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O Caminho das Águas em Salvador - SEMA - Secretaria do Meio ...

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TORORÓFoto: José Carlos Almeida“Eu fui ao TororóBeber água e não acheiEncontrei linda morenaQue no Tororó deixei...”Rua Amparo <strong>do</strong> TororóDique <strong>do</strong> TororóO bairro <strong>do</strong> Tororó t<strong>em</strong> um nome de orig<strong>em</strong> tupi que, para MauroCarreira, autor <strong>do</strong> livro Bahia de To<strong>do</strong>s os Nomes, significa “rumorde água corrente, rio rumoroso”. Consuelo Pondé de Sena, presidente<strong>do</strong> Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, afirma tratar-sede um “vocábulo onomatopaico que refere-se ao barulho produzi<strong>do</strong>pela água”. Segun<strong>do</strong> Frederico Edelweiss, este bairro “t<strong>em</strong> sua históriamarcada por uma lagoa natural e secular que chegou a ter seisquilômetros de extensão: o Dique <strong>do</strong> Tororó”.Diz-se que o primeiro grande aterro <strong>do</strong> Dique foi <strong>em</strong> 1810, quan<strong>do</strong>foi construída a ligação – chamada de Galés – <strong>do</strong> bairro de Nazarécom o bairro de Brotas. Segun<strong>do</strong> Adelmo Costa, presidente <strong>do</strong> blococarnavalesco Apaches <strong>do</strong> Tororó, o Dique já foi muito utiliza<strong>do</strong>por lavadeiras e era comum haver barcos como meio de transportepara fazer sua travessia. Em 1998 passou pela última intervenção,que mu<strong>do</strong>u sua feição urbanística.O Tororó é também conheci<strong>do</strong> por ter si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s símbolos <strong>do</strong>santigos carnavais de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>. Com o seu próprio calendário de festas,incluin<strong>do</strong> a Lavag<strong>em</strong> da Igreja de Nossa Senhora da Conceição<strong>do</strong> Tororó (que acontecia uma s<strong>em</strong>ana antes <strong>do</strong> carnaval). Essebairro foi o berço <strong>do</strong>s Apaches <strong>do</strong> Tororó, um famoso bloco de índio<strong>do</strong> carnaval baiano, funda<strong>do</strong> <strong>em</strong> 1967 nas escadarias da Igreja<strong>do</strong> bairro, por jovens mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> local, inspira<strong>do</strong>s <strong>em</strong> filmes americanos,sucessos nos cin<strong>em</strong>as da época.Naquele momento, os cria<strong>do</strong>res <strong>do</strong> bloco entenderam que haviaa necessidade de “brincar o carnaval” também durante o diae, como a escola de samba <strong>do</strong> bairro, Filhos <strong>do</strong> Tororó, saíaà noite, o bloco foi cria<strong>do</strong> para sair nas manhãs <strong>do</strong> <strong>do</strong>mingo decarnaval.Hoje o Tororó é descrito da seguinte maneira por Adelmo Costa:“é um bairro bucólico, tipo cidade <strong>do</strong> interior, um bairro muito bom,é um bairro de centro. Não t<strong>em</strong> tanta dificuldade, porém não há linhade ônibus – apesar da estação da Lapa ser vizinha, os i<strong>do</strong>sossão bastante prejudica<strong>do</strong>s, pois não têm tanta condição física paraandar até a Lapa”.Entre os principais equipamentos <strong>do</strong> Tororó estão o Hospital MartagãoGesteira, a Escola Municipal Amélia Rodrigues, o Asilo<strong>do</strong>s Expostos e a Capela da Pupileira. Nesse bairro existe a Fonte<strong>do</strong> Dique <strong>do</strong> Tororó que, construída no século XIX, funcionou atéa instalação da rede de distribuição de água no início <strong>do</strong> século XX;e a Fonte <strong>do</strong> Tororó, uma <strong>das</strong> nascentes que alimenta o Dique, datada<strong>do</strong> século XIX e tombada pelo IPAC <strong>em</strong> 1984.O Tororó possui uma população de 4718 habitantes, o que correspondea 0,19% da população de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, concentra 0,22% <strong>do</strong>s<strong>do</strong>micílios da cidade, estan<strong>do</strong> 25,11% <strong>do</strong>s chefes de família situa<strong>do</strong>sna faixa de renda mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos.No que se refere à escolaridade, constata-se que 46,38% <strong>do</strong>s chefesde família têm de 11 a 14 anos de estu<strong>do</strong>s.Inicia-se no limite da Estação da Lapa. Daí segue pelos fun<strong>do</strong>s de lotes da Rua Marujos <strong>do</strong> Brasil, cortan<strong>do</strong> a Rua Cruza<strong>do</strong>r Bahia, continuan<strong>do</strong> pelos fun<strong>do</strong>s de lotes da Rua Marujos <strong>do</strong> Brasil. Daí segue pelos fun<strong>do</strong>s de lotes <strong>do</strong> Boulevard Pedro VelosoGordilho até alcançar a Avenida Joana Angélica. Segue pela Avenida Joana Angélica até o limite da Pupileira, inclusive. Daí segue pelos fun<strong>do</strong>s de lotes <strong>do</strong> Boulevard Suíço próximo ao Hospital Martagão Gesteira. Daí segue até a Avenida PresidenteCosta e Silva, margean<strong>do</strong> o Dique <strong>do</strong> Tororó até alcançar o estacionamento <strong>do</strong> Estádio Otávio Mangabeira (Fonte Nova). Daí segue pela Avenida Vasco da Gama, margean<strong>do</strong> o Dique <strong>do</strong> Tororó, até seu encontro com a Avenida Centenário. Segue poresta via até a Praça Doutor João Mangabeira, exclusive, contornan<strong>do</strong> até a Avenida Vale <strong>do</strong> Tororó, por onde segue, margean<strong>do</strong> a Estação da Lapa, exclusive, até o ponto inicial <strong>do</strong> limite desse bairro.Fundação Gregório de Matos48 • O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> • 49

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