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programa de cirurgia bariátrica - Hospital Universitário Getúlio ...

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Motta et ala <strong>de</strong>pressão, porém “é um equívoco pensarque a <strong>cirurgia</strong> da obesida<strong>de</strong> causa <strong>de</strong>pressão.Na verda<strong>de</strong>, a maioria dos pacientes queapresentam os sintomas <strong>de</strong>pressivos nopós-operatório <strong>de</strong> gastroplastia já tem umatendência pessoal ou familiar para a doença”. 4Assim sendo, não se recomenda realizar a<strong>cirurgia</strong> em pacientes que estejam em crise<strong>de</strong>pressiva; o i<strong>de</strong>al é encaminhá-los parareceber acompanhamento psicoterápico.Além disso, faz-se necessário ressaltara importância do trabalho interdisciplinar;nele busca-se a superação das fronteirasdisciplinares. Observa-se uma troca profundaentre disciplinas, on<strong>de</strong> instrumentos,métodos e esquemas conceituais po<strong>de</strong>m vira ser integrados. Portanto, trabalhar numaequipe interdisciplinar não significa buscaruma síntese <strong>de</strong> saberes, ou uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><strong>de</strong> objeto teórico. A interdisciplinarida<strong>de</strong>ainda proporciona a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>diálogo entre os profissionais, interfaces,promovendo a interlocução entre os diversossaberes. 5 No Programa <strong>de</strong> Bariátrica do HUGVos profissionais estão integrados entre si ecom os pacientes, auxiliando estes a a<strong>de</strong>riràs orientações pós-cirúrgicas e discutindo oscasos clínicos.Mediante tais consi<strong>de</strong>rações,compreen<strong>de</strong>-se que, ao realizar a <strong>cirurgia</strong>bariátrica, a pessoa irá passar por muitastransformações em sua vida, as quais po<strong>de</strong>mafetá-las psicologicamente, principalmentenos aspectos emocionais; portanto, éimportante que haja um acompanhamentopsicológico visando auxiliar o paciente a sereorganizar internamente para se adaptaràs mudanças e a<strong>de</strong>rir <strong>de</strong> forma eficaz àsorientações da equipe.Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas peculiarida<strong>de</strong>s,iniciou-se em 2010 o grupo terapêutico póscirúrgico(GTPC), sendo composto por 15pacientes do gênero feminino. Essa ativida<strong>de</strong>é realizada em uma sala nas <strong>de</strong>pendênciasdo hospital, quinzenalmente, e tem duração<strong>de</strong> uma hora e meia. Os instrumentosutilizados para acompanhamento grupalsão: materiais com temáticas referentesà orientação quanto ao tratamento, ata<strong>de</strong> acompanhamento grupal, prontuáriomultidisciplinar e frequência <strong>de</strong>participação. A equipe interdisciplinarreúne-se para discussão dos casos clínicose conduta, além das reuniões mensais coma equipe, pacientes e familiares envolvidosno Programa da Bariátrica. As intervençõestêm como abordagem a Terapia Cognitivo-Comportamental, tendo por objetivo amudança <strong>de</strong> comportamento por meio daavaliação e modificação dos pensamentos. Astrês proposições fundamentais que <strong>de</strong>finemas terapias cognitivo-comportamentaissão: a ativida<strong>de</strong> cognitiva influencia ocomportamento, a ativida<strong>de</strong> cognitiva po<strong>de</strong>ser monitorada e alterada, e o comportamento<strong>de</strong>sejado po<strong>de</strong> ser influenciado mediantea mudança cognitiva. A cada encontropropõem-se ativida<strong>de</strong>s reflexivas geradoras<strong>de</strong> discussões on<strong>de</strong> ocorrem mediações<strong>de</strong> “psicoeducação” acerca das condutasa<strong>de</strong>quadas para manutenção da qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida. Uma vez que, sem o entendimentocognitivo do paciente, todo o tratamentoserá apenas a aplicação <strong>de</strong> um punhado <strong>de</strong>técnicas cognitivas e comportamentais comum resultado pobre, quando não ineficaz. 6Nesse espaço ainda é possível percebernas participantes essa “psicoeducação”ocorrendo <strong>de</strong> forma concreta nas relaçõespsicossociais e na preservação <strong>de</strong> suaautoestima. Uma vez que muitas <strong>de</strong>las trazemna sua história <strong>de</strong> vida relatos <strong>de</strong> conflitosinterpessoais e um autoconceito negativocomo consequência da obesida<strong>de</strong>, bem comoser útil para exporem suas dificulda<strong>de</strong>sreferentes ao tratamento, po<strong>de</strong>ndoi<strong>de</strong>ntificar-se e apoiarem-se mutuamente,pois se trata <strong>de</strong> um grupo coeso on<strong>de</strong> amaioria das pacientes se conheceu duranteo grupo terapêutico pré-cirúrgico. Poroutro lado, esse acompanhamento favorecea prevenção <strong>de</strong> recaídas, pois possibilita33revistahugv - Revista do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio Vargasv.10. n. 2 jul./<strong>de</strong>z. – 2011

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