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O potencial educativo do audiovisual na educação ... - Livros LabCom

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584 ACTAS DO III SOPCOM, VI LUSOCOM e II IBÉRICO – Volume IVmaior desse poder como, venci<strong>do</strong> o me<strong>do</strong>à liberdade, pode determi<strong>na</strong>r o seu uso emfavor da reinvenção da sociedade”. (Meditsch;Bragança, 1988, p. 34).O binômio técnica-ciência ainda não estátotalmente resolvi<strong>do</strong> <strong>na</strong> Universidade, porém,não podemos desconsiderar o fundamentalpapel que a academia representa como espaçode discussão, de questio<strong>na</strong>mento e decrítica social. É um espaço que, no Brasil,ainda é restrito a uma parcela peque<strong>na</strong> dasociedade, por problemas sociais básicosainda a serem resolvi<strong>do</strong>s. Por isso, a Universidadeé fundamental para a formação deindivíduos cada vez mais transforma<strong>do</strong>res desi e <strong>do</strong> ambiente que os cerca, assumin<strong>do</strong>a função de formação de indivíduosmultiplica<strong>do</strong>res de idéias.Assim, se afirmarmos que a opiniãopública é produzida através da consciência <strong>do</strong>sagentes sociais capazes de pensar criticamenteos processos que envolvem a coletividade,poderemos ter a Universidade como um espaçoprivilegia<strong>do</strong> de reflexão e de pesquisas.É comum encontrarmos pesquisas deopinião que tomam como objeto o recolhimentode da<strong>do</strong>s para se apurar o esta<strong>do</strong> daopinião pública, quer seja para se conhecera aceitação de um produto, uma organização,um assunto público, um político.Nessa ótica, ten<strong>do</strong> em vista que aspesquisas são feitas normalmente a partir deum grupo limita<strong>do</strong> de pessoas da sociedade(com exceções para as eleições diretas), aposição <strong>do</strong>s indivíduos pesquisa<strong>do</strong>s,selecio<strong>na</strong><strong>do</strong>s a partir daquilo que osidealiza<strong>do</strong>res da pesquisa desejam, e devalores que julgam significativos, serádivulgada para a grande massa, ou para ogrupo de interesse, e se caracterizará comosen<strong>do</strong> a visão da opinião pública.Essa visão, com idéia de significar aquiloque to<strong>do</strong>s pensam, será passada para a massae esta terá a tendência a absorvê-la e reproduzi-la.A hipótese da espiral <strong>do</strong> silêncioexplica esse fenômeno, mostran<strong>do</strong> que a partirdaí existirá uma tendência a silenciar-seaqueles que pensam diferentemente da idéiaapresentada como sen<strong>do</strong> unânime, fazen<strong>do</strong>com que as idéias contrárias normalmente nãosejam expostas. Esse é o me<strong>do</strong> <strong>do</strong> isolamento,que tem sua base firmada <strong>na</strong>s questõespsicológicas.Para Barros Filho (1995, p. 220-223), oser humano tem horror ao isolamento opi<strong>na</strong>tivo.Sustentar uma opinião contrária àda maioria traz desconforto. Esse me<strong>do</strong> égeneraliza<strong>do</strong> e estatisticamente comprova<strong>do</strong>.O me<strong>do</strong> <strong>do</strong> isolamento será tanto maisdecisivo <strong>na</strong> tomada de posição quanto menora confiança que tiver o indivíduo <strong>na</strong> suaargumentação, que, por sua vez, é dependentede to<strong>do</strong> o conjunto de elementosconstitutivos <strong>do</strong> grau de educação, conhecimentoou politização.Outro fato a se considerar é quan<strong>do</strong> nãose faz qualquer tipo de pesquisa para seconhecer a tendência das opiniões, fazen<strong>do</strong>com que a opinião pública se forme segun<strong>do</strong>a visão de uma celebridade midiática que,a partir <strong>do</strong>s poderes de persuasão previamenteconquista<strong>do</strong>s junto ao público, terá umatendência à formação de idéias junto aos seusadmira<strong>do</strong>res e fãs.É importante destacar que, mesmo nosmeios de comunicação de massa atingin<strong>do</strong>uma imensa quantidade de públicos com suasmensagens, o fenômeno não pode ser considera<strong>do</strong>como recepção coletiva, uma recepçãode grupos, com possibilidade de discussãoe assimilação comuns. O processo derecepção é amplo, mas individualiza<strong>do</strong>,permitin<strong>do</strong> uma distância entre o significa<strong>do</strong>real de uma mensagem e a forma como éabsorvida por cada indivíduo.Colocamos em questio<strong>na</strong>mento o termo“comunicação de massa”, rotineiramenteutiliza<strong>do</strong> como algo que envolve toda a massae que, ao nosso ver, deve ser repensa<strong>do</strong>. Seconsiderarmos que comunicar pressupõe o atode duas ou mais pessoas interagirem sobreum mesmo assunto, logo, o que existe emum processo de mão única como a mídia éinformação de massa, ou mais que isso,informação para a massa.Não consideramos, contu<strong>do</strong>, que toda amassa seja passiva, até porque, acreditamosno oposto. Porém, ela não possui o poderde se comunicar no momento de transmissãode mensagens pela maioria <strong>do</strong>s meios decomunicação de massa. As exceções ficampor conta de alguns programas produzi<strong>do</strong>spelos veículos eletrônicos que contam coma participação <strong>do</strong> público, cartas de leitorespara os veículos impressos ou interações <strong>na</strong>snovas mídias como a Internet.

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