Edição 214 - FEVEREIRO 2016
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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: <strong>214</strong> | Fevereiro <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
Centro Lusitano de Zurique divulga pela Suíça tradições portuguesas<br />
Janeiras<br />
Iniciativa<br />
perigosa para<br />
todos os<br />
migrantes<br />
na Suíça<br />
Página 08<br />
Editorial<br />
Se esta iniciativa for avante,<br />
podemos dizer que a emigração deixara<br />
de ser o que foi...<br />
Pág. 3<br />
Saúde<br />
Espirro é uma expulsão<br />
de ar, convulsiva e semi-autónoma,<br />
do nariz e boca.<br />
Pág. 12<br />
Direito<br />
Infrações de trânsito no<br />
estrangeiro: Tem de se pagar uma<br />
multa, que se obteve no estrangeiro,<br />
quando se vive na Suíça?<br />
Pág. 14
2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
<strong>Edição</strong> anterior<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
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A Direcção do Centro Lusitano de<br />
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Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
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InCentro<br />
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Página 05 a 06<br />
Editorial<br />
Mais um ano passou e<br />
passou rápido. Acho mesmo que<br />
até passou rápido demais...<br />
Pág. 3<br />
1ª Gala de<br />
Natal do Centro<br />
Lusitano de<br />
Zurique<br />
Saúde<br />
Incapacidade que o<br />
organismo tem de digerir<br />
lactose...<br />
Pág. 12<br />
Pág. 23<br />
Direito<br />
Contrato de trabalho<br />
segundo a legislação suíça<br />
Dia 28<br />
Todos às<br />
urnas dizer<br />
NÃO!<br />
Saiba porquê na página 8
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Editorial<br />
Lusitano de Zurique<br />
3<br />
Direito e dever de votar<br />
Mais uma vez os portugueses bateram record nas abstenções. Nestas legislativas a<br />
abstenção nacional bateu os 43%. Se tivermos em conta apenas o voto dos emigrantes<br />
espalhados pela Europa e não só, a abstenção foi este ano a maior de sempre,<br />
chegando aos 88,5%.<br />
Isto não mostra apenas o "fechar dos olhos" à política do nosso país, como a passividade<br />
e o desinteresse em querer mudar seja o que for. Triste realidade do nosso<br />
povo.<br />
Sandra Ferreira - Directora<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Este desinteresse não só elimina a esperança de podermos ver o nosso país crescer<br />
e se desenvolver a nível económico e social, como também põem em causa que nos<br />
integremos socialmente nos países de acolhimento. Com isto quero dizer, que se não<br />
somos capaz de votar para o nosso país, como vamos querer que alguém tenha interesse<br />
na política do país que escolhemos para viver e onde os nossos filhos crescem.<br />
E este problema pode não ter consequências imediata, mas vai influenciar e bastante<br />
as novas gerações.<br />
Como exemplo mais concreto disse temos, neste momento, a iniciativa de aplicação,<br />
na Suíça, que irá a votação no próximo dia 28 de Fevereiro. Esta iniciativa não é apenas<br />
uma ameaça à liberdade e aos direitos humanos que vai prejudicar só e apenas<br />
os emigrantes que vivem na Suíça.<br />
“uma ameaça à liberdade<br />
e aos direitos humanos<br />
que vai prejudicar só<br />
e apenas os emigrantes<br />
que vivem na Suíça”<br />
Porque já desde sempre já fomos vistos como criminosos, agora também querem<br />
decidir quando podemos ou não permanecer na Suíça. Isto não afecta apenas a primeira<br />
geração, mas também a daqueles portugueses que nasceram, cresceram, estudaram<br />
e que consideram esta a sua pátria. Também estes podem ser enviados para<br />
Portugal por qualquer pequeno delito que cometam.<br />
Se esta iniciativa for avante, podemos dizer que a emigração deixara de ser o que<br />
foi. Seremos olhados e controlados, como neste momento já se faz com os Asilados<br />
e Refugiados - como criminosos e pessoas sem direito a o quer que seja, por mais<br />
inocentes que sejamos.<br />
Ficha técnica<br />
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Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
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Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4Sandra Ferreira - CC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4Armindo Alves - CC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Outras fontes:<br />
Redacção e Colaboração<br />
4Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />
4Maria José Bernardo CC nº29<br />
4Pedro Nabais CC nº 30<br />
4Joana Araújo CC nº27<br />
4Jorge Rodrigues CC nº33<br />
4Daniel Bohren4Zuila Messmer<br />
4Domingos Pereira4Marta Pérez<br />
4Mónica Carvalhais4Emília Farinha<br />
4Mendes Serafim4Manuel Beja<br />
4Carmindo de Carvalho<br />
4Euclides Cavaco4Carlos Ademar<br />
4Jo Soares 4Carlos Paz4<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Publicidade:<br />
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<strong>Edição</strong>, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não<br />
adopta Nem respeita o<br />
(des)Acordo Ortográfico.
4 Lusitano de Zurique Entrevista<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Entrevista Joel Bule Ragageles<br />
“A cozinha portuguesa não me diz nada"<br />
Maria dos Santos<br />
Joel é um português nascido na Suíça<br />
que confessa sentir-se um “privilegiado”<br />
na sociedade suíça, “país<br />
de oportunidades” para os jovens,<br />
onde se sente “seguro” e muito satisfeito.<br />
É ambicioso, positivo, combatente,<br />
seguro do que pretende na<br />
vida. É afável, diz-se honesto e confessa<br />
não gostar de “fast-food” nem<br />
da cozinha portuguesa. Falamos<br />
com ele.<br />
Lusitano de Zurique — O teu percurso<br />
escolar passa pela Real Schule; O<br />
que te impediu de ires mais longe?<br />
Joel — Tinha consciência que queria<br />
ser cozinheiro e que esta escola era suficiente,<br />
acomodei-me e fiz o meu melhor.<br />
Depois sofri muito “mobbi”, por ser<br />
o gordinho da classe. Momentos muitos<br />
duros, que ultrapassei sem ajuda familiar<br />
ou de professores. Na altura não<br />
tinha auto-estima para enfrentar este<br />
problema, que entretanto ultrapassei.<br />
LZ — Em que idade decidiste, optar<br />
pelo ramo da culinária, tiveste sempre<br />
este sonho?<br />
J — Com 14 anos sabia que era a gastronomia<br />
a minha vida. Sem apoio familiar,<br />
lutei sem vacilar pelo meu sonho.<br />
Por experiência sei que muitos pais de<br />
colegas portugueses não se interessam<br />
pelo percurso profissional dos filhos,<br />
mas nem esse facto fez que eu vacilasse.<br />
LZ — Foi difícil encontrares uma<br />
aprendizagem?<br />
J — Nada difícil, mandei várias cartas<br />
com o meu currículo, surgiram várias<br />
propostas, escolhi a RheaAare klinik em<br />
Schinznach. Uma semana após mostrar<br />
o que valia, o meu actual chefe chamou-<br />
-me e disse-me: O lugar da formação é<br />
teu. Era tudo o que queria ouvir.<br />
LZ — Estás em que ano da aprendizagem?<br />
J — Encontro-me no segundo, ou seja o<br />
penúltimo ano da aprendizagem<br />
LZ — Desde que integrastes a escola<br />
de cozinha, o que foi mais fácil e mais<br />
difícil?<br />
J — Desde o primeiro dia que me senti<br />
integrado na minha equipa. Todos me<br />
aceitaram de braços abertos, a simpatia,<br />
