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O Estado da Governação em Junho de 2007 - Compromisso Portugal

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O <strong>Estado</strong> <strong>da</strong> <strong>Governação</strong> <strong>em</strong> <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong>IIIOs limites do reformismo governamentalA análise feita leva-nos a concluir que as medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s pelo XVII Governo Constitucional<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 não parec<strong>em</strong> suficientes para atingir uma parte significativa dos principais objectivosassumidos para a Legislatura, tendo <strong>em</strong> conta a evolução e tendência até ao momento. É ver<strong>da</strong><strong>de</strong>que o Governo enfrentou algumas situações insustentáveis com um zelo reformista que é justosau<strong>da</strong>r. No entanto, não o fez s<strong>em</strong>pre com a profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária, e ten<strong>de</strong>u a manter umadistância <strong>em</strong> relação à Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil que impediu a criação <strong>de</strong> um ambiente favorável às reformas.1. O Governo d<strong>em</strong>onstrou ímpeto reformistaO XVII Governo Constitucional encontrou, <strong>em</strong> 2005, uma situação muito difícil, que exigiaprovidências imediatas para atingir a consoli<strong>da</strong>ção orçamental, melhorar os serviços do <strong>Estado</strong> esuscitar a criação <strong>de</strong> riqueza no país. O Governo <strong>de</strong>finiu metas a alcançar, e, <strong>de</strong> um modo geral,d<strong>em</strong>onstrou vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterar o statu quo.Apesar <strong>de</strong> atrasos, especialmente na reforma <strong>da</strong> Administração Pública, o Governo t<strong>em</strong> procurado<strong>de</strong> uma forma geral honrar os compromissos do seu Programa. A sua <strong>de</strong>terminação para <strong>de</strong>cretarmu<strong>da</strong>nças não pareceu inicialmente afecta<strong>da</strong> pelo mau acolhimento <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s reformas porparte <strong>de</strong> certos grupos corporativos e profissionais, ou por parte dos utentes dos serviços atingidos.Há muito t<strong>em</strong>po que governos portugueses não mostravam tal <strong>em</strong>penho <strong>em</strong> propor e levar a caboreformas.2. O reformismo do Governo n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong> tido um impacto estruturalNo entanto, as mu<strong>da</strong>nças assumi<strong>da</strong>s pelo Governo n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre foram para além <strong>da</strong> redução <strong>de</strong>custos através <strong>da</strong> alteração <strong>de</strong> parâmetros. Muitas vezes, as <strong>de</strong>cisões toma<strong>da</strong>s pelo Governo nãoafectaram estruturalmente o modo como o <strong>Estado</strong> funciona n<strong>em</strong> a relação dos ci<strong>da</strong>dãos com oJUNHO <strong>2007</strong>23

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