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Fazer o download - ACIL

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EDITORIALPrimaveraA imagem captada pelas lentes deJosoé de Carvalho traduz o sentimentoda primavera londrinense, após asuperação das turbulências no poderpúblico.Com o entusiasmo da nova estação,a <strong>ACIL</strong> apresenta a você o segundonúmero da revista Mercado em Foco. Dediversas maneiras, o setor empresarialtraz boas notícias e perspectivas para odesenvolvimento de nossa cidade.A 1ª Semana do EmpreendedorDigital, numa parceria entre <strong>ACIL</strong> eABRADi-PR, reúne especialistas derenome nacional, entre eles ConradoAdolpho, o mago da “economia dosbits”, cujas ideias você pode conhecerem entrevista especial.Londrina produz boas novas nodesenvolvimento de softwares desde otempo em que as palavras “informática”e “internet” não eram conhecidas.Aqui as crianças e jovens começama ter noções de empreendedorismodentro da escola. E os escritórios deco-working oferecem uma nova eestimulante maneira de produzir. Tudoisso você poderá conferir nas páginasseguintes.Enquanto a classe C reinventa hábitosde consumo, o comércio se posicionapara as festas de final de ano e osprestadores de serviço mostram aqualidade que caracteriza o setor maisforte da economia local. As floresque o repórter-fotográfico focalizousimbolizam os novos tempos quedesejamos ver em Londrina. Esta éMercado em Foco, a revista da <strong>ACIL</strong>:uma visão do futuro conectada àsrealizações do presente.Boa leitura!DIRETORIA DA <strong>ACIL</strong> – GESTÃO 2012/2014Fundada em 5 de junho de 1937Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail acil@acil.com.brFlávio Montenegro BalanPresidenteLuiz Carlos I. AdatiVice-PresidenteAry SudanDiretor SecretárioFabricio Massi Salla2º Diretor SecretárioRogério Pena ChinezeDiretor FinanceiroRodolfo Tramontini Zanluchi2º Diretor FinanceiroMarcelo Paganucci OntiveroDiretor ComercialHerson R. Figueiredo JúniorDiretor IndustrialMarcelo Bisatto CardosoDiretor de ServiçosBrasilio Armando FonsecaDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de ProdutosFernando Lopes KireeffDiretor InstitucionalRosangela KhaterPresidente do Conselho daMulher EmpresáriaCONSELHO DELIBERATIVOCarlos Alberto De Souza FariaDavid Dequêch NetoEduardo Yoshimura AjitaEnio Luiz Sehn JúniorFábio Aurélio Mansano MalaréJosé Guidugli JúniorMarcelo Massayuki CassaNivaldo BenvenhoOswaldo PitolRubens Benedito AugustoSilvana Martins CavicchioliValter Luiz OrsiWellington MoreiraCONSELHO FISCALTitularesJaime Celeste PonceMichel MenegazzoGouvêaRonaldo Pena ChinezeSuplentesMarcus Vinícius BossaGrassanoMarcus Vinicius GimenesRafael Andrade LopesMercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita.Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou peloe-mail mercadoemfoco@acil.com.brPaulo BriguetCoordenação e ediçãoFernanda BressanRedatoraJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráficoMaria Fernanda BeneliGerente de MercadoLiziane T. de AlmeidaAnalista de MarketingColaboradoresAlexandre SanchesEdson VitorettiFelipe BrandãoGisele RechGuto RochaKalinka AmorimKarina ConstancioPauline AlmeidaRudolf ValentinImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares


ÍNDICE6SERVIÇOSECONOMIAPrestadores de serviços que investem8Ascensão da nova classe médiana qualidade ........................................................................impulsiona vendasCOWORKINGUm novo ambiente e uma nova forma12de trabalhar .........................................................................15FÉRIASLOGÍSTICAPlanejamento é a palavra de ordem30A importância de planejar, vender eantes de viajar .................................................................... entregar com eficiênciaEDUCAÇÃOEmpreendorismo também se aprende32na escola .............................................................................ARTIGOCláudio Tedeschi defende nova cultura38no poder público .................................................................18MARKETING DIGITALFINANCIAMENTO40Conrado Adolpho, palestrante da Semana do<strong>ACIL</strong> recebe Seminário Regional de Crédito ........................ Empreendedor Digital, mostra os caminhosdo sucesso na era da informaçãoPERFIL EMPRESARIAL41 A receita de sucesso de um casal empreendedor .................NATALPequenos presentes serão as grandesestrelas no final do ano24SOFTWAREA tradição de Londrina nodesenvolvimento de softwares27Associação Comercial e Industrial de Londrina 5


ECONOMIANOVA CLASSE MÉDIAVAI ÀS COMPRASMais de 40 milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe Cnos últimos oito anos, impulsionando as vendas em diversos setoresPor Guto RochaEconomia estável, emprego e aumento darenda. A conjunção de fatores positivos foia receita para o crescimento da Classe Cno Brasil nos últimos anos. A manutençãodesse cenário tem dado fôlego para que osintegrantes da chamada nova classe médiabrasileira continuem a consumir e fazer aroda do mercado girar.Segundo dados do Centro de PolíticasSociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV), com base em pesquisas do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),entre 2003 e 2011, a classe média teve umacréscimo de mais de 40 milhões de pessoasno País. Em dados atualizados pelo CPS/FGV, com base em preços de julho do anopassado, a classe C é representada pela faixade renda familiar mensal que se situa entreR$ 1.734,00 e R$ 7.475,00.Marco Antonio Nascimento da Cunha,professor de Finanças do ISAE/FGV, afirmaque o consumo impulsionado pela novaclasse média é o que tem permitido que aeconomia brasileira cresça com mais vigorem relação a outros países. “A Índia, porexemplo, tem apresentado um crescimentoanual de 7% a 8%, contra o crescimentode 3% a 4% do Brasil. Mas aqui temos umcrescimento mais sólido e com melhordistribuição da renda”, compara.Cunha observa que o comércio e o setor deserviços são os que mais têm se beneficiadocom o consumo gerado pelo novocontingente de compradores da classe média.A indústria não sentiu tanto a chegadadestes novos consumidores por causadas importações de produtos, favorecidaspelo câmbio. Mas, no setor industrial, aconstrução civil foi o segmento que maisse beneficiou com a ascensão nos novosconsumidores. “Com a elevação da renda, aspessoas passaram a realizar alguns sonhos, aatender uma demanda que estava reprimida,como a compra da casa própria, do carro,eletrodomésticos”, comenta.Mesmo com a desaceleração da economiainterna, neste ano, os novos consumidoresque chegaram ao mercado ainda terãofôlego para seguir comprando. “A classe Cdeve continuar crescendo, mas em ritmomenor. Mais de 70% dos que estavamnas classes D e E já migraram para a C. Eestas pessoas continuarão a ser o motor daeconomia”, observa. Para Cunha, estes novosconsumidores entram em uma segunda fase,passando a adquirir produtos como planode saúde, educação melhor para os filhos,viagens, tratamentos estéticos e mesmoinvestindo em um segundo imóvel.Muitas empresas perceberam o potencialconsumidor da nova classe média. Algumasformataram produtos que se adequassem aotamanho da renda deste novo comprador,outras, se beneficiaram automaticamentecom a mudança de hábitos e a busca pelasatisfação de desejos de consumo.No setor de construção civil, a construtoraVanguard Home, do grupo Plaenge, foia primeira em Londrina a perceber aoportunidade que se abria no mercado.“Em 2005 e 2006, os diretores da Plaengeviajaram para o México e para o Chile eperceberam que o Brasil caminhava paraviver uma situação parecida com a daquelespaíses. Então criaram a Vanguard Homepara atender os consumidores que iriamadquirir o primeiro imóvel, principalmentejovens casais e profissionais liberais solteiros”,comenta o gerente regional da VanguardHome, Olavo Batista Junior.Junior observa que a construtora ofereceapartamentos com valores entre R$ 170 mile R$ 250 mil. “São unidades que atendempessoas com renda que variam de R$ 3mil a R$ 10 mil. Os apartamentos são maisenxutos (áreas menores) mas com o mesmopadrão de qualidade da Plaenge”, garante. E omercado está aquecido, segundo ele. “Todosos produtos são rapidamente vendidos. Doisde nossos empreendimentos, que devem serentregues até novembro deste ano, já estãocom todas as unidades comercializadas”,afirma.A construtora Yticon, que integra o grupoA.Yoshii, é outra empresa do setor queoferece produtos voltados para estes novosconsumidores. “Na verdade temos umadiversidade grande, que atende compradorcom renda a partir de três salários mínimos”,diz o gerente da Yticon, Sandro Sadao Nagata.Para isso, a construtora temA classe C possuirenda familiar entreR$ 1.734,00eR$ 7.475,006outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


ECONOMIALONDRINENSEA SERVIÇO DAQUALIDADEO setor de serviços em Londrina é muitoconcorrido, o que leva naturalmente à preocupaçãocom a qualidade. Fomos conferir essa qualidadeem quatro ramos: beleza, promoção de eventos,gastronomia e hotelariaPor Edson VitorettiOs 2.200 clientes que frequentammensalmente os dois salões de beleza coma marca Lincoln Tramontini sabem bemo que buscam lá: qualidade. “Meu clientenão pensa em chegar aqui e não encontrarqualidade. Ele vem e simplesmente exige.Hoje, se você não tem qualidade, você nãosobrevive”, diz Tramontini.A qualidade dos salões pode ser verificadaem seus equipamentos. “Minhas manicuresesterilizam o material com autoclave, umaestufa médica. Fui o primeiro a usar isso emLondrina. Temos cinco lavatórios de deitar360 graus em cada salão. Nesses lavatórios,os clientes não sentem dor no pescoço”,afirma o empresário.Os salões de Tramontini possuem trêsdiretorias – a técnica, a artística e ade maquiagem – que supervisioname subsidiam com conhecimento 46funcionários. Aliás, é aí, no ser humano,que reside o diferencial da marca LincolnTramontini. “O diferencial é que eu nãoestou sozinho. A gente sempre prezou muitopelos nossos colaboradores. Mantemos umO cabeleireiro LincolnTramontini: “Se temalguém chorando, vamoschorar juntos. Se é pracomemorar, vamoscomemorar. A genteacolhe quem trabalhacom a gente”clima de família. Se tem alguém chorando,vamos chorar juntos. Se é pra comemorar,vamos comemorar. A gente acolhe quemtrabalha com a gente. As pessoas gostam detrabalhar aqui”, diz o cabeleireiro.O ambiente pode ser familiar, mas acobrança é de multinacional. Tramontini8outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


“O PÚBLICO LONDRINENSE É EXIGENTE POR NATUREZA.”diz que seu funcionário tem de ser de altaperformance: “Eu sempre comparo com oautomobilismo. Você pode ser um corredorde fusca ou um corredor de Fórmula 1. Praser de Fórmula 1, você vai ter a exigênciade um corredor de Fórmula 1. E aí aresposta vem, tanto tecnicamente, quantoartisticamente, quanto motivacionalmente”.O Centro de Formação Lincoln Tramontinidá aos funcionários o conhecimentonecessário para desempenhar suas funções.Mas a capacitação, o investimento noprofissional, não se restringe apenas aosfuncionários. Tramontini, que atendeele mesmo cerca de 12 clientes por dia,busca sempre um algo mais na área doconhecimento. No momento, ele estáfazendo um curso de visagismo, que é umestudo sobre os signos arquétipos da facehumana. “A gente aprende a observar ostraços fisionômicos, o jeito que a pessoasenta, anda, fala. Você acaba sabendo maissobre o comportamento daquela pessoa,dos gostos dela”, explica.Toda essa preocupação com qualidadevem da exigência que o públicoAs jornalistascasamenteiras LíveaAguiar e Juliana Takaoka:“A gente lida com ocasamento como sefosse um link ao vivo. Seder errado, acabou. Nãotem outra chance”consumidor do setor de serviços tem emLondrina. “O londrinense é exigente pornatureza. A beleza hoje está na novela, noJornal Nacional, nas revistas. Beleza viroualgo necessário pra se viver. As pessoasprecisam aparentar estar bem”, avalia. Ocabeleireiro enfatiza a questão da belezaquando fala sobre o algo mais que oferece aseu cliente: “Oferecemos a chance de viveressa experiência de ficar bem”, afirma.Notícias de qualidade nocasamentoPlanejar, organizar, responder rápidoa imprevistos e ainda manter umaaparência tranquila na adversidade sãocaracterísticas de jornalistas. Lívia Aguiare Juliana Takaoka, jornalistas, levaram oque aprenderam nas agitadas redações deDe Londrina para São Paulo e CampinasDe cá pra láSaídas de Londrina para São PauloExecutivo12:45 h • 23:00 hSleep Leito Cama23:30 hTodo Domingo,Terça eQuinta-feiraSaídas de Londrina para CampinasExecutivo23:25 h.com.br(43) 3325.3535A BRASIL SUL mais uma vez sai na frente.Pioneira em oferecer internet Wi Fi nas viagens,o Sleep Leito Cama, a Sala Vip e o ProgramaFidelidade, agora é também a primeira commotores com Tecnologia Euro 5, os maisecológicos do Brasil.O motor mais ecológico do Brasil.Associação Comercial e Industrial de Londrina 9fidelidade* Horários sujeitos a alterações. ** Sala VIP somente em São Paulo.


