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O Estado da Governação em Junho de 2007 - Compromisso Portugal

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O <strong>Estado</strong> <strong>da</strong> <strong>Governação</strong> <strong>em</strong> <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong>e os 20% mais pobres agravou-se nos últimos anos, tendo atingido um índice <strong>de</strong> 8,2 <strong>em</strong> 2005, quandoa média <strong>da</strong> UE-25 (União Europeia com 25 estados m<strong>em</strong>bros ) é <strong>de</strong> 5. É um sinal forte <strong>de</strong> que hámuito t<strong>em</strong>po que, no nosso País, não se actua ao nível dos factores estruturais <strong>da</strong> diferenciaçãosocial.Não é possível calcular ain<strong>da</strong> os efeitos <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s para combater a exclusão e a pobreza(como o Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção e o Compl<strong>em</strong>ento Solidário para Idosos). No entanto, amelhor forma <strong>de</strong> aumentar a coesão social <strong>de</strong> um modo sustentável passa, na opinião do <strong>Compromisso</strong><strong>Portugal</strong>, por cinco vertentes fun<strong>da</strong>mentais: 1) uma maior concorrência no mercado, <strong>de</strong> modo aimpedir que lucros excessivos e injustos sejam apropriados por alguns; 2) um programa integrado<strong>de</strong> combate à pobreza; 3) uma melhor educação <strong>de</strong> base que garanta a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>spara todos os Portugueses, s<strong>em</strong> excepção; 4) um sist<strong>em</strong>a fiscal justo e transparente, e progressivoaté ao ponto <strong>em</strong> que não seja um inibidor <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> riqueza; e 5) <strong>em</strong> geral o acesso <strong>de</strong> todos aserviços públicos fun<strong>da</strong>mentais, ten<strong>de</strong>ncialmente gratuitos para os ci<strong>da</strong>dãos <strong>de</strong> menores rendimentos.2.2.) O Sist<strong>em</strong>a <strong>da</strong> Segurança Social ain<strong>da</strong> não se encontra totalmente viabilizado a longo prazo enão possui os a<strong>de</strong>quados incentivos para uma maior responsabilização individual.O principal objectivo do programa do Governo no que diz respeito à Segurança Social passava porassegurar a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do sist<strong>em</strong>a a longo prazo. Neste sentido, as medi<strong>da</strong>s adopta<strong>da</strong>s, <strong>em</strong>borasendo essencialmente <strong>de</strong> carácter paramétrico, reduziram a pressão financeira sobre o equilíbriodo sist<strong>em</strong>a, abrindo perspectivas para futuras reformas estruturais. De acordo com os cálculosefectuados pelo Governo, as mu<strong>da</strong>nças introduzi<strong>da</strong>s aju<strong>da</strong>rão a que, <strong>em</strong> vez do saldo negativo <strong>de</strong>3,5% do PIB previsto para 2050, se possa atingir um saldo positivo <strong>de</strong> 0,7%. No entanto, esteresultado <strong>de</strong>ve ser qualificado por duas observações. Em primeiro lugar, convém l<strong>em</strong>brar que amelhoria do saldo previsto foi consegui<strong>da</strong> através <strong>da</strong> redução gradual <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> substituição (relaçãoentre o último salário e o valor <strong>da</strong> primeira pensão <strong>de</strong> reforma), a qual passará <strong>de</strong> 75% <strong>em</strong> 2006para 55% <strong>em</strong> 2050. Em segundo lugar, esta alteração <strong>de</strong> parâmetros só garante que as receitascorrentes do sist<strong>em</strong>a serão superiores às <strong>de</strong>spesas até 2036. A partir <strong>de</strong>sse ano, somente o recursoao fundo <strong>de</strong> estabilização <strong>da</strong> Segurança Social permitirá fazer face aos défices correntes do sist<strong>em</strong>ae atingir saldos positivos. E <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 2050, a ruptura voltará a estar no horizonte.Continua assim por fazer uma reforma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente estrutural do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> pensões. A esserespeito, vale a pena notar que o <strong>Compromisso</strong> <strong>Portugal</strong> sugeriu a transição para um regime <strong>de</strong>capitalização com conta própria, que seria mais justo, incentivador e sustentável, e menos sujeitoaos riscos <strong>de</strong>rivados do <strong>de</strong>scontrolo <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa pública ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões políticas eleitoralistas. 11Só <strong>de</strong>sse modo será possível promover um Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Segurança Social com os a<strong>de</strong>quados incentivospara os ci<strong>da</strong>dãos, assegurando simultaneamente a sua sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> estrutural e a promoção <strong>da</strong>coesão social.11 No sist<strong>em</strong>a sugerido pelo <strong>Compromisso</strong> <strong>Portugal</strong>, existiria s<strong>em</strong>pre uma garantia <strong>de</strong> pensão mínima para qu<strong>em</strong> não tivesse rendimentos ou activossuficientes.JUNHO <strong>2007</strong>17

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