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Jornal das Oficinas 004

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<strong>Jornal</strong> Independente da Manutenção e Reparação Automóvel<br />

Director: João Vieira • Ano I • Mensal • 3 Euros<br />

Nº4 Janeiro 2006<br />

Norma Euro 5<br />

definida<br />

A obrigatoriedade de equipar<br />

todos os motores diesel<br />

com filtros de partículas será a<br />

maior alteração provocada pela<br />

nova norma antipoluição Euro<br />

V que entrará em vigor em<br />

meados de 2008.<br />

Com esta nova norma, a Comissão<br />

Europeia pretende um<br />

corte radical nas emissões de<br />

partículas dos motores diesel:<br />

nada menos de 80%.<br />

Sumário<br />

Página 02<br />

Estudo da Associação<br />

Portuguesa de Seguradoras<br />

Página 22<br />

Oficina do mês: Toledocar<br />

Página 28<br />

A montagem da<br />

cabeça do motor<br />

Página 30<br />

Suspensões pneumáticas<br />

de pesados<br />

Página 32<br />

Diagnóstico e montagem<br />

de catalisadores<br />

Página 34<br />

Calendário Pirelli 2006<br />

arrasador<br />

Estudo da Associação Portuguesa de Seguradores revela<br />

Custo <strong>das</strong> reparações em Portugal<br />

é dos mais elevados da Europa<br />

AAssociação Portuguesa<br />

de Seguros – ASP<br />

realizou no final de<br />

2005, uma análise comparativa<br />

dos custos de reparação automóvel<br />

em vários países europeus,<br />

e chegou à conclusão que<br />

o custo médio de reparação em<br />

Portugal é bastante maior que<br />

noutros países.<br />

Para a análise comparativa,<br />

foi pedido à Audatex (empresa<br />

multinacional, especializada na<br />

orçamentarão de reparações<br />

automóveis), que fizesse uma extracção do custo<br />

médio de reparação, baseado num mix de 17<br />

modelos, pertencentes a vários segmentos. Os<br />

quatro países onde incidiu este estudo são Portugal,<br />

Espanha, França e Reino Unido.<br />

No que respeita ao peso do custo de reparação,<br />

em Portugal verificam-se valores bastante<br />

mais elevados do que noutros países europeus.<br />

A custo real, o nosso país está atrás do Reino<br />

Unido, mas, fazendo intervir a paridade do poder<br />

de compra (PPP), verifica-se que o custo<br />

assim ajustado é maior em Portugal. Por outro<br />

lado, como a cobertura dos danos próprios entre<br />

Cs acessorios destak curvas.cdr<br />

nós é baixa, isso leva a que muitas pequenas<br />

colisões (de custo inferior à franquia) não sejam<br />

participa<strong>das</strong> às seguradoras, o que não sucede<br />

no Norte da Europa, onde a cobertura de<br />

danos próprios é bastante superior. Mesmo assim,<br />

não se justifica tão grande diferença de<br />

custos entre os países analisados, relativamente<br />

ao que se verifica entre nós. Com o custo médio<br />

ajustado a PPP é possível verificar que no mercado<br />

nacional o custo de reparação de todos os<br />

17 modelos incluídos no mix utilizado é sistematicamente<br />

superior ao praticado fora do país.<br />

Continua na página 2<br />

PUB<br />

Crescimento<br />

ilusório<br />

do mercado automóvel<br />

O ano de 2005 fechou com<br />

um crescimento de 1,6%, muito<br />

próximo do verificado em 2<strong>004</strong>,<br />

que tinha sido um dos piores<br />

anos desde a liberalização do<br />

mercado automóvel. No total<br />

foram vendi<strong>das</strong> 273.203 unidades.<br />

Para 2006, as Associações<br />

do sector estimam uma estagnação<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> e prevêm que a<br />

tendência do consumidor seja a<br />

de procurar um segmento inferior<br />

na aquisição de viaturas.<br />

Marcas<br />

asiáticas<br />

são as mais fiáveis<br />

As marcas japonesas Toyota,<br />

Mazda, Honda e Suzuki são as<br />

mais fiáveis para os 17 mil automobilistas<br />

europeus que participaram<br />

no megainquérito realizado<br />

pelas Associações Europeias<br />

de Consumidores congéneres da<br />

DECO.<br />

O inquérito foi realizado junto<br />

de condutores portugueses,<br />

espanhóis, franceses, italianos e<br />

belgas e englobou 179 versões<br />

de diversos modelos de automóveis<br />

de 29 marcas diferentes. O<br />

estudo pretendeu determinar a<br />

fiabilidade de um automóvel, ou<br />

seja, a probabilidade que determinado<br />

modelo tem de ir, com<br />

maior ou menor frequência, à<br />

oficina.<br />

Continua na página 4<br />

Especialistas em Vidro Automóvel


02<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

Editorial<br />

Estudo da Associação Portuguesa de Seguradores revela<br />

MERCADO<br />

Custo da reparação é superior<br />

devido ao elevado custo <strong>das</strong> peças<br />

Acompanhar<br />

as mudanças<br />

Épreciso não encarar a formação<br />

dos profissionais<br />

como uma acto isolado e<br />

um fim em si. As coisas vão evoluindo<br />

e o que pretendemos hoje<br />

não é necessariamente o que vamos<br />

querer amanhã. Como temos uma<br />

evolução constante e provavelmente<br />

cada vez mais rápida, a formação<br />

deve acompanhar as mudanças.<br />

Esse acompanhamento faz-se através<br />

de uma formação inicial, para<br />

quem é recém-chegado ou vai<br />

exercer pela primeira vez uma função,<br />

devendo seguir-se uma formação<br />

dirigida para as necessidades e<br />

evoluções da actividade e da empresa.<br />

Por outro lado, a revolução<br />

tecnológica no sector automóvel<br />

tornou-se um factor de sobrevivência,<br />

sendo de esperar que nos próximos<br />

5 anos os veículos sofram<br />

alterações profun<strong>das</strong>, que tornarão<br />

muitas <strong>das</strong> soluções anteriores anacrónicas<br />

e obsoletas. Técnicas de<br />

diagnóstico avança<strong>das</strong> e operações<br />

de manutenção electrónicas terão<br />

maior peso relativo no após venda.<br />

A resposta a este tipo de evolução<br />

supõe um plano de formação sequencial,<br />

através de um levantamento<br />

contínuo de novas necessidades<br />

formativas. O resultado mais<br />

provável da evolução tecnológica<br />

acelerada no após venda, será a<br />

hierarquização ou escalonamento<br />

natural dos seus recursos humanos<br />

de acordo com as funções mais recentes<br />

e as mais tradicionais. A formação<br />

deverá ser dirigida para os<br />

diversos níveis de funções, de<br />

modo a manter a capacidade de intervenção<br />

nos diferentes sistemas e<br />

nas diferentes tecnologias, e tem<br />

que haver uma adequação entre o<br />

perfil, a função, a formação e a organização<br />

da empresa. Estes são os<br />

quatro vectores que podem introduzir<br />

valor acrescentado na organização,<br />

desde que estejam devidamente<br />

articulados.<br />

É necessário ter a noção de que a<br />

flexibilidade e a polivalência são<br />

positivas, mas têm limites evidentes.<br />

O rumo certo será o de uma<br />

formação continuada e ajustada às<br />

necessidades de cada caso, tendo<br />

sempre em conta as necessidades<br />

de evolução, através do levantamento<br />

permanente dos meios e dos<br />

objectivos.<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Figura 1<br />

Custo médio de uma reparação automóvel<br />

ajustado pela paridade do poder de compra<br />

(1) Inclui mão de obra de chapa e pintura<br />

Nota: Custos médios para 17 modelos de veículos<br />

Fonte: Audatex, Centro Zaragoza, Axa<br />

Figura 2<br />

A taxa de substituição de peças em Portugal<br />

é mais elevada do que noutros países da Europa<br />

Nota: Dados não disponíveis para França<br />

Fonte: Audatex, dados de 2005; estudo relativo a 10 peças para 17 modelos<br />

Continuação da página 1<br />

Desagregando o valor do custo médio de reparação (pintura,<br />

mão-de-obra e peças), verifica-se que na pintura estamos ligeiramente<br />

superiores a Espanha, por exemplo, embora com<br />

custos inferiores a França e Reino Unido. Na mão-de-obra, estamos<br />

abaixo do mercado inglês, mas ficamos acima dos custos praticados<br />

em Espanha e França. No valor de peças utiliza<strong>das</strong> na reparação, Portugal<br />

está sempre acima dos outros países analisados. (Ver figura 1)<br />

Esta anomalia é devida principalmente ao recurso sistemático à<br />

substituição de peças, em detrimento da respectiva reparação. Em<br />

Portugal a taxa de substituição de peças é de 79%, contra 63% no<br />

Reino Unido e 50% em Espanha. (Ver figura 2)<br />

Por seu turno, a principal causa do recurso sistemático à substituição<br />

deve-se à maior margem de que os reparadores dispõem neste<br />

caso. Isso foi comprovado comparando quatro casos de<br />

substituição/reparação de um guarda-lamas esquerdo em quatro viaturas<br />

diferentes (Opel Corsa, Fiat Punto, Peugeot 206 e Ford Fiesta).<br />

Outro factor que faz subir os custos em Portugal é a baixa utilização<br />

de peças de qualidade equivalente, de custo inferior à peça original.<br />

Em Portugal apenas substituímos 15% de peças do tipo equivalente,<br />

metade do que é realizado em Espanha e bastante menos do<br />

que no Reino Unido (22%). No mercado francês, onde existe uma<br />

elevada protecção dos fabricantes nacionais, a taxa de utilização de<br />

peças não originais é de 10%. (Ver Figura 3)<br />

No capítulo da mão-de-obra, apesar de Portugal ter o valor médio<br />

mais baixo dos 4 países analisados (€25/hora), isso não impede que<br />

apresente um dos valores mais altos de custo médio de mão-de-obra<br />

por reparação. A menor eficiência e a baixa produtividade verifica<strong>das</strong><br />

em Portugal (o nosso país apenas está a 66% da produtividade média<br />

da U.E.) pode explicar o maior custo da mão-de-obra, embora se possam<br />

adicionar outras explicações (“inflação“ de horas, poucas reparações<br />

pequenas (rápi<strong>das</strong>), maior gravidade de sinistros, etc.). (Ver Figura<br />

4)<br />

Segundo este estudo, a distorção dos preços em Portugal deriva da<br />

elevada dispersão dos empreendimentos e da pequena dimensão unitária<br />

dos reparadores de automóveis. No país existem cerca de 5.500<br />

oficinas, para um parque de 5,1 milhões, o que dá um número médio<br />

anual de reparações por oficina de 168 (Espanha 600, França 560,<br />

Reino Unido 750). (Ver Figura 5)<br />

Na melhor <strong>das</strong> hipóteses, cada oficina recebe em média ao ano €<br />

273.000, ou seja, menos 150% do que em Espanha, menos 210% do<br />

que em França e menos 330% do que no Reino Unido. Em contrapartida,<br />

os reparadores nacionais de maior dimensão podem facturar<br />

anualmente entre € 500 mil e € 1 milhão. (Ver Figura 6)<br />

A consolidação do sector de reparação automóvel, que já perdeu<br />

cerca de metade dos operadores (entre 1999 e 2005), será a tendência<br />

para o futuro. Isso não quer dizer necessariamente menor nível de<br />

emprego, porque outros sectores de actividade enfrentaram processos<br />

de consolidação idênticos e o emprego subiu. Em termos de valor<br />

acrescentado por negócio a tendência é para subir com a progressiva<br />

consolidação do sector de reparação automóvel.<br />

Figura 3<br />

Utilização de peças não originais do construtor<br />

(1) Fonte: entrevistas; Análise BCG – 10% corresponde à utilização formal; a informal<br />

poderá ser mais elevada<br />

(2) Fonte: Instituto de Zaragoza<br />

(3) Fonte: entrevistas; Análise BCG - Mercado onde existe uma elevada protecção dos<br />

fabricantes<br />

(4) Fonte: The Car Body Repair Market in UK<br />

Ficha Técnica<br />

Uma publicação da AP Comunicação<br />

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES<br />

Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos<br />

PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado<br />

E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Phalempin, SA - Parque Industrial de Ven<strong>das</strong> Novas, Lotes 29 e 30 – 7080-341 Ven<strong>das</strong> Novas Telef: 265.807.790<br />

PERIODICIDADE: Mensal TIRAGEM: 10.000 Exemplares ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782<br />

Depósito Legal nº: 201.608/03<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do<br />

“<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

MERCADO Janeiro 2006 03<br />

Figura 4<br />

Portugal apresenta valores médios de mão-de-obra superiores a<br />

outros países que reparam mais<br />

Figura 5<br />

Número de reparações anuais por oficina de colisão<br />

Figura 6<br />

Receita média anual por oficina de colisão<br />

(1) Inclui mão-de-obra de chapa, mecânica e pintura<br />

(2) No Reino Unido, os baixos preços de mão-de-obra pagos pelas<br />

seguradoras têm induzido à “inflação” de horas<br />

(3) Preço para as seguradoras<br />

(1) Ligeiros e comerciais ligeiros<br />

(1) Os players de maior dimensão atingem rteceitas anuais entre<br />

500.000 e 1.000.000 Euros<br />

As redes preferenciais<br />

No que respeita à relação entre o sector de reparação<br />

e as seguradoras, a análise efectuada nos quatro países<br />

constata que há um forte nexo entre reparadores e seguradoras<br />

no Reino Unido (com redes preferenciais de<br />

81%). Em França, a taxa de encaminhamento de 65%<br />

beneficia do sector mutualista, enquanto que o valor de<br />

30% corresponde ao sector segurador tradicional. Em<br />

Portugal, o encaminhamento de serviço para redes preferenciais<br />

é muito fraco (10%), devido também às debilidades<br />

do próprio sector segurador. (Ver Figura 7)<br />

O encaminhamento deve ser efectuado de uma forma<br />

positiva e facultativa e não de uma maneira impositiva<br />

ou obrigatória. Isto que dizer que uma rede preferencial<br />

de reparadores associados a um grupo segurador<br />

deve nascer de um encontro natural de convergência de<br />

interesses, pontos de vista e metodologias. Se o nível<br />

de eficiência, produtividade e qualidade de serviço fosse<br />

idêntico em toda a parte, não faria sentido o conceito<br />

de redes preferenciais e de encaminhamento. No entanto,<br />

havendo diferenciação na prática, as seguradores<br />

devem premiar as melhores práticas no sector de reparação,<br />

concedendo aos melhores players um estatuto<br />

preferencial.<br />

O objectivo pretendido com a introdução <strong>das</strong> redes<br />

preferenciais de encaminhamento é atingir novos níveis<br />

de optimização de qualidade e profissionalismo.<br />

Na actualidade, já é possível obter através do encaminhamento<br />

a garantia de qualidade da reparação, o fornecimento<br />

de viatura de substituição, mesmo nos casos<br />

em que tal não é obrigatório (danos próprios) e maior<br />

rapidez no processo de aprovação da oficina, uma vez<br />

que as oficinas de rede já se encontram regista<strong>das</strong> na<br />

base de dados, com toda a informação indispensável.<br />

No entanto, o potencial de aperfeiçoamento ao nível do<br />

serviço para o cliente final ainda é enorme e terá que<br />

ser exigido às redes preferenciais de oficinas mais alguma<br />

evolução. A certificação de qualidade é um dos<br />

requisitos esperados, bem como a melhoria do nível de<br />

atendimento ao cliente final.<br />

Com a devida informatização, poderá tornar-se corrente<br />

o processamento de declarações de acidente na<br />

própria oficina, o que permitirá acelerar o processo e<br />

minimizar os inconvenientes para o cliente (deslocação<br />

à seguradora). Com a compatibilização de sistemas<br />

dentro da rede, será permitida a automatização da reserva,<br />

elaboração de agenda e processamento de encomen<strong>das</strong><br />

de materiais on-line. A Tele-Peritagem é outro<br />

dos avanços pretendidos, permitindo acelerar o processo,<br />

minimizar custos e obter reparações mais rápi<strong>das</strong>.<br />

Finalmente, a maior escala e os maiores índices de utilização<br />

da capacidade instalada nas redes, permitirão<br />

reduzir consistentemente os custos de reparação, um<br />

dos obstáculos mais sérios à evolução do sector segurador.<br />

Com efeito, os elevados custos de reparação em<br />

Portugal reflectem-se negativamente no valor <strong>das</strong> apólices,<br />

em virtude do alto custo esperado por segurado,<br />

condicionando a evolução e regularização do mercado<br />

segurador e a passagem a outro nível de coberturas.<br />

(Ver Figura 8)<br />

Figura 7<br />

A taxa de encaminhamento para redes preferenciais de reparadores em Portugal é mais reduzida do que<br />

noutros países da Europa<br />

Figura 8<br />

Custo médio esperado/ano/segurado (1)<br />

(1) Fonte: entrevistas a seguradoras: Fidelidade-Mundial, Império-Bonança, Allianz<br />

(2) Fonte: International Road Traffic and Accident Database; DBK Espana; Centro Zaragoza; INE; Euromonitor;<br />

CARE database<br />

(3) Fonte: Axa France; No caso <strong>das</strong> mutualistas e seguradoras directas a taxa de encaminhamento é de ±<br />

65%, enquanto que nas restantes é de 30-45%<br />

(4) Fonte: BodyShop Magazine 2005<br />

(1) Calculado com base no número de reparações sobre o total do parque automóvel por país multiplicado<br />

pelo custo médio de reparação<br />

PRIMEIRO EM QUALQUER CANTO DO MUNDO.<br />

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A Ferodo vence mais campeonatos em mais países que qualquer outro fabricante de travões.<br />

Máxima segurança; máximo desempenho... sempre.


04<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

MERCADO<br />

Marcas asiáticas são campeãs da fiabilidade<br />

Veículos Toyota avariam menos<br />

e têm revisões mais baratas<br />

Entre Março e Abril de 2005, a DECO e várias associações europeias de consumidores, enviaram um inquérito para<br />

uma amostra representativa de leitores, tendo recebido quase 17 mil respostas, que foram trata<strong>das</strong> em conjunto,<br />

de modo a conseguirem apresentar resultados para o maior número possível de versões.<br />

Continuação da página 1<br />

Relativamente aos condutores portugueses<br />

que responderam, os<br />

seus carros têm, em média, quatro<br />

anos e percorreram quase 18 mil quilómetros<br />

no espaço de um ano, sendo que a<br />

maioria funciona a gasolina.<br />

Quantas avarias teve o seu carro nos últimos<br />

12 meses? Esta foi a questão colocada<br />

aos inquiridos e que permitiu determinar a<br />

fiabilidade de 179 modelos de automóveis.<br />

As marcas nipónicas, como a Toyota, Mazda,<br />

Honda de Suzuki, são as mais fiáveis.<br />

Em contrapartida, as italianas Fiat e Lancia<br />

encontram-se entre as que mais visitas à<br />

oficina originam.<br />

Como as avarias não têm to<strong>das</strong> a mesma<br />

importância, foram dados diferentes pesos<br />

consoante influenciam de forma mais ou<br />

menos significativa a utilização do automóvel.<br />

De facto, um problema no sistema<br />

de travagem ou na electrónica do motor,<br />

que pode pôr em causa a segurança dos<br />

ocupantes ou impedir o carro de andar, é<br />

mais grave do que uma avaria no sistema<br />

de ventilação, por exemplo. Deste modo<br />

foi dado mais peso às avarias do sistema<br />

de travagem, do motor, incluindo a parte<br />

electrónica, e do sistema de alimentação<br />

do combustível.<br />

A partir dos dados obtidos no inquérito, e<br />

tendo como base o peso atribuído a cada<br />

critério, foi construído um índice de fiabilidade,<br />

que vai de 0 a 100. Quanto maior o<br />

mais<br />

fiável<br />

<br />

<br />

menos<br />

fiável<br />

mais<br />

fiável<br />

<br />

<br />

menos<br />

fiável<br />

GRÁFICO 1<br />

QUAL A MARCA MAIS FIÁVEL?<br />

Toyota(Japão) 95,2 =<br />

Mazda(Japão) 94,2 <br />

Honda(Japão) 93,8 <br />

Suzuki(Japão) 91,8 <br />

Hyundai(Coreia do Sul) 91,8 <br />

BMW(Alemanha) 90,7 <br />

Volvo(Suécia) 90,6 <br />

Nissan(Japão) 90,4 <br />

Saab(Suécia) 90,0 <br />

Skoda(República Checa) 89,9 <br />

Ford(Alemanha) 88,9 <br />

Audi(Alemanha) 88,9 <br />

Mercedes(Alemanha) 88,6 <br />

Citroen(França) 88,6 <br />

Mitsubishi(Japão) 88,6 <br />

Alfa Romeo(Itália) 88,3 <br />

Kia(Coreia do Sul) 88,2 (1)<br />

Peugeot(França) 87,8 <br />

Jeep(EUA) 87,6 <br />

Renault(França) 86,9 <br />

Opel(Alemanha) 86,8 <br />

Volkswagen(Alemanha) 86,7 <br />

Daewoo(Coreia do Sul) 86,3 <br />

Chrysler(EUA) 85,7 <br />

Seat(Espanha) 85,7 <br />

Lancia(Itália) 85,4 <br />

Fiat(Itália) 85,0 <br />

Rover(Inglaterra) 83,9 <br />

Land Rover(Inglaterra) 80,3 <br />

Os quatro primeiros lugares são ocupados pelas japonesas Toyota, Mazda, Honda e Suzuki,<br />

as quais em Portugal representam cerca de 10% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> totais de ligeiros de<br />

passageiros.<br />

GRÁFICO 2<br />

CUSTO DA REVISÃO PERIÓDICA<br />

(1) Esta marca não apareceu no estudo 2<strong>004</strong><br />

Analisando os custos médios anuais de cada revisão, a Toyota é a mais barata, com cerca de 190 Euros. Com valores inferiores a 200 Euros<br />

estão ainda a Fiat, Peugeot, Ford e Skoda. As mais caras, cerca de 500 euros, são a BMW e Mercedes.<br />

Posição<br />

face ao<br />

estudo<br />

2<strong>004</strong><br />

(1) Esta marca não apareceu no estudo 2<strong>004</strong><br />

valor obtido, menor é a probabilidade de o<br />

carro avariar sendo, por isso, mais fiável.<br />

Como ficou comprovado nos resultados<br />

finais, existem bons e maus modelos em to<strong>das</strong><br />

as categorias, pelo que não vale a pena<br />

investir num automóvel de uma categoria<br />

superior só por pensar que será mais fiável.<br />

Aliás, é curioso verificar que o automóvel<br />

mais fiável deste estudo, o Toyota Yaris<br />

1.4, a gasóleo, vendido a partir de Abril de<br />

2003, é um utilitário. Em contrapartida, o<br />

Audi A6 2.5, a gasóleo, vendido entre Junho<br />

de 1997 e Agosto de 2001, está entre<br />

os menos fiáveis e é um familiar.<br />

Os resultados obtidos com cada versão<br />

permitiram obter o índice de fiabilidade de<br />

cada marca, e tal como aconteceu no estudo<br />

de 2<strong>004</strong>, a Toyota aparece em primeiro, seguida<br />

por mais três marcas japonesas: Mazda,<br />

Honda e Suzuki (Ver gráfico 1).<br />

As visitas à oficina<br />

O inquérito permitiu também dar a conhecer<br />

quanto gastaram os inquiridos nas<br />

visitas à oficina, tanto para as revisões periódicas<br />

como para reparações que tenham<br />

sido necessárias. Quando precisam de recorrer<br />

a uma oficina, tanto durante o período<br />

de garantia como depois, a maioria dos<br />

inquiridos prefere os serviços de uma oficina<br />

de marca. Contudo, após os dois anos de<br />

garantia, um quarto dos portugueses que<br />

respondeu ao inquérito disse recorrer a uma<br />

oficina independente. Quanto à frequência<br />

com que fazem as revisões, a grande maioria<br />

dos inquiridos segue a recomendação do<br />

fabricante, mesmo depois de terminar o período<br />

de garantia.<br />

Para determinar o custo <strong>das</strong> revisões, só<br />

foram considera<strong>das</strong> as respostas dos portugueses<br />

que disseram anotar com rigor as<br />

despesas. Os dados obtidos permitiram<br />

determinar um valor anual de referência<br />

para cada marca.<br />

No gráfico 2, juntou-se o custo médio da<br />

revisão com o resultado da fiabilidade.<br />

Como se pode verificar, além de ser a mais<br />

fiável, a Toyota é uma <strong>das</strong> marcas com a<br />

manutenção mais barata: em média cerca<br />

de 190 Euros por ano. A Rover e a Seat,<br />

por sua vez, além de serem caras na oficina<br />

(próximas dos 300 Euros) têm um índice de<br />

fiabilidade baixo. A Mercedes e a BMW<br />

são as marcas com as revisões mais caras<br />

(cerca de 500 euros). Regra geral a manutenção<br />

dos veículos a gasolina é mais barata<br />

do que a dos carros a gasóleo.<br />

Em média, as revisões e reparações nas<br />

oficinas da marca são um pouco mais caras<br />

durante o período de garantia. Após<br />

este último, os preços já se aproximam<br />

mais nos diferentes tipos de oficina, embora<br />

as reparações fiquem, em média,<br />

mais caras nas oficinas que não são da<br />

marca do automóvel.


