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ESTREIA NACIONAL nATIOnAL PREMIERE
L
Babis Makridis
Ficção/Fiction, Grécia/Greece, 2012, 87',
35 mm, Cor/Colour
Argumento/Script Efthimis Filippou, Babis
Makridis (baseado numa ideia original de/based
on an original idea by Yorgos Giokas) Fotografia/
Cinematography Thimios Bakatakis Montagem/
Editing Yannis Chalkiadakis Música/Music Coti K
Som/Sound Costas Fylaktidis Produtor/Producer
Amanda Livanou, Babis Makridis Com/Cast
Aris Servetalis, Makis Papadimitriou, Lefteris
Mathaiou, Nota Tserniafski, Thanassis Dimou
Produção/Production Beben Films
Vendas ou Contacto Cópia/Sales or Print Contact
Celluloid Dreams
Babis Makridis
(1970, Grécia) Estudou na Escola de Cinema Stavrakos.
A sua curta metragem The Last Fakir ganhou
o Prémio Revelação no Drama Short Film Festival
na Grécia. L é a sua primeira longa metragem.
Makridis tem uma esposa, um filho e gosta de
Robert Bresson e de Samuel Beckett.
(1970, Greece) He was educated in film at the
Stavrakos Film School. His short film The Last Fakir
was awarded the Newcomer’s Prize at the Drama
Short Film Festival in Greece. L is his first feature
film. Makridis has one wife, one kid and likes Robert
Bresson and Samuel Beckett.
Filmografia/Filmography
The Last Fakir (cm/short), 2005
L, 2012
28 Competição Internacional International Competition
"— Queria mel, o melhor que tem./— Estamos sem mel, um carro verde
levou-o todo./— Obrigado./— Não tem de quê./— Bonito casaco."
O diálogo acima, por estranho que pareça, é um exame de condução
– quanto mais rápido e mais preciso se for a dizer as frases, mais hipóteses
se tem de ser escolhido como condutor para entregar frascos de
mel. O cinema da falsa lógica está a definir a estética cinematográfica
grega. Depois de Dogtooth e Alps, Efthymis Fillipou co-escreve com
o realizador de L a grotesca comédia sobre o homem que é rejeitado
como condutor só porque se esqueceu de avaliar a qualidade do mel.
Se o mundo que nos rodeia é incompreensível, quanto mais em crise
estamos mais encurralados nos sentimos. No nosso caso, o protagonista
vive literalmente atrás do volante – é aí que come, vê os filhos,
celebra o seu aniversário. Vazio, insignificância, ausência de emoção
e repetição constituem L, com referências óbvias a Samuel Beckett,
onde as personagens principais, quais ursos, estão obcecadas com mel.
"— I would like some honey, the best you have./— We’re out of
honey, a green car got it all./— Thank you./— You’re welcome.
— Nice jacket."
The above dialogue no matter how odd it sounds is a driving test, the
faster and more accurate you deliver the lines the better chances you
have to be selected as the driver to deliver jars of honey. The cinema
of false logic is defining the cinema of Greece. After ‘Dogtooth’ and
‘Alps’, Efthymis Fillipou co-wrote with the the director of L a grotesque
comedy about a man that is rejected as a driver just because he forgot
to check the quality of honey. If the world that surrounds us is incomprehensible
the more in crisis we get and the more trapped we feel. In
our case our main protagonist lives literally behind the driving wheel,
it’s where he eats, where he meets his children, where he celebrates
birthdays. Emptiness, nothingness, lack of emotion and repetion constitute
L with obvious references to Samuel Beckett where the main
characters as bears are obsessed with honey.
n.V.
Bebi imensos cafés enquanto estávamos em rodagem. Espero que o filme não
sofra o efeito nervoso típico do café.
I was drinking a lot of espressos while we were shooting. Hopefully, our movie
doesn’t have the espresso nerve effect.
Babis Makridis