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2<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


EDITORIAL<br />

Os caminhos da liberdade<br />

<strong>ACIL</strong>: Associação Comercial e Industrial<br />

de Londrina. Mas também poderia<br />

ser Associação Comercial e Industrial<br />

da Liberdade. Afinal, não existe<br />

desenvolvimento sem cidadãos livres,<br />

empresas livres, ideias livres.<br />

A liberdade não é um conceito abstrato; ela<br />

só adquire valor definitivo quando aplicada<br />

à vida real. Londrina nasceu e cresceu com<br />

a liberdade de empreender. Por isso, com<br />

grande alegria saudamos a inauguração<br />

do Boulevard Shopping. O fato de ser<br />

inaugurado na região do Marco Zero tem<br />

um significado especial para nossa cidade.<br />

Da mesma forma, saudamos a decisão da<br />

Câmara de Londrina, que defendeu a livre<br />

concorrência e permitiu a instalação do<br />

hipermercado Angeloni na Gleba Palhano.<br />

Se o assunto é a história de Londrina,<br />

não podemos esquecer o Aeroclube,<br />

instituição que há 72 anos ensina a decolar<br />

e a voar. Uma perfeita imagem de liberdade<br />

empreendedora.<br />

A Justiça entendeu que o feriado do dia 20<br />

de novembro – Dia da Consciência Negra<br />

– fere a Constituição. Por decisão do juiz<br />

Marcos José Vieira, o comércio de Londrina<br />

não será obrigado a fechar as portas<br />

nessa data. A decisão garante liberdade<br />

de trabalhar para o varejo londrinense e<br />

evita perdas consideráveis para a nossa<br />

economia. Não adianta apenas lamentar<br />

os erros e mazelas do passado distante; é<br />

preciso projetar o futuro com trabalho e<br />

dignidade.<br />

Mas a liberdade não é amada por todos,<br />

como prova a existência da PEC 37, que<br />

tenta proibir investigações por parte do<br />

Ministério Público. Na opinião da <strong>ACIL</strong>,<br />

trata-se uma tentativa de golpe contra a<br />

democracia. Queremos um MP livre para<br />

trabalhar!<br />

O Centro de Convenções também diz<br />

respeito à liberdade. Com o estudo que<br />

aponta a viabilidade econômica da obra,<br />

a cidade se verá livre das limitações que a<br />

impedem de ser um dos maiores polos<br />

de eventos no Brasil. Sonho da <strong>ACIL</strong> que<br />

começa a se realizar.<br />

Esta é a <strong>ACIL</strong> – com L de Londrina e de<br />

liberdade.<br />

Flávio Montenegro Balan<br />

Presidente da <strong>ACIL</strong><br />

DIRETORIA DA <strong>ACIL</strong> – GESTÃO 2012/2014<br />

Fundada em 5 de junho de 1937<br />

Rua Minas Gerais 297 – 1º andar<br />

Ed. Palácio do Comércio<br />

Londrina (PR) – CEP 86010-905<br />

Telefone (43) 3374-3000<br />

Fax (43) 3374-3060<br />

E-mail acil@acil.com.br<br />

Flávio Montenegro Balan<br />

Presidente<br />

Luiz Carlos I. Adati<br />

Vice-Presidente<br />

Ary Sudan<br />

Diretor Secretário<br />

Fabricio Massi Salla<br />

2º Diretor Secretário<br />

Rogério Pena Chineze<br />

Diretor Financeiro<br />

Rodolfo Tramontini Zanluchi<br />

2º Diretor Financeiro<br />

Marcelo Paganucci Ontivero<br />

Diretor Comercial<br />

Herson R. Figueiredo Júnior<br />

Diretor Industrial<br />

Marcelo Bisatto Cardoso<br />

Diretor de Serviços<br />

Brasilio Armando Fonseca<br />

Diretor de Comércio Internacional<br />

Luigi Carrer Filho<br />

Diretor de Produtos<br />

Fernando Lopes Kireeff<br />

Diretor Institucional<br />

Rosangela Khater<br />

Presidente do Conselho da<br />

Mulher Empresária<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

Carlos Alberto De Souza Faria<br />

David Dequêch Neto<br />

Eduardo Yoshimura Ajita<br />

Enio Luiz Sehn Júnior<br />

Fábio Aurélio Mansano Malaré<br />

José Guidugli Júnior<br />

Marcelo Massayuki Cassa<br />

Nivaldo Benvenho<br />

Oswaldo Pitol<br />

Rubens Benedito Augusto<br />

Silvana Martins Cavicchioli<br />

Valter Luiz Orsi<br />

Wellington Moreira<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Titulares<br />

Jaime Celeste Ponce<br />

Michel Menegazzo<br />

Gouvêa<br />

Ronaldo Pena Chineze<br />

Suplentes<br />

Marcus Vinícius Bossa<br />

Grassano<br />

Marcus Vinicius Gimenes<br />

Rafael Andrade Lopes<br />

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita.<br />

Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo<br />

e-mail mercadoemfoco@acil.com.br<br />

Paulo Briguet<br />

Coordenação<br />

Fernanda Bressan<br />

Edição<br />

Suzan Naime<br />

Reportagem<br />

Josoé de Carvalho<br />

Fotografia<br />

Thiago Mazzei<br />

Projeto gráfico<br />

Claudia Motta Pechin<br />

Gerente de Mercado<br />

Liziane T. de Almeida<br />

Analista de Marketing<br />

Colaboradores<br />

Alexandre Sanches<br />

Aurélio Cardoso<br />

Edson Vitoretti<br />

Felipe Brandão<br />

Guto Rocha<br />

Juliana Mastelini<br />

Kalinka Amorim<br />

Thamiris Geraldini<br />

Impressão<br />

Midiograf<br />

Tiragem<br />

8 mil exemplares


Agenda junho 2013<br />

ATENDIMENTO E VENDAS<br />

FINANÇAS MARKETING<br />

GESTÃO DE RH WEB<br />

DIVERSOS<br />

Negociação em vendas<br />

Sidney Kayamori<br />

03 a 05 de junho<br />

19h às 23h<br />

• A venda competitiva no mercado<br />

globalizado<br />

• As qualidades do profissional de vendas<br />

• Estratégia de vendas e negociação<br />

• Fechamento de vendas<br />

Não associados R$160,00<br />

Associados R$80,00<br />

Telefonista e Recepcionista<br />

Antônia Arlete<br />

04 à 07 de junho<br />

19h às 22h<br />

Telefonista<br />

• Importância da Telefonista<br />

• PABX<br />

• A Comunicação Telefônica (Voz,<br />

Calma, Interesse)<br />

• Formas Adequadas de Contato ( Dicas<br />

para bom atendimento)<br />

Recepcionista<br />

• Cargo e responsabilidades<br />

• Ambiente – material – atividades –<br />

cuidados com o equipamento<br />

• O que deve ser evitado<br />

• Qualidade no atendimento – postura<br />

de comportamento<br />

Não associados R$160,00<br />

Associados R$80,00<br />

Venda de serviços<br />

Natasha Bacchi<br />

10 e 11 de junho<br />

19h às 22h<br />

• Entendendo os serviços<br />

• O que as empresas de serviços devem ter<br />

• Apresentação dos serviços<br />

• Personalização<br />

Não associados R$120,00<br />

Associados R$60,00<br />

Proteção ao crédito<br />

Claudia Pechin<br />

11 de junho<br />

10h às 12h<br />

• Informações sobre o novo cenário do<br />

SPC no Brasil<br />

• Treinamento do sistema das consultas<br />

ao SPC<br />

• Detalhamento das consultas e<br />

inclusão e exclusão de inadimplentes<br />

Gratuito – exclusivo para associados<br />

Como estruturar uma loja virtual<br />

Sheila Dal Ry Issa<br />

10, 11, 17, 18 e 24 de junho<br />

19h às 22h<br />

• Modulo 1 – Plataforma e tendências<br />

de negócios<br />

• Modulo 2 – Comportamento on line e<br />

estrutura de atendimento<br />

• Modulo 3 – Indicadores e métricas<br />

• Modulo 4 – Gerando fluxo: Redes<br />

sociais e links patrocinados<br />

• Modulo 5 – Pós venda on line<br />

Não associados R$200,00<br />

Associados R$100,00<br />

Comunicação Assertiva<br />

Cris Mendes<br />

17, 18, 19 e 20 de junho<br />

19h às 22h45<br />

• Por que é importante ser um<br />

profissional Assertivo<br />

• O que impede uma pessoa de ser<br />

Assertiva<br />

• Como não ser Agressivo (a) na<br />

comunicação com o outro;<br />

• Como não ser Passivo (a) na<br />

comunicação com o outro;<br />

Não associados R$200,00<br />

Associados R$100,00<br />

Como gerir benefícios<br />

trabalhistas<br />

Grassano & Associados<br />

18 de junho<br />

19h30<br />

Palestra gratuita para associados<br />

Intensivo em gestão de custos e<br />

formação de preço de venda<br />

Thiago Terzoni<br />

19, 20 e 21 de junho<br />

19h às 23h<br />

• Departamentalização e rateio de<br />

custos<br />

• Critérios de rateio<br />

• Sistema de apuração de custos por<br />

absorção<br />

• Sistema de custeio por atividade -<br />

ABC<br />

Não associados R$280,00<br />

Associados R$230,00<br />

Intensivo de excel empresarial –<br />

básico e intermediário<br />

Luis Fernando Nyznyk<br />

21 e 22 de junho<br />

Dia 21 – 19h às 23h<br />

Dia 22 – 8h30 às 12h e 13h às 17h30<br />

• Células, Pastas e Planilhas<br />

• Criação de fórmulas para cálculos<br />

básicos<br />

Saiba mais:<br />

3374.3000<br />

capacitacao@acil.com.br ou<br />

3374.3082 com Tatiane Goes:<br />

tgoes@acil.com.br<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina<br />

Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR<br />

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Norte<br />

www.acil.com.br<br />

• Soma, Média, Contar Números,<br />

Máximo e Mínimo<br />

• Vínculos de células/planilhas com<br />

referências relativas e absolutas<br />

Não associados R$280,00<br />

Associados R$230,00<br />

Marketing Digital<br />

DBO Marketing<br />

24 a 27 de junho<br />

19h às 23h<br />

• Planejamento de web sites otimizados<br />

• Midias Sociais, em especial Facebook<br />

• Links patrocinados (SEM)<br />

• Monitoramento e Métricas<br />

Para não associados<br />

Até dia 10: R$420,00<br />

Do dia 11 até dia 17: R$480,00<br />

Do dia 18 até dia 24: R$550,00<br />

Para associados e estudantes<br />

Até dia 10: R$300,00<br />

A partir do dia 11: R$350,00<br />

Oratória – técnicas para falar em<br />

público<br />

Maria Cristina Consalter<br />

24 a 27 de junho<br />

19h às 23h<br />

• Auto-imagem do apresentador<br />

• Planejamento da apresentação<br />

• Comunicação verbal e não verbal<br />

influenciando na qualidade da<br />

apresentação<br />

• Técnicas para se comunicar com o<br />

público<br />

Não associados R$260,00<br />

Associados R$130,00<br />

Intensivo de planejamento e<br />

controle do fluxo de caixa e<br />

capital de giro<br />

Rodrigo Giraldelli<br />

25 e 26 de junho<br />

19h às 23h<br />

• Noções gerais de controladoria<br />

• Nova estrutura do balanço e da DRE<br />

• Orçamento empresarial e suas<br />

implicações<br />

• Análise de custos variáveis e fixos nas<br />

empresas<br />

Não associados R$230,00<br />

Associados R$180,00<br />

Curta


ÍNDICE<br />

8<br />

COMÉRCIO DE RUA<br />

SICREDI E BRDE<br />

6<br />

É tempo de renovar ............................................................<br />

Parceiros do desenvolvimento<br />

1m 2<br />

13<br />

Construído pelo “cronograma de Deus” .............................<br />

O MONITOR<br />

17<br />

10<br />

Angeloni: Câmara aprova alteração de zoneamento ........<br />

PROBLEMAS SOCIAIS<br />

Integração busca soluções<br />

NOVA LEI<br />

18<br />

Mudanças domésticas .......................................................<br />

DIREITOS DO CONSUMIDOR<br />

20<br />

Empresas e clientes: discutindo a relação ........................<br />

PEC 37<br />

24<br />

Proposta pode trazer profundas modificações .................<br />

22<br />

TRANSPORTE<br />

26<br />

Negócios sobre duas rodas ................................................ O CENTRO DAS ATENÇÕES<br />

Estudo comprova que o Centro de<br />

EMPRESA FAMILIAR<br />

32<br />

Convenções, uma das principais bandeiras<br />

A arte de administrar negócios de família .......................<br />

da <strong>ACIL</strong>, é uma obra viável e necessária<br />

para Londrina<br />

AEROCLUBE<br />

Há 72 anos, escola de pilotos<br />

36<br />

faz voo paralelo com o desenvolvimento de Londrina ........<br />

MEIO AMBIENTE<br />

38<br />

29<br />

Todo mundo tem e-lixo ......................................................<br />

FEIRAS E EVENTOS<br />

Palco de novas ideias e negócios<br />

ARTIGO<br />

Por que o marxismo<br />

40<br />

prospera apenas nas universidades ...............................<br />

NOTAS DA <strong>ACIL</strong><br />

Arco Norte é apresentado<br />

42 34<br />

a empresa de aeronaves cargueiras .................................<br />

COMPRAS E LAZER<br />

O renascimento do Marco Zero<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 5


COMÉRCIO<br />

DE RUA<br />

É TEMPO DE<br />

RENOVAR<br />

Entidades começam a discutir nova convenção coletiva.<br />

“Terceiro sábado” ainda divide opiniões<br />

Por Felipe Brandão<br />

Começaram no último dia 30 de abril as<br />

negociações entre entidades ligadas ao<br />

comércio de Londrina para a nova convenção<br />

coletiva (2012/2013), que regulamentará as<br />

relações entre patrões e empregados da área.<br />

A convenção anterior, que expirou na mesma<br />

data, teve por ponto central a liberdade do<br />

varejo de rua de funcionar até as 18h nos três<br />

primeiros sábados de cada mês (de fevereiro<br />

a abril). A questão, que ainda gera polêmica<br />

e divide opiniões, deverá adquirir novos<br />

contornos já neste reinício da discussão.<br />

De acordo com o advogado Ed Nogueira de<br />

Azevedo, a busca permanece tendo como<br />

foco a ampliação do horário de abertura<br />

das lojas. Ele, que representa o Sindicato do<br />

Comércio Varejista de Londrina e Região<br />

(Sincoval), é enfático ao afirmar que o<br />

objetivo é caminhar futuramente para a<br />

desregulamentação total do horário do<br />

comércio em Londrina, o que já é realidade<br />

em muitas capitais do país. “Tanto a<br />

legislação municipal como as convenções<br />

coletivas anteriores limitavam o atendimento<br />

ao público pelo lojista de calçada, e essa<br />

restrição não faz mais sentido. Só dessa<br />

forma o lojista de calçada terá minimamente<br />

condições de competir com os shoppings,<br />

supermercados e o mercado eletrônico, que<br />

crescem a olhos vistos”, aponta.<br />

A pauta de reivindicações da classe laboral<br />

consta de 125 itens, que serão analisados e<br />

debatidos em assembleia geral ao longo das<br />

próximas semanas. Uma das propostas é a<br />

modificação no horário do comércio também<br />

nos dias úteis – as lojas de rua passariam a<br />

atender das 9h às 19h. O sindicato patronal<br />

deverá protocolar ainda nesta semana a sua<br />

pauta de reivindicações, em um contraponto<br />

às solicitações dos trabalhadores que, explica<br />

Nogueira, deverá estabelecer os limites entre<br />

os direitos e deveres negociados.<br />

Segundo o presidente do Sindicato dos<br />

Empregados do Comércio (Sindecolon),<br />

José Lima do Nascimento, as principais<br />

reivindicações dos vendedores são o piso<br />

Ed Nogueira: “Tanto a legislação municipal<br />

como as convenções coletivas anteriores<br />

limitavam o atendimento ao público pelo<br />

lojista de calçada, e essa restrição não faz<br />

mais sentido”<br />

6<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


VAREJISTAS QUE ABRIRAM LOJAS NO TERCEIRO SÁBADO TIVERAM BONS RESULTADOS<br />

salarial de R$ 1,5 mil e aumento de 15%<br />

aos que ganham acima desse valor. Lima<br />

explicou que o sindicato não vê a abertura das<br />

lojas no terceiro sábado como um problema<br />

– o buraco, diz ele, é mais embaixo. “Muitos<br />

empregadores não têm respeitado os direitos<br />

de seus funcionários. Eles não pagam as<br />

horas extras e, o que é pior, não lhes fornecem<br />

alimentação, porque alegam que não está<br />

previsto na convenção. Textualmente, de fato<br />

não está, mas é necessário haver bom senso<br />

para disciplinar esse tópico. Só a partir daí<br />

poderemos falar em abertura do comércio<br />

todos os sábados”, defende ele.<br />

Terceiro sábado:<br />

uma conquista para<br />

o comércio de rua<br />

Durante os últimos três meses em que<br />

a última convenção coletiva esteve em<br />

vigor, muito se falou a respeito do “terceiro<br />

sábado”. O fato é que foram poucos os<br />

comerciantes que lançaram mão do direito<br />

de funcionar até as 18 horas nesse período,<br />

Brasílio Fonseca: “Os<br />

pequenos comerciantes<br />

precisam parar de<br />

enxergar o expediente aos<br />

sábados à tarde como<br />

um problema ou mesmo<br />

como uma opção, mas<br />

como uma obrigação<br />

para com o consumidor<br />

– do contrário, será<br />

automaticamente<br />

engolido pelos segmentos<br />

concorrentes de<br />

mercado”<br />

o que denota uma barreira a ser transposta<br />

na forma de se visualizar a questão.<br />

O diretor de Comércio Internacional da<br />

<strong>ACIL</strong>, Brasílio Fonseca, que abriu sua<br />

loja Bolivar Calçados nos três primeiros<br />

sábados somente no mês de abril e já<br />

obteve bons resultados, acredita que é<br />

preciso criar um hábito no consumidor<br />

de comprar aos finais de semana,<br />

comunicando a ele essa possibilidade numa<br />

linguagem clara e direta. “Algumas pessoas<br />

preferem ir ao shopping simplesmente<br />

pela facilidade de assimilar o horário de<br />

funcionamento – shoppings abrem até<br />

as 22h, todos sabem. Na contrapartida,<br />

o comércio de rua já funciona em um<br />

esquema cheio de exceções, de ora-issoora-aquilo,<br />

e só isso já cansa o consumidor.<br />

Os pequenos comerciantes precisam parar<br />

de enxergar o expediente aos sábados à<br />

tarde como um problema ou mesmo como<br />

uma opção, mas como uma obrigação<br />

para com o consumidor – do contrário,<br />

será automaticamente engolido pelos<br />

segmentos concorrentes de mercado”,<br />

avalia.<br />

As Casas Ajita dedicam-se ao varejo<br />

de calçados no Paraná há 60 anos. O<br />

proprietário da loja, Eduardo Ajita,<br />

conta que seu estabelecimento aderiu ao<br />

esquema do “terceiro sábado” desde o mês<br />

de janeiro – e não se arrepende disso. “Nos<br />

dois primeiros meses, o movimento de<br />

fato foi baixo, até porque as pessoas não<br />

sabiam que estávamos abertos. Porém,<br />

com a arrecadação excelente que tivemos<br />

nos fins de semana de março e abril, já foi<br />

possível sentir que o terceiro sábado tem<br />

sua acolhida entre o público da cidade”,<br />

relata. “As pessoas em geral não têm tempo<br />

para fazer compras nos dias úteis, e quando<br />

percebem que o comércio está aberto no<br />

sábado, elas simplesmente vêm.”<br />

José Lima, do Sindecolon, espera que a<br />

atual negociação não leve tanto tempo<br />

para sair do papel como a anterior – que se<br />

arrastou por nove meses até se transformar<br />

em convenção coletiva. Antes de tudo,<br />

porém, ele aponta que é preciso deixar de<br />

enxergar empregados e patrões como lados<br />

opostos nas negociações. “Sindicato de<br />

empregados e sindicato de empregadores<br />

não são inimigos, são elos entre o capital e<br />

o trabalho. Trabalhador e empregador têm<br />

de caminhar de mãos dadas em busca de<br />

benefícios”, defende.<br />

Ed Nogueira também é otimista quanto ao<br />

futuro das discussões. Com a criação de<br />

uma comissão comprometida em participar<br />

diariamente dos debates – o que não havia<br />

no passado – ele espera que até o final de<br />

junho o acordo já tenha sido definido. “O<br />

que esperamos com isso é manter um<br />

canal permanente de negociação com o<br />

Sindecolon e, através disso, abreviar muito<br />

o período de negociação”, explica.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 7


