22carência, e que para<strong>do</strong>xalmente possui também em seu território empresas agroexporta<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> classe mundial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fatos ocorri<strong>do</strong>s e causa<strong>do</strong>res da Guerra <strong>do</strong> Contesta<strong>do</strong>.Em resposta à crítica <strong>social</strong>, embalada em movimentos populares, <strong>como</strong> oMovimento <strong>do</strong>s Sem Terras, a partir da década <strong>de</strong> 90, o Governo Brasileiro estimulou aeducação e a inclusão <strong>social</strong> através <strong>de</strong> programas sociais, representativos das medidascompensatórias, típicas <strong>do</strong> Neoliberalismo (SANTOS 1999; TENÓRIO, 1998; 2005).O programa <strong>do</strong> governo Territórios da Cidadania (2008) foi cria<strong>do</strong> pelo governofe<strong>de</strong>ral com base nos Territórios Rurais <strong>de</strong> 2003, e está espalha<strong>do</strong> em 120 territórios que<strong>de</strong>senvolvem uma iniciativa <strong>de</strong> fomento às medidas <strong>de</strong> ajustes no teci<strong>do</strong> <strong>social</strong>. O Território<strong>do</strong> Meio Oeste Contesta<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> em 2008, contu<strong>do</strong> já era conheci<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 nosTerritórios Rurais, <strong>como</strong> Território <strong>de</strong> Chapecozinho.O território é forma<strong>do</strong> por 29 municípios, a população total é <strong>de</strong> 271.996habitantes, <strong>do</strong>s quais 72.666 vivem na área rural, o que correspon<strong>de</strong> a 26,72% <strong>do</strong> total. Possui13.155 agricultores familiares, 2.105 famílias assentadas e quatro terras indígenas. Seu IDHmédio alto é 0,81, o que representa um padrão alto para órgãos internacionais, <strong>como</strong> é o caso<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Joaçaba, que mais recebe verbas <strong>de</strong> programas governamentais, mesmoten<strong>do</strong> alto índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano, 0,866 (PORTAL DA CIDADANIA, 2012).Entretanto municípios que não possuem atrativos econômicos, compara<strong>do</strong>s aos centrosregionais, passam por dificulda<strong>de</strong>s sociais, <strong>como</strong> é o caso <strong>do</strong> noroeste <strong>do</strong> território, on<strong>de</strong> oIDH não passa a barreira da casa <strong>do</strong>s 0,7.A região apresenta uma disparida<strong>de</strong> entre os estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento em queseus municípios se encontram, e isso afeta as pessoas em suas estruturas sociais. Ao <strong>de</strong>correrdas entrevistas, essas quais esta pesquisa embasou-se, poucas pessoas afirmaram terconhecimento <strong>do</strong>s PTC, tanto em meio urbano <strong>como</strong> rural. As cida<strong>de</strong>s pólo, <strong>como</strong> Joaçaba eXanxerê, tem prova<strong>do</strong> um franco crescimento com o capital advin<strong>do</strong> da iniciativa privada epública, enquanto cida<strong>de</strong>s <strong>como</strong> Entre Rios e Jupiá, que apresentam IDH médio baixo, tempouca articulação política e econômica.A promessa <strong>do</strong> programa é <strong>de</strong> que o cidadão é o maior beneficia<strong>do</strong> pela a<strong>do</strong>çãodas perspectivas planejadas pelo mesmo, crian<strong>do</strong> e participan<strong>do</strong> da confecção <strong>de</strong> açõesengajadas em prol <strong>do</strong> comportamento participativo <strong>de</strong>senvolvimentista transforma<strong>do</strong>r. E queexperiências positivas sejam repassadas, e aju<strong>de</strong>m lugares carentes, distantes <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>scentros, que estão aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público.
23Figura 2 - Região Meio Oeste Contesta<strong>do</strong>Fonte: MDA (2012).O enfoque que objetiva o programa governamental, é o <strong>de</strong> superação da pobreza egeração <strong>de</strong> trabalho e renda no meio rural, em base <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoterritorial sustentável (MDA, 2012). Um <strong>do</strong>s principais interesses governamentais estratégicos<strong>de</strong>senha<strong>do</strong>s para a iniciativa, e que, está presente nas <strong>de</strong>mais realida<strong>de</strong>s locais escolhidas parao programa, é a preocupação com a manutenção <strong>do</strong> homem <strong>do</strong> campo na zona rural. O êxo<strong>do</strong>vêm crescen<strong>do</strong> muito ultimamente, tanto pela <strong>como</strong>dida<strong>de</strong> urbana <strong>como</strong> também pelainconsistência <strong>do</strong> clima mundial e consequentemente das colheitas. Com o tambémcrescimento da população, interna e externa, a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> alimentos vêm aumentan<strong>do</strong>, logo aproposta <strong>do</strong> governo é <strong>de</strong> capacitar essas áreas <strong>de</strong> baixo IDH, visan<strong>do</strong> o aumento da produçãoagrícola, levan<strong>do</strong> bem estar e abertura política também ao interior.De acor<strong>do</strong> com Abramovay (2006), o Esta<strong>do</strong> cria canais <strong>de</strong> abertura e <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento humano, através <strong>do</strong> trabalho conjunto com a socieda<strong>de</strong>, exercitan<strong>do</strong>incansavelmente esforços para solucionar os problemas apresenta<strong>do</strong>s pelos sujeitos e dainteração <strong>social</strong> localizada.Para tanto, um resgate meto<strong>do</strong>lógico é necessário para i<strong>de</strong>ntificar o caráteri<strong>de</strong>ntitário <strong>do</strong> recorte em estu<strong>do</strong>, assim <strong>como</strong> ocorre os processos <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>colegia<strong>do</strong> territorial. Assim um quadro proposto <strong>de</strong> dimensões categóricas e variáveis <strong>de</strong>estu<strong>do</strong>, embasa<strong>do</strong> e adapta<strong>do</strong> nas contribuições <strong>de</strong> Tenório (2007), Castellà e Jorba (2005),Jorba, Martí e Parés (2007) e Parés e Castellà (2008), buscará trazer os elementos <strong>de</strong>operacionalização <strong>do</strong> programa governamental à tona. O interessante o escopo da gestão
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