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José Eduardo Carvalho Dar vida às margens do Tejo ... - CCDR-LVT

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Casa Ermelinda Freitas Adega Cooperativa de Pegões Casa Ermelinda Freitas José Maria da Fonsecada Arrábida; Char<strong>do</strong>nnay, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Pinot Blance Cabernet Blanc são outras variedades que têm si<strong>do</strong> introduzidascom sucesso. Com a casta Moscatel, originária <strong>do</strong> Egipto (Moscatelde Alexandria é outra das suas designações), faz-se o generosoMoscatel de Setúbal e o especialíssimo Moscatel Roxo, elabora<strong>do</strong>com uvas tintas. Esta é, sem dú<strong>vida</strong>, a bebida mais simbólica dasterras <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>. A área foi geograficamente delimitada em 1907,mas há referências à exportação de 350 barricas de Moscatel deSetúbal no ano de 1675, tão apreciada era aquela <strong>do</strong>çura aromáticanas cortes europeias.O «Moscatel de Setúbal Superior 2000», que este ano conquistoua medalha de prestígio no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafa<strong>do</strong>s,é a jóia da coroa da adega Venâncio da Costa Lima, ondetrabalham os enólogos Fausto Lourenço e Joana Vida. Destaca-setambém o premia<strong>do</strong> «Palmela D.O.C. Escolha 1995», apresenta<strong>do</strong>como um vinho de «cor granada intenso, aroma de fruta madura,compota e especiarias, sabor macio, taninos presentes e correctos,final muito equilibra<strong>do</strong>». Para outro segmento de consumo,daqui sai também o popular Serrinha, que já conheceu diversasfases de <strong>vida</strong>. Se dantes era o garrafão de cinco litros (vulgo «palhinhas»)a mandar no merca<strong>do</strong>, agora, o que está na moda é o Bagin Box. Corta-se o cartão picota<strong>do</strong>, puxa-se a torneira <strong>do</strong> saco e jáestá: vinho para o dia-a-dia, numa embalagem que oferecemelhor conservação depois de aberta, em relação à tradicionalgarrafa de vidro. Nestas coisas, o merca<strong>do</strong> é que manda; e se omerca<strong>do</strong> gostou <strong>do</strong> Bag in Box – contra os prognósticos de to<strong>do</strong>sos produtores, diga-se – haverá que o manter satisfeito. Para osmais conserva<strong>do</strong>res, a Venâncio da Costa Lima tem ainda cerca denove mil barris de madeira a circular por restaurantes e tabernas,desde a margem sul <strong>do</strong> <strong>Tejo</strong> à partilha <strong>do</strong> Algarve. Também estes,um dia, serão total e friamente substituí<strong>do</strong>s pelas vasilhas inoxidáveis.Já se sabe: o merca<strong>do</strong> é que manda.Na Quinta <strong>do</strong> Anjo encontra-se mais uma adega integrante<strong>do</strong> circuito da Rota <strong>do</strong>s Vinhos: a Casa Agrícola Horácio Simões.Fundada em 1910, também ali se produz Moscatel de Setúbale Moscatel Roxo, várias vezes premia<strong>do</strong>s. E, porque estamos emterra de «pão, queijo e vinho», vale a pena referir outras especialidadesda casa: o queijo amanteiga<strong>do</strong> e a manteiga de ovelha,duas carismáticas iguarias. Em Palmela, situa-se a Casa-Mãe daRota <strong>do</strong>s Vinhos – o pólo dinamiza<strong>do</strong>r da rede, aberto ao público,que funciona como uma montra para os associa<strong>do</strong>s – e aindaa Adega Cooperativa de Palmela e a SIVIPA – Sociedade Vinícolade Palmela.Deixan<strong>do</strong> a Quinta <strong>do</strong> Anjo e seguin<strong>do</strong> para a zona de Azeitão,deparamo-nos com mais três adegas associadas: a Quinta deAlcube, a Bacalhôa Vinhos de Portugal e a José Maria da Fonseca.Esta é a empresa mais antiga de todas, pioneira em Portugalna afirmação de marcas, numa época em que os vinhos de mesasó se vendiam a granel. Depois <strong>do</strong> «Moscatel de Setúbal», em 1849,José Maria da Fonseca criou no ano seguinte o «Periquita», umvinho encorpa<strong>do</strong> feito a partir da casta Castelão, que ele próprio52 |

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