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Livro de Resumos - Sociedade Brasileira de Ornitologia

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1. Setor <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong>, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Pelotas, R. Félix daCunha 412, C.P. 402, 96010-000, Pelotas, RS, Brasil;robvi@atlas.ucpel.tche.br; 2. Museu <strong>de</strong> História Natural, Universida<strong>de</strong>Católica <strong>de</strong> Pelotas, R. Félix da Cunha 412, C.P. 402, 96010-000, Pelotas,RS, Brasil.No sul do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Agelaius ruficapillus constrói seusninhos em macrófitas emergentes ou vegetação arbustiva e arbórea <strong>de</strong>áreas úmidas entre outubro e janeiro. A partir da fase reprodutiva do arroz(janeiro e fevereiro), a espécie igualmente utiliza lavouras <strong>de</strong> arroz irrigadopara nidificação. Foi verificado que formações arbustivas (especialmentetalhões <strong>de</strong> Eucalyptus spp.) servem <strong>de</strong> atrativo para A. ruficapillus emáreas <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong> arroz, constituindo locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, abrigo ereprodução. O presente trabalho comparou a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ninhos <strong>de</strong> A.ruficapillus nas lavouras Major Isidro (sistemas <strong>de</strong> cultivo pré-germinado eplantio-direto; distante 0–350 m <strong>de</strong> um talhão <strong>de</strong> eucalipto) e Caiubá(sistema <strong>de</strong> cultivo plantio-direto; sem presença <strong>de</strong> talhões <strong>de</strong> eucalipto),Granja Quatro Irmãos (32 o 14’S, 52 o 29’W), município <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, RioGran<strong>de</strong> do Sul. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> foi estimada através <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong> ninhosativos em quadrantes <strong>de</strong> 25 m², distribuídos aleatoriamente nas referidaslavouras entre 30 <strong>de</strong> janeiro e 3 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2001. Não foramverificadas diferenças significativas nos valores médios <strong>de</strong> altura do arroze profundida<strong>de</strong> da lâmina d’água entre os sistemas <strong>de</strong> cultivo da lavouraM. Isidro, bem como entre esta última e a lavoura Caiubá. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>média <strong>de</strong> ninhos ativos por hectare foi similar em ambos sistemas <strong>de</strong>cultivo da lavoura M. Isidro (pré-germinado: média = 8.8, d.p. = 8.67, min.–máx. = 0–20, n = 5; plantio-direto: média = 10.4, d.p. = 7.27, min.–máx. =4–20, n = 5). Consi<strong>de</strong>rando os sistemas <strong>de</strong> cultivo da lavoura M. Isidrocomo uma unida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> ninhos por hectare foisignificativamente maior nesta (média = 9.6, d.p. = 7.59, min.–máx. = 0–20,n = 10) em relação à lavoura Caiubá (média = 3.6, d.p. = 3.5, min.–máx. =0–8, n = 10). Os resultados sugerem que A. ruficapillus nidifica em maiores<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s em lavouras próximas a talhões <strong>de</strong> eucalipto, possivelmenteporque estes servem <strong>de</strong> atrativo para as aves durante os estágios iniciais<strong>de</strong> sua reprodução, especialmente como refúgios <strong>de</strong> on<strong>de</strong> fêmeas po<strong>de</strong>mpartir para inspecionar os ninhos construídos pelos machos. Por outrolado, ninhos edificados na proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> talhões po<strong>de</strong>m se beneficiar <strong>de</strong>um possível efeito quebra-vento <strong>de</strong>stes.Órgão financiador: Granja 4 Irmãos S/A.

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