàrigidezdestematerial,umpequeno<br />
impactoprovocouumarupturadapeçapelolado<br />
exterioreinterior.<br />
Opóresultantedessaoperaçãopodesereliminado<br />
comumapistoladearcomprimido,parapermitira<br />
boaaderênciadoprodutodeacabamento.<br />
Areparaçãoseráefectuadacomaplicaçãodeuma<br />
rededereforçoeacabamentocomresinaepoxy.<br />
Opassoseguinteconsistiuempreparararesina<br />
epoxybicomponentecomumgraudeflexibilidade<br />
idênticoaodapeça(bastanterígido).<br />
Aprimeiraoperaçãoconsistiuemaquecerazona<br />
danificadacomumamaçaricodearquente,<br />
reguladoparacercade300ºC.<br />
Quandoomaterialseapresentava<br />
suficientementemaleável,usámosuma<br />
ferramentametálicaparaeliminarastensõese<br />
deformaçõesdaáreaareparar,deformaaqueas<br />
margensdafissuraficassemnivela<strong>das</strong>.<br />
Comoummaçaricodegás<br />
passámosachamaemtodaaárea<br />
areparar(interioreexterior),<br />
comoobjectivodefacilitara<br />
aderênciadaresina.<br />
Umdiscodeaçoentrançadoserviupararemover<br />
atintadoladointerior,paraevitarquese<br />
misturassecomoplásticoemfusão.<br />
Aresinafoiaplicadacomumaespátula,<br />
uniformemente,emtodaazonadanificada.<br />
Aseguir,recortámosatelametálicacomas<br />
dimensõeseageometriacompatíveiscoma<br />
reparação.<br />
Apósaresinaterpolimerizado(oucurado),<br />
passámostodaaáreareparadacomodiscodelixa,<br />
tendosidoeliminadoomaterialemexcesso.<br />
Continuandoaaquecerapeça,começámosa<br />
introduziraredenoplásticoemestadopastoso,<br />
peloladointerior,ecomaajudadeuma<br />
ferramentametálica,pressionámosaredepara<br />
ficarbemligadaàpeça.<br />
Naszonasondeodiscodelixanãoalcançou,<br />
efectuámosalixagemmanual(comtacoefolhade<br />
lixa),ficandoapeçaprontaparaserpintada.<br />
Utizaresteprocedimentoportodaarede,de<br />
maneiraquefiquebemembebidanapeça.<br />
Aspectofinaldareparação,ficandoacarnagemda<br />
motocompletamentelisa,prontaarecebero<br />
tratamentodepintura.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Janeiro 2006 15<br />
REPARAÇÃO POR SOLDADURA QUÍMICA<br />
Na reparação de componentes de plástico<br />
são utilizados inúmeros produtos químicos<br />
(resinas, colas, poliuretanos, etc.),<br />
que são indispensáveis para reparar certos<br />
materiais. Nestes casos, a reparação<br />
resulta em geral da aplicação de técnicas<br />
de colagem, embora existam certos produtos,<br />
como é o caso da acetona, cujas propriedades<br />
particulares permitem efectuar<br />
a chamada soldadura química. Este processo<br />
assenta na capacidade que a acetona<br />
possui para dissolver os plásticos termoplásticos,<br />
excepto o polietileno e o polipropileno.<br />
No entanto, a acção dissolvente<br />
da acetona não resulta igual em todos os<br />
materiais, sendo o efeito mais acentuado<br />
no ABS, que pode chegar a dissolver completamente.<br />
Por conseguinte, os melhores<br />
resultados da chamada soldadura química<br />
são obtidos neste material. De qualquer<br />
modo, este tipo de soldadura é uma técnica<br />
eficaz e de rápida execução, em especial<br />
no caso de pequenas fissuras, patilhas e<br />
encaixes partidos, etc. Basicamente,<br />
podem ser utiliza<strong>das</strong> duas variantes deste<br />