a abertura no diálogo foram o pilar<br />
do meu sucesso.<br />
LZ — A cozinha é um mundo muito<br />
vasto. Em que área te sentes mais à<br />
vontade?<br />
J — Tenho paixão pelas sobremesas, é<br />
uma verdade, mas sinto-me completamente<br />
à vontade a confeccionar um<br />
prato frio ou quente.<br />
LZ — Combinar alimentos e sabores,<br />
tem um grau de sabedoria, qual é o<br />
teu segredo, para o êxito do comer<br />
bem e saudável?<br />
J — Sem dúvida que os olhos são os<br />
primeiros a comer. Preocupo-me com<br />
as cores e que os sabores estejam em<br />
harmonia. Opto sempre por legumes de<br />
várias cores, misturo com o meu segredo<br />
cores frias e quentes, de forma a dar
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Entrevista<br />
Lusitano de Zurique<br />
5<br />
um equilíbrio ao prato. Descarto todo o<br />
tipo de alimento artificial e não arrisco<br />
produtos com alto teor calórico. Sou fã<br />
de uma mesa com requinte.<br />
LZ — No dia 16 Janeiro <strong>2016</strong> estiveste<br />
presente no concurso de Gastronomia<br />
em Aargau onde foram classificados<br />
os melhores aprendizes de cozinha;<br />
com que pratos te apresentaste?<br />
J — A minha aposta foi nas sobremesas.<br />
Escolhi apresentar-me com três diferentes<br />
gostos de sobremesa; Bröwnie, confeccionado<br />
com chocolate, castanhas e<br />
nozes Cheescake, com aroma de baunilha<br />
Tiramisu, com sabores de canela e<br />
mandarinas. Claro, que os outros segredos<br />
das receitas não os posso revelar.<br />
Mas basicamente foi isto.<br />
LZ — Foi difícil a escolha?<br />
J — Em absoluto, dirigi-me à cozinha<br />
com a certeza de todos os ingredientes<br />
que me faziam falta, coleccionei-os num<br />
tabuleiro e mãos à obra. Sabia que iria<br />
ser examinado por 7 “experts” e queria<br />
vencer este prémio. Era importante<br />
para mim. Não podia olhar para as cores<br />
e sabores de forma difícil. Tive em<br />
todos os momentos muito seguro e sobretudo<br />
muito concentrado.<br />
LZ — Depois de um longo serão, eis<br />
que o teu nome foi prenunciado,<br />
como vencedor deste certame; que<br />
sentistes nesse momento?<br />
J — O primeiro impacto, foi o de não<br />
estar a ouvir bem, já que começaram a<br />
classificar de forma decrescente, passou-me<br />
mesmo pela cabeça que se tinham<br />
esquecido de mim. Depois fiquei<br />
feliz e nervoso. Não consegui dormir<br />
nessa noite de tanta alegria e felicidade.<br />
Ao despertar de mais um dia, partilhei<br />
este momento mágico com os meus<br />
amigos. Pouco mas que souberam apreciar<br />
a minha vitória. Quando regressei<br />
ao trabalho, todos os directores, chefes<br />
e colegas me felicitaram e recordei com<br />
imensa satisfação este prémio que também<br />
é deles.<br />
LZ — O teu chefe, o Senhor Witmer<br />
Gerard tem sido um pilar na tua carreira<br />
de cozinheiro! Como gostarias<br />
de agradecer-lhe?<br />
J — Não tenho palavras suficientes para<br />
poder agradecer a não ser, obrigado.<br />
Espero que no próximo ano esteja comigo<br />
na Messe de Zurich “Gusto”, para<br />
poder oferecer-lhe se for possível, mais<br />
um troféu.<br />
LZ — O teu sonho é alcançar o mais<br />
alto patamar de cozinha, pensas que<br />
este troféu te vai beneficiar num futuro?<br />
J — Não sei, mas sei que quero continuar<br />
a minha carreira, passo a passo e<br />
chegar ao titulo de cozinheiro. Depois<br />
entrar na escola de Hotelaria.<br />
LZ — Como vês o teu futuro? Quais os<br />
teus objectivos neste ramo?<br />
J — O meu futuro está nas minhas mãos<br />
e o próximo passo será chegar a ser director<br />
de uma cadeia de Hotéis.<br />
LZ — O que dirias a muitos jovens da<br />
tua idade que estão sem projectos e<br />
vêem dificuldades em arranjar uma<br />
aprendizagem?<br />
J — Digo-lhes que em todos os cantões<br />
existem conselheiros de profissões, que<br />
os consultem e se deixem avaliar, para<br />
quais as áreas profissionais se devem<br />
virar. Que não escolham por escolher<br />
e sempre que tiverem que tomar uma<br />
decisão, peçam uma semana de experiência,<br />
para terem a certeza do que<br />
querem. Ser positivo, afirmativo e nunca<br />
desistir.<br />
LZ — Tens planos, para partires à descoberta<br />
dos aromas e sabores tradicionais<br />
da cozinha portuguesa?<br />
J — Não. A cozinha portuguesa não me<br />
diz nada e não levem a mal. Respeito as<br />
minhas raízes, mas estou virado para<br />
outra área e projecto profissional<br />
LZ — Um sonho que tens arquivado<br />
na tua memória?<br />
J — Conseguir ter o meu próprio Hotel<br />
em terras americanas. Cada dia que<br />
passo aterrorizo-me com o fast-food.<br />
Quero se for possível, mostrar a outra<br />
parte de uma alimentação saudável.<br />
LZ — A comunidade Portuguesa e em<br />
especial o Centro Lusitano, agradece<br />
a tua disponibilidade, e deseja-te as<br />
maiores felicidades a nível pessoal e<br />
profissional.<br />
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6 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Janeiras - a semear Cultura e a ajud<br />
Armindo Alves<br />
O “cantar das Janeiras”<br />
é uma tradição<br />
que se instalou no<br />
cantão de Zurique e<br />
arredores. Antigamente<br />
as Janeiras iniciavam-se<br />
no dia 1 de<br />
Janeiro e estendiam-<br />
-se até ao dia 6, Dia de<br />
Reis e Epifania.<br />
Hoje em dia, os grupos<br />
(especialmente os citadinos)<br />
prolongam o “Cantar das Janeiras” durante<br />
todo o mês. O “grupo das Janeiras” do Centro<br />
Lusitano de Zurique não foge à regra e como já<br />
é habitual também anda pelas ruas Helvéticas a<br />
espalhar esta linda tradição e prol dos mais necessitados.<br />
O Grupo das Janeiras do Centro Lusitano de Zurique<br />
festeja oito anos. O actual grupo de amigos<br />
são provenientes de várias instituições espalhadas<br />
por Zurique e está para durar muitos anos.<br />
Este grupo é fantástico. É um grupo unido e<br />
sempre disposto a ajudar o próximo. É essa a<br />
única intenção do “Grupo de Janeiras” do Centro<br />
Lusitano de Zurique; levar a Cultura portuguesa<br />
ao maior número de pessoas possível,<br />
sejam elas portuguesas ou suíças. É de salientar<br />
que todos os donativos revertem para os mais<br />
necessitados e também para instituições portuguesas<br />
necessitadas; o centro de dia “Esperança<br />
e Brunhais”, “Vamos ajudar Matrus”, os Bombeiros<br />
Voluntários de Vieira do Minho e o Centro de<br />
Apoio às crianças “Acreditar” do Porto. O resultado<br />
desta acção não é para proveito próprio.<br />
O Centro Lusitano de Zurique agradece a todos<br />
que nos abriram as portas e deram a oportunidade<br />
de cantar as Janeiras. A todos que contribuíram<br />
com os donativos e à missão católica de<br />
língua portuguesa que nos deu a possibilidade<br />
de cantar as “Janeiras” nas Eucaristias de Luzerna<br />
(Padre Aloísio), em Neuchatel (Padre José<br />
Carlos Barroso) e em Zurique (Padre Walfrido<br />
Knapik).<br />
Para o grupo faltam-me as palavras de agradecimento.<br />
São fabulosos, incansáveis e só tem um<br />
objectivo: ajudar que necessita. “Quem ajuda<br />
será ajudado” - diz o povo e por isso nunca se arrependam<br />
de fazer bem e ajudar quem precisa.<br />
Para o ano cá estaremos com a mesma vontade<br />
e com os mesmos objectivos: semear Cultura e<br />
ajudar o próximo.<br />
Bem haja!
