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de informar e orientar a população?Mais de 75% dos brasileiros indicarama televisão como meiode comunicação predileto, ecerca de 8% preferem o rádio,segundo dados da PesquisaBrasileira de Mídia, publicadaneste ano pela Secretaria deComunicação Social (Secom) daPresidência da República. Essessão meios que utilizam espectrospúblicos, e que, portanto,são administrados sob concessõescedidas pelo poder público.O que deveria ser de todos, públicoe plural, no entanto, nãoocorre na prática, conformeaponta a jornalista e coordenadorado Coletivo Intervozese da executiva do FórumNacional pela Democratizaçãoda Comunicação (FNDC), BiaBarbosa. “Temos um quadroextremamente concentradodos meios de comunicação,controlado por grandes gruposeconômicos, que no Brasil muitasvezes se confundem comgrupos familiares, e com gruposque exercem poder políticodireto nos parlamentos e poderesexecutivos”.Em mesa temática sobre a democratizaçãodos meios, na20.ª edição do curso anual paratrabalhadores do Núcleo Piratiningade Comunicação, no Riode Janeiro, com a participaçãodo jornalista e sociólogo VenícioArtur de Lima e do professorda Escola de Comunicaçãoda UFRJ, Marcos Dantas, Biacriticou a falta de liberdade deexpressão na comunicação devidoao forte controle privadosdos meios. “O quadro do sistemamidiático brasileiro é de total ausênciado exercício da liberdade deexpressão do conjunto da populaçãobrasileira, hoje quem exerceessa expressão são aqueles quecontrolam diretamente a propriedadedos meios de comunicação demassa”.Segundo a pesquisa Donos daMídia, realizada pelo Institutode Estudos e Pesquisas em Comunicação(Epcom), 41 gruposde abrangência nacional dominammais de 550 veículos decomunicação no Brasil. No Paraná,três grupos se destacamno setor: Grupo Paranaense deComunicação (GRPCOM), formadopela Rede Paranaense deComunicação com 8 emissorasfiliadas à Rede Globo, três jornaisdiários - Gazeta do Povo,Jornal de Londrina e Tribuna-, o portal de notícias ParanáOnline, pelas rádios 98 FM eMundo Livre FM e pelo canalde TV multiplataforma ÓTV;seguido do Grupo RIC - Petrellide Comunicação, afiliado àrede Record e com cinco rádiosda Rede Jovem Pan e, em terceiro,a Rede Massa, afiliada aoSBT, atuante na TV e em rádiosAM e FM.A questão fundamental com aconcentração midiática, aforaas relações econômicas de formaçãode oligo e monopólio, éa verticalização e a falta de pluralidadeda informação, na medidaem que a mediação é controladapor poucas empresas ou“Acho que para compreender o impasse, ao invés dequem é contra a democratização da comunicação,vamos pensar em quem é à favor” -Venício Lima, jornalista e sociólogopor grandes grupos com propriedadecruzada. De acordocom Marcos Dantas, isso ficamais nítido em épocas eleitorais.Para o professor da UFRJ,na disputa presidencial foi nítidaa diferença dos posicionamentosnos meios massivos decomunicação ante a pluralidadede versões e manifestações nainternet, cujo marco civil foiaprovado em abril deste ano.“Vimos como funcionou nos meiosdurante as eleições e também comoo debate da internet foi extremamenteimportante para neutralizaro oligopólio das mídias. Nãoapenas pela contra-informação,mas sobretudo pela aglutinação,pois se você abre o jornal, liga aTV e pega a revista, as informaçõesque estará recebendo, inclusiveno entretenimento, têm apenasum viés. E se você acha que as coisasnão são como estão apresentadas,você é massacrado por umadeterminada abordagem. Na internetaconteceu o contrário”.A quem interessa? - Se porum lado é fácil identificar aquem interessa a falta de regulamentaçãono setor, ou seja, osempresários, políticos e grupos32Revista do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná

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