SICREDI E BRDE<br />

PARCEIROS DO<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Em abril, a <strong>ACIL</strong> firmou convênios que proporcionam acesso ao<br />

crédito com taxas diferenciadas e linhas especiais de financiamento<br />

aos seus associados<br />

Por Susan Naime<br />

O processo de globalização e o boom do<br />

desenvolvimento exigem que todos os<br />

dias empresas dos mais diversos portes e<br />

segmentos invistam em qualidade para<br />

se tornarem cada vez mais competitivas.<br />

Atualmente, o mercado apresenta uma<br />

forma desregulada de concorrência. Uma<br />

gestão empresarial adequada e linhas<br />

de crédito que se ajustem às demandas<br />

dessas companhias são fundamentais<br />

para a sobrevivência deste cenário<br />

moderno.<br />

Crédito com taxas<br />

diferenciadas<br />

Em Londrina, as empresas associadas<br />

à <strong>ACIL</strong> continuam tendo à disposição<br />

linhas de crédito com taxas diferenciadas<br />

para investir e explorar mais os seus<br />

negócios. A vantagem foi proporcionada<br />

pela renovação do convênio entre a<br />

associação e o Sicredi União, no dia 9<br />

de abril, na ExpoLondrina, e fortaleceu<br />

os ideais do cooperativismo e do<br />

Assinatura dos convênios ocorreu na ExpoLondrina no dia 9 de abril<br />

associativismo. Centenas de empresas<br />

já foram beneficiadas pela parceria nos<br />

últimos três anos.<br />

“Essa parceria traz grandes benefícios<br />

aos associados de ambas instituições.<br />

Nessa renovação teremos participação<br />

nas ações ligadas aos comerciantes,<br />

o que pode nos ajudar a fortalecer<br />

o envolvimento com essa classe.<br />

Essa parceria também fomenta o<br />

desenvolvimento dos negócios e<br />

oportuniza aos associados acesso a todos<br />

os produtos e serviços da cooperativa”,<br />

explica o diretor de Desenvolvimento do<br />

Sicredi, Rogério Machado.<br />

A cooperativa coloca à disposição dos<br />

seus clientes uma gama de produtos,<br />

como o capital de giro, crédito retroativo,<br />

desconto de recebíveis, aplicações<br />

financeiras, entre outros. “Hoje, o<br />

produto de maior adesão são as linhas de<br />

crédito, que devido à parceria, têm custo<br />

diferenciado para fomento de negócios.<br />

Mas todos os demais produtos estão à<br />

disposição”, apontou Machado.<br />

O convênio entre o Sicredi e a <strong>ACIL</strong><br />

prevê também a participação e o<br />

patrocínio da cooperativa a eventos<br />

promocionais e de fomento às vendas,<br />

como o Dia das Mães. “No Sicredi<br />

encontramos profissionalismo, espírito<br />

empreendedor e compromisso com<br />

o desenvolvimento das pessoas e<br />

instituições. Podemos dizer, sem medo<br />

de errar, que o Sicredi já faz parte da<br />

história da <strong>ACIL</strong>”, avalia o presidente da<br />

entidade, Flávio Montenegro Balan.<br />

O Sicredi possui seis unidades de<br />

atendimento em Londrina, localizadas<br />

nas avenidas Higienópolis, Tiradentes,<br />

Duque de Caxias, Santos Dumont, Saul<br />

Elkind e no distrito da Warta.<br />

Atendimento<br />

personalizado<br />

Para manter o sucesso adquirido há oito<br />

anos, quando inaugurou a sua marca<br />

no mercado, a Aimê Lingerie inova a<br />

cada dia no segmento de moda íntima,<br />

antecipando as tendências e criando<br />

produtos desenvolvidos com tecidos de<br />

primeira linha. São 60 novos modelos<br />

por mês.<br />

Para facilitar a gestão dos negócios,<br />

o proprietário da empresa, Vinicius<br />

Duque Peinado, apostou em alguns<br />

serviços disponibilizados pelo Sicredi.<br />

“Além dos serviços básicos, utilizamos<br />

também talão de cheques e operações<br />

de desconto de cheques. Através da<br />

cooperativa foi possível descentralizar<br />

de banco, aumentar o número de<br />

pulverizações, de operações, além de<br />

obter melhores condições. As taxas são<br />

muito boas. Eu recomendo”, afirma.<br />

8<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


ASSUMIR ALGO JÁ TESTADO É UMA DAS VANTAGENS DA FRANQUIA<br />

A Aimê Lingerie possui oito lojas<br />

de varejo, três no atacado e seis mil<br />

consultoras de venda em todo o Brasil.<br />

Linhas de financiamento<br />

Expandir negócios e transformar<br />

projetos em realidade muitas vezes<br />

exigem financiamentos de longo prazo.<br />

E para proporcionar comodidade<br />

e segurança aos seus associados,<br />

a <strong>ACIL</strong> e o Banco Regional de<br />

Desenvolvimento do Extremo Sul<br />

(BRDE) formalizaram uma parceria<br />

que visa facilitar o acesso às linhas de<br />

financiamento do banco.<br />

O BRDE já acompanha e apoia o<br />

desenvolvimento de projetos voltados<br />

à agropecuária com o objetivo<br />

de promover o desenvolvimento<br />

econômico da região onde atua. Agora,<br />

quer expandir o segmento de ações<br />

do banco para financiar projetos do<br />

comércio, indústria e prestação de<br />

serviços. “Queríamos fazer isso há<br />

muito tempo e agora aconteceu. O<br />

convênio com a <strong>ACIL</strong> proporciona<br />

uma colaboração recíproca. Esperamos<br />

fortalecer nosso posicionamento em<br />

Londrina e região, além de atender<br />

a todos que têm demanda por<br />

investimento”, explica a gerente de<br />

planejamento do BRDE, Juliana Souza<br />

Dallastra.<br />

A ideia é que a <strong>ACIL</strong> indique o serviço<br />

aos seus associados para que o banco<br />

possa contribuir para a elevação<br />

dos níveis de renda e emprego, além<br />

de aumentar a competitividade de<br />

empreendimentos de todos os portes,<br />

usando como principal instrumento o<br />

crédito de longo prazo.<br />

Para Flávio Balan, a assinatura do<br />

convênio com o BRDE resgata uma<br />

parceria antiga, que irá beneficiar e<br />

otimizar o circuito com a sociedade.<br />

“Esse acesso ao crédito que<br />

nosso associado terá junto a esta<br />

Vinícius Peinado: “Através da cooperativa foi<br />

possível descentralizar de banco, aumentar<br />

o número de pulverizações, de operações,<br />

além de obter melhores condições. As taxas<br />

são muito boas”<br />

importante instituição trará ainda<br />

mais desenvolvimento. É claro que<br />

sempre é importante vir junto com<br />

uma orientação em prol do diferencial<br />

competitivo para que o crédito seja<br />

bem utilizado por nosso associado”,<br />

ressaltou.<br />

A assinatura do convênio também foi<br />

realizada no Parque de Exposições Ney<br />

Braga, no dia 9 de abril.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 9


PROBLEMAS SOCIAIS<br />

INTEGRAÇÃO<br />

ENCURTA CAMINHO<br />

NA BUSCA POR SOLUÇÕES<br />

Em sintonia, Prefeitura e Fórum Desenvolve<br />

Londrina se aproximam para promover ações<br />

concretas que aliviem gargalos sociais da cidade<br />

10<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


IDEIA CENTRAL É DAR ATENÇÃO A FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS<br />

Por Edson Vitoretti<br />

Entulhos nas calçadas, terrenos com lixo e<br />

indignação. Goteiras em tetos e aquecedores<br />

solares que aquecem mãos, porque dão<br />

choque. Rachaduras recheadas de vergonha.<br />

Ausências... de creches, de posto de saúde,<br />

de escolas, de áreas de lazer, de quebramolas.<br />

Desemprego. Crianças sem leite<br />

por não haver um ponto de distribuição no<br />

local. Na família, violência contra crianças<br />

e mulheres. Nas ruas, adolescentes expostos<br />

à criminalidade. Gente que perdeu móveis<br />

por conta de enchente vinda de bueiro<br />

entupido de descaso.<br />

Problemas não faltam no Residencial Vista<br />

Bela. Uma realidade que causa sensação<br />

de abandono: “A gente enxerga Londrina<br />

como se ela estivesse de costas pra nós”, diz<br />

Sandra Maria de Souza, representante dos<br />

moradores do bairro. Mas essa sensação<br />

pode acabar logo. O Fórum Desenvolve<br />

Londrina, que reúne as 30 maiores entidades<br />

da sociedade londrinense, está se colocando<br />

à disposição do Poder Público para ajudar a<br />

minimizar os problemas sociais, não só do<br />

Vista Bela, mas da cidade como um todo.<br />

O mote para a aproximação veio de um<br />

estudo feito pelo Fórum, em 2011, sobre<br />

adolescentes em conflito com a lei, e numa<br />

experiência de integração de esforços entre<br />

a sociedade civil organizada e a Prefeitura de<br />

Sorocaba (SP). Com o estudo, concluiu-se<br />

que problemas sociais devem ser atacados<br />

em suas causas, e não com medidas<br />

paliativas. “Se queremos mudar esse estado<br />

de coisas, temos que trabalhar na prevenção.<br />

Então o ideal é atacar as causas, é fazer um<br />

trabalho junto às famílias desestruturadas<br />

para que elas tenham uma vida digna”, diz<br />

Cláudio Tedeschi, presidente do Fórum<br />

Desenvolve Londrina.<br />

As conversações entre a sociedade civil<br />

organizada e integrantes da Prefeitura<br />

começaram recentemente. No momento,<br />

a parceria está sendo discutida em<br />

termos de estruturação, coordenação e<br />

formulação de cronograma de atividades.<br />

No Fórum, o Núcleo de Desenvolvimento<br />

Empresarial de Londrina, encabeçado pela<br />

<strong>ACIL</strong>, será o responsável por materializar<br />

as propostas assim como fazer pressão<br />

política, caso necessário. No Poder Público,<br />

a estruturação da parceria gira em torno de<br />

Gerson Guariente: “Se você<br />

envolve toda a comunidade e<br />

dá condições, ela avança muito<br />

rápido”<br />

um trabalho inicial para melhorar o interrelacionamento<br />

entre as secretarias.<br />

Para as articulações com o Fórum, fala-se<br />

de uma coordenação geral, e os nomes mais<br />

cotados são Télcia Lamônica, da Secretaria<br />

Municipal de Assistência Social, e Patrícia<br />

Grassano, da Assessoria Especial do Direito<br />

da Criança e do Adolescente. “Ainda não está<br />

definida uma coordenação geral. Eu creio<br />

que há um caminho de amadurecimento<br />

que pode ser feito. É uma questão ainda de a<br />

gente colocar a engrenagem pra funcionar”,<br />

diz Télcia. “A primeira coisa é fazer uma<br />

grande discussão para depois implantar<br />

uma comissão. A proposta é que tenha uma<br />

comissão central e vários comitês. A gente<br />

quer primeiro trazer essa discussão e depois<br />

definir uma secretaria, ou um conjunto<br />

de atividades que ficariam a cargo de um<br />

coordenador”, diz Patrícia Grassano.<br />

Saindo do papel<br />

Das discussões nascem a luz, as ideias e as<br />

ações. O prefeito Alexandre Kireeff sinalizou<br />

a intenção de mobilizar empresas para que<br />

adotassem vagas em creches. “A gente já<br />

iniciou uma conversa com o Bruno Veronesi<br />

[presidente da Codel], sobre essa questão das<br />

empresas e das CEIs [Centros de Educação<br />

Infantil]. Estamos pensando em como<br />

promover junto às empresas algo como um<br />

selo ‘Sou Amigo da Cidade de Londrina’, no<br />

sentido de que elas patrocinem as creches”,<br />

diz Patrícia.<br />

A Associação dos Clubes Sociais de<br />

Londrina já se prontificou a intermediar<br />

junto aos clubes a possibilidade de colocar<br />

suas estruturas à disposição para projetos<br />

Télcia Lamônica: “A proposta do Fórum é a<br />

de ação integrada, de como a gente consegue<br />

integrar educação, saúde, assistência, esporte e<br />

cultura num mesmo território”<br />

sociais. “Vou conversar com o presidente<br />

da associação para viabilizar nos clubes os<br />

serviços de convivência e de esporte”, afirma<br />

Patrícia.<br />

Já está definida a construção de uma escola<br />

de ensino integral no Vista Bela com<br />

capacidade para mil alunos, o que atenderia<br />

toda a demanda do bairro. Mas enquanto a<br />

escola não vem, medidas a curto prazo são<br />

bem-vindas: “A gente está tentando usar<br />

as estruturas que já temos. Na indústria, o<br />

SESI e o SENAI, no comércio, o SESC, que<br />

tá indo pra lá [para o Vista Bela] com um<br />

prédio próprio. Mas, até ficar pronto, a gente<br />

pretende utilizar estruturas móveis, que<br />

todas essas entidades têm, para fazer ações<br />

de exame médico, consultas etc”, exemplifica<br />

Gerson Guariente, coordenador do Núcleo<br />

de Desenvolvimento Empresarial do Fórum<br />

Desenvolve Londrina.<br />

As ações iniciais dessa relação entre Poder<br />

Público e sociedade civil organizada têm o<br />

Vista Bela como foco. “Estamos tentando<br />

coordenar a parte do esporte para fazer<br />

um contraturno escolar organizado. A<br />

Secretaria de Assistência Social pediu para<br />

a Secretaria de Educação um estudo para<br />

esse contraturno, para que haja uma ação<br />

pedagógica coordenada”, comenta Guariente.<br />

Patrícia Grassano diz que a questão mais<br />

crítica do Vista Bela hoje é o fato de as<br />

crianças terem que se deslocar para estudar<br />

longe do bairro. “A gente tem as atenções<br />

voltadas pro Vista Bela, que é uma questão<br />

bem diferente. Você imagina, de uma hora<br />

pra outra, mudar para um lugar em que você<br />

não conhece ninguém, que não há vínculos<br />

entre as pessoas. Existe uma complexidade<br />

que precisa ser atacada lá, promovendo ações<br />

específicas”, afirma Patrícia.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 11


Conexões<br />

Para que ideias e ações se concretizem, é<br />

preciso buscar algo que é a palavra de ordem<br />

no momento: integração. Antes mesmo dessa<br />

aproximação entre as entidades do Fórum e o<br />

Poder Público, já se buscava uma integração<br />

administrativa na Prefeitura. Hoje, a cidade<br />

está dividida administrativamente em bases<br />

territoriais, o que prejudica a interação entre<br />

as ações das secretarias. “Precisamos fazer um<br />

cruzamento de informações, porque às vezes<br />

a Saúde está atendendo o mesmo público<br />

da Assistência, só que essa informação da<br />

Saúde não chega para a Assistência. Como<br />

as ações são desconexas, elas não seguem<br />

o mesmo caminho, e aí temos deficiências<br />

no atendimento que poderiam estar sendo<br />

supridas”, explica Patrícia. Télcia diz que:<br />

“Estamos numa proposta de unificação<br />

territorial, numa discussão de uso de espaços<br />

em comum, de gerenciamento de fluxos.<br />

Precisamos ter uma leitura unificada, para<br />

que possamos distribuir melhor os recursos”.<br />

Em termos de integração, a sociedade civil<br />

organizada faz coro com o discurso das<br />

autoridades públicas: “A falta de integração<br />

faz com que o Brasil tenha uma administração<br />

com vários órgãos trabalhando na mesma<br />

coisa, mas todos trabalhando isoladamente e,<br />

por consequência, todos fazendo a coisa mal<br />

feita”, diz Cláudio Tedeschi. A secretária Télcia<br />

aponta que “a proposta do Fórum é a de ação<br />

integrada, de como a gente consegue integrar<br />

educação, saúde, assistência, esporte e cultura<br />

num mesmo território”. É bom lembrar que,<br />

desde seu início, em 2005, o Fórum vem<br />

propondo soluções para os problemas da<br />

cidade. A diferença da aproximação atual é<br />

que ela envolve ações concretas das entidades<br />

do Fórum e a parceria caminha para uma<br />

institucionalização ainda a ser configurada.<br />

União pela cidade<br />

Essa iniciativa de aproximação do Fórum<br />

Desenvolve Londrina com o Poder Público<br />

visando a resolução de problemas sociais<br />

simboliza um clima de união na cidade.<br />

“O portador da visão de futuro de uma<br />

sociedade tem que ser a própria sociedade.<br />

O grande fundamento do Fórum é mudar a<br />

cultura de que uma pessoa eleita vai decidir<br />

Parceria<br />

de peso<br />

Segundo Gerson Guariente,<br />

todas as entidades do Fórum<br />

Desenvolve Londrina estão<br />

dispostas a colaborar com o<br />

Poder Público.<br />

Eis algumas entidades que<br />

compõem o Fórum:<br />

UEL<br />

Universidade Estadual de Londrina<br />

OAB<br />

Ordem dos Advogados do Brasil<br />

SESI<br />

Serviço Social da Indústria<br />

SENAI<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Industrial<br />

SESC<br />

Serviço Social do Comércio<br />

<strong>ACIL</strong><br />

Associação Comercial e Industrial<br />

de Londrina<br />

IAPAR<br />

Instituto Agronômico do Paraná<br />

FIEP<br />

Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná<br />

Caixa Econômica Federal<br />

SEBRAE<br />

SINDUSCOM-PR<br />

Sindicato da Indústria da<br />

Construção Civil no Estado do<br />

Paraná<br />

EMBRAPA<br />

Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária<br />

Associação Médica de Londrina<br />

Sociedade Rural do Paraná<br />

os rumos da cidade. O governante é apenas<br />

o gestor dos rumos da sociedade. Mas quem<br />

define os rumos é a sociedade”, diz Tedeschi.<br />

“Na verdade, quem trabalha com criança e<br />

adolescente sabe que não tem como trabalhar<br />

sem um tripé: família, Estado e sociedade. O<br />

Estado pode ser do tamanho que for, mas<br />

só a sociedade faz as mudanças nas pessoas.<br />

Quando a comunidade enxerga na gente um<br />

parceiro e todos se unem, não vejo como<br />

não avançarmos”, acredita Patrícia. Télcia<br />

concorda: “o Poder Público não consegue<br />

fazer sozinho mesmo. Ele vai precisar sempre<br />

da sociedade civil organizada, das ONGs, das<br />

empresas, das indústrias, de todos”, afirma.<br />

“Nós queremos que a cidade seja uma única<br />

cidade. E o nosso entendimento é que as<br />

oportunidades devam ser dadas para quem<br />

tem menos condições. Em Sorocaba, o<br />

prefeito integrou todas as ações, colocou os<br />

equipamentos públicos de melhor qualidade<br />

nas áreas mais carentes. E funciona porque<br />

se você envolve toda a comunidade e dá<br />

condições, ela avança muito rápido. É o que a<br />

gente está tentando fazer”, afirma Guariente.<br />

No passado, a sociedade civil organizada já<br />

se uniu em prol da cidade contra um inimigo<br />

em comum: a corrupção. Hoje, Tedeschi<br />

aponta um adversário que tem o poder de<br />

emperrar boas iniciativas, a “VICA”: vaidade,<br />

inveja, ciúme e arrogância. “Você tem uma<br />

dificuldade muito grande de trabalhar<br />

em equipe no Brasil, porque a inveja e a<br />

arrogância aparecem como obstáculos<br />

grandes para que a integração ocorra”, diz.<br />

Ao que parece, o Poder Público está<br />

imunizado contra ataques de VICA:<br />

“Nenhuma dessas questões da VICA cabem<br />

porque ninguém está aqui pelo poder. Isso<br />

faz uma grande diferença no dia a dia”, diz<br />

Télcia.<br />

Cláudio Tedeschi: “O governante é apenas<br />

o gestor dos rumos da sociedade. Mas<br />

quem define os rumos é a sociedade”<br />

12<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


ICL<br />

1M 2<br />

CONSTRUÍDO PELO<br />

“CRONOGRAMA DE DEUS”<br />

Novo prédio do Hospital do Câncer é resultado da<br />

união de muitos por um bem comum; pontapé inicial<br />

veio de um homem chamado Baiano<br />

Por Fernanda Bressan<br />

Construir. Esse é um verbo que vem<br />

sendo conjugado literalmente todos os<br />

dias no Hospital do Câncer de Londrina.<br />

De metro quadrado em metro quadrado,<br />

um prédio com 7 pavimentos foi erguido.<br />

Falta ainda o “recheio do bolo”, mas a<br />

obra orçada em R$ 12 milhões já saiu do<br />

papel para a realidade numa velocidade<br />

que assusta até os mais otimistas:<br />

“Começamos a obra sem dinheiro algum,<br />

e até agora nunca precisamos parar. Falo<br />

que o nosso cronograma é Deus”, brinca<br />

Nelson Dequech, presidente do HCL,<br />

homem que tomou à frente e assumiu<br />

a “bronca” quando parecia que a única<br />

solução seria fechar as portas, isso em<br />

2005. Passados 8 anos, o hospital não<br />

só recuperou a vida, como a cada dia<br />

recebe mais e mais pessoas, de centenas<br />

de cidades, todas em busca de esperança,<br />

de tratamento, de cura. São cerca de 1,2<br />

mil atendimentos por dia.<br />

Essa reviravolta toda tem nome: pessoas<br />

de bom coração. Foi graças à ajuda de<br />

muitos, cada qual do seu jeito, que a<br />

obra HCL ganhou vida. Atualmente,<br />

a campanha “Adote 1m 2 ” trouxe ainda<br />

mais força. Lançada em dezembro de<br />

2011, ela fez com que o novo prédio<br />

e, consequentemente, a expansão do<br />

hospital, se materializasse. A expectativa<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 13