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
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8 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
アパート 搀 攀 䴀 愀 爀 漀 ㈀ 㘀<br />
吀 伀 刀 一 䔀 䤀 伀<br />
䌀 攀 渀 琀 爀 漀 䰀 甀 猀 椀 琀 愀 渀 漀 娀 甀 爀 椀 焀 甀 攀<br />
匀 倀 伀 刀 吀 匀 䄀 䄀 䰀 唀 一 吀 䔀 刀 刀 伀 䠀 刀<br />
匀 䌀 䠀 䰀 䤀 䔀 刀 䔀 一<br />
䌀 漀 稀 椀 渀 栀 愀 瀀 漀 爀 琀 甀 最 甀 攀 猀 愀<br />
䜀 爀 愀 渀 搀 攀 ᰠ 䨀 漀 最 漀 匀 甀 爀 瀀 爀 攀 猀 愀 ᴠ<br />
䠀 漀 爀 爀 椀 漀 㨀<br />
搀 愀 猀 㠀 㨀 猀 㠀 㨀<br />
䤀 渀 猀 挀 爀 椀 攀 猀<br />
攀 猀 漀 爀 琀 攀 椀 漀 㨀<br />
愀 琀 愀 漀 搀 椀 愀 㐀 搀 攀 䴀 愀 爀 漀<br />
匀 漀 爀 琀 攀 椀 漀 渀 漀 䌀 䰀 娀 瀀 攀 氀 愀 猀 ㈀ 栀 漀 爀 愀 猀<br />
䌀 漀 渀 琀 愀 挀 琀 漀 猀 㨀 嘀 椀 琀 漀 爀 䌀 愀 爀 渀 攀 椀 爀 漀 㨀 㜀 㤀 㔀 㠀 㐀 㐀 アパート 㘀 ⴀ 䜀 甀 愀 氀 琀 攀 爀 倀 攀 爀 攀 椀 爀 愀 㨀 㜀 㤀 㔀 アパート 㐀 㠀 㘀 ⠀ 吀 攀 氀 ⸀ 漀 甀 匀 䴀 匀 ⤀
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Cidadania<br />
Lusitano de Zurique<br />
9<br />
Votações do dia 28 de Fevereiro: Iniciativa de Aplicação<br />
Iniciativa perigosa para todos<br />
os migrantes na Suíça<br />
No dia 28 de Fevereiro os eleitores suíços são chamados a decidir sobre mais uma<br />
iniciativa xenófoba, a chamada Iniciativa de Aplicação. Supostamente, esta deverá<br />
permitir expulsar da Suíça os estrangeiros criminosos. Na realidade, é um ataque<br />
a todos os migrantes na Suíça. E é um ataque directo aos tribunais e ao Estado de<br />
Direito, bem como aos Direitos Humanos.<br />
Expulsão por receber demasiado dinheiro<br />
da segurança social<br />
Conhece alguém que tenha ocultado do Fundo de Desemprego<br />
o facto de ter ganho algum dinheiro em pequenos trabalhos?<br />
Ou que tenha preenchido mal um impresso dum seguro<br />
social para receber mais dinheiro do que deveria? Se a<br />
Iniciativa de Aplicação for aprovada pelo povo suíço no dia 28<br />
de Fevereiro, estes casos levam à expulsão imediata do país.<br />
Porque, na Iniciativa de Aplicação, estas infracções estão incluídas,<br />
ao lado de crimes graves como crimes contra a humanidade,<br />
homicídio e violação, num catálogo de delitos que<br />
levam à expulsão automática e imediata da Suíça. Sem direito<br />
a ser ouvido ou de apresentar recurso.<br />
A iniciativa ataca os migrantes da segunda<br />
e terceira geração<br />
Conhece pessoalmente jovens que já tenham feito algumas<br />
loucuras? Por exemplo, arrombado a porta de uma loja para<br />
entrar e roubar uma caixa de cervejas como prova de coragem<br />
entre jovens? Ou jovens que tenham feito grafitis em paredes?<br />
Que tenham plantado cânhamo ou possuído drogas?<br />
Qualquer um destes delitos levam à expulsão, se as pessoas já<br />
tiverem sido condenadas por delitos nos dez anos anteriores.<br />
Com a Iniciativa de Aplicação, os migrantes serão expulsos<br />
do país por estes delitos insignificantes. Todos os migrantes,<br />
incluindo os da segunda e terceira geração, que nasceram e<br />
cresceram na Suíça, que têm aqui a sua casa. Desta forma,<br />
os migrantes serão punidos muito mais duramente do que<br />
os seus colegas de nacionalidade suíça. Sem que se tenha em<br />
conta as consequências para as famílias. Mesmo que pessoas<br />
da segunda e terceira geração sejam expulsas para um país<br />
que só conhecem das férias, cuja língua talvez nem dominem.<br />
Mesmo que a sua família, amigos, trabalho ou escola estejam<br />
na Suíça. A adequação da pena não é avaliada e não há possibilidade<br />
de recorrer da decisão.<br />
Ataques aos princípios fundamentais do<br />
Estado de Direito<br />
A iniciativa viola, assim, os princípios fundamentais da Constituição<br />
suíça e suspende os Direitos Humanos. Condiciona<br />
os juízes no exercício das suas funções e ataca o Parlamento<br />
suíço.<br />
Com esta iniciativa e o seu discurso xenóbofo, a UDC persegue<br />
um objectivo claro: implementar o seu programa político.<br />
Um programa populista conservador de direita, que se dirige<br />
contra migrantes, juízes e Parlamento, liberdade e solidariedade.<br />
Um programa que pretende limitar a democracia.<br />
Todos às urnas dizer NÃO!<br />
Por tudo isto, é importante que todas as pessoas com a nacionalidade suíça vão às urnas dizer NÃO a esta iniciativa<br />
xenófoba e antidemocrática. Se tem o passaporte suíço, vá votar. Se não tem, fale com conhecidos e explique-<br />
-lhes que esta iniciativa não é contra criminosos – é contra todos os estrangeiros que vivem na Suíça!<br />
Para mais informações sobre a iniciativa ou como deve preencher os seus papeis de votos entre em contacto com:<br />
Marília Mendes 031 350 23 94<br />
Sandra Ferreira 079 913 00 30
10 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
㈀<br />
䴀 愀 爀 漀<br />
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䌀 䔀 一 吀 刀 伀<br />
䰀 唀 匀 䤀 吀 䄀 一 伀<br />
䐀 䔀 娀 唀 刀 䤀 儀 唀 䔀<br />
䄀 倀 刀 䔀 匀 䔀 一 吀 䄀 㨀<br />
一 䤀 䬀 䤀 吀 䄀<br />
䄀 匀 䔀 匀 䐀 伀 刀 䤀 吀 䴀 伀<br />
刀 䄀 一 䌀 䠀 伀 䐀 伀 䌀 䰀 娀<br />
䌀 伀 娀 䤀 一 䠀 䄀<br />
吀 刀 䄀 䐀 䤀 䌀 䤀 伀 一 䄀 䰀<br />
吀 唀 刀 一 䠀 䄀 䰀 䰀 䔀 唀 一 吀 䔀 刀 刀 伀 䠀 刀 ⴀ 唀 一 吀 䔀 刀 刀 刀 伀 䠀 刀 匀 吀 刀 ⸀ ㈀ ⴀ 匀 䌀 䠀 䰀 䤀 䔀 刀 䔀 一<br />
䔀 渀 琀 爀 愀 搀 愀 㨀 猀 挀 椀 漀 猀 最 爀 琀 椀 猀 ⴀ 渀 漀 猀 挀 椀 漀 猀 ㈀ 䘀 爀 ⴀ 䨀 漀 瘀 攀 渀 猀 渀 漀 猀 挀 椀 漀 猀 搀 漀 猀 ㈀ 愀 漀 猀 㠀 愀 渀 漀 猀 䘀 爀 ⸀
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Desporto<br />
Lusitano de Zurique<br />
11<br />
"ser humildes, trabalhar muito, respeitar os<br />
treinadores e nunca desistir dos estudos"<br />
Jo Soares<br />
Lusitano de Zurique<br />
- Faz-nos a tua apresentação…<br />
Marco Gonçalves —<br />
Chamo-me Marco<br />
André Azevedo Gonçalves<br />
tenho 37 anos<br />
e sou conhecido no<br />
mundo do futebol<br />
por Marco Gonçalves.<br />
LZ — Fala-nos sobre a tua carreira profissional<br />
MG — Tive uma carreira que vou orgulhar<br />
para sempre, estive em grandes<br />
clubes portugueses onde vão ficar no<br />
meu coração. Nunca saí de Portugal,<br />
não por falta de convites, mas gostava<br />
de jogar no nosso futebol português<br />
Lusitano- Qual o teu percurso como<br />
jogador?<br />
MG — Comecei a minha carreira profissional<br />
no S.C. de Braga. Estive lá de 2002<br />
até 2007, passei depois para o Belenenses,<br />
Gil Vicente, UD Oliveirense, Arouca,<br />
Sp. Espinho, Trofense, Boavista e acabei<br />
no AD Oliveirense.<br />
Lusitano- Alguma vez pensaste chegar<br />
à primeira liga?<br />
MG — Quando andamos no futebol e<br />
respeitamos as regras, claro que temos<br />
um objectivo, chegar à 1 liga, mas para<br />