TV para o mundo não menos agitado dapromoção de eventos, quando se juntarampara criar As Casamenteiras.Checar e rechecar informações, passarhoras ao telefone produzindo pautas: essaé a rotina de jornalistas. Lívea e Julianafizeram desse hábito o diferencial naprodução de casamentos: “A gente faz aconfirmação de presença passiva e ativa,ligando para quem não ligar, ou seja,normalmente para 90% da lista”, diz Juliana.Essa etapa da confirmação de presença éimportante porque é a hora de executarsituações constrangedoras como negarconvite extra para aquele parente de últimahora, de dizer onde está a lista de presentesetc. “Um convidado a mais significa umamesa a mais, um arranjo a mais, um espaçoou não para a pista de dança, para o lounge.Isso desestrutura” diz Juliana.Onde há organização e planejamento, háqualidade. Com o detalhismo de editoresde telejornais, Lívea e Juliana roteirizamtodo o evento. “É um roteiro feito com aparticipação dos noivos. A gente pega umacópia desse roteiro e distribui pra todosos fornecedores envolvidos: fotógrafo,cinegrafista, músico, DJ”, diz Juliana.Mas mesmo com tudo roteirizado, osimprevistos sempre acontecem, comopor exemplo, assaltos. “Assaltaram orecepcionista do hotel onde estavaacontecendo o evento, e ele correu pradentro do salão onde estavam 200 pessoas.Não tivemos dúvida: discretamente, comsorriso no rosto, trancamos todas as portasdo salão, sem que as pessoas percebessemnada”, conta Lívea.No dia do evento, assim como nasinformações das fontes no jornalismo,tudo tem de ser checado e rechecado.Lívea e Juliana correm o local em buscade manchas de dedo em mesas, vasos comágua suja, velas tortas etc. “Jornalista temum gosto pelo burocrático, pelo passar,repassar, revisar tudo”, comenta Lívea.Com tanta agitação, só mesmo jornalistaspara darem qualidade a um evento emque nervosismo e imprevistos fazem parteda notícia: “A gente lida com o casamentocomo se fosse um link ao vivo. Se dererrado, acabou. Não tem outra chance”, dizJuliana.José Consalter, doLa Gôndola: “Vocênão tem que mantera qualidade. Vocêtem que ter cada vezmais qualidade”O paladar para a qualidadeHá 20 anos, os irmãos José Eduardoe Fernando Consalter buscam aqualidade na gastronomia de Londrina.À frente do restaurante La Gôndola,eles gerem a qualidade que faz partedo cardápio do londrinense: “Londrinatem um público consumidor exigente.A cidade se espelha muito no modelopaulistano de consumo. O londrinensegosta de coisa boa” diz José Consalter.A exigência de qualidade começapelos equipamentos do restaurante.“No La Gôndola, trabalhamos comultracongelamento a vácuo. Esse tipode congelamento não cria cristais degelo, e, assim, não expande o tamanhonem quebra as fibras de carnes e demassas. Nós fomos os primeiros ausar a máquina. Utilizamos tambéma embalagem a vácuo, e temos umaçougue muito bem climatizado”,comenta Consalter.Em tempos de crise, suspende-se aqualidade? No La Gôndola, não. JoséConsalter diz que: “Se você não for umpreservador de qualidade, nas crisesvocê muda marca de óleo, pega umfornecedor mais barato, e no final vocêtem um restaurante diferente daqueleque imaginou. Não abrimos mão deprodutos de qualidade”, afirma.E, para manter o nível de qualidade,usa-se um único ingrediente: otrabalho. “O segredo é trabalhar,não perder o foco naquilo que vocêquer e no que o teu cliente tem comoreferência da tua casa. Tudo tem queestar no lugar, as luzes têm que estaracesas do mesmo jeito, a torneira deveestar funcionando, os enfeites sempreno mesmo lugar. Se estiver frio, oaquecedor tem que estar funcionando.Você não tem que manter a qualidade,você tem que ter cada vez maisqualidade”, diz o dono do La Gôndola.Hospedando qualidadeSe há um lugar onde a qualidade devehospedar-se diariamente é num hotel.No Comfort Suites – uma bandeira denível superior ligada à rede AtlânticaHotels International –, o sinônimo dequalidade é atendimento ao cliente.“Esse é o nosso foco. A antecipaçãodas necessidades do hóspede. Desdea reserva, a gente tenta tirar algumainformação que leva à antecipaçãodessa necessidade. Por exemplo, eu seique o fulano de tal na última vez queteve aqui tomou bastante água. Então,na próxima estada colocamos maiságua no frigobar dele. Ou quando ocliente gosta de ficar no quinto andar,nós já o colocamos lá”, diz Karla Souza,gerente geral do Comfort Suites.O hotel tem o “Sempre Novo”, serviçode qualidade que faz com que oquarto esteja sempre impecável para opróximo cliente. Se uma cortina estiveramarrotada ou uma parede riscada,o quarto não é liberado enquanto osreparos não forem feitos.E se algo der errado, o cliente tem10outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


“UM SORRISO VALE MUITO MAIS QUE UM CHECK-IN RÁPIDO.”Karla Souza, gerentedo Comfort Suites:“Esse é o nossofoco. A antecipaçãodas necessidades dohóspede. Desde areserva, a gente tentatirar alguma informaçãoque leva à antecipaçãodessa necessidade”seu dinheiro de volta: “Nós temos oprograma 100% de satisfação. Se eunão conseguir resolver um problemadentro de 24 horas, o cliente não pagaa estadia”, afirma Karla.Segundo a gerente, a qualidade doatendimento do hotel é mantida comfuncionários engajados. “Temos umplano de carreira e oportunidade decrescimento. Os funcionários cumpremuma grade curricular. Realizamosvários treinamentos por função nanossa Universidade Atlântica”, diz.Os quatro entrevistados deram suasreceitas para se ter qualidade noserviço que prestam. “Foco na suaatividade e no cliente, técnica, arte eadministração. Tudo isso azeitado comespírito de equipe e união entre oscolaboradores. Aí você tem um caldode muito boa qualidade”, diz LincolnTramontini.“O segredo é organização e se envolvercom aquilo que está fazendo. Lembramoso noivo para ele não esquecer a aliança,ou para não esquecer de almoçar. Já tevenoivo que não almoçou e desmaiou nocasamento”, conta Lívea Aguiar.Para o gestor do La Gôndola, a receitade qualidade está dentro das pessoas.“A receita de todo bom trabalho, sejade um médico, de um comerciante, éuma coisa meio interna. Quem gostade qualidade não abre mão dessaqualidade. Então tem que manter essadisposição, alimentá-la sempre”, dizJosé Consalter.Focar no funcionário é a receitade qualidade do Comfort Suites.“Capacitar e valorizar os funcionários.A gente incentiva as pessoas a gostaremde trabalhar aqui. Porque um sorrisono rosto vale muito mais do que umcheck-in rápido”, prescreve Karla Souza.Associação Comercial e Industrial de Londrina 11


“CORTAMOS CUSTOS E CONQUISTAMOS MAIS RELACIONAMENTOS.”laptop, costuma ir à empresa três vezesna semana para trabalhar. “Eu era adeptodo home office, mas em casa é difícilficar 100% concentrado. Aqui tenho todaa estrutura de um escritório, mas comcustos mais reduzidos”, explica. Outravantagem, segundo ele, é o fato de poderencontrar outros profissionais. “Alémde sociabilizar, podemos fazer contatosprofissionais que podem render frutos nofuturo”, explica.A proprietária da empresa, JéssicaRodrigues Dias, diz que a economiapara os coworkers e a possibilidade deincrementar o networking são apenasduas das muitas vantagens da modalidade.“Eu apostei na tendência focando,especialmente, na questão do consumoJéssica Rodrigues Dias: “Vivemos em um tempo deisolamento. O coworking traz de volta o conceito deaproximação e convívio social”colaborativo. Muitas vezes, escritóriosindividuais ficam ociosos em boa partedo tempo. Aqui a estrutura é mais bemaproveitada”, explica. A empresa ofereceinternet, impressão, digitalização, luz,água, limpeza, organização, armáriosprivativos e até cafezinho com bolachas.Há ainda sala de reunião e aluguel de salaexecutiva e auditório para até 90 pessoas.“A pessoa só paga o que realmente utiliza”.Outro destaque apontado por Jéssica é asociabilização. “Vivemos em um tempode isolamento. O coworking traz de voltao conceito de aproximação e convíviosocial”.A Nex Coworking tem 28 posições detrabalho – os coworkers devem trazero próprio notebook. Os preços quevariam de R$ 50,00 (para utilização doendereço comercial e cartões de visita) aR$ 528,00, com utilização ilimitada. Háainda a possibilidade de usar o endereçocomo domicílio fiscal, pagando uma taxaà parte. Os contratos são anuais, mas nãoé cobrada multa em caso de rescisão.Associação Comercial e Industrial de Londrina 13


Aldeia colaborativaPautada no mesmo conceito colaborativo, aAldeia Coworking começou a funcionar emLondrina no segundo semestre, pelas mãosda ex-coworker da empresa em Curitiba,Alexandra Santos. Depois de trabalharno sistema durante um ano na capital, elaapostou em trazer o conceito para a cidade.“O mais bacana no coworking é a respostacolaborativa, com foco no ser humano. Éuma resposta positiva ao individualismo”,acredita.Por isso, além das 32 posições de trabalho eplanos que variam de R$ 55,00 a R$ 595,00,a Aldeia oferece – e incentiva – a realizaçãode cursos de capacitação e palestras pelospróprios colaboradores (apesar de tambémdar oportunidade para locação de quemnão é coworker da empresa). “É um espaçodemocrático, onde boas iniciativas e ideiassão bem recebidas”, explica.Iniciativas, aliás, como a do publicitárioHugo Nascimento, que trouxe a empresa dele– a VTcom – para a Aldeia, com o aluguel deuma sala para a realizações dos cursos queoferece. “Além de ter cortado custos, já que amaioria dos cursos que oferecemos é apenasà noite, conquistamos uma gama maior derelacionamentos, o que é positivo para aempresa e para os nossos alunos, que aqui jápodem encontrar boas parcerias”.O que o futuro reserva?Foco no público-alvoApostando no mesmo conceito, mas comfoco em um público-alvo mais específico, oadvogado Lucas Garcia inaugurou a NovaLondres, no Centro Cívico. O endereço,próximo à Prefeitura e aos prédios da Justiça,foi cuidadosamente escolhido para atenderaos profissionais que trabalham na região.Segundo Garcia, a opção teve a ver com umapercepção de demanda. “Eu trabalhei naPrefeitura por 30 anos e percebi essa lacuna.Muitos funcionários dão expediente só àtarde e fazem outras atividades pela manhã”,explica. O foco foi nos funcionários públicos,mas a empresa acabou acertando em cheioos advogados, especialmente quem está noinício de carreira e ainda não tem condiçõesde montar um escritório. “Como tambémoferecemos posições de trabalho privativas,acabamos atraindo esse público”, explica.Além de oferecer as posições de trabalho,a Aldeia promove realização de cursosde capacitação e palestra dos próprioscolaboradores. Objetivo é criar um ambientedemocrático e acessívelA despeito dessa aparente vocação, noentanto, Garcia deixa claro que a empresaestá aberta para receber profissionais detodas as áreas. O diferencial é que, pelomenos nessa fase inicial, está sendo feito umtrabalho de divulgação mais selecionado.“Estamos oferecendo um mês de graça paraalguns profissionais que entendemos ter onosso perfil, para que surjam boas parceriasno futuro”.Os planos na Nova Londres variam de R$80,00 a R$ 470,00, dependendo do que oprofissional quer incluir. O mais baratoinclui cinco horas mensais de utilização doespaço e uso do endereço comercial paracorrespondência e o no cartão de visitas. Já oplano mais completo – o integral – prevê 100horas de utilização do escritório, incluindotodos os serviços (internet, telefonista, copaetc.).NEX oferece internet, impressão,digitalização, luz, água, limpeza,organização, armários privativos, salade reunião, auditório e até cafezinhocom bolachasSerá que o coworking é uma tendência queveio para ficar? Para o consultor do SebraeJoel Franzim Junior, a resposta é sim. Ofator determinante, em especial, é o queele chama de ambiente territorial no qualo sistema está inserido. “Se o ambiente forde inovação e tecnologia, a possibilidadede manutenção e inserção de novosempreendimentos é muito grande”, aposta.Ele faz coro com os coworkers quandodestaca as vantagens do sistema que reúnevários profissionais de diferentes áreas emum único ambiente. “Existe a possibilidadede agregação de valor ao produto, pormeio do network com profissionais dasvariadas atividades”. O resultado pode sero surgimento de produtos cooperativados,por meio de parcerias profissionais – o quepode ser bom também para o cliente, queencontra em um único lugar tudo o queprecisa.Há ainda a vantagem dos baixos custosoperacionais para as empresas, o que podeser muito importante para empresas queestão iniciando as atividades e buscando umlugar no mercado. “É um ambiente propíciopara as start-ups”, finaliza.ServiçoAldeia Coworking LondrinaEndereço: Rua Goiás, 1774 - Centro.Telefone: (43) 3028-2888www.aldeiaco.com.brHorário de funcionamento: Segunda asexta, das 8h às 21h e sábados, das 9hàs 13h.Nex CoworkingRua Ayrton Senna, 550 – Torre Montello– Sala 202 – Gleba PalhanoTelefone: (43) 3037-0700www.nexcoworking.com.brHorário de funcionamento: Segunda asexta, das 8h às 19hNova LondresRua Dr. Elias César, 55, Salas 1106/1205 –Centro CívicoTelefone: (43) 3037-9677www.novalondres.com.brHorário de funcionamento: Segunda asexta, das 8h às 19h14outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