indescritível. Sinto que estou fazendo algo de valor, algo que<br />

faz a diferença. Vejo que o Hospital do Câncer é do futuro,<br />

nós vamos passar, mas ele vai continuar e vou poder dizer<br />

que vivi por algo que valeu a pena”, declara.<br />

Sala de espera terá 300 cadeiras, não será mais preciso aguardar na rua<br />

é de que em julho deste ano os primeiros três pavimentos<br />

sejam entregues e comecem a aliviar a rotina de quem precisa<br />

de tratamento.<br />

Essa ideia saiu da cabeça do engenheiro Antônio Carlos do<br />

Nascimento, o Baiano, falecido de câncer no dia 2 de abril<br />

deste ano. Gestora de Ações Estratégicas e Projetos do HCL,<br />

Mara Rossival Fernandes lembra bem quando o sonho surgiu.<br />

“Ele estava com câncer, nos encontramos na portaria, e ele<br />

falou da ideia. Disse que queria pagar seu metro quadrado,<br />

e criou a campanha. Ele deixou isso de herança, o Baiano<br />

deixou um pedaço dele e somos muito gratos. Até as últimas<br />

forças, ele ficava com o laptop acompanhando a campanha,<br />

os médicos brincavam que quando um metro era vendido<br />

fazia mais efeito nele que a quimioterapia”, conta.<br />

Para Mara, Baiano foi um grande exemplo e mais uma<br />

prova de que as pessoas fazem a diferença. “Foi uma pessoa<br />

especial, que esqueceu da própria dor para ajudar os outros”.<br />

Doação de vida é uma palavra que a própria Mara conhece.<br />

Há 40 anos ela está no HCL. E já passou pelas mais diversas<br />

funções até chegar ao posto em que luta todos os dias por<br />

recursos para que a construção siga firme, assim como<br />

outras necessidades da instituição. A última conquista foi o<br />

equipamento de Ressonância Magnética, que será instalada<br />

no subsolo do novo prédio, andar inteiro que será destinado<br />

ao Centro de Diagnóstico com exames dos mais diversos<br />

tipos. O local já está com os alicerces erguidos e os olhos<br />

de Mara brilham ao caminhar pela construção e mostrar o<br />

resultado da união.<br />

“A gente que está aqui dentro passa a acreditar em milagres,<br />

a união faz a força e o que está se fazendo em Londrina com<br />

a campanha do metro quadrado é um trabalho lindo, que<br />

vai ficar para o futuro”, declara. É essa herança que motiva<br />

a gestora a levantar cedo e trabalha até tarde da noite. “O<br />

trabalho aqui é intenso, mas o prazer com o resultado é<br />

Mara lembra que o câncer é uma doença cada vez mais<br />

presente no nosso dia a dia. No ano passado, 22.256 pessoas<br />

foram atendidas no Hospital, mais de 5 mil delas, novos<br />

pacientes com câncer. “Se hoje o hospital é importante, no<br />

futuro ele será vital. A população está envelhecendo, vai<br />

viver mais, as células vão envelhecer. O hospital tem que<br />

crescer para atender essas pessoas, todos nós conhecemos<br />

alguém próximo com a doença, até pessoas mais jovens.<br />

Hoje ajudamos com um metro quadrado a construir essa<br />

estrutura”, salienta Mara.<br />

Graças ao avanço da medicina, Mara comemora que a<br />

cura é cada vez maior. E graças às mudanças no Hospital<br />

do Câncer, muitos sonhos são hoje possíveis. “Na semana<br />

passada começamos a ter aulas para as crianças de do 1º ao<br />

9º ano, elas precisam ter aulas para não perder esse momento<br />

da vida. Esse é um dos presentes da vida”, diz com sorriso<br />

carinhoso e feliz.<br />

Consciente da importância da obra, Mara segue trabalhando<br />

para que novos metros quadrados sejam vendido. Até março<br />

de 2013, 971 pessoas já tinha ajudado com a compra de 2.874<br />

metros quadrados. O total arrecadado foi de R$ 4,3 milhões.<br />

A meta é chegar aos 7.510 metros quadrados “adotados”<br />

para que todos os 7 andares possam ser concluídos (todos<br />

esses valores podem ser consultados no site www.hcl.org.<br />

br). Com o dinheiro arrecadado até agora, somado à ajuda<br />

do Governo do Estado, está sendo possível finalizar os três<br />

primeiros andares. Os outros quatro estão só com a estrutura<br />

de concreto pronta, faltando toda a parte de infraestrutura.<br />

“O recheio é caro”, aponta Mara.<br />

A alegria que ela e Nelson Dequech compartilham é que<br />

nessa primeira etapa<br />

já está previsto um<br />

grande anseio e luta:<br />

uma nova sala de<br />

espera. Atualmente<br />

os pacientes têm<br />

apenas um espaço de<br />

70 metros quadrados<br />

para aguardar pelo<br />

atendimento, o que<br />

faz com que muitos<br />

esperem na rua.<br />

Até bancos foram<br />

colocados no local,<br />

uma improvisação<br />

para dar um certo<br />

Mara Fernandes: “Vejo que o Hospital do<br />

Câncer é do futuro, nós vamos passar,<br />

mas ele vai continuar e vou poder dizer<br />

que vivi por algo que valeu a pena”<br />

14<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


“TUDO QUE ESTAMOS FAZENDO É PARA HUMANIZAR O ATENDIMENTO”<br />

conforto enquanto a obra não era possível. Com o novo<br />

prédio, a sala de espera terá 650 metros quadrados e 300<br />

cadeiras. “Tudo o que estamos fazendo é para humanizar.<br />

Os pacientes precisam de um espaço adequado, tem dia que<br />

chove, faz frio, e não temos espaço”, conta Dequech.<br />

Desde que entrou no HCL, Nelson Dequech sonha com essa<br />

sala de espera. E graças à solidariedade de muitos, ela foi<br />

possível. “Tudo isso quem está fazendo é a comunidade, ainda<br />

estamos no sufoco, mas não estamos mais caóticos”, compara.<br />

Ele lembra que quando assumiu o cargo, diziam que era<br />

apenas para um mandato tampão, que foi se multiplicando.<br />

“A gente vai se envolvendo e nisso se passaram 8 anos. Falo<br />

que é o melhor trabalho da minha vida”.<br />

Para Mara, a mudança de postura na direção da instituição<br />

foi essencial para que todo o milagre acontecesse. “Como<br />

é importante a gestão! Houve momentos que achamos que<br />

estava tudo perdido, mas de repente vimos que temos uma<br />

força interior que não imaginávamos. Quando as coisas<br />

começam a dar certo, essa força interior aflora, e aflora em<br />

tudo, nos funcionários, nos médicos, na comunidade. Eu falo<br />

que o universo está conspirando a nosso favor. Sem ajuda da<br />

comunidade, nada disso seria possível.”<br />

Em 2015 o HCL completará 50 anos, e Mara diz que a data<br />

pode ser um marco. “Queremos entregar um bem precioso<br />

para essa comunidade, e esse bem será um hospital com alta<br />

tecnologia”. Para isso, é preciso que outros “pais” e “mães”<br />

adotem seu metro quadrado e, como Baiano, deixem um<br />

pedaço de esperança para os doentes de câncer.<br />

Obras trarão conforto aos mais de mil pacientes atendidos por dia<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 15


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16<br />

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ANGELONI: CÂMARA APROVA<br />

ALTERAÇÃO DE ZONEAMENTO<br />

O projeto transforma em zona comercial um lote residencial localizado na rua Ulrico<br />

Zuinglio e favorece instalação de hipermercado na Gleba Palhano<br />

Por Susan Naime<br />

Após idas e vindas na pauta, os vereadores<br />

aprovaram em 30 de abril o projeto 358/2012,<br />

de autoria do presidente da Casa, Rony Alves<br />

(PTB). A matéria não sofreu alterações e<br />

ficou conhecida como Projeto Angeloni por<br />

facilitar a instalação da rede de hipermercado,<br />

através da alteração de zoneamento, na<br />

Gleba Palhano. Foram 18 votos favoráveis<br />

e 1 contrário. Os vereadores Jamil Janene<br />

(PP) e Sandra Graça (PP), que se abstiveram<br />

durante a primeira discussão, estão dentro<br />

do grupo de legisladores que aplicaram votos<br />

favoráveis ao empreendimento. O único voto<br />

negativo foi o de Lenir de Assis (PT), que no<br />

último dia 23 já havia votado não ao projeto.<br />

Prefeito vai consultar o Jurídico<br />

Antes de sancionar ou não o projeto de Lei<br />

358/2012, Alexandre Kireeff (PSD) informou<br />

que irá consultar o Ippul e a Procuradoria<br />

Jurídica do Município. O objetivo é tomar<br />

uma decisão sensata e técnica sobre o<br />

assunto.<br />

Audiência Pública<br />

Alguns moradores da Gleba Palhano<br />

desaprovaram a entrada de carga e descarga<br />

do Angeloni pela rua Ulrico Zuinglio. A<br />

Câmara chegou a realizar uma audiência<br />

pública para discutir o assunto. O grupo<br />

responsável pelo empreendimento informou<br />

que irá estudar uma alteração na entrada<br />

do estacionamento, com a finalidade de<br />

diminuir o impacto de tráfego no trânsito.<br />

Comissão vai revisar leis<br />

A Câmara vai realizar um levantamento<br />

completo de todas as leis aprovadas<br />

nos últimos 12 anos, e que apesar de<br />

terem sido sancionadas pelo Executivo<br />

ou promulgadas pelo Legislativo, não<br />

estão vigentes no município. Compõem<br />

a Comissão Especial de Avaliação e<br />

Viabilização de Leis os vereadores Gerson<br />

Araújo (PSDB), como presidente – ele<br />

também é o autor da proposta; Elza Correia<br />

(PMDB) como relatora; e Jamil Janene (PP)<br />

como membro. O grupo terá o prazo de 90<br />

dias para concluir os trabalhos, prorrogáveis<br />

por igual período.<br />

Fú renuncia à Mesa Executiva<br />

A Mesa Executiva da Câmara sofreu<br />

alterações em sua composição. No dia 16<br />

do último mês, o vereador Roberto Fú<br />

(PDT) renunciou ao cargo de segundo<br />

secretário. Como justificativa, argumentou<br />

que a função estava o impedindo de atuar<br />

de forma mais eficiente em seu gabinete<br />

itinerante e negou qualquer desavença<br />

pessoal sobre as decisões tomadas pelos<br />

demais membros. Vilson Bittencourt (PSL),<br />

que foi o único a se candidatar para a vaga,<br />

assumiu o cargo. Os demais membros se<br />

mantiveram: Rony Alves (PTB), presidente;<br />

Gustavo Richa (PHS), vice; Emanoel Gomes<br />

(PRB), 1 secretário e Mário Takahashi (PV),<br />

2 secretário.<br />

Farra dos diplomas<br />

A Câmara prorrogou por 30 dias a<br />

conclusão da audiência interna para<br />

averiguar possíveis irregularidades nos<br />

certificados conhecidos como “farra dos<br />

diplomas”. O prazo expirou no dia 11 de<br />

abril. Até essa data, a situação de cerca<br />

de 15 a 20 funcionários ainda precisava<br />

ser analisada. Essa primeira etapa do<br />

trabalho faz parte do lote questionado<br />

pelo Ministério Público, que apontou<br />

irregularidades para 32 funcionários. O<br />

presidente da Câmara, Rony Alves (PTB),<br />

adiantou que em todos esses certificados<br />

existem, em grau maior ou menor, algum<br />

tipo de irregularidade. A repetição de cursos<br />

é uma das falhas detectadas. A análise final<br />

sobre as medidas que deverão ser tomadas<br />

virá da Procuradoria do Legislativo.<br />

Recapitulando<br />

Os reflexos da farra dos diplomas foram<br />

causados pela lei aprovada em 2004, que<br />

permitia que servidores apresentassem<br />

certificados para conseguir promoções e<br />

aumentos salariais. Uma carga mínima de<br />

100 horas garantia reajustes que variavam<br />

de 2,5% a 10,4%. No dia 19 de março, a<br />

Câmara protocolou a portaria de número<br />

69/2013, suspendendo o pagamento das<br />

vantagens obtidas por meio de progressões<br />

por conhecimento aos servidores do<br />

Legislativo.<br />

Projetos arquivados<br />

Os vereadores aprovaram em segunda<br />

discussão o projeto de resolução 6/2012,<br />

que prevê o arquivamento de projetos de<br />

lei de vereadores não reeleitos no final de<br />

cada legislatura. A matéria é de autoria de<br />

Roberto Fú (PDT) e subscrita por mais 12<br />

vereadores da Legislatura anterior (seis dos<br />

quais reeleitos). Os autores argumentam<br />

que no encerramento dos quatro anos de<br />

mandato, todos os legisladores se obrigam<br />

a pedir o retorno à pauta de dezenas de<br />

projetos que estão retirados de tramitação<br />

por tempo indeterminado para que as<br />

matérias não sejam automaticamente<br />

arquivadas.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 17


NOVA LEI<br />

MUDANÇAS<br />

DOMÉSTICAS<br />

Em vigor desde o começo de abril, a<br />

Emenda Constitucional 72 regulamentou<br />

a profissão do trabalhador doméstico<br />

e trouxe novas regras para patrões e<br />

empregados<br />

Por Juliana Mastelini<br />

Depois de sete anos trabalhando numa casa, quando foi despedida,<br />

a empregada Vera Lúcia Cerqueira Lima recebeu 13º salário, férias<br />

e um mês de aviso prévio. Se a situação acontecesse hoje, ela ainda<br />

receberia a indenização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço<br />

(FGTS) e o seguro-desemprego. Estes são alguns direitos concedidos<br />

às empregadas domésticas pela Emenda Constitucional 72/2013,<br />

conhecida como PEC das Domésticas.<br />

Há dois anos, Vera Lúcia está em novo emprego. Hoje trabalha na<br />

casa da farmacêutica e funcionária pública Maria Roselice Veiga de<br />

Aguiar Sabec. A mensalista comemora a maior segurança que a lei traz<br />

às empregadas domésticas no caso de demissão, por exemplo. “Além<br />

disso, qualquer benefício extra já dá pra comprar um litro a mais de<br />

leite pra dar pros filhos”, brinca Vera Lúcia.<br />

A lei tem deixado em dúvida patrões e empregados. O que muda<br />

efetivamente para o empregador: pagamento do FGTS de 8%;<br />

intervalo refeição; auxílio creche para filhos de até 5 anos; saláriofamília<br />

para filhos de até 14 anos; seguro contra acidente de trabalho;<br />

jornada semanal de 44 horas; e hora extra.<br />

Outros direitos como salário mínimo regional, registro em carteira,<br />

13º salário e férias já eram assegurados às empregadas domésticas.<br />

Por isso a advogada trabalhista e vice-presidente da OAB/ Londrina,<br />

Vânia Queiroz, considera que a maior repercussão da lei na cidade<br />

vai ser nas casas em que os empregados tinham jornadas sem limites<br />

de horário. Agora os patrões terão que pagar hora extra e adicional<br />

noturno. “Porém as outras despesas são significativas, porque os custos<br />

separados não parecem muito, o somatório é o problema”, completa a<br />

advogada.<br />

Vânia acredita ser possível prever aproximadamente 30% de aumento<br />

no custo de uma empregada doméstica considerando-se também os<br />

encargos fiscais. A tradutora Maria Thereza Forattini considera que os<br />

encargos estabelecidos pela nova lei são pesados para o empregador.<br />

“Sempre foram pesados. O empregador doméstico não é firma, como<br />

pagar todos os encargos, FGTS, creche É absurdo”, completa.<br />

Segundo a advogada Vânia Queiroz, os novos ônus sobre o trabalhador<br />

doméstico podem gerar um impacto de 10% a 15% nas demissões<br />

dos empregados. Vânia conta que algumas famílias, inclusive, em vez<br />

de demitir já fizeram ajuste com a empregada para que ela continue<br />

trabalhando na casa como diarista. “A diarista trabalha também em<br />

outras casas e os patrões dividem as despesas com INSS, que para a<br />

diarista não é obrigatório, mas é muito importante”, explica.<br />

A assessora jurídica do Sindicato das Empregadas Domésticas<br />

de Londrina e Região, Maria Lucilda Santos, acredita que haverá<br />

reclamações, porque ambas as partes estão assustadas com a lei, mas<br />

Vera Lúcia Cerqueira Lima: “Qualquer benefício extra<br />

já dá pra comprar um litro a mais de leite”<br />

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maio de 2013 | www.acil.com.br