isso é preciso muito trabalho e respeito<br />
pelas pessoas que estão à nossa frente.<br />
Lusitano- Foi fácil conciliar a vida profissional<br />
com a vida sociável?<br />
MG — Sim foi fácil conciliar as duas coisas,<br />
quando se é humilde e gerimos o<br />
tempo para as duas coisas.<br />
Lusitano- Qual o clube que mais te<br />
marcou como jogador?<br />
MG — Sem dúvida que foi o Braga e o<br />
Belenenses. O Braga porque era o clube<br />
da minha cidade e onde vi crescer o clube,<br />
e o qual vou sempre amar. Depois o<br />
Belenenses pelas duas épocas que estive<br />
lá, uma foi a final da taça de Portugal<br />
em 2008 e um 4º lugar e dois anos com<br />
o mister Jorge Jesus (actual treinador do<br />
Sporting)<br />
Lusitano- Qual o jogador que deu mais<br />
prazer ter como companheiro ou como<br />
adversário?<br />
MG — Como companheiro tive muitos:<br />
Silas, Eliseu, Quim, Barroso, etc. Mas o<br />
Nené foi o meu melhor amigo do futebol.<br />
Agora como adversário claramente<br />
foi o João Pinto.<br />
Lusitano - O que achas do futebol<br />
mundial actual?<br />
MG — Acho que o futebol mundial é cada<br />
vez mais um negócio e fico muito triste ao<br />
ver estas coisas.<br />
Lusitano - Todos pensam que a vida de<br />
jogador é fácil, o que te levou a emigrar?<br />
MG — A vida de jogador até pode ser<br />
fácil para aqueles que cumprem as regras<br />
dos clubes, é claro que nem todos<br />
podemos ser Cristianos. Temos que ter<br />
muito cuidado com o dinheiro, porque<br />
o futebol não é para sempre, a vida no<br />
futebol é curta.<br />
Lusitano -Como ou através de quem te<br />
juntaste ao CLZ?<br />
MG — Eu juntei-me ao CLZ através do<br />
meu irmão Hugo, aonde conheci um<br />
grande grupo de amigos.<br />
Lusitano -Qual o conselho que tu deixas<br />
aos jovens que sonham ser profissionais?<br />
MG — O conselho que dou aos jovens<br />
é serem sempre humildes, trabalharem<br />
muito, respeitarem os treinadores mesmo<br />
que eles estejam errados, respeitar<br />
muito o futebol seja como companheiro<br />
ou adversário e claro nunca desistir dos<br />
estudos.
12 Lusitano de Zurique Saúde<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
O porquê do espirro<br />
Zuila Messmer (*)<br />
Espirro é uma expulsão<br />
de ar, convulsiva<br />
e semi-autônoma, do<br />
nariz e boca. Algumas<br />
doenças podem ser<br />
transmitidas pelo espirro<br />
porque podem<br />
espalhar até 40.000<br />
gotículas infecciosas<br />
Causa e efeito<br />
O espirro é causado<br />
por uma irritação nasal,<br />
por um bloqueio<br />
bacteriano na garganta,<br />
nos pulmões ou nas<br />
passagens do nariz.<br />
As substâncias que<br />
causam essa irritação<br />
são aquelas que tanto<br />
podem desencadear<br />
alergias, como é o caso<br />
do pólen, da pimenta,<br />
pêlos de animais e<br />
poeiras, como as que<br />
apenas irritam a mucosa<br />
do sistema respiratório.<br />
O espirro é uma reação<br />
do corpo à obstrução<br />
das vias nasais, principalmente<br />
do nariz e da<br />
garganta. Sua função é<br />
expelir do corpo algo<br />
que o está incomodando.<br />
Por isso é que<br />
espirramos quando<br />
estamos em ambientes<br />
empoeirados, sujos<br />
ou muito perfumados.<br />
Outra ocasião em<br />
que espirramos bastante<br />
é quando estamos<br />
resfriados. Nesse<br />
caso, o organismo usa<br />
o espirro para tirar do<br />
corpo o catarro dos<br />
pulmões.<br />
Os músculos envolvidos<br />
no reflexo do<br />
espirro são os das<br />
costas, do abdômen,<br />
os intercostais (entre<br />
as costelas) e aqueles<br />
abaixo das costelas.<br />
Quando poeira, fumaça<br />
ou cheiro irrita o<br />
nariz, o centro respiratório<br />
é informado e interrompe<br />
a respiração<br />
normal, faz você inspirar<br />
profundamente,<br />
e subitamente, faz<br />
todos esses músculos<br />
se contraírem, empurrando<br />
todo o ar para<br />
fora de uma vez só. A<br />
glote bloqueia a saída<br />
do ar dos pulmões,<br />
como se fosse uma<br />
tampa na garganta e<br />
logo em seguida se<br />
abrem bruscamente<br />
liberando o caminho,<br />
havendo a esplosão<br />
do ar para o meio externo.<br />
Porque fechamento<br />
os olhos<br />
quando<br />
espirramos<br />
Geralmente é considerado<br />
impossível<br />
alguém manter as pálpebras<br />
abertas durante<br />
um espirro. O reflexo<br />
de fechar os olhos é<br />
devido à aproximidade<br />
dos nervos óticos<br />
e nasais. Havendo um<br />
estímulo em um deles,<br />
ocorre uma reação, o<br />
fechamento dos olhos,<br />
e que no caso protege<br />
os ductos lacrimais e<br />
vasos sanguíneos das<br />
bactérias expelidas<br />
através do espirro.<br />
Perigos de reprimir<br />
um espirro<br />
Nunca se deve evitar<br />
dar um espirro. Reprimir<br />
ou suster um<br />
espirro pode, especialmente<br />
em caso de<br />
patologias preexistentes,<br />
ter consequências<br />
muito graves, devido<br />
ao aumento súbito da<br />
pressão intracraniana,<br />
intratoráxica ou intrabdominal.<br />
Interromper um espirro<br />
pode ocasionar<br />
lesões no nervo óptico<br />
(glaucoma), ou na retina<br />
(parte do olho responsável<br />
pela visão),<br />
bem como provocar<br />
dores de cabeça, hemorragias<br />
oculares e<br />
ou causar ruptura dos<br />
tímpanos (ouvidos), ou<br />
lesão no ouvido interno<br />
provocando vertigem<br />
ou perda auditiva.<br />
Pode enfraquecer<br />
um vaso sanguíneo no<br />
cérebro e provocar a<br />
sua ruptura levando a<br />
um acidente vascular<br />
cerebral – AVC.<br />
Respostas<br />
tradicionais a<br />
um espirro<br />
Na Suiça quando alguém<br />
espirra é comum<br />
as pessoas dizerem<br />
– Gesundheit ! Quem<br />
espirrou responde<br />
Danke. No Brasil se diz<br />
Saúde! Em contrapartida,<br />
em Portugal, é<br />
bastante comum responder<br />
com Santinho!<br />
ou Viva!. Nos países<br />
de língua inglesa se diz<br />
“God bless!” (Deus te<br />
abençoe).<br />
Esta tradição se origina<br />
da Idade Média,<br />
quando se acreditava<br />
que quando alguém<br />
espirrava, o coração<br />
parava, a alma deixava<br />
o corpo e poderia ser<br />
capturada por algum<br />
espírito do mal.<br />
Escrito em PT/BR
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Cidadania<br />
Lusitano de Zurique<br />
