Download - Comité Olímpico de Portugal

EDITORIALTribunal do Desportoestá prontoMerece justoenaltecimento otrabalho desenvolvidoao longo do ano findopelos que, em boahora, aceitaram onosso repto paraintegrar a ComissãoInstaladora do TAD,superiormentepresidida peloConselheiro Cardosoda Costa.com mais um registo pioneiro na vida do sector desportivo. Estáapresentado ao Ministério da Justiça o projecto do Tribunal Arbitral do2007fechaDesporto, uma nova organização ao serviço de todos os agentes, que seespera venha a constituir um meio de resolver conflitos, de garantir o direito através de umamais célere, ágil e económica relação no seio do tecido associativo.O nó górdio da questão sintetiza-se numa dicotomia simples: ou se entende que tudo oque é serviço público deve ser integralmente assegurado pelo Estado, ou considera-seque a missão do Estado é garantir que existem serviços públicos de qualidade, eficazes,podendo tais serviços ser assegurados por contratualização com o sector privado e pordelegação de competências nas suas instituições reconhecidas.Merece, portanto, justo enaltecimento o trabalho desenvolvido ao longo do ano findopelos que, em boa hora, aceitaram o nosso repto para integrar a Comissão Instaladorado TAD, superiormente presidida pelo Conselheiro Cardoso da Costa.De sinalizar que a materialização do TAD só é possível pela visão reformista do Governo,nomeadamente em sede da nova Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, passandoa Justiça Desportiva a ser encarada de forma “desestatizante” face à incoerentemoldura legal antecedente. É bom dizê-lo, com toda a clareza, que só assim foi possívelrecuperar meia dúzia de anos perdidos.Estes registos não podem deixar de configurar um sinal político e uma mensagem deestímulo para o futuro, pois por aqui se exemplifica que o Comité Olímpico de Portugaltem um programa e está a cumpri-lo até ao limite das suas capacidades, honrando osseus compromissos. Há um eixo estratégico de pensamento, há valores a defender euma dinâmica de trabalho estruturada, orientada por prioridades. Por isso os resultadosestão à vista e são motivo de orgulho.Nem sempre o caminho é fácil, nem sempre agrada a todos. Mas é com convicção quese pode afirmar que falamos a verdade, sem nunca enjeitarmos o diálogo, exigindo tãosó respeito e lealdade.Não há forças que condicionem os nossos mecanismos de decisão e de avaliação quelegitimamente nos assistem e que não declinamos, o que nos permite mais este virar depágina na organização do desporto português.4Outubro|Dezembro 2007