CERCA DE 30% DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS DE LONDRINA ESTÃO NA INFORMALIDADE<br />

isso não trará grande impacto. “Então pode ser que cause num primeiro<br />

momento certa demissão, certo reajuste, mas eu não creio que cause<br />

desemprego”. Para ela, o que muda é a cultura de formalização que o<br />

empregador tem que ter, não muda muito financeiramente. “Eu não<br />

acho que foi majorado o ônus financeiro para o empregador, 8% do<br />

FGTS não é muito. O governo ainda fala em reduzir o percentual do<br />

INSS para compensar o aumento do fundo de garantia”. Ela acredita<br />

que as pessoas que podem vão manter a empregada doméstica. “Já as<br />

pessoas que tinham empregado por uma questão de status ou quase<br />

no mesmo nível social vão ter que abrir mão”.<br />

Vânia Queiroz acredita que cada família tem que ter em mente as suas<br />

necessidades. “Se realmente precisa de uma funcionária todos os dias,<br />

ou se pode ficar só com diarista e dividir a tarefa entre os membros<br />

da casa. Isso representa uma significativa mudança de conceito do<br />

londrinense”, explica Vânia.<br />

A advogada Maira Benetti, depois de cinco meses sem mensalista, está<br />

em fase de treinamento para a contratação de nova funcionária de<br />

acordo com a Lei das Domésticas. Durante os cinco meses, ela mesma<br />

lavava a roupa e utilizava serviços terceirizados como lavanderias para<br />

passar a roupa e restaurante. Para manter a casa em ordem recorreu ao<br />

serviço de diaristas ou empresa que terceiriza o trabalho de limpeza<br />

da casa. “Como a minha casa é grande, não deu certo, mas acho que<br />

se a família conseguir gerir a casa só com esses serviços terceirizados e<br />

alimentação fora, penso que sai mais barato”, explica a advogada.<br />

Maira acredita que no futuro os brasileiros sigam os moldes de países<br />

como Estados Unidos. Lá, se contratam diaristas e cada membro da<br />

família desempenha um papel nas tarefas da casa. “O que pressupõe<br />

que marido e filhos também ajudem. Essa é uma cultura que não<br />

existe no Brasil. As obrigações na maioria das vezes caem em cima da<br />

mulher”, explica.<br />

Maior exigência<br />

A assessora jurídica Maria Lucilda Santos acredita que com os<br />

benefícios o empregado será também mais cobrado. Ela conta que<br />

o Sindicato das Domésticas está preparado para trabalhar com a<br />

capacitação das empregadas. “Antes, como o ônus representado pela<br />

empregada doméstica não era grande, os patrões não exigiam tanto.<br />

Hoje a exigência vai ser maior. Então você paga, você vai querer uma<br />

contrapartida à altura, um serviço especializado”, completa.<br />

Para a farmacêutica Maria Roselice, a lei trouxe benefícios para ambos<br />

os lados ao estabelecer normas para empregados e empregadores.<br />

“Todo mundo tem direitos e deveres, então a empregada vai ter que<br />

seguir corretamente. Agora pela lei, o empregador tem como cobrar<br />

horários e conduta de atividade”, explica a farmacêutica.<br />

Informalidade<br />

A advogada Vânia Queiroz acredita que cerca de 30% dos empregados<br />

domésticos em Londrina estão na informalidade. Para a assessora<br />

jurídica Maria Lucilda Santos, que trabalha há 20 anos com o<br />

Sindicato das Domésticas, o quadro da informalidade em Londrina<br />

mudou com os anos. “Antes aparecia empregada com contrato de<br />

20 anos de trabalho sem registro. Agora não, eu vejo que a questão<br />

do reconhecimento tem sido constante. É claro que ainda existe<br />

uma grande gama de pessoas que não tem condições de manter o<br />

empregado doméstico e mesmo assim insistem e aí no final geram um<br />

déficit financeiro para o empregado. Mas agora a informalidade vai<br />

custar caro para o empregador.”<br />

Maria Lucilda Santos:<br />

“Pode haver alguma<br />

demissão, algum<br />

reajuste, mas não<br />

acredito que a nova lei<br />

cause desemprego. As<br />

pessoas que tinham<br />

empregado doméstico<br />

por uma questão de<br />

status vão ter que<br />

abrir mão disso.”<br />

NA PONTA DO LÁPIS<br />

Compare as novas despesas mensais com o empregado doméstico<br />

Despesas anteriores à lei<br />

INSS (12% para o patrão) R$97,41<br />

Férias e 13º (dividido pelos 12 meses) R$155<br />

Novas despesas<br />

FGTS (8%) R$64,95<br />

Seguro acidente de trabalho (de 1% a 3%) média de R$16,23<br />

Vale Transporte R$121,50<br />

Salário família R$23,23 para cada filho menor de 14 anos<br />

Auxílio creche para cada filho menor de 5 anos (valor ainda não<br />

estipulado)<br />

Total/ mês despesas anteriores: R$373,91 Total/mês novas despesas: média de R$130<br />

Somatória despesas = R$501<br />

* Com base no salário mínimo R$811,80<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 19


DIREITOS DO<br />

CONSUMIDOR<br />

EMPRESAS E CLIENTES:<br />

DISCUTINDO A RELAÇÃO<br />

Seguindo o que determina a legislação e respeitando algumas atitudes<br />

básicas, é possível transformar a sua empresa em modelo na relação com<br />

os consumidores<br />

Por Susan Naime<br />

Se houvesse uma fórmula mágica<br />

sobre como ser uma empresa modelo<br />

no mercado, os Procons e juizados<br />

de pequenas causas não precisariam<br />

existir. Entretanto, alguns ingredientes<br />

para o sucesso não precisam de<br />

feitiçaria e nem são segredo. Além de se<br />

adaptar a todo o processo que a gestão<br />

de competitividade exige, as empresas<br />

precisam atender às expectativas do<br />

cliente em relação a preço, compromisso<br />

ambiental, funcionalidade dos produtos<br />

e, muitas vezes, até nas vertentes<br />

pessoais.<br />

“As empresas hoje têm que se preparar<br />

para atender o consumidor, que está<br />

muito mais seletivo, e saber dos seus<br />

direitos, até porque as informações<br />

estão disponíveis de diversas maneiras.<br />

A empresa que não treinar a sua equipe<br />

para o atendimento não irá sobreviver<br />

ao mercado”, ressalta o diretor comercial<br />

da <strong>ACIL</strong> e diretor financeiro da rede<br />

Marcelo Ontivero: “A empresa que não<br />

treinar a sua equipe para o atendimento não<br />

irá sobreviver ao mercado”<br />

de lojas Móveis Brasília, Marcelo<br />

Paganucci Ontivero.<br />

Três requisitos básicos são apontados por<br />

especialistas na hora de estreitar a relação<br />

entre empresas e clientes: confiança,<br />

diálogo e reconhecimento. A satisfação<br />

às necessidades pessoais do comprador,<br />

antes de qualquer outra coisa, é o primeiro<br />

passo em direção da confiança.<br />

“É preciso que a equipe de venda, por<br />

exemplo, conheça a fundo o seu produto,<br />

esteja muito bem preparada na parte<br />

humana e se coloque sempre no lugar<br />

dos clientes. Os problemas que surgirem<br />

devem ser resolvidos administrativamente<br />

e não empurrados até chegar no Procon.<br />

Mas você também não pode prometer ao<br />

cliente o que não será possível de cumprir<br />

e gerar um descontentamento futuro.<br />

Ligue para o cliente e veja se ele ficou<br />

satisfeito. O bom vendedor que faz isso se<br />

transforma em um bom gerente”, destaca<br />

Ontivero.<br />

Outro pilar do bom relacionamento<br />

empresa-cliente é a comunicação.<br />

Engana-se quem pensa que o consumidor<br />

está sempre seguro de si. Muitas vezes ele<br />

entra em um estabelecimento sem saber<br />

exatamente o que procura. No entanto,<br />

toda empresa precisa estar preparada<br />

para atender a essa demanda reprimida.<br />

“É importante conhecer o cliente durante<br />

uma conversa e, na troca de ideias,<br />

oferecer soluções a ele. Através de um<br />

planejamento, o cliente compra sonhos.<br />

E você não pode deixar o sonho virar<br />

um pesadelo e ficar aquém daquilo que o<br />

consumidor esperava”, orienta.<br />

“O cliente tem<br />

sempre razão”<br />

Quem é que nunca escutou esse ditado<br />

popular O empresário Marcelo Ontivero<br />

aprova a ideia, mas também apresenta<br />

outra versão: “O cliente é rei, mas não pode<br />

destruir o castelo”, brinca. A afirmação<br />

refere-se a situações desagradáveis, em<br />

que o cliente não está tão interessado<br />

em resolver o problema do seu produto<br />

ou serviço, mas sim se aproveitar de<br />

um episódio que poderia ser facilmente<br />

solucionado para abocanhar uma<br />

indenização por danos morais. “Defendo<br />

a teoria de que o cliente tem e sempre terá<br />

razão. Por isso o diálogo e o respeito devem<br />

sempre caminhar juntos. Infelizmente,<br />

também existem os problemas pontuais<br />

onde o cliente quer se aproveitar da<br />

situação e já não aceita mais qualquer<br />

intervenção da empresa”, lamenta.<br />

Receita de sucesso<br />

Disciplina é a receita seguida pela Farmácia<br />

Vale Verde para se posicionar como empresa<br />

modelo no mercado. Afinal, são 39 anos de<br />

história, 19 lojas em Londrina, outras 11 na<br />

região e um total de 500 funcionários. “Para<br />

que o negócio desse certo, criamos alguns<br />

procedimentos dentro da empresa. Em<br />

primeiro lugar está a disciplina interna, que<br />

é sempre o grande gargalo nas empresas.<br />

A equipe recebe treinamento para ter<br />

condições de cumprir todas as normas<br />

20<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


<strong>ACIL</strong> OFERECE TREINAMENTO A FUNCIONÁRIOS DE EMPRESAS<br />

Rodrigo Brum Silva: “Se o consumidor vai até<br />

a loja por causa de uma promoção que viu na<br />

mídia, o estabelecimento tem a obrigação de<br />

cumprir com o que foi veiculado”<br />

estabelecidas e, dessa forma, agradar e<br />

atender bem o cliente para que ele se fidelize<br />

à Vale Verde”, aponta o proprietário da rede<br />

de farmácias, Rubens Benedito Augusto.<br />

Uma espécie de cartilha confeccionada<br />

pela Vale Verde orienta os funcionários<br />

sobre diversas situações que podem ocorrer<br />

no dia a dia de trabalho. Desta forma, o<br />

cliente sempre receberá soluções imediatas,<br />

evitando qualquer tipo de constrangimento.<br />

“A cada momento buscamos aprimorar<br />

esses procedimentos, até porque as<br />

mudanças na legislação são constantes.<br />

Treinamos os funcionários para que<br />

eles cumpram as nossas normas. E<br />

quando isso não acontece, precisamos<br />

tomar alguma atitude”, explica Augusto.<br />

Outro fator garante a credibilidade da rede<br />

no mercado: o cumprimento das exigências<br />

ditadas pela Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (Anvisa). Rubens Augusto lembra<br />

que quando a receita médica passou a ser<br />

obrigatória para a compra de antibióticos,<br />

muitos clientes ficaram inconformados.<br />

“Existem situações como essa que criam<br />

um clima desagradável. Mas você precisa<br />

Rubens Benedito Augusto: “Treinamos os<br />

funcionários para que eles cumpram as nossas<br />

normas”<br />

trabalhar para equilibrar a situação. Primeiro,<br />

procurar encantar o cliente. Fazendo isso já<br />

se evita um monte de problemas. Depois,<br />

não deixar de cumprir as normas da lei.<br />

Isso fortalece a categoria e proporciona uma<br />

concorrência mais justa”, ensina.<br />

Legislação<br />

Atentos à causa, o Procon e a <strong>ACIL</strong><br />

iniciaram um diálogo para estreitar uma<br />

parceria que visa dar aconselhamento,<br />

principalmente às empresas do pequeno<br />

e médio porte. “Seria um trabalho<br />

preventivo. Talvez para o segundo<br />

semestre. Primeiro precisamos estruturar<br />

a parte física e de pessoal do órgão”, explica<br />

o coordenador do Procon, Rodrigo Brum<br />

Silva.<br />

Enquanto a parceria não se concretiza,<br />

Silva atenta para itens obrigatórios dentro<br />

de um estabelecimento comercial, como<br />

o Código do Consumidor, a precificação<br />

e a propaganda dos produtos e serviços.<br />

“Não adianta apenas ter o Código do<br />

Consumidor. Ele precisa estar visível e<br />

acessível aos clientes. Pode até imprimir<br />

da internet. Outro gargalo é a questão<br />

dos preços. Todos os produtos devem<br />

estar etiquetados enquanto a loja estiver<br />

aberta ao público. E não podemos deixar<br />

de citar a propaganda. Se o consumidor<br />

vai até a loja por causa de uma promoção<br />

que viu na mídia, o estabelecimento tem<br />

a obrigação de cumprir com o que foi<br />

veiculado”, afirma.<br />

O presidente da <strong>ACIL</strong>, Flávio Montenegro<br />

Balan, diz que estuda a possibilidade de<br />

elaborar uma cartilha didática, em conjunto<br />

com o Procon, além de informes e palestras<br />

que esclareçam o assunto. “Acredito que o<br />

empresário londrinense está mais atento<br />

e preocupado com o cumprimento da<br />

legislação no seu comércio, mas ainda falta<br />

informação”, aponta.<br />

A <strong>ACIL</strong> oferece mensalmente<br />

treinamentos a prestadores de serviço e<br />

trabalhadores do comércio e da indústria<br />

com o objetivo de atualizar o cenário<br />

empresarial londrinense. Os associados da<br />

entidade também têm acesso ao serviço de<br />

consultoria jurídica, em especial nas áreas<br />

tributária, trabalhista e cível.<br />

Os empresários interessados devem<br />

procurar a <strong>ACIL</strong> com sua dúvida. A<br />

entidade fará o encaminhamento para<br />

um dos escritórios conveniados, que se<br />

encarregará de atender a empresa e sugerir<br />

o procedimento a ser seguido. Todo esse<br />

processo não tem custo para associados.<br />

Outro canal de informação para os<br />

empresários é pelo Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Londrina e região (Sincoval),<br />

que oferece orientações sobre convenção<br />

coletiva, suporte e treinamento.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 21


TURISMO DE<br />

EVENTOS<br />

A HORA E A VEZ DO<br />

CENTRO DE CONVENÇÕES<br />

Estudo realizado pela consultoria Jones Lang LaSalle comprova que<br />

a instalação de um Centro de Convenções não apenas é viável como<br />

também necessária para o desenvolvimento da cidade<br />

Por Paulo Briguet<br />

Existe um momento único na história<br />

em que os sonhos começam a se<br />

transformar em realidade. Londrina<br />

está vivendo esse instante mágico. No<br />

início de maio, a consultoria Jones<br />

Lang LaSalle divulgou as conclusões<br />

do estudo de viabilidade para o tão<br />

sonhado Centro de Convenções<br />

de Londrina. E os resultados não<br />

poderiam ter sido mais alentadores.<br />

De acordo com o estudo, não<br />

apenas o Centro de Convenções é<br />

economicamente viável, como<br />

também necessário para<br />

o desenvolvimento de<br />

Londrina e região.<br />

Bandeira das<br />

entidades<br />

Nos últimos anos, a <strong>ACIL</strong> e o Londrina<br />

Convention & Visitors Bureau,<br />

juntamente a outras entidades locais, têm<br />

chamado a atenção para a importância de<br />

se construir e colocar em funcionamento<br />

um espaço adequado para a realização de<br />

grandes convenções, congressos e eventos<br />

na cidade. “Entre 2010 e 2012, Londrina<br />

perdeu 35 eventos e deixou de receber<br />

180 mil visitantes que movimentariam a<br />

economia local em R$ 115 milhões”, diz<br />

o presidente do Londrina Convention,<br />

Reinaldo Cassimiro da Costa Júnior. “Ao<br />

longo do tempo, vínhamos insistindo que<br />

Londrina não pode ficar sem um Centro<br />

de Convenções à altura dos grandes<br />

eventos nacionais e internacionais”,<br />

comenta o presidente da <strong>ACIL</strong>, Flávio<br />

Montenegro Balan. “Os estudos realizados<br />

pela Jones Lang LaSalle comprovam<br />

a nossa tese. É uma ótima notícia<br />

para o desenvolvimento de<br />

Londrina. Acreditamos que<br />

vários segmentos<br />

empresariais<br />

estejam interessados em investir no<br />

projeto.”<br />

Balan observa que existem diferentes<br />

modelos para efetivar o negócio.<br />

“Possivelmente o formato mais<br />

recomendado seja uma parceria públicoprivada”,<br />

afirma o presidente da <strong>ACIL</strong>.<br />

“Uma coisa é certa: precisamos continuar<br />

mantendo essa união de esforços entre<br />

o poder público, as entidades e a classe<br />

empresarial.”<br />

União é uma palavra-chave nesse tema.<br />

É importante ressaltar que o estudo de<br />

viabilidade do Centro de Convenções é<br />

fruto da sintonia entre a sociedade civil<br />

organizada de Londrina. Além da <strong>ACIL</strong> e<br />

do Londrina Convention, tiveram papel<br />

importante nesse processo Sebrae, Sicredi,<br />

Faciap, Sindimetal, Sindicato dos Hotéis e<br />

Restaurantes e as empresas associadas ao<br />

LC&VB.<br />

Os possíveis locais<br />

O estudo definiu e avaliou sete locais de<br />

Londrina em que o Centro de Convenções<br />

poderá ser instalado: Iapar, CEEL,<br />

Sociedade Rural, Avenida Tiradentes<br />

(à altura do número 2.000), Expresso<br />

Nordeste, arredores da Rodoviária e ao<br />

lado Catuaí Shopping Center.<br />

22<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


FALTA DE CENTRO DE CONVENÇÕES FEZ LONDRINA PERDER VISITANTES E RECURSOS<br />

Os critérios avaliados pela Jones Lang<br />

foram localização, acesso, entorno, área<br />

disponível, necessidade de investimento<br />

e distância em relação ao centro. “Todos<br />

os locais analisados apresentam aspectos<br />

positivos e negativos. No entanto,<br />

entendemos que a escolha de um terreno<br />

para o novo Centro de Convenções<br />

envolve uma série de fatores políticos e<br />

econômicos que só as entidades locais<br />

poderão avaliar corretamente”, observa<br />

Manuela Gorni, vice-presidente da Jones<br />

Lang LaSalle.<br />

As características<br />

do prédio<br />

Além de apontar os possíveis locais do<br />

Centro de Convenções, o estudo faz<br />

uma série de recomendações sobre as<br />

características do prédio a ser instalado.<br />

Segundo a Jones Lang, Londrina comporta<br />

um Centro de Convenções de 7.800<br />

m 2 , com espaços versáteis para receber<br />

diferentes tipos de eventos. A capacidade<br />

total de público seria de 5.750 pessoas.<br />

Recomenda-se também a instalação de um<br />

estacionamento com capacidade para 1.800<br />

vagas para automóveis, vans e ônibus.<br />

Cenários<br />

financeiros<br />

Em termos financeiros, o estudo da Jones<br />

Lang LaSalle projetou dois cenários<br />

diferentes, com investimento total que<br />

pode ser de R$ 18 milhões ou R$ 28<br />

milhões (valores que incluem construção,<br />

decoração, despesas pré-operacionais<br />

e capital de giro). Entre o início das<br />

operações e a estabilização dos fluxos<br />

de caixa, decorreriam quatro anos. No<br />

caso do investimento mínimo (R$ 18<br />

milhões), a receita total no primeiro<br />

ano de funcionamento seria de R$ 3,1<br />

milhões e o EBITDA (lucro descontado<br />

de impostos, taxas, depreciação e<br />

amortização) ficaria em R$ 436 mil (14%<br />

do total). No ano da estabilização, os<br />

lucros atingiriam R$ 2,7 milhões (45%<br />

do total). Se o cenário mais otimista<br />

prevalecer, com investimento de R$ 28<br />

milhões, a receita prevista no primeiro<br />

ano seria de R$ 4 milhões no primeiro<br />

ano de funcionamento, com lucros de<br />

R$ 1 milhão (26% da receita total). No<br />

ano da estabilização, a receita deverá<br />

atingir R$ 8 milhões, com R$ 4 milhões<br />

de lucros (50%). Para chegar a esses<br />

números, a consultoria levou em conta as<br />

estimativas de ocupação e preço médio<br />

de equipamentos semelhantes no País.<br />

A força dos eventos<br />

O turismo de eventos passa por<br />

importantes transformações em todo<br />

o planeta. Desde 2003, o Brasil vem<br />

melhorando constantemente sua posição<br />

no ranking mundial do setor. Há dois<br />

anos, o país atingiu a 7ª colocação,<br />

sendo responsável por 3% dos eventos<br />

mundiais. Os eventos tornam-se cada<br />

vez mais específicos e segmentados.<br />

Ao mesmo tempo, nota-se que existe<br />

uma tendência favorável à realização de<br />

eventos em cidades do interior brasileiro.<br />

A forte presença das universidades,<br />

dos centros de pesquisa e do segmento<br />

médico-hospitalar em Londrina favorece<br />

a captação de congressos científicos e<br />

profissionais.<br />

Londrina quer<br />

avançar<br />

A Jones Lang LaSalle identificou cinco<br />

cidades que concorrem diretamente<br />

com Londrina na captação de eventos<br />

nacionais e internacionais: Uberlândia,<br />

Goiânia, Cuiabá, Curitiba e Florianópolis.<br />

Todas elas dispõem de centros de<br />

convenções instalados e operantes.<br />

A falta de um Centro de Convenções<br />

em Londrina se reflete diretamente no<br />

desempenho econômico e na própria<br />

qualidade de vida da população. Em<br />

comparação com os cinco municípios<br />

analisados, Londrina tem o menor PIB<br />

e a menor taxa de investimentos. Mais<br />

um motivo para que a cidade realize<br />

esse sonho e, com isso, impulsione o<br />

desenvolvimento de toda a região. Se<br />

Londrina quer avançar, precisa de um<br />

Centro de Convenções!<br />

Áreas<br />

Espaço para<br />

Exposições<br />

Área Total<br />

(m²)<br />

Capacidade<br />

(Auditório)<br />

Pé-direito<br />

Principais Características<br />

1.500 1.300 8,6 m Grande área livre de colunas<br />

Ballroom 3.000 2.700 8,6 m<br />

Junior<br />

Ballroom<br />

Salas para<br />

Reuniões<br />

800 700 6,8 m<br />

800 700 3,6 m<br />

Foyer 1.700 -- 6,8 m<br />

Total 7.800 5.750<br />

Flexível, sem assentos fixos. Divisível em 6 salas de<br />

800-900 m²<br />

Flexível, sem assentos fixos. Divisível em 4 salas<br />

menores, 2x 300 e 2x100 m²<br />

2 salas de 400m² cada, divisíveis em 8x50m² cada<br />

uma<br />

Foyer com 1.700 m² de área, que pode ser integrado<br />

ao espaço para exposições<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 23


