Rev Bras Cardiol Invas <strong>2009</strong>;17(supl.1)004SUBSTITUIÇÃO PERCUTÂNEA DA VALVA AÓRTICA COM O SISTEMACOREVALVE PARA O TRATAMENTO DA ESTENOSE AÓRTICA,RESULTADOS DO SEGUIMENTO DE MÉDIO PRAZOFABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR, PERIN, MA, ALMEIDA, BO, PEREIRA, MAM,ABIZAID, A, TARASOUTCHI, F, GRUBE, E,HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEINSÃO PAULO, BRASILFundamentos: A substituição percutânea da valva aórtica (SPVAo) é um novoprocedimento que po<strong>de</strong> ser empregado em pacientes (pts) selecionados, portadores<strong>de</strong> estenose aórtica (EAo) com alto risco cirúrgico. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foiavaliar os resultados <strong>de</strong> médio prazo da SPVAo.Métodos: Pts portadores <strong>de</strong> EAo acentuada e sintomática, com alto risco cirúrgicopela ida<strong>de</strong> avançada ou pela presença <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>s, foram submetidos à SPVAoutilizando-se o sistema CoreValve, em um único centro.Resultados: Entre 01-<strong>12</strong>/2008, incluíram-se 9 pts consecutivos, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><strong>de</strong> 85,1 ± 5,4 anos, sendo 5 (55,6%) do sexo feminino. Oito (88,9%) apresentavamsintomas <strong>de</strong> insuficiência cardíaca (ICC) classe funcional III/IV e o risco cirúrgicoestimado pelo EuroScore foi 18,7 ± <strong>10</strong>,6%. Todos os procedimentos foram realizadoscom sucesso. Após as intervenções, notou-se ampliação da área valvar <strong>de</strong> 0,68 ±0,<strong>12</strong> para 1,35 ± 0,15 cm 2 e queda do gradiente transvalvar <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> <strong>10</strong>1,4 ±21,5 para 21,8 ± <strong>10</strong>,7 mmHg. Não ocorreram complicações maiores durante a fasehospitalar. Seis (67%) pts necessitaram implantar marcapasso <strong>de</strong>finitivo por terem<strong>de</strong>senvolvido distúrbio na condução átrio-ventricular. O tempo médio <strong>de</strong> seguimento<strong>de</strong>stes pts foi 8,1 ± 4,5 meses (3-14 meses). Dois pts faleceram, 1por rotura <strong>de</strong>aneurisma <strong>de</strong> aorta e outro por broncopneumonia, respectivamente 1 mês e 1 anoapós a SPVAo. Todos os <strong>de</strong>mais apresentaram melhora dos sintomas <strong>de</strong> ICC paraclasse funcional I/II. A avaliação ecocardiográfica no seguimento mostrou a manutençãodos benefícios obtidos imediatamente após as intervenções.Conclusão: A SPVAo com o sistema CoreValve é eficaz para o tratamento <strong>de</strong> ptsselecionados com EAo sintomática e <strong>de</strong> alto risco cirúrgico, <strong>de</strong>terminando melhorados parâmetros hemodinâmicos e clínicos no seguimento <strong>de</strong> médio prazo. Por essemotivo, a SPVAo <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como uma boa alternativa ao tratamentocirúrgico para essa população.Doenças Cardiovasculares Adquiridas11
Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico <strong>2009</strong> - Doenças Cardiovasculares Adquiridas - Apresentação Oral005O GRAU DE COLATERAIS PARA A ARTÉRIA RELACIONADA AO INFARTOESTÁ ASSOCIADO À MENOR FREQUÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACAPÓS INFARTO, ANÁLISE DO ESTUDO OCCLUDED ARTERY TRIAL (OAT)HELIO JOSE CASTELLO JUNIOR, MARCELO CANTARELLI, SILVIO GIOPATTO,ROSALY GONÇALVES, JOÃO BATISTA GUIMARÃES, EVANDRO PRACCHIA RIBEIRO,ANTONIO CARLOS CARVALHO, GERVASIO LAMAS, JUDITH HOCHMAN, GABRIEL STEG,HOSPITAL BANDEIRANTES/EPM – UNIFESPSÃO PAULO, BRASIL<strong>12</strong>Fundamentos: O Estudo OAT (n=2201) mostrou que a Intervenção Coronária Percutânea(ICP) da artéria culpada após o infarto recente em paciente sem evidência <strong>de</strong> isquemianão apresentou resultados clínicos superiores à terapia clínica isolada (CLIN).Objetivos: Avaliar o impacto da presença <strong>de</strong> circulação colateral (CC) para a áreainfartada sobre os resultados clínicos e a sua relação com o tratamento CLIN ou ICP.Métodos: O Estudo OAT avaliou o grau <strong>de</strong> CC pela escala TIMI em <strong>10</strong>87 e <strong>10</strong>86pacientes nos grupos <strong>de</strong> ICP e CLIN respectivamente. O número <strong>de</strong> pacientes semCC para a artéria culpada visíveis à angiografia nos dois grupos foi semelhante(<strong>12</strong>,3% ICP e <strong>10</strong>,8 CLIN). Estes pacientes foram comparados àqueles com CC grau I(71,6% PCI e 70,9% CLIN) ou grau II CC (16,1% ICP e 18,3 CLIN).Resultados: Na comparação evolutiva dos pacientes com e sem CC, houve tendência<strong>de</strong> menor frequência <strong>de</strong> eventos primários naqueles que apresentavam CC (16.9%vs 22.7%, p=0.014), porém sem interferência do tratamento, assim como os pacientessem CC tiveram mais ICC classe III ou IV que os <strong>de</strong>mais (11.6% vs 5.2%,p