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O Caminho das Águas em Salvador - SEMA - Secretaria do Meio ...

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RIO VERMELHOA história <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Rio Vermelho é anterior à fundação da cidadede <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>. Segun<strong>do</strong> o historia<strong>do</strong>r Luiz Henrique Dias Tavares,reporta-se à primeira década <strong>do</strong> século XVI.O Rio Vermelho no século XVII era uma colônia de pesca<strong>do</strong>res,que foi sen<strong>do</strong> mais povoada à medida que alguns mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Centroda Cidade migraram para essa região, mais precisamente para oMorro <strong>do</strong> Conselho, fugin<strong>do</strong> <strong>das</strong> Invasões Holandesas de 1624.No século XIX já haviam nesta área três núcleos de povoamentodefini<strong>do</strong>s: Paciência, Mariquita e Santana. Todavia, a expansãodeste bairro só ocorreu no século seguinte, no governo de J.J. Seabra.Em 1923, foi inaugurada a Avenida Oceânica, quan<strong>do</strong> os primeiroscarros começaram a circular pelo bairro, que naquele momentoadquiria novos contornos.Neste mesmo perío<strong>do</strong>, tornou-se costume <strong>das</strong> famílias ricas da “cidadeda Bahia” ir ao Rio Vermelho, <strong>em</strong> especial à Praia da Paciência, passaro verão. A partir da década de sessenta, linhas de ônibus iniciaram acirculação pelo bairro. Segun<strong>do</strong> Arilda Maria Car<strong>do</strong>so Souza, arquitetapaisagista,antigamente o bairro era dividi<strong>do</strong> pelo Rio Camarajipe <strong>em</strong>duas partes: “as pessoas que moravam de um la<strong>do</strong>, não conheciam epraticamente não se comunicavam com as <strong>do</strong> outro. A ponte foi construídab<strong>em</strong> depois; antes as pessoas atravessavam de barco”.Devi<strong>do</strong> às intervenções urbanas e às obras <strong>do</strong> Sist<strong>em</strong>a de EsgotamentoSanitário, o Rio Camarajipe foi desvia<strong>do</strong> desde a década desetenta. Nos anos noventa, foi construí<strong>do</strong> um interceptor de águas eesgotos subterrâneo, que conduziu suas águas diretamente para oEmissário Submarino que margeia a antiga foz e adentra 2,5 km nomar. Nesse bairro localiza-se a foz <strong>do</strong> rio Lucaia.Na história deste antigo bairro, a Igreja de Nossa Senhora deRua da PaciênciaSantana é um ponto de referência. Localizada próxima à colônia depesca<strong>do</strong>res, foi construída sob as ruínas de uma velha Fortaleza, quecomeçou a ser edificada <strong>em</strong> 1710 e jamais foi acabada.Sobre o nome <strong>do</strong> bairro, Edelweiss afirma: “o Rio Vermelho nãoera denomina<strong>do</strong> Camurujipe pelos índios, mas Camarajipe (...); Camaráou Cambará é uma flor vistosa, de matizes amarelo-vermelhos,que deram o nome português ao Camarajy <strong>do</strong>s índios por atapetar<strong>em</strong>as suas margens”. O Rio Vermelho foi assim denomina<strong>do</strong> peloscoloniza<strong>do</strong>res <strong>em</strong> função da imag<strong>em</strong> que o Rio Camarajipe produzia:um tapete vermelho, um rio vermelho!O bairro que já foi aldeia indígena, vila de pesca<strong>do</strong>res e local deveraneio <strong>das</strong> famílias mais abasta<strong>das</strong> de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> hoje é área caracterizadacomo uma zona de concentração comercial e de serviços,sen<strong>do</strong> um ponto de encontro <strong>do</strong>s que viv<strong>em</strong> com intensidade anoite <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>. No dia 02 de fevereiro acontece no Rio Vermelhoa tradicional e popular Festa de I<strong>em</strong>anjá, que Arilda Car<strong>do</strong>so consideracomo uma marca <strong>do</strong> bairro.Segun<strong>do</strong> Eurílio de Menezes, pesca<strong>do</strong>r da colônia <strong>do</strong> Rio Vermelho,a Festa de I<strong>em</strong>anjá data <strong>do</strong> ano de 1923 quan<strong>do</strong>, por sugestão deuma senhora, os pesca<strong>do</strong>res resolveram presentear a Mãe D’Água,com o objetivo de melhorar a vida que estava difícil por d<strong>em</strong>ais.Entre os principais equipamentos públicos <strong>do</strong> bairro, estão a EscolaMunicipal Euricles de Matos, o Colégio Estadual Manoel Devoto,a 7ª Circunscrição Policial - Delegacia e a Biblioteca JuracyMagalhães.O Rio Vermelho possui uma população de 20.761 habitantes,o que corresponde a 0,85% da população de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, concentra0,95% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios da cidade, estan<strong>do</strong> 21,74% <strong>do</strong>s chefes de famíliasitua<strong>do</strong>s na faixa de renda mensal de 5 a 10 salários mínimos.No que se refere à escolaridade, constata-se que 35,77% <strong>do</strong>s chefesde família têm mais de 15 anos de estu<strong>do</strong>.Fundação Gregório de MatosDescrição resumida:Inicia-se na Avenida Garibaldi, por onde segue até a Rua Pedra da Marca, por onde segue pela encosta, até alcançar a Rua Alice Silveira, por onde segue até Rua Car<strong>do</strong>so de Oliveira, por onde segue até a Rua São João, até alcançar a Ladeira Cangira.Segue nesta até alcançar a Avenida Vasco da Gama, por onde segue pela encosta até a Rua <strong>das</strong> Flores, por onde segue até a Rua Wald<strong>em</strong>ar Falcão, por onde segue. Segue nesta via até Avenida Wald<strong>em</strong>ar Falcão, por onde segue até a RuaEstácio Gonzaga. Segue pela encosta até encontrar a Rua Doutor Barachisio Lisboa, até alcançar a Rua Des<strong>em</strong>barga<strong>do</strong>r Plínio Gerreiro, até alcançar a Avenida Juracy Magalhães Junior, por onde segue até a Rua Jacobina, seguin<strong>do</strong> até a Rua Ipirá.Segue nesta via até cruzamento com a 2ª Travessa T<strong>em</strong>ístocles, seguin<strong>do</strong> até alcançar a Rua General Aníbal. Segue nesta até a Rua Desdêmonas, por onde segue até a Rua Professora Natália Vinhais, por onde segue até alcançar a linha de costa,seguin<strong>do</strong> até a Avenida Oceânica, por onde segue até o cruzamento com a Vila Matos. Segue por esta até a Travessa Leopoldino Tantú, até alcançar a Rua Manoel Rangel, por onde segue até a Travessa <strong>do</strong> Corte Grande. Segue por esta até Rua <strong>do</strong>Corte Grande, por onde segue até ponto de início da descrição <strong>do</strong> limite desse bairro.78 • O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> • 79

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