Curso Extensivo â E - Colégio OBJETIVO
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PORTUGUÊS E3. (UNESP-2011) – Mas não tornais quem vos consulta / Nemmenos mau, nem mais feliz.Nestes versos, o eu lírico se serve ao mesmo tempo de dois proce di -mentos tradicionais da poesia e da oratória, a personificação (ou pro -so popeia), atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inani -madas, e a apóstrofe, recurso que consiste em o orador ou o eu líricodirigir-se a uma pessoa ou coisa real ou fictícia. Identifique a pre sençada personificação e da apóstrofe nos versos citados e aponte aspalavras que, por suas características gra maticais, permitem detectaresses procedimentos.RESOLUÇÃO:O autor do poema personifica os livros e dialoga com eles a partir daterceira estrofe. As ações que ele atribui aos livros, por meio do verbotornar (tornar menos mau, tornar mais feliz), podem implicar (mas nãonecessariamente) um agente animado, personi ficado. A prosopopeia seconfigura mais claramente com a presença da apóstrofe, pois tais agentessão tratados como interlocutores, por meio do verbo – tornais – e dopronome – vos – na segunda pessoa, isto é, o eu lírico se dirige a eles comose fossem pessoas.Texto para a questão 5.Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da car ga, olhou océu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza deque aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e repreendera osmeninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A ver -dade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhesem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a,tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando tudo estavadefinitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério?Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco paraenterrar-se.(Graciliano Ramos, Vidas Secas, 1.ª edição: 1938.)5. (UNESP) – No último parágrafo de Vidas Secas, depois de em -pre gar três verbos no pretérito perfeito, o enun ciador uti liza umasucessão de verbos flexionados no preté rito mais-que-perfeito. Combase nessa constatação,a) explique a diferença de emprego entre esses dois tempos verbaise sua importância para o texto;RESOLUÇÃO:Os pretéritos perfeito e mais-que-perfeito referem-se a tempos distintosdo passado. O segundo indi ca anterioridade em relação ao pri meiro, umpre térito mais remoto, por isso “mais-que-perfei to”. Fizeram, depôs eolhou indiciam no fragmento ações mais recentes, um passado imediato,per fei to, ou seja, terminado. Arrastara-se, retardara-se, repreendera eaconselhara remetem a ações anteriores à pausa (alto) em sua fu ga,tangidos pelo sol e pela miséria em um inces sante retirar-se.4. (UNESP-2011) – Um conceito lógico pode ser expresso figu ra -damente, para ser melhor entendido. É o que ocorre no texto deHouaiss na passagem o homem pôde mantê-lo em conserva. Expliqueo significado lógico dessa imagem no contexto em que surge.RESOLUÇÃO:A metáfora utilizada pelo autor sugere que a escrita possibilitou que osconhecimentos adquiridos pela humanidade fossem preservados.b) reescreva o segundo período desse último parágrafo do textomen cionado, flexionando os verbos no pretérito mais-que-per -feito.RESOLUÇÃO:E Fabiano depusera no chão parte da carga, olha ra o céu, as mãos em palana testa.8–