“Começamos em uma época em que oextrato bancário ainda não era impresso.Se o cliente quisesse ver quanto tinha nobanco, teria que se deslocar até a agênciabancária para vê-lo datilografado em umagrande folha laranja”, lembra Dematté.Com a globalização, a modernidadevinha em uma ascendência discrepante,sem barreiras ou limites. Em Londrina,mesmo com as delimitações terrenas, jádava para perceber o grande retorno queo mercado de software começava a dar.“De 1970 até 1991 houve o crescimentodo my frame. Os micros que existiam até16 anos atrás eram muito precários. Àmedida que surgem os PCs, percebeuseuma intensificação do uso dasmáquinas. Com isso, viemos a colocaro primeiro software para my frame em1970 e para micros em 1991. A partir daínão paramos mais de crescer”, explicaDematté.Na visão do engenheiro Rafael Peretti,gerente de relacionamento MiddleMarket da IBM, o setor em Londrinase desenvolveu bastante nos últimosanos, mas ainda tem muito a crescer.“Hoje existem, por exemplo, softwarepara mobiles, que são aqueles feitos paracelulares, um mercado que ainda precisaser muito explorado por aqui”, observa.De acordo com Peretti, a tendênciaé que cada dia mais o software estejaenvolvido nos negócios e nas decisõesdesses negócios. Segundo ele, antes asdecisões eram tomadas pela experiênciada empresa, no feeling dos proprietáriosou no que eles achavam. Hoje o software“Software paramobiles é ummercado que aindaprecisa ser muitoexplorado por aqui”,afirma Rafael Peretti,da IBMpassou a ser uma ferramenta de tomadade decisão. Ainda de acordo comgerente da IBM, o software passa a seruma ferramenta de análise preventiva ecognitiva dos negócios da empresa.Já para o diretor executivo da PrimmeOne, Emílio César Pereira, muitosempreendimentos ainda trabalhamcom pouco profissionalismo eamadurecimento no Arranjo ProdutivoLocal, que busca orientar e direcionaros objetivos do segmento. “Quandofalamos de software estamos falando detecnologia, e com ela não podemos deixarde vincular consideráveis investimentos,principalmente em qualificação ecapacitação de mão de obra. Na minhaopinião, esse acaba sendo o grandediferencial dos que se destacam para osque estão apenas de passagem”, diz.Para Pereira, Londrina tem uma posiçãode destaque no setor, mas lembra quepara manter esse cenário em evidênciaos investimentos e incentivos precisamser contínuos e cada vez mais intensos.“Qualificação ecapacitação deequipes fazem adiferença no mercadode softwares”, dizEmílio César Pereira,da Primme OneSegundo ele, se faz necessário obter, cadavez mais, uma fatia maior do mercadonacional.Sobre os incentivos, no ano passadofoi regulamentado no município oPrograma ISS Tecnológico. A iniciativaprevê que anualmente a Prefeitura libereR$ 1 milhão para estimular empresasque ingressaram no Programa. Sobreessa questão, o empresário Ênio Sehn,conselheiro da <strong>ACIL</strong> que participou daimplantação do programa na cidade,explica que para ingressar, o empresáriodeve ter registros de contribuições com oImposto Sobre Serviço, com, pelo menos,12 meses de antecedência.“Cada estabelecimento terá direito aabater um determinado percentual doISS recolhido nos últimos 12 meses, deacordo com os seguintes critérios: quemmovimentou valores médios mensaisiguais ou superiores a R$ 20 mil, podededuzir 10%. Movimentações entreR$ 10 mil e R$ 20 mil possibilitam oabatimento de 20% do montante. Jáquem atinge no máximo de R$ 10 mil,tem direito a investir até 40% do tributorecolhido no último ano”, explica Senh.Ainda de acordo com o conselheiro da<strong>ACIL</strong>, os recursos abatidos devem serinvestidos em aquisição de equipamentos/hardware, softwares, capacitaçãoprofissional, serviços de consultoria emelhoria de infraestrutura.Hoje em Londrina existem 240 empresasno ramo de softwares, distribuídas entre70 diferentes segmentos.28outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br
ISS TECNOLÓGICO PREVÊ BENEFÍCIO A EMPRESAS DO SETORArranjo Produtivo LocalDe acordo com o consultor do Sebrae Joel Franzim Junior,Arranjo Produtivo Local (APL) é o termo usado para definiruma aglomeração de empresas do mesmo estilo e que ocupamo mesmo espaço geográfico. “Os APLs mantêm vínculos dearticulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si,contando também com apoio de instituições locais, comogoverno, associações empresariais, instituições de crédito,ensino e pesquisa”, pontua ele.Sobre as vantagens dos APLs, o consultor do Sebrae ressalta queos Arranjos têm um papel fundamental no desenvolvimentoeconômico, tecnológico e social de uma região, beneficiandotodas as empresas. Tudo isso, segundo ele, para possibilitara geração de competência, competitividade e inserção emnovos mercados, inclusive externos.O APL foi estruturado em novembro de 2006 em Londrina,com o objetivo de implementar ações comuns, que permitama integração, o desenvolvimento de inovações tecnológicas eo acesso aos novos negócios. Reconhecido oficialmente pelaRede APL Paraná, a estrutura do APL de TI de Londrinae Região vêm surpreendendo positivamente todos osenvolvidos na área em escala estadual e federal.“Colocamos o primeiro software para my frame em 1970 e para micros em1991. E daí não paramos mais de crescer”,conta Romeu Dematté, da ExactusAssociação Comercial e Industrial de Londrina 29