13<br />
Sessão de esclarecimento como votar na Suíça<br />
Tem nacionalidade suíça? No dia 28 de Fevereiro vai votar?<br />
A papelada para votar é demasiado difícil? Nós explicamos-lhe como lidar com ela.<br />
Venha a uma das seguintes sessões (traga os boletins de voto).<br />
Sábado, 6 de Fevereiro, 10h – 11h 30 na<br />
Associação Portuguesa de Zurique<br />
Domingo, 7 de Fevereiro, 11h – 12h 30 no<br />
Centro Lusitano Zurique<br />
Sábado, 13 de Fevereiro, 16h 30 – 18h no<br />
Centro Lusitano Zurique<br />
Iniciativas importantes para estrangeiros:<br />
<br />
A chamada Iniciativa de aplicação (Durchsetzungsinitiative) cria<br />
mecanismos para expulsar automaticamente estrangeiros mesmo por<br />
pequenos delitos. NÃO à Iniciativa de Aplicação!<br />
<br />
Em Zurique, a Iniciativa contra o dumping salarial garante condições<br />
contra a exploração salarial de trabalhadores.<br />
SIM à Iniciativa contra o dumping salarial!
14 Lusitano de Zurique Direito<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Infrações de trânsito no estrangeiro<br />
encurtar uma duração mínima de privação da carta de condução.<br />
A lei relativa ao tráfego rodoviário estipula os seguintes prazos mínimos<br />
de privação da carta de condução:<br />
Infrações de trânsito no estrangeiro: Tem<br />
de se pagar uma multa, que se obteve no<br />
estrangeiro, quando se vive na Suíça? Uma<br />
interdição de conduzir devido a uma infração<br />
de trânsito no estrangeiro também<br />
tem consequências na Suíça?<br />
As instituições estrangeiras podem enviar as suas multas infligidas<br />
no estrangeiro diretamente ao culpado na Suíça. Se a<br />
multa do estrangeiro não for paga voluntariamente, ela não<br />
poderá ser executada na Suíça. A única exceção é a França:<br />
multas de trânsito francesas podem ser executadas na Suíça,<br />
se comportarem no mínimo € 70. Quem no entanto não<br />
pagar uma multa de trânsito do estrangeiro, pode ter problemas<br />
na próxima vez que viajar de novo para o estrangeiro.<br />
Tem de contar, não só que tem de pagar a multa, mas também<br />
custos de aviso e juros de mora. Também lhe podem ser<br />
confiscados os seus bens de valor e mesmo ser-lhe recusada<br />
a entrada no país. Faz pois sentido, de pagar as multas obtidas<br />
no estrangeiro, se contar voltar a viajar para esse país.<br />
Se alguém comete uma infração de trânsito no estrangeiro<br />
com uma carta de condução suíça e obtém uma interdição<br />
de conduzir no estrangeiro tem de contar, que esta lhe seja<br />
retirada aquando do seu regresso à Suíça, se a infração às<br />
regras do trânsito no estrangeiro tiver sido de gravidade média<br />
ou elevada. A privação da licença de condução não pode<br />
no entanto durar mais do que a proibição de condução proferida<br />
no estrangeiro. Quer dizer: Para quem, por exemplo,<br />
ultrapassou demasiado o limite de velocidade no estrangeiro<br />
(“Raser”), pode-lhe ser retirada a carta de condução pela duração<br />
máxima da proibição de conduzir no estrangeiro, regra<br />
geral de 1 a 3 meses. Se a mesma infração fosse cometida<br />
na Suíça a carta de condução seria retirada pelo menos para<br />
um ano.<br />
A privação da carta de condução na Suíça:<br />
Pedem-me com frequência, de tentar tudo<br />
para que a duração da privação da carta<br />
seja reduzida, porque os envolvidos precisam<br />
da carta de condução para o trabalho<br />
e têm medo de uma rescisão do contrato<br />
de trabalho.<br />
Como a privação da carta de condução normalmente só é<br />
proferida para uma duração mínima não é possível de pedir<br />
uma redução da duração. Onde a lei prescreve uma duração<br />
mínima o juiz não tem o direito de encurtar essa duração,<br />
mesmo no caso de eu o conseguir convencer, de que a privação<br />
da carta de condução seria uma pena muito dura para<br />
a pessoa em questão. Não existe nenhuma possibilidade de<br />
1. Para infrações de trânsito de gravidade média a privação<br />
da carta tem uma duração de pelo menos 1 mês; se a carta<br />
de condução tiver sido apreendida uma ou duas vezes nos 2<br />
anos anteriores, dura pelo menos 4 meses ou antes 9 meses;<br />
se a carta de condução tiver sido apreendida nos dois anos<br />
anteriores duas vezes devido a infrações graves ao código<br />
da estrada, dura pelo menos 15 meses; se a carta tiver sido<br />
apreendida três vezes nos últimos 10 anos e ainda não tiverem<br />
passado 5 anos desde a última apreensão (Regra dos 10<br />
anos) dura pelo menos 2 anos.<br />
2. Em infrações de trânsito graves a apreensão da carta de<br />
condução dura pelo menos 3 meses; dura no mínimo 6 meses,<br />
se a carta de condução já tiver sido apreendida uma vez<br />
nos 5 anos anteriores devido a uma infração de gravidade<br />
média das regras do trânsito; dura no mínimo 12 meses, se a<br />
carta de condução tiver sido apreendida nos últimos 5 anos<br />
uma vez devido a uma infração grave do código da estrada<br />
ou duas vezes devido a infrações de gravidade média ao código<br />
da estrada; pelo menos 2 anos, se a carta de condução<br />
tiver sido apreendida nos últimos 10 anos duas vezes por<br />
infrações graves ou três vezes por infrações de gravidade<br />
média, se ainda não tiverem passado 5 anos desde a última<br />
apreensão (Regra dos 10 anos). Também são pelo menos 2<br />
anos, se o limite de velocidade tiver sido massivamente ultrapassado<br />
(Raser) ou se o risco de um acidente com feridos<br />
graves/mortos tiver sido alto.<br />
3. Para sempre se a carta de condução já tiver sido apreendida<br />
nos últimos 5 anos devido à Regra dos 10 anos.<br />
Uma infração ao Código da estrada é de gravidade média, quando<br />
envolveu mais do que um perigo pequeno para a segurança dos outros<br />
participantes no tráfego ou quando se conduzia sob influência<br />
do álcool, inferior a 0,8 de permilagem e houve, para além disso,<br />
um ferimento ligeiro. Também é uma infração de gravidade média,<br />
quando alguém conduz sem carta de condução válida para a respetiva<br />
categoria de veículo ou desviou um veículo para utilização.<br />
Parte-se do princípio de que é uma infração grave ao Código da estrada,<br />
quando alguém por negligência grave provocou uma situação<br />
de perigo sério para a segurança de outros, como, por exemplo,<br />
