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Fazer o download - ACIL

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Conexões<br />

Para que ideias e ações se concretizem, é<br />

preciso buscar algo que é a palavra de ordem<br />

no momento: integração. Antes mesmo dessa<br />

aproximação entre as entidades do Fórum e o<br />

Poder Público, já se buscava uma integração<br />

administrativa na Prefeitura. Hoje, a cidade<br />

está dividida administrativamente em bases<br />

territoriais, o que prejudica a interação entre<br />

as ações das secretarias. “Precisamos fazer um<br />

cruzamento de informações, porque às vezes<br />

a Saúde está atendendo o mesmo público<br />

da Assistência, só que essa informação da<br />

Saúde não chega para a Assistência. Como<br />

as ações são desconexas, elas não seguem<br />

o mesmo caminho, e aí temos deficiências<br />

no atendimento que poderiam estar sendo<br />

supridas”, explica Patrícia. Télcia diz que:<br />

“Estamos numa proposta de unificação<br />

territorial, numa discussão de uso de espaços<br />

em comum, de gerenciamento de fluxos.<br />

Precisamos ter uma leitura unificada, para<br />

que possamos distribuir melhor os recursos”.<br />

Em termos de integração, a sociedade civil<br />

organizada faz coro com o discurso das<br />

autoridades públicas: “A falta de integração<br />

faz com que o Brasil tenha uma administração<br />

com vários órgãos trabalhando na mesma<br />

coisa, mas todos trabalhando isoladamente e,<br />

por consequência, todos fazendo a coisa mal<br />

feita”, diz Cláudio Tedeschi. A secretária Télcia<br />

aponta que “a proposta do Fórum é a de ação<br />

integrada, de como a gente consegue integrar<br />

educação, saúde, assistência, esporte e cultura<br />

num mesmo território”. É bom lembrar que,<br />

desde seu início, em 2005, o Fórum vem<br />

propondo soluções para os problemas da<br />

cidade. A diferença da aproximação atual é<br />

que ela envolve ações concretas das entidades<br />

do Fórum e a parceria caminha para uma<br />

institucionalização ainda a ser configurada.<br />

União pela cidade<br />

Essa iniciativa de aproximação do Fórum<br />

Desenvolve Londrina com o Poder Público<br />

visando a resolução de problemas sociais<br />

simboliza um clima de união na cidade.<br />

“O portador da visão de futuro de uma<br />

sociedade tem que ser a própria sociedade.<br />

O grande fundamento do Fórum é mudar a<br />

cultura de que uma pessoa eleita vai decidir<br />

Parceria<br />

de peso<br />

Segundo Gerson Guariente,<br />

todas as entidades do Fórum<br />

Desenvolve Londrina estão<br />

dispostas a colaborar com o<br />

Poder Público.<br />

Eis algumas entidades que<br />

compõem o Fórum:<br />

UEL<br />

Universidade Estadual de Londrina<br />

OAB<br />

Ordem dos Advogados do Brasil<br />

SESI<br />

Serviço Social da Indústria<br />

SENAI<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Industrial<br />

SESC<br />

Serviço Social do Comércio<br />

<strong>ACIL</strong><br />

Associação Comercial e Industrial<br />

de Londrina<br />

IAPAR<br />

Instituto Agronômico do Paraná<br />

FIEP<br />

Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná<br />

Caixa Econômica Federal<br />

SEBRAE<br />

SINDUSCOM-PR<br />

Sindicato da Indústria da<br />

Construção Civil no Estado do<br />

Paraná<br />

EMBRAPA<br />

Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária<br />

Associação Médica de Londrina<br />

Sociedade Rural do Paraná<br />

os rumos da cidade. O governante é apenas<br />

o gestor dos rumos da sociedade. Mas quem<br />

define os rumos é a sociedade”, diz Tedeschi.<br />

“Na verdade, quem trabalha com criança e<br />

adolescente sabe que não tem como trabalhar<br />

sem um tripé: família, Estado e sociedade. O<br />

Estado pode ser do tamanho que for, mas<br />

só a sociedade faz as mudanças nas pessoas.<br />

Quando a comunidade enxerga na gente um<br />

parceiro e todos se unem, não vejo como<br />

não avançarmos”, acredita Patrícia. Télcia<br />

concorda: “o Poder Público não consegue<br />

fazer sozinho mesmo. Ele vai precisar sempre<br />

da sociedade civil organizada, das ONGs, das<br />

empresas, das indústrias, de todos”, afirma.<br />

“Nós queremos que a cidade seja uma única<br />

cidade. E o nosso entendimento é que as<br />

oportunidades devam ser dadas para quem<br />

tem menos condições. Em Sorocaba, o<br />

prefeito integrou todas as ações, colocou os<br />

equipamentos públicos de melhor qualidade<br />

nas áreas mais carentes. E funciona porque<br />

se você envolve toda a comunidade e dá<br />

condições, ela avança muito rápido. É o que a<br />

gente está tentando fazer”, afirma Guariente.<br />

No passado, a sociedade civil organizada já<br />

se uniu em prol da cidade contra um inimigo<br />

em comum: a corrupção. Hoje, Tedeschi<br />

aponta um adversário que tem o poder de<br />

emperrar boas iniciativas, a “VICA”: vaidade,<br />

inveja, ciúme e arrogância. “Você tem uma<br />

dificuldade muito grande de trabalhar<br />

em equipe no Brasil, porque a inveja e a<br />

arrogância aparecem como obstáculos<br />

grandes para que a integração ocorra”, diz.<br />

Ao que parece, o Poder Público está<br />

imunizado contra ataques de VICA:<br />

“Nenhuma dessas questões da VICA cabem<br />

porque ninguém está aqui pelo poder. Isso<br />

faz uma grande diferença no dia a dia”, diz<br />

Télcia.<br />

Cláudio Tedeschi: “O governante é apenas<br />

o gestor dos rumos da sociedade. Mas<br />

quem define os rumos é a sociedade”<br />

12<br />

maio de 2013 | www.acil.com.br

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