+ DESIGN<br />

+ PRESEN˙A NAS<br />

PE˙AS DE ORIGEM<br />

+ TECNOLOGIA<br />

+ RENTABILIDADE


06<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

SECUR ATENTA AOS<br />

AMORTECEDORES<br />

O SECUR (Serviço de Estudos<br />

e Assessoria para Utentes da Estrada),<br />

através da sua Comissão de<br />

Amortecedores, a qual inclui fabricantes,<br />

reparadores e distribuidores<br />

de peças, revelou que desenvolverá<br />

durante 2006 uma campanha<br />

de sensibilização dos centros<br />

de inspecção técnica de veículos,<br />

no sentido de preparar a introdução<br />

<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de âmbito europeu,<br />

que preconizam a reprovação<br />

<strong>das</strong> viaturas inspecciona<strong>das</strong> que<br />

apresentem fugas de óleo nos<br />

amortecedores. Esta medida, válida<br />

a partir de Janeiro 2207, revela<br />

a preocupação <strong>das</strong> autoridades europeias<br />

com a segurança rodoviária,<br />

para a qual o amortecedor desempenha<br />

um papel fulcral.<br />

LÂMPADAS BOSCH<br />

SEM CHUMBO<br />

As lâmpa<strong>das</strong> para automóvel<br />

fabrica<strong>das</strong> pela Bosch deixaram<br />

de incorporar elementos de chumbo,<br />

fazendo jus ao imperativo que<br />

a empresa impôs a si própria de<br />

reduzir o impacto ambiental negativo<br />

dos seus produtos. O chumbo<br />

era usado até aqui no vidro <strong>das</strong><br />

lâmpa<strong>das</strong> (luzes de presença, stop<br />

e sinalização) e para soldar as juntas<br />

do respectivo casquilho. As<br />

modificações opera<strong>das</strong> na produção,<br />

para eliminar este metal pesado<br />

de elevada toxidade, não alteraram<br />

a qualidade nem o rendimento<br />

final do produto. As lâmpa<strong>das</strong> de<br />

halogéneo e as de descarga (Xénon)<br />

da Bosch também já não utilizam<br />

chumbo.<br />

FFB AUTOMOTIVE<br />

Esta é a nova marca do sector<br />

de equipamento para oficinas, surgida<br />

na sequência da recente decisão<br />

do Grupo Fimalac abandonar<br />

o sector de ferramentas e equipamentos<br />

oficinais. Efectivamente,<br />

depois da venda da Facom Tools à<br />

empresa norte-americana Stanley<br />

(410 milhões de euros) e da Beissbarth<br />

ao fundo SG Capital Europe<br />

(38 milhões de euros), a empresa<br />

francesa Fimalac deixou o caminho<br />

livre à constituição da nova<br />

empresa, dando continuidade a<br />

um projecto empresarial que se<br />

iniciou em 1919, data da fundação<br />

da Facom. A distribuição dos produtos<br />

da nova marca, para a península,<br />

ficará a cargo da actual<br />

empresa FFB Ibérica.<br />

TecDoc<br />

Uma ferramenta essencial<br />

na reparação automóvel<br />

O TecDoc é um catálogo electrónico que fornece ao revendedor<br />

e à oficina informação actualizada e completa para a identificação<br />

e pedido de peças. Esta informação provém directamente <strong>das</strong> bases<br />

de dados dos fabricantes membros do TecDoc, em formato<br />

standard para catálogo. Trata-se de uma ferramenta flexível de informação<br />

que facilita o trabalho dos profissionais no seu dia a dia,<br />

graças às suas numerosas funções personalizáveis.<br />

Actualmente o catálogo é fornecido em 9 CDs ou 2 DVDs, sendo<br />

actualizado cada 3 meses e engloba mais de:<br />

- 14.800 modelos de veículos ligeiros<br />

- 8.000 veículos industriais<br />

- 1.300.000 artigos<br />

- 500.000 imagens<br />

Com o catálogo electrónico TecDoc, a pesquisa de peças de<br />

substituição torna-se muito rápida e o resultado é sempre correcto,<br />

pois nenhuma outra aplicação dispõe de informação proveniente<br />

directamente <strong>das</strong> bases de dados dos fabricantes de peças.<br />

A peça correcta é identificada mediante:<br />

- Selecção do construtor e correspondente modelo;<br />

- Árvore de pesquisa de peças por grupos de montagem;<br />

- Pesquisa directa por referências, como a referência do artigo,<br />

cruzamento com referências OE, cruzamento com referências<br />

de fabricantes, através de referências comerciais.<br />

Com a 1ª versão do ano 2006 e até 21 de Janeiro, o catálogo<br />

TecDoc disponibiliza informação complementar grátis para que<br />

conheça outros serviços adicionais: Valores de mão-de-obra, Dados<br />

Técnicos e Manuais Técnicos.<br />

As informações sobre manutenção, revisões e serviços estão de<br />

acordo com as indicações do fabricante.<br />

Para informações adicionais contacte a AZ Auto (telefone:<br />

21.942.80.00), distribuidor do catálogo TecDoc para Portugal, ou<br />

preencha desde já o encarte que disponibilizamos nesta edição do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, com toda a informação necessária para efectuar<br />

a encomenda do seu catálogo TecDoc, bastando o preenchimento<br />

dos dados solicitados e o envio por fax deste formulário.<br />

Quatro Kits<br />

de ferramentas<br />

TengTools<br />

A TengTools é uma marca de<br />

ferramentas representada em Portugal<br />

pela Montenegro, Fernandes<br />

e Cª SA. O destaque vai para<br />

a disponibilização de quatro Kits<br />

de ferramentas. Na base da oferta,<br />

com um preço de 335 Euros, encontra-se<br />

o Kit Serviço (TC8140-<br />

6NF), que se caracteriza por um<br />

caixa com 3 gavetas e arrumação<br />

superior. O Kit Técnico (TCMM<br />

488), que está disponível por 865<br />

Euros e utiliza um carro com 7 gavetas de dimensões diferentes. O<br />

Kit Mecânico (TCM 204-AT), utiliza um carro idêntico, mas apenas<br />

com 6 gavetas, estando mais vocacionado para o uso em trabalhos<br />

mecânicos, tendo um custo de 929 Euros. No topo da oferta encontra-se<br />

o Kit Total (TCMM 1001), por um preço superior aos 2.300<br />

Euros, que dispõe de um carro com 10 gavetas, e mais duas caixas<br />

com 3 e 4 gavetas respectivamente.<br />

<strong>Oficinas</strong> Scania<br />

agora também abertas aos<br />

Sábados<br />

Percebendo as<br />

pressões de mercado<br />

a que os clientes<br />

estão sujeitos, não<br />

só ao nível dos custos<br />

mas, também e<br />

cada vez mais, ao<br />

nível do cumprimento<br />

de horários, a<br />

Cimpomóvel Veículos<br />

Pesados, S.A.<br />

decidiu abrir as suas oficinas aos Sábados. Assim, entre as 8 e as 13 horas,<br />

as oficinas de Santa Iria de Azóia, Porto, Leiria, Viseu e Vilar Formoso<br />

terão agora os seus serviços oficinais e de peças disponíveis. Esta<br />

medida permite aos clientes rentabilizar o seu negócio, uma vez que<br />

permitirá manter a qualidade operacional <strong>das</strong> suas viaturas respondendo<br />

eficazmente às solicitações dos seus próprios clientes.<br />

RECTIFICAÇÃO<br />

No artigo técnico sobre “Turbocompressores”, publicado na edição<br />

nº 2 do “<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>”, pode ler-se a determinada altura que:<br />

“entre outras características apensas aos óleos e a viscosidade inferior<br />

a 5W-40 são meio caminho andado para a ruína de qualquer turbocompressor”.<br />

Efectivamente esta é uma afirmação incorrecta, pois na<br />

realidade os construtores de automóveis de reputa<strong>das</strong> marcas tais<br />

como Audi/VW, BMW, Mercedes, Opel, Ford e Volvo, entre outros,<br />

apostam cada vez mais em lubrificantes de baixa viscosidade 0W-30 e<br />

5W-30 para obterem o maior desempenho dos seus motores, períodos<br />

alargados de manutenção e também para satisfazerem a norma Euro<br />

IV que exige sistemas de reduções de emissões como é o caso dos tão<br />

falados “DPF” – Filtros de Partículas para os motores Diesel.<br />

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Aveiro<br />

Av. Dr. Lourenço Peixinho, 157/157B<br />

3800-166 Aveiro<br />

Tel.: 234 377 930 - Fax: 234 420 785<br />

e-mail: ven<strong>das</strong>.aveiro@runkel.biz<br />

Coimbra<br />

Av. Fernão Magalhães, 201/207<br />

3000-176 Coimbra<br />

Tel.: 239 853 340 - Fax: 239 834 755<br />

e-mail: ven<strong>das</strong>.coimbra@runkel.biz<br />

Lisboa<br />

E. N. 10 Km. 11, Edif.: Cimpomóvel<br />

2694-003 Sta. Iria de Azóia<br />

Tel.: 219 569 470 - Fax: 219 569 479<br />

e-mail: ven<strong>das</strong>.lx@runkel.biz<br />

Distribuidor<br />

Runkel & Andrade, SA<br />

“40 Anos de Experiência<br />

Automóvel”<br />

www.runkel.biz<br />

apoiocliente@runkel.biz


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Janeiro 2006 07<br />

Novo produto da<br />

Abel Auto<br />

A Mota & Pimenta, representante para Portugal dos<br />

produtos da Abel Auto, lançou recentemente no mercado<br />

nacional um novo produto desta conhecida marca.<br />

O novo produto Abel Auto é um láva-tecidos e alcatifas<br />

com escova aerossol, fornecido em embalagem<br />

de 400 ml.<br />

A mousse activa do limpa estofos e alcatifas Abel<br />

Auto permite limpar to<strong>das</strong> as superfícies têxteis presentes<br />

no interior de um veículo. Este produto combina<br />

solventes e tensioactivos especialmente seleccionados<br />

para a sua acção de limpeza. Para uma maior facilidade<br />

de utilização, o aerossol do limpa estofos e<br />

alcatifas funciona em to<strong>das</strong> as posições.<br />

Rodatec<br />

lança novo equipamento da Ryko<br />

A empresa da Buraca passou<br />

a ter na sua gama de produtos,<br />

um novo equipamento de lavagem<br />

de viaturas da marca Ryko.<br />

Trata-se do modelo Sport, um<br />

moderno equipamento de lavagem,<br />

que possui três programas<br />

de lavagens controla<strong>das</strong> por<br />

PLC, apresentando um display<br />

de diagnóstico LCD. O movimento<br />

<strong>das</strong> escovas verticais e<br />

horizontais é pneumático e possui<br />

afinação electrónica. A secagem<br />

feita horizontalmente segue<br />

o perfil do veículo, existindo<br />

ainda um programa de segurança<br />

para ganchos de reboque.<br />

Com um design atractivo e<br />

múltiplos programas de lavagem,<br />

este equipamento dispõe<br />

de uma largura máxima de lavagem<br />

de 2,30 metros. Na fase de<br />

lançamento deste equipamento,<br />

a Rodatec está a desenvolver<br />

uma campanha, cujo preço unitário<br />

é de 19.000 Euros mais<br />

IVA, para equipamentos com<br />

escovas "Foam Brite".<br />

Motul<br />

acompanha evolução tecnológica<br />

Recentemente, a Renault lançou no nosso<br />

mercado motores dCi equipados com sistema de<br />

filtro activo de partículas (FAP), sendo eles o 1.5<br />

dCi de 105 cv e o 2.0 dCi de 150 cv. Para o 1º semestre<br />

de 2006, está anunciado o lançamento do<br />

1.9 dCi de 130 cv e o 2.0 dCi de 175 cv. Os motores<br />

apresentados cumprem a norma Europeia Euro IV, graças à<br />

implantação de série de piezo injectores e filtros de partículas de regeneração<br />

periódica.<br />

Os lubrificantes utilizados neste tipo de motores são conhecidos<br />

como Low SaPS (Sulphataded ashes, Phosfor, Sulfur), e devem superar<br />

a norma ACEA C3. Esta norma regula entre outros, o conteúdo<br />

de Cinzas sulfata<strong>das</strong>, Fósforo e Enxofre presentes no lubrificante. A<br />

utilização de um lubrificante que não supere a norma ACEA C3, coloca<br />

em risco de avaria o filtro activo de partículas, pois este é muito<br />

sensível a este tipo de substâncias cita<strong>das</strong> anteriormente.<br />

A Motul disponibiliza o Specific LL-04, um lubrificante Low<br />

SaPS com uma viscosidade 5W40, adequado para temperaturas extremas<br />

tanto de Inverno como de Verão. Este produto possui as normas<br />

ACEA A3/B4 – C3, que é recomendada para todos os motores a<br />

gasolina com períodos de manutenção alargada e todos os motores<br />

diesel com injecção directa ou indirecta e também com períodos de<br />

manutenção extendidos.<br />

Berner<br />

inaugura loja Profi Point na Maia<br />

Seguindo a filosofia de optimizar<br />

a satisfação do cliente, a<br />

Berner Portugal, inaugurou no<br />

passado dia 7 de Janeiro uma<br />

nova loja Profi Point, na zona<br />

Industrial da Maia (Centro Empresarial<br />

da Maia, Armazém<br />

28 – Rua Joaquim António<br />

Moreira, 381), com uma área<br />

total de 500 m2 dos quais 350<br />

m2 de showroom, onde se encontra<br />

exposta a vasta gama de<br />

produtos que a Berner tem disponível<br />

para o sector da reparação<br />

automóvel. Aqui o profissional<br />

pode comprovar, verificar<br />

e adquirir os produtos e<br />

serviços da Berner quando lhe<br />

for mais conveniente. Por outro<br />

lado, esta nova loja Profi<br />

Point serve também de apoio<br />

aos 15 vendedores da região<br />

norte, que aqui promovem a<br />

apresentação de novos produtos,<br />

cursos de formação e reuniões<br />

técnicas.<br />

“A abertura da loja Profi<br />

Point na Maia, prende-se essencialmente<br />

com o objectivo<br />

de proporcionar aos nossos<br />

clientes um espaço mais funcional<br />

e acolhedor, onde estes<br />

possam experimentar um atendimento<br />

eficiente e personalizado”,<br />

explica Carlos Esteves,<br />

Director-Geral da Berner Portugal.<br />

“Outras <strong>das</strong> razões está<br />

estritamente relacionada com o<br />

factor modernidade. Consideramos<br />

fundamental, para qualquer<br />

empresa saber acompanhar<br />

o progresso. As novas instalações<br />

são pois, para a Berner<br />

Portugal, um símbolo da dinâmica<br />

pela qual sempre pautámos<br />

a nossa actividade”, acrescentou<br />

ainda este responsável.<br />

Selènia lança óleo de topo<br />

BP e Ansell<br />

lançam luvas sintéticas<br />

para reparação<br />

automóvel<br />

Foi recentemente introduzido<br />

no mercado nacional pela BP, em<br />

parceria com a Ansell, uma nova<br />

gama de luvas sintéticas direcciona<strong>das</strong><br />

aos profissionais de reparação<br />

e manutenção automóvel. A<br />

Ansell é uma empresa líder mundial<br />

na fabricação de luvas sintéticas<br />

para diversos sectores de actividade,<br />

que dispõe agora de uma<br />

nova e completa gama especificamente<br />

recomendada para<br />

a reparação e manutenção<br />

automóvel.<br />

Estas novas luvas,<br />

disponíveis em 5 diferentes modelos,<br />

permitem, segundo a Ansell,<br />

obter mais sensibilidade,<br />

mais segurança, mais aderência<br />

e mais conforto no desempenho<br />

profissional, aumentando dessa<br />

forma a produtividade.<br />

Actualmente as luvas Ansel<br />

estão a ser comercializa<strong>das</strong> em<br />

Portugal através da rede de distribuição<br />

de lubrificantes BP,<br />

prevendo-se, em breve, alargar a<br />

sua comercialização a outros canais.<br />

As luvas podem ser adquiri<strong>das</strong><br />

em embalagens com um<br />

único par.<br />

A FL Selènia lançou recentemente no mercado português um novo óleo,<br />

o Selènia StAR 5W-40, essencialmente recomendado para os novos motores<br />

JTS Alfa Romeo de injecção directa. Trata-se de um lubrificante sintético<br />

High Perfomance desenvolvido para proteger o motor em condições de<br />

utilização extrema, com o máximo stress térmico, tipicamente presentes em<br />

condições de condução desportiva. O novo Selènia StAR garante as máximas<br />

prestações a to<strong>das</strong> as motorizações com elevada potência específica,<br />

que necessitam de alta qualidade para a utilização mais exigente.<br />

A especial aditivação anti-desgaste do Selènia StAR, derivada da experiência<br />

no âmbito <strong>das</strong> provas desportivas com a Alfa Romeo, garante elevada<br />

protecção mesmo em condições de fina película lubrificante. A sua fórmula<br />

única E.S.T. (Extremely Stable Technology) apresenta extrema estabilidade<br />

ao corte mecânico durante todo o intervalo de mudança,<br />

assegurando a máxima protecção do motor mesmo com solicitações eleva-<br />

PUB


08<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

PUB<br />

Clientes<br />

acompanham<br />

diagnóstico do seu Ford<br />

Stationmarché<br />

continua em expansão<br />

O Grupo Os Mosqueteiros continua em expansão<br />

com a abertura de mais três insígnias Stationmarché<br />

em Vila Real , Ovar e Olhão. Trata-se de<br />

centros-automóvel onde se realizam operações de<br />

reparação e manutenção, para além de serem disponibilizados<br />

acessórios e peças. Estas são a 21, 22<br />

e 23ª insígnias dedica<strong>das</strong> à assistência automóvel,<br />

desde 1998, ano em que se implantaram em Portugal<br />

os Auto Centros Stationmarché. O Grupo Os<br />

Mosqueteiros materializa desta forma, o plano de<br />

desenvolvimento e expansão do sector dedicado ao<br />

automóvel. Os Mosqueteiros são um grupo empresarial<br />

português resultante da associação de vários<br />

empresários independentes e que beneficiam, assim,<br />

<strong>das</strong> vantagens inerentes a to<strong>das</strong> as economias<br />

de escala origina<strong>das</strong> pelo funcionamento em bloco.<br />

Nova gama<br />

de caixas de direcção TRW<br />

No passado, caixas de direcção reconstruí<strong>das</strong><br />

de elevada qualidade só estavam ao alcance <strong>das</strong><br />

redes de concessionários de marca. Agora, a<br />

gama de caixas de direcção reconstruí<strong>das</strong> da<br />

TRW está disponível para o mercado independente.<br />

A gama é constituída por mais de 200 referências<br />

de caixas de direcção assistida e 60 referências<br />

de caixa de direcção manual.<br />

A gama TRW é submetida a testes rigorosos<br />

que garantem qualidade de equipamento original,<br />

um dos factores que diferenciam esta gama<br />

relativamente a outras disponíveis no mercado.<br />

Destacam-se os testes fundamentais de segurança<br />

e testes dinâmicos às unidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />

para verificar que não existem fugas.<br />

Gutmann<br />

apresenta “Mega Macs 50”<br />

A Gutmann é uma <strong>das</strong> empresas<br />

líderes mundiais no desenvolvimento<br />

e concepção de equipamentos<br />

de diagnóstico. Da sua gama<br />

de produtos o destaque vai<br />

para o recente “Mega Macs<br />

50”, um equipamento de diagnóstico<br />

tecnologicamente evoluído<br />

que foi concebido especialmente para os<br />

profissionais <strong>das</strong> oficinas, que dão muito<br />

valor à liberdade de trabalho.<br />

Um dos pontos fortes deste equipamento é o seu<br />

peso, pois possui apenas 1.100g, tornando-se por<br />

isso muito um aparelho portátil, que pode acompanhar<br />

sempre o mecânico, graças ao seu acumulador<br />

de energía.<br />

Este equipamento torna-se especialmente interessante<br />

para pequenas e médias oficinas que desejam<br />

permanecer sempre competitivas e tecnologicamente<br />

aptas a dar resposta às necessidades dos<br />

modernos automóveis.<br />

Outro ponto forte de equipamento, segundo o<br />

seu fabricante, é a relação preço/qualidade, dispondo<br />

ainda de outras vantagens adicionais pois não<br />

necessita de módulos adicionais ou de pacotes de<br />

Procurando responder às expectativas<br />

dos seus clientes, a<br />

Ford iniciou uma campanha de<br />

comunicação com o objectivo<br />

de divulgar o seu serviço interactivo,<br />

no qual os clientes são<br />

convidados a acompanhar o<br />

diagnóstico relativo ao estado<br />

do seu automóvel, num processo<br />

totalmente gratuito. Pretende-se<br />

com esta campanha<br />

divulgar a Recepção Interactiva<br />

da Ford, considerada como<br />

um dos melhores programas<br />

de diagnóstico de veículos no<br />

actual panorama do pós-venda<br />

automóvel nacional. Para usufruir<br />

da preciosa informação<br />

inerente ao estado do seu Ford,<br />

acompanhando todos os passos<br />

do processo, o cliente apenas<br />

necessita efectuar uma<br />

marcação prévia junto de um<br />

Reparador Autorizado Ford.<br />

Findo o mesmo, o cliente decidirá<br />

sobre eventuais reparações,<br />

podendo fazê-lo a partir<br />

dos orçamentos detalhados<br />

que lhe são facultados no final,<br />

sem qualquer compromisso.<br />

Dayco lança<br />

Medidor de Tensão<br />

Fornecedor certificado e homologado<br />

de equipamento<br />

original, a Dayco é a marca de<br />

referência no sector <strong>das</strong> correias<br />

de transmissão (denta<strong>das</strong><br />

e trapezoidais), correias de<br />

distribuição e respectivos<br />

acessórios, nomeadamente:<br />

tensores, poleias e molas. Recentemente<br />

lançou o "Dayco<br />

Tensiometer", instrumento de<br />

alta precisão baseado na detecção<br />

óptica, que mede a tensão<br />

<strong>das</strong> correias de distribuição<br />

e dos órgãos acessórios.<br />

Muito fiável, rigoroso e de fácil<br />

uso, contém: instruções de<br />

uso em língua portuguesa;<br />

medidor do ramo de correia a<br />

testar; e lista <strong>das</strong> correspondências<br />

de código <strong>das</strong> correias<br />

Dayco/"codice test".<br />

Para mais informações<br />

consultar : www.cs-veiculos.pt


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Janeiro 2006 09<br />

CS-Peças Auto<br />

distribui escapes Veneporte<br />

O CS-Peças Auto introduziu no seu portfólio<br />

um novo produto. A aposta centra-se<br />

na comercialização de sistemas de escape<br />

Veneporte Exhaust Systems.<br />

Fundada em 1966, a Veneporte dedica-se<br />

ao desenvolvimento e produção de sistemas<br />

de escape de qualidade, sendo já hoje uma<br />

referência no mercado internacional. A sua<br />

posição a nível nacional é irrepreensível,<br />

sendo membro fundador do CEIIA (Centro<br />

de Excelência e Inovação para a Indústria<br />

Automóvel Portuguesa), fundador da ADAI<br />

(Associação de Desenvolvimento Aerodinâmico<br />

Industrial, da Universidade de Coimbra)<br />

e associado da AFIA (Associação dos<br />

Fabricantes da Indústria Automóvel Portuguesa).<br />

A sua presença faz-se sentir num mercado<br />

abrangente onde fornece marcas como a<br />

Fiat, Mitsubishi, Toyota, Ligier e Santana<br />

Motor (Suzuki), bem como no mercado de<br />

peças de reposição onde já detém uma forte<br />

posição.<br />

A visão Veneporte baseia-se na afirmação<br />

internacional como empresa de referência<br />

em qualidade, preço e serviço, no fabrico de<br />

sistemas de escape. A empresa assume uma<br />

aposta constante na Qualidade (certificação<br />

pela IqNET e TUV segundo as normas ISO<br />

9000), sendo o fabrico dos seus sistemas de<br />

escape sujeito ao cumprimento <strong>das</strong> directivas<br />

comunitárias em vigor, designadamente<br />

70/157/CEE, 92/97/CEE e 96/20/CE.<br />

É política da Veneporte a forte preocupação pelo respeito <strong>das</strong> Directivas Comunitárias, no sentido de fornecer<br />

produtos homologados, tecnologicamente evoluídos e comercialmente competitivos.<br />

Na Veneporte, o desenvolvimento de novos<br />

sistemas de escape apresentam características<br />

que são cada vez mais importantes<br />

nos dias de hoje, como sejam: a protecção<br />

do meio ambiente, contribuindo para a redução<br />

de gases poluentes; redução de ruídos,<br />

que confere uma diminuição dos níveis<br />

sonoros internos e externos dos veículos;<br />

conservação e melhoria da potência do motor<br />

e do seu consumo, contribuindo para o<br />

seu melhor funcionamento e longevidade; e<br />

melhoria no impacto ambiental, através da<br />

utilização de novas matérias-primas passíveis<br />

de reciclagem.<br />

Breves<br />

DENSO NA EUROPA,<br />

PELA MÃO DA MAGNETI<br />

MARELLI AFTERMARKET<br />

A cooperação entre as duas<br />

empresas vai passar pela distribuição<br />

<strong>das</strong> velas de ignição Denso<br />

no aftermarket europeu. O fabricante<br />

japonês de material eléctrico<br />

pretende reforçar a sua<br />

presença no contexto mundial,<br />

realizando maiores investimentos<br />

em I + D, para conquistar mercados<br />

de primeiro equipamento e<br />

substituição. A gama de velas de<br />

ignição conta com 66 referências,<br />

<strong>das</strong> quais 59 são velas correntes e<br />

sete são de alta tecnologia, com<br />

eléctrodos de Irídio, cobrindo<br />

95% do parque europeu. O catálogo<br />

da marca possui várias secções,<br />

incluindo informação técnica,<br />

instruções de montagem, detecção<br />

de avarias, etc.<br />

AKZO NOBEL PARCEIRA<br />

NO CONGRESSO ACAP<br />

A Akzo Nobel, Tintas para Automóveis<br />

Limitada, foi um dos<br />

parceiros do “Congresso de Tecnologia<br />

e Pós-Venda Automóvel”<br />

organizado pela ACAP no passado<br />

dia 22 de Novembro. Neste<br />

Congresso, onde foram discutidos<br />

importantes temas para o sector<br />

automóvel, a Akzo Nobel esteve<br />

presente com um stand da sua<br />

marca de produtos para a repintura<br />

de automóvel Sikkens e aproveitou<br />

para divulgar os serviços<br />

Acoat Selected, concebidos para<br />

ajudar as oficinas de pintura a aumentarem<br />

a sua eficácia e rentabilidade.<br />

PUB<br />

SPARKES_.FH1


10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

GLASER REFAZ<br />

A SUA PÁGINA WEB<br />

O fabricante de juntas para<br />

motor Glaser apostou na renovação<br />

sua página Web www.glaser.es,<br />

incorporando uma nova<br />

imagem de marca e conteúdos<br />

marcadamente interactivos. A<br />

decisão teve origem em pedidos<br />

e sugestões de clientes “ electrónicos<br />

“ da empresa. Mantém-se a<br />

tradicional cor amarela da marca<br />

espanhola Glaser, acompanhada<br />

da simbologia característica dos<br />

produtos para motor Dana e da<br />

denominação Sealing Products.<br />

MANN + HUMMEL<br />

APOSTA NA INOVAÇÃO<br />

Com 189 inventos e 89 pedidos<br />

de registo de patentes em<br />

2005, dos quais 10 são de inegável<br />

interesse, a empresa Mann +<br />

Hummel, especialista em sistemas<br />

de filtragem, garante a sua<br />

actividade futura, apoiada na<br />

criatividade dos seus empregados<br />

e na competência do seu departamento<br />

de investigação técnica. O<br />

Prémio de Inovação, que a empresa<br />

atribui aos seus colaboradores<br />

mais inventivos, recaiu este<br />

ano na filial belga Mann + Hummel<br />

Hydromation, que desenvolveu<br />

uma central de bombagem<br />

para óleo refrigerante (com aparas<br />

metálicas) de máquinas de<br />

maquinar blocos de motor.<br />

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CAR Premium<br />

lança Kit´s de distribuição<br />

Com o objectivo de acompanhar a tendência do<br />

mercado e as necessidades dos seus Clientes, a CAR<br />

Premium adicionou à sua gama de produtos os Kits<br />

de Distribuição da sua representada Unipart. É cada<br />

vez mais frequente, por parte dos reparadores, substituirem<br />

todos os componentes da distribuição através<br />

da utilização de um kit em vez da simples substituição<br />

da correia. Esta atitude deve-se ao sucessivo incremento<br />

na durabilidade <strong>das</strong> correias, cuja vida útil<br />

se vê aumentada. Deste modo, a substituição de todos<br />

os componentes do kit torna a operação mais<br />

rentável em termos de mão de obra.<br />

Por outro lado, ao incorporar to<strong>das</strong> as partes necessárias<br />

os reparadores poderão garantir da melhor<br />

forma a qualidade do serviço prestado. Os Kits de<br />

Distribuição Unipart são fabricados de acordo com<br />

os mais altos padrões de qualidade, garantindo uma<br />

performance igual à do equipamento original, segundo<br />

o fabricante.<br />

Adicionalmente, a CAR Premium efectuou uma<br />

actualização do catálogo de Discos e Pastilhas de<br />

Travão, que abrange agora 800 novos modelos.<br />

A Kia Motors e a Shell Lubrificantes<br />

assinaram um contrato de recomendação<br />

de lubrificantes da gama Shell Helix para<br />

os veículos ligeiros de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e SUVs comercializados<br />

pela marca em Portugal.<br />

Com este acordo, que terá a duração<br />

inicial de três anos, a Shell Lubrificantes<br />

adiciona mais uma grande marca de automóveis<br />

ao seu portfolio que, no mercado<br />

de ligeiros em Portugal, compreende, entre<br />

outros, Honda e Suzuki e a marca de<br />

motociclos Yamaha.<br />

Krautli lança<br />

nova gama de sensores de motor<br />

Shell com a Kia<br />

Norauto<br />

com novo centro em Almada<br />

A Krautli lançou recentemente<br />

no mercado português,<br />

em regime de distribuição<br />

exclusiva, a nova<br />

gama de sensores Siemens<br />

VDO. Actualmente a Siemens<br />

VDO disponibiliza<br />

uma vasta gama de peças para o mercado<br />

de substituição, sendo o destaque<br />

principal os novos sensores para a gestão<br />

do motor. Assim, passam a estar disponíveis<br />

os novos sensores<br />

de massa de ar, sensores de<br />

cambota, sensores de detonação,<br />

sensores de pressão,<br />

sensores de rotação e sensores<br />

de velocidade da<br />

roda. Cada um destes sensores<br />

tem especificações próprias desenvolvi<strong>das</strong><br />

de acordo com os padrões dos<br />

fabricantes de automóveis em termos de<br />

equipamento original.<br />

Dentro da política<br />

de expansão traçada<br />

até 2010, a Norauto<br />

acabou de inaugurar<br />

um novo Centro-<br />

Auto, no Retail Park<br />

do Fórum Almada,<br />

através do qual pretende<br />

obter em três<br />

anos um volume de<br />

negócios de cinco milhões de euros e<br />

mais de 130 mil clientes. O novo Centro<br />

Auto Norauto apresenta uma dimensão de<br />

quase 1000 m2 entre Loja, Oficina e Boxes,<br />

contando, ainda, com cerca de 190<br />

lugares de estacionamento público.<br />

Margarida Salvação Barreto, Responsável<br />

de Comunicação Externa da Norauto,<br />

realça que “a abertura deste novo Centro<br />

Auto vem no seguimento<br />

da aposta<br />

da empresa em obter<br />

a maior cobertura<br />

possível do território<br />

nacional, privilegiando<br />

em primeiro plano<br />

os grandes centros<br />

urbanos para depois<br />

procedermos ao alargamento<br />

da presença Norauto a outras zonas<br />

estratégicas”.<br />

Como campanha de abertura, os clientes<br />

da loja de Almada beneficiam, ainda,<br />

de uma promoção exclusiva de pneus, intitulada<br />

“LEVE 4 PAGUE 3”, bem como<br />

Vales Oferta de 20,00 Euros e a oportunidade<br />

de adquirir um Auto Rádio Sony<br />

2220 MP3 a 99 Euros.<br />

Novo produto da Bayer faz desaparecer riscos<br />

Os riscos nas pinturas dos carros não só<br />

são aborrecidos, como retiram brilho aos<br />

veículos. Para evitar este fenómeno, os<br />

investigadores da Bayer MaterialScience<br />

(BMS) desenvolveram um revestimento<br />

que repara ele próprio pequenos riscos, ao<br />

mesmo tempo que é amigo do ambiente.<br />

Um revestimento de acabamento desenvolvido<br />

à base de poliuretano de dois<br />

componentes (2k-PUR) passou diversos<br />

testes com distinção, dando assim início a<br />

uma nova geração de revestimentos de<br />

poliuretano com capacidades de auto-regeneração.<br />

O acabamento 2K-PUR é uma combinação<br />

especial <strong>das</strong> já comprova<strong>das</strong> matérias<br />

primas de revestimentos de poliuretanos<br />

Desmodour® e Desmophen®. Um ligeiro<br />

aquecimento de um revestimento formulado<br />

com estes dois componentes faz com<br />

que pequenas imperfeições desapareçam.<br />

E o mais interessante é que tudo o que é<br />

preciso para desencadear este processo é<br />

um pouco de sol.<br />

Alberto Goldstein, engenheiro químico<br />

da Bayer MaterialScience em Portugal,<br />

afirma que, “este produto foi especificamente<br />

formulado para que a regeneração<br />

da superfície do revestimento permita ao<br />

automobilista manter a pintura do carro<br />

sempre nova. O próximo desafio é conseguir<br />

uma superfície totalmente anti-risco”.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Janeiro 2006 11<br />

