38EDIÇÃO Nº<strong>62</strong>—ABRIL—2007JORNALnnLogWebREFERÊNCIA EM LOGÍSTICAestratégicos, táticose operacionais, nos planos decontingências para respostasrápi<strong>da</strong>s e atendimentos emergenciaise, principalmente, navalorização e capacitação docapital humano.Cruz, do McDonald’s Brasil,aponta que o maior problemaenfrentado é chegar aosrestaurantes de Manaus. “Adistância e a situação <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>sdificultam a operação.Duas preocupações são: quali<strong>da</strong>dedos alimentos e pontuali<strong>da</strong>dena entrega. Porém, diferentede outros setores, acidentese assaltos não ocorrem.Em 2006, por exemplo, oMcDonald’s registrou apenas1 acidente e 1 roubo. Númerosinsignificantes se comparadoscom outras empresas deporte semelhante no Brasil”,pondera o diretor de compras.Sobre as soluções adota<strong>da</strong>spela empresa, ele dizque, para Manaus, o problemaé resolvido por meio <strong>da</strong>operação logística <strong>da</strong> Martin-Brower. O transporte é feitovia caminhão e balsa, e asverduras são envia<strong>da</strong>s via aérea.“O McDonald’s trabalhacom motoristas altamentetreinados e todos os caminhõespossuem computadorde bordo que registram to<strong>da</strong>sas ações dos motoristas. Todoo equipamento é adequadopara o transporte, divididoem três temperaturas paraacomo<strong>da</strong>r os produtos e alimentos.Na parte congela<strong>da</strong>Multimo<strong>da</strong>lnos níveisA Martin-Brower é o operador logístico do McDonald’s Brasil“Uma <strong>da</strong>stendências está nalogística centraliza<strong>da</strong>,com produtosexclusivos eserviços agregados”vão as carnes e batatas; naresfria<strong>da</strong> vão as verduras e osmolhos; na seca vão guar<strong>da</strong>napos,canudos, embalagens,etc.”, explica.O diretor <strong>da</strong> Luft FoodService já considera que aprincipal questão é ter o mesmopadrão onde quer quehaja uma loja <strong>da</strong> rede. “É fun<strong>da</strong>mental,para o valor <strong>da</strong>marca e sua segurança, termosa definição do produtoideal e fazer com que ele chegueadequa<strong>da</strong>mente em ca<strong>da</strong>um de nossos pontos de ven<strong>da</strong>.Adotamos uma centralizaçãologística terceiriza<strong>da</strong>com a Luft Food Service, oque consiste em ter um Centrode Distribuição onde secompram os produtos homologadosde forma consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>e deste Centro de Distribuiçãopartem os produtos deforma fraciona<strong>da</strong>, em três diferentestemperaturas simultaneamente,para to<strong>da</strong>s as lojas<strong>da</strong> Subway. As lojas têmo facilitador de colocar o pedidopela internet em um sitefeito exclusivamente paraeste fim e, com isso, o processode abastecimento ficoumuito mais simplificado eseguro”, <strong>completa</strong> Costa.Para a Rede Viena, umdos maiores problemas enfrentadosenvolve a dificul<strong>da</strong>degeográfica e a distânciapercorri<strong>da</strong> entre os diversospontos de ven<strong>da</strong>. Segundo osupervisor do Centro de Distribuição<strong>da</strong> Rede, com o aumentodo número de veículosde carga e a diminuição de suacapaci<strong>da</strong>de, conforme DecretoMunicipal 45.821, de 6 abrilde 2005, aumentou consideravelmentea freqüência e apermanência dos veículos nasvias, trazendo um aumento decusto e um elevado grau de risco.Um fator também relevanteé que, em alguns pontos,“Pode-se dizer quea terceirização naárea logística <strong>da</strong>sgrandes cadeias ée será umaconstante”os horários são limitados,dificultando o acesso.Em frente aos problemasdecorridos <strong>da</strong> estrutura geográfica<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e a dificul<strong>da</strong>dede acesso aos pontos, aRede Viena procura avaliar eentender corretamente todosos processos relacionados àlogística e distribuição, trabalhando,interagindo, trocandoinformações e gerenciandoconflitos e os problemasque porventura existam.“O nosso objetivo é colocaro produto certo, no local correto,no momento adequadoao menor custo possível, desdea fonte, que é o nosso CD,até o destino, nossas lojas.Quando se fala em per<strong>da</strong>s,seja tangível ou não, o tempoé o grande responsávelpela maior parte dessas per<strong>da</strong>s,por isso procuramos conhecerbem os processos,mapeando to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>desrelaciona<strong>da</strong>s as nossas operações,a fim de reduzir e eliminarao máximo os problemasinerentes à cadeia logística.Para isto precisamos expandirnossa atuação geográficacom centros avançados dedistribuição, ou seja, focadoem ficar mais próximo dosnossos clientes, a fim de melhorara performance de atendimento”,acrescenta Galdino.TENDÊNCIASPelo que se pode perceber,a terceirização é uma tendênciana área de fast-food.Será isto? Ou somente istoem termos de tendências?