A contribuição voluntária dosassociados (as) sempre foi referen<strong>da</strong><strong>da</strong>em todos os congressose instâncias do MSTTR, como acontribuição mais importante paraauto-sustentação. Até hoje a contribuiçãovoluntária é o objetivocentral. Nesses <strong>40</strong> <strong>anos</strong>, muitasações volta<strong>da</strong>s para qualificar aação sindical e a prestação de serviçosna base foram experimenta<strong>da</strong>spela CONTAG, Federações eSindicatos, com o propósito deestimular a sindicalização.Em Minas Gerais, em 1973, oConselho de Representantes <strong>da</strong>Federação dos Trabalhadores, como objetivo de <strong>da</strong>r condições paraaquisição ou ampliação de sedes,compra de máquinas, equipamentose instalações fixas, aprovou acriação do Fundo Rotativo deAplicações Sindicais. Quase 25<strong>anos</strong> depois, em 1997, a CONTAGelaborou um projeto para viabilizara compra de computadoresatravés de convênio firmado entreCONTAG e a IBM. O objetivo eraacelerar a gestão interna do STRs.Muitas “âncoras” financeirasforam prioriza<strong>da</strong>s ao longo desses<strong>anos</strong> para garantir o funcionamentodos Sindicatos e, conseqüentemente,do Sistema Confederativo.Entretanto, nos últimos<strong>anos</strong>, o MSTTR passou a experimentarnovas formas de garantia<strong>da</strong> auto-sustentação. Também foinesse período que ocorreram muitasinvesti<strong>da</strong>s contra as formas decontribuição e <strong>da</strong> própria organizaçãosindical.Um exemplo foi a publicação<strong>da</strong> Medi<strong>da</strong> Provisória que acabavade vez com a contribuição sindical,edita<strong>da</strong> pelo Presidente <strong>da</strong>República Fernando Collor. O ConselhoDeliberativo <strong>da</strong> CONTAG, emsetembro de 1990, se antecipouaos fatos e aprovou a implementaçãoimediata <strong>da</strong> ContribuiçãoConfederativa, independente deregulamentação. Recomendou atodos os sindicatos filiados queacelerassem a realização de suasassembléias para que a confederativapudesse tornar-se um dosmeios de auto-sustentação <strong>da</strong>slutas e mobilizações do MSTTR.As capacitações volta<strong>da</strong>s paraa Gestão Sindical foram retoma<strong>da</strong>scom força total durante to<strong>da</strong> adéca<strong>da</strong> de 90, do século XX. A campanhade divulgação <strong>da</strong> ContribuiçãoConfederativa ganhou oapoio do programa de rádio “A Voz<strong>da</strong> CONTAG”, que foi ao ar oficialmente,em 1º de maio de 1993.Nesse mesmo ano, a CONTAG assinouconvênio com o Banco doBrasil para a emissão de guias ecobrança <strong>da</strong> contribuição confederativae lançou a campanha“Para Colher Tem que Plantar”.Os Encontros <strong>da</strong> Comissão Nacionalde Finanças foram fun<strong>da</strong>mentaispara garantir maior uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong>sações de gestão, estimulando o diálogoentre as ações estaduais e aestratégia decidi<strong>da</strong> nacionalmente.Os programas de capacitação nabase também foram importantesporque abor<strong>da</strong>vam, prioritariamente,temas como Gestão e Gerenciamento,Planejamento Estratégico,Reestruturação Administrativa,Política Sindical e Formação.Os últimos dez <strong>anos</strong> foram deexpansão <strong>da</strong> Gestão Sindical <strong>da</strong>CONTAG. Ocorreu a implantação<strong>da</strong> Contribuição Confederativa; orecolhimento <strong>da</strong> Contribuição Sindicalpor parte <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>dessindicais; a implantação <strong>da</strong> mensali<strong>da</strong>dede aposentados e pensionistascom desconto direto nosbenefícios previdenciários, sem anecessi<strong>da</strong>de do associado (a) irmensalmente ao Sindicato.A troca <strong>da</strong> denominação deTesouraria Geral para Secretaria deFinanças e Administração significouuma mu<strong>da</strong>nça na compreensãosobre as responsabili<strong>da</strong>des <strong>da</strong> áreade finanças do MSTTR. GestãoSindical deixou de ser a área exclusivamenteburocrática, passou a serconsidera<strong>da</strong> essencial na construção<strong>da</strong>s ações do Movimento.Muito ain<strong>da</strong> existe para serfeito quanto à Gestão Sindical,porém, nos últimos 10 <strong>anos</strong>, oMSTTR conseguiu acelerar e qualificaro processo de Gestão Sindical,sempre na perspectiva de implementare consoli<strong>da</strong>r o ProjetoAlternativo de DesenvolvimentoRural Sustentável – PADRS.92 - CONTAG <strong>40</strong> ANOS
