12.07.2015 Views

programa de cirurgia bariátrica - Hospital Universitário Getúlio ...

programa de cirurgia bariátrica - Hospital Universitário Getúlio ...

programa de cirurgia bariátrica - Hospital Universitário Getúlio ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Programa <strong>de</strong> <strong>cirurgia</strong> bariátrica: Grupo terapêutico pós-cirurgicocomo instrumento da intervenção interdisciplinarO <strong>programa</strong> <strong>de</strong> <strong>cirurgia</strong> bariátricado <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio Vargas(HUGV/Ufam) surgiu em 2003. É compostopor uma equipe multidisciplinar que incluicirurgiões, endocrinologistas, cardiologistas,nutricionistas, psicólogos, assistentes sociaise fisioterapeutas, entre outros. O trabalhoda psicologia refere-se ao acompanhamentopsicológico dos pacientes em gruposterapêuticos pré e pós-cirúrgicos. Este artigotem como objetivo abordar a importância doacompanhamento psicológico após a <strong>cirurgia</strong>,pelo fato <strong>de</strong> que há muitas mudanças na vida<strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser obeso mórbido, pois emalguns casos o emagrecimento súbito po<strong>de</strong>causar quadros psiquiátricos, tais como:<strong>de</strong>pressão, ansieda<strong>de</strong>, alcoolismo e gastosexcessivos. 1A obesida<strong>de</strong> mórbida causa gravesproblemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como exemplo:hipertensão, diabetes, varizes, apneia,artropatias, pedra na vesícula, tumores<strong>de</strong> intestino, infertilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros.Além <strong>de</strong> afetar aspectos psicológicos taiscomo: ansieda<strong>de</strong>, diminuição da autoestimae <strong>de</strong>pressão. Assim sendo, consi<strong>de</strong>ra-se aobesida<strong>de</strong> mórbida como uma doença grave.Em 1991, o Instituto Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>dos Estados Unidos estabeleceu que umtratamento eficaz para obesos mórbidos é a<strong>cirurgia</strong> bariátrica. Essa <strong>cirurgia</strong> é indicada apessoas com índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC)superior a 40 kg/m² ou IMC entre 30 e 40 kg/m² quando existir uma patologia associadacapaz <strong>de</strong> ser melhorada com a perda <strong>de</strong>peso. 2 Após a <strong>cirurgia</strong>, o paciente terá <strong>de</strong> sea<strong>de</strong>quar a um novo estilo <strong>de</strong> vida. Dessa forma,é necessário que haja comprometimentoe disciplina para dar continuida<strong>de</strong> àsorientações da equipe e obter eficácia como tratamento. O trabalho terapêutico póscirúrgicoconsiste em auxiliar o sujeito areorganizar essa nova etapa <strong>de</strong> vida, vistoque algumas dificulda<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m surgircomo o rebaixamento no humor, agitaçãoou até mesmo o aparecimento <strong>de</strong> quadrospsiquiátricos. Segundo os autores, “O períodoimediatamente após a <strong>cirurgia</strong> é relatado pelos<strong>cirurgia</strong>dos como sendo um dos mais difíceis.É a fase <strong>de</strong> recuperação do ato cirúrgico, <strong>de</strong>maior <strong>de</strong>sconforto e <strong>de</strong> adaptação à novadieta. Juntam-se a tudo isso a expectativa, aansieda<strong>de</strong> e a insegurança do novo período.No pós-operatório, as mudanças rápidas queocorrem, tanto relacionadas aos hábitosalimentares quanto às mudanças do própriocorpo, acabam exigindo do paciente umareflexão, e emergem questões emocionais. Énesse momento que o trabalho psicológico é<strong>de</strong> extrema importância, po<strong>de</strong>ndo auxiliar opaciente a se conhecer e a se compreen<strong>de</strong>rmelhor, a a<strong>de</strong>rir <strong>de</strong> forma mais eficienteao tratamento, envolvendo-o e tornando-oresponsável pela vivência <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>uma nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e estimulando asua participação efetiva no processo <strong>de</strong>emagrecimento”. 3No primeiro mês após a <strong>cirurgia</strong>,a dieta do paciente é apenas líquida ea falta <strong>de</strong> mastigar os alimentos po<strong>de</strong><strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar ansieda<strong>de</strong>. Os meses seguintestambém são difíceis pelo receio <strong>de</strong> cadanova experiência com os alimentos. Noentanto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> adaptados, recebem osganhos com o emagrecimento, retomadadas relações sociais, melhora na autoestimae autoimagem, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção eoutros. É importante a equipe esclarecerque a responsabilida<strong>de</strong> pelo sucesso dotratamento é do próprio paciente. Após umperíodo <strong>de</strong> 18 a 24 meses, o ritmo <strong>de</strong> perda <strong>de</strong>peso diminui e se estabiliza; o indivíduo nãorecebe mais elogios sobre sua nova silhuetae assim a compulsão alimentar po<strong>de</strong> voltarocorrendo o reganho <strong>de</strong> peso. A compulsãopo<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar-se para ingestão <strong>de</strong> bebidasalcoólicas, cigarro, compras, sexo. Outrostranstornos alimentares po<strong>de</strong>m ocorrer comoanorexia e bulimia pelo medo <strong>de</strong> engordarnovamente. 4Além dos transtornos citados, há também32revistahugv - Revista do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio Vargasv.10. n. 2 jul./<strong>de</strong>z. – 2011

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!