PEC 37<br />

SE APROVADA,<br />

PROPOSTA FARÁ<br />

PROFUNDAS<br />

MODIFICAÇÕES<br />

Muitos acreditam que a aprovação seria um<br />

golpe contra a impunidade; outros afirmam<br />

que ter o MP à frente de investigações<br />

compromete a imparcialidade<br />

Por Thamiris Geraldini<br />

De uns tempos para cá,<br />

uma Proposta de Emenda<br />

Constitucional atraiu<br />

os holofotes nacionais.<br />

Dividindo opiniões e<br />

gerando polêmica, a PEC 37<br />

pode ser votada a qualquer<br />

momento pelo Plenário<br />

do Congresso Nacional.<br />

A concreta votação e a<br />

possível aprovação do<br />

projeto, que garante<br />

exclusividade às forças<br />

policiais no trabalho de<br />

investigação criminal,<br />

mobilizaram a sociedade em<br />

diversas cidades do país. Em<br />

Londrina, um ato público<br />

reuniu cerca de 200 pessoas<br />

contrárias a emenda.<br />

De um lado, há os que<br />

defendem que a aprovação<br />

seria um golpe contra a<br />

impunidade e o aval para<br />

a farra dos ímprobos<br />

públicos. É o caso do<br />

presidente do Sindimental,<br />

Valter Orsi. Para ele, a<br />

aprovação da proposta<br />

seria um retrocesso. “Sou<br />

terminantemente contrário.<br />

A aprovação desta PEC<br />

seria um atraso para o país.<br />

Sem o poder de investigação<br />

nas mãos do Ministério<br />

Público (MP), o aumento<br />

no número de corruptos<br />

que ficarão impunes tende<br />

a aumentar. Ainda resta<br />

muito, mas com as ações do<br />

MP estamos conseguindo<br />

coibir a prática criminal<br />

gradativamente”, acredita.<br />

Compartilhando da<br />

mesma opinião, está<br />

o chefe do Executivo,<br />

o prefeito Alexandre<br />

Kireeff (PSD). “No meu<br />

24<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


PARA ÁLVARO DIAS, PROPOSTA É REVIDE À CONDENAÇÃO DOS MENSALEIROS<br />

entendimento, o Ministério<br />

Público, da maneira como<br />

vem trabalhando, tem<br />

exercido uma importante<br />

contribuição para a<br />

manutenção à democracia.<br />

Perder esta autonomia<br />

significaria um retrocesso.<br />

Para mim, o Ministério<br />

Público autônomo e a<br />

imprensa livre são duas<br />

das maiores conquistas<br />

institucionalizadas pela<br />

Constituição de 88.”<br />

Por outro lado, o advogado<br />

Paulo Nolasco é um dos<br />

que se colocam favoráveis à<br />

PEC. Para ele, a mudança na<br />

Constituição não restringe<br />

o poder do Ministério<br />

Público, mas restabelece<br />

a imparcialidade na fase<br />

de investigação. “Quem<br />

acusa não pode comandar<br />

a investigação, porque isso<br />

compromete a isenção.<br />

O correto é que a Polícia<br />

Judiciária (Civil e Federal)<br />

investigue, o Ministério<br />

Público denuncie, a<br />

advocacia faça a defesa e o<br />

Judiciário julgue”.<br />

Um outro argumento<br />

utilizado pelos que são<br />

favoráveis à PEC 37 é<br />

que o MP age de forma<br />

excessiva cometendo abusos<br />

e até certos equívocos.<br />

O promotor de Justiça<br />

do Ministério Público<br />

em Londrina Cláudio<br />

Esteves, reconhece que<br />

já houve falhas por parte<br />

do Ministério Público,<br />

no entanto, lembra que a<br />

instituição está sujeita ao<br />

controle de seus atos tanto<br />

pelo Conselho Nacional do<br />

Ministério Público, como<br />

pelo Poder Judiciário.<br />

“Todas as providências<br />

solicitadas ministerialmente<br />

dependerão da anuência do<br />

juiz que conduzirá o<br />

processo”.<br />

Para Esteves, é uma falácia<br />

dizer que, por conta de<br />

alguns erros em percentual<br />

baixo (em relação aos de<br />

acertos), seja justificada<br />

a retirada do poder de<br />

investigação do MP. “Vide<br />

os erros cometidos pelas<br />

polícias, que certamente são<br />

em percentual ainda maior”,<br />

diz.<br />

O empresário e expresidente<br />

da <strong>ACIL</strong> Nivaldo<br />

Benvenho é favorável<br />

a manter o poder de<br />

investigação do Ministério<br />

Público. Porém, ele defende<br />

a investigação sigilosa, pois<br />

acredita em interferências<br />

midiáticas. “Sou<br />

absolutamente contrário à<br />

PEC, mas seria interessante<br />

que houvesse uma forma<br />

de primeiro o Ministério<br />

Público fazer o seu trabalho<br />

com mais reguardo e, depois<br />

disso, abrir para a exposição<br />

na mídia. A gente percebe<br />

que às vezes algumas<br />

situações extrapolam e<br />

expõem os gestores públicos<br />

antes da hora.”<br />

O senador Álvaro Dias<br />

(PSDB-PR) chamou a<br />

atenção para um ponto<br />

positivo gerado a partir<br />

da ventilação da emenda.<br />

“A apresentação dessa<br />

proposta, certamente<br />

como revide à condenação<br />

dos mensaleiros, serviu<br />

para mostrar a força do<br />

Ministério Público e sua<br />

capacidade de mobilização”.<br />

Dias acredita que a emenda<br />

não será aprovada. Porém,<br />

caso seja, ele garante<br />

intervenção quando ela<br />

for encaminhada para a<br />

apreciação do Senado. “Eu<br />

não acredito que passe pela<br />

Câmara, mas, se passar,<br />

certamente no Senado nós<br />

teremos condições de reagir<br />

fortemente.”<br />

O Ministério Público é um<br />

órgão de Estado que atua na<br />

defesa da ordem jurídica e<br />

fiscaliza o cumprimento da<br />

lei no país. Na Constituição<br />

de 1988, o MP está incluído<br />

nas funções essenciais<br />

à justiça e não possui<br />

vinculação funcional a<br />

qualquer dos poderes do<br />

Estado. Caso a emenda<br />

seja aprovada, o Ministério<br />

Público perde a autonomia<br />

de investigação criminal,<br />

conferindo essa prerrogativa<br />

apenas às polícias Civil e<br />

Federal.<br />

A PEC, de autoria do<br />

deputado Lourival<br />

Mendes (PTdoB-MA),<br />

que é delegado da Policial<br />

Civil do Maranhão,<br />

teve a admissibilidade<br />

aprovada pela Comissão<br />

de Constituição e Justiça<br />

(CCJ) da Câmara. Para ser<br />

aprovada, são necessários<br />

308 votos favoráveis.<br />

Depois de aprovada em dois<br />

turnos, a PEC será, então,<br />

encaminhada à apreciação<br />

do Senado.<br />

“<br />

Sou<br />

absolutamente<br />

contrário à<br />

PEC, mas seria<br />

interessante<br />

que houvesse<br />

uma forma<br />

de primeiro<br />

o Ministério<br />

Público fazer o<br />

seu trabalho com<br />

mais resguardo<br />

e, depois disso,<br />

abrir para a<br />

exposição na<br />

mídia.<br />

Nivaldo Benvenho<br />

Paulo Nolasco:<br />

“Quem acusa não<br />

pode comandar a<br />

investigação, porque<br />

isso compromete a<br />

isenção”<br />

“<br />

Alexandre Kireeff: “Para<br />

mim, o Ministério<br />

Público autônomo e a<br />

imprensa livre são duas<br />

das maiores conquistas<br />

institucionalizadas pela<br />

Constituição de 88”<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 25


TRANSPORTE<br />

NEGÓCIOS SOBRE<br />

DUAS RODAS<br />

Empresários começam a perceber o crescimento do uso de bicicletas<br />

e descobrem novas oportunidades com as “magrelas”<br />

26<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


Por Guto Rocha<br />

Invisíveis para a maioria dos motoristas,<br />

os ciclistas estão cada dia mais presentes<br />

nas ruas de Londrina. Vencendo pesadas<br />

ladeiras com a batata da perna turbinada<br />

e dividindo perigosos e apertados espaços<br />

nas ruas e avenidas - entupidas com carros<br />

- os adeptos da bicicleta começam a ser<br />

notados por alguns homens de negócio.<br />

Pequenos gestos ou grandes investimentos<br />

que incentivem o uso da bicicleta são<br />

sempre animadores. Uma promessa de<br />

mudança de cultura que nós, ciclistas,<br />

acalentamos a cada pedalada. Dias atrás<br />

fui até à farmácia que fica na rotatória<br />

das avenidas Higienópolis e JK. Quando<br />

estava procurando um lugar para trancar<br />

minha bicicleta (coisa rara em Londrina),<br />

o gerente do estabelecimento veio até<br />

mim e disse para eu guardá-la dentro<br />

da farmácia. “É mais seguro”, comentou.<br />

Não precisei trancar a bicicleta e, claro,<br />

virei freguês.<br />

Outro empresário que me conquistou<br />

como freguês foi Christian Ferreira de<br />

Amorin, dono do salão La Peluqueria,<br />

que percebeu as vantagens da bicicleta<br />

no seu dia a dia. Há quase quatro anos,<br />

Chris Peluquero, como é mais conhecido,<br />

adotou a bicicleta como seu único meio<br />

de transporte. “As rodas viraram meus<br />

pés e pernas. Vou ao banco pagar contas,<br />

venho trabalhar. O supermercado, que<br />

fica a duas quadras apenas, parece longe<br />

se não for de bicicleta. Vou pra todo lado<br />

de bicicleta”, afirma.<br />

Chris Peluquero foi além com a “bike”:<br />

criou uma promoção em seu salão<br />

para atrair clientes antenados com o<br />

movimento das duas rodas. Quem for até lá<br />

de bicicleta ganha descontos nos serviços.<br />

“Dependendo da distância que a pessoa<br />

se deslocou, o valor pode até aumentar”,<br />

comenta. Segundo ele, a ideia surgiu da<br />

vontade de ver mais gente pedalando por<br />

Londrina. “Queria incentivar as pessoas a<br />

utilizarem bicicleta, é preciso se criar uma<br />

cultura das duas rodas para melhorar a<br />

cidade e a saúde das pessoas.”<br />

Como ciclista, entendo bem o que<br />

Chris Peluquero percebe ao pedalar<br />

pela cidade. Mas, antes de falar das<br />

dificuldades que um ciclista enfrenta em<br />

Londrina, é preciso deixar claro o prazer<br />

proporcionado por uma pedalada. O<br />

vento no rosto, a sensação de liberdade<br />

e a imensa satisfação de olhar para trás e<br />

ver que a fila de carros congestionados na<br />

hora do rush continua parada depois de<br />

ter descido a Rua Pernambuco inteira, até<br />

o Moringão, em poucos minutos. E isso<br />

vale para qualquer outra via de Londrina.<br />

Entretanto, obter esse prazer com<br />

segurança é sempre um perigoso desafio.<br />

Para isso, é preciso estar equipado:<br />

capacete, lanternas traseiras e dianteira<br />

são essenciais. Afinal, como seres<br />

invisíveis, nós, ciclistas, estamos expostos<br />

a todos os tipos de perigos. Os buracos no<br />

asfalto são muitos e traiçoeiros, às vezes<br />

surgem de um dia para outro nas rotas<br />

que costumo fazer.<br />

Os motoristas incautos, no entanto, são<br />

os maiores riscos que encontramos pelo<br />

caminho. Como a rede de ciclovias é<br />

insuficiente e não está interligada, somos<br />

obrigados a dividir os espaços com as<br />

máquinas motorizadas. Para piorar a<br />

situação, até mesmo os pedestres, que<br />

também são vítimas do trânsito caótico<br />

da cidade, não respeitam as poucas<br />

ciclovias que temos para usar.<br />

Segundo a gerente de Trânsito do<br />

Instituto de Pesquisa e Planejamento<br />

Urbano de Londrina (IPPUL),<br />

engenheira Cristiane Biazzono Dutra,<br />

a Prefeitura tem planos para implantar<br />

107 quilômetros de ciclovias na cidade.<br />

Mas não há prazos para que isso seja<br />

concluído. Atualmente, segundo ela,<br />

existem de fato 17 quilômetros de<br />

ciclovias. Muitas delas compartilhadas<br />

com pedestres em calçadas e outras que<br />

ainda não estão sinalizadas indicando<br />

que ali é uma ciclovia.<br />

O IPPUL está realizando, desde de<br />

2012, uma pesquisa com ciclistas para<br />

traçar um perfil desse público e, a partir<br />

daí, definir locais para se implantar<br />

novas ciclovias. A engenheira observa<br />

que qualquer ciclista pode participar,<br />

respondendo à pesquisa que está na<br />

página principal do site da Prefeitura de<br />

Chris Peluquero: “As rodas viraram<br />

meus pés e pernas. Vou pra todo<br />

lado de bicicleta”<br />

Ricardo de Carvalho: “Gente de todas<br />

as classes sociais estão aderindo ao<br />

ciclismo, seja como modalidade esportiva,<br />

seja como meio de transporte”<br />

Londrina (www.londrina.pr.gov.br).<br />

Mesmo com tantas adversidades, o<br />

número de ciclistas tem crescido em<br />

Londrina. Cristiane diz que não existe<br />

um levantamento seguro da quantidade<br />

de bicicletas rodando pela cidade. “Como<br />

não são emplacadas, fica difícil saber<br />

quantas são”, afirma. Segundo ela, o<br />

objetivo da Prefeitura é de que no futuro<br />

pelo menos 10% dos deslocamentos em<br />

Londrina sejam feitos em bicicletas.<br />

O sócio-proprietário da Bicicletaria<br />

Recreio, Ricardo de Carvalho, que está<br />

no negócio das duas rodas há 27 anos,<br />

afirma que a bicicleta vive um momento<br />

“nunca visto antes” em Londrina. “Gente<br />

de todas as classes sociais estão aderindo<br />

ao ciclismo, seja como modalidade<br />

esportiva, seja como meio de transporte”,<br />

afirma.<br />

Ele, que começou a trabalhar em oficina<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 27


de bicicletas ao 12 anos de idade,<br />

antes mesmo de seu pai abrir a atual<br />

bicicletaria, e é praticante da modalidade<br />

conhecida como Down Hill, afirma que<br />

o negócio vem buscando mais e mais<br />

profissionalismo e tecnologia de ponta.<br />

Em seu estabelecimento é possível<br />

encontrar bicicletas para todas as idades<br />

e finalidades. “As mais procuradas são<br />

as mountain bikes por causa do relevo<br />

de Londrina, que tem muitas subidas<br />

e descidas”, observa. Mas também há<br />

equipamentos para praticantes de outras<br />

modalidades e para passeio.<br />

Carvalho afirma que para se manter no<br />

negócio precisa estar sempre atualizado.<br />

“Já fiz vários cursos, participo de eventos<br />

e feiras, assino revistas especializadas e a<br />

nossa oficina é credenciada pela Proparts,<br />

da SRAM Corporation, dos Estados<br />

Unidos”, afirma. O empresário observa<br />

que o crescimento no setor tem sido tão<br />

grande que a demanda por serviço de<br />

manutenção também cresceu. “Temos<br />

dificuldades de encontrar mão de obra<br />

qualificada para trabalhar com a gente.<br />

Em Londrina não há cursos para formar<br />

esses profissionais.”<br />

Bike sob medida<br />

Há pouco mais de dois anos, o empresário<br />

Frederico Pasquarelli Barrozo mudou<br />

de ramo e adotou a bicicleta como<br />

seu principal negócio. Proprietário da<br />

Ratuera Bike Shop, Barrozo afirma que<br />

o movimento em sua loja não para de<br />

crescer. Ele oferece bicicletas montadas<br />

de acordo com a necessidade do cliente<br />

e conforme o biotipo de cada um.<br />

“Fazemos o chamado ‘bike fit’, medimos<br />

a pessoa, seus braços, pernas, cavalo para<br />

que a bicicleta seja montada de maneira<br />

personalizada”, comenta.<br />

Os pedidos são tantos que o empresário<br />

não tem mais bicicletas para pronta<br />

entrega. “Os clientes estão aguardando<br />

sete dias úteis para pegar a bike”, aponta.<br />

Uma bicicleta montada por encomenda,<br />

segundo ele, custa a partir de R$ 1.250.<br />

Além de bicicletas, as lojas também<br />

oferecem equipamentos de segurança<br />

e roupas especiais para a prática do<br />

ciclismo. “É um importante complemento<br />

nas vendas e para o ciclista também é<br />

uma maneira de garantir maior segurança<br />

e melhor desempenho no esporte”,<br />

comenta.<br />

As bicicletas abriram o caminho para<br />

novos empreendedores em Londrina. O<br />

professor de educação física Luiz Cesar<br />

da Silva Moreira, conhecido com Birinho,<br />

especialista em bicicletas como atividade<br />

esportiva, enxergou nas duas rodas uma<br />

nova fonte de renda. Há cinco meses, ele<br />

montou a Birinho Bikes SOS, uma oficina<br />

ambulante para consertar bicicletas. O<br />

negócio funciona em uma perua Kombi<br />

com uma carroceria baú caracterizada.<br />

“As pessoas veem o carro e perguntam<br />

como funciona o trabalho, ou anotam<br />

o telefone e ligam quando precisam”,<br />

comenta.<br />

Bririnho oferece socorro em domicílio<br />

ou no lugar que a pessoa estiver com<br />

problemas com a bicicleta. “Muitas<br />

vezes o cliente não tem tempo de levar a<br />

bicicleta ou nem tem como levá-la para<br />

uma bicicletaria. Então, vou até a casa da<br />

pessoa e, se for um conserto mais simples,<br />

faço no local. Se for algo mais complexo,<br />

levo para minha casa, onde tenho uma<br />

oficina mais completa”. O negócio,<br />

segundo ele, está dando bons resultados.<br />

“Tenho tido muito trabalho. Às vezes me<br />

chamam para consertar as bicicletas da<br />

família inteira que estavam paradas há<br />

tempos”, afirma.<br />

Também apostando no crescimento dessa<br />

área, os empresários Mário Rossetto<br />

e Eduardo Leite acabam de abrir em<br />

Londrina um novo negócio: a Enzo<br />

Bike. Depois de pesquisarem o mercado,<br />

viram nas bicicletas elétricas um boa<br />

oportunidade. Os dois foram para a<br />

China no ano passado para importar kits<br />

elétricos com motor e bateria. As bicicletas,<br />

segundo Rossetto, são fabricadas por<br />

duas indústrias brasileiras de São Paulo.<br />

“Os quadros são feitos especialmente<br />

para adaptarmos os kits chineses que<br />

estamos importando”, afirma. O primeiro<br />

container com os equipamentos elétricos<br />

chegaram da China na segunda quinzena<br />

de abril.<br />

Quando fui de bicicleta fazer a entrevista,<br />

a loja ainda nem tinha sido inaugurada.<br />

Mas a vitrine, que havia me chamado a<br />

atenção por causa das bikes diferentes, já<br />

estava montada. Tive a oportunidade de<br />

fazer um “test drive” com um dos modelos<br />

elétricos. A bicicleta elétrica pode ser a<br />

solução para o difícil relevo de Londrina.<br />

Fiz uma subida brincando.<br />

Segundo Rossetto, a bicicleta será<br />

equipada com uma bateria de lítio, que<br />

pesa 2,5 quilos, enquanto uma similar<br />

pesa 60 quilos. “Uma recarga na tomada<br />

de casa custa R$ 0,65”, afirma. A bateria<br />

carregada permite andar 35 quilômetros<br />

sem pedalar e, se as pernas derem uma<br />

forcinha, a duração sobe para até 60<br />

quilômetros. O motor tem potência de<br />

350 watts. “Isso é suficiente para subir<br />

tranquilamente rampas com 50º, 60º de<br />

elevação, o que é ideal para Londrina”,<br />

afirma.<br />

As bicicletas elétricas vão ser vendidas por<br />

valores que variam entre R$ 2,6 mil e R$<br />

4,3 mil. A loja terá também equipamentos<br />

de segurança, como capacete e lanternas.<br />

Rossetto afirma que, além de Londrina,<br />

as bicicletas da marca Enzo serão<br />

distribuídas por todo o País. “Fizemos<br />

uma parceria com a indústria Brinquedos<br />

Bandeirantes, que irá utilizar toda sua<br />

rede de distribuição para a bicicleta<br />

montada aqui em Londrina”, afirma.<br />

Luiz Cesar Moreira: “Tenho tido muito<br />

trabalho. Às vezes me chamam para consertar<br />

as bicicletas da família inteira que estavam<br />

paradas há tempos”<br />

28<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


FEIRAS E EVENTOS<br />

REVISTA MERCADO EM FOCO | MAIO DE 2013<br />

WWW.<strong>ACIL</strong>.COM.BR<br />

ExpoLondrina, EletroMetalcon, Feira Noivas e Inovatec trazem inovações e<br />

movimentam a economia londrinense<br />

Por Kalinka Amorim<br />

A capacitação das empresas na produção<br />

e no uso do conhecimento é fundamental<br />

na busca pela competitividade. Quando<br />

universidade e mundo corporativo se<br />

unem rumo à inovação, a sociedade ganha<br />

em desenvolvimento e sustentabilidade, a<br />

geração de emprego e renda aumenta e o<br />

progresso se instala.<br />

Inovação e conhecimento são ingredientes<br />

que determinam a competitividade de<br />

setores, países e empresas. Em Londrina,<br />

a reunião desses itens durante a realização<br />

das feiras e exposições incrementa a<br />

economia. Juntas, a EletroMetalcon, a<br />

Feira Noivas, a ExpoLondrina e a Inovatec<br />

movimentaram, em 2012, mais de R$ 370<br />

milhões na economia local, colocando<br />

Londrina em posição de destaque no<br />

celeiro de negócios no país.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 29