LOGÍSTICAPLANEJARVENDERENTREGAR=CLIENTESATISFEITOEntender o giro de mercadorias e cuidar da entregano prazo são alguns exemplos de como a logísticaimpacta diretamente nos negóciosPor Fernanda BressanLogística: até que ponto ela é relevante paraseu negócio? Vamos pensar em algumascenas. Sua empresa tem expertise paraproduzir as melhores peças, elas saemimpecáveis da fábrica, mas não chegam aodestino no prazo combinado. Resultado:cliente insatisfeito. Outra situação: vocêviaja em busca da coleção mais bonita daestação, compra a mercadoria, o clientechega à loja e a que ele queria acabou! Eoutras ficaram encalhadas no estoque!Um último exemplo: o produto é paraexportação, mas os caminhos que “levam aRoma” são demorados e de custo elevado.Muitas são as situações vividasrotineiramente por pequenos e grandesempresários. Em todas elas, a logísticaé essencial para não perder dinheiro epotencializar os rendimentos. “Imagine umcarrinho de cachorro-quente e de repenteacaba o pão, ou sobra salsicha. A logísticaé para todos e é importante enxergar isso”,alerta o consultor Flávio Moura. Segundoele, só o transporte, que é parte da logística,impacta em 2 a 16% nos custos dasempresas. Fora isso, há todo o giro, estoquee controle de mercadorias que podem fazercom que o empresário perca dinheiro ouaté deixe de faturar, o que é mais difícil deidentificar.“Se tiver um produto parado, outrofaltando, e o empresário não conhece o girodos produtos que vende ou produz, já é umaluz amarela que acende. Se ele não tivercontrole, não souber o que tem parado, aí acoisa fica séria. Essa miopia vai levá-lo parao buraco”, alerta Moura. Para ele, é precisodesmistificar a ideia de que logística é sópara os grandes; ela é parte fundamental emqualquer negócio.No quesito “transporte” e “entregas”, Mourasalienta que há vários caminhos parareduzir custos e acelerar os prazos. Um delesé buscar alternativas. “Hoje o empresário vêa logística como oportunidade de reduçãode custo, achando alternativas de trasporte,como o ferroviário, ou fazendo parcerias,mesmo com empresas concorrentes.Perde-se muito tempo com devoluções,mercadorias que chegam com avarias eprecisam ser substituídas. Isso é custotriplicado de transporte. Outra coisa, seconsigo agilizar a entrega, não precisomanter estoque”, cita o consultor.Por tudo isso, ele define que a logísticaé estratégica, e por isso implica emplanejamento, o que nem sempre acontece.“Muitas vezes o pedido entra hoje, oempresário já carrega e transporta, issosem programação. Se é possível fazer issocom planejamento, corre-se menos risco. Aempresa não entende tão bem o fornecedorcomo um parceiro, quando isso acontecerela vai passar a ter programação, e fica maisfácil para todo mundo. Será o produto certo,na hora certa e com o menor custo possível”,projeta.Em tempos de alta competitividade, ocaminho é reduzir custos, pois o concorrentenão vai subir os preços a cada intempérie.“Para isso, a logística é fundamental, poisela é o grande impacto. E isso não só comos custos, mas também para melhoria doserviço”, finaliza.“Se tiver um produtoparado, outro faltando,e o empresário nãoconhece o giro dosprodutos que vende ouproduz, já é uma luzamarela que acende.Se ele não tivercontrole, não soubero que tem parado, aí acoisa fica séria. Essamiopia vai levá-lo parao buracoFlávio Moura,consultor“Associação Comercial e Industrial de Londrina 15


A logística e as cidadesNão é só dentro das empresas que a logísticafaz diferença nos negócios: as cidadestambém impactam diretamente no sucessoou insucesso deles. E justamente por issograndes empresários e industriais pesamvários fatores antes de instalar um negócio.A busca pelo local inclui seu posicionamentogeográfico, infraestrutura, benefícios,estabilidade nas leis, dentre outros fatores. ELondrina tem seus atrativos.“Nossa distância do centro consumidor é deum dia. Atingimos o Mato Grosso, São Paulo,Minas Gerais, Santa Catarina, Argentinae Paraguai. Isso significa que em 12 horasestamos no mercado sul e sudeste. É o grandePIB – e 70% dele está em nossa região. Porisso Londrina é uma oportunidade”, avalia oconsultor Marcelo Mafra.Para Mafra, muitos empresários jáperceberam essa relevância, que crescequando associada a outros benefícios.“O posicionamento geográfico pode serpotencializado, ter uma infraestruturaatraente para somar”, exemplifica. Otransporte também precisa se aperfeiçoar,inclusive para atrair novos investimentos.Marcelo Mafra elenca vários pontos, comoa duplicação da BR-376 de Londrina aPonta Grossa, e também da rodovia que ligaLondrina a São Paulo.Unir empresários entre si e também com osfornecedores é um caminho interessante parabaratear os custos, principalmente, quandoestes envolvem importação e exportação.“Se dissermos para um grande industrial virpra cá, o grande questionamento será essaestrutura logística. Uma montadora, porexemplo, recebe containers e eles precisamvoltar cheios para otimizar os custos, alguémtem que absorver os custos de retorno, issotorna a região mais competitiva”.E nesse ponto ainda temos muito queavançar. Mafra cita o fato de nossas ferroviasterem bitolas diferentes das utilizadas em SãoPaulo, o que dificulta a integração, e tambémo fato delas limitarem a velocidade dos trens.“Elas precisam de investimentos assim comoo rodoviário.”Quando entramos na esfera aérea, asatenções se voltam para o projeto ArcoNorte. “Melhorar o transporte modal aéreo énosso desafio. O TECA (Terminal Logísticode Carga do Aeroporto) de Londrina jáestá com novos preços, falta o mercadosaber disso. Muitas empresas importam eexportam, mas utilizam outros terminaisaéreos, há um potencial concentrado quereforça o contexto do hub logístico. Temos“Nossa distância docentro consumidor éde um dia. Atingimoso Mato Grosso, SãoPaulo, Minas Gerais,Santa Catarina,Argentina e Paraguai.Isso significa que em12 horas estamosno mercado sul esudeste. É o grandePIB – e 70% dele estáem nossa região. Porisso Londrina é umaoportunidade.“Marcelo Mafra,consultor empresarial16outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


produtos com alto valor agregado, é umavocação logística da região que a tornaatrativa”, elenca Mafra. Para ele, a fragilidadede nossos meios de acesso é um gargalo nocampo da logística.“Nenhum caminho é fácil. O Arco Norteatende às tendências globais, de produtoscom valores adicionados que trafegamem meios mais rápidos. Produtos datecnologia da informação, da química fina,da odontologia, que têm a necessidade davelocidade. Quanto maior o valor agregado,mais se justifica o transporte aéreo”, comparao consultor.Para ele, esse é um caminho que pode elevarLondrina a uma cidade almejada paragrandes negócios. Isso porque os grandescentros já apresentam várias carências. “Ficasehoras nas filas, em congestionamentos, osespaços físicos estão muito valorizados, há orisco de roubos. Por isso essa busca por eixosde consumo. Temos potencial para exerceresse perfil, mas não estamos 100% adaptadosa isso. Precisamos de um corredor logístico,ainda não enxergamos Londrina como umhub logístico, os deslocamentos precisamser otimizados, pensados em fluxos quepermitam ter fácil circulação”, sugere.Para ele, esses fatores podem ser superados,até porque vivemos em uma cidade aindajovem, com menos de 80 anos, comatrativos diversos para negócios nacionaise internacionais. “Aqui temos estabilidadegeográfica, climática e espaços com terra dequalidade, água e energia em abundância. Omundo vai enxergar isso e não deveríamosfocar os próximos 4 anos, mas os próximos40 anos. O Arco Norte é uma visão futuraque, se materializada, fará grande diferença.”Novas tabelas, novos atrativosO Terminal Logístico de Carga doAeroporto – TECA – conquistou vantagenspara empresários que precisam importarprodutos via aérea ou marítima. A gerenteValéria Stocco Gil conta que é possívelflexibilizar os valores em mais da metadedo custo, índice que só o porto seco deLondrina pratica. “Para importação nomodal aéreo, podemos flexibilizar até 60%de desconto para a tabela 1. No modalmarítimo a gente também consegueflexibilizar até 60% de desconto nas tabelas 1e 2. Para esses dois casos a empresa tem queter um comprometimento de nacionalizara importação de pelo menos 80% com aInfraero”, explica a gerente do TECA.Com essa medida, o movimento começouna cidade, mas ainda falta divulgar essediferencial para que os empresários daregião saibam das vantagens de usar oTECA de Londrina. “Compensa trazer paraLondrina em comparação com as outrascidades que não têm essa flexibilização.Ela foi feita para a linha de produtos deinformática, mas pode ser estendidapara outros tipos. Vale a pena consultar aInfraero e ver as condições”, sugere Valéria.Ela destaca que essa possibilidade deflexibilizar os custos da tabela é umaparticularidade de Londrina. “Nenhumoutro TECA tem a flexibilização nessenível. Foi uma conquista para movimentaro nosso terminal.”Associação Comercial e Industrial de Londrina 17