“Pode-se dizer que, deforma geral, a terceirizaçãona área logística <strong>da</strong>s grandescadeias é e será uma constante.A diversi<strong>da</strong>de de rotas, asdistâncias continentais alia<strong>da</strong>sà complexi<strong>da</strong>de tributáriade nosso país conduzemà terceirização <strong>da</strong> logísticapor meio de empresas especializa<strong>da</strong>scomo a Martin-Brower”, aponta o diretor decompras do McDonald’sBrasil.Costa, <strong>da</strong> Luft FoodService, já acha que a tendênciapara redes de fast-foodcom crescimento arrojado éprocurar facilitar a operaçãode ca<strong>da</strong> loja, assim como garantirsegurança para a marca,através de uma logísticacentraliza<strong>da</strong>, com produtos exclusivose serviços agregados.Para Garcia, <strong>da</strong> Fast &Food, são várias as tendênciasna área de fast food em termosde logística: expansãodos pontos de ven<strong>da</strong> para áreasmetropolitanas nas regiõesNorte, Nordeste e AméricaLatina; operações sazonais emlojas de tempora<strong>da</strong>s, para formarpraças de alimentação emeventos temáticos, concentraçãode multibandeiras, outletse feiras de negócios; aumento<strong>da</strong>s exigências de quali<strong>da</strong>de deprodutos e entregas, alinha<strong>da</strong>A Rede Giraffas possui 215 pontos de ven<strong>da</strong> em váriosestados brasileirosa padrões e certificações internacionaise segurança alimentar;aumento <strong>da</strong>s exigênciasde nível de serviço ecustos acessíveis para entregasprograma<strong>da</strong>s em pequenasjanelas de horários de entregas,em shopping centers,horários noturnos, centros urbanose grandes metrópoles;acessibili<strong>da</strong>de às soluções deTI para abastecimento eletrônico,controles de estoques,compras, captação e processamentode pedidos, picking,rastreabili<strong>da</strong>de dos pedidos,visibili<strong>da</strong>de/integração/sincronismo<strong>da</strong> cadeia de abastecimento,monitoramentoon-line dos veículos de entregacom <strong>da</strong>dos de temperatura,tempo, movimentação estatus on-line <strong>da</strong>s entregasdos pedidos; alta freqüênciade entrega (áreas de estocagemreduzi<strong>da</strong>s) nas lojas, lotesmínimos (baixo drop sizee ticket médio), aumento <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong>de de fracionamento,maior mix de produtosna mesma entrega (secos,limpeza, descartáveis, refrigerados,congelados e FLV),custos de desenvolvimento deembalagens e compartimentos;crescimento do serviçode delivery (comi<strong>da</strong> em caixinhas,encomen<strong>da</strong>s expressas);e crescimento do númerode operadores logísticos,especialização e capacitaçãodos profissionais para acadeia de frio.Galdino, <strong>da</strong> Rede Viena,considera que, atualmente, adinamici<strong>da</strong>de do mercado éca<strong>da</strong> vez maior e o grau deexigência tem provocadouma diminuição dos ciclosde vi<strong>da</strong> dos produtos, exigindorespostas mais eficazes<strong>da</strong> gestão de materiais e <strong>da</strong>distribuição física, ou seja,<strong>da</strong> logística como um todo,surgindo o conceito de logísticaintegra<strong>da</strong>, que considerato<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des de movimentaçãoe armazenageme facilita o fluxo dos produtosdesde o ponto inicial atéo ponto de consumo.“Com o objetivo de garantira quali<strong>da</strong>de dos produtose serviços prestados paraas lojas, a tendência é criar ummecanismo de análise focadonas necessi<strong>da</strong>des dos clientesem uma visão ampla, realizandotrabalhos de melhoriacontínua entre os clientes internose externos, com monitoramento<strong>da</strong> sua respectivaevolução”, conclui o supervisordo Centro de Distribuição<strong>da</strong> Rede Viena. ●
nLogWebJORNALnREFERÊNCIA EM LOGÍSTICA39EDIÇÃO Nº<strong>62</strong>—ABRIL—2007Mac Logisticse preparapara umcrescimento de70% em 2007“O ano de 2007 será o melhorano <strong>da</strong> história <strong>da</strong> nossaempresa, pois preparamosa companhia para umcrescimento bastante grande,já sentimos nos primeirosmeses do ano o reflexo<strong>da</strong>s nossas ações e estamosprevendo um crescimentoem todos os setores<strong>da</strong> nossa organização. Traçamosum plano de crescimentobastante ousadoque, se cumprindo, permitiránosso crescimento aoredor de 70% durante o anode 2007. Com a expansão<strong>da</strong> nossa empresa para todosos países latinos, estamospreparados e muitomotivados a dominar estemercado.” A afirmativa é deEveraldo Barros, vice presidente<strong>da</strong> América Latina <strong>da</strong>MAC Logistic Int’l Group(Fone: 11 40<strong>62</strong>.5881). Segundoele, há vários planosde investimentos em 2007.“Iremos apresentar a aquisiçãodo terminal de transbordo(Termel), no RioGrande do Sul, como umdos maiores empreendimentose suporte à logísticano Mercosul, que compreende100.000 m 2 de áreaoperacional. Adquirimosparticipação importante eestaremos tornando-o umdos maiores hubs de exportaçãoe importação rodoviáriopara o Mercosul. Jáassumimos a direção doterminal e iremos efetuargrandes investimentos emsua infra-estrutura. Alémdisso, estamos focados naexpansão dos nossos escritóriosna América Latina,que já somam escritóriospróprios em 10 países, restandopraticamente Equadorpara finalizarmos nossoprojeto de sermos reconhecidoscomo o maior emelhor operador logísticona América Latina”,<strong>completa</strong> Barros.