92Tu<strong>do</strong> isso era decorrência <strong>do</strong> desenho institucional como pa<strong>no</strong> de fun<strong>do</strong> e, naprática, da ausência de planejamento financeiro que desse sustentação a umaestratégia de longo prazo.Resolvi<strong>do</strong> o problema da atribuição institucional, após a redefinição de focodecorrente da criação <strong>do</strong> Ministério de <strong>Turismo</strong> e <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong>s recursos,restava um problema técnico a ser resolvi<strong>do</strong>: qual o posicionamento, qual o brandingque Brasil teria que promover <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> internacional <strong>do</strong> turismo?A resposta a estas questões foi dada pelo Pla<strong>no</strong> Aquarela Marketing TurísticoInternacional <strong>do</strong> Brasil, concebi<strong>do</strong> pela equipe técnica da Embratur, orientada por umaempresa de consultoria de longa experiência <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> turístico nacional einternacional, a Chias Marketing, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> <strong>no</strong> seu bojo contrata<strong>do</strong> o maior conjunto depesquisas já realizadas sobre a imagem <strong>do</strong> Brasil como desti<strong>no</strong> turístico internacional.A atividade turística não acontece sem a participação <strong>do</strong>s diversos setores que ocompõem. O Pla<strong>no</strong> Aquarela é um instrumento que impacta to<strong>do</strong> o setor, portanto nãopoderia ser realiza<strong>do</strong> à revelia <strong>do</strong>s segmentos que o integram. Desde o primeiromomento foi desenvolvi<strong>do</strong> com um viés fortemente participativo. Trabalharam neletécnicos da Embratur, entidades <strong>do</strong> setor turístico, técnicos de áreas correlatas como oInstituto <strong>Brasileiro</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiente e <strong>do</strong>s Recursos Naturais Re<strong>no</strong>váveis (Ibama) e oInstituto <strong>do</strong> Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), gover<strong>no</strong>s municipais,estaduais, entidades e empresas para definir o diagnóstico que orientaria todas asestratégias e em conseqüência, o programa de ações que comporiam o Pla<strong>no</strong> AquarelaMarketing Turístico Internacional <strong>do</strong> Brasil.Realizamos atividades extremamente interessantes e igualmente inéditas.Inicialmente, elaboramos um questionário com dezenas de questões a respeito <strong>do</strong> país,capaz de compor um cenário extremamente rico <strong>do</strong>s temas liga<strong>do</strong>s direta eindiretamente ao turismo. O questionário abrangia temas liga<strong>do</strong>s a desti<strong>no</strong>s, cultura,custos, serviços, transportes, alimentação, hospedagem, imagem, segurança, enfim,item a item, procuran<strong>do</strong> entender tu<strong>do</strong> o que ajudava e tu<strong>do</strong> o que atrapalhava apromoção e a venda <strong>do</strong> Brasil <strong>no</strong> exterior.Reuniões de debate e questionamento foram feitas em primeiro lugar <strong>no</strong> Brasil,com to<strong>do</strong> o setor de turismo. Mais de uma centena de pessoas, entre presidentes de
93entidades, dirigentes de empresas, autoridades regionais e locais, lideranças desegmentos estratégicos e profissionais de atividades correlatas, foram ouvi<strong>do</strong>s para seobter a primeira linha de opiniões como o turismo brasileiro via a si mesmo e a <strong>no</strong>ssopaís. Incluímos aí também as primeiras questões que objetivavam iniciar o processo decriação da Marca Brasil: perguntamos quais eram as cores e as formas <strong>do</strong> país. Osresulta<strong>do</strong>s ainda <strong>no</strong>s dariam, por mais científicos que fossem os processos deavaliação, alguma <strong>do</strong>r de cabeça.Encerrada a primeira fase, iniciamos a realização de pesquisas, com o mesmoquestionário, em 18 países, com o merca<strong>do</strong> turístico. O universo foi composto poropera<strong>do</strong>ras que já vendiam e as que não vendiam o produto turístico Brasil. Nestafase, foram entrevista<strong>do</strong>s, em cada um <strong>do</strong>s 18 países, as 10 maiores opera<strong>do</strong>ras deturismo emissivo, sen<strong>do</strong> que obrigatoriamente, as cinco primeiras da lista eram as demaior volume de vendas, e as cinco seguintes, tinham que, obrigatoriamente, ter oBrasil na sua relação de produtos disponíveis ao merca<strong>do</strong>.A terceira fase foi ouvir a opinião <strong>do</strong>s clientes, <strong>no</strong>s mesmos 18 países, e <strong>no</strong>Brasil. Foram entrevistadas seis mil pessoas, sen<strong>do</strong> parte <strong>no</strong> país e parte <strong>no</strong> exterior. Ouniverso composto pelos turistas se dividia em <strong>do</strong>is perfis de público: os que nãoconheciam e os que já conheciam o Brasil, sen<strong>do</strong> que a segunda categoria foi deextrema importância para subsidiar a construção da imagem e <strong>do</strong> posicionamento <strong>do</strong>Brasil como produto turístico.Reunidas as três fontes de informação, o grupo técnico entrou em atividade deanálise, formulação, debate e organização final <strong>do</strong> material, ten<strong>do</strong> por objetivoapresentar um pla<strong>no</strong> que compusesse um programa de trabalho capaz de <strong>no</strong>rtear asações de promoção e marketing turístico <strong>do</strong> País por pelo me<strong>no</strong>s uma década.Concluí<strong>do</strong> e apresenta<strong>do</strong> à sociedade o Pla<strong>no</strong> Aquarela, tivemos algumasdefinições fundamentais:- Posicionamento: A principal razão pela qual os clientes vem ao Brasil são seusrecursos naturais. A principal razão pela qual, após alguns dias de permanência, sesurpreendem com país, está <strong>no</strong>s resulta<strong>do</strong>s de seu contato com a populaçãobrasileira, na qualidade e na diversidade cultural que por aqui encontram,representada destacadamente pelas diversas manifestações com as quais tem
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