Você se lembra do mundo sem internet?Conrado Adolpho: Lembro! Estou numa idade muito boa para isso que faço: tenho 39anos. Consigo traduzir o mundo sem internet (que ainda é o mundo de muita gente)para o mundo com internet (que é o meu mundo, mas nem sempre foi). Quando eu eraprofessor de cursinho, vivia em mundo sem celular. Minha idade me permite ver o mundocom os olhos de um empresário de 50 ou 60 anos, que não está conectado, mas tambémver o mundo com os olhos de um menino de 15 ou 20 anos, totalmente conectado. Issofacilita muito. Os empresários que vão aos meus cursos dizem que eu explico de maneiramuito fácil – na verdade, eu explico com a linguagem que eles entendem, que é a minhalinguagem, porque afinal eu nasci na geração X, que nem tinha celular.Essas gerações – X, Y, Z – falam idiomas diferentes?Falam. Mas quando usamos essa classificação, estamos importando um conceito norteamericano.Nos EUA, houve marcos muito importantes, que separam essas gerações:Segunda Guerra, Guerra do Vietnã, televisão, internet. Aqui no Brasil não aconteceu isso.A Segunda Guerra não marcou tanto a sociedade e não fez uma divisão clara na história.Aqui a televisão demorou a chegar para a massa da população. Com a internet, também.Tínhamos embargo de computador até os anos 90... A maioria dos brasileiros até poucotempo atrás não tinha condição de comprar computador, era uma coisa de rico. Eu fuiter meu primeiro computador em 1998. Muita gente teve primeiro computador no anopassado. Não dá para falar em geração X, geração Y, geração Z quando a gente está nointerior do Maranhão, no interior do Ceará, nas regiões rurais. No Brasil, nós vivemosas três ondas do Alvin Toffler: a onda agrícola, a onda industrial e a era da informação.Não há uma onda de informação atingindo o país todo. França, Reino Unido, EstadosUnidos são países muito mais informacionais do que agrícolas. E relativamente maisinformacionais do que industriais. A gente pode falar em gerações X, Y e Z nas grandescapitais. Aí existe uma divisão mais clara, como reflexo das divisões na sociedade norteamericana.Como você vê Londrina nesse panorama?“Um amigo me ajudoudepois que a minhaempresa haviaquebrado. Eu não tinhadinheiro para tomarônibus, para comer,e ele me abrigou emcasa. Não tinha dinheiropara pagar aluguel, elerespondeu: ‘Não temproblema, você pagaquando puder’. Eupensei: o mundo nãoé assim... Aquilo meensinou muito sobresolidariedade, sobre nãopedir nada em troca.Aquilo me ensinoumuito sobre os 8 Ps.“Londrina se parece com Campinas. É um interior mais rico. O interior do País, nasregiões Sul e Sudeste, vive uma onda agrícola diferente. Não é a onda do agricultortradicional, das histórias de Jeca Tatu. É a onda agrícola do agronegócio, não da lavoura.Essas pessoas têm um grau de acesso maior à tecnologia. Existe a onda industrial, porqueas fábricas estão indo para o interior em busca de isenções fiscais. E tem uma onda deinformação menor do que nas capitais. Essa terceira onda está mais concentrada nasAssociação Comercial e Industrial de Londrina 19


grandes capitais. A taxa de computador e internet no Sul do País é muito alta, a populaçãotem mais intimidade com a tecnologia interativa.Segundo o IBGE, o setor de comércio e serviços responde por 77,8% da formação doPIB em Londrina. Philip Kotler, que você cita em seu livro, diz que toda empresa éuma empresa de serviços. Isso torna as coisas diferentes para Londrina?Sim. Quem trabalha com serviços está muito mais ligado à informação. No final dascontas, o que você vende é informação. Um serviço é informação: uma pessoa tem umconhecimento específico e o vende em forma de serviço. É preciso deixar claro: economiade informação não é só algo ligado à internet. Mas existe um mundo de conhecimentoque não passa pela internet – e que tem um valor inestimável. Nem todo conhecimentoé bit. Quando Alvin Toffler falou pela primeira vez em era da informação, não existiainternet. Ele se referia a serviços, profissionais que vendem conhecimento, consultores.Uma cidade mais ligada à economia de serviços é uma cidade muito mais ligada àinformação.Não há risco de massificação nas redes sociais e na internet?Existe uma falácia na expressão “velha economia”. Ela é uma parte da economia atual.Não há uma velha economia que foi derrubada pela nova economia. O que existe hojeé uma economia muito mais complexa. A “velha” simplesmente ficou maior, maiscomplexa, mais rápida, com muito mais variáveis. Hoje você tem uma economia dosátomos – da padronização, da massificação em termos de produtos – junto com a novaeconomia, ou economia dos bits. E as duas economias se influenciam mutuamente.Por exemplo, quando um consumidor pode comprar um carro ou uma geladeiratotalmente customizados para ele, temos uma economia massificada caminhando cadavez mais rápido para a economia personalizada, criativa, individualizada. Existe umaeconomia só. Falamos em “velha” e “nova” economia por uma questão didática. Antesde falar sobre o risco de massificação nas redes sociais e na internet, é preciso definirmassificação: é enviar a mesma mensagem ou o mesmo produto para todas as pessoas,independentemente de quem seja e sem a possibilidade de interação. É reproduzir amesma coisa milhões de vezes e colocar no mercado; ou produzir a mesma mensagemque é distribuída para milhões de vezes para as pessoas, na TV. O fato de que milhões depessoas aderem à mesma coisa é inerente ao capitalismo, a um país que tem 193 milhõesde habitantes. Mesmo com as massas aderindo à internet e às redes sociais, existemmilhares e milhares de matizes diferentes para essa adesão. Na internet, na economiados bits, um consumidor não tem o mesmo comportamento do outro. Na economiados átomos, você força o consumidor a ter o mesmo comportamento. Pense na décadade 80: quantos carros nós tínhamos no País? Basicamente dez ou doze modelos, os quemais vendiam, e depois uma miríade de modelos que vendiam pouco. Era um conjuntopequeno de carros que serviam à população inteira. Você conseguia decorar todos osnomes de carros disponíveis no mercado. Hoje, não. Tem carro que passa na rua e eunão sei o nome dele. Isso mostra que a economia da individualização invade a economiaindustrial da massificação. As máquinas ficaram mais modernas e a economia criaprodutos diferentes para cada público.“Há um mundode conhecimentoque não passapela internet – eque tem um valorinestimável. Nemtodo conhecimentoé bit. Quando AlvinToffler falou pelaprimeira vez em erada informação, nãoexistia internet. Elese referia a serviços,profissionaisque vendemconhecimento,consultores. Umacidade mais ligadaà economia deserviços é umacidade muito maisligada à informação.“E quando se dá a passagem entre a economia dos bits e a economia dos átomos?O ser humano tende a segmentar a história a partir de marcos. A Revolução Industrialse desenvolveu ao longo de 200 anos, mas a gente procura sempre uma data específica:a criação da máquina a vapor. Com a Revolução Francesa, é a mesma coisa: o marco foi20outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


a Queda da Bastilha em 1789. Esses marcos passaram a representar mudanças, outrasmaneiras de ver o mundo. No caso da Revolução Francesa, as pessoas não acordaramum dia e disseram: “Hoje vou decapitar um rei”. Na verdade, houve um longo processo,com a população insatisfeita, a Queda da Batilha. A Primavera Árabe foi um marco dainternet, muito mais do que a bolha da Nasdaq. Mas daqui a 30 anos talvez as pessoas selembrem da bolha da Nasqad como um marco da transição da era industrial para a erade conhecimento compartilhado. Mas a Primavera Árabe tornou a internet funcionouem termos de cidadania, em termos sociais. A transição, na verdade, vem acontecendodesde os anos 80, quando sai o livro A Terceira Onda, de Alvin Toffler. A terceira ondanão começou com a internet; foi potencializada por ela, mas começou nos anos 60, talveznos anos 50. Sem falar do catálogo impresso da Sears, que vendia informação em vez deproduto, no começo do século 20. Temos praticamente cem anos de transição de uma eratotalmente industrial para uma era muito mais informacional.Mago da internet e autor de best-seller,Conrado fala a diferentes públicos: “Nasci nageração X, que nem tinha celular”Quando existem descompassos entre o tangível e o intangível, entre o real e o virtual,não podem ocorrer crises – as famosas bolhas econômicas?Sim, o risco de bolhas existe – e nós já vimos isso acontecer em 2008. O intangível podeser duplicado sem se perder: essa é a principal característica do bit em comparação comátomo. Isso faz com que a economia mude completamente e possibilite a formação debolhas. Quando você vê o aumento do preço dos imóveis no Brasil, o que nós temos é obit, não o átomo. Não é o imóvel em si, mas a informação sobre o imóvel. Muitas vezesse consegue aumentar o preço a partir de uma informação – que pode ser um boato ouuma expectativa superestimada. Quando se ouve falar em Brasil superpotência, Copa doA MIDIOGRAF É PREMIADA DE NOVO E DE NOVO!TOP NIKKEY {LONDRINA}OSCAR SCHRAPPE {ESTADUAL}LONDRINA, OBRIGADOPELA CONFIANÇA.Associação Comercial e Industrial de Londrina 21


Mundo, Olimpíada, Copa das Confederações, Encontro Mundial da Juventude Católica– esses vários eventos que acontecem no Brasil, as pessoas começam a superestimar ascoisas. Mas quem faz a economia é o povo, não os economistas, não os ministros daFazenda. Se um dia o povo começar a achar que o real vale mais do que a libra esterlina,o real vai valer mais do que a libra esterlina. A economia tem essa característica. Naeconomia dos bits, uma pessoa ou uma grande empresa pode ganhar dinheiro em cimade bolhas, ou seja, fazer especulação. A economia conectada permite que essas bolhas seespalhem rapidamente. Os boatos no Facebook se espalham de maneira absurda; esseé o perigo da nova economia. Tem gente ganhando dinheiro em cima disso. Mas, naeconomia industrial, também existiam riscos. Em 1912, você poderia fazer a mesmapergunta: “A economia industrial não pode aumentar o consumismo, prejudicar o meioambiente, fazer com que as pessoas fiquem endividadas e infelizes?” Eu responderia: éclaro que sim! Mas o que vai definir os benefícios e malefícios da economia não é númerode fábricas ou de boatos no Facebook, mas a educação da população e a capacidadede aceitar as informações. Não adianta dizer no Facebook que a Madonna morreu,se não é verdade. As pessoas vão checar as informações; e isso você só consegue comraciocínio crítico. O maior perigo, hoje, é a falta de educação dos usuários da internet. Aliberdade é, ao mesmo tempo, o veneno e o antídoto. A anarquia é o melhor sistema degoverno para as pessoas totalmente esclarecidas. Mas, como nem todos são totalmenteesclarecidos, a democracia ainda é o melhor sistema de governo que conhecemos. Nossomodelo, apesar de imperfeito, é a melhor modelo que existe. E a internet é uma grandedemocracia – se você não estiver numa China. Você pode falar o que quiser e as pessoaspodem votar naquilo que você fala compartilhando a sua informação.Há algum tempo, no seu blog, você comentou o livro “Enciclopédia da Nuvem”, deLuli Radfaher. Como você avalia o impacto dos sistemas em nuvem no mundo dainformação?Sistema em nuvem é aquele em que a pessoa pode utilizar um programa sem têloinstalado em sua máquina. Como a internet vem se expandindo e tudo ficou maisrápido, o sistema em nuvem dá certo. Com a internet discada, era impossível. Com arapidez no acesso, você pode, por exemplo, usar um software de fluxo de caixa utilizandoapenas aquelas funções de que a sua empresa realmente precisa. Em vez de comprar osoftware completo, você pode pagar só por aquilo que utiliza. Assim, bons serviços, antesproibitivos, se tornaram financeiramente e tecnicamente acessíveis a pequenas empresas,empreendedores individuais e profissionais liberais. Há outras inúmeras aplicaçõesda nuvem: você pode utilizar um sistema de e-mail marketing pagando apenas pelaquantidade de e-mails cadastrados, sem necessidade de fazer uma assinatura mensal doserviço. O sistema em nuvem tornou a comunicação mais barata e funcional. Eu usomuito a nuvem: tanto é que tenho poucos programas baixados no meu computador.“A liberdade é, aomesmo tempo, oveneno e o antídoto.A anarquia é omelhor sistema degoverno para aspessoas totalmenteesclarecidas. Mas,como nem todossão totalmenteesclarecidos, ademocracia aindaé o melhor sistemade governo queconhecemos. Nossomodelo, apesar deimperfeito, é o melhormodelo que existe. E ainternet é uma grandedemocracia – se vocênão estiver numaChina.“Você continua falando como aquele professor de química em cursinho nos anos 90?Eu nunca deixei de ser aquele professor de química. Ou melhor, eu nunca deixei de seraquele cara da 5ª série que dava aula de reforço para os outros alunos, porque o pessoaltinha dificuldade em matemática... Eu nem considero um professor. Sou um empresário,um capitalista 3.0. Estou estudando a teoria do conhecimento compartilhado. Defendoum capitalismo que coloca o lucro financeiro em segundo plano; antes dele, vem o lucrosocial. É um tipo avançado de lucro. Ninguém precisa abrir mão do lucro financeiro parater lucro social. Na verdade, vivemos em um país muito estranho. Aqui a gente fala frasescomo “Quem não sabe, ensina”. Alguma coisa está errada com o Brasil – e, não por acaso,os nossos índices de educação básica são horríveis. Na verdade, falar como professor22outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


