Discussão 153Assim, diversos animais passaram a ser alvo das pesquisas para seencontrar aquele que fornecesse resposta mais semelhante à do homem, e quecumprisse grande parte, senão todos, os requisitos descritos por Rowe (1980).O gato, embora seja de fácil obtenção, apresenta o inconveniente dopequeno tamanho e da morfologia de seus dentes, exceto os caninos, o que limita onúmero de amostra por animal (BERBERT, 1999). Além disso, são mais difíceis dese manterem anestesiados por períodos prolongados de tempo (ROWE, 1980).O rato, também de fácil obtenção e manutenção, apresenta restriçõesa<strong>na</strong>tômicas como as dimensões reduzidas dos dentes, possui alta resistênciaorgânica (SAMPAIO, 1967), além de limitada abertura de boca, fato que o distanciaainda mais das características do ser humano.Por outro lado, para muitos, é aceitável a escolha do macacoconsiderando-se que Charles Darwin, <strong>na</strong> Teoria da Evolução Huma<strong>na</strong>, nosconsidera como seres evoluídos destes primatas. No entanto, além de serem decusto oneroso, difíceis de serem criados e domesticados em biotério, e não seadequarem às modalidades de tratamento que exijam períodos prolongados deanestesia (TORNECK; SMITH, 1970; KOENIGS et al., 1975), verifica-se que,embora apresente padrão mastigatório próximo ao do homem (MADISON; WILCOX,1988), sua abertura bucal e seus dentes, dependendo da raça, são de tamanhoreduzido, com ca<strong>na</strong>is radiculares atrésicos e curvos, o que dificulta suamanipulação. Além disso, segundo Torneck; Smith; Grindall (1973) este animalpossui resistência orgânica geral superior à do homem, e Berbert (1999) e Sampaio(1967) consideram que seu tecido pulpar mostra-se altamente resistente aos efeitosda contami<strong>na</strong>ção bucal, o que poderia determi<strong>na</strong>r resultados não totalmentecoincidentes com os de seres humanos, em relação aos materiais testados. Sendoassim, por todos os motivos apontados anteriormente, o macaco acabou sendoexcluído como modelo experimental para a nossa pesquisa.Nota-se pela literatura que o cão tem sido utilizado como modeloexperimental há muito tempo (HOLLAND; SOUZA; MILANEZI, 1971; PITT FORD,1985; BENATTI NETO et al., 1986; LEONARDO et al., 1996, 1997; SACOMANI etal., 2001; BARBOSA et al., 2003; HOLLAND et al., 2005) principalmente nos estudosque envolvem lesões periapicais (SOUZA FILHO; BENATTI; ALMEIDA, 1987;PANZARINI et al., 1998; HOLLAND et al., 1999a, 1999b; KATEBZADEH; HUPP;TROPE, 1999; KATEBZADEH; SIGURDSSON; TROPE, 2000; GRECCA et al.,Dissertação de Mestrado – Suellen Cristine Borli<strong>na</strong>
Discussão 1542001; SILVEIRA et al., 2001; BERBERT et al., 2002; LEONARDO et al., 2002;TANOMARU FILHO; LEONARDO; SILVA, 2002; HOLLAND et al., 2003; SOUZA etal., 2003; LEONARDO et al., 2006; PANZARINI et al., 2006; SOUZA et al., 2006).Seu uso justifica-se pelas diversas vantagens que ele proporcio<strong>na</strong>, como: em geral édócil, facilidade de obtenção, acesso e manutenção, baixo custo, facilidade detrabalho, e resistência à prolongados períodos de anestesia, em geral necessáriospara a execução dos procedimentos operatórios endodônticos.Além de todas as características anteriores, a principal que nos levou aescolher o cão como modelo experimental foi a semelhança do processo de reparopulpar e periapical em tratamentos efetuados em seus dentes e em dentes humanos(HOLLAND et al., 1971b; HOLLAND; SOUZA; RUSSO, 1973; SOUZA; HOLLAND,1974; RUSSO; HOLLAND; SOUZA, 1982; SOUZA et al., 1989; HOLLAND et al.,2003a). E mais, Dixon e Rickert desde 1938 já afirmaram que os tecidosperiodontais e as reações inflamatórias nos cães são também muito semelhantes àsque ocorrem nos humanos e, se ele resistir bem a determi<strong>na</strong>das injúrias em seusdentes, com mais facilidade o homem resistirá.Todos estes fatos, somados à contribuição dada pelas diversas pesquisasdesenvolvidas em cães <strong>na</strong> Faculdade de Odontologia da UNESP de Araçatuba(MELLO; HOLLAND; SOUZA, 1972; HOLLAND et al., 1982, 1986, 2003b, 2005;SOUZA et al., 2003; PANZARINI, 1996; PANZARINI et al., 1998, 2006), contribuírampara a escolha do modelo experimental utilizado para o desenvolvimento dopresente trabalho.Uma vez escolhido o cão, selecionou-se a faixa etária do animal a sertrabalhado. Esta compreendeu-se entre 1 e 2 anos porque nesta idade os dentes jáapresentam rizogênese completa e volume da cavidade pulpar ideal, sem acentuadaredução fisiológica da mesma. Este aspecto é interessante para trabalhos onde alesão periapical crônica é induzida, devido à maior amplitude das ramificaçõesapicais que, provavelmente, proporcio<strong>na</strong>m a visualização radiográfica das lesõesperiapicais em menor espaço de tempo. Além disso, em cães com maior idade, abarreira cementária apical é mais espessa, normalmente acima de 1 mm, e osca<strong>na</strong>is do delta apical são mais estreitos e longos, o que pode interferir <strong>na</strong> reparaçãoperiapical, conforme salientado por Berbert (1978).Os cães possuem muitos dentes passíveis de serem utilizados para otratamento endodôntico, com ca<strong>na</strong>is de fácil intervenção e padronização. Por isso,Dissertação de Mestrado – Suellen Cristine Borli<strong>na</strong>
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