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tecno brega! tecno brega! - Itaú Cultural

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entrevista | binho e chivitzHá um movimento mundial defortalecimento do grafite. O futurodessa arte é aumentar ainda mais seurelacionamento com o poder público,a sociedade e as empresas.” BinhoMuseu Aberto de Arte Urbana estampaobras de 58 artistas nas pilastras de umelevado na zona norte paulistanano Brasil; artistas que tiveram história nessas colunas [daAvenida Cruzeiro do Sul]; e jovens artistas que têm grandeinteratividade com o bairro [de Santana]. Não agradamosa todos em nenhuma das seções, porém conseguimos terrepresentantes desses três segmentos. Encontramos umaespinha dorsal para uma curadoria bem democrática.Vocês receberam alguma crítica por ter patrocíniodo poder público?BINHO: Se rolou essa crítica, ela passou despercebida.O que a gente está expondo aqui não é o grafite,mas a obra dos artistas. O grafite continua nas ruas eos artistas continuam pintando onde acham que têmde pintar. É claro que tudo o que o poder público apoiaou discrimina sempre vai receber algum tipo de crítica.Mas acho que a positividade do projeto passou porcima desse questionamento.CHIVITZ: A gente respeita muito o grafite, o ato da pintura,a correria, a dedicação e a ousadia da galera queestá fazendo arte na rua. Mas isso não foi um encontrode grafite, e sim uma mostra de arte urbana.Mas qual é a diferença entre um encontro de grafitee o que foi feito no Maau?BINHO: Um encontro de grafite é uma coisa mais livre,coletiva, talvez até mais gostosa. As obras costumam semesclar. Aqui, o fato de cada artista ter uma obra individuale uma separação natural pela arquitetura do lugarjá dá uma cara diferente.O que vocês receberam dos patrocinadores pararealizar o trabalho?BINHO: Viabilizaram material, estrutura – locação de escada,equipe de trabalho de produção – e ajuda de custopara os artistas. Às vezes, artistas são contratados peloEstado para fazer um painel e chegam a cobrar valoresabsurdos, algo em torno de 200, 300 mil reais. Nós, commetade desse valor, fizemos esse volume todo de obra.CHIVITZ: A gente queria era o espaço. Trabalhamosem cima do orçamento, reformulamos várias vezes parafazer um trabalho legal com a grana que havia. A ajudade custo foi um pequeno alívio. Era mais para o carapoder se transportar para cá, pagar um estacionamento.Como o grafite evoluiu para esse nível mais “profissional”?Existe algum questionamento so<strong>brega</strong>nhar dinheiro com ele?BINHO: Há uns 20 anos as pessoas começaram a prestarmais atenção no grafite. Foi quando começou a ter umapincelada do que fazemos hoje. Só que, naquela época, agente era muito jovem e não tinha força para organizaras coisas. Nós fomos amadurecendo, somando conteúdoe profissionalizando uma coisa que era só rua, dando umvalor para aquilo, uma necessidade de produção. Hoje éque tem esse questionamento, porque o artista que vemda rua hoje não passou por essa fase que passamos.CHIVITZ: Hoje tem muita gente que entra na rua querendoter fama, reconhecimento. A diferença dessa geraçãopara a geração do Binho, que tem 25 anos de estrada,e para minha, com 15 anos, é que a gente começou semnenhuma pretensão. A galera iniciou simplesmente porquegostava, e o que aconteceu dali para a frente foi lucro.

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