método:<br />
1 – A primeira, consiste na aplicação<br />
pura e simples de acetona na parte da peça<br />
quebrada; deixa-se actuar a acetona<br />
durante algum tempo, até começar a dissolver<br />
as superfícies a unir; para obter a<br />
ligação, basta unir as duas superfícies na<br />
sua posição correcta e mantê-las juntas até<br />
que a acetona se tenha evaporado totalmente.<br />
2- A segunda variante é mais aconselhável<br />
para peças de ABS e consiste na aplicação<br />
de uma cola artesanal feita com<br />
acetona e aparas do próprio material a soldar;essacolaéaplicadanolocaldaruptura<br />
e aguarda-se que a acetona se evapore,<br />
apósoqueseobtémumaligaçãosólida.<br />
O material para efectuar a soldadura<br />
química só está pronto quando se apresentar<br />
com um aspecto uniforme e<br />
maleável.<br />
Acabámos por separar o pino completamente,<br />
para poder efectuar uma<br />
reparaçãomaissólida.<br />
Aplicámos acetona na base da peça<br />
ondeseinsereopinoenoprópriopino.<br />
O processo de reparação que vamos<br />
descrever refere-se a um bloco óptico<br />
posterior de um Ford Fiesta 96, Mod.<br />
92, constituído por ABS-PMMA. O<br />
método usado foi a soldadura química<br />
reforçada,pormeiodeacetona.<br />
Deve-se deixar passar um pouco de<br />
tempo até que a acetona comece a<br />
actuaremambasassuperfícies.<br />
O dano era um pino de fixação partido,osuficienteparainutilizarapeça.<br />
Quando as superfícies se encontrarem<br />
dissolvi<strong>das</strong> pela acção da acetona,<br />
estãoprontasparaseremuni<strong>das</strong>.<br />
Como se trata de um ponto da peça<br />
onde recai maior esforço, a soldagem<br />
foi reforçada com aparas de ABS retira<strong>das</strong><br />
de uma velha peça fora de uso, com a<br />
ajudadeumafaca.<br />
Para reforçar ainda melhor a união,<br />
aplicámos a massa adesiva também<br />
emtodaasuperfíciedopino.<br />
Dentro de um recipiente de vidro ou<br />
metal, coloca-se um pouco de acetona.<br />
Se o recipiente for de plástico tem de ser<br />
do tipo polipropileno ou polietileno,<br />
paranãosercorroídopelaacetona.<br />
Quando as duas superfícies já se<br />
encontravam amoleci<strong>das</strong>, colocámos<br />
o pino na sua posição definitiva, pressionando<br />
ligeiramente para conseguir<br />
uma ligação completa entre as duas<br />
partesdapeça.<br />
As aparas retira<strong>das</strong> da peça são então<br />
mistura<strong>das</strong> com acetona, dentro de um<br />
recipienteresistenteàacetona.<br />
Em volta da base do pino aplicámos<br />
um pouco de acetona para amolecer o<br />
material.<br />
Foi necessário remexer a mistura com<br />
a ajuda de uma ferramenta apropriada,<br />
atéasaparasdeABSsedissolverem.<br />
Com a ajuda de uma espátula espalhámos<br />
um pouco mais de cola de<br />
reforço.<br />
Neste caso, como a quantidade de<br />
ABS é superior à da acetona, terá que se<br />
adicionar um pouco mais de acetona<br />
paraseconseguirdissolvertodooABS.<br />
Vigiando para manter a posição do<br />
pino invariável, aguardámos que a<br />
acetona se evaporasse completamente,<br />
ficando a peça pronta passados<br />
alguns minutos e com maior resistênciadoqueoriginalmente.
