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Gestão social como estratégia de avaliãção do ... - PEGS

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38Neste senti<strong>do</strong>, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> compõe um <strong>do</strong>s elementos forma<strong>do</strong>res <strong>do</strong> território esua gente, e que na prática tem leva<strong>do</strong> ao surgimento <strong>de</strong> muitos movimentos sociais, quelutam pela manutenção <strong>do</strong> direito à i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> porções excluídas ou <strong>de</strong>squalificas dasocieda<strong>de</strong>. Tais populações agora utilizam novas tecnologias que aproximam suas vidas <strong>de</strong>outras experiências, e criam laços <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> quanto às causas, dan<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> moral eético na tentativa da superação <strong>de</strong> diferenças (CASTELLS, 1999; DOWBOR, 2012).Conforme Gehlen (2006) o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s territórios passa pelai<strong>de</strong>ntificação das i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta nova dinâmica <strong>social</strong>, o mun<strong>do</strong> rural é gran<strong>de</strong>afeta<strong>do</strong>, pois os agricultores são induzi<strong>do</strong>s à questionar a relação entre o natural e o <strong>social</strong> emque vivem. O espaço local é a representação <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, e que possui umagama <strong>de</strong> atores envolvi<strong>do</strong>s, e muitas faces, que <strong>de</strong>finem territorialmente a capacida<strong>de</strong> dascaracterísticas substantivas da população em questão para seu próprio <strong>de</strong>senvolvimento.Para Zani, Kronenberguer e Dias (2012) a questão acima <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate sobreterritório, recai sobre a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> gestão on<strong>de</strong> é construí<strong>do</strong> o teci<strong>do</strong> <strong>social</strong>, eque por vezes po<strong>de</strong>m se sobrepor e não possuírem limites <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. Os mesmos, ressaltamque a proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atores em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> recorte geográfico, e suas característicasdiversas e i<strong>de</strong>ntitárias, ajudam a solucionar problemas, e tornam um território possui<strong>do</strong>r <strong>de</strong>recursos únicos e intransferíveis.Abramovay (2005 apud ZANI, KRONENBERGUER E DIAS, 2012, p.122)<strong>de</strong>staca três virtu<strong>de</strong>s da utilização da terminologia <strong>de</strong> territórios para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>políticas públicas voltadas ao <strong>de</strong>senvolvimento rural(i) o aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> um horizonte estritamente setorial, que por sua vez, possui duasconsequências: o refinamento <strong>do</strong>s instrumentos estatísticos que <strong>de</strong>limitam aruralida<strong>de</strong> (organização <strong>de</strong> seus ecossistemas, na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográficarelativamente baixa, na sociabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interconhecimento e na sua <strong>de</strong>pendênciacom relação às cida<strong>de</strong>s); e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> territórios não por limites físicos e sim pelamaneira <strong>como</strong> se produz, em seu interior, a interação <strong>social</strong>; (ii) a distinção entrecrescimento econômico e processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento; (iii) a ênfase na forma<strong>como</strong> uma socieda<strong>de</strong> utiliza os recursos <strong>de</strong> que dispõe em sua organização produtivae, portanto, na relação entre sistemas sociais e ecológicos.Assim sen<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>linear um programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento territorial rural não sepo<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar território <strong>como</strong> “espaço porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e com um projeto <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>social</strong>mente pactua<strong>do</strong>.” Ao traçar estratégias, os programas <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento territorial rural <strong>de</strong>vem ter <strong>como</strong> fato relevante “a heterogeneida<strong>de</strong> entre osterritórios, ditada por características <strong>como</strong> <strong>de</strong>sempenho da agricultura familiar, flexibilida<strong>de</strong> e

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