Embora não se tenha um estudo<br />

aprofundado do reflexo das feiras em<br />

toda a economia londrinense, sabe-se<br />

que ele é significativo. Os hotéis ficam<br />

lotados, a movimentação em bares,<br />

restaurantes e no comércio também<br />

acontece, além dos gastos com táxis e<br />

outros transportes.<br />

A ExpoLondrina, sem sombra de<br />

dúvida, é a gigante do segmento. No<br />

ano passado, os negócios realizados<br />

injetaram R$ 355 milhões na economia<br />

local. Esse ano, o montante chegou a R$<br />

402 milhões nos 11 dias de feira, um<br />

acréscimo de 13% em relação a 2012.<br />

Durante sua realização, são muitas as<br />

novidades multiplicadas em eventos<br />

que tratam da alta genética no pasto e<br />

do aumento na produção de alimentos.<br />

“Há uma troca significativa de<br />

informações e divulgação de novas<br />

tecnologias desenvolvidas por nossos<br />

institutos de pesquisa e universidades<br />

(Emater, Iapar, Embrapa, UEL, dentre<br />

outros) durante a ExpoLondrina. Elas<br />

levam à população conhecimento sobre<br />

Moacir Sgarioni: “Há uma troca significativa<br />

de informações e divulgação de novas<br />

tecnologias desenvolvidas por nossos<br />

institutos de pesquisa e universidades<br />

durante a Expo Londrina que levam à<br />

população conhecimento sobre como o<br />

trabalho dos pesquisadores reflete no<br />

cotidiano de cada um”<br />

como o trabalho dos pesquisadores<br />

reflete no cotidiano de cada um”,<br />

explica Moacir Sgarioni, presidente<br />

da Sociedade Rural do Paraná (SRP),<br />

realizadora do evento.<br />

Para atender a enorme demanda<br />

gerada durante os dias do evento são<br />

contratados mais de 10 mil empregos<br />

diretos e indiretos. “Atendemos uma<br />

grande parcela da população que<br />

as vezes está desempregada ou que<br />

reforça seu orçamento com a renda<br />

adquirida nesse período. Esse dinheiro,<br />

com certeza, é gasto no comércio, nos<br />

shoppings, em supermercados, lojas de<br />

roupas, na venda do bairro, gerando<br />

um efeito dominó na economia local”,<br />

afirma Sgarioni.<br />

Além disso, a ExpoLondrina também<br />

é palco de discussões políticas.<br />

Governador, secretários, deputados,<br />

senadores se reúnem para ouvir as<br />

necessidades locais. “São momentos<br />

importantes em que a cidade pode falar<br />

a seus representantes políticos sobre<br />

suas necessidades e ter com eles uma<br />

conversa olho no olho. Essas conversas<br />

sempre rendem bons frutos para<br />

Londrina”, garante.<br />

Bons frutos também rende a Feira<br />

Eletromecânica e Construção Civil<br />

– EletroMetalcon, uma promoção<br />

do Senai/PR, Sindimetal Londrina e<br />

Sinduscon Norte/PR. Sinônimo de<br />

inovação e investimentos, o evento,<br />

em 2012, injetou R$ 21 milhões na<br />

economia local. A expectativa em 2013<br />

é alcançar a casa de R$ 50 milhões em<br />

negociações.<br />

De acordo com Alexandre Ferreira,<br />

gerente-executivo do Senai em<br />

Londrina, a EletroMetalcon é um<br />

encontro entre o empresário, a<br />

universidade e o investidor que<br />

promove processos inovativos. “A<br />

inovação é a sobrevivência do país.<br />

Para que um país continue competitivo,<br />

é inerente que ele tenha inovação, que<br />

consiga implementar no mercado novos<br />

conceitos, novos usos, novas maneiras<br />

de pensar a vida. Não dá para se falar<br />

em desenvolvimento sem se falar em<br />

inovação”, afirma. Por conta disso, uma<br />

área denominada serviços técnicos e<br />

inovação foi desenvolvida no Senai para<br />

ajudar os empresários a compreender<br />

e aplicar a inovação e, dessa forma,<br />

alavancar seus negócios.<br />

Para ele, a parceria entre universidade<br />

e empresa é de suma importância e<br />

todos saem ganhando, principalmente<br />

a população brasileira que consegue<br />

ter processos mais baratos e que não<br />

deixam em nada a desejar da inovação<br />

estrangeira. “O Brasil tem que ter<br />

liberdade para participar do mercado<br />

global. Para isso, não pode comprar<br />

inovação, mas, sim, promovê-la. Nossa<br />

missão no passado era preparar mão<br />

de obra, nós continuamos com ela, mas<br />

hoje o objetivo estratégico do Senai em<br />

nível nacional é implementar a inovação<br />

tecnológica”, diz.<br />

Casamento, um<br />

grande negócio<br />

Um referencial em ditar tendências e<br />

moda. Assim a Feira Noivas, em sua 10ª<br />

edição, se consolida, tornando Londrina<br />

polo regional do segmento de festas<br />

e eventos. Em 2012, o evento recebeu<br />

visitantes de 57 cidades dos estados do<br />

Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato<br />

Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina<br />

e Rio de Janeiro, totalizando cinco<br />

30<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


WORKSHOP PROMOVE DIÁLOGO ENTRE EMPRESÁRIOS E PESQUISADORES<br />

mil visitantes de grande potencial.<br />

A expectativa da empresária Mity<br />

Shiroma, organizadora da Feira Noivas,<br />

é de que este ano o evento movimente<br />

R$ 20 milhões em negócios.<br />

A próxima edição está marcada para os<br />

dias 01 a 04 de agosto; a expectativa é<br />

de um crescimento 10% maior que o<br />

realizado em 2012, tanto em negociações<br />

como em número de visitantes.<br />

Inovatec Regional<br />

Londrina<br />

A inovação e o conhecimento tornaramse<br />

a força motriz do desenvolvimento<br />

regional sustentável. Prova disso é<br />

o lançamento da Inovatec Regional<br />

Londrina, que acontecerá na <strong>ACIL</strong> em<br />

16 de maio com o objetivo de disseminar<br />

as pesquisas universitárias. Os estudos<br />

estarão à disposição da comunidade<br />

para visitação na Universidade Estadual<br />

de Londrina (UEL) nos dias 17 e 18 de<br />

julho, das 15 às 21 horas.<br />

Em forma de workshop tecnológico, a<br />

Inovatec concentra seu foco nas áreas de<br />

saúde, construção civil e metal mecânica,<br />

alimentos, biotecnologia e tecnologia<br />

da informação e comunicação. Cada<br />

workshop terá a presença de um<br />

empresário que tenha vivência de<br />

Cristianne Cordeiro do<br />

Nascimento: “Meu desejo é que<br />

os empresários locais se habituem<br />

cada vez mais a procurar a<br />

universidade para desenvolver<br />

pesquisas que alavanquem cada<br />

vez mais seus negócios”<br />

mercado e universitária. Pesquisadores<br />

locais farão a explanação de suas<br />

descobertas. “Nesse ponto, um diálogo<br />

será estabelecido podendo culminar<br />

em negociações. Essa parceria entre<br />

pesquisadores e empresários resultará<br />

na criação de novos produtos, bens ou<br />

serviços e dará um up na economia<br />

local e nas pesquisas universitárias”, é o<br />

que almeja a pró-reitora de extensão da<br />

UEL, Cristianne Cordeiro Nascimento.<br />

“Se as empresas forem dotadas de<br />

novas tecnologias geradas pela<br />

pesquisa acadêmica, elas se tornarão<br />

mais competitivas no mercado. Isso<br />

agrega valor e impulsiona a economia<br />

londrinense. Consequentemente, o<br />

desdobramento dessa parceria será a<br />

geração de empregos, de novos recursos<br />

para a cidade e para nós, pesquisadores”,<br />

diz.<br />

“Nós temos muita coisa interessante<br />

para levar para a sociedade, temos<br />

várias pesquisas em energia renovável<br />

e isso é muito importante, uma vez que<br />

a energia é o que demanda maior parte<br />

no lucro das empresas. Mas, se não<br />

tivermos fomento, não conseguiremos<br />

chegar ao público final”, lamenta.<br />

Cristianne completa que a UEL é<br />

um órgão que também pode ajudar a<br />

sociedade. “Somos servidores públicos<br />

e nossa função é justamente essa.<br />

Trazer a melhoria para as empresas,<br />

que consequentemente irão melhorar a<br />

renda e a vida das pessoas.”<br />

Durante o lançamento da Inovatec<br />

Regional Londrina será divulgado o<br />

Inova, um edital de R$ 30 milhões que<br />

financiará projetos dessa natureza, e<br />

também o prêmio Finep de Inovação,<br />

o mais importante instrumento de<br />

estímulo e reconhecimento à inovação<br />

no País. Desde 1998, já premiou mais<br />

de 500 empresas, instituições e pessoas<br />

físicas, sendo responsável pela projeção<br />

dos contemplados não apenas no Brasil<br />

como no exterior. Em 2013, serão<br />

disponibilizados de R$ 100 mil a R$<br />

500 mil para os primeiros colocados<br />

regionais e nacionais de cada categoria,<br />

totalizando R$ 8 milhões.<br />

As categorias que podem concorrer<br />

são Micro e Pequena Empresa, Média<br />

Alexandre Ferreira: “A inovação é a<br />

sobrevivência do país. Não dá para se falar em<br />

desenvolvimento sem se falar em inovação”<br />

Empresa, Grande Empresa (apenas na<br />

etapa nacional), Instituição de Ciência e<br />

Tecnologia, Tecnologia Social, Inventor<br />

Inovador, Tecnologia Assistiva,<br />

Inovação Sustentável e Inovar Fundos,<br />

também restrita à etapa nacional<br />

e dividida em três subcategorias –<br />

Governança, Equipe e Operação.<br />

Lei da Inovação<br />

Outro passo grandioso dado no início de<br />

2013 para fomentar o desenvolvimento<br />

de pesquisas que gerem bens, produtos<br />

ou serviços foi a regulamentação da Lei<br />

434/2012, a Lei da Inovação, que traz<br />

uma série de estímulos às empresas e<br />

aos pesquisadores. “Isso é um grande<br />

facilitador para o pesquisador. Antes<br />

havia um impedimento legal, com<br />

a Lei de Inovação, esse fluxo pode<br />

ser facilitado, uma vez que a lei traz<br />

as contrapartidas que as empresas<br />

e pesquisadores devam ter”, diz<br />

Cristianne.<br />

Os empresários que tiverem interesse<br />

em conhecer as pesquisas desenvolvidas<br />

pela UEL podem visitar a Inovatec.<br />

Durante o evento será possível o<br />

estabelecimento de um convênio<br />

empresa/universidade. Um plano de<br />

trabalho será traçado e a pesquisa<br />

fomentada. “A universidade entra<br />

com o poder intelectual e as empresas<br />

com o insumo. Meu desejo é que os<br />

empresários locais se habituem cada<br />

vez mais a procurar a universidade para<br />

desenvolver pesquisas que alavanquem<br />

cada vez mais seus negócios”.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 31


