26.01.2015 Views

Fazer o download - ACIL

Fazer o download - ACIL

Fazer o download - ACIL

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ESCOLA DE PILOTOS GANHOU FORÇA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL<br />

O simulador, que possui certificado para<br />

treinamento de voos por instrumentos, é<br />

um dos destaques da estrutura. O aparelho<br />

é comandado por um ex-aluno, Odvard<br />

Sanchez Rossini, 60 anos, que por décadas<br />

foi piloto em companhias como Varig e<br />

Rio Sul, acumulando experiência de mais<br />

de 11 mil horas de voo. “Eu me formei<br />

aqui no Aeroclube em 1971 e, depois de<br />

rodar o mundo, voltei. Agora dou aulas no<br />

simulador, onde o aluno aprimora pousos e<br />

decolagens”, afirma Rossini.<br />

O sonho de tirar o brevê<br />

As salas de aula do Aeroclube estão cheias<br />

de interessados pelo fascinante mundo<br />

da aviação, mas o preço para tirar o brevê<br />

(habilitação de piloto) é de R$ 14 mil. O<br />

investimento é alto; muitos hesitam.<br />

“Decidi virar piloto em 2011, mas desde<br />

criança tenho essa paixão pela aviação.<br />

No começo, minha família achou loucura,<br />

perigoso e muito caro o custo para se tirar o<br />

brevê de piloto. Mas depois perceberam que<br />

é um investimento a longo prazo”, explica o<br />

aluno Vinícius Felipe Belinati, 19 anos.<br />

Assim como muitos dos quase 300<br />

frequentadores das aulas no Aeroclube<br />

de Londrina, Vinícius cursa Ciências<br />

Aeronáuticas na Unopar, que acabou<br />

trazendo para Londrina alunos com<br />

interesse por aviação.<br />

“Entrei no curso na Unopar e no ano<br />

passado terminei o curso de piloto privado.<br />

Agora faço aulas de piloto comercial,<br />

que termino em junho. Depois, pretendo<br />

ser instrutor, além de buscar uma vaga<br />

em alguma companhia aérea”, completa<br />

Vinícius.<br />

Depois de quatro meses de aulas teóricas<br />

no curso de piloto privado, cada aluno<br />

é analisado por uma banca de avaliação<br />

coordenada pela ANAC. Se aprovado, ele<br />

passa a fazer a aulas práticas, totalizando<br />

40 horas de voo e um ‘voo cheque’. Para<br />

virar piloto profissional, é necessário ainda<br />

o curso de piloto comercial e novas e<br />

rigorosas avaliações.<br />

“Também temos aulas noturnas requeridas<br />

para a aquisição do brevê. O custo é alto,<br />

e existem desistências no caminho, mas é<br />

um sonho caro que traz muitos benefícios<br />

ao piloto durante a carreira”, acrescenta o<br />

presidente Antônio Francisco Magnani.<br />

História começou durante a guerra<br />

O Aeroclube de Londrina foi fundado<br />

em janeiro 1941, ganhou força durante<br />

a Segunda Guerra Mundial, quando os<br />

aeroclubes formavam pilotos civis que<br />

pudessem auxiliar a campanha brasileira no<br />

conflito.<br />

Com apoio do governo, os campos de<br />

aviação foram se ampliando; anos depois,<br />

transformaram-se em escolas de pilotagem.<br />

O governo cedia os aviões e ajudava a<br />

estruturar cada aeroclube. Em Londrina, a<br />

necessidade de ampliação durante a década<br />

de 1940 acompanhou a evolução de todo o<br />

Norte do Paraná.<br />

“Ouro verde”, o café reinava nas<br />

lavouras. Para que os aviões ajudassem<br />

no transporte da colheita, o aeroporto<br />

de Londrina precisou ser ampliado.<br />

Assim como o Aeroclube, o aeroporto<br />

funcionava na Aviação Velha, na zona sul.<br />

Na década de 50, membros do Aeroclube<br />