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
16 Janeiro 2006<br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />
V - REPARAÇÃO POR COLAGEM<br />
Como existem determinados materiais plásticos que não podem<br />
ser reparados por soldadura, devido à sua própria natureza (termo<br />
estáveis), ou por causa <strong>das</strong> cargas de reforço que lhes são adiciona<strong>das</strong>,<br />
é necessário prever um conjunto de técnicas que permitam a sua<br />
reparação, em caso de se danificarem. Nestes casos, o método principal<br />
utilizado consiste na ligação por colagem, com ou sem cargas<br />
de reforço. Os materiais aplicados nestas situações são geralmente<br />
idênticos ou muito similares aos que foram utilizados na fabricação<br />
<strong>das</strong> peças a reparar.<br />
RESINAS<br />
São substâncias orgânicas, apresenta<strong>das</strong> no estado líquido ou<br />
pastoso, cuja missão consiste em assegurar a ligação dos elementos<br />
da reparação, proporcionando a rigidez e a estanquecidade<br />
necessárias. A sua secagem e consequente cura deriva de um processo<br />
químico irreversível, a polimerização, a qual permite à<br />
resina adquirir uma consistência sólida. As resinas de poliéster e as<br />
resinas epoxy são as mais usa<strong>das</strong> na reparação de componentes<br />
plásticos automóvel.<br />
Resinas de poliéster<br />
As resinas de poliéster, são<br />
obti<strong>das</strong> pela reacção de ácidos<br />
orgânicos com grupos de álcoois<br />
específicos. Após a polimerização,<br />
apresentam boas qualidades<br />
eléctricas e físicas, resistência aos<br />
agentes químicos e estabilidade dimensional. Por apresentarem<br />
elevada resistência mecânica e rigidez, são relativamente frágeis.<br />
De um modo geral, estas resinas são comercializa<strong>das</strong> na forma de<br />
três líquidos (resina, activador e catalisador), cuja dosagem deve<br />
ser muito rigorosa, variando de um fabricante para outro. Para preparar<br />
a resina de poliéster, com vista à sua aplicação, são necessários<br />
os seguintes passos:<br />
- Verter para um recipiente a quantidade necessária de resina<br />
necessária à reparação; pequenas quantidades iniciais são preferíveis,<br />
para evitar a sua solidificação entes do termo da reparação.<br />
- Adicionar o activador numa proporção aproximada de 0,4%,<br />
em peso, da resina, remexendo bem a mistura.<br />
- Adicionar, finalmente, o catalisador, numa proporção, em<br />
peso, da resina, que pode variar entre 2 e 4%, consoante o fabricante<br />
do produto.<br />
Para a resina ficar pronta a aplicar é necessário continuar mexer<br />
bem a mistura. É imperativo seguir a ordem de adicionamento dos<br />
produtos, sendo de evitar a mistura directa do activador e do catalisador,<br />
pois isso pode provocar a sua inflamação ou detonação. Para<br />
pequenas quantidades, estas resinas são já forneci<strong>das</strong> com activador<br />
incorporado, bastando adicionar o catalisador e mexer. Do<br />
ponto de vista prático, a resina de poliéster liga-se muito bem com a<br />
fibra de vidro, facilitando a aderência da massa de reparação. O seu<br />
período de polimerização é variável, em função da temperatura e<br />
da quantidade de catalisador recomendada para a mistura. Para<br />
acelerar a secagem é comum usar-se uma lâmpada de infravermelhos,<br />
regulada a 60º C, o que evita eventuais deformações da área<br />
reparada.<br />
As cargas de reforço<br />
destinam-se a proporcionaraoscompostosde<br />
reparação porcolagema<br />
resistência mecânica e a<br />
rigidez necessárias. A<br />
natureza, forma e estrutura<br />
desses diferentes<br />
reforçospodemserrapidamente<br />
sintetiza<strong>das</strong> no<br />
quadroaseguir:<br />
NATUREZA<br />
METÁLICA<br />
INORGÂNICA<br />
ORGÂNICA<br />
PRODUTOS DE LIMPEZA<br />
Como em qualquer outro tipo de reparação de plásticos, a limpeza<br />