conduzindo com uma alcoolémia (teor de álcool no sangue) de +0,8<br />
de permilagem, mas também quando impede um controlo do álcool<br />
ou foge após ferimento de uma pessoa. Também é considerada uma<br />
infração grave, quando se conduz um veículo apesar de apreensão<br />
da carta de condução.<br />
A resumir: Especialmente para quem precisa do carro para o<br />
trabalho devia conduzir com grande cuidado e sobretudo respeitar<br />
os limites de velocidade, assim como também os para o consumo<br />
de álcool.<br />
Tem perguntas que digam respeito ao direito?<br />
Envie a sua pergunta com a indicação “Lusitano” a:<br />
Bohren Rechtsanwalt, Postfach 229, 8024 Zürich<br />
ou para mail@dbohren.ch
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
15<br />
Ano novo políticas velhas<br />
Todos os anos a tradição se repete, e o novo ano traz-nos desejos de mudança e esperança<br />
de concretização em todas as vertentes. Este ano um desejo se concretizou,<br />
iniciou com um novo governo, com caras novas, mas com políticas de imigração velhas,<br />
enrugadas, usadas e perversas.<br />
Domingos Pereira<br />
É o caso da matéria política financeira, e não cultural, do „ ensino do português no<br />
estrangeiro”. Segundo o Secretario de Estado “o português é uma língua de primeira importância<br />
(…) de caracter universal, estratégico no âmbito da política externa do Estado<br />
Português” e, que a propina se manterá nos próximos anos, “afim de criar condições<br />
materiais e logísticas”, ás custas dos cidadãos portugueses residentes na Suíça Alemanha<br />
e parte do Luxemburgo.<br />
Segundo este membro do governo, o que tem de ser feito, “é expandir o ensino do<br />
português, a estrangeiro, luso-descendentes e portugueses com o mesmo nível educativo”,<br />
ou seja, português para estrangeiros. Porque, “o modelo de ensino da língua e cultura de origem está muito vocacionado<br />
para grupos étnicos-culturais específicos e definidos”.<br />
Já tinha feito caso, nas intervenções do secretario de estado, que quando fala sobre os portugueses na diáspora os<br />
define com uma certa precisão, bem definida, para que se note que, “existe diferenças entre o tradicional imigrante da<br />
mala-de-cartão e o jovem inovador e globalizado de hoje”. Mas não esperava ouvi-lo dizer, a desvalorizar os Cursos de<br />
Língua e Cultura Materna e os cidadãos que têm o direito constitucional á sua frequência, usando termos, de coisa<br />
pequena, grupo de nómadas sem grande importância e sem futuro.<br />
Se o secretário de estado quer expandir o ensino da língua portuguesa, pois bem que o faça, mas, nas suas três vertentes;<br />
Português língua Materna para crianças e jovens portugueses e luso-descendentes gratuito, como consta na<br />
Constituição Portuguesa. Para crianças, jovens estrangeiros, português para estrangeiros, sendo aqui cobrada uma<br />
propina, assim como para o estudo da língua em níveis académicos.<br />
Assim considero que seja expansão da língua portuguesa, assim consideram que haja igualdade de tratamentos,<br />
ao contrario deste sistema actual de imposição que promove a desigualdade entre os cidadãos portugueses e seus<br />
conhecimentos linguísticos para beneficiar outros grupos étnicos.<br />
Certificados<br />
Com a finalidade da expansão da língua portuguesa, e publicidade á dita certificação, os operacionais do Instituto<br />
Camões (IC), e colaboradores (docentes), realizaram a 9 de Janeiro um espetáculo a que chamaram “a cerimonia”, na<br />
qual realizaram a entrega dos certificados (ou resultados dos exames realizados em Maio do ano passado).<br />
O espetáculo foi dividido em 3 actos, porque a sala onde se realizou tal evento era minúscula para receber os “laureados”<br />
e seus acompanhantes. No momento em que o staff do IC cortava o bolo da cerimónia, no piso inferior, se<br />
improvisava (no átrio de 25 m²) uma sala para o beberete…<br />
Para os jovens “laureados”, o grande momento do dia, não foi receber o certificado (depois de quase 8 meses de espera),<br />
foi sim, ter que comer uma fatia “do seu bolo” assentado na plateia com a nuca do colega como decoração do<br />
prato.<br />
Ultimamente, para justificarem a dita propina, usam todos os meios possível e até já dizem, que esta não é para pagar<br />
a frequência, é sim, para pagar a certificação. Então porque alma, pagamos todos os anos a inscrição antecipadamente,<br />
e, os nossos filhos só fazem o exame para obter a dita certificação ao 9° ano e o nível B1? Talvez seja porque nos<br />
considerem um grupinho étnico-cultural?<br />
São estas as novas caras com a pobreza das políticas velhas …
16 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
䄀 アパート 㔀 䌀 쨀 一 吀 䤀 䴀 伀 匀<br />
倀 䄀 刀 䄀 伀 唀 吀 刀 䄀 匀 儀 唀 䄀 一 吀 䤀 䐀 䄀 䐀 䔀 匀 䌀 伀 一 吀 䄀 䌀 吀 䔀<br />
倀 伀 刀 吀 䔀 匀 䜀 刀 섀 吀 䤀 匀<br />
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<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Desporto<br />
Lusitano de Zurique<br />
17<br />
CLUBES OBRIGADOS A TER CHINESES<br />
Multinacional chinesa Ledman patrocina a segunda liga de futebol<br />
portuguesa e passa a dar novo nome à II Liga; Ledman ProLiga<br />
Manuel Araújo<br />
Pedro Proença fechou o acordo com a multinacional chinesa<br />
Ledman, em Pequim. Os valores envolvidos não foram anunciados,<br />
mas a empresa revela que serão enviados dez jogadores<br />
e três adjuntos chineses para Portugal.<br />
A Ledman vai patrocinar a II Liga a partir da próxima temporada<br />
e até ao momento do fecho desta edição não foram revelados<br />
grandes pormenores sobre o negócio, como os valores e<br />
a duração do contrato, mas a empresa chinesa revelou alguns<br />
detalhes interessantes e um comunicado da Liga informou<br />
que mais informações sobre o negócio serão conhecidos, “em<br />
tempo oportuno”.<br />
A Ledman revelou também que a II Liga passará a chamar-se<br />
Ledman ProLiga e os dez melhores clubes do campeonato<br />
irão receber um jogador chinês. A Liga Portuguesa de Futebol<br />
Profissional, pode ler-se, “tem que garantir uma taxa de utilização<br />
dos jogadores e comprometer-se a elevar o nível dos<br />
atletas chineses”.<br />
“A Ledman enviará dez jogadores e três treinadores adjuntos<br />
para trabalhar nos dez melhores clubes da II Liga”, informa a<br />
empresa, sem margem para dúvidas.
