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vê representada no parlamento.As manifestações de junhode 2013 deram esse recado deforma bem clara. Isso leva auma descrença nas instituiçõese na política como forma detransformação da realidade. Etambém faz com que as vozesde amplos setores não sejamouvidas no Congresso. Nasúltimas eleições, a bancada sindicalfoi diminuída quase pelametade, segundo levantamentodo Diap. Em contrapartida,as bancadas empresarial e ruralistacresceram e ganharamforça. Essa realidade é particularmenteperversa quandovemos a sub-representação demulheres, negros, indígenas eoutras minorias no parlamento.- De onde vêm essas distorções?Isso se deve às distorções donosso sistema político e eleitoral,em especial o financiamentoempresarial de campanha.Os candidatos, parlamentarese o próprio Executivo passama ter uma dependência do capitalfinanceiro, da indústria,da elite, através desse perversofinanciamento empresarial decampanha. O poder econômicopassa a colonizar o poder político,a democracia. Sabemosque o empresário não doa. Oempresário faz um investimentoquando ele entrega o dinheiropara uma campanha eleitoral,porque ele quer o retorno,por isso temos que nos libertardesse sistema. Isso é essencial,pois deturpa a representaçãodo povo no Congresso e é ogerme da corrupção. Inclusive,já se formou uma maioriano Supremo Tribunal Federalem torno deste entendimento.Também precisamos, por meioda reforma política, aprofundaros mecanismos de participaçãodireta da sociedade nasdecisões de governo.- Por que a imprensa esetores conservadores fazemcríticas tão intensas?Não temos como negar que osistema como ele existe hojeprivilegia determinados grupossociais, políticos e econômicos,que não querem perderou sequer ver diminuída a influênciae o controle que detémsobre o processo eleitoral e ademocracia brasileira. Por issoas reações contrárias e por issoa reforma política, especialmenteo fim do financiamentoempresarial, não avançou nosúltimos anos.- Teremos um dos congressosmais conservadoresdesde a redemocratização.Como avançar nareforma política?“Há uma crise de representaçãono nosso sistema político, noqual a sociedade, em especial ajuventude, não se vê representada noparlamento.”- Gilberto CarvalhoA chave para avançarmos éconstruirmos um intenso processode participação e mobilizaçãodo povo brasileiro.A presidenta Dilma tem ditoisso: “não haverá reforma políticasem participação popular”.Vários setores vêm construindouma saída para esseimpasse, como a forte unidadeconstruída em torno do plebiscitorealizado em setembro,que conseguiu alcançar maisde sete milhões de brasilei-24Revista do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná

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