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Gestão social como estratégia de avaliãção do ... - PEGS

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40A recomposição seletiva que a mo<strong>de</strong>rnização gera, referencia-se no aparenteconsenso funda<strong>do</strong> na noção <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>. Tal consensualida<strong>de</strong> reintroduz acentralida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho agora <strong>como</strong> competitivida<strong>de</strong>, porém, flexível parapossibilitar o sucesso <strong>de</strong> uns e o insucesso <strong>de</strong> outros, transferin<strong>do</strong> a responsabilida<strong>de</strong><strong>do</strong> sucesso ou insucesso da esfera pública ou <strong>social</strong>, para a esfera privada ouindividual (GEHLEN, 2006, p.8).Dentro <strong>de</strong>ste escopo normativo, as políticas públicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento rural noBrasil tiveram uma maior abordagem, por parte <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público, no final da década <strong>de</strong> 1990,já que antes essas iniciativas eram tímidas e muitas vezes sem objetivos claros. No inicio <strong>do</strong>sanos 1990 durante o governo Collor, houve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas direcionadas parao fomento da industrialização <strong>de</strong> regiões pobres <strong>do</strong> país, on<strong>de</strong> órgãos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento auxiliaram na aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas políticas, <strong>como</strong> a SUDENE -Superintendência <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste (ZANI, 2010).Ocorre que passa<strong>do</strong>s alguns anos, já no governo Fernan<strong>do</strong> Henrique Car<strong>do</strong>so,nota-se a mudança <strong>de</strong> iniciativas para propostas mais locais, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticaspúblicas, assim aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> melhor aos anseios <strong>de</strong> cada região mais especificamente, “nosquais <strong>de</strong>veriam ser realiza<strong>do</strong>s investimentos em infraestrutura que atraíssem investimentospriva<strong>do</strong>s e impulsionassem os setores dinâmicos da economia local à economia internacional,com vistas à exportação” (ZANI, 2010, p.34).A proposta mais evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento territorial rural ocorrida na épocafoi o Programa Nacional <strong>de</strong> Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF que teveinício no final da década <strong>de</strong> 1990. Para Guanzirolli (2006 apud ZANI, 2010) o PRONAF tem<strong>como</strong> objetivo o fortalecimento da produção da agricultura familiar; po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> assim contribuirpara o aumento <strong>de</strong> emprego e consequentemente renda nas regiões e dar mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida <strong>do</strong>s agricultores familiares. Os objetivos específicos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com (ZANI, 2010, p.35)(a) ajustar as políticas públicas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s agricultoresfamiliares; (b) elevar o nível <strong>de</strong> profissionalização <strong>do</strong>s agricultores familiaresatravés <strong>do</strong> acesso aos novos padrões <strong>de</strong> tecnologia e gestão <strong>social</strong>; (c) estimular oacesso <strong>de</strong>sses agricultores aos merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> insumos e produtos; (d) viabilizar ainfraestrutura necessária à melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho produtivo <strong>do</strong>s agricultoresfamiliares (ZANI, 2010, p.35).Schwantes, Basso e Lima (2011) frisam que a agricultura familiar não po<strong>de</strong> sermal interpretada <strong>como</strong> pequena produção, ou <strong>como</strong> exemplo <strong>de</strong> pobreza ou atraso, <strong>como</strong>normalmente colocam os <strong>de</strong>fensores da produção agrícola em escala. As inovaçõestecnológicas, <strong>de</strong>senvolvidas para as gran<strong>de</strong>s proprieda<strong>de</strong>s produtivas, sejam elas na área <strong>de</strong><strong>de</strong>fensivos ou <strong>de</strong> implementos agrícolas, também são compatíveis com os estabelecimentosfamiliares. Para os autores esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arranjo produtivo gera melhor utilização da

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