é estruturar o pensamento em torno de um conteúdo. Infelizmente, a maior parte daspessoas não se preocupa com isso.Fale sobre a sua tabela periódica: os 8 Ps.Interessante a sua observação... Há um livro chamado “O sonho de Mendeleiev”, de PaulStrathern, que conta a história da tabela periódica. Eu gosto muito de química, de ciênciasexatas. Tudo que eu aprendi em exatas é a padronização do que se percebe no mundo.Tendo a padronizar as coisas, estruturar o caos. Uma afirmação que eu faço no livro éesta: existe uma ordem no caos. O Linux é um sistema caótico, por exemplo. Quando li“O sonho de Mendeleiev”, percebi que a história da tabela periódica é esta: incrementosde inovação sobre uma ideia inicial. E essa ideia inicial veio de Demócrito de Abdera,na Grécia antiga: a organização do mundo sobre uma base fundamental que é o átomo.Foram 2,5 mil até a tabela periódica. Os 8 Ps são a minha tabela periódica no sentidoque organizam as ações digitais das empresas na internet. Os Ps sempre existiram; ainternet apenas ofereceu o instrumental para que eles fossem potencializados. Tudo queestou falando tem mais a ver com o ser humano – caótico, incerto – do que a tecnologia– precisa, exata. Tem muito mais a ver com o orgânico do que com o tecnológico. É aciência exata tentando definir o humano. A internet não é uma revolução tecnológica,mas uma revolução social. A tecnologia sozinha não significa nada. Veja o caso do Orkut:está deixando de ser usado... Se você desenvolve um programa que as pessoas não usam,você não desenvolveu nada. As pessoas precisam interagir.“Existe uma faláciana expressão ‘velhaeconomia’. Ela é umaparte da economiaatual. Não há umavelha economia quefoi derrubada pelanova economia. Oque existe hoje é umaeconomia muito maiscomplexa. A ‘velha’simplesmente ficoumaior, mais complexa,mais rápida, commuito mais variáveis.A economia dosátomos e a economiados bits influenciammutuamente.“Conrado Adolpho em uma de suas palestras pelo Brasil: “Nunca deixei deser aquele professor de química em cursinho pré-vestibular”Associação Comercial e Industrial de Londrina 23


DEZEMBROPequenas estrelas do NatalVendas de final de ano devem ser boas, afirma especialista. Pequenas lembranças eprodutos de menor custo mais uma vez vão ganhar destaque no varejoPor Alexandre SanchesAs vendas de Natal deste ano não terãocomo estrelas os produtos da linhabranca ou outros setores beneficiadoscom a redução do IPI, anunciada nosúltimos meses pelo governo federal.O destaque será para os produtos demenor preço, de produção consideradamais artesanal. A previsão é do mestreem economia e professor convidadoda Fundação Getúlio Vargas, AlivinioAlmeida, que acredita numa repetiçãodos últimos natais, quando asvendas do varejo estiveram voltadas,principalmente, para as pequenaslembranças e produtos de menor custo,mas com vendas em grande escala.Almeida, no entanto, prevê que asvendas de Natal neste ano serão boas.A expectativa econômica positiva parao último semestre do ano é reflexodo melhor cenário que o Brasil jávivenciou nos últimos tempos. Diantedisso, a previsão de crescimento nasvendas no varejo deve oscilar entre 7%a 20%, tendo uma amplitude razoável.O economista afirma que com certezanão será o melhor dos natais, uma vezque também há os reflexos da economiamundial.“Acredito que haverá recuperação daeconomia e as vendas serão positivas.Elas não serão magníficas, mas haveráuma boa circulação de dinheiro napraça, o que é um bom sintoma. Ocenário só não será excelente porqueainda há um endividamento forte emmuitas famílias nas classes de menorrenda”, explicou o economista.Para este Natal, ele prevê que as pessoasvão se voltar novamente à troca depequenos presentes, de menor valor.No entanto, esses produtos serãovendidos em grande escala, puxadosprincipalmente pelas compras dasclasses C, D e E, que são as categoriasde menor renda e que normalmentemovimentam a economia nacional porconta do grande volume de consumo,voltados principalmente à compra devestuário e de alimentos.“Muita gente pretende usar o 13ºsalário para quitar dívidas. Mas eu vejoque, apesar das vendas se voltarem,principalmente, para produtos demenor valor, eles acabarão refletindona geração de empregos na indústriae de entrada de dinheiro mais fácilno mercado, favorecendo o giro maisrápido entre fornecedor e o varejo”,comentou Almeida. Os eletroeletrônicostambém deverão estar na preferência doconsumidor no final do ano, em especialos produtos de menor custo.No caso dos produtos de linha branca,por exemplo, ele observa uma tendênciainversa. Mesmo com a redução doIPI, os produtos possuem custosmais altos, com a indústria sendomais automatizada, gerando poucamão de obra. Além disso, a vendano varejo depende, muitas vezes, definanciamentos para o consumidor.O parcelamento dos bens adquiridosnão produz um fluxo de recursossignificativos no mercado.Nas últimas semanas, o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) divulgou uma pesquisa queaponta a classe C como um importantepropulsor da economia brasileira. Ocrescimento da renda média e o acessoàs linhas de crédito voltadas a esse nichopopulacional são os principais fatorespara o aumento do poder de consumo. Noentanto, essa faixa populacional está como hábito de fazer compras em excesso,gastando muitas vezes mais do que ganha.“A classe C, que é a que mais cresceunos últimos anos na economia local,tem a tendência de querer comprartudo o que vê, pois nunca teve acessoa determinados produtos. Ela vaicontinuar mantendo essa tendênciade compra, pois temos uma demandareprimida, que trabalha para os grandescontingentes populacionais”, enfatizouo economista.Apesar de o governo ter anunciado aredução do IPI para diversos produtos,como veículos e os eletrodomésticos dalinha branca, esses produtos não serãoa atração das vendas de Natal. “Quemainda não adquiriu seus produtos com24outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


O cenáriosó não éexcelentepor causadas dívidasfamiliaresREVISTA MERCADO EM FOCO | OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2012Crescimento devendas será de7% a 20%WWW.<strong>ACIL</strong>.COM.BRredução do IPI, no caso da linha branca,a compra no final de ano será favorecidacom o ingresso do 13º salário, enfatizou.De acordo com Alivinio Almeida, avenda de carros com o IPI reduzido jácomeçou a apresentar perda de fôlego,pois a maioria aproveitou as vendasdurante o primeiro anúncio da reduçãodo imposto. E para a venda de materiaisde construção, este não é um períodoconsiderado favorável.Mesmo com estas reduções de impostospara algumas categorias do mercadoprodutivo, Almeida acredita que ela nãorefletirá num crescimento significativoda economia brasileira. Ainda mais nocaso da indústria automobilística, emque muitos dos componentes ainda sãoimportados.Com a crise econômica mundial, ogoverno norte-americano injeta maisdinheiro no mercado para tentar aquecera economia. Isso deverá ter reflexos noBrasil, principalmente na importaçãode produtos industrializados. “Os EUAestão de olho na economia brasileirae sabem que temos potencial deconsumo. O mesmo acontece com oschineses, ainda mais eles que sabemque há mercado para o final do ano.Com toda certeza teremos, além dosprodutos nacionais de menor custo, acompra de muitos dos importados compreços mais em conta que os similaresbrasileiros.”Associação Comercial e Industrial de Londrina 25


Dia das Crianças é termômetro do varejoOs comerciantes estão de olho nosresultados das vendas de um dos maioresperíodos de vendas do ano: o Dia dasCrianças. Segundo o professor e economistaAlivinio Almeida, as vendas do varejo nestaque é a última grande campanha antes doNatal, vai refletir no comportamento doconsumidor no final do ano.“Este é o momento de ficar de olhono comportamento e ver quais são astendências para o final do ano. O mercadoestá preparado para a venda de pequenosprodutos, mas em grande quantidade.No entanto, o Dia das Crianças será umimportante teste que vai indicar os reflexospara as compras”, explicou.Para ele, o comércio já está apresentandouma leve curva de inflexão e a esperançaé que o Dia das Crianças apresente paraa economia, de certa maneira, o fim doresfriamento nas vendas. “Dependendodo resultado nestas vendas de um dosprincipais eventos comerciais do ano, ovarejo já entrará mais forte para as vendasdo final do ano, pois a linha de produçãonormalmente reflete em mais empregos”,destacou.26outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


SOFTWARETRADIÇÃO EM RENOVAREmpresas londrinenses surgem como modelos na evolução do mercado tecnológicodesde a década de 70Por Rudolf ValentinA tecnologia da informação temcomprovado a cada dia sua força dentroda economia global, seja como setor degrande faturamento, seja como elementode uma nova dinâmica tecnológica.Contudo, neste novo mercado com suascaracterísticas específicas, um subsetorem especial se destaca: o mercadode software, que possui em sua altarentabilidade um aspecto importantese comparado aos demais setores detecnologia. O mercado de software setornou estratégico nas disputas entreconcorrentes da área. Porém, mesmocom tanto interesse em entrar neste setor,continua sendo um mercado bastanteconcentrado.Na década de 60, quando as empresasusavam computadores de grande porte,quase que exclusivos das multinacionaise instituições governamentais, ainda nãose tinha noção do software como algocomercialmente separado do hardware.“Quando a Exactuscomeçou, o extratobancário ainda não eraimpresso. Se o clientequisesse ver quantotinha no banco, teriaque se deslocar até aagência bancária paravê-lo datilografadoem uma grande folhalaranja.”Romeu Dematté,fundador da Exactus“Só depois de alguns espasmos naeconomia foi que as grandes corporaçõescomeçaram a implantação de sistemasoperacionais desse naipe. E é a partir daíque a história da indústria de softwarecomeça a se fundir com o pioneirismoda empresa londrinense Exactus.Desde 1970, quando trouxe o primeirocomputador para o município, vem semantendo na vanguarda tecnológicado desenvolvimento de aplicativosadministrativos e financeiros. Comferramentas, gerenciador de banco dedados dos mais modernos e metodologiade programação de ponta, a empresase consolidou como desenvolvedorade software de gestão empresarial paraindústria, comércio e prestação deserviço. “Trata-se de uma empresa ‘pévermelho’,com atendimento presenciala empresas espalhadas por todo o País”,ressalta o diretor comercial da Exactus,Romeu Dematté.Quando a Exactus começou, a palavrainformática ainda nem existia.Associação Comercial e Industrial de Londrina 27


