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José Eduardo Carvalho Dar vida às margens do Tejo ... - CCDR-LVT

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A Autoeuropa vive, ao que se sabe, uma situação saudável,mas o fantasma da Opel da Azambuja está sempre próximo…Nós mantemos uma atitude observa<strong>do</strong>ra e optimista. É claro quetoda a história da indústria automóvel é feita desses fantasmas;faz parte das suas características, em muitas partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, teruma <strong>vida</strong> de curta/média duração. Recorde-se o caso da Renault,nos anos 80, como um <strong>do</strong>s factores que levou ao clima de grandeempobrecimento <strong>do</strong> distrito de Setúbal. Como diz, o fantasmaestá próximo, mas acho que hoje as empresas têm a preocupaçãode estar no merca<strong>do</strong> com condições para enfrentar quaisquertransformações que aconteçam no sector-mãe. Não me parececredível, se por qualquer razão a Autoeuropa deixasse de produzirem Palmela, que to<strong>do</strong>s os fornece<strong>do</strong>res se «deslocalizassem» atrásdela. Acho mais natural e desejável – e essa é uma das nossas preocupações– criar na região alternativas que possam beneficiardeste investimento no automóvel. Daí que fale da importância <strong>do</strong>centro de excelência, para conseguirmos produzir para toda umafileira que pode estar na região e pode estar no país e no mun<strong>do</strong>.Foi cria<strong>do</strong> pela Câmara um Sector de Promoção e Apoioà Economia Local. Em que consiste?Têm ti<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s?Sem dú<strong>vida</strong>, tem ti<strong>do</strong> imensa procura. O problema coloca-se aocontrário: chegamos a um ponto em que não temos produtoresem número suficiente para abastecer o número de cestos encomenda<strong>do</strong>s.Mas esta teia pode alargar-se. É um projecto-piloto que mostrougrandes potencialidades e no qual vamos continuar a apostar.A cultura também é um factor decisivo para o desenvolvimentode uma região. As propostas da Câmara vão no senti<strong>do</strong> de darespaço aos artistas e cria<strong>do</strong>res da região ou, por outro la<strong>do</strong>, atrairo público de Lisboa para eventos de interesse mais abrangente?Temos as duas preocupações. Em primeiro lugar, temos uma políticade apoio ao que se faz nesta terra. Por exemplo, ao movimentoassociativo, que é rico e diversifica<strong>do</strong>. Temos entre nós colecti<strong>vida</strong>descentenárias, temos grupos de teatro de qualidade, temosuma companhia de dança residente, temos uma excelente escolade danças de salão… Depois, há outra linha de trabalho que consisteem apoiar projectos de outra natureza e de outra dimensão,e que também procuramos trazer para Palmela; caso <strong>do</strong> FestivalInternacional de Artes de Rua (FIAR) ou <strong>do</strong> Festival Internacional<strong>do</strong>s Gigantes (FIG). Mas, sempre que possível, há nestes eventosuma integração <strong>do</strong>s nossos artistas e grupos locais.Faz parte de uma aposta de valorizar aquilo que é nosso. A tal estratégiade diversificação <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> económico passa por aí: por umla<strong>do</strong>, ter empresas e sectores de grande competiti<strong>vida</strong>de; por outro,ter pequenos nichos que permitam afirmar aquilo que é nosso.Ou seja, o nosso vinho, com as nossas características, produz-seaqui. O queijo de Azeitão produz-se aqui. O que nós procuramosnesta unidade orgânica da Câmara e na estratégia de intervençãojunto <strong>do</strong>s agentes locais é apoiá-los e incentivá‐los, constituin<strong>do</strong>parcerias, investigan<strong>do</strong> sobre pontos de apoio ou iniciativas a quese podem candidatar, de mo<strong>do</strong> a melhorar o seu desempenho.É o caso <strong>do</strong> projecto PROVE, que vende cabazes de produtoshortícolas por encomenda?Os equipamentos culturais que têm são suficientes?Temos um equipamento clássico de grande valor, com algumaslimitações técnicas que vamos resolver, o Cine-Teatro S. João. Temosa nova Biblioteca de Palmela, equipada com um auditório ondese podem realizar determina<strong>do</strong>s espectáculos e iniciativas culturais.Temos um bom auditório em Pinhal Novo onde também se realizamespectáculos, cinema, etc. Temos um pequeno Centro Culturalna freguesia mais rural <strong>do</strong> concelho, Poceirão. Temos tambémum forte associativismo: mais de 200 associações e colecti<strong>vida</strong>desde to<strong>do</strong> o tipo, que, ligadas a esta política de descentralizaçãode equipamentos e de iniciativas faz de Palmela um concelho.culturalmente muito dinâmico.Exactamente. É a valorização <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> rural junto <strong>do</strong>s nossosmora<strong>do</strong>res e, ao mesmo tempo, uma forma de incentivo e deapoio directo aos pequenos produtores. Como é que eles têmcondições de pôr o seu produto à venda, de chegar a um grandehipermerca<strong>do</strong>? Nunca na <strong>vida</strong> terão condições para isso… Mastêm condições para satisfazer um certo número de consumi<strong>do</strong>res,ávi<strong>do</strong>s de produtos vin<strong>do</strong>s directamente da terra e desta zona.Foi ideia desta câmara a criação da Rota de Vinhos da Penínsulade Setúbal, em 2000. Em que é que consiste e qual é o papelda Casa-Mãe, aqui em Palmela?É um projecto que tem como objectivo promover as nossas adegase os nossos vinhos. Para além das visitas organizadas, faz-se nesteprojecto uma partilha de experiências que julgo ser útil a cada| 43

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