Em Janeiro de 2006, a<br />

Vieira & Freitas, empresa<br />

com sede em Braga,<br />

comemora os 25 anos de<br />

actividade, desde sempre<br />

ligada à distribuição de<br />

peças eléctricas e electrónicas<br />

para todo o tipo de<br />

veículos.<br />

Para assinalar a data, a empresa irá<br />

promover junto dos seus clientes varias<br />

promoções durante todo o mês de Janeiro,<br />

oferecendo descontos especiais e<br />

brindes.<br />

A Vieira & Freitas, apresenta-se hoje,<br />

Vieira & Freitas<br />

comemora 25 anos de actividade<br />

como um dos maiores<br />

distribuidores Nacionais<br />

de peças auto para o aftermarket,<br />

contando para<br />

isso com uma gama de<br />

artigos de grande qualidade,<br />

dos melhores e<br />

mais conceituados fabricantes<br />

europeus e Japoneses<br />

como Cargo, Hc, Narva, Sikura,<br />

Micronair, Hkt, New-era, Huco, Autolift,<br />

Meat&Doria, Fae, Nagares, Rinder,<br />

Sim, Calearo, Mta, Gebe, Zen, Zm, Ghibaudi,<br />

entre muitas outras igualmente<br />

conceitua<strong>das</strong>.<br />

PUB<br />

Chevrolet<br />

reduz preços de peças de grande rotação<br />

A Chevrolet introduziu desde o passado<br />

dia 1 de Janeiro significativas reduções<br />

nos preços de peças de grande<br />

rotação para veículos Chevrolet e Daewoo.<br />

Trata-se de uma iniciativa inserida<br />

na estratégia de realinhamento de<br />

preços de peças genuínas que está a ser<br />

desenvolvida pela Chevrolet Europa,<br />

cujo início em Portugal teve início em<br />

Maio de 2005 com a redução de preços<br />

de peças para travões. As alterações de<br />

preços agora anuncia<strong>das</strong> abrangem filtros,<br />

escapes e correias e tensores, com<br />

reduções que se situam entre os 25 e os<br />

40%, prevendo-se a sua extensão a outros<br />

tipos de peças num futuro próximo.<br />

Para a Chevrolet, marca que chegou<br />

ao mercado em 2005, esta iniciativa<br />

representa mais uma importante<br />

aposta no seu serviço de Pós-Venda,<br />

visando o reforço da qualidade de serviço<br />

e a fidelização dos seus clientes.<br />

CarLife<br />

aposta na tecnologia e no desenvolvimento da rede<br />

A CarLife, actualmente<br />

com três<br />

centros auto (dois<br />

em Lisboa e um no<br />

Porto), apostou fortemente<br />

na tecnologia,<br />

dotando todos<br />

os centros com a<br />

mais recente geração<br />

de equipamentos<br />

homologados<br />

pelos maiores fabricantes<br />

de automóveis.<br />

Destes equipamentos destacam-se a<br />

máquina de alinhar direcções robotizada<br />

Nussbaum WAB-01 (a única existente<br />

no mercado automóvel em Portugal),<br />

o equipamento de diagnóstico<br />

multimarca Gutmann MAC 55, a linha<br />

de pré-inspecção Maha Eurosystem e as<br />

máquinas de desmontar pneus e equilibrar<br />

ro<strong>das</strong> Beissbarth série MT e MS.<br />

Através desta aposta, a carrilhe tem<br />

como objectivo tornar-se uma referência<br />

nacional no mercado da manutenção<br />

e reparação automóvel<br />

e no comércio<br />

de peças e acessórios<br />

auto.<br />

A CarLife pretende<br />

expandir a<br />

sua oferta a todo o<br />

território nacional,<br />

num período de três<br />

anos, integrada<br />

numa política de<br />

expansão passará<br />

por duas vias, ambas em regime de<br />

franchising. A primeira consiste na<br />

criação de Centros novos de raiz, em<br />

espaços já existentes; a segunda efectuar-se-á<br />

por “conversões”, ou seja,<br />

através da adopção do conceito CarLife<br />

por parte de negócios já existentes na<br />

área automóvel (ex: oficinas independentes,<br />

“casas de pneus”, estações de<br />

serviço, etc.), possibilitando um up-grade<br />

dos mesmos com um investimento<br />

mais acessível e garantindo uma oferta<br />

global aos seus clientes.


12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

PARCERIA DA BOSCH<br />

COM A BREMBO<br />

A “joint-venture“ será participada<br />

em 50% por cada um dos<br />

parceiros (total de 13 milhões de<br />

euros), denominando-se KBX<br />

Motorbike Products Private. A<br />

nova empresa ficará situada na cidade<br />

de Pune, na Índia, estando<br />

prevista uma facturação de 20 milhões<br />

de euros nos primeiros 12<br />

meses de actividade. A produção<br />

destina-se ao mercado indiano de<br />

2 ro<strong>das</strong>, mas a KBX pretende virar-se<br />

também para a exportação,<br />

visando o aumento do volume de<br />

negócios. A Bosch possui ainda<br />

mais 3 outras filiais na Índia, nas<br />

quais emprega 14 mil trabalhadores<br />

e realiza 548 milhões de euros/ano<br />

(último exercício).<br />

CHECKSTAR<br />

SERVICES NETWORK<br />

Trata-se de uma rede de oficinas<br />

patrocinada pela Magneti Marelli<br />

Aftermarket, cujo objectivo é<br />

constituir uma alternativa credível<br />

às redes de assistência oficial <strong>das</strong><br />

marcas, apostando em critérios de<br />

fiabilidade, profissionalismo e<br />

transparência. Este conceito de assistência<br />

automóvel nasceu, logicamente,<br />

em Itália e foi lançado<br />

este ano em Espanha. Em 2006 seguir-se-á<br />

a expansão para o mercado<br />

francês. A rede de oficinas<br />

Checkstar em Espanha substituirá<br />

a rede SQS, que a filial espanhola<br />

de Magneti Marelli já tinha no terreno.<br />

Esta proposta vem dinamizar<br />

o programa de fidelização da rede<br />

de assistência internacional Magneti<br />

Marelli, que integra 5.600 oficinas<br />

em vários países.<br />

ARVINMERITOR<br />

LVA IBÉRIA<br />

ANUNCIA OBJECTIVOS<br />

Na III Convenção ArvinMeritor<br />

LVA Ibéria, realizada no final<br />

do ano passado em Madrid,<br />

foram anunciados os objectivos<br />

da empresa para 2006, começando<br />

por investimentos em instalações<br />

logísticas e pelo lançamento<br />

de uma linha de emergência (hot<br />

line), destinada a potenciar a<br />

transmissão de informação e formação<br />

técnica para os clientes.<br />

Está previsto igualmente o lançamento<br />

de um novo catálogo de<br />

escapes e catalisadores (Arvin<br />

Tesh, Metal’Cat e EuroCat), em<br />

CD e papel, estando também disponível<br />

na Internet.<br />

DOCUMENTO ÚNICO<br />

AUTOMÓVEL JÁ VIGORA<br />

Começando pelos veículos recentemente<br />

matriculados, mas disponível<br />

para quem o quiser requisitar<br />

(DGV, Conservatória do Registo<br />

Automóvel), o Documento<br />

Único Automóvel pretende ser<br />

uma simplificação do actual modelo,<br />

juntando o livrete e o título<br />

de propriedade. Denominado certificado<br />

de matrícula, o novo documento<br />

resulta de uma norma comunitária<br />

e terá o formato <strong>das</strong> antigas<br />

cartas de condução:<br />

desdobrável em 3 partes, com um<br />

espaço reservado a um código de<br />

barras, que duplica a informação e<br />

garante a sua segurança.<br />

Mota & Pimenta<br />

apresenta renovador de pneus<br />

A Mota & Pimenta introduziu recentemente no<br />

mercado nacional um novo produto para pneus da<br />

Abel Gold.<br />

Trata-se de um renovador de pneus que permite,<br />

após aplicação, restituir o aspecto novo aos flancos<br />

dos pneus descolorados (negro profundo e brilhante).<br />

De utilização e de secagem rápida, não necessita<br />

de ser enxugado e não adere às jantes, restituindo<br />

o negro e o brilho original dos flancos dos<br />

pneus. De fácil aplicação, já que após lavar e secar<br />

os pneus basta aplicar o produto para deixar secar<br />

novamente, o renovador de pneus resulta num tratamento aos pneus de<br />

excelente efeito.<br />

Também recente na gama de produtos da Mota & Pimenta, são os<br />

toalhetes lava vidros e os toalhetes de cockpit.<br />

Os primeiros são aconselháveis para vidros interiores e exteriores, enquanto<br />

os outros destinam-se a desempoeirar, limpar e proteger todos os<br />

revestimentos plásticos interiores, fazendo também um tratamento antiestático<br />

e anti-UV.<br />

Europeças alargou oferta NGK<br />

A Europeças alargou recentemente a sua oferta de produtos com a<br />

introdução da gama NGK. Nas velas de ignição, passou a disponibilizar<br />

cerca de 2.000 referências, distribuí<strong>das</strong> por embalagens normais<br />

e blister. Ao nível <strong>das</strong> velas de incandescência houve uma incidência<br />

especial na Gama D-Power. Apesar de ter um programa relativamente<br />

curto (45 referências) reforçou-se a cobertura do parque automóvel<br />

diesel nos ligeiros em termos de mercado português.<br />

Em termos de son<strong>das</strong> Lambda, existem agora cerca de 370 referências<br />

NGK distribuí<strong>das</strong> pelo Programa Universal e específico por<br />

veículo. Trata-se de um produto de grande qualidade, segundo o fabricante,<br />

e com um boa cobertura do parque automóvel nacional.<br />

Nos cabos de ignição, a Europeças disponibiliza agora aproximadamente<br />

600 referências, fabricados com a tecnologia e qualidade do 1º<br />

Equipamento seguindo deste modo as respectivas especificações e<br />

requisitos dos fabricantes. Com este alargamento à Gama NGK a<br />

Europeças reforça a sua posição na vanguarda da distribuição automóvel<br />

independente em Portugal.<br />

Kayaba equipa novos modelos automóveis<br />

A Kayaba, o maior fabricante de amortecedores<br />

para primeiro equipamento, continua a fortalecer a<br />

parceria com a Renault, fornecendo os amortecedores<br />

dianteiros e traseiros para o Novo Clio.<br />

Os amortecedores instalados no eixo traseiro e<br />

dianteiro são colunas McPherson com tecnologia<br />

bitubo. Em ambos os casos, o condutor beneficia<br />

<strong>das</strong> características dos amortecedores KYB, proporcionando-lhe<br />

segurança e controlo de condução.<br />

Por sua vez, a Kayaba é igualmente fornecedora<br />

de amortecedores de primeiro equipamento para o<br />

Novo Lexus GS Sport Saloon.<br />

Em função de cada modelo específico da<br />

Lexus, a Kayaba desenvolveu e fornece<br />

três tipos de tecnologia diferentes:<br />

- Amortecedor com tecnologia<br />

Monotubo<br />

Tomafix<br />

lança novos produtos auto<br />

A Tomafix, empresa com sede na Maia, lançou em Portugal duas<br />

novas linhas de produtos para automóveis.<br />

Assim, a linha Belgom representa toda uma gama de produtos “car<br />

care” para carroçaria (limpeza de pintura, campo e polimento), cromados<br />

e jantes. Existem também produtos para limpeza de motores e<br />

do habitáculo. Estão disponíveis nesta linha produtos para limpeza<br />

do couro e até produtos para as capotas dos veículos descapotáveis.<br />

Trata-se de uma linha muito variada e diversificada.<br />

A segunda linha de produtos, a linha 5, é igualmente muito vasta<br />

e dispõe de produtos para muitas aplicações, embora com incidência<br />

na componente técnica e mecânica. Desta linha, composta por<br />

cerca de 15 produtos distintos, destacam-se, entre outros, os seguintes<br />

produtos:<br />

- Air 5 - Agente de Limpeza do Circuito de Admissão, para motores<br />

a gasolina de carburador ou injecção;<br />

- Aqua 5 Anti-Fuite – Anti-Fugas de radiador;<br />

- Clim 5 Profissional – produto para limpeza de Sistemas de Ar Condicionado<br />

e Chaufagem<br />

- D H P 5 - Produto para dinamizar as performances do motor diesel;<br />

- Frein 5 - Limpa Travões e Embraiagens e Desengordurante a Seco<br />

Para mais informações sobre os produtos da Tomafix pelo número<br />

de telefone 220 151 254.<br />

- Amortecedor Electrónico Monotubo com mola de suspensão<br />

- Amortecedor Electrónico Monotubo com colchão de ar<br />

Os amortecedores electrónicos são controlados pelo<br />

sistema VDIM da Lexus (Vehicle Dynamics Integrated<br />

Management). Este sistema faz interagir a suspensão<br />

com o sistema de travagem e de tracção, optimizando<br />

o controlo e a manobralidade do veículo.<br />

A Kayaba demonstra mais uma vez a sua capacidade<br />

de I&D, desenvolvendo produtos para suspensões<br />

de última geração, como é caso deste novo Lexus,<br />

que procura oferecer aos seus utilizadores o melhor<br />

compromisso entre o binómio performance e<br />

segurança.<br />

JG Neto<br />

apresenta Sensores<br />

de Estacionamento<br />

Foi recentemente lançado no<br />

mercado pela JG Neto, um novo<br />

produto da marca Valeo, que são os<br />

Sensores de Estacionamento. A<br />

gama “Beep & Park”, como são<br />

designados estes sensores de estacionamento,<br />

é constituída por cinco<br />

kits que cobrem 100% <strong>das</strong> combinações<br />

possíveis de aplicação.<br />

O lançamento deste produto vem<br />

permitir o acesso a um equipamento<br />

que até agora só era disponibilizado<br />

pelos construtores de automóveis<br />

nas viaturas novas.<br />

A partir deste momento o cliente<br />

final tem à sua disposição a possibilidade<br />

de instalar um sistema auxiliar<br />

de estacionamento na sua viatura<br />

de uma forma rápida e económica.<br />

Outra grande vantagem deste<br />

produto é a existência de uma gama<br />

de acessórios/peças sobressalentes<br />

o que permite, em caso de sinistro,<br />

substituir somente a peça danificada<br />

evitando a compra de um novo<br />

kit completo.<br />

Este novo produto aplica-se a todos<br />

os tipos de veículos ligeiros<br />

(passageiros, comerciais e todo-oterreno)<br />

em circulação no nosso<br />

país. Para mais informações contactar<br />

sobre a gama “Beep & Park”,<br />

contactar JG Neto (217 210 240).


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Janeiro 2006 13<br />

Formação Profissional<br />

Obrigações legais aplicáveis<br />

De acordo com o estipulado na<br />

Lei nº 99/2003, de 27.08.03 (Código<br />

do Trabalho) e na Lei nº<br />

35/2<strong>004</strong>, de 29.07.04 (Regulamentação<br />

do Código do Trabalho),<br />

as empresas deverão cumprir<br />

com as seguintes obrigações,<br />

em matéria de formação profissional:<br />

- As empresas devem proporcionar<br />

aos trabalhadores acções<br />

de formação profissional adequa<strong>das</strong><br />

à sua qualificação;<br />

- Aos trabalhadores deve ser<br />

assegurado um número mínimo<br />

de horas anuais de formação certificada (35<br />

horas em 2006);<br />

- A formação contínua de activos deve,<br />

em cada ano, abranger, pelo menos, 10%<br />

dos trabalhadores, com contrato sem termo;<br />

- Aos trabalhadores com contrato a termo<br />

com duração que exceda 6 meses, deve,<br />

igualmente, ser proporcionada formação<br />

profissional, em percentagens diferencia<strong>das</strong>,<br />

consoante a duração do contrato;<br />

- As horas de formação que não forem organiza<strong>das</strong><br />

sob a responsabilidade do empregador<br />

por motivo que lhe seja imputável<br />

são transforma<strong>das</strong> em créditos acumuláveis<br />

ao longo de três anos, no máximo;<br />

- O trabalhador pode utilizar o crédito de<br />

horas correspondente ao número mínimo de<br />

horas de formação contínua anuais, se esta<br />

não for assegurada pelo empregador ao longo<br />

de três anos por motivo que lhe seja imputável,<br />

para a frequência de acções de formação<br />

por sua iniciativa, mediante comunicação<br />

ao empregador com a antecedência<br />

mínima de 10 dias;<br />

- O crédito de horas para formação é referido<br />

ao período normal de trabalho, confere<br />

direito a retribuição e conta como tempo de<br />

serviço efectivo;<br />

- Cessando o contrato de trabalho,<br />

o trabalhador tem direito a<br />

receber a retribuição correspondente<br />

ao crédito de horas para<br />

formação que não lhe tenha sido<br />

proporcionado;<br />

- No caso de trabalhadores com<br />

contrato a termo, quando o empregador<br />

não proporcione formação<br />

profissional, ficam os mesmos<br />

com um crédito correspondente<br />

ao valor da formação que<br />

devia ter sido realizada;<br />

- As empresas devem elaborar<br />

e enviar à Inspecção-Geral do<br />

Trabalho, até 31 de Março de cada ano, um<br />

relatório sobre a execução da formação<br />

contínua, indicando o número total de trabalhadores<br />

da empresa, trabalhadores<br />

abrangidos por cada acção, respectiva actividade,<br />

acções realiza<strong>das</strong>, seus objectivos e<br />

número de trabalhadores participantes, por<br />

áreas de actividade da empresa, bem como<br />

os encargos globais da formação e fontes de<br />

financiamento.<br />

Nota: para mais informações sobre este assunto<br />

contactar as Associações do Sector:<br />

ACAP, ANECRA e ARAN.<br />

Breves<br />

CHRONOLUX CP<br />

DA R-M EM COMERCIALIZAÇÃO<br />

Foi lançada no mercado a nova<br />

laca transparente Chronolux CP,<br />

de baixo teor de emissões VOC,<br />

especialmente estudada para a recuperação<br />

de peças avulsas e pequenas<br />

imperfeições da pintura.<br />

Com um tempo de secagem de 15-<br />

20 minutos, dependendo do tipo<br />

de trabalho, esta laca é um dos<br />

produtos do mercado com tempos<br />

de processamento mais rápidos,<br />

possuindo excelente extensibilidade<br />

e facilidade de aplicação. Devido<br />

ao alto teor de sólidos, proporciona<br />

um acabamento de qualidade<br />

e uma excelente estabilidade do<br />

brilho. É compatível com a linha<br />

de base aquosa Onyx HD.<br />

PARCERIA GLASURIT/BAR<br />

HONDA ATÉ 2007<br />

O contrato de cooperação entre<br />

as duas empresas foi renovado, até<br />

2007, permitindo que a marca<br />

Glasurit (grupo BASF) se mantenha<br />

no mediático palco da F1.<br />

Para o responsável pela divisão de<br />

pintura da equipa BAR Honda,<br />

Andrew Moody, os produtos <strong>das</strong><br />

linhas 22 e 55 da Glasurit possuem<br />

uma secagem muito rápida,<br />

grande adaptabilidade e um brilho<br />

fantástico, ou seja, tudo o que se<br />

espera para a carroçaria de um<br />

monolugar de alta competição.<br />

PUB<br />

BERNER.CDR


14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

Breves<br />

SISTEMA DE APOIO<br />

À CONDUÇÃO WEDGE<br />

A DuPont Glass Laminating<br />

Solutions já tem disponível um<br />

sistema de projecção HUD (headup<br />

display) que permite aos condutores<br />

receberem informações<br />

sobre segurança, navegação e de<br />

condução, através do vidro do<br />

pára-brisas. O sistema Wedge está<br />

laminado entre duas cama<strong>das</strong> de<br />

vidro e é perfeitamente transparente,<br />

para evitar distorções. A<br />

imagem virtual fica na linha do<br />

olhar do condutor, podendo ser regulada<br />

a posição e o brilho da<br />

imagem à vontade deste.<br />

NOVO CATÁLOGO DOGA<br />

Neste novo catálogo, a empresa<br />

especialista em sistemas de limpa<br />

pára-brisas Doga apresenta 30 depósitos<br />

de água de lavagem de vidros,<br />

com capacidades de 1 a 20<br />

litros, bem como mais de 50 acessórios,<br />

acompanhados de toda a<br />

informação necessária. No seu<br />

conceito de uma oferta orientada<br />

para o cliente, a Doga propõe a<br />

adaptação de todos os depósitos a<br />

qualquer necessidade e soluções<br />

específicas para os casos em que é<br />

necessário um depósito especial.<br />

A linha de depósitos de água e<br />

acessórios aumentou consideravelmente<br />

na empresa, com a passagem<br />

de toda produção para a<br />

Doga Itália.<br />

Novos Kits de Rolamentos de roda<br />

SKF VKBD<br />

Substituir um tambor/disco<br />

de travão é<br />

uma operação de rotina<br />

para os mecânicos profissionais.<br />

Quando o rolamento<br />

de roda é um<br />

Cubo completo HBU2<br />

ou HBU3, apenas é preciso<br />

substituir o tambor/disco. Com<br />

os novos Kits VKBD, da SKF,<br />

esta operação torna-se mais rápida,<br />

mais simples e mais eficiente.<br />

VKBD é um Kit de rolamentos<br />

de roda VKBA com o<br />

rolamento montado num tambor/disco<br />

de travão, contendo na<br />

caixa todos os outros acessórios<br />

necessários para uma<br />

montagem completa.<br />

Este tipo de produtos<br />

integrados são cada vez<br />

mais comuns e o equipamento<br />

original já oferece<br />

esta solução como no<br />

caso da última geração dos modelos<br />

Renault, em que o rolamento<br />

não pode ser comprado<br />

separadamente.<br />

A gama inicial de Kits SKF<br />

VKBD integra 31 Kits, 26 dos<br />

quais com discos de tambor e 5<br />

com discos de travão que em<br />

conjunto cobrem um total de<br />

1308 aplicações.<br />

Brisa investe<br />

731,6 milhões de Euros em Portugal, em 2006.<br />

Em 2006, a Brisa irá investir<br />

731,6 milhões de Euros, na<br />

conclusão e na modernização<br />

<strong>das</strong> auto-estra<strong>das</strong> da rede Brisa<br />

e na construção da Auto-estrada<br />

do Litoral Centro. O investimento<br />

programado pela Brisa<br />

para 2006 é o dobro daquele<br />

realizado em 2005 (369,7 milhões<br />

de Euros). O programa<br />

de investimentos na rede principal<br />

está orçamentado em 432<br />

milhões de Euros, e inclui a<br />

construção dos lanços da A10<br />

– Auto-estrada Bucelas/Carregado/IC3,<br />

entre Arruda-dos-<br />

Vinhos e Benavente, bem<br />

como obras de alargamento de<br />

sublanços de auto-estra<strong>das</strong> em<br />

exploração e obras de beneficiações<br />

em sublanços em exploração.<br />

Mi<strong>das</strong><br />

com campanha<br />

e novo serviço<br />

Dirigido ao público em geral,<br />

a Mi<strong>das</strong> está a desenvolver<br />

uma campanha nas suas<br />

13 oficinas, espalha<strong>das</strong> por<br />

todo o país. Assim, na compra<br />

e montagem de 3 pneus<br />

Goodyera é oferecido o 4º<br />

pneu mais a mudança de óleo<br />

(Galp). Esta campanha tem<br />

como objectivo estimular o<br />

consumo de pneus de high<br />

performance tendo sido escolhida<br />

a prestigiada marca<br />

Goodyear. Em termos de novos<br />

serviços, nos Centros Mi<strong>das</strong><br />

passou a ser agora possível<br />

instalar equipamentos da<br />

marca Nokia.<br />

Beta com nova<br />

colecção de botas<br />

A Costa & Garcia, através da<br />

sua representada Beta, lançou recentemente<br />

a sua nova colecção<br />

de calçado.<br />

Não se trata apenas de uma<br />

nova colecção mas de uma evolução<br />

tecnológica no calçado profissional,<br />

que cumpre as novas<br />

normas de segurança EN ISO<br />

20345-20347.<br />

Esta nova colecção apresenta<br />

algumas novidades nas formas do<br />

calçado, na ergonomia e na resistência<br />

ao deslizamento devido á<br />

introdução de um novo tipo de<br />

sola em poliuretano de dupla densidade.<br />

Através da tecnologia<br />

SAS (Shock-absorver-system),<br />

este calçado surge reforçado em<br />

matéria de absorção de energia,<br />

bem como na palmilha mais anatómica<br />

com sistema Fresh Plus.<br />

Com estas novidades, o calçado<br />

Beta oferece uma protecção total<br />

da planta do pé, são mais leves e<br />

flexíveis e permitem um bom isolamento<br />

térmico independente da<br />

temperatura exterior.<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

NOTÍCIAS Janeiro 2006 15<br />

LUK equipou Volkswagens<br />

“Race Touareg 2”<br />

Jiangling<br />

é a primeira marca chinesa em Portugal<br />

A Volkswagen apresentou-se<br />

este ano no Lisboa-Dakar com<br />

cinco veículos “Race Touareg<br />

2” equipados com embraiagens<br />

Luk hidráulicas com três capas<br />

de revestimento cerâmico, especialmente<br />

concebi<strong>das</strong> para<br />

suportar as duras condições de<br />

funcionamento a que estão sujeitas<br />

durante a prova mais exigente<br />

da actualidade. De Villiers<br />

conquistou a 2ª posição da<br />

edição deste ano do Lisboa-Dakar,<br />

ao volante de um Race<br />

Touareg 2.<br />

A nível da mecânica, os VW<br />

Race Touareg 2 estão equipados<br />

com motores Turbodiesel de 5<br />

cilindros em linha, 2,5 litros de<br />

cilindrada e 275 cv de potência.<br />

A caixa é de seis velocidades sequencial,<br />

tracção integral permanente<br />

e três diferenciais mecânicos<br />

com possibilidades de<br />

bloqueio. A suspensão é de<br />

triângulos sobrepostos com dois<br />

amortecedores por roda e travões<br />

de disco ventilados. De referir<br />

ainda que o chassis é composto<br />

por uma estrutura tubular<br />

em aço e a carroçaria em fibra<br />

de carbono. Quanto aos pneus<br />

são da medida 235/85 R16 e as<br />

jantes de 7j x 16.<br />

Lusilectra<br />

dá formação sobre diagnóstico auto<br />

A Dong Motors foi nomeado distribuidor exclusivo<br />

para Portugal dos veículos produzidos<br />

pelo fabricante japonês Jiangling. A distribuição<br />

destes veículos no mercado nacional começará a<br />

ser feita durante o primeiro trimestre de 2006, estando<br />

prevista a criação de uma rede comercial e<br />

de após-venda para dar assistência aos veículos<br />

em circulação. Por outro lado, a Dong Motors<br />

está a trabalhar com o fabricante chinês para melhorar<br />

os veículos, adaptando-os ao gosto e necessidades<br />

europeias.<br />

Numa primeira fase será comercializado apenas<br />

o modelo Landwin, um todo-o-terreno de cinco<br />

lugares equipado com motores diesel e gasolina,<br />

com tração 4x2 e 4x4. Mais tarde será a vez<br />

dos modelos ligeiros, que irão completar a gama<br />

Jiangling num futuro próximo.<br />

Na constante procura do desenvolvimento<br />

do sector automóvel<br />

e <strong>das</strong> oficinas em particular,<br />

o Instituto Superior de Engenharia<br />

do Porto (ISEP) tem<br />

vindo a promover acções e eventos<br />

vários no domínio <strong>das</strong> novas<br />

tecnologias, bem como, cursos<br />

de formação.<br />

Nesse âmbito o, departamento<br />

de Engenharia Mecânica do<br />

ISEP organizou, no passado dia<br />

16 de Dezembro de 2005 nas<br />

suas instalações um seminário<br />

sobre o tema “Tecnologias de<br />

Comunicação Automóvel”.<br />

Para alcançar o objectivo proposto<br />

para este seminário, o<br />

ISEP recorreu a uma parceria<br />

com a Lusilectra, cujo “knowhow”<br />

como empresa fornecedora<br />

de equipamentos e formadora<br />

de técnicos para oficinas é por<br />

de mais reconhecido. Para dar<br />

resposta às necessidades, a Lusilectra<br />

recorreu aos serviços de<br />

uma <strong>das</strong> suas mais recentes representa<strong>das</strong>,<br />

a Gutmann-Messtechnik.<br />

Contando com uma adesão superior<br />

a 150 participantes, alunos<br />

e docentes dos vários cursos de<br />

engenharia, inspectores de veículos<br />

e outros convidados ligados<br />

ao sector, esta iniciativa permitiu<br />

actualizar os conhecimentos respeitantes<br />

à tecnologia mais recente<br />

dos sistemas de comunicação<br />

automóvel (OBD/EOBD e<br />

CAN bus).<br />

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16<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

