Os principais avanços do 5º CNTR foram:Aprofun<strong>da</strong>mento do debate nas bases sobre afiliação <strong>da</strong> CONTAG a uma central, sindicalsendo a CUT a central de maior afini<strong>da</strong>de comos critérios estabelecidos pelo MSTR.Eleição <strong>da</strong> direção em Congresso, respal<strong>da</strong><strong>da</strong>pelo Estatuto <strong>da</strong> CONTAG, com a presença deuma mulher na diretoria efetiva.Reorganização interna <strong>da</strong> CONTAG com acriação de secretarias específicas por frentesde luta e os novos diretores eleitos paracoman<strong>da</strong>r uma área específica.Ampliação <strong>da</strong>s mobilizações de base na lutapela terra, por crédito, nas lutas salariais,em defesa do SUS, etc.Maior inserção nas frentes de lutas intercategoriase em parceria com organizações <strong>da</strong>socie<strong>da</strong>de civil.1º Congresso Nacional Extraordinário dosTrabalhadores Rurais – CNETR“... não podemos sacrificar a nossa intervenção nosprocessos eleitorais gerais que o país viverá,convocando um congresso massivo em Brasília. Aseleições de agora terão a responsabili<strong>da</strong>de deconstruir o amanhã...”.Constatando que o próximo congresso aconteceriana segun<strong>da</strong> quinzena de novembro, no mesmoperíodo em que ocorreriam as eleições gerais de1994, o Conselho Deliberativo aprovou a realizaçãode um Congresso Extraordinário, em Brasília, emagosto de 1994.O temário do 1º CNETR:I – Sindicalismo e Organização Sindical;II – Luta pela Reforma Agrária;III – Luta dos Pequenos Produtores;IV – Luta dos Assalariados Rurais;V – Saúde e Previdência Social e;VI – Reformulação dos Estatutos <strong>da</strong> CONTAG.Participaram a direção executiva <strong>da</strong> CONTAG,direção efetiva <strong>da</strong>s Federações e delegados eleitosem número correspondente a 10% dos sindicatosfiliados a ca<strong>da</strong> Federação. Foi assegura<strong>da</strong> a participação<strong>da</strong>s diretoras <strong>da</strong> CONTAG, como delega<strong>da</strong>s, ede duas trabalhadoras rurais por estado.O congresso extraordinário foi coordenado peloPresidente em exercício, Aloísio Carneiro. FranciscoUrbano estava licenciado para concorrer a uma vagapara o Senado Federal, pelo Rio Grande do Norte. Aspropostas aprova<strong>da</strong>s nesse congresso municiariamas Federações e a CONTAG nas negociações com osgovernos federal e estadual, eleitos em 1994.Deliberações do 1º CNETRI – Meta de assentar 2 milhões de trabalhadores(as) nos próximos cinco <strong>anos</strong>.II – Entendimento que reforma agrária é umprograma prioritário e emergencial para ocombate à fome e à miséria.III – Política diferencia<strong>da</strong> para o pequeno produtor.IV – Fiscalização do Ministério do Trabalho para ocumprimento <strong>da</strong> Legislação Trabalhista e, quepossibilite a eliminação do trabalho escravo,tráfico de mão-de-obra, exploração dotrabalho infantil e discriminação <strong>da</strong> mulher.V – Realização do 6º CNTR em abril de 1995.VI – Defesa <strong>da</strong> Unici<strong>da</strong>de Sindical e <strong>da</strong> EstruturaConfederativa.12ª Eleição <strong>da</strong> CONTAG6º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais – CNTR.“Nem fome, nem miséria. O campo é a solução”.Na preparação do congresso, o MSTR avançou nacapaci<strong>da</strong>de de inovar e qualificar a organizaçãosindical no campo. A Comissão Coordenadora doCongresso foi composta por representação de to<strong>da</strong>sas regiões. Foram delegados (as): I) Diretoria Efetiva<strong>da</strong> CONTAG; II) Diretoria Efetiva <strong>da</strong>s Federações,até o máximo de sete; III) Um delegado (a) porSindicato, eleito em assembléia; IV) Duas mulheres32 - CONTAG <strong>40</strong> ANOS