“Começamos em uma época em que oextrato bancário ainda não era impresso.Se o cliente quisesse ver quanto tinha nobanco, teria que se deslocar até a agênciabancária para vê-lo datilografado em umagrande folha laranja”, lembra Dematté.Com a globalização, a modernidadevinha em uma ascendência discrepante,sem barreiras ou limites. Em Londrina,mesmo com as delimitações terrenas, jádava para perceber o grande retorno queo mercado de software começava a dar.“De 1970 até 1991 houve o crescimentodo my frame. Os micros que existiam até16 anos atrás eram muito precários. Àmedida que surgem os PCs, percebeuseuma intensificação do uso dasmáquinas. Com isso, viemos a colocaro primeiro software para my frame em1970 e para micros em 1991. A partir daínão paramos mais de crescer”, explicaDematté.Na visão do engenheiro Rafael Peretti,gerente de relacionamento MiddleMarket da IBM, o setor em Londrinase desenvolveu bastante nos últimosanos, mas ainda tem muito a crescer.“Hoje existem, por exemplo, softwarepara mobiles, que são aqueles feitos paracelulares, um mercado que ainda precisaser muito explorado por aqui”, observa.De acordo com Peretti, a tendênciaé que cada dia mais o software estejaenvolvido nos negócios e nas decisõesdesses negócios. Segundo ele, antes asdecisões eram tomadas pela experiênciada empresa, no feeling dos proprietáriosou no que eles achavam. Hoje o software“Software paramobiles é ummercado que aindaprecisa ser muitoexplorado por aqui”,afirma Rafael Peretti,da IBMpassou a ser uma ferramenta de tomadade decisão. Ainda de acordo comgerente da IBM, o software passa a seruma ferramenta de análise preventiva ecognitiva dos negócios da empresa.Já para o diretor executivo da PrimmeOne, Emílio César Pereira, muitosempreendimentos ainda trabalhamcom pouco profissionalismo eamadurecimento no Arranjo ProdutivoLocal, que busca orientar e direcionaros objetivos do segmento. “Quandofalamos de software estamos falando detecnologia, e com ela não podemos deixarde vincular consideráveis investimentos,principalmente em qualificação ecapacitação de mão de obra. Na minhaopinião, esse acaba sendo o grandediferencial dos que se destacam para osque estão apenas de passagem”, diz.Para Pereira, Londrina tem uma posiçãode destaque no setor, mas lembra quepara manter esse cenário em evidênciaos investimentos e incentivos precisamser contínuos e cada vez mais intensos.“Qualificação ecapacitação deequipes fazem adiferença no mercadode softwares”, dizEmílio César Pereira,da Primme OneSegundo ele, se faz necessário obter, cadavez mais, uma fatia maior do mercadonacional.Sobre os incentivos, no ano passadofoi regulamentado no município oPrograma ISS Tecnológico. A iniciativaprevê que anualmente a Prefeitura libereR$ 1 milhão para estimular empresasque ingressaram no Programa. Sobreessa questão, o empresário Ênio Sehn,conselheiro da <strong>ACIL</strong> que participou daimplantação do programa na cidade,explica que para ingressar, o empresáriodeve ter registros de contribuições com oImposto Sobre Serviço, com, pelo menos,12 meses de antecedência.“Cada estabelecimento terá direito aabater um determinado percentual doISS recolhido nos últimos 12 meses, deacordo com os seguintes critérios: quemmovimentou valores médios mensaisiguais ou superiores a R$ 20 mil, podededuzir 10%. Movimentações entreR$ 10 mil e R$ 20 mil possibilitam oabatimento de 20% do montante. Jáquem atinge no máximo de R$ 10 mil,tem direito a investir até 40% do tributorecolhido no último ano”, explica Senh.Ainda de acordo com o conselheiro da<strong>ACIL</strong>, os recursos abatidos devem serinvestidos em aquisição de equipamentos/hardware, softwares, capacitaçãoprofissional, serviços de consultoria emelhoria de infraestrutura.Hoje em Londrina existem 240 empresasno ramo de softwares, distribuídas entre70 diferentes segmentos.28outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


ISS TECNOLÓGICO PREVÊ BENEFÍCIO A EMPRESAS DO SETORArranjo Produtivo LocalDe acordo com o consultor do Sebrae Joel Franzim Junior,Arranjo Produtivo Local (APL) é o termo usado para definiruma aglomeração de empresas do mesmo estilo e que ocupamo mesmo espaço geográfico. “Os APLs mantêm vínculos dearticulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si,contando também com apoio de instituições locais, comogoverno, associações empresariais, instituições de crédito,ensino e pesquisa”, pontua ele.Sobre as vantagens dos APLs, o consultor do Sebrae ressalta queos Arranjos têm um papel fundamental no desenvolvimentoeconômico, tecnológico e social de uma região, beneficiandotodas as empresas. Tudo isso, segundo ele, para possibilitara geração de competência, competitividade e inserção emnovos mercados, inclusive externos.O APL foi estruturado em novembro de 2006 em Londrina,com o objetivo de implementar ações comuns, que permitama integração, o desenvolvimento de inovações tecnológicas eo acesso aos novos negócios. Reconhecido oficialmente pelaRede APL Paraná, a estrutura do APL de TI de Londrinae Região vêm surpreendendo positivamente todos osenvolvidos na área em escala estadual e federal.“Colocamos o primeiro software para my frame em 1970 e para micros em1991. E daí não paramos mais de crescer”,conta Romeu Dematté, da ExactusAssociação Comercial e Industrial de Londrina 29


TEMPORADAPLANEJE O SEU DESCANSOQuer fazer uma viagem para relaxar de verdade, sem preocupações ou dissabores?Então comece a fazer o planejamento de férias. Sem ele, sair de casa não compensaPor Pauline AlmeidaQuem deseja ter uma viagem deférias bem-sucedida e que realmenteproporcione lazer deve trabalhar comuma palavra de ordem: planejamento.Para ganhar um período de descanso,organização é fundamental na escolhado destino, tempo, hospedagem,transporte, valor para compras e passeiose documentação.Grande parte da população opta porviajar durante as férias escolares, entre osmeses de dezembro e fevereiro, períodoconsiderado alta temporada para o setorde turismo, o que aumenta os preços. Oeconomista e professor da UniversidadeEstadual de Londrina (UEL) e daPontifícia Universidade Católica (PUC),Azenil Staviski, defende que as pessoasdevem economizar o dinheiro destinadoà viagem ao longo do ano.“Nós temos os meses de janeiro efevereiro, em que as pessoas estãotentando reequilibrar os gastos de fim deano. Depois são os impostos, matrículase todos os gastos que vêm normalmenteno início do ano. Se alguém vai viajarnas férias, deve começar a se planejardez meses antes para fazer um fundo dereserva”, explicou.A questão financeira, segundo oeconomista, deve ser o primeiro aspectoanalisado por quem deseja ter umperíodo de férias em um destino turístico.Ele acredita que o 13° salário pode ser umcomplemento interessante para arcar comos gastos de uma viagem, mas lembra quequem possui dívidas deve se decidir pelopagamento integral ou parcial do débito,em especial daquele que possui encargosRenata Santos, que vai para Fortaleza: “As férias têm que ser umperíodo de descanso, com uma organização prévia para evitarsustos no orçamento”altos, como o cartão de crédito.“Uma pessoa não pode fazer uma viagemjogando uma dívida para frente. Ela temque gastar dentro daquilo que ela ganhae não dentro daquilo que ela gostaria deganhar”, ressaltou. Staviski lembra quea questão financeira deve ser observadatambém em relação à segurança dopatrimônio deixado, como casas eempresas, para que imprevistos nãoprejudiquem o lazer.Para quem mora em condomínios,sejam eles verticais ou horizontais, hámais segurança, pois geralmente existemporteiros e câmeras. Já os moradoresde casas em bairros abertos devemencontrar soluções, como pedir a umvizinho que olhe o imóvel diariamenteou até mesmo a contratação de umvigia. Os empreendimentos também sãouma preocupação, segundo o professor.“Se você for um empresário, a quemestá delegando? Tanto do ponto devista de gestão quanto da segurança dopatrimônio”, destacou.Orçamento garantidoSe a questão financeira não é um empecilhopara a viagem, chega a hora de pensar emum destino e iniciar a programação dasférias. O primeiro ponto a ser pesado équem participará do passeio: a família,apenas um casal ou um grupo de amigos?O segundo aspecto seria qual o tipo de locala ser visitado, uma cidade histórica ou umambiente de belezas naturais? Também énecessário pensar qual o período destinadoàs férias; se forem poucos dias, o ideal ébuscar um local mais próximo para que nãose perca tempo em um deslocamento longo.A coordenadora do curso de Turismo eHotelaria da Universidade Norte do Paraná(Unopar), Alini Nunes de Oliveira, tambémdestaca que planejamento é essencial. “Eutenho que pensar não só o básico, mastambém em outros itens como seguro deviagem, informações sobre o local que vouvisitar, se precisa de visto ou não, caso sejauma viagem internacional”, ressaltou.Segundo Alini, as agências de viagem são30outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


“Uma pessoa não pode fazer uma viagemjogando uma dívida para frente. Ela tem quegastar dentro daquilo que ela ganha e nãodentro daquilo que ela gostaria de ganhar.”Azenil Staviski, economista e professor“Uma dica importante é não poluir muito osdias que você vai passar. Se você coloca umaprogramação das 6 da manhã até às 6 da tardee ainda tem uma programação à noite, vaichegar na sua cidade cansado das férias.”Alini Nunes de Oliveira, professora de turismouma boa opção para evitar transtornose podem inclusive trazer economia,pois conseguem tarifas mais baixas paratransporte e passeios. Na escolha depacotes é importante questionar quais sãoos serviços incluídos e a documentaçãonecessária. As crianças devem ganharuma atenção especial, pois devem estarmunidas de certidão de nascimento ouRG, ou até mesmo de autorização judicial,caso a viagem ocorra sem a presença dospais.DestinosO verão faz com que boa parte dosbrasileiros opte pelas praias. Os principaisdestinos são o litoral do Nordeste e, nocaso de Londrina, o de Santa Catarina.As famílias precisam tomar cuidado coma locação de aluguéis pela internet, porexemplo. Para evitar sustos é importanteter referências sobre a credibilidade daimobiliária. Já as pessoas que desejamfazer viagens internacionais, escolhem aEuropa que, nessa época do ano, tem oclima mais ameno.Alini Nunes de Oliveira afirmou quepaíses vizinhos vêm ganhando destaquepara os brasileiros. “A gente tem umavalorização por América do Sul nessesanos muito grande. A gente vê, porexemplo, Peru, Chile e Argentinavalorizados porque estão mais próximosde nós, o turista não precisa de muitotempo”, disse. Quem deseja ficar naregião de Londrina pode curtir ascidades com atrativos naturais, comoJataizinho, Faxinal, Mauá da Serra eTamarana, ou ainda a Rota do Café. “Éum roteiro pelas propriedades ruraisque pode tanto ser atrelado à questãodo lazer quanto técnica e científica paraconhecer a cultura do local”, contou.Para as famílias, resorts e cruzeiros sãouma boa opção, pois disponibilizamrecreadores para cuidar das crianças.“Uma dica importante é não poluirmuito os dias que você vai passar. Sevocê coloca uma programação das 6 damanhã até às 6 da tarde e ainda tem umaprogramação à noite, vai chegar na suacidade cansado das férias”, destacou.A mestranda Renata Santos seguiu asdicas dadas pelos especialistas e vai viajarcom o namorado, durante as férias, paraFortaleza. Para economizar, iniciou aescolha do destino com antecedênciae conseguiu uma promoção para aspassagens aéreas, através de uma comprapela internet. Ela acredita que fez umnegócio seguro e com bons resultados,assim passará duas semanas nas praiasem um período tranquilo, quando estarásem atividades na universidade.“Vale muito a pena se programar. Alémde gastar menos com passagem e estadia,ainda é possível economizar dinheiropara os custos com a viagem. O próximoe urgente passo é fechar a estadia eesperar até março chegar. Férias têm queser um período de descanso, com umaorganização prévia para evitar sustos noorçamento”, completou.Como planejarviagem?- Confira seu orçamento;- Escolha o destino e o período daviagem;- Decida onde vai se hospedar equal meio de transporte vai utilizarpara chegar ao destino;- Providencie a documentação eprepare as malas.Opções de destinoPara famílias: resorts, cruzeirosmarítimos e praiasPara grupos de amigos: praiasde São Paulo, Santa Catarina,Bahia, Mykonos (Grécia) e Ibiza(Espanha)Para casais: Rota do Charme noRio Grande do Sul e Fernando deNoronhaAssociação Comercial e Industrial de Londrina 31


PEDAGOGIAEMPREENDEDORALIÇÃO DE SUCESSOAcil, Sebrae, Junior Achievement e Secretaria Municipal de Educaçãounidas em prol de uma Londrina empreendedora. Projetos realizados pelasinstituições prometem revolucionar o futuro dos negócios na cidadePor Kalinka AmorimFormar uma geração empreendedoraque aprenda fazendo e, assim, mudaro rumo educacional e profissional demilhares de jovens. Essa é a propostadesenvolvida com o programaPedagogia Empreendedora. O projetosurgiu depois de uma reivindicação doFórum Desenvolve Londrina 2007 e,desde 2011, tem sido articulado juntoàs escolas da rede municipal de ensino,abrangendo alunos da EducaçãoInfantil até o Ensino Médio, com faixaetária entre quatro e 11 anos.No começo, um projeto pilotofoi implantado em oito escolas.Atualmente 80 escolas e 16 CentrosMunicipais de Educação Infantil(Cemeis) são atendidos pelo programa,explica o coordenador LeodmarRoman de Oliveira.A iniciativa, de acordo com ele, visaum resultado em longo prazo, odesenvolvimento de característicasempreendedoras nas pessoas para queem 2034 a cidade torne-se referênciaem empreendedorismo.A <strong>ACIL</strong>, em parceria com váriasinstituições, entre elas o Sebrae, teve apoiofundamental na iniciativa que envolveprofessores, alunos e seus familiares.A ação é feita em conjunto com asdisciplinas regulares, como matemática,geografia, história e português. Diferentedo método tradicional de ensino, apedagogia empreendedora incita aoaluno o como fazer, despertando sonhosque estavam adormecidos.32outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