NOTÍCIAS<br />

A empresa de Oliveira do Douro,<br />

especializada no fornecimento<br />

de equipamentos para oficinas e<br />

centros de inspecção automóvel,<br />

irá manter até finais do mês de<br />

Fevereiro as promoções que se<br />

encontram disponíveis no site<br />

www.equiassiste.pt. Entre a oferta<br />

disponível destaque para os<br />

PUB<br />

Equiassiste<br />

mantém promoções até final de Fevereiro<br />

equipamentos de pneus da Sicam,<br />

com opção de pagamento a 12<br />

meses sem juros. Nos equipamentos<br />

de diagnóstico da Berton, da<br />

qual a Equiassiste é representante<br />

para Portugal desde 1996, existem<br />

promoções de preço, que tornam<br />

este equipamento mais competitivo.<br />

LIVROS TÉCNICOS PARA PROFISSIONAIS DE CARROÇARIA E REPINTURA<br />

DOIS NOVOS LIVROS SOBRE O ALUMÍNIO<br />

O ALUMÍNIO NO FABRICO E REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />

A CESVIMAP editou dois novos livros<br />

sobre o alumínio: “O Alumínio no Fabrico<br />

de Carroçarias”, que aborda as<br />

principais características deste material<br />

utilizado na construção de veículos; e<br />

“O Alumínio na Reparação de<br />

Carroçarias”, que analisa as instalações,<br />

equipamentos, ferramentas e produtos<br />

específicos utilizados na reparação<br />

deste material.<br />

Cosimpor com campanhas para retalhistas<br />

A Cosimpor, empresa de Viseu especializada<br />

em peças para automóveis, está a desenvolver<br />

uma campanha de bombas de água e amortecedores<br />

para os seus clientes (retalhistas). Ao<br />

fazer um pedido mínimo de de 10 bombas de<br />

água Serca, poderá acumular euros que se poderão<br />

transformar em compras ou em viajens.<br />

Quanto à campanha dos amortecedores Serca,<br />

bastará a compra de 20 unidades, recebendo 30<br />

euros para efectuar em compras.<br />

NewCar<br />

Seixal<br />

na internet<br />

O centro de rejuvenescimento<br />

automóvel da Newcar no Seixal,<br />

entrou recentemente no<br />

mundo virtual, através da construção<br />

de um website. No endereço<br />

www.antoniobritoefilho.pt<br />

pode ficar agora a conhecer mais<br />

em pormenor todos os serviços<br />

disponibilizados por este centro<br />

Newcar, bem como as campanhas<br />

que vai desenvolvendo para os<br />

seus clientes, como ainda algumas<br />

novidades relaciona<strong>das</strong> com<br />

a actividade deste centro.<br />

O ALUMÍNIO NO FABRICO DE CARROÇARIAS<br />

(97 páginas – preto e branco – 20 x 22 cm – mais de 55 fotografias e ilustrações – língua<br />

espanhola)<br />

Analisa a aplicação deste material na<br />

construção de automóveis, desde a sua<br />

utilização em componentes mecânicos –<br />

motores, depósitos de combustível, radiadores<br />

ou elementos da direcção – até às peças<br />

exteriores da carroçaria, ou a carroçaria na sua<br />

totalidade.<br />

As características do alumínio, os diferentes<br />

tipos de ligas e a sua utilização na indústria do<br />

ÍNDICE<br />

◗ 1. 0 Alumínio e suas ligas<br />

◗ 1.1 Obtenção do alumínio<br />

◗ 1.2 Endurecimento<br />

◗ 1.3 Principais ligas<br />

◗ 1.4 Designação <strong>das</strong> ligas de alumínio<br />

◗ 2. 0 Utilização do alumínio<br />

INFORMAÇÕESEPEDIDOS:<br />

CESVIMAOP<br />

Ctra. De Valladolid, Km 1<br />

05<strong>004</strong> Ávila<br />

ESPAÑA<br />

alumínio, assim como as técnicas de<br />

soldadura utiliza<strong>das</strong>, foram tratados<br />

de forma a que este livro se<br />

converta numa obra de referência<br />

para todos os profissionais que<br />

queiram estar actualizados<br />

sobre a reparação de peças<br />

e veículos fabricados com<br />

alumínio.<br />

◗ 2.1 Propriedades. Diferenças com o aço<br />

◗ 2.2 Características como material<br />

para a indústria automóvel<br />

◗ 2.3 Aplicações no automóvel<br />

◗ 3. 0 Técnicas de soldadura e união<br />

no alumínio<br />

O ALUMÍNIO NA REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />

(105 páginas – preto e branco – 20 x 22 cm – mais de 150 fotografias e ilustrações –<br />

língua espanhola)<br />

Contém informação importante para as<br />

oficinas de repintura, com a<br />

apresentação de processos completos<br />

de reparação e substituição de<br />

diversas peças de alumínio dos<br />

veículos, ilustrado com fotografias<br />

tira<strong>das</strong> nos exercícios práticos<br />

realizados pela CESVIMAP. Inclui fotos de<br />

vários processos de reparação, como por<br />

ÍNDICE<br />

◗ 1.0 Instalações para o trabalho<br />

com alumínio<br />

◗ 1.1 Equipamentos de soldadura<br />

◗ 1.2 Ferramentas para a conformação de painéis<br />

de alumínio<br />

◗ 1.3 Ferramentas de corte<br />

◗ 1.4 Equipamentos e produtos específicos<br />

◗ 1.5 Banca<strong>das</strong> para trabalhar o alumínio<br />

◗ 2. 0 Conformação de painéis de alumínio<br />

Telefone: +34.920.206.300<br />

Fax: +34.920.206.319<br />

e-mail: cesvimap@cesvimap.com<br />

Internet. www.cesvimap.com<br />

exemplo: deformação de peças por ruptura,<br />

utilização de aparelhos de tracção para nivelar a<br />

chapa, entre outras.<br />

São analisados os equipamentos e ferramentas<br />

especiais utiliza<strong>das</strong> na reparação de alumínio, e<br />

é dado destaque aos equipamentos de<br />

soldadura e às ferramentas especiais utiliza<strong>das</strong><br />

na conformação de painéis, massas e adesivos,<br />

banca<strong>das</strong>, etc.<br />

◗ 2.1 tratamento mecânico<br />

da chapa de alumínio<br />

◗ 2.2 Tratamento térmico<br />

da chapa de alumínio<br />

◗ 2.3 Soldadura de rachas<br />

◗ 2.4 Processos de reparação<br />

◗ 3. 0 Substituição de peças de alumínio<br />

◗ 3.1 Substituições parciais<br />

◗ 3.2 Substituição de peças simples<br />

Nova gama<br />

de medidores<br />

de massa de ar<br />

A Standard Motor Products<br />

Europe lançou recentemente<br />

uma gama completamente<br />

nova de medidores<br />

de massa de ar da marca<br />

Intermotor. Esta nova<br />

gama poderá ser aplicada a<br />

mais de 300 veículos apenas<br />

com 6 referências individuais.<br />

Desenvolvidos e construídos<br />

pela Intermotor, na<br />

Inglaterra, os medidores de<br />

massa de ar são o resultado<br />

de 12 meses de intensiva<br />

pesquisa no centro tecnológico<br />

da SMP’s em Nottingham.<br />

Na base de desenvolvimento<br />

deste produto esteve<br />

o cumprimento dos standard´s<br />

como equipamento<br />

original, mas com a vantagem<br />

de dispor de um reduzido<br />

número de referências<br />

com a natural redução de<br />

custos associados.<br />

Os medidores de massa<br />

de ar da Intermotor são representados<br />

em Portugal<br />

pela Solucas.


18<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

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20<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

Aparelhos de diagnóstico<br />

FORUM<br />

Oferta para to<strong>das</strong> as necessidades<br />

O mercado de aparelhos de diagnóstico auto cresceu exponencialmente nos últimos anos, mas nem sempre a oferta tem o devido<br />

acompanhamento técnico e evolutivo que é exigido a este tipo de equipamentos. Alexandre Rodrigues (Gutmann), Pedro Santos<br />

(Intermaco) e Hélder Santos (Hélder Máquinas) estão bem por dentro do mercado dos aparelhos de diagnóstico, dando a sua opinião<br />

sobre o presente e o futuro do mesmo.<br />

Alexandre Rodrigues<br />

Gerente da Gutmann<br />

Pedro Santos<br />

Director Técnico<br />

da Intermaco<br />

Hélder Santos<br />

Gerente da Hélder<br />

Máquinas Ferramentas,<br />

Lda<br />

“O profissional que ainda<br />

não possui um equipamento de<br />

diagnóstico está com seus dias contados”<br />

Como avalia o estado actual do mercado de<br />

aparelhos de diagnóstico auto?<br />

Desde 1999, ano em que entramos em Portugal, existiam<br />

muitas empresas revendedoras de equipamentos<br />

para oficinas, que já comercializavam o diagnóstico. Porém,<br />

nunca nenhum fabricante de equipamento de diagnóstico<br />

se instalou no país. Logicamente que o profissional<br />

português teve de aderir aos equipamentos comercializados<br />

no mercado. Nos últimos 3 anos ocorreu um<br />

aumento significativo de empresas que começaram a revender<br />

o diagnóstico, pensando que se tratava de um<br />

produto como outro qualquer. Porém o diagnóstico requer<br />

um entendimento técnico muito especializado e<br />

uma equipa voltada somente para este segmento de produto.<br />

Esta situação ocasionou uma deturpação do significado<br />

e da importância do diagnóstico, perante o profissional<br />

da reparação, que por sua vez começou a alimentar<br />

a opinião que o diagnóstico resume-se simplesmente<br />

em “Apagar umas Luzinhas do Quadro de Instrumentos”.<br />

Nós como fabricantes, temos a consciência que faz<br />

parte da nossa função como profissionais, esclarecer a<br />

fundo o significado do diagnóstico para o profissional.<br />

Em relação ao suposto excesso de oferta, defendemos a<br />

opinião de que “quanto mais oferta, mais competitivo se<br />

torna o mercado”, sendo o cliente o maior beneficiado<br />

desta situação, que por sua vez pode comparar as diversas<br />

opções.<br />

Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />

diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />

Existe uma clara tendência dos fabricantes de automóveis<br />

em relação aos métodos de comunicação e dos<br />

sistemas de diagnóstico de suas viaturas. Os fabricantes<br />

já começaram a ”Fechar o Cerco” para os reparadores livres<br />

(multimarcas), ou seja, vão apostar cada vez mais<br />

em sistemas de diagnóstico ligados a uma “Rede” onde<br />

o acesso ao diagnóstico e tudo aquilo que o engloba seja<br />

efectuado através de “Login’s” dotados de códigos de<br />

acesso variáveis. Para os fabricantes de equipamentos<br />

de diagnóstico isto significa obrigatoriamente acompanhar<br />

esta tendência, que por sua vez acarreta investimentos<br />

gigantescos na área de desenvolvimento de<br />

“Software”.<br />

Considera que uma oficina automóvel poderá<br />

sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />

diagnóstico?<br />

O “comboio” em direcção à modernização <strong>das</strong> oficinas,<br />

já partiu à muito tempo. O profissional que ainda<br />

não possui um equipamento de diagnóstico está com os<br />

seus dias contados, já que hoje em dia, até mesmo para<br />

substituir pastilhas dos travões de alguns modelos é necessário<br />

a utilização de um equipamento de diagnóstico.<br />

“O mercado de<br />

equipamento de diagnóstico continua<br />

receptivo”<br />

Como avalia o estado actual do mercado de<br />

aparelhos de diagnóstico auto, tendo em conta<br />

a crescente oferta disponível?<br />

O mercado de equipamentos de diagnóstico, na<br />

nossa opinião, continua receptivo.<br />

O principal sinal de que o mercado continua receptivo<br />

é o facto de continuarmos a vender muitos<br />

equipamentos, normalmente em Leasing.<br />

Refira-se que 2<strong>004</strong> foi mesmo um dos melhores<br />

anos da nossa empresa, nomeadamente na área do<br />

diagnóstico auto.<br />

Actualmente existem imensas empresas a<br />

venderem aparelhos de diagnóstico.<br />

Considera que existe um excesso de oferta?<br />

Embora exista já uma oferta muito vasta, nem<br />

to<strong>das</strong> as marcas disponibilizam equipamentos de<br />

qualidade e com perspectivas de evolução.<br />

Aliás, o problema não é tanto do excesso de<br />

oferta mais sim da qualidade e da evolução que um<br />

equipamento deve possuir para quem o adquire<br />

numa perspectiva de longo prazo.<br />

Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />

diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />

A tecnologia está, há já alguns anos, a tomar<br />

conta do sector automóvel, com sistemas cada vez<br />

mais complexos de redes de comunicação entre as<br />

unidades de controle, de sistemas de gestão do motor<br />

e sistemas de segurança passiva e activa cada<br />

vez mais evoluídos, que pela tecnologia empregue,<br />

dificultam em muito o diagnóstico.<br />

De facto, só com equipamentos de diagnóstico<br />

tecnicamente avançados, mas também com o apoio<br />

de marcas com muita margem de evolução se pode<br />

falar de futuro.<br />

A evolução de um equipamento de diagnóstico<br />

implica pesquisa contínua e custos elevadíssimos<br />

com meios técnicos e humanos, só ao alcance de<br />

algumas empresas.<br />

Considera que uma oficina automóvel poderá<br />

sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />

diagnóstico, isto é, poderá essa oficina dar<br />

resposta às actuais exigências dos modernos<br />

modelos de automóveis?<br />

Não, uma oficina automóvel não poderá de facto<br />

sobreviver sem o recurso a este tipo de equipamentos.<br />

As necessidades de um equipamento de diagnóstico<br />

são comuns a qualquer tipo de oficina.<br />

Os problemas nos automóveis aparecem tanto<br />

no electricista ou no mecânico, como também no<br />

chapeiro.<br />

“Mercado altamente<br />

competitivo”<br />

Como avalia o estado actual do mercado de<br />

aparelhos de diagnóstico auto? Já existe um excesso<br />

de oferta?<br />

Podemos caracterizar o mercado nacional de equipamentos<br />

de diagnóstico como sendo ainda relativamente<br />

recente, apesar disso, trata-se de um mercado altamente<br />

competitivo, em que os clientes finais dispõem de diversas<br />

opções para equiparem convenientemente as suas<br />

oficinas. Um dos grandes problemas com que se depara<br />

este mercado é a falta de formação em sistemas electrónicos<br />

da maioria dos clientes, pelo que, tentamos darlhes<br />

o máximo de apoio técnico, para com isso colmatarmos<br />

essa lacuna, pois como constatamos, para além<br />

da qualidade do próprio equipamento, outro ponto fundamental<br />

para o sucesso é o serviço pós-venda, área na<br />

qual tentamos primar pela excelência. Para tal, estamos<br />

a preparar um centro de formação de electrónica automóvel,<br />

para melhor servir os nossos clientes. Podemos<br />

afirmar que não existe um excesso de oferta, existe no<br />

entanto, um número cada vez maior de empresas a comercializar<br />

equipamentos de diagnóstico sem que tenham<br />

pessoal técnico com capacidade para auxiliar as<br />

necessidades dos seus clientes, criando posteriormente<br />

nestes uma sensação de desconfiança e descrença em relação<br />

a todos os outros equipamentos.<br />

Qual será o futuro e a evolução dos aparelhos de<br />

diagnóstico auto em termos tecnológicos?<br />

O futuro <strong>das</strong> máquinas de diagnóstico caminha para<br />

uma maior aproximação da máquina ao utilizador final;<br />

Uma facilidade de utilização cada vez maior,<br />

como por exemplo a introdução de sistemas sem fios,<br />

que por vezes são de grande incómodo no ambiente<br />

oficinal (já presente no equipamento por nós comercializado),<br />

o apoio directo à distância, em que o técnico<br />

pode aceder ao equipamento do cliente via Internet<br />

e desse modo auxiliá-lo (brevemente disponível), actualizações<br />

de software cada vez mais frequentes ou<br />

mesmo em tempo real.<br />

Considera que uma oficina automóvel poderá<br />

sobreviver sem pelo menos ter um aparelho de<br />

diagnóstico?<br />

Desde há vários anos que todos os veículos comercializados<br />

possuem gestão electrónica, para além de outros<br />

sistemas periféricos tais como Airbags, ABS, etc. Quando<br />

surge um problema num destes sistemas, dificilmente<br />

este é identificável sem o auxílio de equipamento de<br />

diagnóstico. Além disso, é por vezes necessário a reinicialização<br />

de determinados componentes, unidades de<br />

comando e sensores, logo e por to<strong>das</strong> estas razões, consideramos<br />

que, para que uma oficina continue a oferecer<br />

serviços de qualidade aos seus clientes, é imperativo a<br />

aquisição de equipamento de diagnóstico.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

AMBIENTE Janeiro 2006 21<br />

Gestão de resíduos do sector automóvel<br />

Quais as obrigações <strong>das</strong> oficinas?<br />

A Inspecção Geral do Ambiente (IGA) e o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA),<br />

estão a realizar inspecções e a fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental, levantando autos<br />

quando detectam infracções. Convém por isso cumprir com a legislação em vigor.<br />

Em Portugal estamos sujeitos à mesma legislação<br />

ambiental que existe nos outros países europeus,<br />

mas temos um défice, em termos de infra-estruturas<br />

e outras condições que permitam gerir adequadamente os<br />

resíduos, duma forma economicamente viável.<br />

Os resíduos provenientes <strong>das</strong> oficinas podem dividir-se<br />

em 3 grandes grupos:<br />

- O dos materiais não perigosos (sucatas, vidro, papel/cartão<br />

de embalagem) e facilmente recicláveis;<br />

- O dos resíduos sólidos urbanos, cujo destino é idêntico<br />

aos lixos domésticos;<br />

- O dos resíduos perigosos, onde se incluem filtros usados,<br />

embalagens contamina<strong>das</strong>, materiais absorventes, fluido<br />

de refrigeração, baterias, aerossóis, pára-choques, etc.<br />

Os pneus e os óleos usados têm programas específicos de<br />

recuperação e reciclagem, sob controlo de entidades gestoras<br />

autoriza<strong>das</strong>. Os resíduos críticos, do ponto de vista da<br />

preservação do ambiente, são os resíduos chamados perigosos,<br />

pois há possibilidade de serem abandonados em<br />

qualquer lado, se não houver uma gestão criteriosa dos<br />

mesmos.<br />

Começando pelos resíduos banais, o maior problema relacionado<br />

com a sua gestão reside no considerável espaço<br />

que ocupam. Em oficinas de pequena dimensão, onde não é<br />

fácil ter espaço para contentores, destinados à triagem destes<br />

resíduos, o uso comum é deixá-los a um canto. É evidente<br />

que os resíduos banais misturados não podem ser reciclados<br />

facilmente, devendo ser encaminhados para centros<br />

de triagem. O problema é que o custo da separação dos<br />

resíduos banais misturados acaba por não compensar a sua<br />

reciclagem. A deposição desses resíduos em aterros específicos<br />

para RIB’s também acaba por ser onerosa, com tendência<br />

para os custos subirem continuamente. Portanto, a<br />

solução que faz mais sentido é separar os resíduos por grupos<br />

de recicladores em operação.<br />

Resíduos banais<br />

Em termos legais, os resíduos banais estão sujeitos a normas<br />

que não diferem grandemente dos outros resíduos. O<br />

transporte tem que ser efectuado por operadores detentores<br />

de alvará de transporte, as operações de reciclagem/tratamento/deposição<br />

têm que ser efectua<strong>das</strong> por detentores de<br />

licenças, é obrigatória a utilização da Guia de Acompanhamento<br />

(com o 3º campo carimbado pelo destino final licenciado),<br />

bem como o preenchimento dos Mapas de Embalagens<br />

(responsáveis pela comercialização ou embaladores).<br />

Existe um mapa específico para empresas distribuidoras e<br />

revendedores, com um volume de negócios anual superior<br />

a 897.836,22 Euros. A não observação destas normas pode<br />

causar problemas a quem não estiver devidamente informado<br />

acerca do seu cumprimento.<br />

Resíduos perigosos<br />

No caso dos resíduos perigosos, constituem a área mais<br />

sensível e mais complicada, em virtude de existirem muitos<br />

resíduos perigosos diferentes. A sua identificação é efectuada<br />

através de um catálogo europeu de resíduos, no qual,<br />

dentro da família de produtos do sector automóvel, estão<br />

listados todos os produtos existentes. Por exemplo, filtros<br />

de óleo e amortecedores são ambos metálicos e estão contaminados<br />

com óleo. Se na Lista Europeia de Resíduos estiverem<br />

tratados no mesmo ponto, são recolhidos em conjunto;<br />

caso contrário, terão que ser separados e encaminhados<br />

para fins diferentes. Como em Portugal ainda não<br />

existem unidades de tratamento de resíduos perigosos, o<br />

que existe é um certo número de operadores licenciados,<br />

que agrupam e armazenam os resíduos, encaminhando-os<br />

posteriormente para Espanha, onde existem unidades de<br />

tratamento e aterros especiais. Devido ao transporte, esta<br />

solução fica mais onerosa do que o tramento realizado dentro<br />

do país, caso houvesse unidades de processamento autoriza<strong>das</strong><br />

em funcionamento.<br />

A primeira obrigação legal dos operadores (distribuidores<br />

e oficinas) é separar e acondicionar os diversos tipos de<br />

resíduos perigosos. Esta fase é muito importante, pois a<br />

promiscuidade dos resíduos perigosos pode inviabilizar ou<br />

encarecer o seu tratamento. Por outro lado, se esses resíduos<br />

não estiverem bem acondicionados, o seu transporte<br />

pode tornar-se problemático ou até ser recusado. No caso<br />

de resíduos que possam verter fluidos é fundamental que<br />

estejam contidos em contentores estanques. O transporte só<br />

poderá ser efectuado por operadores com alvará e ADR.<br />

Além disso, as operações posteriores ao transporte (Reciclagem,<br />

Tratamento, Deposição) terão que ser efectua<strong>das</strong><br />

por operadores licenciados. Tal como no caso dos resíduos<br />

banais, as Guias de Acompanhamento (modelo A) têm que<br />

ser utiliza<strong>das</strong> para todos os resíduos, devendo ser o 3º campo<br />

carimbado no destino final (até 30 dias após o transporte).<br />

Adicionalmente, é necessário enviar ao INR o Mapa de<br />

Acumuladores de Veículos e afins, até ao dia 15 de Fevereiro<br />

do ano seguinte. Até ao momento, as oficinas estão<br />

dispensa<strong>das</strong> de apresentar o Mapa de Resíduos Perigosos.<br />

Pneus e óleos usados<br />

Os pneus e os óleos usados já têm em Portugal uma entidade<br />

gestora própria, o que facilita a tarefa dos operadores.<br />

Os pneus deverão ser encaminhados para os pontos de recolha<br />

da Valor Pneu, devendo ser utiliza<strong>das</strong> as Guias de<br />

Acompanhamento, que serão carimba<strong>das</strong> no destino. A entidade<br />

gestora dos óleos usados também foi recentemente<br />

criada (SOGILUBE), cabendo às oficinas e estações de serviço<br />

separar os diversos tipos de óleo (minerais, sintéticos,<br />

etc.). Em cada zona do país existe uma empresa que recolhe<br />

os óleos usados, devendo ser usa<strong>das</strong> as Guias de Acompanhamento,<br />

como nos casos anteriores. Os mapas trimestrais<br />

de óleos usados têm que ser actualizados (há um modelo<br />

novo de mapa no site da entidade gestora), devendo<br />

ser enviados para o INR até ao dia 31 de Março do ano seguinte.<br />

Inspecções e Coimas<br />

To<strong>das</strong> as operações de recuperação e eliminação de resíduos<br />

está sujeita a inspecções do Serviço de Protecção da<br />

Natureza e do Ambiente (SEPNA), sendo levantados os<br />

autos respectivos, sempre que forem detecta<strong>das</strong> infracções.<br />

