12praticamente nenhuma capacidade de iniciativa econômica local e uma restritacapacidade regional, concentran<strong>do</strong> a nível federal, um volume quase hegemônico derecursos. Esta estruturação da eco<strong>no</strong>mia brasileira perpetuou um sistema de<strong>do</strong>minação político-econômico de um conjunto de oligarquias, articuladas entre si, quenão sofre abalos sensíveis desde a implantação da república, com breves intervalos emparte <strong>do</strong> Perío<strong>do</strong> Vargas e durante a presidência Goulart. A razão <strong>do</strong> pânico instala<strong>do</strong>em amplos setores vincula<strong>do</strong>s a estas oligarquias, verbaliza<strong>do</strong>s por seus porta-vozesna mídia, com o rompimento que representaria o Gover<strong>no</strong> Lula, está exatamente <strong>no</strong>fato de que poderia se verificar a razão pela qual estes segmentos haviam desenha<strong>do</strong> eestrutura<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> brasileiro: perdiam pela primeira vez o controle de classe social,em relação às prioridades e desti<strong>no</strong>s <strong>do</strong>s recursos e investimentos federais, não seriamos seus herdeiros e associa<strong>do</strong>s os gestores que definiriam este desti<strong>no</strong>. Entre todas asavaliações que se faziam naquele momento, o que não passava pela cabeça deninguém, era que, entre todas as decisões a respeito de <strong>no</strong>vos modelos dedesenvolvimento, buscan<strong>do</strong> opções para o Brasil que contemplassem inclusão social,respeito a valores culturais e meio ambiente, interiorização, resgate de auto estima,forte geração de empregos, prática cotidiana de merca<strong>do</strong> não mo<strong>no</strong>polista, efinalmente, reinserção global <strong>do</strong> país, estivesse uma aposta de investir em turismo,particularmente em promoção e marketing <strong>do</strong> turismo brasileiro <strong>no</strong> exterior.Outro parâmetro importante de i<strong>no</strong>vação e ruptura, é mister registrar, é ainserção <strong>do</strong> segmento Negócios e Eventos na agenda <strong>do</strong> turismo brasileiro. A históriade <strong>no</strong>sso setor, em especial a que é protagonizada pela Embratur, é marcada pelobinômio recursos naturais e lazer, qual seja, sol, praia, férias e temporada. Este eixo,que teve seu momento, não neguemos o fato, deixa de ser vetor de crescimento eprotagonismo para um desti<strong>no</strong> turístico, na mais otimista hipótese, em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sa<strong>no</strong>s 1980. Embora o Brasil tenha começa<strong>do</strong> a gerar Convention & Visitors Bureaux(CVB) em <strong>no</strong>vembro de 1983, com a criação <strong>do</strong> São Paulo CVB, chegamos a 2003,passa<strong>do</strong>s 20 a<strong>no</strong>s, com a Embratur seguin<strong>do</strong> <strong>no</strong> relacionamento com o merca<strong>do</strong> como<strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 1970 propon<strong>do</strong> protagonismo aos agentes de viagem, com asecundarização <strong>do</strong>s demais segmentos, e ig<strong>no</strong>ran<strong>do</strong> em seus programas de trabalho aspossibilidades geradas pelo turismo movimenta<strong>do</strong> por razões de não-lazer.
13Portanto, quan<strong>do</strong> o Gover<strong>no</strong> Lula cria o Mtur, o que está apontan<strong>do</strong> para omerca<strong>do</strong> e para a sociedade é uma mensagem de redirecionamento econômico: depois<strong>do</strong> eixo agrícola, com quase cinco séculos, e <strong>do</strong> eixo industrial, com quase <strong>do</strong>isséculos, há um terceiro eixo de investimento e desenvolvimento neste país o deserviços , e nele, as atividades ligadas direta e indiretamente ao turismo terão outraenvergadura.Cerca<strong>do</strong>s de ceticismo, iniciamos o a<strong>no</strong> de 2003 sob estas consignas,redesenhan<strong>do</strong> completamente um modelo que perdurava há quase quatro décadas,apostan<strong>do</strong> que três da<strong>do</strong>s o volume de dólares que ingressaria <strong>no</strong> país com turismoestrangeiro, o volume de chegadas internacionais de vôos regulares e charter efinalmente, o volume de entrada de turistas estrangeiros <strong>no</strong>s dariam razão, ao final dequatro a<strong>no</strong>s.O <strong>no</strong>vo papel <strong>do</strong> Gover<strong>no</strong> como indutor <strong>do</strong> desenvolvimento desse segmentoeconômico foi debati<strong>do</strong> e apresenta<strong>do</strong> à sociedade através <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> Nacional de<strong>Turismo</strong> (PNT) 2003 2007, lança<strong>do</strong> <strong>no</strong> dia 29 de abril de 2003, em solenidade <strong>no</strong>Palácio <strong>do</strong> Planalto.Do ponto de vista da agenda internacional, o a<strong>no</strong> de 2003 foi pauta<strong>do</strong>:1. pela reestruturação organizacional da Embratur;2. pela formulação e implementação das <strong>no</strong>vas estratégias;3. pela divulgação <strong>do</strong>s compromissos e metas, que a partir de então passam a serfinalmente, e isto era inédito, quantificáveis e mensuráveis; e4. pelo estabelecimento das parcerias estratégicas necessárias ao processo demudança.Além disso, em 2003 o foco foi volta<strong>do</strong> para rapidamente implantar as duasgrandes <strong>no</strong>vidades conceituais em termos da história de promoção comercial <strong>do</strong>turismo brasileiro:1. a criação da Diretoria de <strong>Turismo</strong> de Negócios e Eventos da Embratur (com oconseqüente lançamento <strong>do</strong>s programas relaciona<strong>do</strong>s a captação de eventosinternacionais, a revisão completa e posterior ampliação <strong>do</strong> programa de feiras, e oinício <strong>do</strong> relacionamento <strong>do</strong> órgão federal com o setor de feiras de negócios); e
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