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O Estado da Governação em Junho de 2007 - Compromisso Portugal

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O <strong>Estado</strong> <strong>da</strong> <strong>Governação</strong> <strong>em</strong> <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong>T<strong>em</strong> existido por parte do Governo um esforço apreciável para concretizar muitas <strong>de</strong>ssas medi<strong>da</strong>s,nomea<strong>da</strong>mente aquelas <strong>de</strong> mais fácil e imediata impl<strong>em</strong>entação. O Governo não esteve parado.Fez aprovar no parlamento uma Lei <strong>da</strong> Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Função Pública e começou a preparar novalegislação sobre carreiras e vínculos. Mas a maioria <strong>da</strong>s tarefas fun<strong>da</strong>mentais referi<strong>da</strong>s, muitas <strong>de</strong>lasexpressas no Programa do Governo e necessárias para a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong> AdministraçãoPública, encontram-se ain<strong>da</strong> muito atrasa<strong>da</strong>s. Entre estas, po<strong>de</strong>riam ser menciona<strong>da</strong>s as seguintes:1) estabelecer um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro plano plurianual para a Administração Pública e sua contratualizaçãocom os diferentes serviços,2)introduzir uma gestão por objectivos, i<strong>de</strong>ntificando responsáveis concretos,3) rever, aperfeiçoar e alargar a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos agentes (processo apenas iniciado),4) instituir e <strong>de</strong>senvolver sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> avaliação dos serviços públicos, nomea<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> eficiência<strong>da</strong> sua gestão e do nível <strong>de</strong> satisfação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas,5)reanalisar o papel dos órgãos <strong>de</strong> controle interno <strong>da</strong> Administração Pública,6) planear estrategicamente a utilização <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação (TIC) naAdministração Pública,7) estimular a participação <strong>da</strong>s organizações <strong>de</strong> utentes na avaliação dos serviços e incentivar aparticipação <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil na gestão <strong>da</strong>s escolas, <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acção social,ambiente e cultura,8) diminuir <strong>em</strong> 75.000 o número <strong>de</strong> funcionários <strong>da</strong> Administração Central.Por outro lado, as propostas entretanto concretiza<strong>da</strong>s (por ex<strong>em</strong>plo, a Empresa na Hora ou a Marcana Hora), não assentaram numa ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira reengenharia <strong>de</strong> processos, procurando apenas contornara complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s estruturas e processos <strong>da</strong> Administração Pública, <strong>de</strong> modo a <strong>da</strong>r-lhes umaaparência menos assustadora para o ci<strong>da</strong>dão. Por esta via, po<strong>de</strong>-se melhorar o serviço ao ci<strong>da</strong>dão,mas não se atingirá quaisquer ganhos <strong>de</strong> eficiência.Não há dúvi<strong>da</strong> que o País precisa <strong>de</strong> uma Administração Pública mais prestigia<strong>da</strong>, mais eficientee, principalmente, mais orienta<strong>da</strong> para o ci<strong>da</strong>dão, prestando melhores serviços públicos. É por issourgente estabelecer indicadores <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço para os vários sectores <strong>da</strong> AdministraçãoPública, que sirvam como referência e estímulo para uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira reforma estrutural. Os custos<strong>da</strong> Administração Pública <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> têm que passar a correspon<strong>de</strong>r a um real valor acrescentadopara os ci<strong>da</strong>dãos.2. Segundo Eixo <strong>da</strong> <strong>Governação</strong>: Reforçar a coesão social numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com menospobreza e com mais igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.2.1.) O aumento <strong>da</strong> coesão social não parece garantidoA diferença entre os mais ricos e mais pobres não t<strong>em</strong> diminuído <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> na última déca<strong>da</strong>.Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, segundo os últimos <strong>da</strong>dos disponíveis do Eurostat, a relação entre os 20 % mais ricosJUNHO <strong>2007</strong>16

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