Discussão 173do crescimento bacteriano. Provavelmente as diferenças de resultados estejamrelacio<strong>na</strong>das às metodologias empregadas.A ação bactericida do Sealer 26 admitida por alguns, poderia estarrelacio<strong>na</strong>da a dois fatores: ao formaldeído liberado após a presa do cimento, e aosíons hidroxilas. A liberação do primeiro provavelmente ocorra de maneira similar aoque acontecia com o cimento AH 26 (LEONARDO et al., 1999), que foi o precursordo Sealer 26. Já os íons hidroxilas atuariam através da alcalinização do segmentoradicular. Contudo, esta possibilidade apresenta alguns dados divergentes.Esberard; Carnes; Del Rio (1996) não observaram alcalinização <strong>na</strong> parede exter<strong>na</strong>da denti<strong>na</strong> e Staehle et al. (1995) apontaram alcalinização ape<strong>na</strong>s no interior dosca<strong>na</strong>is radiculares. Por outro lado, Holland et al. (2001) preencheram ca<strong>na</strong>isradiculares de dentes humanos extraídos com o cimento Sealer 26 e osmergulharam em água destilada, ficando como único meio de comunicação com oexterior o forame apical. Após 30 dias constataram que o pH foi de 7,7. A seguirpartiram o dente ao meio e os mergulharam em nova água destilada e nessascondições o pH foi de 10,51.Percebe-se por esses dados que a liberação de íons hidroxila peloscimentos à base de hidróxido de cálcio é peque<strong>na</strong> após a presa do material, o quesalienta a importância de se utilizar um curativo inicial com a pasta de hidróxido decálcio para promover uma alcalinização mais efetiva de todo o segmento radicular,ficando para o cimento o papel de manter o ambiente alcalinizado. Essapossibilidade explicaria os melhores resultados obtidos por Holland et al. (2003a)nos grupos onde o curativo de hidróxido de cálcio por 7 ou 14 dias foi utilizado antesda obturação de ca<strong>na</strong>is radiculares de dentes de cães com lesão periapical crônicainduzida com os cimentos Sealer 26 ou Sealapex.6.1.7.2 Cimento EndométhasoneO cimento Endométhasone é um cimento classificado como à base deóxido de zinco e eugenol (LEONARDO; LEAL, 1998). Chama a atenção em suaformulação a presença do acetato de hidrocortiso<strong>na</strong> e da dexametaso<strong>na</strong>, comcapacidade anti-inflamatória. Comparando sua biocompatibilidade em culturas decélulas com outros cimentos de sua mesma categoria, alguns autores relatam que airritação provocada é ligeiramente menor (MERYON; BROOK, 1990; ERSEV et al.,1999). Em relação aos resinosos, contudo, existem divergências entre os autores,Dissertação de Mestrado – Suellen Cristine Borli<strong>na</strong>
Discussão 174alguns apontando citotoxicidade maior (VAJRABHAYA; SITHISARN, 1997;SCHWARZE et al., 2002b), enquanto outros citotoxicidade menor (MERYON;BROOK, 1990; GEROSA et al., 1995; ERSEV et al., 1999). Essa divergênciatambém ocorre <strong>na</strong> comparação com alguns cimentos à base de hidróxido de cálcio,com alguns apontando maior (VAJRABHAYA; SITHISARN, 1997; SCHWARZE et al.,2002b) ou menor (MERYON; BROOK, 1990) potencial de irritação.Em tecido subcutâneo divergências também tem sido apontadas emrelação a alguns cimentos resinosos, alguns encontrando melhor comportamentobiológico (XAVIER et al., 1974; BATISTA et al., 2007; ZAFALON et al., 2007) eoutros pior (ORSTAVIK; MJÖR, 1988). Contudo, em relação a outros cimentos desua categoria, Xavier et al. (1974) e Orstavik; Mjör (1988) apontaram resultadossimilares.As diferenças de resultados sobre a biocompatibilidade do cimentoEndométhasone também tem ocorrido em trabalhos efetuados junto aos tecidosperiapicais de dentes de cães. Assim, tem sido apontada a presença de infiltradoinflamatório menos intenso (MANNE, 2003; SUZUKI, 2006), semelhante(ORSTAVIK; MJÖR, 1992), ou mais intenso (BENATTI NETO et al., 1986) do que oprovocado por cimentos resinosos, semelhante (HOLLAND et al., 2007a;RODRIGUES, 2004) ou menos intenso (BERBERT, 1996) do que alguns cimentos àbase de hidróxido de cálcio, e igual (PITT FORD, 1985; ORSTAVIK; MJÖR, 1992;TEPEL; DARWISCH; HOPPE, 1994) ou menos intenso do que outros cimentos àbase de óxido de zinco e eugenol (BENATTI NETO et al., 1986; BERBERT, 1996).Como se observa pelos dados apresentados nos trabalhos anteriormentecitados, os resultados podem ser interpretados como divergentes, os quais, além domodelo experimental utilizado, podem estar relacio<strong>na</strong>dos a outros fatores, dentre osquais, as proporções pó-líquido utilizadas e o período pós-operatório da análise dosresultados.Em relação à proporção pó-líquido, sabe-se que ela pode interferir não só<strong>na</strong> resposta biológica (HOLLAND et al., 1971a) como também em outraspropriedades dos cimentos à base de óxido de zinco e eugenol, tais como, <strong>na</strong>qualidade do selamento margi<strong>na</strong>l (HOLLAND et al., 1974; PROKOPOWITSCH et al.,1992), <strong>na</strong> solubilidade e desintegração (SIMÕES FILHO, 1969), <strong>na</strong> infiltração decorantes <strong>na</strong> massa (LEAL, 1969) e <strong>na</strong> capacidade antimicrobia<strong>na</strong> (OGATA et al.,1984). De uma maneira geral, a maior quantidade de líquido utilizada conduz aDissertação de Mestrado – Suellen Cristine Borli<strong>na</strong>
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