18 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Aumenta número de suíços no exterior<br />
A comunidade de suíços expatriados continua a crescer quase duas vezes mais<br />
rápido do que a população residente na Suíça. No final de 2015, eles eram 761.930,<br />
ou seja, 2% a mais do que no ano anterior.<br />
Swissinfo<br />
Se existisse um cantão englobando<br />
toda a diáspora suíça, ele seria o terceiro<br />
em termos demográficos, atrás<br />
apenas de Zurique e Berna. Pela primeira<br />
vez da história, a comunidade<br />
de expatriados ultrapassou a barra<br />
de 750.000 pessoas; 10% dos suíços<br />
vivem no exterior.<br />
Em número absoluto, o crescimento<br />
foi de 15.054 pessoas em 2015, indicou<br />
segunda-feira (25) o Ministério<br />
suíço das Relações Exteriores (DFAE)<br />
através de um comunicado (em francês).<br />
Essa alta “se explica essencialmente<br />
pelo recenseamento de novos<br />
binacionais (recém-chegados, nascimentos<br />
e naturalizações)” explica o<br />
DFAE.<br />
A progressão mais forte foi registrada<br />
no continente asiático (especialmente<br />
na Tailândia, Filipinas, Israel e Emirados<br />
Árabes Unidos), com alta de 3,5%.<br />
A maioria dos suíços do estrangeiro vive<br />
na Europa. A França resta, e de longe, o<br />
destino predileto da “Quinta Suíça”, com<br />
198.647 expatriados (+4173) recenseados,<br />
seguida da Alemanha (86.774, +2103)<br />
e da Itália (51.556, +203). Fora da Europa,<br />
são os Estados Unidos (80.128, +1522)<br />
que atraem mais cidadãos detentores do<br />
passaporte vermelho com a cruz branca.<br />
Com um único suíço registrado, São<br />
Tomé e Príncipe, Turcomenistão e Palaos<br />
e Kiribati estão no fim da lista.<br />
Braga é a cidade mais feliz de Portugal<br />
e a terceira da Europa<br />
Segundo a agência Lusa, 97% dos bracarenses vivem felizes na<br />
cidade. Oslo e Zurique lideram.<br />
Quase todos os bracarenses (97%) vivem felizes na cidade, o<br />
que coloca a cidade no terceiro lugar da tabela de um Eurobarómetro<br />
sobre qualidade de vida nas cidades europeias.<br />
Oslo e Zurique (na Suíça), com 99% de inquiridos a dizerem-se<br />
felizes por lá viverem, lideram a tabela, na qual as primeiras<br />
cidades da União Europeia (UE) a surgir (ex-aequo no segundo<br />
lugar), com 98% são Aalborg (Dinamarca), Vilnius (Lituânia), Belfast<br />
(Reino Unido). Braga partilha o terceiro lugar com outras<br />
oito cidades, incluindo Málaga, em Espanha.<br />
Istambul (Turquia), Athina (Grécia) e Palermo (Itália) estão no<br />
outro extremo, com respectivamente 35%, 33% e 32% dos habitantes<br />
a dizerem-se satisfeitos com a vida na respectiva cidade.<br />
Lisboa e a região da Grande Lisboa estão, segundo o inquérito,<br />
empatadas, com 89% de habitantes a responderem estar satisfeitos.<br />
Em relação aos cuidados de saúde, Lisboa é a cidade<br />
portuguesa com mais cidadãos satisfeitos (59%), seguindo-se<br />
Braga (52%) e a Grande Lisboa (50%). Zurique (97%), Groningen<br />
(Holanda), Antuérpia (Bélgica), Gratz (Áustria), com 93% cada, e<br />
Lille (França), com 92% cada, lideram a tabela.<br />
Em relação à satisfação com transportes públicos nas cidades<br />
que são capital do país, Lisboa apresenta 54% dos cidadãos<br />
contentes, ficando em quinto lugar a contar do fim, numa tabela<br />
liderada por Viena (95%), Helsínquia (93%), Praga e Londres<br />
(86%).
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Recantos helvéticos<br />
Lusitano de Zurique<br />
19<br />
Frente-a-frente com os Ibex dos Alpes<br />
Maria dos Santos<br />
Há muito tempo que sonhava<br />
poder ver e apreciar os<br />
Ibex, dos Alpes Suíços.<br />
O dia amanheceu com muito<br />
nevoeiro, o que levou-me<br />
a pensar que “lá em cima”<br />
estaria um lindo céu azul e<br />
muito sol.<br />
E assim foi… respirei fundo e<br />
parti à descoberta sem saber<br />
o que me espera, mas sentia<br />
na alma que iria desfrutar de<br />
algo muito especial.<br />
Sabia apenas que tinha pela<br />
frente 6 horas de caminhada<br />
para percorrer cerca de 14<br />
quilómetros. Era a distância<br />
desta pequena montanha.<br />
Começo a subir lentamente,<br />
desfrutando de um dia de<br />
Inverno com sabor a Outono.<br />
Pisava lentamente mas<br />
a passo certo as muitas folhas<br />
que o caminho tinha, até<br />
atingir os quase 1400 metros<br />
de altitude.<br />
A temperatura era agradável,<br />
o sol esplêndido e um<br />
encanto de natureza com o<br />
nome de Creux du Van. Fica<br />
situado na província de Neuchâtel,<br />
também próximo de<br />
Gruyére, terra do bom queijo.<br />
Respirei fundo e vi imenso<br />
fotógrafos, com máquinas<br />
sobre os tripés com longas<br />
objectivas. Soube logo que o<br />
meu objectivo ia ser alcançado.<br />
Eles ali estavam; uma família<br />
numerosa de Ibex-dos-Alpes,<br />
em plena liberdade. Apercebi-me<br />
que era época de cio…<br />
Fui sábia na escolha que fiz<br />
neste dia, pois tive a oportunidade<br />
rara de presenciar o<br />
“namoro animalesco”. Tudo o<br />
que vi foi deslumbrante.<br />
Os Ibex deixaram-me chegar<br />
muito perto, mesmo sabendo<br />
que a postura era desafiadora<br />
e algo perigosa, mas<br />
arrisquei. Pude de perto ver<br />
o tamanho dilatado das narinas,<br />
que detectam todo o<br />
tipo de ameaça.<br />
Fiquei ali estática feita robot,<br />
frente-a-frente com a robustez<br />
destes Ibex, que chegam<br />
a pesar até 100 quilos, num<br />
hino à natureza animal.<br />
Hoje recordo os mais pequeninos<br />
com saudade. Vejo<br />
ainda os chifres dos machos<br />
que alcançam dimensões<br />
consideráveis. As fêmeas na<br />
luta contra os “namorados”<br />
e a deixarem firme que queriam<br />
apenas comer a bonita<br />
e verdejante erva que por ali<br />
abundava.<br />
Após algum tempo partiram<br />
direcção sul, passando ao<br />
meu lado, fingindo não me<br />
verem, mas eu sim, vi-os e<br />
guardarei para sempre estes<br />
mágicos momentos.<br />
Em Maio voltarei para reencontrar<br />
o fruto do cio que<br />
presenciei.<br />
Alguém me quer acompanhar?<br />
Merece a pena este registo<br />
em plena liberdade.