A Inspecção Geral do Ambiente (IGA) supervisiona e<br />

coordena a actividade do SEPNA e o serviço no terreno<br />

que é efectuado pela GNR. Neste âmbito, são realiza<strong>das</strong> as<br />

seguites inspecções:<br />

- Mapas (baterias, óleos e embalagens contamina<strong>das</strong>)<br />

- Licenciamentos (laboração, descarga de águas, operadores<br />

de gestão de resíduos, etc.)<br />

- Guias de Acompanhamento (para todos os tipos de resíduos<br />

produzidos, transportadores e destinos finais).<br />

As coimas dissuasoras já são de molde a fazer os operadores<br />

equacionarem a “rentabilidade“ <strong>das</strong> infracções. Alguns<br />

exemplos de coimas, para pessoas colectivas, são<br />

apresentados a seguir:<br />

1 - DL 153/2003<br />

Omissão do dever de comunicação dos dados – registo<br />

trimestral dos óleos usados (de € 500 a € 44.800);<br />

2 - DL 239/1997<br />

Incumprimento do dever de assegurar um destino final<br />

adequado para os resíduos (de € 2.493,99 a € 44.891,81)<br />

3 - DL 46/94<br />

Descarga de Resíduos Efluentes sem a respectiva licença<br />

(de € 2.493,00 a € 2.493.989,40).<br />

PUB<br />

eco partner 240x62.pdf


22<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

ToledoCar<br />

30 anos de bons serviços<br />

Fundada há 30 anos por João Sousa, a ToledoCar é actualmente uma moderna oficina multimarca, parceira da<br />

Colors Unlimited International, um conceito da Spies Hecker que tem ajudado a fortalecer a posição de<br />

liderança na zona onde se encontra.<br />

Com o objectivo de maximizar a satisfação<br />

dos seus clientes, a ToledoCar<br />

desenvolveu durante 2005<br />

um projecto de infraestruturas e de recursos<br />

humanos com capacidade de responder<br />

a qualquer exigência no âmbito da manutenção<br />

automóvel, mecânica rápida e pesada,<br />

serviços de colisão, repintura automóvel<br />

e reboque, estação de serviço e ainda<br />

venda de usados.<br />

Situada numa zona muito industrial, a<br />

ToledoCar tem como principais clientes as<br />

empresas, que representam cerca de 70% ,<br />

ficando os restantes 30% por conta dos<br />

particulares. A descentralização da população<br />

que se tem deslocado de Lisboa para<br />

esta zona, tem também contribuído para<br />

um acréscimo de clientes.<br />

Na área da colisão e repintura automóvel,<br />

os acordos estabelecidos com as principais<br />

companhias de seguros garantem<br />

um fluxo regular de viaturas para reparação,<br />

enquanto os outros serviços de mecânica<br />

e estação de serviço são utilizados<br />

regularmente por clientes fiéis que procuram<br />

um atendimento personalizado, rápido<br />

e eficiente.<br />

O facto da ToledoCar ser uma oficina<br />

recomendada pelas principais companhias<br />

de seguro, tem contribuído para a<br />

divulgação e credibilização da sua imagem,<br />

que deste modo se identifica com os<br />

elevados padrões de qualidade exigidos<br />

pelas seguradoras.<br />

Para Pedro Sousa, responsável técnico<br />

da ToledoCar, a polémica sobre a escolha<br />

<strong>das</strong> oficinas pelas seguradoras não tem<br />

sentido, uma vez que “se o automobilista<br />

tem o seu veículo segurado numa determinada<br />

companhia, é porque tem confiança<br />

nessa seguradora, pelo que deve também<br />

ter confiança nas oficinas que essa companhia<br />

recomenda. No entanto, o automobilista<br />

deve ter sempre a liberdade de escolher<br />

a oficina onde deseja que o seu carro<br />

seja reparado”.<br />

Apesar da conjuntura menos favorável<br />

da economia nacional, a Toledocar não se<br />

tem ressentido em termos de falta de trabalho,<br />

mas o rácio de lucro por reparação tem<br />

diminuído. “Para não sofrermos a falta de<br />

clientes temos de oferecer mais serviços e<br />

melhores preços e a margem de lucro diminuiu<br />

bastante”, refere Pedro Sousa.<br />

“O que nos distingue <strong>das</strong> outras oficinas<br />

é o nosso serviço muito familiar, uma<br />

grande flexibilidade de horário, pessoal especializado<br />

e equipamentos oficinais topo<br />

de gama. Os clientes que procuram os nossos<br />

serviços já sabem que têm sempre à<br />

sua disposição uma viatura de substituição<br />

e a entrega do veículo reparado na sua residência<br />

sem quaisquer encargos adicionais”,<br />

acrescenta este responsável.<br />

A adesão à rede CUI - Colors Unlimited<br />

International, da Spies Hecker, tem-se revelado<br />

também muito positiva. “Têm ideias<br />

muito interessantes para o futuro da actividade,<br />

que aproveitamos para o nosso próprio<br />

progresso, como o manual de marketing,<br />

a oferta alargada de produtos e todo o<br />

Pedro Sousa, responsável técnico da<br />

Toledocar, faz um balanço positivo da<br />

parceria com a Spies Hecker.<br />

Ficha Técnica<br />

Data da Fundação:<br />

1975<br />

Número de empregados:<br />

11<br />

Área total <strong>das</strong> instalações:<br />

1050 m2 (cobertos)<br />

2.000 m2 (descobertos)<br />

Marca de tintas utilizada:<br />

Spies Hecker<br />

Serviços disponíveis:<br />

Colisão, venda de automóveis, pintura,<br />

mecânica/serviços rápidos, estação de<br />

serviço e pronto socorro.<br />

ToledoCar, Lda.<br />

Morada:<br />

Rua da Guerra Peninsular, 44<br />

2530-782 Vimeiro Lourinhã<br />

Telefone:<br />

261.984.371<br />

Fax:<br />

261.984.683<br />

E-mail:<br />

toledocar@iol.pt<br />

Nome dos responsáveis:<br />

João Sousa (Administrador);<br />

Pedro Sousa (Responsável Técnico);<br />

Helena Sousa (Contabilidade).<br />

apoio a nível de formação técnica para os<br />

nossos pintores, que fazem todos os anos<br />

dois cursos de formação. No início de 2006<br />

iremos instalar um novo sistema informático<br />

da Spies Hecker, específico para as oficinas<br />

de repintura, que irá por certo ajudarnos<br />

a aumentar a rentabilidade nesta área.<br />

Embora o projecto CUI ainda seja recente,<br />

acredito que tem condições para se desenvolver<br />

equilibradamente. Para já, o balanço<br />

que faço desta parceria é cem por cento favorável”,<br />

diz Pedro Sousa.<br />

Durante o corrente ano a ToledoCar vai<br />

continuar a apostar na divulgação da sua<br />

imagem, desta feita através de “outdoors”<br />

e de uma nova página na internet, onde<br />

irá divulgar todos os serviços que disponibiliza.<br />

A nível de equipamentos está<br />

previsto o investimento num novo banco<br />

de reparação de carroçarias e num sistema<br />

de reparação rápida com secagem por ultra<br />

violetas.<br />

Sobre a situação do mercado nacional<br />

de repintura automóvel, Pedro Sousa diz<br />

que “estamos a atravessar um tempo de<br />

mudança profunda, quer a nível da tecnologia<br />

dos produtos, quer <strong>das</strong> competências<br />

dos técnicos e dos gestores <strong>das</strong> oficinas.<br />

Os investimentos na repintura automóvel<br />

são muito grandes e a rentabilidade<br />

do serviço só é possível através de uma<br />

gestão muito rigorosa. Para tal é imprescindível<br />

a utilização de software específico<br />

de gestão, formação contínua dos pintores<br />

e equipamento topo de gama. Existem<br />

operadores a mais no mercado, e a<br />

fase que estamos a atravessar vai servir<br />

para o mercado seleccionar os melhores.<br />

Quem acompanhar as novas tecnologias,<br />

der formação aos funcionários e fizer uma<br />

gestão profissional, tem o futuro garantido”<br />

concluiu Pedro Sousa.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

EMPRESA Janeiro 2006 23<br />

Saint Gobain Autover - Glassdrive<br />

Um passo em frente<br />

no conceito de “fast-fit”<br />

A Saint Gobain é uma <strong>das</strong> maiores empresas de vidro automóvel a nível mundial. Um dos objectivos para 2006, iniciado<br />

em 2005, é a unificação da actividade de montagem de vidro automóvel sob a designação Glassdrive.<br />

ASaint-Gobain, líder mundial no<br />

equipamento e concepção de<br />

vidro automóvel, pela marca<br />

Saint-Gobain Sekurit, conta em Portugal<br />

com uma unidade industrial a Saint-Gobain<br />

Sekurit Portugal, e uma unidade<br />

comercial com dois polos de distribuição<br />

sediados um no Porto e outro em<br />

Lisboa.<br />

Este grupo, a nível mundial, desenvolveu<br />

um novo conceito de montagem de<br />

vidro automóvel, utilizando a marca<br />

Glassdrive, que assenta fundamentalmente<br />

em dois factores chave: O vidro<br />

como peça indutora de segurança do<br />

veículo e o aplicador como pessoa de<br />

contacto directo com os clientes.<br />

Quanto ao primeiro aspecto, são hoje<br />

em dia reconheci<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as vantagens<br />

dos modernos vidros de automóveis.<br />

Cada vez mais os veículos automóveis<br />

vêm dotados, de vidros com especificidades<br />

próprias, que acumulam funções,<br />

como antenas integra<strong>das</strong>, filamentos de<br />

aquecimento, controle térmico e acústico,<br />

repelente de humidade, resistência<br />

ao impacto dos air-bags, protecção UV,<br />

entre outras. To<strong>das</strong> estas funcionalidades<br />

do vidro, são indutores de segurança<br />

e conforto num veículo.<br />

Vantagem do aplicador directo<br />

Ao preferir a montagem num centro<br />

Glassdrive sucedâneo da Autover Partner,<br />

o cliente sabe quem lhe montou o vidro,<br />

qual a marca do vidro, e quais os problemas<br />

colaterais que muitas vezes resultam<br />

de uma quebra acidental, ou mesmo de<br />

uma montagem deficiente. Tudo isto porque<br />

o agente que substitui o vidro, para<br />

além de um especialista, é ainda o dono<br />

Todos os centros da rede<br />

Autover vão passar a integrar a<br />

designação Glassdrive<br />

Vantagens<br />

Autover Partner<br />

Glassdrive<br />

- Rede forte<br />

- Total cobertura do país<br />

- Acordos com as principais seguradoras,<br />

gestoras de frotas e rent-a-car<br />

- Centralização de reclamações e<br />

encaminhamento<br />

- Melhoria permanente do serviço<br />

- Imagem comum<br />

- Montagem de vidros iguais ao<br />

equipamento original<br />

Saint-Gobain Autover Portugal<br />

Glassdrive<br />

Sede:<br />

Rua 25 de Abril, 460 Serzedo<br />

4405 – 445 Vila Nova de Gaia<br />

Director<br />

Licínio Nunes<br />

Telefone:<br />

227 536 140<br />

Fax:<br />

227 536 152<br />

E-mail:<br />

-<br />

Internet<br />

www.glassdrive.pt<br />

A imagem dos actuais centros Autover vai<br />

continuar basicamente com as mesmas<br />

cores, mas o logotipo Glassdrive será<br />

totalente novo<br />

do seu próprio negócio, o que naturalmente<br />

o induz, a dar um tratamento diferenciado<br />

e personalizado ao seu cliente final,<br />

informando-o sobre as especificidades<br />

do vidro, as potencialidades do<br />

mesmo e ainda <strong>das</strong> aplicações inseri<strong>das</strong><br />

no vidro do seu carro.<br />

Um conceito e uma rede internacional.<br />

A Glassdrive, potenciada a partir do conceito<br />

e da rede Autover Partner, está presente<br />

em 54 países da Europa à Ásia, passando<br />

pelas Américas e Austrália. É a<br />

maior rede mundial de montagem de vidro,<br />

estando previsto atingir nos próximos anos<br />

cerca de 15.000 postos de substituição de<br />

vidro. Com o apoio do maior construtor<br />

mundial de vidro Automóvel, a Glassdrive<br />

está preparada para responder às solicitações<br />

quer do sector ferroviário, naval e<br />

aeronáutico, quer do sector automóvel,<br />

onde se destacam os camiões e os autocarros.<br />

Os membros da rede Glassdrive agora<br />

sob uma mesma imagem internacional, em<br />

que se mantêm as cores institucionais, são<br />

agora conhecidos e denominados por Glassdrive,<br />

para melhor os ligar quer aos seus<br />

clientes, quer ao público em geral e consumidor<br />

final.<br />

Tendo acordo com to<strong>das</strong> as seguradoras<br />

de renome e de prestígio, a Glassdrive é<br />

sem dúvida uma referência na montagem<br />

e substituição de vidros em viaturas, tendo<br />

como base a plataforma logística e comercial<br />

da Saint-Gobain Autover Portugal,<br />

líder também na distribuição de vidro<br />

automóvel.<br />

Como distribuidor, qualquer rede de<br />

substituição de vidros tem necessariamente<br />

de recorrer aos serviços, “know<br />

how”, stocks e logística da Saint-Gobain<br />

Autover, em qualquer parte do mundo e<br />

De Autover Partner para Glassdrive<br />

Com o desenvolvimento do negócio do vidro automóvel em Portugal, e também devido à<br />

pressão <strong>das</strong> seguradoras que queriam ter mais do que uma empresa de montagem de<br />

vidros no mercado português, foi desenvolvida há 4 anos pela Saint-Gobain Autover<br />

Portugal uma rede designada por Autover Partner, que rapidamente se tornou líder na<br />

montagem de vidro automóvel.<br />

Os centros Autover Partner funcionam como uma rede, gerida pela Saint-Gobain Autover<br />

Portugal, apresentando todos os Partners uma imagem corporativa com elementos<br />

comuns.<br />

Ao todo são quase 90 centros de montagem de vidros para automóveis, camiões e<br />

autocarros, o que constitui desde logo uma enorme mais-valia pela total cobertura do<br />

mercado português.<br />

Inserido numa estratégia global, a Saint-Gobain desenvolveu um projecto 100% dedicado à<br />

montagem do vidro automóvel, assente numa única identidade para o incremento dessa<br />

actividade. É assim que nasce a sigla Glassdrive (registada e protegida em mais de 54<br />

países), que irá unificar a actividade de montagem do vidro a nível internacional.<br />

A implementação do nome Glassdrive em Portugal, no âmbito da estratégia internacional,<br />

irá permitir, segundo os responsáveis da Saint-Gobain, uma maior credibilidade destes<br />

centros juntos <strong>das</strong> seguradoras e um reforço da estratégia da Autover respeitante à<br />

montagem do vidro, assim como uma<br />

maior transmissão do “Know-How” às<br />

restantes Autover.<br />

A passagem entre Autover Partner e<br />

Glassdrive irá ter um período de transição<br />

que demorará no máximo dois anos, que<br />

no fundo será o tempo que poderá levar à<br />

renovação total da identidade corporativa<br />

em todos os centros, e que inclui um novo<br />

logotipo (mantendo-se as cores azul e<br />

amarelo), lay-out interior e exterior dos<br />

edifícios, decoração dos veículos e demais<br />

merchandising.


24<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

EMPRESA<br />

Sparkes & Sparkes<br />

Especialista em caixas de velocidades<br />

A Sparkes & Sparkes é uma empresa inglesa especialista em caixas de velocidades manuais. Em Portugal<br />

desde 1990, esta empresa dedica-se à reconstrução de caixas de velocidades e ao seu comércio, dispondo<br />

actualmente de um leque alargado de clientes oficinais e frotas por todo o país.<br />

Situada na Agrela, bem perto de<br />

Santo Tirso, a Sparkes & Sparkes<br />

possui actualmente modernas e amplas<br />

instalações onde se encontram todos<br />

os serviços que a mesma disponibiliza.<br />

Nessas instalações existe um imenso<br />

stock de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />

um sector de peças e componentes<br />

para caixas de velocidades, bem como um<br />

armazém e uma oficina onde se recebe e<br />

efectua todo o trabalho de reconstrução<br />

<strong>das</strong> caixas de velocidades.<br />

Após 35 anos de experiência, dos quais<br />

15 também em Portugal, a Sparkes &<br />

Sparkes continua a ser a única empresa<br />

especializada do género no nosso país, integralmente<br />

dedicada a caixa de velocidades<br />

manuais reconstruí<strong>das</strong> para todo o<br />

tipo de veículos de passageiros europeus<br />

e japoneses, bem como de veículos comerciais<br />

ligeiros.<br />

A oferta de caixa de velocidades da Sparkes & Sparkes abrange cerca de 90% do parque<br />

automóvel nacional, estando neste momento cataloga<strong>das</strong> mais de 8.000 caixas manuais<br />

diferentes<br />

Actividade<br />

A actividade da Sparkes & Sparkes<br />

está essencialmente vocacionada para a<br />

venda de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong><br />

(incluíndo a retoma da caixa avariada),<br />

isto é, em apenas 24 horas uma<br />

oficina poderá montar no carro do seu<br />

cliente uma caixa de velocidades reconstruída,<br />

desde que exista em stock, com<br />

um ano de garantia, sem ter necessidade<br />

de estar á espera que a mesma seja integralmente<br />

reparada.<br />

“O mais comum da nossa actividade é<br />

vender caixas de velocidades já reconstruí<strong>das</strong><br />

onde somos a única empresa<br />

100% especializada nesta área”, afirmou<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> Peter Sparkes,<br />

fundador da Sparkes & Sparkes, acrescentando<br />

que “também temos um conjunto<br />

de peças para caixas de velocidades,<br />

disponibilizando para venda aos<br />

nossos clientes um grande stock”.<br />

Uma <strong>das</strong> principias apostas, segundo o<br />

mesmo responsável da Sparkes & Sparkes,<br />

“é na qualidade. As caixas de velocidades<br />

que vendemos são fruto de um<br />

trabalho de grande qualidade, que não<br />

pode ser comparado com o trabalho de<br />

um sucateiro, mas sim comparado com<br />

aquelas que são vendi<strong>das</strong> pelas próprias<br />

origens”.<br />

Como tal, para Peter Sparkes, as vantagens<br />

em adquirir e montar uma caixa de<br />

velocidades reconstruída são “um preço<br />

muito mais baixo, comparativamente às<br />

novas, e a qualidade na reconstrução,<br />

onde são usa<strong>das</strong> peças de acordo com as<br />

normas <strong>das</strong> originais, e com garantia”.<br />

Tendo consciência de que é impossível<br />

dar resposta a to<strong>das</strong> as necessidades<br />

do mercado, já que existem cataloga<strong>das</strong><br />

mais de 8.000 tipos de caixas manuais<br />

diferentes, a Sparkes & Sparkes consegue<br />

mesmo assim ter uma resposta que<br />

se aproxima dos 90%, tendo em conta os<br />

modelos mais comercializados em Portugal<br />

durante a última década.<br />

Com cerca de 700 clientes espalhados<br />

por todo o país, a Sparkes & Sparkes desenvolve<br />

a sua actividade para todo o<br />

tipo de clientes, trabalhando quer com<br />

oficinas independentes quer com os concessionários<br />

oficiais <strong>das</strong> marcas representa<strong>das</strong><br />

em Portugal.<br />

Futuro<br />

Sendo uma empresa especializada em<br />

caixas de velocidades manuais reconstruí<strong>das</strong>,<br />

na opinião de Peter Sparkes, o<br />

futuro “passará por sermos cada vez mais<br />

especializados naquilo que sabemos fazer<br />

Funcionamento<br />

Sendo a única empresa a trabalhar em<br />

Portugal no que diz respeito à<br />

reconstrução e comércio de caixa de<br />

velocidades, a Sparkes & Sparkes<br />

garante uma oferta muito vasta, que<br />

cobre cerca de 90% <strong>das</strong> necessidades do<br />

mercado.<br />

Em stock existe uma enorme quantidade<br />

de caixas de velocidades reconstruí<strong>das</strong>,<br />

provenientes de várias origens (incluindo<br />

a importação) sendo to<strong>das</strong> elas<br />

submeti<strong>das</strong> a um processo de<br />

desmontagem e limpeza. A maior parte<br />

dos componentes são substituídos por<br />

peças novas e, as restantes, são<br />

cuidadosamente inspecciona<strong>das</strong> antes da<br />

sua colocação. To<strong>das</strong> as peças<br />

substituí<strong>das</strong> nas caixas de velocidades<br />

reconstruí<strong>das</strong>, estão de acordo com as<br />

normas <strong>das</strong> peças de origem.<br />

A uma oficina basta dizer qual os dados<br />

completos do carro para o qual necessita<br />

da caixa de velocidades, para em apenas<br />

24 horas, via transportadoras, a Sparke &<br />

Sparkes enviar a encomenda.<br />

Normalmente a Sparke & Sparkes retoma<br />

as caixas de velocidades avaria<strong>das</strong>, que<br />

depois seguem para a sucata (ou para<br />

outros fins), podendo pontualmente ser<br />

aproveitados alguns componentes para<br />

outras caixas.<br />

Sparkes & Sparkes<br />

Sede:<br />

Rua 25 de Abril<br />

Lugar da Granda-Agrela<br />

4825-010 Santo Tirso<br />

Responsáveis<br />

Rita Marques e Rui Soares<br />

Telefone:<br />

229 685 416<br />

Fax:<br />

229 685 417<br />

e, como tal, teremos que ser ainda mais<br />

profissionais, num mercado que se prevê<br />

mais difícil e concorrencial”.<br />

Para provar que o caminho seguido,<br />

tendo em conta a aposta que foi feita na<br />

qualidade, foi o correcto, Peter Sparkes<br />

exemplifica com “a relação que temos<br />

com os nossos clientes, pois muitos deles<br />

já são nossos “amigos” pela relação comercial<br />

que mantemos há vários anos”.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

EMPRESA Janeiro 2006 25<br />

Norauto<br />

Norauto renova conceito de centro auto<br />

A Norauto está em Portugal desde 1996. Neste período de tempo houve um enorme incremento da oferta de centros auto,<br />

cada uma com o seu conceito. Estava pois na altura de a Norauto apresentar o “novo conceito de centro auto”.<br />

Actualmente a Norauto dispõe de<br />

seis grandes Centros Auto, tendo<br />

o último sido inaugurado em Almada<br />

no final de 2005. Ao todo tem aproximadamente<br />

200 colaboradores, mais de<br />

150 mil clientes activos, tendo facturado no<br />

ano fiscal passado 12 milhões de euros.<br />

Até 2010 a Norauto pretende chegar aos<br />

20 Centros Auto, dentro do tipo de estrutura<br />

que tem actualmente cada centro, “a uma<br />

média de abertura de 3 centros auto por<br />

ano”, revelou Jean Yves Menou, Director<br />

Geral da Norauto ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

A Norauto está a implementar<br />

um novo conceito nos seus<br />

centros em Portugal<br />

Depois disso, ainda segundo o mesmo<br />

responsável “iremos lançar mais 20 centros<br />

auto de dimensão mais pequena, com um<br />

conceito ligeiramente diferente e situados<br />

em cidades mais pequenas”.<br />

Novo conceito<br />

No Centro Auto da Norauto em Alfragide<br />

já está implementado o novo conceito<br />

que esta empresa pretende implementar a<br />

partir de agora, e que vem no seguimento<br />

da política de inovação constante, e que<br />

tem como objectivo “oferecer mais e melhores<br />

serviços que proporcionem o bem<br />

estar do automobilista”, segundo Jean Yves<br />

Menou.<br />

Assim sendo, no Centro Auto de Alfragide<br />

já se podem ver novas zonas, agora muito<br />

mais visíveis, um novo e livre serviço de<br />

peças auto, o que permitirá “antecipar as<br />

tendências do mercado” na opinião do Director<br />

Geral da Norauto.<br />

A rede Norauto vai crescer<br />

bastante até 2010, a um ritmo<br />

de 3 novos centros por ano<br />

O novo conceito (ver caixa), que apresenta<br />

também gamas de produtos mais alarga<strong>das</strong><br />

e disponibiliza serviços mais completos,<br />

tem como principal objectivo dar<br />

uma maior liberdade ao cliente Norauto no<br />

interior da superfície, permitindo-lhe identificar<br />

de forma imediata as diversas categorias<br />

de produtos existentes e, simultaneamente,<br />

obter informações mais detalha<strong>das</strong><br />

sobre as mesmas.<br />

Peças em destaque<br />

Para além de todo o tipo de produtos que<br />

se podem encontrar nas lojas Norauto, nesta<br />

nova fase um dos grandes destaques encontra-se<br />

nas peças para automóvel.<br />

Não é de todo comum, em lojas desta natureza,<br />

ter em exposição discos de travões,<br />

calços, bobines, motores de arranque e outros<br />

peças do genéro para venda ao grande<br />

público em regime de livre serviço.<br />

Também nestes produtos qualquer pessoa<br />

encontra informação adicional (junto<br />

Um “novo” Norauto<br />

Este novo conceito, que já está implementado no Centro Auto da Norauto em Alfragide,<br />

apresenta uma vasta gama de produtos para o conforto e segurança <strong>das</strong> viagens<br />

automóveis, repartida em cinco áreas distintas:<br />

Lazer/Viagens<br />

Nesta zona estão incluídos todo o tipo de produtos relacionados com o transporte de<br />

equipamentos, como por exemplo porta-bicicletas, malas de tejadilho, barras de tejadilho,<br />

reboques, entre outros equipamentos.<br />

Conforto/Segurança<br />

A área Conforto/Segurança engloba produtos que proporcionam conforto tanto ao condutor<br />

como a passageiros, de que são exemplo capas para bancos, tapetes, cadeiras de bebé.<br />

Prazer/Paixão - Na zona Prazer /Paixão podem ser encontrados produtos para a<br />

personalização do automóvel, quer interior quer exterior, como bancos desportivos,<br />

volantes, manetes, manómetros, pedais, escapes desportivos, entra<strong>das</strong> de ar, jantes, filtros<br />

desportivos, entre uma vasta gama de equipamentos.<br />

Som/Multimédia<br />

Todos os produtos relacionados com a electrónica para o automóvel estão disponíveis<br />

nesta gama. Auto-rádios, altifalantes, subwoofers, amplificadores, sistemas de DVD,<br />

monitores, sistemas de navegação, alarmes, kits de mãos livres, sensores de<br />

estacionamento e ligações específicas são alguns dos produtos que podem ser<br />

encontrados nesta gama.<br />

Peças<br />

Nesta secção podem ser encontrados produtos relacionados com a manutenção do<br />

automóvel, como escovas limpa vidros, baterias, motores de arranque, escapes,<br />

lubrificantes, pneus, produtos de tratamento e limpeza e ferramentas.<br />

Este conceito integra, ainda, uma oficina para efectuar serviços de montagem e<br />

manutenção, como por exemplo, mudança de óleo, montagem de pneus, alinhamento de<br />

direcção, instalação de som, multimédia, navegação, engates, malas e barras de tejadilho.<br />

Uma <strong>das</strong> novidades no “renovado” centro Norauto em Alfragide é a recepção / oficina e o<br />

sector de peças que agora está “aberto” a todo o tipo de públicos<br />

Jean Yves Menou<br />

Director Geral da Norauto<br />

“A grande diferença da Norauto, face aos<br />

outros operadores de mercado, é que<br />

estamos a propor uma solução para o<br />

automobilista e não para o automóvel.<br />

O nosso conceito de loja / oficina que<br />

temos faz com que os clientes venham<br />

buscar uma solução para si e não<br />

propriamente para o seu carro. O trabalho<br />

que temos desenvolvido com a nossa<br />

equipa de ven<strong>das</strong>, incide no uso <strong>das</strong><br />

peças e dos acessórios em função do<br />

cliente, o que nos distingue claramente<br />

dos concessionários que apenas lhes<br />

interessa trabalhar o automóvel.<br />

Em Portugal temos algumas dificuldades<br />

em colocar os nossos centros junto aos<br />

parques de estacionamento dos centros<br />

comerciais, que é no fundo parte do<br />

nosso conceito de centros rápidos. Os<br />

nossos Centros Auto do Montijo e em<br />

Almada são um pouco o exemplo daquilo<br />

que pretendemos neste aspecto.<br />

Vamos continuar a apostar fortemente na<br />

formação <strong>das</strong> nossas equipas comerciais,<br />

pois só dessa forma conseguiremos<br />

atingir os nossos objectivos no futuro.<br />

Em 2006 irão ser inaugura<strong>das</strong> as lojas de<br />

Braga e Coimbra, pretendemos atingir 20<br />

milhões de Euros em volume de<br />

negócios, ter mais de 450 mil passagens<br />

de caixa o que se traduz<br />

aproximadamente em 220 mil clientes.<br />

Por estes números a nossa vontade é ter<br />

em 2006 qualquer coisa como 20% do<br />

mercado português”.<br />

aos produtos) sobre a escolha que deve fazer,<br />

podendo também recorrer a um técnico<br />

especializado. Na oferta disponível a Norauto<br />

segmenta alguns dos seus produtos<br />

em 3 níveis distintos, um com base na oferta<br />

de preço, outra na relação qualidade /<br />

preço (normalmente de marca Norauto) e,<br />

um último, com base em marcas de preço<br />

mais elevado.<br />

A grande maioria <strong>das</strong> peças auto adquiri<strong>das</strong><br />

na loja acabam por ser monta<strong>das</strong> na oficina<br />

Norauto, mas este novo conceito poderá<br />

encerrar um piscar de olhos às oficinas<br />

independentes que aqui poderão adquirir<br />

peças. “Não é esse o nosso objectivo”, confirma<br />

o Director Geral da Norauto, afirmando<br />

ainda que “a ideia foi dar mais visibilidade<br />

a este sector <strong>das</strong> peças auto, numa<br />

lógica de total transparência”.


