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Revista dos Pneus 34

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O estudo levado a<br />

cabo pela Proteste<br />

foi da autoria de<br />

Alexandre Marvão<br />

O estudo deu conta de que, em média, os pneus novos são vendi<strong>dos</strong> com 8 mm de profundidade de piso. Os usa<strong>dos</strong> rondam os 2,5 mm<br />

w Crime, disse o estudo<br />

O estudo da Proteste ganha contornos<br />

ainda mais sérios atendendo ao facto<br />

de o mercado nacional de pneus usa<strong>dos</strong><br />

continua a ganhar expressão, um pouco, se<br />

quisermos, à semelhança da própria idade<br />

da população portuguesa.<br />

Mas qual foi, afinal, o método utilizado pela<br />

investigação? Simples. Alexandre Marvão percorreu<br />

várias oficinas espalhadas pelo país<br />

e comprou 89 pneus usa<strong>dos</strong>, optando por<br />

exemplares de três medidas distintas. Destes,<br />

concluiu, 18 <strong>dos</strong> pneus apresentavam menos<br />

de 1,6 mm de profundidade de piso. Uma falha<br />

A 80 km/h, a distância<br />

de travagem pode<br />

aumentar 10 metros<br />

se o pneu tiver<br />

menos de 1,6 mm de<br />

profundidade de piso.<br />

Se um usado não tiver,<br />

pelo menos, 4,5 mm<br />

de profundidade de<br />

piso, será mais rentável<br />

comprar um novo<br />

O autor do estudo<br />

comprou sempre dois<br />

pneus iguais para<br />

instalar no mesmo<br />

eixo. Em 11 <strong>dos</strong> casos,<br />

adquiriu apenas um<br />

por não existir pneu<br />

idêntico para as<br />

dimensões procuradas<br />

grave e que, em alguns países, não passaria<br />

em claro perante a justiça. Ainda no início<br />

deste ano, o dono de uma oficina do Reino<br />

Unido foi condenado a 12 meses de prisão<br />

e ao pagamento de €28.200 (20.000 libras,<br />

no caso), por comercializar pneus que não<br />

respeitavam a profundidade mínima de piso<br />

(2 mm) exigida pela lei para que pudessem<br />

estar à venda, além de apresentar danos na<br />

sua estrutura base. Segundo a justiça inglesa,<br />

estas falhas potenciavam, consideravelmente,<br />

os riscos de acidente. E não houve contemplações.<br />

Por cá, a realidade é outra. O estudo da<br />

Proteste revelou muito mais. <strong>Pneus</strong> com remen<strong>dos</strong><br />

laterais? Foram cinco! Ao todo, 23<br />

usa<strong>dos</strong> eram ilegais.<br />

No nosso país, o autor encontrou de tudo<br />

um pouco. Apenas não encontrou uma lei que<br />

regulamentasse a comercialização <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong>. Porque tal não existe. “Falta de todo<br />

uma regulamentação”, acusa Alexandre Marvão.<br />

“Vender pneus usa<strong>dos</strong> é legal, mas não<br />

há nenhuma lei que diga o estado mínimo<br />

em que um pneu deve estar no mercado”.<br />

Ou seja, em Portugal, está tudo nas mãos do<br />

bom senso (ou da falta dele...) do comerciante.<br />

“Estamos apenas à distância de um decreto-<br />

-lei para que as coisas mudem”, acrescenta.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05

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