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O Estado da Governação em Junho de 2007 - Compromisso Portugal

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O <strong>Estado</strong> <strong>da</strong> <strong>Governação</strong> <strong>em</strong> <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong>mu<strong>da</strong>nças fun<strong>da</strong>mentais, sobretudo no que se refere ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governo <strong>de</strong>ssas instituições.Alguns aspectos <strong>de</strong>ssa proposta merec<strong>em</strong> s<strong>em</strong> dúvi<strong>da</strong> reflexão. Por ex<strong>em</strong>plo, 1) a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>critérios mais exigentes para as escolas, tanto <strong>de</strong> carácter institucional e financeiro, como no quese refere à qualificação do corpo docente; 2) a ampliação <strong>da</strong> autonomia e responsabilização <strong>da</strong> suagestão, reforçando simultaneamente os mecanismos <strong>de</strong> fiscalização externa; 3) a reformulação dosórgãos <strong>de</strong> governo, impondo a participação no Conselho Geral <strong>de</strong> m<strong>em</strong>bros exteriores, ligados àsocie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, num mínimo <strong>de</strong> 30%; 4) a previsão <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo jurídico e institucional –as fun<strong>da</strong>ções públicas <strong>de</strong> direito privado – a adoptar pelas escolas, o qual oferece vantagens <strong>de</strong>autonomia e flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão; e 5) o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> separação entre ensino universitárioe ensino politécnico, o que po<strong>de</strong>rá eliminar a sobreposição <strong>de</strong> oferta hoje existente.Há neste documento pistas que pod<strong>em</strong> ser explora<strong>da</strong>s para a reforma do ensino superior. No entanto,algumas <strong>da</strong>s críticas feitas à proposta, como as que diz<strong>em</strong> respeito ao po<strong>de</strong>r discricionário do Governona passag<strong>em</strong> <strong>de</strong> instituições do ensino superior público a fun<strong>da</strong>ções, justificam certamente pon<strong>de</strong>ração.Além disso, este Regime Jurídico não po<strong>de</strong> fazer esquecer a urgência <strong>de</strong> avançar nas políticas <strong>de</strong>avaliação <strong>da</strong>s instituições, <strong>de</strong> modo a promover a exigência, a eficácia e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> formaçãodos alunos num quadro <strong>de</strong> referência internacional, b<strong>em</strong> como a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conceber um sist<strong>em</strong>a<strong>de</strong> financiamento que promova uma sã concorrência entre instituições estatais e priva<strong>da</strong>s, porex<strong>em</strong>plo através do financiamento público directo dos alunos.3. Terceiro Eixo <strong>da</strong> <strong>Governação</strong>: Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos Portugueses num quadrosustentável <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.3.1.) A política <strong>de</strong> Ambiente e Or<strong>de</strong>namento do Território ain<strong>da</strong> não está no centro <strong>da</strong> estratégiapara o <strong>de</strong>senvolvimento do PaísO Governo propôs-se <strong>de</strong>volver ambição à política <strong>de</strong> Ambiente e Or<strong>de</strong>namento do Território, <strong>em</strong>especial reforçando a integração <strong>da</strong>s preocupações ambientais e territoriais nas políticas sectoriais(turismo, indústria, obras públicas, agricultura, etc.). No entanto, o cumprimento dos objectivosestabelecidos, nomea<strong>da</strong>mente a obtenção <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> protecção ambiental e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>equivalentes aos europeus, será difícil, caso se mantenham a tendência <strong>de</strong> redução <strong>da</strong>s verbas<strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a investimentos <strong>em</strong> Ambiente e Or<strong>de</strong>namento do Território (-34% entre 2005 e <strong>2007</strong>),e caso se continue a não promover o envolvimento <strong>da</strong>s autarquias e socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, sobretudo dosector privado, como parceiros.Além <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> investimento, exist<strong>em</strong> outros aspectos menos positivos. Em primeiro lugar, nãoforam assegurados os financiamentos necessários à conservação dos valores protegidos pela Re<strong>de</strong>Natura 2000, o que afecta dramaticamente a política <strong>de</strong> conservação <strong>da</strong> natureza e <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Em segui<strong>da</strong>, falta concretizar a Estratégia <strong>de</strong> Gestão Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Zona Costeira Nacional e,sobretudo, estabelecer uma ca<strong>da</strong> vez mais pr<strong>em</strong>ente monitorização <strong>de</strong> zonas <strong>de</strong> risco. Por fim,<strong>de</strong>ver<strong>em</strong>os mencionar a ausência <strong>de</strong> instrumentos estruturantes <strong>de</strong> gestão do território – como oPrograma Nacional <strong>da</strong> Política <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento do Território e os Planos Regionais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namentoJUNHO <strong>2007</strong>19

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