26<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

EMPRESA<br />

MGM<br />

Assistência técnica às oficinas<br />

Existem em Portugal muitos importadores e/ou representantes de equipamento oficinal. O que tem faltado na maioria dos<br />

casos é a assistência técnica a esse equipamento. É aqui que surge a MGM, que é uma <strong>das</strong> poucas empresas em Portugal<br />

que vende assistência técnica aos equipamentos <strong>das</strong> oficinas.<br />

MGM especializou a sua<br />

actividade na assistência<br />

técnica às oficinas<br />

Telmo Martins (à esquerda), responsável técnico da MGM e Manuel Guedes Martins, fundador da empresa,<br />

prevêm para 2006 um crescimento da sua actividade.<br />

Manuel Guedes Martins é o nome<br />

de um homem ligado há mais de<br />

25 anos aos equipamentos oficinais.<br />

Pessoa humilde e sábia no seu ofício,<br />

fundou no final da década passada a MGM,<br />

uma empresa especializada em assistência<br />

a equipamentos de oficinas auto, tais como<br />

elevadores de viaturas, lavadoras de altapressão,<br />

compressores, entre muitos outros<br />

equipamentos.<br />

“Pela experiência que tive no passado,<br />

apercebi-me que existem muitas empresas<br />

a fazer ven<strong>das</strong> de equipamentos oficinais,<br />

mas quase ninguém dá assistência”, começa<br />

por referir Manuel Guedes Martins, gerente<br />

da MGM.<br />

Ao longo dos seis anos que leva de actividade<br />

nesta área tão específica, que é dar<br />

assistência ao equipamento oficinal <strong>das</strong><br />

próprias oficinas, sejam elas independentes<br />

ou de marca, a MGM tem vindo a marcar a<br />

diferença em aspectos considerados vitais<br />

por Manuel Guedes Martins.<br />

“Em primeiro lugar todos os nossos<br />

clientes são nossos amigos. Isto é muito<br />

importante quando se desenvolve uma actividade<br />

como esta”, garante o responsável<br />

máximo da MGM, acrescentando que “o<br />

nosso método de trabalho também nos tem<br />

trazido algumas mais-valias, pois nenhum<br />

trabalho é feito sem a devida orçamentação.<br />

Por outro lado o conhecimento com<br />

que ficámos dos equipamentos dos nossos<br />

clientes, pois ficamos a saber todo o seu<br />

histórico, permite-nos ser pro-activos, isto<br />

é, avisamos antecipadamente o cliente <strong>das</strong><br />

necessidades de manutenção do seu equipamento”.<br />

Apesar da diversidade de equipamentos<br />

oficinais que existem, já para não falar também<br />

na enorme quantidade de marcas, a<br />

MGM tem como lema a rapidez, pontualidade<br />

e eficácia como a mais importante garantia<br />

dos seus serviços. “Uma <strong>das</strong> nossas<br />

grandes vantagens tem sido a resposta<br />

pronta que damos às necessidades dos nossos<br />

clientes”, garante Manuel Guedes Martins,<br />

sublinhando que “como conhecemos<br />

muito bem todo o histórico do equipamento<br />

dos nossos clientes, podemos intervir na<br />

hora e ter aquela peça no momento em que<br />

ela é precisa para o nosso cliente continuar<br />

a trabalhar”.<br />

A MGM possui um enorme stocks de peças<br />

de substituição para muitos equipamentos<br />

oficinais, afirmando o gerente da empresa<br />

que “conseguimos dar resposta a<br />

mais de 90% <strong>das</strong> necessidades”.<br />

Outro dos aspectos fundamentais na actividade<br />

desta empresa “é que damos garantia<br />

às nossas reparações e manutenções”,<br />

refere Manuel Guedes Martins, acrescentando<br />

que “em alguns aspectos estamos<br />

mesmo à frente daquilo que a lei deveria<br />

obrigar. Nos elevadores de oficina a MGM<br />

após cada intervenção técnica cola uma vinheta<br />

no equipamento que certifica a qualidade<br />

do trabalho que fizémos. A lei portuguesa<br />

ainda não obriga a isso, tal como já<br />

acontece em Espanha, mas nós fazemo-lo,<br />

pois a segurança de um elevador oficinal é<br />

tão importante como a segurança de um<br />

elevador de um prédio”.<br />

A MGM desenvolve a sua actividade em<br />

todo o território nacional, tendo a sua actividade<br />

crescido “por aquilo que os nossos<br />

clientes dizem de nós”, conclui Manuel<br />

Guedes Martins.<br />

MGM<br />

Sede:<br />

Rua da Tabosa, nº906<br />

4415-357 Pedroso – V.N. Gaia<br />

Loja:<br />

Rua da Feiteira, nº387/407 – Lj A R/C<br />

4415 Pedroso<br />

Gerente<br />

Manuel Martins<br />

Telefone:<br />

227 642 722<br />

Fax:<br />

227 419 865<br />

E-mail:<br />

mgm@oninet.pt<br />

Internet<br />

-<br />

A MGM dispõe de um vasto stock de peças e componentes para os mais diversos<br />

equipamentos oficinais<br />

Nova loja de peças e acessórios<br />

Um dos grandes investimentos que a MGM fez no final de 2005, foi a aquisição de uma loja<br />

específica para vender peças para a reparação de lavadoras de alta-pressão, elevadores de<br />

automóveis e de compressores.<br />

“Trata-se de uma loja onde pretendemos não só vender as peças, mas também dar um<br />

apoio técnico sem ter que necessariamente dispor de um técnico, isto é, o cliente quando<br />

nos pede a peça nós podemos também fornecer o desenho em corte da máquina ou o<br />

esquema eléctrico da mesma”, refere Telmo Martins, responsável técnico da MGM.<br />

Esta nova loja, que estará aberta muito brevemente, vai de encontro à realidade do<br />

mercado oficinal, pois “existe quem tenha dificuldades em pagar a um técnico a sua<br />

deslocação bem como as horas de serviço. Com esta loja ele poderá levar ou encomendar<br />

as peças e receber uma explicação de como fazer. Por outro lado o cliente tem ainda<br />

disponível, via telefone, um dos nossos técnicos que o ajudará a resolver o problema”,<br />

afirma Telmo Martins.<br />

Para além <strong>das</strong> peças e do serviço de assistência, esta loja também permitirá à MGM<br />

incrementar um pouco mais a actividade de revenda de equipamentos oficinais, já que é<br />

representante dos compressores de palhetas da Gnutti.<br />

Refira-se que a loja da MGM situa-se na Zona Industrial da Feiteira (Grijó), junto à saída da<br />

Auto-Estrada.


28<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

MECÂNICA PRÁTICA<br />

Cabeças de motor<br />

A Montagem da cabeça do motor<br />

Grande parte <strong>das</strong> falhas de motor nos veículos resulta de danos na cabeça de motor ou nos seus<br />

componentes. A montagem de uma nova cabeça é uma operação para especialista e tem uma série de<br />

procedimentos que é necessário cumprir para se obter um trabalho de qualidade.<br />

Embora o profissional competente saiba como proceder adequadamente,<br />

a montagem <strong>das</strong> cabeças de motor envolve uma quantidade<br />

de detalhes de importância crítica, de tal maneira vasta,<br />

que vale a pena e compensa recapitular tudo desde o início.<br />

A escolha da peça e respectivos acessórios (juntas, parafusos, válvulas,<br />

sedes e tudo o que se revelar necessário) tem que ser criteriosa e segura.<br />

Produtos homologados pelas marcas e certificados por critérios reconhecidos<br />

mundialmente são os requeridos. Para além <strong>das</strong> peças originais<br />

existem outras de qualidade equivalente e com garantia total,<br />

podendo apresentar vantagens de custo. De qualquer modo, o material,<br />

desenho e medi<strong>das</strong> têm que estar rigorosamente ajustados.<br />

Todos os componentes responsáveis pela avaria ou que revelem desgaste<br />

acentuado (bombas de alimentação, refrigeração e lubrificação,<br />

tubagens e mangueiras, abraçadeiras e parafusos, fluidos, etc.) devem<br />

ser igualmente substituídos, como é lógico.<br />

Para além de verificar a conformidade da cabeça e dos outros componentes<br />

necessários, o mecânico deve zelar pelo seu correcto acondicionamento<br />

e protecção durante o transporte.<br />

Procedimentos de montagem<br />

É da máxima conveniência assegurar os seguintes procedimentos<br />

de montagem da cabeça de motor:<br />

• Manusear a peça de forma evitar que a cabeça caia ao chão (o que<br />

pode inutilizá-la definitivamente), que fique apoiada pelas extremidades<br />

ou pelo centro apenas, que sofra panca<strong>das</strong>, riscos ou<br />

aquecimentos indevidos, bem como, que fique contaminada por<br />

sujidades, aparas metálicas ou quaisquer outros detritos;<br />

• Antes de iniciar a montagem, verificar novamente o estado de<br />

perfeita limpeza da peça, aferindo novamente o desempeno da<br />

mesma e a ausência de danos;<br />

• Verificar igualmente a completa limpeza e perfeito desempeno da<br />

parte superior do bloco, bem como a desobstrução de to<strong>das</strong> as<br />

passagens e a existência de depósitos, carbonizações e outras<br />

ameaças, devendo os roscados onde se apertam os parafusos da<br />

cabeça estar completamente limpos e lubrificados com óleo de<br />

fluidez adequada;<br />

• O sistema de arrefecimento deve ser purgado e o fluido totalmente<br />

substituído e compatível com os materiais da cabeça e da junta,<br />

de forma a evitar oxidações, depósitos e congelamentos; desaconselha-se<br />

o uso de água corrente na refrigeração, pois contém calcário<br />

e outros poluentes;<br />

• Verificar os suportes e apoios do motor, pois o seu mau estado ou<br />

desgaste pode ser a causa de vibrações excessivas, o que irá interferir<br />

negativamente com os sistemas de arrefecimento e de alimentação,<br />

provocando cavitações, para além de prejudicar, igualmente,<br />

a lubrificação;<br />

• Verificar o correcto posicionamento do motor, de modo a que depois<br />

da montagem de todos acessórios reproduza exactamente a<br />

sua configuração original;<br />

• Rejeitar juntas, parafusos e outros acessórios usados, pois não<br />

oferecem quaisquer garantias; devem ser preferidos os kits de reparação<br />

completos, que já incluem juntas e novos parafusos, produzidos<br />

com material adequado aos binários de aperto requeridos;<br />

• Ao colocar a cabeça no bloco, evitar que fique pousada numa <strong>das</strong><br />

extremidades, devendo o encaixe ser homogéneo;<br />

• O aperto da cabeça deve seguir exactamente a ordem e os valores<br />

recomendados pelo fabricante do veículo, sendo obrigatório utilizar<br />

uma ferramenta recomendada (chave com dinamómetro e<br />

aperto angular); os fabricantes de peças também fornecem os dados<br />

necessários a uma montagem correcta (manuais e instruções),<br />

enquadrando-se nos novos conceitos de serviço ao cliente; devem<br />

ser absolutamente evita<strong>das</strong> as ferramentas pneumáticas;<br />

• Depois da montagem da cabeça e de outros acessórios, colocar o<br />

motor em marcha para verificar a existência de eventuais fugas e<br />

outras anomalias.<br />

• Se tudo estiver em ordem, verificar o rendimento do motor através<br />

de equipamento de diagnóstico, banco de potência e/ou teste<br />

de estrada.<br />

MONTAGEM<br />

PASSO A PASSO<br />

Antes de iniciar a reparação<br />

do motor, confirme se tem tudo<br />

o que necessita, em especial as<br />

ferramentas específicas requeri<strong>das</strong>,<br />

os números e ordem dos<br />

apertos <strong>das</strong> operações de desmontar<br />

e montar a cabeça de<br />

motor.<br />

A cabeça de motor é uma peça<br />

fabricada com grande precisão e,<br />

é a base do perfeito funcionamento<br />

de um motor.<br />

Sempre que possível, deve-se<br />

tentar averiguar a causa da avaria<br />

do motor. É necessário analisar<br />

se a cabeça de motor é a causa<br />

real da avaria, ou se esta se tinha<br />

iniciado noutros<br />

componentes do motor, tais<br />

como no bloco de cilindros, no<br />

A face superior do bloco não pode<br />

apresentar qualquer empeno superior a<br />

0,05 mm, sob pena de ter que ser<br />

rectificada.<br />

sistema de injecção, na bomba<br />

de água ou em qualquer outro<br />

componente da própria cabeça<br />

de motor.<br />

A simples substituição da cabeça<br />

de motor, sem antes verificar<br />

a causa origem do problema,<br />

só dissimulará a avaria e o problema<br />

manter-se-á.<br />

É indispensável que os parafusos de fixação da cabeça ao bloco motor sejam<br />

desapertados progressivamente e pela ordem inversa (ou decrescente) da que é usada<br />

na sua montagem.<br />

Para se obter uma montagem<br />

da cabeça do motor metódica e<br />

recomendável, pressupõe-se que<br />

a desmontagem foi igualmente<br />

criteriosa e sequencial. Há alguns<br />

passos essenciais para uma<br />

correcta desmontagem, pelo que<br />

passamos a enumerá-los:<br />

AO DESMONTAR<br />

- Começar a desmontar a cabeça<br />

de motor, somente quando o<br />

motor estiver frio, e reduzir a<br />

pressão do sistema de refrigeração,<br />

abrindo a tampa do depósito<br />

de expansão.<br />

- Desmontar e desligar ordenadamente<br />

os elementos do motor<br />

que sejam necessários para desmontar<br />

a cabeça: tubos de ar, colectores<br />

de admissão e escape,<br />

tubos de injecção, etc., e na ordem<br />

estabelecida pela marca de<br />

origem.<br />

Mesmo que a cabeça do motor possa ser<br />

reaproveitada, a sua junta tem que ser<br />

obrigatoriamente substituída, pois não<br />

consegue recuperar a sua espessura<br />

original.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

MECÂNICA PRÁTICA Janeiro 2006 29<br />

A junta da cabeça tem que ser colocada<br />

com a inscrição OBEN/TOP para o lado de<br />

cima, sendo totalmente desaconselhado<br />

aplicar óleo ou vedantes sobre a junta,<br />

exceptuam-se as situações em que já<br />

existem vedantes aplicados na superfície<br />

da junta durante a sua produção<br />

- Identificar devidamente to<strong>das</strong><br />

as ligações, para o caso de poderem<br />

existir dúvi<strong>das</strong> quando se for<br />

proceder à sua montagem.<br />

- Desapertar os parafusos de<br />

encaixe da cabeça ao bloco de cilindros<br />

na ordem inversa ao indicado<br />

na caixa, seguindo a numeração<br />

em ordem decrescente.<br />

- Limpar em profundidade a<br />

face da junta no bloco de cilindros,<br />

utilizando um dissolvente<br />

adequado. Deve ficar limpa de<br />

quaisquer restos de carvão e de<br />

óxido, mas sem riscar a superfície.<br />

Não utilizar raspadores afiados<br />

que possam danificá-la.<br />

- Comprovar a planitude da<br />

face da junta no bloco de cilindros.<br />

Quando exceder os 0,05mm<br />

tem de se proceder à sua rectificação.<br />

JUNTA DA CABEÇA<br />

DE MOTOR<br />

- Não montar a junta da cabeça<br />

de motor antiga pela segunda vez,<br />

assegurando-se que a nova junta é<br />

a correcta e tem a mesma espessura<br />

da que está a substituir.<br />

- Se a superfície do bloco do<br />

motor tiver sido mecanizada, a espessura<br />

da junta da cabeça de motor<br />

deve ser calculada para que a<br />

distância <strong>das</strong> cabeças da válvula e<br />

dos pistões seja a correcta. Ao<br />

medir a saliência dos pistões para<br />

seleccionar a junta da espessura<br />

correcta, tome sempre o valor do<br />

pistão que mais sobressaia.<br />

- Para proceder à identificação<br />

da junta da cabeça de motor que<br />

vai ser montada, ter em consideração<br />

que, geralmente cada modelo<br />

é fabricado com três espessuras<br />

diferentes, sendo identifica<strong>das</strong><br />

por um determinado número<br />

de encaixes na junta.<br />

- Sempre que se substitui uma<br />

junta da cabeça, tem de se proceder<br />

à substituição <strong>das</strong> válvulas.<br />

Um factor crítico na montagem <strong>das</strong><br />

cabeças de motor é a altura a que a précâmara<br />

tem que ficar em relação ao<br />

plano da junta, oscilando geralmente<br />

entre 0 e 0,4 mm sobre o mesmo.<br />

Tal como a superfície do bloco, a cabeça<br />

do motor não pode apresentar empenos<br />

superiores a 0,05 mm na face de<br />

contacto com a junta, sob a pena de<br />

poder provocar fugas de compressão e de<br />

fluidos.<br />

- Montar a junta da cabeça na<br />

posição correcta: o lado<br />

OBEN/TOP virado para cima.<br />

- Não aplicar nem óleo nem selantes<br />

sobre a junta da cabeça.<br />

Se bem que é aconselhável mudar<br />

sempre os parafusos da cabeça que<br />

foram desapertados, esta medida é<br />

obrigatória nos parafusos de aperto<br />

angular, pois estiram-se<br />

permanentemente<br />

É da maior conveniência olear não<br />

somente as roscas antes do aperto, mas<br />

ainda a parte inferior da cabeça dos<br />

parafusos, para reduzir o seu atrito na<br />

superfície de contacto com a cabeça do<br />

motor.<br />

CONSIDERAÇÕES<br />

IMPORTANTES<br />

- A correcta montagem <strong>das</strong> précâmaras<br />

nos seus encaixes, é de<br />

extrema importância e por isso<br />

são identifica<strong>das</strong> com uma marca<br />

ou encaixe, para que sejam devidamente<br />

orienta<strong>das</strong>. Também é<br />

crítica a altura a que a pré-câmara<br />

deve ficar em relação ao plano da<br />

junta: de 0 a 0,4mm sobre ele.<br />

- Convêm também recordar,<br />

que nos motores diesel, as distâncias<br />

entre as cabeças dos pistões e<br />

<strong>das</strong> válvulas são muito pequenas,<br />

pelo que qualquer imprecisão no<br />

seu ajuste de distribuição pode<br />

originar contactos que provoquem<br />

custosas avarias nos pistões,<br />

válvulas e na própria cabeça.<br />

- As cabeças têm uma planitude<br />

muito elevada no seu plano<br />

de junta. Defeitos de planitude<br />

superiores a 0,05mm podem<br />

provocar a saída ou sopro de gases,<br />

ao não poder a cabeça absorver<br />

a deformação.<br />

- No caso de rectificar ou esmerilar<br />

válvulas ou quando se<br />

mecanizam ou rebaixam os seus<br />

assentos há que pensar que estamos<br />

a modificar a relação da<br />

compressão.<br />

- No bloco de cilindros, os furos<br />

roscados para os parafusos de<br />

encaixe da cabeça de motor, têm<br />

que estar muito bem limpos. Restos<br />

de sujidade ou de óleo podem<br />

levar o bloco a partir quando se<br />

procede ao aperto dos parafusos.<br />

- Aconselha-se a mudar sempre<br />

os parafusos de encaixe quando<br />

se substitui uma cabeça de motor.<br />

Esta recomendação torna-se imprescindível,<br />

quando se trate de<br />

cabeças de motor com aperto angular.<br />

- Muito importante: lubrificar<br />

ligeiramente os parafusos na rosca<br />

e na superfície por debaixo da<br />

cabeça.<br />

SEQUÊNCIA DE APERTO<br />

Os parafusos de encaixe da cabeça<br />

devem ser apertados na ordem<br />

indicada pelo fabricante de<br />

origem. Esta informação vem<br />

normalmente indicada no manual<br />

de montagem que acompanha a<br />

cabeça de motor nova.<br />

O número de apertos vêm indicados<br />

em Nm (Newtons x metro),<br />

ou em graus nos casos de apertos<br />

angulares:<br />

- 10 Nm equivalem, aproximadamente,<br />

a 1 Kpm (Kilos x metros);<br />

por exemplo, 80 Nm equivalem<br />

a 8 kilos de apertos.<br />

- Para uma maior exactidão nas<br />

conversões, consultar a tabela de<br />

equivalências, que publicamos<br />

em caixa.<br />

A montagem de uma cabeça de<br />

motor sobre o bloco de cilindros,<br />

é uma operação delicada, da qual<br />

depende, em grande parte, o êxito<br />

da reparação. O número e sequência<br />

de apertos, devem ser seguidos<br />

rigorosamente.<br />

Nas cabeças de motor, em que<br />

se indique ser necessário o reaperto,<br />

este deverá ser efectuado<br />

depois de transcorridos 1.000 a<br />

1.500 Km. Apertar-se-á parafuso<br />

a parafuso, na ordem e com o<br />

último número de apertos especificados.<br />

O número de apertos, depende<br />

em certas ocasiões do tipo e material<br />

da junta da cabeça de motor,<br />

bem como da qualidade dos parafusos<br />

de encaixe. Se com a nova<br />

junta da cabeça de motor que se<br />

vá instalar, venha acompanhada<br />

de informação do número de<br />

apertos diferente da indicada no<br />

manual do fabricante da cabeça,<br />

devem ser segui<strong>das</strong> as instruções<br />

que o fabricante da junta indica.<br />

MONTAGEM<br />

DA ÁRVORE DE CAMES<br />

E SUBSTITUIÇÃO<br />

DAS VÁLVULAS<br />

Após apertar a cabeça do motor,<br />

alguns outros passos de grande<br />

importância são necessários<br />

para a correcta montagem <strong>das</strong><br />

válvulas e da árvore de cames.<br />

- As pontes da árvore de cames<br />

estão numera<strong>das</strong> e, por vezes, têm<br />

As pontes dos apoios da árvore de cames<br />

estão habitualmente numera<strong>das</strong> e<br />

possuem setas de orientação, tendo<br />

como referência a poleia de comando.<br />

Tanto a ordem de montagem <strong>das</strong> pontes<br />

como a sequência e número de apertos<br />

dos parafusos ou porcas é obrigatória. Os<br />

parafusos e porcas devem ser apertados<br />

de forma progressiva, em etapas<br />

sucessivas, até atingir as voltas<br />

estabeleci<strong>das</strong>.<br />

Para evitar as fugas de óleo é necessário<br />

utilizar os produtos recomendados nos<br />

vedantes da árvore de cames e<br />

respectivos parafusos de aperto.<br />

Na montagem <strong>das</strong> válvulas de comando<br />

mecânico por touches é geralmente<br />

necessário usar pastilhas de afinação,<br />

sendo desnecessário fazê-lo nos motores<br />

de touches hidráulicas, que operam em<br />

auto afinação permanentemente.<br />

identifica<strong>das</strong> a sua posição mediante<br />

uma seta que indica que<br />

têm de ser monta<strong>das</strong> assinalando<br />

a polie da árvore de cames. É de<br />

extrema importância respeitar<br />

sempre o seu posicionamento.<br />

- A sequência e o número de<br />

apertos dos parafusos de fixação<br />

devem ser estritamente respeitados.<br />

- Os parafusos ou porcas devem<br />

ser apertados de forma progressiva,<br />

em etapas sucessivas até<br />

atingir as voltas estabeleci<strong>das</strong>.<br />

Caso não sejam segui<strong>das</strong> estas<br />

instruções, pode-se partir a árvore<br />

de cames.<br />

- Para evitar fugas de óleo, utilizar<br />

os selantes recomendados,<br />

tanto ao montar os vedantes da árvore<br />

como os parafusos <strong>das</strong> pontes,<br />

dos modelos que assim o requerem.<br />

- A substituição <strong>das</strong> válvulas<br />

realiza-se nos motores com touches<br />

mecânicas, utilizando pastilhas<br />

de ajuste. Os motores com<br />

touches hidráulicas não requerem<br />

estas pastilhas.<br />

- A limpeza e a lubrificação <strong>das</strong><br />

válvulas, touches e da própria árvore<br />

de cames é de extrema importância<br />

para o êxito da reparação.<br />

- Uma vez efectuada a reparação,<br />

comprovar atentamente o<br />

bom funcionamento do motor<br />

para que não existam indícios de<br />

fuga, nem de gases nem de refrigerante<br />

ou óleo.<br />

UTILIZAÇÃO DE BONS<br />

PRODUTOS<br />

REFRIGERANTES<br />

Para o correcto funcionamento<br />

de uma cabeça de motor, é muito<br />

importante utilizar líquidos anticongelantes<br />

da melhor qualidade.<br />

A fim de proteger a corrosão<br />

dos motores, os bons líquidos refrigerantes<br />

têm incorporados antioxidantes,<br />

aditivos anti-cativação<br />

e outros elementos que estão ausentes<br />

dos produtos refrigerantes<br />

de baixa qualidade.<br />

Por este motivo, devem ter em<br />

consideração o seguinte:<br />

- Quando substituir uma nova<br />

cabeça de motor, mudar sempre o<br />

líquido do circuito na sua totalidade.<br />

- Não poupar na compra de um<br />

refrigerante. Assegurar-se que<br />

seja de boa qualidade.<br />

- A corrosão da cabeça de motor<br />

pela utilização de produtos refrigerantes<br />

de baixa qualidade,<br />

anulam qualquer garantia sobre a<br />

mesma.<br />

Da mesma forma, não entram<br />

em garantia as cabeças de motor<br />

que tenham sido corroí<strong>das</strong> pelo<br />

facto de não terem mudado a tempo<br />

o produto refrigerante, ou<br />

quando tenha sido utilizada água<br />

procedente directamente da rede<br />

de águas.<br />

Com produto refrigerante de boa<br />

qualidade<br />

Com produto refrigerante de baixa<br />

qualidade<br />

Fonte: AMC


30<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

TÉCNICA<br />

Suspensões pneumáticas de veículos pesados<br />

Geometria do sistema de montagem (II PARTE)<br />

Como já vimos na primeira parte deste estudo, as suspensões pneumáticas representam um avanço<br />

considerável em relação aos sistemas de suspensão convencionais, uma vez que asseguram maior conforto e<br />

