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O Caminho das Águas em Salvador - SEMA - Secretaria do Meio ...

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versidade, nas instituições governamentais e na cidade, enfim, foi apossibilidade de construção de saberes e conhecimentos que possamcontribuir para a melhoria da qualidade <strong>do</strong> ambiente urbano efundamentar uma gestão d<strong>em</strong>ocrática <strong>das</strong> águas na cidade <strong>do</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>e no esta<strong>do</strong> da Bahia.Naomar Monteiro de Almeida Filho – ReitorUniversidade Federal da BahiaReginal<strong>do</strong> Souza Santos – DiretorEscola de Administração - UFBATânia Fischer – Coordena<strong>do</strong>raCentro Interdisciplinar de Desenvolvimentoe Gestão Social - CIAGS – EA-UFBALarissa Cayres de Souza – PresidenteFundação OndAzulJuliano de Sousa Matos – Secretário<strong>Secretaria</strong> <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia – <strong>SEMA</strong>Milton de Aragão Bulcão Villas Boas – PresidenteCompanhia de Desenvolvimento Urbano <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia – CONDERAbelar<strong>do</strong> de Oliveira Filho – Diretor PresidenteEmpresa Baiana de Águas e Saneamento S. A. – EMBASAJúlio Cesar de Sá da Rocha – Diretor GeralInstituto de Gestão <strong>das</strong> Águas e Clima – INGÁElizabeth Maria Souto Wagner – Diretora GeralInstituto <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia – IMAAntônio Eduar<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Santos de Abreu – Secretário<strong>Secretaria</strong> Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitaçãoe <strong>Meio</strong> Ambiente – SEDHAM / PMSAs Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>A Cidade <strong>do</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, entrecortada e circundada pelas águas, com abundância de água <strong>em</strong> seu subsolo e comeleva<strong>do</strong> índice pluviométrico, está se tornan<strong>do</strong> árida. Os caminhos percorri<strong>do</strong>s pelas suas águas, que recriam partesignificativa da sua história, revelam o quão perversa t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> a relação entre urbanização e natureza. As nossaságuas <strong>do</strong>ces desaparec<strong>em</strong> na relação inversa à intensidade <strong>do</strong> processo de urbanização.Poder-se-ia afirmar que esse não é um “privilégio” da Cidade da Bahia, pois, afinal, a degradação ambientalassim como a exclusão social são probl<strong>em</strong>as estruturais comuns às nossas grandes metrópoles. Historicamente,a urbanização brasileira estabeleceu uma relação predatória com os recursos ambientais, sen<strong>do</strong> a história <strong>das</strong>nossas cidades uma síntese, contraditória, <strong>do</strong> cotidiano processo de degradação <strong>das</strong> águas.Adicionalmente, <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> conjuga de forma ímpar degradação ambiental e pobreza urbana, o que torna a qualidadede vida, algo por d<strong>em</strong>ais precário. A história <strong>do</strong>s rios e <strong>do</strong>s bairros de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> é a história da luta tinhosa,contra o mato, contra a água e pelo acesso à terra e aos serviços públicos urbanos – é isso que revela a fala <strong>do</strong>smora<strong>do</strong>res dessa Cidade. Os resulta<strong>do</strong>s desse trabalho de pesquisa de qualidade <strong>das</strong> águas indicam que, apesar<strong>do</strong>s esforços <strong>em</strong> implantação de um sist<strong>em</strong>a de esgotamento sanitário <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> e sua região, o comprometimento<strong>do</strong>s nossos rios ou o que deles restou, resulta <strong>do</strong> lançamento de águas servi<strong>das</strong>, ou seja, da incompletaimplantação da rede coletora de esgotamento sanitário na Cidade. Durante muito t<strong>em</strong>po falou-se da grandedefasag<strong>em</strong> no atendimento desse serviço público. Hoje, as estatísticas oficiais são mais generosas, mas nossasfontes e nossos rios continuam poluí<strong>do</strong>s, precisan<strong>do</strong> ser escondi<strong>do</strong>s, e a população continua a conviver como esgoto. Esses aspectos estão associa<strong>do</strong>s às cotidianas práticas de impermeabilização <strong>do</strong> solo urbano e de destruição<strong>do</strong> que restou da vegetação – a ocupação <strong>do</strong> solo, s<strong>em</strong> a devida regulação, continua a agravar os probl<strong>em</strong>asde exclusão e de risco ambiental.O fato é que, <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos de mercantilização de el<strong>em</strong>entos da natureza considera<strong>do</strong>s como direito universal,a ex<strong>em</strong>plo <strong>das</strong> águas, a noção de escassez passa, cada vez mais, a ser associada a <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>. A reversão dessequadro implica <strong>em</strong> decisões de natureza política, <strong>em</strong> aprofundamento <strong>do</strong> processo d<strong>em</strong>ocrático <strong>em</strong> curso, <strong>em</strong> conferiruma dimensão propriamente universal, aos interesses difusos e coletivos <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res dessa cidade.A realização deste trabalho d<strong>em</strong>an<strong>do</strong>u a construção de uma ampla estrutura de governança, que contou coma participação e colaboração inquestionável e dedicada <strong>das</strong> várias instituições governamentais (federal, estaduale municipal) e não-governamentais, envolvi<strong>das</strong> com a questão <strong>das</strong> águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> – foi a adesão inconteste aesse projeto que tornou possível a produção de O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>. A construção desta rede indicaa maturidade <strong>das</strong> instituições presentes b<strong>em</strong> como de seus dirigentes e técnicos. Nesse processo, diversasunidades da UFBA somaram esforços para a consecução <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> presente trabalho. Enfim, a iniciativada Universidade Federal da Bahia de realizar uma pesquisa sobre a qualidade <strong>das</strong> águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> resulta dapaixão de muitos <strong>do</strong>s seus pesquisa<strong>do</strong>res por essa Cidade e pelas suas águas. S<strong>em</strong> pretender reeditar o clássicodebate sobre os senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> conceito de objetividade e a noção de razão que a fundamenta, gostaríamosde ressaltar que apenas o compromisso com a melhoria da qualidade <strong>do</strong> ambiente urbano e a preocupação<strong>em</strong> contribuir com o enfrentamento da probl<strong>em</strong>ática <strong>das</strong> águas nesse começo de século, explica o <strong>em</strong>penhoe o envolvimento com esse trabalho.Luiz Antunes A. A. Nery – SuperintendenteSuperintendência <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Ambiente – SMA /PMS

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