EMPRESA FAMILIAR<br />

A ARTE DE<br />

SOBREVIVER<br />

ADMINISTRANDO<br />

NEGÓCIOS<br />

DE FAMÍLIA<br />

Em meio a grandes multinacionais<br />

e empresas de capital aberto,<br />

empresas dos mais diversos<br />

segmentos mantém a tradição e<br />

passam o comando de pai para filho<br />

Por Alexandre Sanches<br />

O crescimento de Londrina, aliado ao desenvolvimento de<br />

novas modalidades de comércio e avanço das grandes redes<br />

varejistas, mudou significativamente o perfil das empresas<br />

locais. As conhecidas empresas familiares estão dando<br />

lugar a um comércio mais agressivo, vindo muitas vezes de<br />

redes varejistas de capital aberto, o que acaba “sufocando”<br />

a tradição e aquele estilo próprio de atendimento, de<br />

administração interna, que tornava a relação fornecedor/<br />

cliente um atendimento mais íntimo.<br />

Na história de Londrina, muitos nomes de estabelecimentos<br />

que deixaram de existir como Casas Fuganti, Armarinhos<br />

Paulista, Supermercados Martins & Fernandes, Casa<br />

Gevasco, por exemplo, se confundem com o desenvolvimento<br />

do município e ainda são pontos de referência entre os<br />

habitantes mais antigos. Dos grandes empreendimentos<br />

que tinham a tradição de passar a administração de pai para<br />

filho, a Viação Garcia foi o caso mais recente da entrega<br />

total para empreendimentos externos ao município, sendo<br />

administrada, agora, pelo empresário paulista Mário Luft,<br />

que possui empresas no ramo de transporte e logística.<br />

Mas ainda há muitos estabelecimentos que nadam contra<br />

Frisocar: o fundador Settimio Giuliani já divide as<br />

funções com os filhos<br />

a maré e procuram manter a tradição de administrar as<br />

empresas, repassando o comando de pai para filho. Há casos<br />

em que essa “tradição” já está na terceira geração.<br />

Na década de 60, quando ainda havia muitos carroceiros<br />

e a região norte paranaense era tradicionalmente agrícola,<br />

com destaque para o café, surgiu a Selaria Estrela, no<br />

cruzamento das ruas Benjamin Constant com a Duque<br />

de Caxias (local onde está instalado atualmente o Pronto<br />

Atendimento Municipal). Ali, durante anos, funcionou um<br />

dos pontos mais tradicionais, próximo da linha férrea e dos<br />

armazéns de estocagem de café. Em frente estava instalado<br />

um tradicional ponto de carroceiros.<br />

Hoje, o empreendimento está distante apenas uma quadra<br />

do local e funciona com a terceira geração da família de<br />

Manoel Baptista Vera. Diante da modernidade, ainda insiste<br />

em se manter atual e atendendo não apenas uma clientela<br />

tradicional, mas também buscando novos clientes. “A loja,<br />

quando começou, era só selaria. Agora, somos obrigados<br />

a diversificar mais os nossos produtos, nos adaptar às<br />

necessidades atuais. Como produzimos produtos à base<br />

de couro, um trabalho artesanal, não temos como perder<br />

o foco”, comenta Sérgio Ricardo Pires, 44 anos, neto do<br />

fundador da empresa.<br />

Nela, trabalham quatro pessoas: Amauri (filho do fundador),<br />

Januário Pires (genro do fundador), Sérgio e Wilson (netos).<br />

“Aqui, meu tio e meu pai aprenderam a função e eu e meu<br />

irmão aprendemos também a arte de trabalhar o couro.<br />

Crescemos vendo meu pai e meu tio trabalhando com o<br />

artesanato, pegamos o gosto e começamos a nos envolver<br />

ainda cedo”, ressalta Sérgio Pires.<br />

Atualmente, Londrina possui poucas selarias, também<br />

formadas por empresas familiares. Mesmo assim, Sérgio<br />

garante que há um respeito entre a concorrência. E quanto<br />

aos afazeres internos e administrativos, cada um tem uma<br />

função específica, não havendo problemas entre eles. “A<br />

gente consegue, no final do mês, tirar o sustento suficiente<br />

para manter uma vida tranquila, sem concorrência entre<br />

nós”, salienta.<br />

32<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


“DIVERSIFICAMOS PRODUTOS, MAS MANTIVEMOS O FOCO”<br />

Autopeças<br />

Há 20 anos, membros da família Giuliani resolveram, após<br />

trabalhar anos na extinta Rolemac, comércio de rolamentos<br />

e peças automotivas, abrir um estabelecimento próprio.<br />

O comércio de autopeças e adereços automobilísticos<br />

levou à criação da Frisocar, uma empresa que está sendo<br />

administrada pelo seu fundador, Settimio Giuliani, 67 anos,<br />

e seu filho, Alessandro Settimio Giuliani, 38. Além deles,<br />

uma filha e um genro do fundador também atuam no<br />

empreendimento com 13 outros funcionários.<br />

“Eu aprendi a função com meu pai, quando comecei a<br />

trabalhar na Rolemac em 1989. Em 1993 iniciamos nosso<br />

empreendimento no ramo de autopeças e, em 1995, com a<br />

abertura de uma filial, acabamos estruturando a Frisocar.<br />

Desde então, vamos administrando a empresa e procurando<br />

fincar nossas raízes nesse setor”, comenta Alessandro, que há<br />

23 anos trabalha direto com o pai, de quem pegou o gosto<br />

pela profissão.<br />

Apesar da concorrência e do número de funcionários, ele<br />

diz que a empresa é bem administrada pelos membros da<br />

família, o que não evita divergências nas ideias e formas<br />

de administrar o empreendimento. “Apesar de haver<br />

divergências, a gente consegue resolver de forma mais fácil<br />

por estarmos entre membros da mesma família, evitando<br />

que isso afete a produção da empresa. Todos temos funções<br />

bem definida, mas um ajuda o outro quando precisa”,<br />

enfatiza.<br />

Rede de lojas<br />

Selaria Estrela: diferentes gerações, um<br />

mesmo negócio<br />

Se para manter uma empresa pequena de cunho familiar<br />

já não é fácil, o que dizer de uma empresa de maior porte,<br />

com 18 unidades distribuídas no norte do Estado e em Santa<br />

Catarina Pois este desafio está sendo administrado pelo<br />

empresário e diretor da <strong>ACIL</strong>, Marcelo Ontivero, ao manter<br />

a loja fundada pelo pai, Francisco Ontivero, que continua<br />

trabalhando na empresa.<br />

Criada em 1967, a Móveis Brasília, em pouco mais de<br />

40 anos de história, se estruturou para concorrer com as<br />

grandes redes de lojas do setor de móveis, eletrodomésticos<br />

e eletroeletrônicos. “O nosso diferencial está em ser uma<br />

empresa familiar, que se estruturou ao longo dos anos,<br />

investindo boa parte do lucro na firma. Hoje estamos<br />

investindo em outros setores, como o atacadista, para<br />

podermos sobreviver aos novos empreendimentos que<br />

estão com campanhas agressivas, inclusive o comércio<br />

eletrônico”, comenta.<br />

Marcelo Ontivero faz parte da segunda geração a trabalhar<br />

na empresa fundada pelo pai. Do núcleo familiar, são seis<br />

pessoas na administração: além dele, os pais, os irmãos e<br />

um cunhado estão à frente do empreendimento. E o maior<br />

desafio, além de administrar o quadro de funcionários e as<br />

18 unidades distribuídas em dois Estados, é se manter em<br />

um comércio onde a concorrência é geral.<br />

“Nós estamos entre os grandes empreendimentos, muitas<br />

vezes de capital aberto, que estão chegando e ocupando<br />

espaços preciosos em Londrina, e a pequena loja que possui<br />

benefícios fiscais que não temos. Mesmo assim, trabalhamos<br />

com crediário próprio, facilitando a negociação com clientes,<br />

procurando manter a tradição e antigos clientes comprando<br />

conosco”, salienta, lembrando que o diferencial de uma<br />

empresa familiar é estar próximo do cliente, podendo dar<br />

um atendimento diferenciado.<br />

“Temos clientes que chegam para nós e até trazem um carnê<br />

do crediário de mais de 30 anos para mostrar que gostam de<br />

comprar conosco. Temos clientes fieis e procuramos fidelizar<br />

isso. Mas isso está cada vez mais difícil, principalmente<br />

com as constantes promoções dos grandes varejistas e do<br />

comércio eletrônico”, ressalta.<br />

Sobre fato de ser uma empresa administrada por integrantes<br />

de uma mesma família, Marcelo Ontivero diz que não há<br />

problemas nisso. “Hoje temos setores que tomam decisões<br />

de forma mais autônoma e cada um de nós tem uma função<br />

específica na empresa. E quando há alguma diferença,<br />

procuramos dirimir nas reuniões semanais envolvendo<br />

todos os setores e procurando levar a empresa para um<br />

caminho único e mais seguro de decisões para que possamos<br />

continuar vivos no mercado.”<br />

Em relação à possibilidade de uma terceira geração<br />

continuar a administrar os negócios, Marcelo Ontivero<br />

diz que está trabalhando o filho mais velho, de 17 anos,<br />

para que possa pegar gosto pelo empreendimento e possa<br />

levá-lo adiante. Para isso, o garoto está se preparando para<br />

ingressar no curso de Administração de Empresas. “Temos<br />

que criar a cultura, o gosto neles e ver a vocação de cada um.<br />

Acredito que será possível, sim, ver numa terceira geração<br />

a continuidade desse trabalho iniciado na década de 60”,<br />

assegura.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina<br />

33


COMPRAS E LAZER<br />

O RENASCIMENTO DO<br />

MARCO ZERO<br />

Boulevard Londrina Shopping, primeiro<br />

empreendimento da Sonae Sierra no Sul do Brasil,<br />

abre as portas e movimenta o cenário econômico da<br />

região<br />

Por Paulo Briguet<br />

Em 21 de agosto de 1929, uma caravana liderada por George Craig Smith, funcionário da<br />

Companhia de Terras Norte do Paraná, chegou ao lugar que hoje conhecemos por Londrina.<br />

O topógrafo russo Alexander Razgulaeff gritou: “É aqui!”. Aqui era o início da imensa área a<br />

ser colonizada pela Companhia de Terras Norte do Paraná. O local de chegada da primeira<br />

caravana passaria a ser conhecido como Marco Zero.<br />

Situado atualmente no limite entre a área central e Região Leste da cidade, o Marco Zero passou<br />

nos últimos anos por um período difícil, marcado pelo abandono, quase esquecido por todos.<br />

Mas essa história começou a mudar. Oitenta e quatro anos depois da caravana pioneira, o local<br />

está sendo palco de uma profunda transformação na economia e na infraestrutura urbana. Em<br />

3 de maio, foi inaugurado o Boulevard Londrina Shopping, numa parceria entre a Sonae Sierra<br />

34<br />

BOULEVARD<br />

EM NÚMEROS<br />

47,8 mil m 2<br />

de área locável<br />

216 lojas<br />

6 âncoras<br />

6 semiâncoras<br />

3 restaurantes<br />

31 fast-foods<br />

7 salas de cinema<br />

1 área de lazer e<br />

entretenimento<br />

1 hipermercado<br />

2.400 vagas de<br />

estacionamento<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


SHOPPING FOI CONSTRUÍDO NUMA REGIÃO HISTÓRICA DA CIDADE<br />

Brasil e o grupo londrinense Marco Zero.<br />

O surgimento do novo shopping abre uma nova fase no<br />

panorama competitivo de Londrina; é o renascimento<br />

daquele pedaço histórico do nosso chão. “Mesmo com<br />

todas as dificuldades políticos que enfrentamos nos últimos<br />

anos, e que acreditamos terem acabado em janeiro de 2013,<br />

conseguimos mostrar que é possível investir em nossa terra<br />

e nossa gente”, disse o empresário Raul Fulgêncio, do grupo<br />

Marco Zero. Segundo ele, o Boulevard Shopping é a grande<br />

âncora do Complexo Marco Zero, que já conta com a loja<br />

de departamentos Leroy Merlin, inaugurada em 2012, e<br />

terá ainda o Teatro Municipal, uma unidade do Hotel Ibis e<br />

16 torres comerciais e residenciais. O complexo terá ainda<br />

um boulevard de 700 metros de extensão e 26 de largura,<br />

interligando os edifícios, o teatro e o shopping – daí o nome<br />

escolhido para o empreendimento. As obras de revitalização<br />

no entorno vão garantir iluminação, segurança e facilidade<br />

de acesso para os moradores da região – o que certamente já<br />

está valorizando o preço dos imóveis locais. Sem dúvida, um<br />

renascimento.<br />

O Boulevard Londrina Shopping será o primeiro empreendimento da Sonae Sierra na Região<br />

Sul do Brasil. São 216 lojas em 47,8 mil metros quadrados de área bruta locável. O investimento<br />

líquido foi de R$ 320 milhões, com geração de 3 mil empregos diretos.<br />

O shopping traz para os moradores da região algumas operações de sucesso nacional que<br />

são inéditas na cidade, como Livraria Saraiva, Cinemark, Luigi Bertolli, Emme, Memove,<br />

Striker Boliche, hipermercado Walmart, Zelo e Magic Games. As lojas Centauro, Kalunga,<br />

Magazine Luiza, Renner, Ri Happy, Arezzo, Artex, Chilli Beans, CNS, Hering, Lupo, Mmartan,<br />

Multicoisas, O Boticário, Shoulder, Siberian, Space Music, Vivara e World Tennis, entre outras,<br />

completam o variado mix. O empreendimento conta ainda com diversas lojas locais, como, por<br />

exemplo, Billie, Cat & Dog, Fátima Martins, For Boys For Girls e das operações de alimentação<br />

Hot & Roll, Boteco Ke Ry, Restaurante Dá Licença e Temaki Club.<br />

Decoração rende homenagem a Londres<br />

Como se sabe, a colonização de Londrina foi iniciada graças à atuação da Companhia de Terras<br />

Norte do Paraná, uma empresa de capital inglês. Conta-se que o pioneiro Arthur Thomas<br />

andava pelas ruas de Londres quando encontrou Lord Lovat e ambos conversaram sobre os<br />

planos de investir na América Latina. De certa forma, pode-se dizer que Londrina nasceu em<br />

Londres. O nome da cidade, sugerido por João Sampaio, também diretor da Companhia de<br />

Terras, significa literalmente “Filha de Londres”, embora muitos prefiram chamar a cidade<br />

de “Pequena Londres”. Controvérsias à parte, é evidente que a capital britânica teve uma<br />

importância considerável nos primeiros passos da nossa cidade.<br />

A Sonae Sierra e o Grupo Marco Zero aproveitaram essa referência ao Reino Unido para<br />

tematizar toda a decoração do Boulevard Londrina Shopping. Por toda parte, encontramos<br />

referências ao visual londrino e à cultura britânica: as tradicionais cabines telefônicas<br />

vermelhas; os soldados da Guarda da Rainha; a roda-gigante conhecida como London Eye; os<br />

imprescindíveis guarda-chuvas; personagens como James Bond, Sherlock Holmes e Alice no<br />

País das Maravilhas; luminárias e abajures estampados com padrões tipicamente ingleses. Até<br />

os banheiros são decorados com motivos britânicos – não falta nem o onipresente aviso “Mind<br />

the gap” aos passantes.<br />

Com a inauguração do Boulevard, Londrina homenageia Londres e projeta um futuro repleto<br />

de desenvolvimento e qualidade de vida.<br />

Raul Fulgêncio em frente à maquete do empreendimento: “Mesmo com todas as<br />

dificuldades políticos que enfrentamos nos últimos anos, conseguimos mostrar que<br />

é possível investir em nossa terra e nossa gente”<br />

“<br />

Shopping será um<br />

marco para a cidade<br />

de Londrina e região.<br />

Oferecemos um<br />

empreendimento que<br />

não será apenas um<br />

centro de compras,<br />

mas também um<br />

espaço de convivência,<br />

onde todos poderão<br />

encontrar lazer e<br />

gastronomia de<br />

qualidade.<br />

José Baeta Tomás<br />

CEO da Sonae<br />

Sierra Brasil<br />

“<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 35


ESCOLA DE PILOTOS<br />

ASAS DO<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Foto: http://www.sxc.hu/browse.phtmlf=<strong>download</strong>&id=1254132<br />

Desde que decolou, há 72 anos, o Aeroclube de Londrina faz um voo paralelo<br />

à evolução da cidade. Escola é referência para a aeronáutica brasileira<br />

Por Aurélio Cardoso<br />

“A vontade de aprender a voar nasceu<br />

comigo”. Desta maneira, os pilotos de<br />

avião geralmente descrevem como criaram<br />

coragem para transformar o sonho de voar<br />

em realidade. Em Londrina, esta capacidade<br />

tem um grande aliado com mais de 72 anos:<br />

o Aeroclube.<br />

A história do Aeroclube de Londrina sempre<br />

seguiu paralelamente à própria evolução<br />

da cidade. Hoje, a escola de pilotagem<br />

forma em média 100 pilotos privados por<br />

ano, além de ter aulas para mecânicos de<br />

manutenção aeronáutica, comissário de<br />

voo, cursos de voo por instrumentos, e<br />

instrutor de voo de avião.<br />

“Temos quase 300 alunos nas nossas salas de<br />

aula; ano passado formamos 104 somente no<br />

curso de piloto privado. Vem gente de todas<br />

as regiões do Brasil, o que ajuda a confirmar<br />

que somos referência entre os aeroclubes<br />

do País, um expoente pela qualidade dos<br />

serviços”, explica o presidente do Aeroclube<br />

de Londrina, Antônio Francisco Magnani.<br />

Presidente eleito para o biênio 2011/13,<br />

Magnani é um apaixonado por aviação. O<br />

presidente seguiu a ordem natural dentro<br />

do Aeroclube e, depois de entrar para<br />

fazer um curso de mecânica de aviação,<br />

foi convidado a fazer parte da diretoria<br />

até o convite para dirigir a escola. O até<br />

então bancário se aposentou e passou a se<br />

dedicar integralmente ao clube. “Depois<br />

que me aposentei, fiz o curso de mecânico<br />

de aviação e fui ficando por aqui. Com o<br />

passar do tempo, conquistei o meu espaço e<br />

cheguei à Presidência. Aviação é fascinante<br />

e o desejo de voar já nasce com a gente.”<br />

Em 2007, a excelência dos serviços recebeu<br />

o aval da ANAC (Agência Nacional de<br />

Aviação Civil), que considerou o Aeroclube<br />

de Londrina o melhor do Brasil. “Temos<br />

aqui uma aviação de primeira linha.<br />

Estamos melhorando nossa estrutura para<br />

atender ainda melhor. Somente em 2012,<br />

voamos oito mil horas, o que significa<br />

mais de 300 horas por mês em média e<br />

pouco mais de 19 mil pousos e decolagens”,<br />

comenta Magnani.<br />

A estrutura do Aeroclube de Londrina,<br />

que começou com um hangar e hoje conta<br />

com vários, tem 12 mil metros quadrados<br />

de instalações próprias. A escola tem 32<br />

funcionários, sendo 11 instrutores práticos,<br />

e 14 aeronaves. Uma reforma – que custará<br />

mais de R$ 100 mil – envolve as sete salas<br />

de aula e demais instalações. O local tem<br />

ainda dois alojamentos com 45 lugares para<br />

alunos que vêm de outras cidades.<br />

36<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


ESCOLA DE PILOTOS GANHOU FORÇA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL<br />

O simulador, que possui certificado para<br />

treinamento de voos por instrumentos, é<br />

um dos destaques da estrutura. O aparelho<br />

é comandado por um ex-aluno, Odvard<br />

Sanchez Rossini, 60 anos, que por décadas<br />

foi piloto em companhias como Varig e<br />

Rio Sul, acumulando experiência de mais<br />

de 11 mil horas de voo. “Eu me formei<br />

aqui no Aeroclube em 1971 e, depois de<br />

rodar o mundo, voltei. Agora dou aulas no<br />

simulador, onde o aluno aprimora pousos e<br />

decolagens”, afirma Rossini.<br />

O sonho de tirar o brevê<br />

As salas de aula do Aeroclube estão cheias<br />

de interessados pelo fascinante mundo<br />

da aviação, mas o preço para tirar o brevê<br />

(habilitação de piloto) é de R$ 14 mil. O<br />

investimento é alto; muitos hesitam.<br />

“Decidi virar piloto em 2011, mas desde<br />

criança tenho essa paixão pela aviação.<br />

No começo, minha família achou loucura,<br />

perigoso e muito caro o custo para se tirar o<br />

brevê de piloto. Mas depois perceberam que<br />

é um investimento a longo prazo”, explica o<br />

aluno Vinícius Felipe Belinati, 19 anos.<br />

Assim como muitos dos quase 300<br />

frequentadores das aulas no Aeroclube<br />

de Londrina, Vinícius cursa Ciências<br />

Aeronáuticas na Unopar, que acabou<br />

trazendo para Londrina alunos com<br />

interesse por aviação.<br />

“Entrei no curso na Unopar e no ano<br />

passado terminei o curso de piloto privado.<br />

Agora faço aulas de piloto comercial,<br />

que termino em junho. Depois, pretendo<br />

ser instrutor, além de buscar uma vaga<br />

em alguma companhia aérea”, completa<br />

Vinícius.<br />

Depois de quatro meses de aulas teóricas<br />

no curso de piloto privado, cada aluno<br />

é analisado por uma banca de avaliação<br />

coordenada pela ANAC. Se aprovado, ele<br />

passa a fazer a aulas práticas, totalizando<br />

40 horas de voo e um ‘voo cheque’. Para<br />

virar piloto profissional, é necessário ainda<br />

o curso de piloto comercial e novas e<br />

rigorosas avaliações.<br />

“Também temos aulas noturnas requeridas<br />

para a aquisição do brevê. O custo é alto,<br />

e existem desistências no caminho, mas é<br />

um sonho caro que traz muitos benefícios<br />

ao piloto durante a carreira”, acrescenta o<br />

presidente Antônio Francisco Magnani.<br />

História começou durante a guerra<br />

O Aeroclube de Londrina foi fundado<br />

em janeiro 1941, ganhou força durante<br />

a Segunda Guerra Mundial, quando os<br />

aeroclubes formavam pilotos civis que<br />

pudessem auxiliar a campanha brasileira no<br />

conflito.<br />

Com apoio do governo, os campos de<br />

aviação foram se ampliando; anos depois,<br />

transformaram-se em escolas de pilotagem.<br />

O governo cedia os aviões e ajudava a<br />

estruturar cada aeroclube. Em Londrina, a<br />

necessidade de ampliação durante a década<br />

de 1940 acompanhou a evolução de todo o<br />

Norte do Paraná.<br />

“Ouro verde”, o café reinava nas<br />

lavouras. Para que os aviões ajudassem<br />

no transporte da colheita, o aeroporto<br />

de Londrina precisou ser ampliado.<br />

Assim como o Aeroclube, o aeroporto<br />

funcionava na Aviação Velha, na zona sul.<br />

Na década de 50, membros do Aeroclube<br />

se esforçaram para ocupar o terreno já<br />

adquirido pela Prefeitura anos antes e<br />

fazer a mudança para o atual local. O<br />

aeroporto sofreu processo semelhante.<br />

O local onde fica o aeroporto era o Lote<br />

1 da Companhia de Terras do Norte do<br />

Paraná.<br />

O professor Jonas Liasch Filho, que há<br />

19 anos está à frente de várias disciplinas,<br />

ministrando aulas em todos os cursos do<br />

Aeroclube, além de fazer parte da diretoria,<br />

também é um apaixonado pela história<br />

do Aeroclube e, consequentemente, pela<br />

história da aviação londrinense.<br />

Ele explica que o Lote 1 era ocupado por<br />

uma colônia de japoneses, mas, com a<br />

guerra, os descendentes não reclamaram<br />

muito em deixar o local, transferindose<br />

para o centro da cidade, a pedido da<br />

Prefeitura.<br />

“Hoje, o aeroporto fica perto demais da<br />

cidade, mas na época não era. E a colônia<br />

japonesa deu lugar à pista que existe<br />

hoje, com os primeiros pés de café sendo<br />

arrancados por membros do Aeroclube. O<br />

aeroporto veio para este local em 1953 e a<br />

pista pavimentada foi inaugurada somente<br />

em 1956, junto com o nosso primeiro<br />

hangar”, conta Liasch.<br />

Mais detalhes podem ser conhecidos no blog<br />

mantido pelo professor: culturaaeronautica.<br />

blogspot.com.br<br />

<strong>ACIL</strong> e Aeroclube, uma sólida<br />

parceria<br />

Assim como a <strong>ACIL</strong>, o Aeroclube de<br />

Londrina faz parte da história da cidade.<br />

Muitos dirigentes que estiveram à frente das<br />

duas instituições viraram prefeitos, políticos<br />

importantes e responsáveis por atos que<br />

ajudaram no desenvolvimento de Londrina<br />

e região.<br />

“O Aeroclube ocupa lugar de referência<br />

na aviação brasileira. A reformulação<br />

da estrutura me chamou a atenção e o<br />

Aeroclube seguirá ajudando a elevar<br />

Londrina no cenário nacional”, afirma o<br />

presidente a <strong>ACIL</strong>, Flávio Balan.<br />

David Dequech Neto, que foi presidente do<br />

Aeroclube de 1996 a 1998, e diretor técnico<br />

no biênio 2000/02, acabou sendo presidente<br />

da <strong>ACIL</strong> de 2002 a 2004. Ele conta que na<br />

época que era estudante de Direito, era<br />

comum os jovens almejarem o curso de<br />

piloto e retirada do brevê.<br />

“Incentivado pelo meu tio Norton, fiz o<br />

curso de piloto privado e tirei o brevê.<br />

Depois os colegas sugeriram que entrasse<br />

para a diretoria, era época de buscar<br />

recursos para manter o aeroclube e foi um<br />

esforço conjunto que deu muito resultado”,<br />

conta David.<br />

Depois que o Departamento de Aviação<br />

Civil (DAC) deixou de repassar verba<br />

federal para o Aeroclube, nos anos 1980,<br />

os associados se juntaram para buscar<br />

recursos. “O Aeroclube era um dos poucos<br />

que formava pilotos observando de perto<br />

a movimentação aérea por ter o aeroporto<br />

próximo. Isso sempre foi um grande<br />

diferencial. A cidade continuou crescendo e<br />

o Aeroclube também. Fico feliz em ter feito<br />

parte dessa rica história”, diz Dequech Neto.<br />

Antônio Francisco Magnani: “Vem<br />

gente de todas as regiões do Brasil<br />

(em busca de formação), o que ajuda a<br />

confirmar que somos referência entre os<br />

aeroclubes do País”<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 37


MEIO AMBIENTE<br />

TODO MUNDO TEM<br />

E-LIXO<br />

O mundo virtual produz resíduos reais. Pioneira na reciclagem<br />

de produtos eletrônicos, a ONG E-Lixo planeja campanha de<br />

doações em parceria com a <strong>ACIL</strong><br />

38<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


“VAMOS ORGANIZAR UM DIA DO DESCARTE EM PARCERIA COM A <strong>ACIL</strong>”<br />