maior estabilidade nas viaturas pesa<strong>das</strong>.<br />

Mais conforto para os ocupantes<br />

(autocarros) e maior segurança<br />

para as mercadorias mais<br />

sensíveis (camiões) são conseguidos<br />

com as suspensões pneumáticas actuais.<br />

Menores riscos durante as travagens e<br />

possibilidade de regular a altura da suspensão,<br />

proporcionam velocidades médias<br />

mais eleva<strong>das</strong> e tempos de carga e<br />

descarga mais rápidos. Não obstante to<strong>das</strong><br />

estas vantagens, os foles de suspensão<br />

pneumática necessitam de escassa<br />

manutenção, excepto no caso de avarias.<br />

Esta superioridade em relação a outras<br />

suspensões levou a que algumas empresas<br />

se dediquem a aplicar foles pneumáticos<br />

em suspensões de molas metálicas,<br />

tendo em vista torná-las mais resistentes<br />

a cargas e mais estáveis.<br />

As principais avarias dos foles de suspensão<br />

derivam, quer de impactos de objectos<br />

estranhos ou pelo atrito constante<br />

com componentes do chassis, quer pelo<br />

atrito interno, devido em grande parte a<br />

avarias da geometria da suspensão ou a<br />

defeitos de concepção da mesma. Como<br />

também já referimos na primeira parte<br />

deste estudo, os foles não possuem resistência<br />

estrutural, necessitando ser guiados<br />

por braços e barras de suspensão.<br />

Este é, afinal, o único “calcanhar de<br />

Aquiles“ deste sistema, responsável pela<br />

maioria <strong>das</strong> avarias.<br />

Força e fraqueza<br />

dos foles de suspensão<br />

Como qualquer outro componente<br />

pneumático, os foles podem sofrer furos<br />

e pequenos cortes, mas esses defeitos<br />

podem ser facilmente reparados pelas<br />

técnicas comuns de reparação de<br />

pneus (remendos, vulcanização, etc.),<br />

desde que não haja danos estruturais<br />

nas telas ou nos rebordos de contacto<br />

com as peças metálicas (tampas, cilindros,<br />

cones. etc.).<br />

No entanto, quando são sujeitos a<br />

esforços anormais, os foles podem<br />

despegar-se <strong>das</strong> partes metálicas que<br />

os integram ou até romperem-se completamente.<br />

De facto, as condições<br />

para que um fole pneumático opere<br />

sem problemas durante longo tempo<br />

são as seguintes:<br />

1 O fole deve trabalhar centrado, em especial<br />

na fase de máxima compressão,<br />

ou seja, a base do fole e a respectiva<br />

tampa têm que operar o mais possível<br />

dentro do mesmo eixo vertical;<br />

2 O fole é concebido para trabalhar em<br />

compressão, possuindo batentes internos<br />

que o protegem do contacto em final<br />

de curso; no entanto, o fole não tem<br />

qualquer resistência ao estiramento,<br />

provocado pela excessiva extensão <strong>das</strong><br />

suspensões, tendo que estar protegido<br />

pela geometria da suspensão e pelo curso<br />

máximo dos amortecedores;<br />

3 O fole não foi concebido para suportar<br />

forças transversais ao seu eixo vertical,<br />

rompendo-se ou descolando-se facilmente,<br />

se a geometria da suspensão falhar.<br />

Fig. 1 - Suspensão tradicional de braço longitudinal,<br />

equipada com fole do tipo completo (c/êmbolo): a<br />

condição para que este tipo de suspensão resulte<br />

consiste no alinhamento do êmbolo com a tampa<br />

superior, quando a suspensão atinge o máximo de<br />

compressão. Reparar que, para tirar partido do efeito<br />

de alavanca, o fole está situado atrás do eixo da roda.<br />

Fig. 2 - Nos braços que rodam é inevitável que apareçam<br />

deformações assimétricas da borracha do fole.<br />

Em relação à geometria <strong>das</strong> suspensões<br />

de foles pneumáticos, convém distinguir<br />

entre os fabricantes de camiões e tractores<br />

rodoviários, empresas de grande potencial<br />

económico é técnico, os grandes fabricantes<br />

de reboques (participados pelos construtores<br />

de camiões) e os pequenos fabricantes<br />

de atrelados e de carroçarias, de âmbito local.<br />

No primeiro caso, é difícil encontrar<br />

anomalias de concepção, quer ao nível do<br />

desenho, como ainda em relação aos materiais<br />

utilizados e ao desempenho final. No<br />

caso <strong>das</strong> pequenas empresas, onde o nível<br />

de concorrência é muito maior e de impacto<br />

mais dramático, sendo o potencial económico<br />

e técnico menor do que nas grandes<br />

empresas, a tendência para apresentar soluções<br />

mais simples (ou simplistas) e custos<br />

mais baixos pode comprometer o desempenho<br />

da geometria dos sistemas a<br />

médio/longo prazo. Para evitar a repetição<br />

de avarias em sucessão, o reparador deve<br />

seguir o critério e especificações dos fabricantes<br />

de maior gabarito, tentando corrigir<br />

as anomalias nos outros casos, dentro <strong>das</strong><br />

suas possibilidades e em cooperação com<br />

os clientes.<br />

Fig. 3 - A descentração do fole é evidente quando se<br />

compara o limite inferior do curso, com o limite<br />

superior.<br />

Fig. 4 - No final da compressão, as duas tampas do<br />

fole de duas barrigas estão centra<strong>das</strong> e o seu eixo<br />

coincide. Esta solução é a ideal, pois o fole está<br />

situado entre a articulação do braço de suspensão e<br />

o eixo da roda. No entanto, um fole completo<br />

convencional teria dificuldade em suportar a mesma<br />

carga, com esta configuração de geometria.<br />

Como actuar na prática?<br />

Os foles do tipo “snap on“ e “completo“<br />

têm uma estrutura similar, devendo funcionar<br />

perfeitamente centrados, de modo a<br />

que no ponto de compressão máxima e de<br />

maior esforço as paredes de borracha do<br />

fole não entrem em contacto internamente<br />

(fig. 1). A deformação deve ser simétrica a<br />

toda a volta do fole, evitando tensões exagera<strong>das</strong><br />

da borracha e <strong>das</strong> telas de reforço.<br />

No entanto, muitos braços de suspensão<br />

são articulados a partir de um eixo distanciado<br />

da fixação do fole (fig. 2), originando<br />

que o curso da suspensão seja em forma<br />

de arco e não uma linha vertical. Este sistema<br />

só funciona razoavelmente em estra<strong>das</strong><br />

muito bem nivela<strong>das</strong> e com cargas medianas<br />

ou leves. Noutras situações, o fole está<br />

sujeito a atritos internos que tornam a sua<br />

duração mais limitada. Uma forma de atenuar<br />

este inconveniente é montar a base do<br />

fole o mais perto possível do eixo de rotação<br />

do braço de suspensão, nos casos em<br />

que isso seja possível (fig. 3). Há quem<br />

monte articulações na base do fole, mas<br />

isso não resolve o problema básico (descentração)<br />

e só acrescenta novos problemas<br />

de manutenção.<br />

Nos foles de barrigas, a condição essencial<br />

para evitar a sua deterioração precoce<br />

é as duas tampas, inferior e superior, estarem<br />

perfeitamente centra<strong>das</strong> no ponto máximo<br />

de compressão (fig. 4). Nos foles de<br />

barrigas a descentração não só gera atrito<br />

interno, como externo, nas paredes de borracha,<br />

mas ainda entre estas e os anéis metálicos<br />

de reforço (convolute bellows).<br />

Nas figuras 5 e 6 é possível verificar que<br />

no ponto de máxima extensão da suspensão<br />

a base do fole está ligeiramente adiantada,<br />

em relação à tampa superior, mas na<br />

fase de compressão máxima o fole apresenta-se<br />

perfeitamente centrado, o que<br />

está correcto.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

TÉCNICA Janeiro 2006 31<br />

Fig. 5 - Fole de duas barrigas montado em paralelo<br />

com mola de lâminas de aço. A mola actua como<br />

braço da suspensão, com a vantagem do fole estar<br />

na posição central da geometria e não sofrer<br />

deformações indesejáveis.<br />

Fig. 7 - Esta geometria em paralelogramo é<br />

complicada e não traz qualquer vantagem, uma vez<br />

que o eixo da base do fole fica descentrado em<br />

relação ao eixo da tampa superior, cada vez que a<br />

suspensão sobe ou desce.<br />

Fig. 10 - Montagem de base oscilante em dois foles<br />

diferentes (completo e de barrigas). Trata-se de uma<br />

pseudo solução para a deformação assimétrica do<br />

fole, uma vez que há situações em que pode<br />

deformar mais a borracha do fole do que as bases<br />

fixas,<br />

Fig. 14 - Ruptura de um êmbolo de liga leve, devida a<br />

uma base de montagem pouco firme.<br />

Fig. 8 - Aspecto de dois foles diferentes (de êmbolo e<br />

de barrigas), quando os seus eixos ficam<br />

descentrados.<br />

Fig. 15 - Aspecto do rebordo de um fole, após sofrer<br />

um estiramento por sobre extensão da suspensão.<br />

Fig. 11 - Pode verificar-se que o êmbolo descentrado<br />

de um fole completo provoca o contacto interno <strong>das</strong><br />

paredes do fole, desgastando-as.<br />

Fig. 6 - Corte de um fole de duas barrigas, numa<br />

configuração semelhante à da figura 5. Reparar na<br />

mola de lâmina única e na barra de torção<br />

(em baixo da mola).<br />

Em certas suspensões com braços em<br />

forma de paralelogramo deformável (fig.<br />

7), consegue-se que o movimento da suspensão<br />

seja vertical, mas, ao comprimirse,<br />

o paralelogramo faz variar a distância<br />

horizontal do fole em relação ao ponto de<br />

articulação dos braços, descentrando a<br />

base e o topo do fole. Nas figuras 8 e 9<br />

podem ver-se casos de suspensões em que<br />

os braços efectuam movimentos de translação.<br />

Como se pode concluir facilmente<br />

pelo formato dos foles, este último tipo de<br />

geometria é o mais pernicioso para a conservação<br />

destes. Na figura 10 podem verse<br />

foles montados sobre uma base oscilante,<br />

que teoricamente faria coincidir as<br />

duas tampas do fole no plano do alinhamento<br />

vertical. No entanto, a prática demonstra<br />

que este sistema torna a suspensão<br />

mais alta e mais instável, para além<br />

de retirar espaço ao compartimento de<br />

Fig. 9 - Soluções de geometria em que a deformação<br />

assimétrica do fole é quase absurda. Nas excelentes<br />

vias principais do centro da Europa, estas soluções<br />

passam desapercebi<strong>das</strong>. Mas, em pisos irregulares e<br />

percursos sinuosos, os foles têm uma expectativa de<br />

vida muito curta.<br />

carga do veículo. Na figura 11 pode verificar-se<br />

facilmente a “tortura“ de um fole,<br />

vítima da descentração do êmbolo em relação<br />

à fixação superior do fole.<br />

Fig. 13 - Diagrama de um fole com êmbolo de liga<br />

leve: para reforçar a estrutura do êmbolo e torná-lo<br />

resistente a forças transversais, o interior do mesmo<br />

está dividido em 16 septos radiais.<br />

Fig. 16 - Com solicitações extremas, a borracha do<br />

fole parte-se em duas partes.<br />

Alguns conselhos às oficinas<br />

No mercado de reposição aparecem<br />

muitas vezes peças de qualidade equivalente<br />

de materiais distintos, sendo conveniente<br />

saber qual a diferença prática<br />

entre as várias opções. Nas figuras 12 e<br />

13 podem ver-se dois foles de reposição<br />

idênticos, sendo que um possui o êmbolo<br />

de aço, enquanto que o outro tem o<br />

êmbolo em liga leve. Podem aparecer<br />

ainda foles com êmbolos de alumínio. O<br />

mais leve e barato de todos é o de liga,<br />

embora seja o mais frágil a forças transversais.<br />

O êmbolo fabricado em chapa<br />

de aço é o mais pesado, mas apresenta<br />

boas características de resistência e preço<br />

conveniente. No caso do êmbolo de<br />

alumínio, também é resistente e mais<br />

leve que o de aço, mas custa mais caro.<br />

A leveza constitui uma mais valia, pois<br />

a menor inércia potencia o melhor funcionamento<br />

da suspensão, globalmente,<br />

não esforçando tanto a borracha do fole.<br />

De qualquer modo, em caso de dúvida é<br />

sempre conveniente seguir as recomendações<br />

do fabricante do veículo. A figura<br />

14 demonstra que todos os cuidados<br />

podem não ser suficientes. Ao substitui<br />

os foles e/ou os amortecedores, é conveniente<br />

seguir a regra de instalar um fole<br />

com maior extensão do que o anterior e<br />

um amortecedor com um curso menor<br />

do que o substituído. Isso permite que o<br />

fole não seja alongado para além do recomendável,<br />

com os resultados que podem<br />

apreciar-se nas figuras 15 e 16.<br />

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32<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

CONHECER<br />

O Catalisador ( II Parte )<br />

Diagnóstico e montagem<br />

de catalisadores<br />

Para saber quando se deve trocar o catalisador, deve-se em primeiro lugar fazer uma avaliação visual da<br />

peça e analisar os gases de escape. O controlo <strong>das</strong> emissões de gases é o teste que determina se o<br />

catalisador necessita de ser substituído.<br />

Odiálogo entre o reparador e os<br />

condutores deve constituir uma<br />

oportunidade para ventilar temas<br />

importantes, como a segurança e a protecção<br />

do ambiente, para além de servir para<br />

obter informação prática sobre o funcionamento<br />

do catalisador. Esse é o momento<br />

para esclarecer dúvi<strong>das</strong> que o cliente tem<br />

sobre a função do catalisador e fornecer ao<br />

profissional a oportunidade de apresentar<br />

argumentos convincentes para a sua boa<br />

manutenção.<br />

Para o cliente, o diagnóstico da sua viatura<br />

deve ser transparente e profissionalmente<br />

rigoroso, inspirando-lhe confiança<br />

para optar livremente pela melhor oportunidade<br />

de proceder a acções de manutenção<br />

e/ou reparação, tendo a perfeita consciência<br />

do que é um componente utilizável e outro<br />

a precisar de substituição.<br />

nas próximas dos suportes<br />

soldados e zonas<br />

próximas às soldaduras.<br />

Não devem<br />

apresentar indícios de<br />

corrosão avançada,<br />

nem fissuras, gretas<br />

ou orifícios.<br />

- Verificar a existência<br />

de manchas negras<br />

de carvão, sinal<br />

evidente de uma fuga<br />

de gases de escape,<br />

devido a ruptura ou<br />

falta de aperto <strong>das</strong><br />

juntas. Uma pequena<br />

fuga no escape provocará<br />

a reprovação do veículo nas inspecções<br />

periódicas obrigatórias (IPO).<br />

Deste modo, um diagnóstico completo<br />

de catalisadores envolve quatro fases:<br />

1 Entrevista com o condutor.<br />

2 Inspecção visual e teste físico.<br />

3 Verificação do controlo e nível<br />

<strong>das</strong> emissões.<br />

4 Fornecimento de um relatório<br />

quantificado e de um orçamento<br />

detalhado.<br />

1 - Para cumprir o primeiro ponto, algumas<br />

<strong>das</strong> perguntas indispensáveis para<br />

um diagnóstico fiável são as seguintes:<br />

- Ao bater com um martelo de borracha,<br />

qualquer ruído parecido com areia dentro<br />

de uma lata significa que há um processo<br />

de corrosão em fase adiantada e/ou grandes<br />

A O seu carro faz muito barulho?<br />

B O tubo de escape está queimado<br />

ou enferrujado?<br />

C O seu carro emite fumo negro<br />

ao pegar?<br />

D Há quanto tempo realizou<br />

o último teste de emissões?<br />

2 - Para o segundo ponto, é necessário<br />

efectuar as seguintes verificações visuais:<br />

– Verificar o alinhamento<br />

de todo o<br />

tubo de escape, em<br />

especial a centralidade<br />

em relação aos<br />

respectivos alojamentos.<br />

Verificar sinais<br />

e danos de impactos.<br />

– Verificar to<strong>das</strong><br />

as ligações, braçadeiras,<br />

pernos e parafusos.<br />

Inspeccionar<br />

os suportes de borracha<br />

e possíveis quebras<br />

ou fissuras.<br />

- Verificar visualmente o estado dos tubos,<br />

especialmente nas zonas curva<strong>das</strong>, zo-<br />

quantidades de depósitos de carvão.<br />

- Ao abanar o tubo de escape, este não<br />

deve tocar no chassis da viatura. Caso contrário,<br />

os suportes de borracha podem estar<br />

partidos ou demasiado usados e flexíveis.<br />

3 - Para efectuar a terceira parte do diagnóstico,<br />

são utilizados os seguintes procedimentos:<br />

- Verificar o nível<br />

global de ruídos e vibrações<br />

e a sua conformidade<br />

com os valores<br />

de homologação<br />

constantes no livro de<br />

instruções. Em seguida,<br />

acelerar o motor e<br />

realizar a medição<br />

com o sonómetro.<br />

Qualquer valor superior<br />

a 3 significa que<br />

o veículo está reprovado.<br />

- Utilizando uma<br />

câmara endoscópica,<br />

verificar o estado interior<br />

do tubo de escape,<br />

através do respectivo<br />

monitor.<br />

- Para terminar,<br />

verificar o nível de<br />

emissões com um<br />

analisador de gases de<br />

escape. É conveniente<br />

realizar o teste de<br />

emissões anualmente,<br />

a fim de controlar o<br />

progressivo grau de<br />

uso do catalisador.<br />

4 – Para que o diagnóstico fique completo,<br />

as folhas impressas pelos equipamentos<br />

utilizados nos testes são adiciona<strong>das</strong><br />

ao parecer técnico do profissional. Caso<br />

seja necessária alguma reparação, um<br />

orçamento discriminado acompanhará<br />

o relatório de diagnóstico.<br />

INSPECÇÕES PERIÓDICAS<br />

OBRIGATÓRIAS<br />

Nas inspecções periódicas obrigatórias o<br />

sistema de escape é avaliado por uma inspecção<br />

visual e por um teste de emissões.<br />

A – INSPECÇÃO VISUAL<br />

Na inspecção visual é dado relevo a<br />

indícios de forte corrosão, perfurações,<br />

fugas e fixações danifica<strong>das</strong>. Estas deficiências<br />

requerem uma segunda inspecção,<br />

uma vez que põem em risco a segurança<br />

do condutor e a dos ocupantes do<br />

veículo.<br />

Deficiências que não ponham em risco<br />

o condutor e outros utentes da estrada


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

CONHECER Janeiro 2006 33<br />

são regista<strong>das</strong> no relatório técnico, embora não estejam<br />

sujeitas a nova inspecção, a fim de que o condutor possa<br />

optar pela sua oportuna reparação. Nesta rubrica estão<br />

incluídos indícios de desgaste avançado, os quais<br />

provavelmente produzirão avarias antes da próxima<br />

inspecção.<br />

B - TESTE EMISSÕES GASES DE ESCAPE<br />

No teste <strong>das</strong> emissões de escape para veículos a gasolina<br />

sem catalisador, a prova é realizada ao ralenti,<br />

com os limites de CO de 4,5% para veículos anteriores<br />

a Outubro de 1986 e de 3,5% para os veículos posteriores<br />

a essa data.<br />

Nos veículos com catalisador o teste é feito em dois<br />

parâmetros (com o motor acelerado e ao ralenti), depois<br />

do catalisador ter atingido a temperatura normal<br />

de funcionamento. No primeiro caso a tolerância é de<br />

GAS<br />

CO<br />

CARBURADOR<br />

INJECÇÃO<br />

SEM<br />

CATALISADOR<br />

Quadro de valores médios para motores a gasolina, ao ralenti<br />

SUMÁRIO<br />

INJECÇÃO<br />

COM<br />

CATALISADOR<br />

2% 1 - 2% 0<br />

CO 2 12 - 13% 13 - 14% 15,6 - 16,2%<br />

HC 350 max 150 max 0 - 80<br />

O 2 0,6 - 1,5% 0,6 - 1,5% 0<br />

Factor<br />

Lambda<br />

1 1 0,995 - 1,005<br />

Ao ralenti CO + CO 2 = 15,5 %<br />

Aceleração Constante: CO + CO 2 + O 2 = 15,5 %<br />

CO:<br />

Mistura rica<br />

CO 2 :<br />

Combustão plena<br />

HC:<br />

Hidrocarbonetos por queimar<br />

O 2 :<br />

Presença de ar no escape<br />

Lambda:<br />

Qualidade da mistura<br />

0,3% de CO, elevando-se para 0,5% ao ralenti.<br />

Determinação do teor de "CO" e valor de Lambda.<br />

- Coloca-se a sonda de captação dos gases da combustão<br />

na saída do escape do veículo.<br />

- Com o motor do veículo desligado, identifica-se o<br />

primeiro cilindro.<br />

- Coloca-se a pinça de indução no cabo da vela do primeiro<br />

cilindro tendo em atenção que a seta inscrita na<br />

pinça deve ficar a apontar para o lado da vela.<br />

- Procede-se à medição dos valores de "CO" e Lambda.<br />

- Para-se o motor e retira-se a pinça.<br />

Nos motores diesel só o teste e opacidade dos gases de<br />

escape é efectuado no presente. Para o efeito é utilizado<br />

um opacímetro, instrumento que faz passar os gases de<br />

escape através do feixe luminoso de um farol. Para simular<br />

a situação de carga do motor, altura em que a mistura<br />

é menos homogénea, o operador acelera o motor em ponto<br />

morto.<br />

Duas medições são efectua<strong>das</strong> na exacta sequência de<br />

aceleração, desaceleração e ralenti. O operador do opacímetro<br />

deverá verificar previamente o nível do fluido refrigerante,<br />

verificar a afinação da bomba de injecção e a temperatura<br />

do óleo do motor, que deve ser superior a 85ºC.<br />

Durante a realização do teste o motor deve permanecer à<br />

temperatura operacional. A verificação do avanço da bomba<br />

impede que o motor se afogue em aceleração e proporciona<br />

medições de opacidade muito acura<strong>das</strong>. Por outro<br />

lado, também evita que o motor acelere por si próprio. As<br />

tolerâncias são de 2,5 km (elevado a -1), para motores sem<br />

turbo, e 3 km (elevado a -1). A unidade de medição do opacímetro<br />

é k (elevado a -1), onde K é o coeficiente de recepção<br />

da luz de um foco colocado à distância de 1 metro.<br />

Medição da opacidade<br />

- Verifica-se que pedal de aceleração do veículo não existe<br />

qualquer limitador de curso.<br />

- Verifica-se que não há qualquer modificação no sistema<br />

original de escape.<br />

- Verifica-se que o sistema de aquecimento está desligado.<br />

- Verifica-se que o motor atingiu a temperatura de regime.<br />

- Procede-se a uma série preliminar de 3 acelerações sucessivas<br />

tão rápi<strong>das</strong> e aproxima<strong>das</strong> quanto possível (o<br />

motor atingiu o máximo da sua rotação) para limpeza<br />

do sistema de escape.<br />

- Imediatamente a seguir e após a ligação do tubo condutor<br />

de fumos ao escape, terá lugar uma aceleração, por<br />

forma a levar o motor rapidamente ao regime de máxima<br />

potência, soltando depois o acelerador até que o<br />

motor recupere o seu funcionamento em marcha lenta.<br />

Memorizar o valor determinado.<br />

- Repete-se 4 vezes esta operação.<br />

INTERPRETAÇÃO DE UM RELATÓRIO<br />

DE ANÁLISE DE EMISSÕES<br />

São utilizados analisadores de 4 gases (CO, CO 2 , O 2 e<br />

HC), tanto para diagnóstico como para as inspecções<br />

(IPO). No quadro abaixo, que apenas representa uma referência<br />

de valores médios, são fornecidos parâmetros<br />

que permitem ao operador do teste ter uma ideia sobre a<br />

condição do sistema de controlo de emissões e sobre alguns<br />

componentes do motor.<br />

CO<br />

CO 2<br />

HC<br />

O 2<br />

V<br />

DIAGNÓSTICO DE AVARIAS A PARTIR<br />

1 2 3 4 5 6 7 8<br />

▲ ▼ ▼ ▲ ▼ ▲ ▲<br />

▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼<br />

▼ ▼ ▲ ▼ ▲ ▲ = ▲<br />

▲ ▲ ▲ ▲ ▲ = ▼ ▲<br />

▲ ▲ ▼ ▲ ▼ ▼<br />

DOS GASES DE ESCAPE<br />

1 - Ignição deficiente<br />

2 - Fluxo de injecção insuficiente<br />

3 - Avaria da ignição (o motor não pega)<br />

4 - Falta de combustível<br />

5 - Distribuição desafinada<br />

6 - Folga excessiva <strong>das</strong> válvulas (em aceleração a 3.000 rpm)<br />

7 - Pressão de combustível excessiva<br />

8 - Filtro de ar obstruído<br />

Os analisadores de gases de escape são quase sempre<br />

usados para a detecção de emissões poluentes nas inspecções<br />

(IPO) e muito pouco como instrumento de<br />

diagnóstico do estado do motor e do sistema de controlo<br />

de emissões.<br />

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE DESGASTE<br />

Tempo em segundos<br />

100.000 Km 50.000 Km Novo<br />

CO (aceleração constante) x 333 = Grau de uso em %<br />

EXEMPLO<br />

GRAU DE USO<br />

0,01% 3%<br />

0,1% 33%<br />

0,2% 66%<br />

≥ 0,3% 100%<br />

DO CATALISADOR<br />

Os resultados dos testes de emissões levados a cabo<br />

nas IPO são geralmente bastante reduzidos, embora nos<br />

veículos acabados de sair da fábrica sejam 30 vezes menores.<br />

No gráfico acima pode ver-se a diferença de rendimento<br />

de um catalisador com 50 mil km, 100 mil km e<br />

novo. O tempo de resposta aumenta sensivelmente, enquanto<br />

que a eficiência de conversão catalítica vai decrescendo<br />

progressivamente.<br />

A - NÍVEL DE CO RESIDUAL<br />

Este é o mais expressivo e simples método para avaliar o<br />

estado do uso de um catalisador. Através da fórmula indicada<br />

o valor de desgaste é obtido directamente:<br />

B - TEMPO DE RESPOSTA<br />

O segundo factor que permite identificar o estado de uso<br />

de um catalisador é o lapso de tempo que leva a iniciar a<br />

conversão do CO a níveis inferiores a 0,3% (aceleração<br />

constante). O quadro a seguir foi obtido a partir de veículos<br />

que realizaram a sua quilometragem em boas condições de<br />

NOVO<br />

TEMPO EM SEG<br />

(ATÉ CHEGAR<br />

A 0,3% DE CO)<br />

30<br />

VALOR ESTIMADO<br />

DO GRAU DE USO<br />

NOVO<br />

50.000 Km 60<br />

50%<br />

100.000 Km 80<br />

70%<br />

(Média em IPO) 120<br />

100%<br />

utilização.<br />

Em termos de análise comercial, estas duas ferramentas<br />

de cálculo permitem que o reparador possa garantir ao<br />

cliente a conformidade do seu catalisador ou a necessidade<br />

de o substituir. A determinação do grau de uso, por outro<br />

lado, pode preparar ou antecipar uma venda, dependendo<br />

do resultado.<br />

No plano da análise técnica, pode concluir-se que o rendimento<br />

do catalisador aumenta progressivamente a partir<br />

de frio, embora a diferentes ritmos. De facto, o calor dos<br />

gases de escape propaga-se do interior do monólito para o<br />

exterior da panela. Como a cerâmica é um material homogéneo,<br />

a temperatura eleva-se continuamente até atingir o<br />

patamar de rendimento máximo. Considera-se que o catalisador<br />

está à temperatura operacional quando o nível de CO<br />

é inferior a 0,3%, com o motor em moderada aceleração<br />

constante. O CO é utilizado como referência, pois trata-se<br />

do gás mais perigoso para a saúde humana e para o próprio<br />

ambiente, uma vez que é inodoro e incolor, sendo indetectável<br />

por seres humanos. A análise dos outros gases apenas<br />

serve para recolher informações que permitam avaliar o estado<br />

de manutenção do veículo.


