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tecno brega! tecno brega! - Itaú Cultural

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de São Paulo. “Ao travar contato com o acervopreferi, em um primeiro momento, sublinhar ostrabalhos mais consagrados, como forma de honraros artistas e a coleção que o João vem fazendohá tanto tempo”, destaca o curador. “Separeias obras por famílias e as deixei se expressar. Atéporque quando os trabalhos são bons eles conversamentre si, mesmo que apontem algo muitodiferente”, completa.Para o visitante, o primeiro impacto ao entrarno instituto, que conta ainda com consultoria damuseóloga Cecília Machado, é o imenso trípticode Dudi Maia Rosa, batizado de Pai, Filho e EspíritoSanto — uma das obras que mais emocionamFigueiredo Ferraz. “Os três trabalhos sãodivididos em cores. No vermelho está escrito‘abba’, que em hebraico significa pai. Vermelhoé fogo, é o que cria, transforma, destrói e dá avida novamente. No verde está escrito ‘filho’, éo que vegeta, se alastra e aos poucos, pela perseverança,vai tomando tudo. E no roxo está escrito‘espírito santo’, que representa o mistério”,conta o colecionador.Mas a obra de Rosa é apenas uma das 154 exibidasem O Colecionador de Sonhos, dedicadainteiramente à arte contemporânea. É o casode um óleo sobre lona, sem título, de Leonilson(1957-1993). “Quando comprei esse trabalho,ele estava comigo na galeria e sugeriu que euo escolhesse em meio a outros dele expostos.Nesse período [1984], o Leonilson estava cheiode energia; é uma obra alegre, colorida. Tenhosaudade dessa época pensando nele”, relata FigueiredoFerraz, que ainda tem, entre tantos outros,criações de Mira Schendel, Tatiana Blass,Luis Paulo Baravelli, José Roberto Aguilar, VikMuniz e Rosângela Rennó.Ponto alto da exposição, a parte dedicada à religiãosurge para provocar o debate. Ocupam oespaço tanto a obra do artista plástico VanderleiLopes – uma catedral de cabeça para baixo,com água do mar em seu interior – quanto a deCaetano Dias: estátuas de Santa Bárbara de cerâmicaproduzidas em tamanho real. Cada umadelas traz acoplado um pequeno gravador comdepoimentos de ex-prostitutas moradoras de umabrigo em Salvador. Também atrai o olhar a fotografiaIgreja de São Francisco da Penitência I,de Caio Reisewitz. “Essa foto, diferentemente dotradicional, não foi tirada da porta em direção aoaltar, mas ao contrário. Então, o que você enxergasão os bancos da igreja. E, em minha opinião, sehá alguma coisa sagrada, ela está naqueles bancos,na pessoa que tem fé, e não no altar, no meiodo ouro”, opina o empresário.Olhar adianteParalelamente à exposição O Colecionador deSonhos, planejada, inicialmente, para até abril de2012, o Instituto Figueiredo Ferraz realiza mensalmentecursos e workshops de artes visuais,fotografia, literatura, arquitetura e design. Paradezembro estão programados os cursos Entreo Espaço e o Lugar, sobre a transformação dosespaços urbanos e o modo como os percebemos;Arte e Técnica no Processo Fotográfico; eLinguagem, uma abordagem do design comomanifestação cultural. As atividades são em parterealizadas no auditório. Completa os serviçosoferecidos a Biblioteca José Carlos de FigueiredoFerraz, com publicações dos artistas presentesno acervo da instituição.Com relação às exposições, dois novos projetosjá são idealizados. “Queremos fazer, no segundosemestre de 2012, uma bienal da imagem, exibindo,por exemplo, fotografias, videoinstalações eeslaides show. E, para 2013, organizaremos umbalanço do que foi produzido pelo famoso grupoda Casa 7 [casa-ateliê que nos anos 1980 era compartilhadapor Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez,Nuno Ramos, Paulo Monteiro e Rodrigo Andrade]”,destaca o curador Agnaldo Farias.Se depender de João Carlos de Figueiredo Ferraz,os planos não param por aí: “A ideia é queo instituto se torne não apenas um polo de arte,mas que faça com que Ribeirão Preto recebagrandes exposições itinerantes do eixo Rio–SãoPaulo. E temos estrutura para tanto”.para as artesO espaço expositivo abriga parte das mais de mil obras docolecionador, com destaque para a arte contemporâneaInstituto Figueiredo Ferraz – Rua Maestro IgnácioStabile, 200 – Alto da Boa Vista – Ribeirão Preto,São Paulo. Horário de funcionamento: terça a sexta,das 14h às 18h – entrada gratuita.

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