Por Paulo Briguet<br />

Há cinco anos, os jornais denunciavam a existência de um “lixão<br />

tecnológico” em Londrina. À margem da Estrada dos Pioneiros, as<br />

pessoas jogavam todo tipo de equipamento eletrônico em desuso,<br />

principalmente computadores. Um dia, os fiscais da Prefeitura<br />

conseguiram identificar uma empresa que havia feito descarte de<br />

computadores no local. Com medo de levar multa, os responsáveis<br />

pelo lixo eletrônico queimaram tudo e passaram um trator por cima.<br />

Virou um monte de cinza. Um desastre!<br />

O técnico em informática Alex Gonçalves acompanhou, estarrecido,<br />

as notícias sobre o tal lixão. Trabalhando com computadores desde<br />

a adolescência, Alex sempre esteve atento à questão dos resíduos<br />

da tecnologia. Ele sabia que o chamado mundo virtual gera um<br />

passivo bastante real. “Na Prefeitura me disseram que ninguém fazia<br />

recolhimento de lixo eletrônico na cidade. Foi então que tive a ideia de<br />

criar um projeto para recolher e reciclar esse tipo de material”, conta<br />

Alex. Assim nasceu a E-Lixo.<br />

No começo, vieram as equipes de reportagem. E, logo em seguida,<br />

chegou o primeiro caminhão cheio de equipamentos. Nos primeiros<br />

meses, a ONG recebia mensalmente uma média de 8 toneladas de<br />

material. Atualmente, o barracão onde funciona a E-Lixo, na Vila<br />

Portuguesa, recebe 60 toneladas por mês. “Aqui eu não compro<br />

material. Só recebemos doações”, diz Alex. “Mesmo assim, a demanda<br />

é muito grande e continua crescendo. Por isso, em breve precisaremos<br />

de um espaço maior. Se eu tivesse o dobro de espaço e saísse atrás de<br />

doações, certamente encontraria demanda.”<br />

É tudo que vai na tomada<br />

ou tem bateria<br />

“Lixo eletrônico é tudo aquilo que vai ligado na tomada ou<br />

funciona com bateria”, define Alex Gonçalves. Mais de 80% dos<br />

equipamentos doados são computadores. Mas a E-Lixo aceita todos<br />

os materiais permitidos por lei: televisores, geladeiras, micro-ondas,<br />

eletrodomésticos, celulares, carregadores. Alguns materiais, como<br />

lâmpadas e pilhas, têm legislação específica e não entram nessa<br />

lista. “Aqui na ONG temos um licenciamento, somos obrigados a<br />

comprovar que podemos dar uma destinação aos produtos coletados.”<br />

Hoje em dia as pessoas trocam de computador com muita facilidade<br />

e rapidez. Novos modelos surgem a toda hora – e os equipamentos<br />

antigos precisam ser descartados. Quando a E-Lixo recebe uma<br />

doação, o primeiro passo é tentar o reaproveitamento do produto em<br />

sua função original. “Outro dia uma empresa doou 300 computadores<br />

usados. Todos puderam ser reaproveitados em escolas públicas da<br />

cidade”, conta Alex. “Uma creche próxima à ONG não tinha nenhum<br />

computador até meses atrás. Hoje tem cinco.” Esse trabalho – de<br />

caráter ecológico e social – já valeu amplo reconhecimento à E-Lixo,<br />

inclusive o Prêmio Nossa Gente de Londrina e o Top de Marcas em<br />

2012.<br />

Se o equipamento não pode ser reutilizado, os sete recicladores da<br />

E-Lixo entram em ação para separar os seus componentes. “Temos<br />

contatos com indústrias que reaproveitam plástico, vidro, placas de<br />

metal, monitores”, explica o diretor da organização. “Antes de fazer o<br />

licenciamento ambiental, precisamos ter o nome de todas as indústrias<br />

receptoras. É preciso fechar um ciclo. Tudo que é gerado precisa ter<br />

um destino.”<br />

Apesar do nome da ONG, Alex Gonçalves não gosta muito de utilizar<br />

a palavra lixo para se referir ao material com que trabalha. “A gente se<br />

acostumou a falar lixo, mas não seria esse o nome correto. Se tem valor<br />

econômico, não é lixo. Preferimos dizer resíduo.”<br />

Lixo ou resíduo, não importa o nome que se dê, o assunto faz parte do<br />

cotidiano de todos nós. “Trabalho com informática desde os 13 anos,<br />

do tempo das telas de fósforo verde, com equipamentos que custavam<br />

o mesmo que um carro”, relembra Alex. “Tive o meu primeiro celular<br />

com 18 anos. Hoje uma criança de 10 anos tem celular, câmera, MP3,<br />

i-Pad. E tudo isso terá que ser descartado um dia... Agora, a população<br />

precisa aprender o valor e a importância da destinação correta desses<br />

produtos.”<br />

Na visão do criador da E-Lixo, o lixo eletrônico em breve será como<br />

o lixo doméstico. “Você vai abrir a gaveta e encontrar três celulares,<br />

dois carregadores, um laptop, e assim por diante. As pessoas vão se<br />

acostumar ao descarte correto. Vai virar rotina.”<br />

Já é rotina para muitas empresas que procuram a E-Lixo periodicamente<br />

com doações de equipamentos. Enquanto Alex Gonçalves concedia<br />

entrevista, um caminhão, uma caminhonete e um carro de passeio<br />

estacionaram diante do barracão da ONG. Todos traziam doações.<br />

Alex Gonçalves agora pretende realizar uma parceria com a <strong>ACIL</strong><br />

para incentivar a doação de equipamentos eletrônicos usados entre<br />

os empresários da cidade. “Vamos escolher um local de fácil acesso e<br />

pedir que as pessoas levem as doações até lá, em um sábado”, propõe.<br />

Se houver boa aceitação, a campanha do Dia do Descarte pode se<br />

tornar periódica, em diferentes locais da cidade. “Fizemos isso em<br />

Presidente Prudente e deu certo”, diz Alex.<br />

E você, que leu esta reportagem, certamente deve ter pensado nos<br />

equipamentos eletrônicos sem uso em sua casa ou empresa. Sim, todo<br />

mundo tem e-lixo.<br />

Serviço:<br />

E-Lixo – Associação de Recicladores de Lixo Eletro-Eletrônico.<br />

Rua Ermelindo Leão, 385.<br />

Fone: (43) 3339-0475 e 9995-1102.<br />

www.elixo.org.br<br />

Alex Gonçalves, coordenador da E-Lixo<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 39


ARTIGO<br />

POR QUE O MARXISMO PROSPERA<br />

APENAS NAS UNIVERSIDADES<br />

5) As universidades preservam o marxismo como relíquia<br />

histórica e delícia retórica<br />

Se você marcar todas as alternativas, acerta.<br />

Por Domingos Pellegrini<br />

O marxismo, falido econômica e politicamente no mundo,<br />

prospera apenas nas universidades latinóides porque:<br />

1) É mais fácil manter uma crença velha do que ter idéias novas<br />

2) O marxismo dá auto-apreciação heróica para pessoas medrosas<br />

3) Nas universidades se refugia gente sem capacidade de<br />

iniciativa, que é a base do capitalismo<br />

4) O marxismo é religião com culto de santos ideológicos,<br />

padrinhos políticos e compadrio de colegas, com cátedras como<br />

catedrais de teoria inútil, e só na “automania universitária essa<br />

religião pode sobreviver (automania é o privilégio de justificar todas<br />

as distorções e aberrações em nome da autonomia universitária)<br />

Immanuel Wallerstein abre assim seu livro Após o Liberalismo<br />

(subtítulo: Em Busca da Reconstrução do Mundo, Editora Vozes):<br />

“A destruição do Muro de Berlim e a posterior dissolução da URSS<br />

foram comemoradas como sinais da queda dos comunismos<br />

e do colapso do marxismo-leninismo como força ideológica<br />

no mundo moderno. Isso corresponde à verdade, sem dúvida.<br />

Esses acontecimentos também foram comemorados como prova<br />

do triunfo final do liberalismo como ideologia. Neste caso,<br />

estamos diante de uma interpretação absolutamente equivocada<br />

da realidade. Muito pelo contrário, aqueles acontecimentos<br />

assinalaram ainda mais o colapso do liberalismo e nosso ingresso<br />

definitivo no mundo de ‘após o liberalismo’”.<br />

Depois, ele encerra assim a introdução do livro:<br />

“Ficou para trás o tempo dos ideólogos liberais arrogantemente<br />

autoconfiantes. Os conservadores ressurgiram, após uma<br />

auto-humilhação que durou 150 anos, propondo um egoísmo<br />

impiedoso, mascarado por carolices e misticismo, como<br />

substituto ideológico. Mas essa conversa não cola mesmo. Os<br />

conservadores costumam ser presunçosos quando dominam<br />

e muito raivosos e vingativos quando ficam expostos, ou<br />

mesmo quando se acham seriamente ameaçados” (como aliás,<br />

acrescentemos, os revolucionários e esquerdosos). “Cabe a todos<br />

que foram excluídos do sistema mundial pressionar em todas as<br />

frentes. O objetivo central não é mais a tomada do poder estatal.<br />

Precisam fazer algo muito mais complicado: têm de assegurar a<br />

criação de um novo sistema histórico, agindo conjuntamente e ao<br />

mesmo tempo em nível estritamente local e precisamente global.<br />

Isto é difícil, mas não impossível.”<br />

Ou seja: enquanto os novos agentes sociais, gente querendo menos<br />

corrupção e mais efetividade dos serviços públicos e direitos<br />

humanos, protesta nas redes sociais, vai às ruas, pressiona os<br />

governos, nas universidades os dinossauros marxistas fazem<br />

seminários, tentando reproduzir sua visão de mundo baseada<br />

na luta de classes e na selvageria do capitalismo (enquanto nem<br />

uma nem outra coisa quase não existem mais. O capitalismo só é<br />

selvagem na China “marxista”, sem direitos trabalhistas e humanos,<br />

e a luta de classes fantoche só continua entre fazendeiros e MST...<br />

No resto do mundo, patrões, empregados e autônomos trabalham<br />

em parceria, cada um atendendo livremente às suas vocações).<br />

40<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


SOCIEDADE PRODUTIVA QUER INICIATIVAS, INOVAÇÕES E OUSADIA – NÃO MARXISMO<br />

Além da cegueira para os fatos, com as traves da ideologia<br />

sobre os olhos, os dinossauros das universidades continuam<br />

cultivando o marxismo por compadrismo. Professores que se<br />

conheceram quando usavam barbichas guevarianas, e calçavam<br />

coturnos como Fidel, e vibravam com os vietcongs, depois foram<br />

adaptando o figurino, mas as cabeças continuaram petrificadas<br />

enquanto as barrigas burguesmente cresciam.<br />

Acreditaram piamente que era propaganda ianque as denúncias<br />

de repressão, genocídio e perseguições na Rússia. Depois,<br />

quando o próprio Kruschev denunciou os crimes do stalinismo,<br />

bocejaram, afinal aquilo acontecera tão longe... Quando a<br />

Revolução Vermelha esfrangalhou a sociedade chinesa, em nome<br />

da pureza revolucionária, fizeram-se de desentendidos. Quando<br />

a propaganda não conseguiu mais disfarçar o fracasso cubano,<br />

continuaram acusando o bloqueio norte-americano, como se o<br />

resto do mundo não ajudasse aquele pobre povo com comércio e<br />

turismo, além do dinheiro enviado pelos exilados cubanos, hoje<br />

a maior fonte de renda na miséria da ilha “com saúde e educação<br />

excelentes” só para quem nunca esteve lá.<br />

Afinal, se os compadres marxistas começassem a acreditar nos<br />

fatos e a debater suas causas, acabariam em pessoal desastre<br />

duplo, deixando de ser marxistas e compadres. O máximo que<br />

admitiram foi assimilar o ecologismo, não como receita universal<br />

de vida, mas como tática de retaliação ao capitalismo, como se a<br />

China também não fosse super poluidora.<br />

E finalmente no terceiro milênio, quando as sociedades precisam<br />

de valores para alavançar desenvolvimento social com mérito, e de<br />

técnicas para apoiar o desenvolvimento econômico sustentável,<br />

as universidades ainda abrigam setores praticamente dominados<br />

por marxistas que vivem de costas para a sociedade, a História e<br />

o futuro.<br />

A sociedade produtiva quer iniciativas, inovações e ousadia, a<br />

universidade marxista quer protecionismo, corporativismo e<br />

autonomia defendida com unhas e dentes porque suas contas,<br />

como aliás dos governos e Estados em geral, não resistiriam<br />

a um mês na vida real dos mercados e da economia que, com<br />

seus tributos, sustentam as universidades inchadas e os Estados<br />

agigantados, a cultivar sistêmica corrupção, super burocracia e<br />

hiper tributação.<br />

Até quando Usando uma retórica marxista, pode-se dizer que<br />

a avaliação crítica, o enxugamento, o choque de produtividade e<br />

a chamada de responsabilidades são tarefas revolucionárias que<br />

a sociedade deve se impor, se quiser deixar de ser custeadora<br />

e refém dos corruptos e dos ideológicos, duas faces do mesmo<br />

monstro anti-social.<br />

Domingos Pellegrini é escritor.<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 41


COLUNA DA <strong>ACIL</strong><br />

Arco Norte é apresentado à<br />

Antonov no Rio de Janeiro<br />

Uma nova reunião com projeção de futuro<br />

do projeto Arco Norte foi concretizada<br />

recentemente. O tema foi debatido entre<br />

a <strong>ACIL</strong> e a Antonov, no dia 10 de abril, no<br />

Rio de Janeiro. Representantes da Associação<br />

Comercial, entre eles o presidente Flávio<br />

Montenegro Balan, e o consultor Marcelo<br />

Mafra, tiveram a oportunidade de apresentar<br />

o conceito do projeto ao chefe de expansão<br />

da empresa ucraniana, Viktor Konarev.<br />

A Antonov é uma companhia estatal<br />

especializada em projetar e construir<br />

aeronaves cargueiras, notadamente aviões de<br />

grande porte. Em 2009, quando o assunto foi<br />

tratado pela primeira vez entre as lideranças,<br />

os empresários da ucrânia sinalizaram o<br />

interesse pelo Arco Norte e informaram<br />

que aguardariam por uma definição mais<br />

objetiva do projeto.<br />

“Nós vendemos o Arco Norte como sendo<br />

um potencial câmbio logístico internacional.<br />

A empresa tem a intenção de ter uma<br />

operação industrial no Brasil, trabalhar<br />

inicialmente com aviões de pequeno e médio<br />

porte e estão buscando parceiros. Então<br />

apresentamos a proposta do Arco Norte<br />

como sendo um local adequado para uma<br />

indústria de base aérea”, explica Marcelo<br />

Mafra.<br />

Um dos principais argumentos utilizados<br />

para exaltar o Arco Norte foi a localização<br />

estratégica de Londrina dentro do mercado<br />

brasileiro, já que 70% do PIB e consumo<br />

nacional se concentram nas regiões sul e<br />

sudeste. “Outro aspecto é que se trata de um<br />

equipamento que vai ser projetado com as<br />

necessidades mais modernas da atualidade<br />

e ser um equipamento logístico. Isso cria<br />

eficiência”, justifica o consultor.<br />

Aliás, sobram características positivas<br />

quando o referencial é Londrina. A cidade de<br />

médio porte possui qualidade elevada, custo<br />

extremamente competitivo, diferencial de<br />

mão de obra, além dos recursos naturais, não<br />

tão caros como nos grandes centros.<br />

Segundo Marcelo Mafra, além de oferecer<br />

um espaço, o grupo que viajou ao Rio<br />

de Janeiro também teve o propósito de<br />

promover o desenvolvimento e colaborar<br />

com a busca de parceiros internacionais para<br />

atender às expectativas da Antonov. “Houve<br />

um entendimento de ambas as partes e o<br />

indicativo da possibilidade de uma parceria<br />

com o Paraná, em particular com Londrina”,<br />

acrescentou.<br />

O próximo passo para fortalecer e oficializar<br />

o diálogo é a formulação de um documento<br />

que apresente todas essas definições. “Vamos<br />

oficializar a comunicação propondo à<br />

empresa as nossas intenções para dar início<br />

ao trâmite”, revelou Marcelo Mafra.<br />

Darci Piana recebe<br />

homenagem na <strong>ACIL</strong><br />

O presidente do Sistema Fecomércio<br />

Paraná, Darci Piana, visitou Londrina no<br />

mês de abril e recebeu uma homenagem<br />

especial na <strong>ACIL</strong>. Dois assuntos principais o<br />

trouxeram à cidade: as obras de restauração<br />

do antigo Cadeião da Rua Sergipe (que<br />

será transformado em um centro cultural<br />

do Sesc) e a unidade que o Sesc pretende<br />

instalar nos Cinco Conjuntos, perto do<br />

Hospital da Zona Norte, em terreno cedido<br />

pela Cohab-LD (Companhia de Habitação<br />

de Londrina).<br />

O Sistema Fecomércio vai investir R$ 36<br />

milhões na cidade. Segundo Darci Piana,<br />

a nova unidade do Senac na Zona Norte<br />

vai oferecer cursos técnicos gratuitos<br />

à comunidade da região e atenderá<br />

diariamente a 2,6 mil alunos. A previsão<br />

é que as obras do Senac Zona Norte – que<br />

incluem escola, refeitório, laboratório,<br />

ginásio de esportes e administração –<br />

tenham início no mês de agosto. Na <strong>ACIL</strong>,<br />

Darci Piana foi recebido pelo presidente<br />

Flávio Montenegro Balan e por diretores<br />

da entidade. Ele foi presenteado com uma<br />

placa de “homenagem ao empreendedor<br />

cívico” e discutiu assuntos relacionados ao<br />

comércio local.<br />

Convenção da Faciap<br />

promove “associativismo<br />

de resultados”<br />

No dia 25 de abril, o presidente da<br />

<strong>ACIL</strong> e vice-presidente da Faciap,<br />

Flávio Montenegro Balan, participou da<br />

Convenção Regional da Federação das<br />

Associações Comerciais e Industriais do<br />

Paraná (Faciap). O evento, coordenado<br />

pelo presidente da Faciap, Rainer Zielasko,<br />

teve a presença de lideranças empresariais<br />

das associações ligadas às Coordenadorias<br />

das Associações Comerciais e Industriais<br />

do Norte e Noroeste do Paraná, Cacinor<br />

e Cacinpar. O tema do encontro foi<br />

“Associativismo de resultados”.<br />

Na abertura do encontro, Rainer Zielasko,<br />

destacou que as ações da Federação vêm<br />

fortalecendo todo o Sistema Associativista<br />

no âmbito dos produtos e serviços, além<br />

da atuação institucional. “Estamos agora<br />

em uma fase excelente, com treinamento<br />

de agentes de microcrédito, apoio a<br />

questões como a criação do TRF do<br />

Paraná, o repúdio à PEC 37, dentre outras.<br />

A presença nos municípios do interior<br />

fortalece ainda mais o Associativismo”,<br />

afirmou.<br />

42<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br


REVISTA MERCADO EM FOCO | MAIO DE 2013<br />

WWW.<strong>ACIL</strong>.COM.BR<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina<br />

43


RPC TV<br />

TRANSMITINDO OPORTUNIDADES<br />

DA TERRA DE TODOS NÓS<br />

As empresas de Londrina fazem<br />

do Paraná um estado forte, com<br />

economia dinâmica e sólida<br />

gerando riquezas para todo o país.<br />

Nós temos muito orgulho de<br />

poder ajudar a mostrar isto para<br />

todo mundo.<br />

Anuncie com a gente. RPC TV todo dia<br />

novas oportunidades.<br />

44<br />

RPC TV (43) 3377-3400 | rpctv.com.br/comercial<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br

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