Anais do XI Encontro de Iniciação Científica UNIP/PIBIC-CNPq 2009

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS PRESENTES EM ESTETOSCÓPIO (APOIOCNPq)Aluno: Thiago Brito de MedeirosOrientador: Prof. Dr. Xisto Sena PassosCurso: EnfermagemCampus: GoiâniaNem mesmo René Theophile pensava que seu invento se transformaria em uma ferramentaindispensável para os profissionais de saúde... Mas, apesar do sucesso, o estetoscópio pode setornar um vetor para transmissão de microrganismos. Este estudo objetivou isolar e identificar quaisfungos podem ser encontrados neste importante instrumento de trabalho. E, também, mostrar quaisos riscos que estes fungos podem trazer à saúde do paciente e ainda avaliar se uma assepsia comálcool a 70% é eficaz para a desinfecção do estetoscópio. Foram coletadas 100 amostras deestetoscópios de funcionários e estudantes do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO). Destas 100amostras, 50 foram coletadas antes de uma assepsia com álcool a 70% e as 50 restantes, após aassepsia. Os resultados mostram que das 50 amostras coletadas, 34% pertenciam a técnicos emenfermagem e apenas uma pertencia a fisioterapeuta. Médicos e residentes em medicina juntossomaram 54 % dos estetoscópios. Das amostras coletadas antes da assepsia, 68% apresentavam-secontaminadas e dos estetoscópios pertencentes a médicos, 100% possuíam microorganismos. E das50 amostras coletadas após assepsia, foram identificados fungos em 28 delas, correspondendo a56% do total. Com estes resultados, concluímos que os microorganismos encontrados (Candida sp;Rhodotorula sp; Aspergillus Níger; A. fumigatus; A. flavus; Cladosporium sp; Penicillium sp e Mucorsp) fazem parte dos causadores de infecções oportunistas. Também destacamos, em nosso estudo,que a assepsia com álcool a 70% não demonstrou ser um procedimento com boa eficiência nocombate à transmissão de microorganismos, pois houve um decréscimo muito pequeno (16%) emrelação às coletas antes da assepsia.