profunda da área de reparação é uma condição essencial<br />
para se obterem resultados satisfatórios. Essa limpeza deve<br />
incluir o completo desengorduramento, em especial no caso <strong>das</strong><br />
colagens, pois uma aderência reduzida dos materiais de reparação<br />
dá origem a uma reparação deficiente. Na maioria dos casos<br />
são usados dissolventes muito voláteis, como a acetona, não<br />
podendoserutilizadosdiluentesgordurosos,casodagasolinaou<br />
dissolventesparalacas.Comonoutrassituações,osolventedeve<br />
estarcompletamenteevaporadoantesdeseiniciarareparação.<br />
REFORÇOS<br />
MATERIAIS<br />
Alumínio<br />
Aço<br />
Cobre<br />
Inox<br />
Tungsténio<br />
Níquel<br />
Vidro<br />
Carvão<br />
Grafite<br />
Boro<br />
Carbureto de sílica<br />
Silicato de Alumínio<br />
Óxido de Zircónio<br />
Aramida<br />
Carbono<br />
Nylon<br />
ESTRUTURA<br />
Fibras<br />
Feltros<br />
Lãs<br />
Malhas<br />
Fios<br />
Arames<br />
Fibras<br />
Fios<br />
Tecidos<br />
Pós<br />
Esferas<br />
Lâminas<br />
Escamas<br />
Fibras<br />
Fios<br />
Malhas<br />
Tecidos<br />
Resinas epoxy<br />
As resinas epoxy são comercializa<strong>das</strong><br />
na forma de dois componentes<br />
independentes, resina e<br />
endurecedor, os quais apresentam<br />
geralmente colorações diferentes,<br />
para se ter uma noção correcta da<br />
homogeneidade da mistura ao preparar. As propriedades finais do<br />
produto e o seu tempo de cura variam em função do endurecedor,<br />
sendo imperativo respeitar as recomendações de cada fabricante.<br />
Apenas a título de curiosidade, a quantidade de endurecedor pode<br />
variar entre 25-50%, dependendo da marca do produto e a sua aplicação.<br />
As resinas epoxy têm maior dificuldade em impregnar as<br />
fibrasdevidro,devidoàsuamaiorviscosidade,mas possuemeleva<strong>das</strong><br />
propriedades mecânicas e grande estabilidade dimensional. A<br />
principal desvantagem destas resinas em relação às de poliéster é o<br />
seu preço mais elevado, o que limita o seu uso na reparação de componentes<br />
automóvel. Tal como as resinas de poliéster, as resinas<br />
epoxyaceleramasuacuraemfunçãodamaiortemperatura.<br />
Apesar de existir todo este universo de possibilidades,<br />
o reforço mais utilizado é o vidro, tanto no<br />
fabrico como na reparação automóvel, nas suas<br />
diversas configurações, uma vez que se trata de<br />
uma material com características e propriedades<br />
muitoaprecia<strong>das</strong>,paraalémdeumcustoacessível.<br />
Fibra de vidro<br />
A fibra de vidro é obtida através da fusão de uma<br />
mistura homogénea de sílica e de diversos óxidos,<br />
apresentando as seguintes características principais:<br />
-Excelentespropriedadesmecânicas.<br />
- Compatibilidade com matérias orgânicas<br />
(resinas), o que implica uma boa aderência a esses<br />
materiais.<br />
- Baixa sensibilidade às variações de temperaturaehumidade.<br />
-Nãosealteraporacçãodosagentesquímicos.<br />
Comercialmente, a fibra de vidro por apresentar-senasseguintesformas:<br />
- Mantas ou feltros (“ Mats “) formados por fios<br />
de vidro, cortados ou contínuos, ligados entre si<br />
com um produto apropriado; estas peças de material<br />
podem ser corta<strong>das</strong> com as dimensões e a<br />
forma mais adequa<strong>das</strong> à realização de cada reparação.<br />
- Mechas ou torci<strong>das</strong> (“ Roving “), obti<strong>das</strong> pela<br />
junção em paralelo (sem torção) de vários fios ou<br />
filamentos de vidro, podendo ser anelado (riçado),<br />
para proporcionar uma reforço perpendicular à<br />
longitudedosfios.<br />
- Tecidos constituídos por mechas de “ roving “<br />
uni<strong>das</strong> entre si, formando diversas composições<br />
(tafetá,sarja,cetim,etc.).<br />
- Fios cortados em diferentes tamanhos, que são<br />
principalmente usados como carga de reforço nas<br />
massasfeitascomresinasdepoliéster.