5. (FUVEST) – Observe este anúncio.6. (FUVEST) – Examine a tirinha e responda ao que se pede.PORTUGUÊS E(Quino, Mafalda 2. São Paulo: Martins Fontes, 2002.)(Folha de S. Paulo, 26/09/2008. Adaptado.)a) Na composição do anúncio, qual é a relação de sentido existenteentre a imagem e o trecho quem é e o que pensa, que faz parte damen sagem verbal?RESOLUÇÃO:A imagem apresenta um rosto alegre que se forma a partir de linhas daimpressão digital em que se inscreve, como a sugerir a definição dosujeito e do objeto representados linguisticamente pelos pronomesindefini dos/interrogativos quem e que. Em outras palavras, a imagempromete a resposta às interrogações introduzidas por aqueles prono mes,pois o rosto que se forma com as linhas da impressão digital sugere aidentificação do sujeito pelo qual se pergunta, assim como daquilo que elepensa, uma vez que o rosto é representado com uma expressãodenunciadora de seu estado de espírito.a) O sentido do texto se faz com base na polissemia de uma palavra.Identifique essa palavra e explique por que a indicou.RESOLUÇÃO:Trata-se da palavra veículo, que pode significar (1) “qualquer meio usadopara transportar ou conduzir pessoas, animais ou coisas, de um lugarpara outro” ou (2) “qualquer coisa capaz de transmitir, propagar,difundir algo”. Na expressão “veículo de cultura”, o sentido de veículo é,claramente, (2). O humor da tirinha está em que Mafalda toma a palavrano seu sentido (1).b) Se os sujeitos dos verbos descubra e pensa estivessem no plural,como deveria ser redigida a frase utilizada no anúncio?RESOLUÇÃO:Descubram quem são e o que pensam os mora dores de São Paulo.b) A tirinha visa produzir não só efeito humorístico mas tambémefeito crítico. Você concorda com essa afir ma ção? Justifique suaresposta.RESOLUÇÃO:O sentido crítico depreensível da tirinha provém da associação entre osruídos emanados do tele vi sor, que sugerem o conteúdo violento e “ape la -tivo” da programação, e a ideia de cultura, não no sentido antropológicoda palavra (“conjunto de padrões de comportamento, crenças, conheci -mentos, costumes etc. que distinguem um grupo social”), mas como sinô -nimo de “ilustração”, “cabedal de conhecimentos”. Longe de ser “veículode cultura”, a televisão seria – sugere a tirinha – um veículo de barbárie.12 –
MÓDULO 5Sintaxe (V)1. (FUVEST) – Não tenho dúvidas de que a reportagem esteja àprocura da verdade, mas é preciso ressalvar de que a história nãopode ser escrita com base exclusivamente em documentos da políciapolítica.(O Estado de S.Paulo)Das duas ocorrências de de que, no excerto acima, uma está correta ea outra não.a) Justifique a correta.RESOLUÇÃO:A primeira ocorrência é a correta. Em Não tenho dúvidas de que areportagem..., o uso da preposição de, diante da conjunção subordinativaintegrante que, é obrigatório, já que a aludida preposição é regida pelosubstantivo dúvidas.para puni-los ou vê-los sofrer, mas porque pretendem crescer emultiplicar-se como todos os seres vivos. Tanto se lhes dá se oorganismo que lhes oferece condições de sobrevivência pertence àvestal ou ao pecador contumaz.(...)(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo, 12/11/2005)2. (FUVEST)a) Crie uma frase com a palavra obesidade que possa ser acres -centada ao final do 2.° parágrafo sem quebra de coerência.RESOLUÇÃO:Nos nossos dias, é comum atribuir às pessoas obesas a culpa por sua obe -si dade, como se sua condição fosse apenas resultado de seu descome -dimento ao comer.A frase deve encaixar-se na série de exemplos contida no segundo pará -grafo. Tais exemplos ilustram a primeira afirmação do texto: Atribuir aodoente a culpa dos males que o afligem é procedimento tradicional na histó -ria da humanidade. O caso da obesidade seria a ilustração da afirmaçãocomplementar do parágrafo inicial: A obesidade não foge à regra.PORTUGUÊS Eb) Corrija a incorreta, dizendo por quê.RESOLUÇÃO:... mas é preciso ressalvar de que a história não pode ser escrita... Estáincorreta porque não há termo regente de preposição de. O verboressalvar é transitivo direto, não exigindo, pois, preposição em seucomplemento.Texto para a questão 2.Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem é proce di -mento tradicional na história da humanidade. A obesidade não fogeà regra.Na Idade Média, a sociedade considerava a hanseníase umcastigo de Deus para punir os ímpios. No século 19, quando prolife -ra ram os aglomerados urbanos e a tuberculose adquiriu caracterís -ticas epidê mi cas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoasenfraquecidas pela vida devassa que levavam. Com a epidemia deAids, a mesma história: apenas os promíscuos adquiririam o HIV.Coube à ciência demonstrar que são bactérias os agentes causa -dores de tuberculose e da hanseníase, que a Aids é transmitida porum vírus e que esses micro-organismos são alheios às virtudes efraquezas humanas: infectam crianças, mulheres ou homens, nãob) Fazendo as adaptações necessárias e respeitando a equivalênciade sentido que a expressão Tanto se lhes dá (...) tem no texto, pro -ponha uma frase, substituindo o pronome lhes pelo seu referente.RESOLUÇÃO:Pouco importa a esses micro-organismos se o organismo que lhes oferececondições de sobrevivência pertence à vestal ou ao pecador contumaz. Aformulação deste quesito não é inteiramente precisa, pois não se esclarecese o pronome lhes deve ser substituído por seu referente em suas duasocorrências na frase ou, o que parece mais razoável, apenas na primeira,na expressão cujo sentido se questiona. Outro defeito na formulação destequesito se encontra no trecho “respeitando a equivalência de sentido quea expressão ‘Tanto se lhes dá (...)’ tem no texto”. Esse trecho deveria sersubstituído por uma redação mais simples, direta e precisa: mantendo-seo sentido que a expressão Tanto se lhes dá tem no texto, pois não é aequivalência de sentido que a expressão... tem no texto que se querrespeitada.– 13