APRENDER A APRENDER. APRENDER A CONHECER. APRENDER A SER. APRENDER A CONVIVER.“Nós professores de hojetrazemos a consequência danossa educação. Não tivemosuma educação empreendedora.Para nós é um aprendizado, umrepensar a educação, e isso éum grande desafio.Luzimar Mazetto, do programaPedagogia Empreendedora“Autoconhecimento, autoestima, autonomia,protagonismo, persuasão, criatividade,liderança e interdependência são algumasdas características que a pedagogiaempreendedora desenvolve nas crianças,jovens e adultos. Leodmar explica quea principal meta da iniciativa é vinculartecnologias de desenvolvimento àsescolas e à comunidade. Isso nãosó ajuda na abertura de empresas,como também valoriza o potencialde empreendedores em qualqueratividade. “Queremos desenvolvercaracterísticas empreendedoras comatitudes e posturas que sejam praticadas.Independentemente se esse aluno nofuturo irá abrir seu próprio negócio ou setornará um profissional liberal ou, ainda,será o gerente de uma empresa. A questãodo empreendedorismo está muito maisligada a cuidar de si próprio e daquelesque estão a sua volta”, explica LeodmarOliveira.A metodologia está pautada em quatropilares que norteiam a educação:aprender a aprender; aprender aconhecer; aprender a ser; e aprender aconviver. “Em alguns casos precisamosremodelar as atividades para adaptálasao perfil da escola e da comunidadee ganhar em eficiência”, diz ocoordenador do programa.Para a psicopedagoga Luzimar Mazetto,também do Pedagogia Empreendedora,o novo método não é apenas umamudança de paradigmas, mas tambémum desafio. “Nós professores dehoje trazemos a consequência danossa educação. Não tivemos umaeducação empreendedora. Para nósé um aprendizado, um repensar aeducação, e isso é um grande desafio”,considera. “A geração atual vem comuma nova característica e o professornão tem dado conta na sala de aula.É um momento de o professor reversuas práticas e pensar na função socialque a escola exerce sobre o aluno e, aomesmo tempo, preparar essa geraçãopara se tornar empreendedora.”Luzimar conta que existe umaAssociação Comercial e Industrial de Londrina 33


dificuldade muito grande em sala deaula: os alunos dependem do professorem todos os aspectos. “A ideia é queos alunos entendam que precisamuns dos outros como suporte”, afirmaa psicopedagoga. “O aluno tem de sero protagonista de sua própria vida,deixar de encontrar o culpado poraquilo que não deu certo e aprender aassumir a responsabilidade pelas suasescolhas”, diz.Outro aspecto apontado por Luzimaré a forma de ver os erros. “O erro naPedagogia Empreendedora não é vistocomo uma punição, como uma derrota,ele faz parte do processo”, observa.“Gosto de enfatizar que o únicofracasso na pedagogia empreendedoraé a desistência. Só fracassa aquele quedesiste de seu sonho. Errar e recomeçaré um processo de aprendizagem.”A novidade tem agradado tanto agarotada que contribui para a reduçãono índice de evasão escolar. “Os alunosficam tão motivados que não faltamàs aulas”, conta Luzimar Mazetto.“Eles ficam contando os dias para quechegue a aula de empreendedorismo,pois perceberam que a vida deles, seussonhos não estão isolados da escolae quando o professor discute essespontos importantes ele está mostrandoum caminho para o aprendizadoe a busca para a concretização dosobjetivos.”As famílias dos alunos também estãoenvolvidas no processo. Na opiniãode Luzimar, a criança é o reflexo dafamília. “Se ela está inserida em umafamília que não sonha, também não irásonhar”, enfatiza.Despertar nos pequenos qual é seusonho, qual é o sonho que ele tem paraa sua família e o que é possível fazerpara alcançar isso. “Essa é a formaque trabalhamos com as crianças.Desenvolvemos um planejamentobaseado no que a criança gosta defazer e ao mesmo tempo ensinamosos passos que elas devem trilharpara alcançar seus sonhos”, ensina. Apartir do momento em que a famíliapercebe o potencial que tem nas mãos34outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


de Projetos Inovadores com Aplicabilidade na Indústria Metalúrgica,Mecânica, Eletrônica, Materiais Elétricos e Construção Civil“SÓ FRACASSA AQUELE QUE DESISTE DO SEU SONHO.”a autoestima é elevada. “Mostramosa eles que não é preciso passar oresto da vida nessa condição. Muitasvezes os pais não têm perspectiva demelhora. A crise é tão grande naquelemomento que fica difícil visualizara saída”, analisa Leodmar Roman deOliveira. “Começando esse trabalhoagora, no futuro teremos uma cidademuito mais estruturada. É a questãodo desenvolvimento humano que irárefletir no social e em todas as outrasinstâncias da vida”, afirma.Para o gerente regional do Sebrae,Heverson Feliciano, a ação temdado certo. Ele é uma das pessoasque ajudaram na implantação doprograma Pedagogia Empreendedora.“Os professores incorporaram asdinâmicas, formulam perguntas quelevam os jovens a uma reflexão de queele seja protagonista da sua vida e dasua história e a iniciativa tem dadocerto”, diz. “Várias instituições lutaramdurante anos para que esse projetofosse implantado. Torcemos para queele seja aprimorado e continue, pois osfrutos serão colhidos a médio e a longoprazo.”“Os professores incorporaram as dinâmicas, formulam perguntasque levam os jovens a uma reflexão de que ele seja protagonistada sua vida e da sua história e a iniciativa tem dado certo. Emlongo prazo, os frutos serão colhidos.Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae“APOIO:PATROCÍNIO:A GRANDE MOSTRA NACIONAL DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICARealização23 a 26 de abril de 2013 - Londrina / ParanáReserve seu Espaço:(43) 3294.5134www.eletrometalcon.com.brAssociação Comercial e Industrial de Londrina 35


Jovens põem a mão na massae encaram desafio empresarialA Junior Achievement é maior e maisantiga organização de educação práticaem economia e negócios do mundo.Vem apostando no método da pedagogiaempreendedora para reverter o atualcenário da educação londrinense.Em Londrina, a entidade atua desde 2006.Em 2011, mais de 10 mil alunos, divididosem 30 escolas, foram atendidos pelaJunior Achievement. A perspectiva é queem 2015 o impacto na formação dessesadolescentes seja mensurado com aentrada no mundo dos negócios de jovensautônomos, inovadores, que entendam deética, trabalhem duro e façam a diferençapor onde passarem.Produção, finanças, marketing e recursoshumanos são as áreas compreendidaspelos alunos no período do aprendizadono Mini-Empresa, carro-chefe dos 15programas desenvolvidos pela instituição,que atingem alunos desde o 5º ano doensino fundamental até o 3º ano doensino médio, segundo explica a gestorade projetos da Junior Achievement,Carolina Chueire de Oliveira Campos.Brainstorm, pesquisa de mercado,constituição da diretoria, orçamento,métodos de produção, controle dematéria prima, acabamento, controle dequalidade são alguns dos aprendizadosoferecidos aos jovens no Mini-Empresa.Os participantes do programa têm aincumbência de constituir, administrare dar baixa numa empresa fictícia.“Estimulamos os jovens de formalúdica a vivenciarem o dia a dia de umaempresa”, diz Carolina. “Esse é um ótimoteste vocacional. Com apenas 15 anos,os alunos começam a ter uma noção dequal profissão seguir no futuro. Assim,eles passam a entender do mundo dosnegócios com mais facilidade.”Ela conta que quando os alunos chegampara participar dos projetos, realizados em36outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


“ALUNOS VÃO ATRÁS DE FORNECEDORES E COLOCAM A MÃO NA MASSA.”“Brainstorm, pesquisa demercado, constituição dadiretoria, orçamento, métodosde produção, controle dematéria prima, acabamento,controle de qualidade sãoalguns dos aprendizadosoferecidos aos jovens noprograma Mini-Empresa.“contraturno escolar, eles têm uma visãocompletamente equivocada do mundoempresarial. “Acham que o mundo dosnegócios se resume em administração,contabilidade e ao programa Aprendiz,apresentado na TV pelo Roberto Justus”,observa. Mas, com a Junior Achievement,eles descobrem uma realidadecompletamente diferente. “Enxergamque é preciso ir além e entender derecursos humanos, marketing, fluxo decaixa, balancete, comunicação”, explica agestora.Carolina explica que quando a empresafictícia é constituída ela não conta comnenhum capital. “Dividimos a empresafictícia em cotas. Cada aluno podecomprar apenas uma. Se no fechamentoda empresa houver lucro todos ganham,se tiver prejuízo eles sabem que algo deuerrado e que é preciso corrigir antes deprosseguir”, afirma.Para aumentar a lucratividade daempresa os alunos desenvolvem projetosde produtos unitários e em séries paraserem comercializados. Toda produção édestinada e comercializada em bazares,entre parentes e amigos. Uma vez aoano, durante a feira das miniempresas,esses empreendedores mirins tem aoportunidade de expor e vender para todaa comunidade as invenções. Na 7ª ediçãoda feira, realizada no mês de setembro,no Armazém da Moda, participaram17 empresas. Na exposição foi possívelencontrar vários produtos, como carteirasproduzidas com caixas de leite e capas paranotebook confeccionadas em jornal. “Elesvão atrás dos fornecedores e literalmentecolocam a mão na massa, obedecendouma sequência de produção. Um corta,outro cola, outro faz a supervisão e, enfim,se comercializa o produto”, diz Carolina.Serviço – Os programas da JuniorAchievement são oferecidos sem ônuspara os estudantes e para as escolas. Paraparticipar, basta entrar em contato com ainstituição pelo fone (43) 3379-5230.Associação Comercial e Industrial de Londrina 37


OPINIÃOFAÇAMOS NOSSA HISTÓRIACOM GRANDEZA!As palavras antológicas do presidente do Fórum Desenvolve Londrina, Cláudio Tedeschi,dirigidas aos candidatos à Prefeitura. Uma advertência que serve para nortear nossas açõesnos próximos quatro anosPor Cláudio TedeschiO Fórum Desenvolve Londrina propõe uma novacultura na administração pública, uma novagovernança, na qual o poder constituído continue seaproveitando da contribuição dos melhores talentosda cidade, independente de sua cor ou preferênciapartidária.Uma atitude verdadeiramente democrática, e cada vezmenos autocrática.Investe no capital social local, apoiandoempreendedorismo cívico e a disseminação dasiniciativas que fortaleçam as redes sociais.Utiliza uma metodologia de percepção intelectualdo cidadão que, em geral, já vivenciou o problemaanalisado.A sua metodologia é mais metafísica que acadêmicaou científica, porém prima por fundamentos como:verdade, justiça e razão.É um exercício democrático de construção de consenso,dentro do respeito à diversidade e à complexidade davida humana.Pretende ser um dos guardiões do sonho de um bomfuturo para Londrina.É um retrato da diversidade humana de nossacomunidade (esta é uma de suas riquezas), compondosede membros representantes da academia, setorpúblico e empresarial.Olha Londrina sempre tendo em vista seu futuro,construindo projetos de Estado, de Nação, e nãosomente de manutenção de poder, porque os primeirosem geral perpassam várias administrações.Walter Ney38outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