“A deliberação pela filiação à CUT, provocou intenso debatena base <strong>da</strong> CONTAG, <strong>da</strong>s Federações, dos Sindicatos detrabalhadores rurais e <strong>da</strong> própria central”para ca<strong>da</strong> proporção de 10% dos STRs quites com aFederação, independente <strong>da</strong>quelas escolhi<strong>da</strong>s pelosSTRs, <strong>da</strong>s diretorias <strong>da</strong>s Federações e <strong>da</strong>s quefaziam parte <strong>da</strong> diretoria efetiva <strong>da</strong> CONTAG.A preocupação em garantir a participação efetiva<strong>da</strong> base nas decisões foi fun<strong>da</strong>mental para aconstrução de um congresso que consoli<strong>da</strong>sse aUni<strong>da</strong>de Política <strong>da</strong> classe trabalhadora no campo ena CUT. Em maio de 1995, 2 mil trabalhadores (as)rurais participaram, em Brasília, do 6º CNTR.Os trabalhadores e trabalhadoras rurais condenaramo projeto neoliberal do governo de FernandoHenrique Cardoso; reafirmaram a Reforma Agráriaenquanto bandeira prioritária; defenderam adefinição de uma política agrícola diferencia<strong>da</strong> paraa agricultura familiar, o combate ao trabalho escravoe a preservação dos direitos previdenciários, sociaise trabalhistas conquistados na Constituição de 1988.Todo o processo de elaboração e realização doCongresso representou uma lição de debate, depolítica e de organização. O evento explicitou anecessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> classe trabalhadora rediscutir a suaprática de luta e de convivência democrática comas divergências. A direção eleita tinha o desafio dereorganizar e recompor a Uni<strong>da</strong>de construí<strong>da</strong> aolongo dos mais de 30 <strong>anos</strong> <strong>da</strong> CONTAG. Essa uni<strong>da</strong>deprecisava ser permanentemente revitaliza<strong>da</strong> para oenfrentamento dos novos e históricos desafios queestavam postos para o movimento.A negociação de composição <strong>da</strong> nova diretorianão agradou a todos os segmentos representados.No encerramento do congresso, as delega<strong>da</strong>sdistribuíram nota de repúdio à forma de escolha dosnomes para compor a direção eleita. Denunciaram aausência dos nomes de mulheres identifica<strong>da</strong>spreviamente pela Comissão Nacional de MulheresTrabalhadoras Rurais: “Queremos manifestar nossorepúdio à forma como fomos desrespeita<strong>da</strong>s,ofendi<strong>da</strong>s e discrimina<strong>da</strong>s em todo o processo, emfunção de alianças e negociações que se deram deforma fecha<strong>da</strong>, desrespeitando plenárias estaduaise também o anseio <strong>da</strong> maioria deste Congresso”.Essa insatisfação momentânea estimulou, ain<strong>da</strong>mais, a organização e intervenção qualifica<strong>da</strong> <strong>da</strong>smulheres nos congressos que aconteceriam <strong>da</strong>í pordiante, nos âmbitos nacional, estadual e municipal.Resultado <strong>da</strong> Eleição para direção <strong>da</strong> CONTAGTotal de Delegados (as) = 1.5631.110 votos a favor103 votos brancos346 votos nulosA direção eleita teve a seguinte composição:Diretoria Efetiva: Francisco Urbano A. Filho/RN;Avelino Ganzer/PA; Gerônimo Brumatti/ES;Francisco Miguel de Lucena/CE; Maria Santiago deLima/RO; Hilário Gottselig/SC; Norival Gua<strong>da</strong>ghin/SP; Francisco Sales/MA; Alberto Ercílio Broch/RS;Guilherme Pedro Neto/GO; Airton Luiz Faleiro/PA eSebastião Rocha/MG. Conselho Fiscal: AntonioZarantonello; Divino Goulart e Almir José Feliciano.Filiação à CUTO estreitamento <strong>da</strong>s relações <strong>da</strong> CONTAG comas organizações que atuavam no campo e, a deliberaçãopela filiação à CUT, provocou intenso debatena base <strong>da</strong> CONTAG, <strong>da</strong>s Federações, Sindicatosde Trabalhadores Rurais e <strong>da</strong> própria central.Em reunião do Departamento Nacional deTrabalhadores Rurais - DNTR/CUT, realiza<strong>da</strong> emSão Paulo, em novembro de 1994, contando coma presença de Lula, os militantes decidiram que,caso a opção fosse por uma composição na direção<strong>da</strong> CONTAG no 6º CNTR, os nomes <strong>da</strong> CUTCONTAG <strong>40</strong> ANOS - 33
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