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O Caminho das Águas em Salvador - SEMA - Secretaria do Meio ...

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Quadro 01. Atividades Impactantes Identifica<strong>das</strong> e Ações Mitiga<strong>do</strong>ras Propostas para os Rios Urbanos de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>Fator de PressãoLançamento de efluentes sanitários in natura.Disposição inadequada de resíduos sóli<strong>do</strong>s<strong>do</strong>miciliares “à céu aberto” e nas proximidades<strong>das</strong> margens e calhas fluviais <strong>do</strong>s rios.R<strong>em</strong>oção <strong>das</strong> matas ciliaresLançamento de efluentes de postos de combustíveise lavagens de veículos diretamentenas calhas fluviaisExtração clandestina de areia e argila (arenoso)ao longo <strong>das</strong> margens e leito <strong>do</strong>s rios.Ocupação espontânea/desordenada <strong>das</strong> zonasde vales, <strong>do</strong>s leitos naturais <strong>do</strong>s rios.Contaminação <strong>das</strong> fontes (aquífero fissural)devi<strong>do</strong> infiltração de excretas humanos/esgotossanitários provenientes de fossas sanitáriase da rede coletora de esgotos.Assoreamento <strong>das</strong> calhas fluviais e planíciesde inundações.Uso indiscrimina<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo urbano<strong>em</strong> áreas de preservação permanente, vales<strong>das</strong> drenagens e encostas e talvegues<strong>do</strong>s rios urbanos.Degradação de áreas de nascentes e cabeceiras.Ação• Implantar redes coletoras de esgotamento sanitário, b<strong>em</strong> como ligações <strong>do</strong>miciliares e interligaçãocom as estações de condicionamento prévio <strong>do</strong>s <strong>em</strong>issários submarinos.• Incentivar a a<strong>do</strong>ção de programa de saneamento ecológico.• R<strong>em</strong>over o lixo e entulhos disposto próximo às margens e calhas fluviais <strong>do</strong>s rios e implantarprograma de gerenciamento municipal de resíduos sóli<strong>do</strong>s, cont<strong>em</strong>plan<strong>do</strong> redução dageração na fonte, reutilização, reciclag<strong>em</strong>, com encaminhamento <strong>do</strong> rejeito para o aterrosanitário metropolitano centro.• Implantar projeto de recuperação desenvolvi<strong>do</strong> pela SMA/SEDHAM/PMS e SUCOP/SE-TIN/PMS e pela <strong>SEMA</strong> (INGÁ e IMA) de recomposição <strong>das</strong> matas ciliares ao longo <strong>do</strong>scursos e nascentes.• Promover atividades de conscientização da população que vive no entorno <strong>do</strong>s rios enascentes.• Fiscalizar e coibir a atividade.• Enquadrar infratores de acor<strong>do</strong> com a legislação vigente.• Implantar sist<strong>em</strong>a – separa<strong>do</strong>r água-óleo, diques de contenção e posterior ligações narede coletora de esgotamento sanitário, coibin<strong>do</strong> o lançamento direto nas calhas fluviaise sist<strong>em</strong>a de monitorização <strong>das</strong> águas subterrâneas para identificação de probl<strong>em</strong>as decontaminação <strong>do</strong>s aqüíferos, incluin<strong>do</strong> o ca<strong>das</strong>tramento <strong>do</strong>s postos e situações atual<strong>das</strong> licenças (ambientais alvarás de funcionamento)• Fiscalizar e coibir a atividade.• Enquadrar infratores de acor<strong>do</strong> com a legislação vigente.• Fiscalizar e verificar a situação quanto ao licenciamento ambiental.• Recuperar áreas degrada<strong>das</strong>.• Reassentar mora<strong>do</strong>res e recuperar as áreas degrada<strong>das</strong>.• Implantar projeto de recuperação <strong>das</strong> principais fontes de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> e monitorização sist<strong>em</strong>áticae permanente da qualidade de suas águas e divulgação da sua condição depotabilidade ao público, verifican<strong>do</strong> a possibilidade de eliminação <strong>das</strong> fontes pontuaisde poluição/contaminação <strong>das</strong> zonas de recargas.• Realizar operações de limpeza <strong>do</strong>s rios, com a retirada de sedimentos e resíduos sóli<strong>do</strong>s,com o cuida<strong>do</strong> para não afetar o limite <strong>do</strong> substrato lamoso <strong>em</strong> trechos identifica<strong>do</strong>scomo críticos (dragag<strong>em</strong> e desassoreamento).• Promover junto à comunidade local programas de Educação Ambiental, visan<strong>do</strong> a sensibilização,conscientização e ação de mora<strong>do</strong>res e <strong>em</strong>preende<strong>do</strong>res imobiliários, d<strong>em</strong>o<strong>do</strong> a criar uma visão sustentável <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo nas margens <strong>do</strong>s rios e melhoriada qualidade de suas águas, ações a ser<strong>em</strong> incentiva<strong>das</strong> pelo Conselho Municipal de<strong>Meio</strong> Ambiente e PMS.