históriaA política transversalde gênero, geração, raça e etnia no PADRS“No PADRS o ser humano é objeto central e em sua implementaçãoconsidera primordiais as especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong> pessoa, como i<strong>da</strong>de,sexo, raça e etnia”.lgumas Federações realizavam,já na déca<strong>da</strong> deA60, do século XX, ativi<strong>da</strong>desespecíficas comjovens e mulheres. A Federação doRio Grande do Sul, em parceriacom a Frente Agrícola Gaúcha –FAG, organizava congressos dejovens em finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 60.No entanto, a organização <strong>da</strong> juventudeno MSTTR ocorreu oficialmenteinício <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90, doséculo passado. No caso <strong>da</strong>s mulherestrabalhadoras rurais aorganização dentro do MSTTRcomeçou em meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>de 80. A terceira i<strong>da</strong>de e as dimensõesde raça e etnia, só irão fazerparte <strong>da</strong> agen<strong>da</strong> e proposição políticado MSTTR, a partir de 1995.JUVENTUDECom o aprofun<strong>da</strong>mento esistematização <strong>da</strong>s propostas queconstituíram o PADRS, a importânciaestratégica <strong>da</strong> juventudeganhou visibili<strong>da</strong>de e passou a serincorpora<strong>da</strong> nas temáticas e agen<strong>da</strong>sindical. Logo após o 7ºCNTTR, a CONTAG realizou cincoEncontros Regionais preparatóriosGeração no PADRSÉ um conceito que explicita o papel social que ca<strong>da</strong> pessoa cumprenas diferentes fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>: infância, adolescência, juventude,adulto, terceira i<strong>da</strong>de e idosos. Estes papéis se alteram de acordocom a época e história de ca<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Esse enfoque geracionalfaz um apelo sobre a valorização e as oportuni<strong>da</strong>des de inserçãosocial de jovens, terceira i<strong>da</strong>de e idosos na socie<strong>da</strong>de.ao Encontro Nacional, que identificaram,aprofun<strong>da</strong>ram e sistematizaramas deman<strong>da</strong>s <strong>da</strong> juventudetrabalhadora rural.Essas propostas orientaram oDocumento Base do 8º CNTTR,afirmando que a juventude constitui-seem mulheres e homens quevivem e trabalham no meio rural,com i<strong>da</strong>de de 16 a 32 <strong>anos</strong>. Queser jovem é uma condição relativae transitória, pois logo entrarãonas outras fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Entretanto,é na fase <strong>da</strong> juventude queas pessoas afirmam sua identi<strong>da</strong>desocial e profissional e, definemsua formação física, intelectual,psicológica e emocional.O foco central <strong>da</strong> proposta parao trabalho com a juventude é aelevação <strong>da</strong> auto-estima; incentivare fortalecer a sua organizaçãoe formação política; apresentarpropostas de políticas sindicaise políticas públicas que promovame efetivem a inserção social <strong>da</strong>juventude no meio rural.O MSTTR aprovou em Congressoe garantiu nos Estatutos, umaCoordenação Nacional <strong>da</strong> JuventudeTrabalhadora Rural, CoordenaçõesEstaduais e Municipais.Essa organização, oficialmentereconheci<strong>da</strong> na estrutura do sistemaCONTAG, refletiu em conquistaspara juventude, como o PronafJovem - uma linha de financiamentoespecífica - e o programa“Nossa 1ª Terra” - uma políticaespecífica de crédito fundiário.CONTAG <strong>40</strong> ANOS - 93
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