se esforçaram para ocupar o terreno já<br />

adquirido pela Prefeitura anos antes e<br />

fazer a mudança para o atual local. O<br />

aeroporto sofreu processo semelhante.<br />

O local onde fica o aeroporto era o Lote<br />

1 da Companhia de Terras do Norte do<br />

Paraná.<br />

O professor Jonas Liasch Filho, que há<br />

19 anos está à frente de várias disciplinas,<br />

ministrando aulas em todos os cursos do<br />

Aeroclube, além de fazer parte da diretoria,<br />

também é um apaixonado pela história<br />

do Aeroclube e, consequentemente, pela<br />

história da aviação londrinense.<br />

Ele explica que o Lote 1 era ocupado por<br />

uma colônia de japoneses, mas, com a<br />

guerra, os descendentes não reclamaram<br />

muito em deixar o local, transferindose<br />

para o centro da cidade, a pedido da<br />

Prefeitura.<br />

“Hoje, o aeroporto fica perto demais da<br />

cidade, mas na época não era. E a colônia<br />

japonesa deu lugar à pista que existe<br />

hoje, com os primeiros pés de café sendo<br />

arrancados por membros do Aeroclube. O<br />

aeroporto veio para este local em 1953 e a<br />

pista pavimentada foi inaugurada somente<br />

em 1956, junto com o nosso primeiro<br />

hangar”, conta Liasch.<br />

Mais detalhes podem ser conhecidos no blog<br />

mantido pelo professor: culturaaeronautica.<br />

blogspot.com.br<br />

<strong>ACIL</strong> e Aeroclube, uma sólida<br />

parceria<br />

Assim como a <strong>ACIL</strong>, o Aeroclube de<br />

Londrina faz parte da história da cidade.<br />

Muitos dirigentes que estiveram à frente das<br />

duas instituições viraram prefeitos, políticos<br />

importantes e responsáveis por atos que<br />

ajudaram no desenvolvimento de Londrina<br />

e região.<br />

“O Aeroclube ocupa lugar de referência<br />

na aviação brasileira. A reformulação<br />

da estrutura me chamou a atenção e o<br />

Aeroclube seguirá ajudando a elevar<br />

Londrina no cenário nacional”, afirma o<br />

presidente a <strong>ACIL</strong>, Flávio Balan.<br />

David Dequech Neto, que foi presidente do<br />

Aeroclube de 1996 a 1998, e diretor técnico<br />

no biênio 2000/02, acabou sendo presidente<br />

da <strong>ACIL</strong> de 2002 a 2004. Ele conta que na<br />

época que era estudante de Direito, era<br />

comum os jovens almejarem o curso de<br />

piloto e retirada do brevê.<br />

“Incentivado pelo meu tio Norton, fiz o<br />

curso de piloto privado e tirei o brevê.<br />

Depois os colegas sugeriram que entrasse<br />

para a diretoria, era época de buscar<br />

recursos para manter o aeroclube e foi um<br />

esforço conjunto que deu muito resultado”,<br />

conta David.<br />

Depois que o Departamento de Aviação<br />

Civil (DAC) deixou de repassar verba<br />

federal para o Aeroclube, nos anos 1980,<br />

os associados se juntaram para buscar<br />

recursos. “O Aeroclube era um dos poucos<br />

que formava pilotos observando de perto<br />

a movimentação aérea por ter o aeroporto<br />

próximo. Isso sempre foi um grande<br />

diferencial. A cidade continuou crescendo e<br />

o Aeroclube também. Fico feliz em ter feito<br />

parte dessa rica história”, diz Dequech Neto.<br />

Antônio Francisco Magnani: “Vem<br />

gente de todas as regiões do Brasil<br />

(em busca de formação), o que ajuda a<br />

confirmar que somos referência entre os<br />

aeroclubes do País”<br />

Associação Comercial e Industrial de Londrina 37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!