Com toda a sua diversidade e histórias devida pessoais, os professores <strong>eTwinning</strong>parecem partilhar to<strong>do</strong>s a mesma visão:conhecer diferentes culturas, comdiferentes línguas, é uma experiênciaenriquece<strong>do</strong>ra para si próprios e para osseus alunos. Os professores de línguasconsideram que o <strong>eTwinning</strong> é uma formaefi caz de ensinar línguas estrangeiras,proporcionan<strong>do</strong> um contexto decomunicação real, em particular paraalunos originários de contextos sociaisdesfavoreci<strong>do</strong>s ou viven<strong>do</strong> em regiõesremotas, que desfrutam de menosoportunidades de entrar em contacto com falantes de diferentes línguas. O <strong>eTwinning</strong> étambém um meio para alargar os horizontes no ensino de outras matérias, desde a históriaà biologia.Muitos professores decidiram envolver-se no <strong>eTwinning</strong> porque o viram como umaoportunidade de desenvolvimento profi ssional. Para eles, uma característica interessante<strong>do</strong> <strong>eTwinning</strong> é o facto de a participação não ser algo que se esgota no espaço de um únicoprojecto; de facto, é precisamente o inverso que é verdade. É possível procurar a melhoriacontínua; aceitam com prazer o desafi o de adquirirem novas competências, experimentan<strong>do</strong>coisas novas no <strong>eTwinning</strong> e envolven<strong>do</strong>-se cada vez mais na vida de uma comunidade deprofessores com interesses idênticos.Uma das principais reacções <strong>do</strong>s professores que se envolveram no <strong>eTwinning</strong> é admiraçãopor encontrarem atrás da porta que diz “Inscreva-se no <strong>eTwinning</strong>”, uma comunidade deprofessores, que partilham preocupações e problemas muito semelhantes. Por vezes, osprimeiros passos na comunidade não são muito produtivos, por várias razões – má altura<strong>do</strong> ano, disponibilidade mental errada, etc. – mas ninguém está aqui para o(a) penalizar, antespelo contrário! Sandra Underwood, a nossa autora <strong>do</strong> primeiro contributo, descreve a formacomo o descobriu:12
Sandra Underwood<strong>Vozes</strong> <strong>do</strong> <strong>eTwinning</strong>A palavra <strong>do</strong>sprofessoresEscolaCidadePaísLSA Technology & Perfoming Arts CollegeLytham St AnnesReino Uni<strong>do</strong>Lembro-me de andar a navegar na Web à procura de alguma motivação para o meu ensino,numa altura <strong>do</strong> ano em que as coisas começam a desacelerar nas escolas <strong>do</strong> ReinoUni<strong>do</strong> e de ter depara<strong>do</strong> com o sítio Web <strong>do</strong> <strong>eTwinning</strong>. Fiquei admirada por descobrirtantos professores em toda a Europa que se tinham inscrito e que procuravam projectos.Era uma grande oportunidade para trabalhar em colaboração com outras pessoas comos mesmos interesses, em algo que pudesse motivar os alunos na sala de aula.Tenho de admitir que não foi fácil começar e a minha primeira tentativa de participaçãonum projecto falhou. Este mau resulta<strong>do</strong> ficou a dever-se, quase por certo, a questõesde calendarização, já que o projecto estava pronto e em curso em Julho, o que coincidecom o fim <strong>do</strong> ano lectivo no Reino Uni<strong>do</strong>, enquanto que em muitos países da Europa,Agosto é o seu início. No entanto, não ten<strong>do</strong> desanima<strong>do</strong>, tornei a lembrar-me <strong>do</strong> <strong>eTwinning</strong>alguns meses depois, quan<strong>do</strong> recebi um convite para um seminário de contacto,em Colónia. Inscrevi-me prontamente, fiquei à espera e, por fim, foi aprovada a minhaparticipação num seminário, em Dezembro de 2009.Não tinha previsto, na melhor das minhas expectativas, os resulta<strong>do</strong>s que este seminárioteria, quer para os meus alunos, quer para mim própria, <strong>do</strong> ponto de vista profissional.O fim-de-semana na Alemanha provou ser uma experiência positiva, uma vez que encontreialguns professores muito entusiastas e motiva<strong>do</strong>s, que estavam ansiosos poriniciarem projectos. A minha equipa de projecto, que incluía duas escolas da Alemanha,uma da Turquia e uma <strong>do</strong> País de Gales, embarcou num projecto que duraria <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>sescolares, de Janeiro a Julho. Desde o início <strong>do</strong> projecto, intitula<strong>do</strong> “Welcome to myWorld” * , comunicámos através de correio electrónico, <strong>do</strong> blogue e <strong>do</strong> “TwinSpace”, commais de 160 alunos escreven<strong>do</strong> cartas e falan<strong>do</strong> via Web, uns com os outros. Estou certaque to<strong>do</strong>s estariam de acor<strong>do</strong> em considerar que foi um enorme esforço de coordenaçãoe de organização, mas eu diria também que foi um enorme sucesso. Os meus alunosgostaram da experiência e eu fá-lo-ia de novo. As relações que construí com os meusalunos resultaram num admirável esforço da sua parte e, para mim, em satisfação noensino e na aprendizagem. No início estava algo hesitante em envolver-me no <strong>eTwinning</strong>,principalmente por causa <strong>do</strong> volume de trabalho que implicaria e por ter me<strong>do</strong> de que osmeus esforços não viessem a ser reconheci<strong>do</strong>s. Estava errada em pensar assim, já queo meu Director via com muito interesse que a escola começasse a trabalhar com outrosestabelecimentos de ensino, a nível local e no estrangeiro. Um <strong>do</strong>s objectivos da escolaera precisamente alargar o conhecimento cultural, social e económico <strong>do</strong>s nossos alunos,para os ajudar a tornarem-se cidadãos mais globais.* “Bem-vin<strong>do</strong>s ao meu Mun<strong>do</strong>”Capítulo 1 : Envolvimento no <strong>eTwinning</strong>13