34<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Janeiro 2006<br />

PNEUS<br />

Breves<br />

DUNLOP SP492,<br />

OFF ROAD<br />

A gama de pneumáticos da<br />

Dunlop para camiões foi reforçada<br />

com o SP492, especialmente<br />

concebido para os eixos<br />

de tracção de veículos que operam<br />

em condições de aderência<br />

precária (estaleiros de construção<br />

civil, desaterros, pedreiras,<br />

dunas, etc.). Para além de um<br />

excelente poder de tracção, o<br />

novo pneu possui uma elevada<br />

resistência ao choque e ao desgaste,<br />

proporcionando quilometragens<br />

suplementares. Uma<br />

nova tecnologia TPL (Top Polyamide<br />

Layer), assegura ao<br />

pneu uma protecção total <strong>das</strong><br />

lonas contra choques e humidade,<br />

permitindo a sua posterior<br />

recauchutagem.<br />

NOVO SISTEMA ANTI FURO<br />

DA BRIDGESTONE<br />

Foi lançado no mercado o<br />

mais recente conceito de pneus<br />

anti furo da maca japonesa<br />

Bridgestone, o Support Ring<br />

run flat System. Este novo sistema<br />

equipará o mais recente<br />

Rav4 da Toyota, que se destina<br />

ao mercado europeu. A nova<br />

tecnologia da marca pioneira<br />

em pneus capazes de rodar sem<br />

pressão é baseada num anel de<br />

liga leve e borracha, que assegura<br />

um apoio mais flexível ao<br />

pneu, quando rodar vazio, sendo<br />

adequada para viaturas equipa<strong>das</strong><br />

com pneus de perfil alto.<br />

MICHELIN NÃO PÁRA<br />

Durante o terceiro trimestre<br />

de 2005 a multinacional Michelin<br />

facturou € 3.890 milhões,<br />

mais 4,5% do que em idêntico<br />

período de 2<strong>004</strong>. Mesmo assim,<br />

o grande fabricante mundial de<br />

pneus debate-se com a paragem<br />

generalizada dos mercados, tendo<br />

sido obrigado a rever em<br />

baixa as previsões para o último<br />

trimestre deste ano, em alguns<br />

países. A boa relação preço/produto<br />

da marca francesa permite<br />

manter os negócios em alta,<br />

numa conjuntura em que os custos<br />

de energia, matérias-primas<br />

e outros factores de produção<br />

não cessam de subir.<br />

CONTINENTAL EQUIPA<br />

SUV Q7 DA AUDI<br />

Recentemente apresentado no<br />

passado salão de Frankfurt, o<br />

novo utilitário desportivo de altas<br />

prestações Audi Q7 será equipado<br />

com pneus e sistemas de chassis<br />

Continental. Os pneus disponíveis<br />

são o ContiCrossContact UHP e o<br />

Conti4X4Contact, nas medi<strong>das</strong><br />

235/60 e 255/60 (motor V8), ambos<br />

para jantes de liga leve de<br />

18”, embora se possam montar<br />

em to<strong>das</strong> as versões do Q7 jantes<br />

de 19 ou 20”. A suspensão pneumática<br />

adaptativa EAS será igualmente<br />

fornecida pela Continental,<br />

bem como o sistema de controlo<br />

dos travões. Motores 4.2 FSI (350<br />

CV) e 3.0 TDI (233 CV), com<br />

caixas tiptronic de 6 velocidades,<br />

equiparão as versões iniciais do<br />

Audi Q7.<br />

Calendário Pirelli 2006 arrasador<br />

Calendário Pirelli 2006<br />

arrasador<br />

A edição 2006 do lendário calendário Pirelli, que tem sido objecto de culto nos<br />

últimos 40 anos, conta com estreias de peso, como Jennifer Lopez, Gisele<br />

Brundchen, Kate Moss e Natalia Vodinova. Deslumbrantes e sexys, preenchem uma<br />

<strong>das</strong> mais arrisca<strong>das</strong> edições do mítico Calendário.<br />

Livres e poderosas, é a<br />

expressão que marca o<br />

tema deste ano. As seis<br />

mulheres de grande fama e beleza<br />

estão à vontade com o seu<br />

corpo e são livres de o mostrar<br />

desnudado e sensual. A sedução<br />

e a liberdade de expressão como<br />

protagonistas, é o que reclama o<br />

Calendário 2006.As modelos<br />

colocam-se no papel de si mesmas,<br />

num acto de profissionalismo,<br />

conhecedoras do seu corpo<br />

e do seu poder, e da liberdade<br />

para o usar.<br />

A dupla de fotógrafos turcobritânica<br />

constituída por Mert<br />

Alas e Marcus Piggot, foram os<br />

autores <strong>das</strong> fotografias que no<br />

geral são a preto e branco. Surgem<br />

alguns laivos de cor na<br />

capa e nos meses de março de<br />

Novembro, e alusões subtis a<br />

déca<strong>das</strong> passa<strong>das</strong> e histórias de<br />

cinema.<br />

Desta vez o cenário escolhido<br />

para a sessão fotográfica foi<br />

Cap d’Antibes, na Riviera francesa,<br />

que se mostrou um lugar<br />

de extrema elegância, com o<br />

mar, os recifes sobre as águas,<br />

os luxuosos iates e as fabulosas<br />

vilas com os seus sumptuosos<br />

jardins. A água foi um elemento<br />

usado para acentuar a sensualidade<br />

e o brilho da pele, com<br />

efeitos luminosos que permitem<br />

fotografias sensuais e excitantes.<br />

No geral as fotos modernas<br />

e originais trazem um sabor a<br />

anos sessenta e setenta, misturando<br />

tradição e inovação.<br />

O lançamento do Calendário<br />

2006 coincidiu com o nascimento<br />

do novo site dedicado ao<br />

“Cal”: www.pirellical.com. Neste<br />

portal, surge o calendário no<br />

seu esplendor em todos os 42<br />

anos da sua história da fotografia


MANN JAN.pdf


TRW contracapa<br />

quark


UM LÍDER<br />

RECONHECE-SE<br />

À PRIMEIRA VISTA<br />

Um líder reconhece-se à primeira vista: MANN-FILTER: Líder em filtros.<br />

O profissional necessita do apoio de uma marca forte, sólida e de prestígio.<br />

Um aliado que ponha à sua disposição o melhor produto e o serviço mais<br />

competitivo:<br />

• MANN-FILTER: Garantia de qualidade: Qualidade de garantia.<br />

• MANN-FILTER: Garantia de fiabilidade: Garantia de rentabilidade.<br />

• MANN-FILTER: A cobertura mais ampla.<br />

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MANN+HUMMEL IBÉRICA, S.A.<br />

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Para peças de direcção e suspensão<br />

inigualáveis, una-se à TRW – o detalhe<br />

faz toda a diferença.<br />

A TRW é o único nome a eleger quando se trata de componentes de direcção e suspensão. Com uma cobertura de mais<br />

de 90 por cento do parque automóvel europeu, a TRW fornece mais de 2000 referências de peças de direcção e suspensão<br />

ao mercado independente de pós-venda. Com uma gama em constante actualização, a TRW dedica-se a ser a primeira<br />

a lançar novas peças no mercado. Posicionada entre os líderes mundiais no fornecimento de Equipamento Original, a TRW<br />

certifica-se que cada peça é concebida segundo as rigorosas especificações do Equipamento Original. Testa<strong>das</strong><br />

no laboratório, testa<strong>das</strong> na estrada, pode ficar tranquilo quanto à qualidade e à fiabilidade de cada peça TRW.<br />

Apoiada por um serviço fora de série e muito abrangente, a TRW garante qualidade e segurança ao seu negócio. Se procura<br />

peças de direcção e suspensão que combinem a mais elevada qualidade com um serviço inigualável, una-se à TRW.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Janeiro 2006 13<br />

SOLDADURA COM APLICAÇÃO DE SOLDA (continuação)<br />

Paradeixarapeçalimpadepóseaparasde<br />

materialresultantesdalixagem,foiusadauma<br />

pistoladearcomprimido.<br />

Aoperaçãoseguinteconsistiuemlimparazonaa<br />

serreparadacomumpapeldelimpeza<br />

impregnadodedissolventebásico.Asecagemdo<br />

diluenteéaconselhávelemtodososcasosantes<br />

deiniciarasoldadura,maséimperativanocaso<br />

destematerial,quecolocaalgunsproblemasde<br />

Antesdequalqueroutraoperação,aparteinterna<br />

dapeçaaserreparadafoilixadaparaeliminar<br />

restosdetintaecriarbasedeaderência.<br />

Àsemelhançadoocorridoaquandodareparação<br />

doladoexterior,agretaexistentenointeriorfoi<br />

igualmentebiseladaemtodaasuaextensão.<br />

COLECCIONÁVEL (IV)<br />

Afaseseguintedareparaçãoconsistiuem<br />

efectuarasoldaautogéneadosladosdafissura,<br />

utilizandoomaçaricodearquente(acercade<br />

300ºC),equipadocomumbicoemformade<br />

cunha.Estauniãoprovisóriafacilitaaaplicação<br />

<strong>das</strong>olda,tornandoocordãomaisregulare<br />

Aseguir,fez-sealimpezadazonaarepararcom<br />

dissolventebásico,deformaaeliminarsujidadese<br />

resíduosdegordura.<br />

Antesdeiniciarasolda,cortámosavaretade<br />

soldaremformadeflecha,parapermitiruma<br />

inserçãoóptimadesdeoprimeiromomento.<br />

Depoisdodissolventeseterevaporado,foi<br />

realizadaaligaçãodosbordosdafissuracomo<br />

maçaricodearquente,equipadocomobicoem<br />

formadecunha,afimdereforçarareparação.Deve<br />

serexercidaumaligeirapressãoparaaproximaras<br />

duaspartesdapeçaasersolda<strong>das</strong>.<br />

Paradarinícioàsoldadura,aquecemos<br />

simultaneamenteapontadavaretaea<br />

extremidadedafissuracomomaçaricodear<br />

quente(acercade300ºC).<br />

Talcomohavíamosfeitonoexteriordapeça,<br />

aplicámosumcordãopeloladointerior,aolongo<br />

dafissura.<br />

Duranteaaplicação<strong>das</strong>olda,tivemosocuidado<br />

deaqueceralternadamenteavaretaeapeça,com<br />

ummovimentopendulardobicodomaçarico,de<br />

modoamanterasduas,simultaneamente,num<br />

estadosuficientementemaleável(pastoso).<br />

Comoazonadanificadacoincidiacomocantodo<br />

pára-choques,resolvemosaplicaralgunsbocados<br />

decordãotransversalmenteaoquejáestava<br />

aplicado,parareforçodareparação.<br />

Aspectodocordãodesoldaapóster-seefectuado<br />

asoldadura.<br />

Paraeliminaroexcessodematerialdesnecessário,<br />

usámosumdiscoabrasivo.<br />

Nestecasoconcreto,emqueafissuracoincideem<br />

partecomosulcodecorativoexistentenopárachoques,énecessárioaplicarumsegundocordão<br />

desol<strong>das</strong>obreoprimeiro(dentrodosulco),sendo<br />

eliminadooexcessodematerialnafasede<br />

acabamento.<br />

Noslocaisnãoacessíveisaodisco,foiusadoum<br />

berbequimmunidodeumafresafina.<br />

Estesegundocordãodesoldadeveráapenas<br />

cobrirosulcodecorativodopára-choquesatéao<br />

pontoondechegaafissura.<br />

Comumafresadegeometriaedimensão<br />

adequa<strong>das</strong>,refizemososulcoondehaviasido<br />

aplicadoumduplocordãodesolda,sendo<br />

eliminadoomaterialdeenchimento<br />

desnecessário.<br />

Apesardareparaçãoterficadosólidapelolado<br />

exterior,permaneciaumafissuraabertapelolado<br />

interior,tornando-seobrigatórioumreforçoda<br />

soldadura,poresselado.<br />

Apósumalimpezacomarcomprido,apeçaficou<br />

prontaparapassaràsecçãodepintura.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

14 Janeiro 2006<br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />

REPARAÇÃO SEM SOLDADURA<br />

Seguidamentevamos<br />

descreverareparaçãodeuma<br />

peçasemsoldadura,nocaso,<br />

umacarenagemlateralde<br />

umamotoHondaCBR,<br />

fabricadaemABS.<br />

Apósaaplicaçãodarede,utilizámosuma<br />

ferramentametálicaparaeliminar,pelolado<br />

exterior,deformaçõesocasiona<strong>das</strong>pelapressão<br />

exercidaparainserirarede.<br />

Umdiscoabrasivoserviuparaeliminaratintado<br />

ladoexteriordapeça,nazonaqueseencontra<br />

danificada.<br />

Devidoàrigidezdestematerial,umpequeno<br />

impactoprovocouumarupturadapeçapelolado<br />

exterioreinterior.<br />

Opóresultantedessaoperaçãopodesereliminado<br />

comumapistoladearcomprimido,parapermitira<br />

boaaderênciadoprodutodeacabamento.<br />

Areparaçãoseráefectuadacomaplicaçãodeuma<br />

rededereforçoeacabamentocomresinaepoxy.<br />

Opassoseguinteconsistiuempreparararesina<br />

epoxybicomponentecomumgraudeflexibilidade<br />

idênticoaodapeça(bastanterígido).<br />

Aprimeiraoperaçãoconsistiuemaquecerazona<br />

danificadacomumamaçaricodearquente,<br />

reguladoparacercade300ºC.<br />

Quandoomaterialseapresentava<br />

suficientementemaleável,usámosuma<br />

ferramentametálicaparaeliminarastensõese<br />

deformaçõesdaáreaareparar,deformaaqueas<br />

margensdafissuraficassemnivela<strong>das</strong>.<br />

Comoummaçaricodegás<br />

passámosachamaemtodaaárea<br />

areparar(interioreexterior),<br />

comoobjectivodefacilitara<br />

aderênciadaresina.<br />

Umdiscodeaçoentrançadoserviupararemover<br />

atintadoladointerior,paraevitarquese<br />

misturassecomoplásticoemfusão.<br />

Aresinafoiaplicadacomumaespátula,<br />

uniformemente,emtodaazonadanificada.<br />

Aseguir,recortámosatelametálicacomas<br />

dimensõeseageometriacompatíveiscoma<br />

reparação.<br />

Apósaresinaterpolimerizado(oucurado),<br />

passámostodaaáreareparadacomodiscodelixa,<br />

tendosidoeliminadoomaterialemexcesso.<br />

Continuandoaaquecerapeça,começámosa<br />

introduziraredenoplásticoemestadopastoso,<br />

peloladointerior,ecomaajudadeuma<br />

ferramentametálica,pressionámosaredepara<br />

ficarbemligadaàpeça.<br />

Naszonasondeodiscodelixanãoalcançou,<br />

efectuámosalixagemmanual(comtacoefolhade<br />

lixa),ficandoapeçaprontaparaserpintada.<br />

Utizaresteprocedimentoportodaarede,de<br />

maneiraquefiquebemembebidanapeça.<br />

Aspectofinaldareparação,ficandoacarnagemda<br />

motocompletamentelisa,prontaarecebero<br />

tratamentodepintura.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO Janeiro 2006 15<br />

REPARAÇÃO POR SOLDADURA QUÍMICA<br />

Na reparação de componentes de plástico<br />

são utilizados inúmeros produtos químicos<br />

(resinas, colas, poliuretanos, etc.),<br />

que são indispensáveis para reparar certos<br />

materiais. Nestes casos, a reparação<br />

resulta em geral da aplicação de técnicas<br />

de colagem, embora existam certos produtos,<br />

como é o caso da acetona, cujas propriedades<br />

particulares permitem efectuar<br />

a chamada soldadura química. Este processo<br />

assenta na capacidade que a acetona<br />

possui para dissolver os plásticos termoplásticos,<br />

excepto o polietileno e o polipropileno.<br />

No entanto, a acção dissolvente<br />

da acetona não resulta igual em todos os<br />

materiais, sendo o efeito mais acentuado<br />

no ABS, que pode chegar a dissolver completamente.<br />

Por conseguinte, os melhores<br />

resultados da chamada soldadura química<br />

são obtidos neste material. De qualquer<br />

modo, este tipo de soldadura é uma técnica<br />

eficaz e de rápida execução, em especial<br />

no caso de pequenas fissuras, patilhas e<br />

encaixes partidos, etc. Basicamente,<br />

podem ser utiliza<strong>das</strong> duas variantes deste<br />

método:<br />

1 – A primeira, consiste na aplicação<br />

pura e simples de acetona na parte da peça<br />

quebrada; deixa-se actuar a acetona<br />

durante algum tempo, até começar a dissolver<br />

as superfícies a unir; para obter a<br />

ligação, basta unir as duas superfícies na<br />

sua posição correcta e mantê-las juntas até<br />

que a acetona se tenha evaporado totalmente.<br />

2- A segunda variante é mais aconselhável<br />

para peças de ABS e consiste na aplicação<br />

de uma cola artesanal feita com<br />

acetona e aparas do próprio material a soldar;essacolaéaplicadanolocaldaruptura<br />

e aguarda-se que a acetona se evapore,<br />

apósoqueseobtémumaligaçãosólida.<br />

O material para efectuar a soldadura<br />

química só está pronto quando se apresentar<br />

com um aspecto uniforme e<br />

maleável.<br />

Acabámos por separar o pino completamente,<br />

para poder efectuar uma<br />

reparaçãomaissólida.<br />

Aplicámos acetona na base da peça<br />

ondeseinsereopinoenoprópriopino.<br />

O processo de reparação que vamos<br />

descrever refere-se a um bloco óptico<br />

posterior de um Ford Fiesta 96, Mod.<br />

92, constituído por ABS-PMMA. O<br />

método usado foi a soldadura química<br />

reforçada,pormeiodeacetona.<br />

Deve-se deixar passar um pouco de<br />

tempo até que a acetona comece a<br />

actuaremambasassuperfícies.<br />

O dano era um pino de fixação partido,osuficienteparainutilizarapeça.<br />

Quando as superfícies se encontrarem<br />

dissolvi<strong>das</strong> pela acção da acetona,<br />

estãoprontasparaseremuni<strong>das</strong>.<br />

Como se trata de um ponto da peça<br />

onde recai maior esforço, a soldagem<br />

foi reforçada com aparas de ABS retira<strong>das</strong><br />

de uma velha peça fora de uso, com a<br />

ajudadeumafaca.<br />

Para reforçar ainda melhor a união,<br />

aplicámos a massa adesiva também<br />

emtodaasuperfíciedopino.<br />

Dentro de um recipiente de vidro ou<br />

metal, coloca-se um pouco de acetona.<br />

Se o recipiente for de plástico tem de ser<br />

do tipo polipropileno ou polietileno,<br />

paranãosercorroídopelaacetona.<br />

Quando as duas superfícies já se<br />

encontravam amoleci<strong>das</strong>, colocámos<br />

o pino na sua posição definitiva, pressionando<br />

ligeiramente para conseguir<br />

uma ligação completa entre as duas<br />

partesdapeça.<br />

As aparas retira<strong>das</strong> da peça são então<br />

mistura<strong>das</strong> com acetona, dentro de um<br />

recipienteresistenteàacetona.<br />

Em volta da base do pino aplicámos<br />

um pouco de acetona para amolecer o<br />

material.<br />

Foi necessário remexer a mistura com<br />

a ajuda de uma ferramenta apropriada,<br />

atéasaparasdeABSsedissolverem.<br />

Com a ajuda de uma espátula espalhámos<br />

um pouco mais de cola de<br />

reforço.<br />

Neste caso, como a quantidade de<br />

ABS é superior à da acetona, terá que se<br />

adicionar um pouco mais de acetona<br />

paraseconseguirdissolvertodooABS.<br />

Vigiando para manter a posição do<br />

pino invariável, aguardámos que a<br />

acetona se evaporasse completamente,<br />

ficando a peça pronta passados<br />

alguns minutos e com maior resistênciadoqueoriginalmente.


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

16 Janeiro 2006<br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO<br />

V - REPARAÇÃO POR COLAGEM<br />

Como existem determinados materiais plásticos que não podem<br />

ser reparados por soldadura, devido à sua própria natureza (termo<br />

estáveis), ou por causa <strong>das</strong> cargas de reforço que lhes são adiciona<strong>das</strong>,<br />

é necessário prever um conjunto de técnicas que permitam a sua<br />

reparação, em caso de se danificarem. Nestes casos, o método principal<br />

utilizado consiste na ligação por colagem, com ou sem cargas<br />

de reforço. Os materiais aplicados nestas situações são geralmente<br />

idênticos ou muito similares aos que foram utilizados na fabricação<br />

<strong>das</strong> peças a reparar.<br />

RESINAS<br />

São substâncias orgânicas, apresenta<strong>das</strong> no estado líquido ou<br />

pastoso, cuja missão consiste em assegurar a ligação dos elementos<br />

da reparação, proporcionando a rigidez e a estanquecidade<br />

necessárias. A sua secagem e consequente cura deriva de um processo<br />

químico irreversível, a polimerização, a qual permite à<br />

resina adquirir uma consistência sólida. As resinas de poliéster e as<br />

resinas epoxy são as mais usa<strong>das</strong> na reparação de componentes<br />

plásticos automóvel.<br />

Resinas de poliéster<br />

As resinas de poliéster, são<br />

obti<strong>das</strong> pela reacção de ácidos<br />

orgânicos com grupos de álcoois<br />

específicos. Após a polimerização,<br />

apresentam boas qualidades<br />

eléctricas e físicas, resistência aos<br />

agentes químicos e estabilidade dimensional. Por apresentarem<br />

elevada resistência mecânica e rigidez, são relativamente frágeis.<br />

De um modo geral, estas resinas são comercializa<strong>das</strong> na forma de<br />

três líquidos (resina, activador e catalisador), cuja dosagem deve<br />

ser muito rigorosa, variando de um fabricante para outro. Para preparar<br />

a resina de poliéster, com vista à sua aplicação, são necessários<br />

os seguintes passos:<br />

- Verter para um recipiente a quantidade necessária de resina<br />

necessária à reparação; pequenas quantidades iniciais são preferíveis,<br />

para evitar a sua solidificação entes do termo da reparação.<br />

- Adicionar o activador numa proporção aproximada de 0,4%,<br />

em peso, da resina, remexendo bem a mistura.<br />

- Adicionar, finalmente, o catalisador, numa proporção, em<br />

peso, da resina, que pode variar entre 2 e 4%, consoante o fabricante<br />

do produto.<br />

Para a resina ficar pronta a aplicar é necessário continuar mexer<br />

bem a mistura. É imperativo seguir a ordem de adicionamento dos<br />

produtos, sendo de evitar a mistura directa do activador e do catalisador,<br />

pois isso pode provocar a sua inflamação ou detonação. Para<br />

pequenas quantidades, estas resinas são já forneci<strong>das</strong> com activador<br />

incorporado, bastando adicionar o catalisador e mexer. Do<br />

ponto de vista prático, a resina de poliéster liga-se muito bem com a<br />

fibra de vidro, facilitando a aderência da massa de reparação. O seu<br />

período de polimerização é variável, em função da temperatura e<br />

da quantidade de catalisador recomendada para a mistura. Para<br />

acelerar a secagem é comum usar-se uma lâmpada de infravermelhos,<br />

regulada a 60º C, o que evita eventuais deformações da área<br />

reparada.<br />

As cargas de reforço<br />

destinam-se a proporcionaraoscompostosde<br />

reparação porcolagema<br />

resistência mecânica e a<br />

rigidez necessárias. A<br />

natureza, forma e estrutura<br />

desses diferentes<br />

reforçospodemserrapidamente<br />

sintetiza<strong>das</strong> no<br />

quadroaseguir:<br />

NATUREZA<br />

METÁLICA<br />

INORGÂNICA<br />

ORGÂNICA<br />

PRODUTOS DE LIMPEZA<br />

Como em qualquer outro tipo de reparação de plásticos, a limpeza<br />

profunda da área de reparação é uma condição essencial<br />

para se obterem resultados satisfatórios. Essa limpeza deve<br />

incluir o completo desengorduramento, em especial no caso <strong>das</strong><br />

colagens, pois uma aderência reduzida dos materiais de reparação<br />

dá origem a uma reparação deficiente. Na maioria dos casos<br />

são usados dissolventes muito voláteis, como a acetona, não<br />

podendoserutilizadosdiluentesgordurosos,casodagasolinaou<br />

dissolventesparalacas.Comonoutrassituações,osolventedeve<br />

estarcompletamenteevaporadoantesdeseiniciarareparação.<br />

REFORÇOS<br />

MATERIAIS<br />

Alumínio<br />

Aço<br />

Cobre<br />

Inox<br />

Tungsténio<br />

Níquel<br />

Vidro<br />

Carvão<br />

Grafite<br />

Boro<br />

Carbureto de sílica<br />

Silicato de Alumínio<br />

Óxido de Zircónio<br />

Aramida<br />

Carbono<br />

Nylon<br />

ESTRUTURA<br />

Fibras<br />

Feltros<br />

Lãs<br />

Malhas<br />

Fios<br />

Arames<br />

Fibras<br />

Fios<br />

Tecidos<br />

Pós<br />

Esferas<br />

Lâminas<br />

Escamas<br />

Fibras<br />

Fios<br />

Malhas<br />

Tecidos<br />

Resinas epoxy<br />

As resinas epoxy são comercializa<strong>das</strong><br />

na forma de dois componentes<br />

independentes, resina e<br />

endurecedor, os quais apresentam<br />

geralmente colorações diferentes,<br />

para se ter uma noção correcta da<br />

homogeneidade da mistura ao preparar. As propriedades finais do<br />

produto e o seu tempo de cura variam em função do endurecedor,<br />

sendo imperativo respeitar as recomendações de cada fabricante.<br />

Apenas a título de curiosidade, a quantidade de endurecedor pode<br />

variar entre 25-50%, dependendo da marca do produto e a sua aplicação.<br />

As resinas epoxy têm maior dificuldade em impregnar as<br />

fibrasdevidro,devidoàsuamaiorviscosidade,mas possuemeleva<strong>das</strong><br />

propriedades mecânicas e grande estabilidade dimensional. A<br />

principal desvantagem destas resinas em relação às de poliéster é o<br />

seu preço mais elevado, o que limita o seu uso na reparação de componentes<br />

automóvel. Tal como as resinas de poliéster, as resinas<br />

epoxyaceleramasuacuraemfunçãodamaiortemperatura.<br />

Apesar de existir todo este universo de possibilidades,<br />

o reforço mais utilizado é o vidro, tanto no<br />

fabrico como na reparação automóvel, nas suas<br />

diversas configurações, uma vez que se trata de<br />

uma material com características e propriedades<br />

muitoaprecia<strong>das</strong>,paraalémdeumcustoacessível.<br />

Fibra de vidro<br />

A fibra de vidro é obtida através da fusão de uma<br />

mistura homogénea de sílica e de diversos óxidos,<br />

apresentando as seguintes características principais:<br />

-Excelentespropriedadesmecânicas.<br />

- Compatibilidade com matérias orgânicas<br />

(resinas), o que implica uma boa aderência a esses<br />

materiais.<br />

- Baixa sensibilidade às variações de temperaturaehumidade.<br />

-Nãosealteraporacçãodosagentesquímicos.<br />

Comercialmente, a fibra de vidro por apresentar-senasseguintesformas:<br />

- Mantas ou feltros (“ Mats “) formados por fios<br />

de vidro, cortados ou contínuos, ligados entre si<br />

com um produto apropriado; estas peças de material<br />

podem ser corta<strong>das</strong> com as dimensões e a<br />

forma mais adequa<strong>das</strong> à realização de cada reparação.<br />

- Mechas ou torci<strong>das</strong> (“ Roving “), obti<strong>das</strong> pela<br />

junção em paralelo (sem torção) de vários fios ou<br />

filamentos de vidro, podendo ser anelado (riçado),<br />

para proporcionar uma reforço perpendicular à<br />

longitudedosfios.<br />

- Tecidos constituídos por mechas de “ roving “<br />

uni<strong>das</strong> entre si, formando diversas composições<br />

(tafetá,sarja,cetim,etc.).<br />

- Fios cortados em diferentes tamanhos, que são<br />

principalmente usados como carga de reforço nas<br />

massasfeitascomresinasdepoliéster.

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