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José Eduardo Carvalho Dar vida às margens do Tejo ... - CCDR-LVT

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A fábrica que em 33 anos defuncionamento reparou mais decinco mil navios encerrou as portasem 2000 e, desde então, esses terrenosficaram aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s. Não houveuma única intervenção com vista àsua requalificação. Neste local,apenas os vestígios – ferro e maisferro – de uma indústria que chegoua empregar 6100 pessoas. Mas oprojecto para esta zona ribeirinhaexiste. Aliás, para esta e para outrasna margem sul e na margem norte.Projectos que apresentam o mesmodenomida<strong>do</strong>r comum: a água.João, emprega<strong>do</strong> de mesa <strong>do</strong> Doca PeixeA própria Organização Mundial de Saúde, através <strong>do</strong> Projecto dasCidades Saudáveis, não se cansa de enaltecer a recuperação deáreas industriais deprimidas e inquinadas como forma de devolvera qualidade de <strong>vida</strong> às populações. Na área de Lisboa e Vale <strong>do</strong><strong>Tejo</strong>, uma das zonas que encaixa na perfeição, como peças numpuzzle, nesta caracterização é a <strong>do</strong>s terrenos da antiga Lisnave,na Margueira, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> oposto <strong>do</strong> Cais <strong>do</strong> Ginjal.de requalificação destas zonas ribeirinhas pretendem valorizaro papel da água como agente de mudança das cidades. De resto,esta foi uma das questões inerentes ao tema em debate no eventoem Bruxelas – «A água como factor de competiti<strong>vida</strong>de» –, e quefoi apresenta<strong>do</strong> pelo grupo de trabalho lidera<strong>do</strong> pela Comissãode Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale <strong>do</strong><strong>Tejo</strong> (<strong>CCDR</strong>-<strong>LVT</strong>).A fábrica, que em 33 anos de funcionamento reparou mais decinco mil navios, encerrou as portas em 2000 e, desde então, essesterrenos ficaram aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s. Não houve uma única intervençãocom vista à sua requalificação. Neste local, apenas os vestígios– ferro e mais ferro – de uma indústria que chegou a empregar6100 pessoas. Mas o projecto para esta zona ribeirinha existe.Aliás, para esta e para outras na margem sul e na margem norte.Projectos que apresentam o mesmo denomida<strong>do</strong>r comum: a água.Potenciar o rio, devolvê-lo às populações, permitir-lhes que usufruamas duas <strong>margens</strong> <strong>do</strong> <strong>Tejo</strong>, tornar o <strong>Tejo</strong> como um factor deaproximação e não de separação entre a margem norte e a margemsul... é a ideia base subjacente em cada um desses projectos.Potenciar as frentes ribeirinhasApresenta<strong>do</strong>s pela Parque Expo no âmbito <strong>do</strong> Open Days, que serealizou em Outubro passa<strong>do</strong> em Bruxelas, contemplam as zonasda Baixa Pombalina, Ajuda-Belém, Pedrouços (na margem norte),Margueira, Quimiparque e Siderurgia (na margem sul). Com conclusãoprevista para daqui a cinco anos (no caso da Frente RibeirinhaAjuda-Belém) e 10 a 15 anos (os da margem sul), os projectosSegun<strong>do</strong> o presidente <strong>do</strong> conselho de administração da ParqueExpo, entidade que presta assessoria técnica nos <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong>ordenamento <strong>do</strong> território e <strong>do</strong> urbanismo a estes seis projectos,em declarações ao semanário Expresso na altura em que decorriao Open Days, o objectivo «é passar a encarar o <strong>Tejo</strong> como umagrande praça de água e uma cidade a duas <strong>margens</strong> com capacidadepara desenvolver projectos num território pensa<strong>do</strong> a umaescala metropolitana». Para Rolan<strong>do</strong> Borges Martins, «o potencial<strong>do</strong> <strong>Tejo</strong> é imenso» e os seis projectos previstos para os próximosanos irão devolver o rio e a paisagem aquática às populações.Isola<strong>do</strong> na sua marcenaria, Ramiro não faz ideia <strong>do</strong> que está.planea<strong>do</strong> para o Cais <strong>do</strong> Ginjal, mas diz que se ouvem «coisas».Para os terrenos <strong>do</strong> antigo estaleiro naval «ouvi dizer que vãofazer daquilo uma coisa parecida com o Parque das Nações semo Oceanário, é claro. Agora, aqui para o Cais <strong>do</strong> Ginjal, fala-senuma marginal com esplanadas e restaurantes até à Trafaria».Um percurso que a concretizar-se implicaria quase de certezaa demolição <strong>do</strong> seu estabelecimento. Ramiro garante não seimportar, mesmo que isso lhe sacrificasse «a vista para o rio»,o estar «a <strong>do</strong>is metros <strong>do</strong> <strong>Tejo</strong>» e fosse obriga<strong>do</strong> a deslocar-se com| 29

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