“SOMOS O QUE FAZEMOS. O QUE NÃO SE FAZ, NÃO EXISTE.” (PADRE VIEIRA)Traz em seu bojo, a semente de umanova cultura para administraçãopública, um novo paradigma.O Fórum não pede nada aos nossoscandidatos. Humildemente, oferecesua contribuição e o sonho decompartilharmos e construirmosjuntos novos marcos na administraçãopública, que leve sempre em conta:Um ambiente de constante interaçãoentre as ações das diversas secretarias,e dessas com as entidades e agentes queatuam em seus diversos segmentos,com foco na melhoria de qualidade devida da comunidade.Uma gestão não em colcha de retalhospara apaziguar as diversas correntese conveniências de apoios políticospartidários, mas sim baseada nacompetência, capacidade gestora e vidaproba dos secretários escolhidos.Fundamentada num plano de metas,na eficiência de suas ações e custos eabsoluta transparência.No uso da crítica qualificada, nãocomo ameaça a seu poder, mas comoinstrumento de gestão.ENFIM, SENHORES, TER SEMPREEM MENTE:Sou um servidor do Estado (umestadista), e não “O estado sou eu”,como Luís XIV ou D. João VI, culturaesta infelizmente corrente na maioriados nossos homens públicos, até aqui.Levar sempre em conta a grande funçãodo poder que é servir. “Porque o poderque só se serve, não serve.” (MárioSérgio Cortella), ou então Cristo: “Eunão vim aqui para ser servido, eu vimaqui para servir”.O Brasil, senhores, é carente de boasreferências, e exemplos que sirvam àformação de nossos jovens. Somos umPaís paupérrimo em valores morais,base do comportamento ético de justiça.Nossos heróis são ou foram, em geral,grandes farsantes, seja na política, naliteratura ou nas artes em geral.Façamos, pois, nossa história comgrandeza, deixemos um legado aosnossos filhos com sabor de devercumprido, pois só assim poderemossonhar com um futuro melhor.Que nossas análises para tomadade decisões, sejam cada vez maisaprofundadas com o alargamentode nosso conhecimento e de nossasvirtudes.Um homem que se limita somente aseu tempo é um perfeito idiota.E para finalizar minha fala, gostaria decitar frases de dois grandes pensadoresbrasileiros.A primeira, de José Monir Nasser: “Aessência do civismo é a consideraçãodo coletivo no domínio do individual,e não a submissão do individual aocoletivo (que é o coletivismo), por essarazão, civismo só existe quando háabsoluta liberdade de escolha.”E por fim, do Padre Antônio Vieira:“Somos o que fazemos. Quandofazemos existimos. O resto do tempo,apenas passamos. O que não se faz, nãoexiste”.CLÁUDIO TEDESCHI é empresárioe presidente do Fórum DesenvolveLondrina. O texto acima foi lido emevento que reuniu os seis candidatos aprefeito do município.Associação Comercial e Industrial de Londrina 39


FINANCIAMENTOA HORA DO CRÉDITOLondrina recebe Seminário Regional de Crédito em 7 de novembro. Uma boaoportunidade para pequenas empresas que buscam acesso a linhas de financiamentoKarina ConstancioInformar sobre as melhores linhas definanciamento disponíveis no mercado ecriar um canal de relacionamento entreo empresário e as instituições financeirassão os principais objetivos dos SemináriosRegionais de Crédito. A partir de umainiciativa do Sebrae/PR e da Fiep serãorealizados 41 encontros em todo o Paranáaté o mês de novembro.Em Londrina, com o apoio da <strong>ACIL</strong>, oseminário será feito no dia 7 de novembro,onde diversas instituições financeiras vãoapresentar seus produtos e serviços paraas micro e pequenas empresas (MPEs). Oevento ainda terá uma rodada de negóciossobre crédito, na qual os empreendedoresvão ter a possibilidade de agendar umatendimento individualizado com asinstituições participantes, bem comogerar oportunidade de negócios.Para o coordenador estadual de acessoa serviços financeiros do Sebrae, FlavioLocatelli, responsável pelo projeto noParaná, os empresários vão ter a chancede conhecer o que tem de melhor emfinanciamento para as MPEs. “Outroponto interessante é que o empresáriopoderá comparar os produtos e serviçosoferecidos pelos bancos no próprioevento, o que dará a possibilidade demelhores negociações”, afirmou.De acordo com pesquisas realizadasnos seminários anteriores, 57% dosparticipantes entenderam que ficarammais bem informados sobre as linhas decrédito e 41% declararam se sentir maispreparados para uma futura negociaçãocom as instituições financeiras.Locatelli explica que antes de tudo éimportante verificar se o financiamentoé a melhor opção. “Existem situações emque o empresário tem um fluxo de caixacom dificuldade e entende que a falta derecursos é o motivo, mas na verdade eletem que melhorar a sua gestão financeira”.Ele também ressalta que o crédito deveser obtido de forma consciente. “Antes decontratar uma operação junto aos bancos,o empresário tem que entender qual a realnecessidade da empresa em relação ao temae aí sim buscar a linha de crédito específicapara essa necessidade. Ele deve pesquisarjunto aos bancos as condições, taxas evalores disponíveis. Hoje existem produtosem excelentes condições para as empresas,por isso o empresário deve participar doSeminário de Crédito e conhecê-las melhor.”Além de representantes do BNDES, estarãopresentes técnicos do Banco Regional deDesenvolvimento do Extremo Sul (BRDE);do Banco do Brasil; da Caixa EconômicaFederal; do Sistema de Cooperativas deCrédito do Brasil (Sicoob); do Sistemade Crédito Cooperativo (Sicredi); doFomento Paraná e do Bradesco, alémde representantes das SociedadesGarantidoras de Crédito (SGC), modeloconsolidado para a concessão de recursosfinanceiros para as MPEs.Lideranças estaduais debatem o papel das sociedades garantidorasFundamentais na democratização decréditos, as Sociedades Garantidoras deCréditos (SGCs) prestam assessorias egarantias exigidas pelas financeiras àsmicro e pequenas empresas. No dia 1ºde outubro, durante a XXII ConvençãoAnual da Faciap, realizada em Foz doIguaçu, o assunto foi debatido durantea plenária “As Sociedades Garantidorasde Créditos como instrumento dedesenvolvimento”, com a participação derepresentantes do Sebrae, Garantioeste,Associação Comercial e Industrial deLondrina (<strong>ACIL</strong>), Fomento Paraná,Sicoob e Banco Regional do ExtremoOeste do Paraná (BRDE).Para o coordenador estadual de acessoa serviços financeiros do Sebrae Paraná,Flávio Locatelli, segundo pesquisa dainstituição, os recursos mais buscados pelosempresários são de capital de giro e chequeespecial. “Isso prova que os empresárioscontinuam buscando crédito de formaequivocada”, destacou. “E o que as SGCsfazem é justamente o contrário, prestandoserviço de orientação e assessoria para osempresários”, completou.O presidente da <strong>ACIL</strong>, Flavio Balan,destacou que a melhoria de oferta decrédito para as micro e pequenas empresasgeram uma retenção de recursos noscaixas. “Isso melhora a competitividade dosnossos associados na ponta, que é o nossoprincipal objetivo”. Para ele, as AssociaçõesComerciais e Empresariais (ACEs) devemapoiar e participar efetivamente da SGC dasua região. “É uma ferramenta clara parao desenvolvimento local com garantia deresponsabilidade social”.40outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


PERFILRECEITA DE SUCESSOOs sócios Karla e Edison Watanabe falam sobrea trajetória do Restaurante Edikasa Express, quegerenciam há três anos em LondrinaPor Felipe BrandãoAbrir o próprio negócio era um sonhoantigo na vida de Karla Keiko Watanabee Edison Fernandes da Cruz Watanabe.Logo que se casaram, os dois optaram porpassar cinco anos vivendo e trabalhandono Japão para juntar capital. A ideia semprefoi investir no ramo da gastronomia,paixão pessoal de Edison, e várias opçõesforam sendo consideradas. Era o iníciode um longo caminho até a abertura doEdikasa Express, do qual estão à frentedesde outubro de 2009. O restaurante,que vem conquistando espaço cada vezmaior no mercado londrinense apostandoem refeições variadas, saborosas e dequalidade, já pode ser considerado umexemplo de investimento empreendedorque deu certo.Karla conta que, quando retornaram aoBrasil, o primeiro a fazer foi se colocarem dia com as tendências do mercadopara saber em que investir. Participaram,então, da Semana da Pequena Empresa,no Serviço Brasileiro de Apoio às Microe Pequenas Empresas (Sebrae), ondeconheceram o Programa DekasseguiEmpreendedor e receberam as diretrizesiniciais. Toda a elaboração do projetocontou com a consultoria de MariaFernanda Beneli, à época funcionáriado Sebrae e hoje gerente de mercado da<strong>ACIL</strong>. Ela os ajudou a definir a localizaçãona Rua Doutor Generoso Marques, ondeo restaurante está até hoje.A opção pelo ponto acarretou umaalteração radical naquilo que se planejavaa princípio: em vez de um restauranteaberto, um delivery de refeições emdomicílio. “Tudo porque a região é‘zona residencial 2’, o que não permitiriaatender presencialmente a clientela”,relata a proprietária. Além disso, foramnecessários inúmeros gastos parareformar o imóvel e torná-lo adequadoàs exigências da Vigilância Sanitária, demodo que a inauguração foi feita com ocaixa quase “no vermelho”.Para divulgar o trabalho, os própriosEdison e Karla foram distribuir panfletosem algumas ruas da cidade, convidandoclientes em potencial a conhecer o novorestaurante, que a princípio apostavasomente no serviço de disk-marmitex.Edison detectou também a necessidade deum diferencial. E foi aí que, por sugestãode Karla, criaram o marmitex light – cujaaceitação foi um divisor de águas nosAssociação Comercial e Industrial de Londrina 41


negócios do casal. “Não se trata daquelelight padrão, sem graça, mas de umarefeição saborosa e adaptável ao gostodo cliente. A variedade, aliás, é algo queprocuramos estabelecer e manter em todonosso cardápio”, explica o gastrônomo.Hoje, o menu light corresponde a 40% dofaturamento do Edikasa nos marmitex.Os lucros foram aumentando, e junto comeles a demanda de trabalho e de mão deobra. Edison considera que a parceriacom órgãos como o Sebrae e a <strong>ACIL</strong>, daqual são sócios desde o ano passado, foiindispensável para o sucesso na gestãode pessoal. “Por meio dessas parcerias,tivemos a estrutura necessária paraoferecer treinamento e capacitação aosnovos funcionários. Os cursos oferecidospela <strong>ACIL</strong>, por exemplo, abrangemcada área da indústria comercial coma bagagem de instrução necessária”,defende.Com o sucesso dos marmitex, o EdikasaExpress começou a investir também narefeição transportada para pequenas emédias empresas. O restaurante produzdeterminada quantidade de refeições eas transporta até a sede da contratantepara que sejam servidas aos funcionários.“Não temos problemas em trabalharcom clientes de pequeno porte, porquesabemos que, assim como foi conosco,eles tendem a crescer lá na frente. ‘Ospequenos de hoje são os grandes deamanhã’ é a nossa filosofia no Edikasa”,acrescenta Edison. As respostas têm sidotão satisfatórias que Edison e Karla játrabalham no passo seguinte: o refeitórioindustrial, que consiste em montar eadministrar espaço próprio para refeiçõesdentro das empresas, responsabilizandoseainda por fornecer equipamentos e porcontratar e treinar mão de obra.Para os próximos meses, os proprietáriospretendem focar o crescimento tambémna estrutura interna da empresa.“Queremos informatizar os setores, deforma a interligá-los e manter o controleexato do que se passa em cada um deles.Temos a intenção de transformar oEdikasa em uma indústria voltada parao fornecimento de alimentos em umfuturo próximo. Por isso há ainda muitotrabalho pela frente”, prevê Edison,realista e sonhador – combinaçãoque, ele e a esposa ressaltam, fazemtoda a diferença quando se trata deempreendedorismo.“O mais importante é ter foco,determinação e persistência. Osobstáculos só podem te fazer parar sevocê não se empenha em superá-los. Épreciso também humildade e vontade deprogredir”. Edison concorda com a sócia,e ainda complementa: “Empreender éconciliar muita dor de cabeça e poucosono. Superar desafios é o que constrói osvencedores de amanhã”.“Não temosproblemas emtrabalhar comclientes de pequenoporte, porquesabemos que, assimcomo foi conosco,eles tendem acrescer lá na frente.Os pequenos clienteshoje são os grandesde amanhã.Edison Fernandesda Cruz Watanabe,empresário“Karla Keiko Watanabe e Edison Fernandes da Cruz Watanabe: opróximo passo é montar refeitórios industriaisO casal Watanabe: paixão pela gastronomia, fé nosonho e investimento na realidade42outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br


REVISTA MERCADO EM FOCO | OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2012WWW.<strong>ACIL</strong>.COM.BRAssociação Comercial e Industrial de Londrina43


44outubro a dezembro de 2012 | www.acil.com.br

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