• Impl<strong>em</strong>entar ações de requalificação ambiental nas nascentes, cabeceiras e áreas circundantes<strong>do</strong>s rios, com a identificação e catalogação da vegetação degradada e replantio eacompanhamento e disciplinamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo <strong>em</strong> Áreas de Preservação Permanentescom relação a concessões de licenciamentos de <strong>em</strong>preendimentos diversos por parte<strong>do</strong> Conselho Municipal de <strong>Meio</strong> Ambiente.Desse mo<strong>do</strong>, o Projeto de Pesquisa Qualidade Ambiental <strong>das</strong> Águas e da Vida Urbana <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, infelizmenterevela uma situação de grande precariedade <strong>do</strong> ponto de vista urbano-ambiental. Seu mérito équantificar e qualificar, a partir de uma discussão teórica e conceitual, aquilo que a realidade de forma renitenteinsiste <strong>em</strong> revelar. A solução para os probl<strong>em</strong>as identifica<strong>do</strong>s reforça a necessidade de colocar <strong>em</strong> práticadiretrizes já incorpora<strong>das</strong> <strong>em</strong> <strong>do</strong>cumentos oficiais de planejamento, como também <strong>em</strong> estreitar os vínculosentre a Universidade, o Poder Público e a sociedade civil organizada, de mo<strong>do</strong> a produzir, de forma criativa,alternativas capazes de enfrentar os grandes desafios coloca<strong>do</strong>s pelos resulta<strong>do</strong>s dessa pesquisa. A consecuçãodesses objetivos exige o envolvimento interinstitucional, o planejamento, o controle efetivo e sist<strong>em</strong>áticode uso e ocupação <strong>do</strong> solo, o controle social além da construção de cenários que efetivamente reflitam arealidade da cidade e de sua região.A maior contribuição que essa pesquisa oferece a <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> é a reafirmação que urge que os nossos riossejam recupera<strong>do</strong>s e monitoriza<strong>do</strong>s pelo Poder Público e também cuida<strong>do</strong>s, preserva<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s com parcimôniapela população. Assim, faz-se necessário, por ex<strong>em</strong>plo, que sejam impl<strong>em</strong>enta<strong>das</strong> as diretrizes para aconservação e a manutenção da qualidade ambiental <strong>do</strong>s recursos hídricos no território <strong>do</strong> Município, diretrizesque, inclusive, já estão devidamente estabeleci<strong>das</strong> no art. 21 da Lei n. 7.400/2008, <strong>do</strong> PDDU, quais sejam:I – promoção da conservação, preservação, recuperação e uso sustentável <strong>do</strong>s recursos hídricos superficiaise subterrâneos;II – controle e fiscalização, da ocupação, inclusive da densidade e da impermeabilização <strong>do</strong> solo nas áreasurbaniza<strong>das</strong>, mediante a aplicação de critérios e restrições urbanísticos regulamenta<strong>do</strong>s na legislaçãode ordenamento <strong>do</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo;III – conservação da vegetação degradada, <strong>em</strong> especial <strong>das</strong> matas ciliares ao longo <strong>do</strong>s cursos d’água eda cobertura vegetal <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s de vale e encostas íngr<strong>em</strong>es e recuperação daquela degradada;IV – desobstrução <strong>do</strong>s cursos d’água e <strong>das</strong> áreas de fun<strong>do</strong> de vale passíveis de alagamento e inundações,manten<strong>do</strong>-as livres de ocupações humanas;V – monitorização e controle <strong>das</strong> atividades com potencial de degradação <strong>do</strong> ambiente, especialmentequan<strong>do</strong> localiza<strong>das</strong> nas proximidades de cursos d’água, de lagos, lagoas, áreas alagadiças e de represasdestina<strong>das</strong> ou não, ao abastecimento humano;VI – estruturação de um sist<strong>em</strong>a de monitorização pelo Município, <strong>em</strong> articulação com a Administração Estadual,para acompanhamento sist<strong>em</strong>ático da perenidade e qualidade <strong>do</strong>s recursos hídricos superficiaise subterrâneos no território de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, destina<strong>do</strong>s ou não ao abastecimento humano;VII – criação de instrumentos institucionais, como o subcomitê Joanes/Ipitanga <strong>do</strong> Comitê da Bacia <strong>do</strong> RecôncavoNorte para a gestão compartilhada <strong>das</strong> bacias hidrográficas <strong>do</strong>s rios Joanes e Ipitanga, tambémresponsáveis pelo abastecimento de água de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, crian<strong>do</strong>-se fóruns de entendimentos sobrea utilização e preservação da qualidade <strong>das</strong> águas e <strong>do</strong> ambiente como um to<strong>do</strong>;VIII – estabelecimento, como fator de prioridade, da implantação e ampliação de sist<strong>em</strong>as de esgotamentosanitário, b<strong>em</strong> como intensificação de ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sóli<strong>do</strong>s, d<strong>em</strong>o<strong>do</strong> a evitar a poluição e contaminação <strong>do</strong>s cursos d’água e <strong>do</strong> aquífero subterrâneo, <strong>em</strong> especialnas áreas de proteção de mananciais;IX – a<strong>do</strong>ção de soluções imediatas para as ligações de esgotos <strong>do</strong>miciliares e para os pontos críticos <strong>do</strong>Sist<strong>em</strong>a de Esgotamento Sanitário de <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong>, visan<strong>do</strong> à melhoria da salubridade ambiental, b<strong>em</strong>como desativar as “captações de t<strong>em</strong>po seco” construí<strong>das</strong> nos corpos d’água principais, promoven<strong>do</strong>a revitalização <strong>do</strong>s mesmos (SALVADOR, 2008, p.14-15).466 • O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> O <strong>Caminho</strong> <strong>das</strong> Águas <strong>em</strong> <strong>Salva<strong>do</strong>r</strong> • 467

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