20 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Vamos contar uma história<br />
Os pais de crianças dos 2 aos 6 anos estão convidados a<br />
participar no mundo fantástico das histórias infantis.<br />
Juntos vamos divertir-nos muito...<br />
Entrada<br />
livre!<br />
Sábado<br />
dias<br />
13.02.<strong>2016</strong><br />
26.03.<strong>2016</strong><br />
Das 15.30 às 17:30h<br />
Vamos fazer trabalhos manuais<br />
Cantar e brincar...<br />
Animadoras:<br />
Sandra Alves<br />
Ana Matos<br />
Para confirmar a participação<br />
envie um SMS para o número<br />
079 6470146 e indique o nome<br />
e a idade da criança.<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
Quer perder dinheiro?<br />
Ponha-o a render no banco!<br />
PEDRO ANDERSSON<br />
Todos falam em poupar,<br />
mas a questão é onde<br />
guardar o que poupamos.<br />
Há uns anos, os depósitos<br />
a prazo eram uma boa opção,<br />
mas hoje em dia já<br />
não são. Há casos em que<br />
até dá prejuízo guardar o<br />
dinheiro no banco.<br />
Imagine que no ano passado conseguiu<br />
poupar 5 mil euros, ou que já os<br />
tem poupados no banco. Se tem poupanças<br />
muito maiores, provavelmente<br />
esta crónica não é para si. Saberá muito<br />
bem onde as colocar a render, ou até<br />
pode colocar parte delas em produtos<br />
de maior risco. Mas, para o caso, vamos<br />
analisar a situação para quem tem pouco<br />
e não quer correr qualquer risco de<br />
perder capital.<br />
Por incrível que pareça, o BPI, por exemplo,<br />
oferece uma conta a prazo com juros<br />
de 0,05% para um depósito a 1 ano.<br />
Ou seja, só não dizem que é zero, provavelmente,<br />
por vergonha.<br />
Se acha que é ridículo, olhe que os outros<br />
não oferecem muito mais. O Novo<br />
Banco foi o que fez a melhor proposta:<br />
0,6 % ao ano. A Caixa Geral de Depósitos<br />
oferecia no início de <strong>2016</strong> 0,4% brutos.<br />
O Millennium BCP propunha 0,35. O BPI<br />
e o Santander Totta ficaram-se por 0,1%<br />
nas melhores propostas. Uma décima<br />
de ponto percentual. BRUTOS. A estes<br />
juros é preciso ainda descontar os 28%<br />
que vão para o Estado, como taxa liberatória.<br />
Vamos a contas. Com estes juros mencionados<br />
acima, se depositar 5 mil euros<br />
no Novo Banco, daqui a 1 ano vai receber<br />
limpos 21,60 euros. Na Caixa Geral<br />
de Depósitos, 14,40. No BCP, 12,60.<br />
E no BPI e Santander Totta, 3,60. Uma<br />
fortuna, como pode ver. Se quiser ser<br />
mais picuinhas e descontar a inflação,<br />
que foi de 0,6 em 2015, vai chegar a uma<br />
triste conclusão. Em todos estes bancos<br />
está a perder dinheiro. No pior cenário<br />
destas contas a prazo, ainda perde<br />
26,40 euros por ano (por emprestar 5<br />
mil euros ao banco).<br />
Mais grave ainda: se lhe cobram comissões<br />
de manutenção de conta, provavelmente<br />
paga ao banco cerca de 80 euros<br />
por ano só para ter a conta aberta.<br />
Para atingir este valor em juros e não ter<br />
prejuízo, teria de ter na conta a prazo no<br />
mínimo 20 mil euros (a 0,6%). E não estamos<br />
a contar com a inflação.<br />
QUAIS SÃO ENTÃO<br />
AS ALTERNATIVAS?<br />
Há bancos mais pequenos e menos<br />
conhecidos e os bancos online (Activobank,<br />
Best, BIG, etc), que dão juros<br />
melhores. E depois tem os produtos<br />
de poupança do Estado. Nos Correios<br />
pode subscrever Certificados de Aforro,<br />
que rendem neste momento 0,87% brutos,<br />
e Certificados do Tesouro Poupança<br />
Mais, que prometem um juro médio a 5<br />
anos de 2,25% (a taxa é crescente). São<br />
garantidos pelo Estado.<br />
Obviamente, tem de ter em atenção os<br />
riscos, e o facto de ter limites à mobilização<br />
do dinheiro (Certificados de Aforro<br />
é 3 meses e Certificados do Tesouro<br />
Poupança Mais é 1 ano). Cada um tem<br />
de avaliar e escolher onde põe o dinheiro<br />
que tanto lhe custou a juntar.<br />
Só mais um alerta. A lei de proteção dos<br />
depósitos mudou agora, em <strong>2016</strong>. Para<br />
se sentir seguro, tenha a certeza de que<br />
são mesmo depósitos - e não outras<br />
coisas. Até 100 mil euros fica tudo na<br />
mesma. Mesmo assim, tem de perceber<br />
que, se um banco tiver problemas,<br />
pode demorar até 3 meses até conseguir<br />
voltar a mexer no seu dinheiro. Daí<br />
o conselho de “não ter os ovos todos no<br />
mesmo cesto”, mesmo que com juros<br />
diferentes.<br />
Lembre-se que regularmente (agora<br />
pode ser uma boa altura) deve contactar<br />
o seu banco ou bancos e fazer uma<br />
listagem de todas as suas poupanças<br />
com os respetivos juros atuais, e rever<br />
se deve mudar alguma ou algumas.<br />
Faça uma folha de Excel e atualize-a ao<br />
longo do tempo.<br />
Muitos portugueses fizeram um depósito<br />
a prazo há uns anos e esquecem-se<br />
que são renováveis. Alguns bancos renovam<br />
os depósitos, mas com as taxas<br />
de juros que definem ano a ano - e não<br />
com o valor inicial. Se não estiver atento,<br />
aquilo que já lhe deu lucro pode estar<br />
hoje a dar-lhe prejuízo. Faça as contas.<br />
D.R.
22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
Preciso<br />
Bar/Buffet<br />
do Centro Lusitano de Zurique<br />
Contacto: Tl. 077 403 72 55
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
Portugal vai introduzir carta de condução<br />
por pontos<br />
O Governo vai avançar com a introdução da carta de condução por pontos,<br />
sistema que substituirá o actual regime das multas e da cassação do<br />
título. Quase 12 mil condutores, segundo dados da Autoridade Nacional<br />
de Segurança Rodoviária (ANSR), estão em risco de ficar sem carta de<br />
condução, caso cometem mais uma contra-ordenação grave ou muito<br />
grave.<br />
João Almeida, secretário de Estado da Administração Interna, anunciou<br />
no Parlamento, que a proposta de lei para a criação da carta de condução<br />
por pontos deverá dar entrada na Assembleia da República até ao<br />
final de Março.<br />
Numa resposta enviada à agência Lusa, o Ministério da Administração<br />
Interna (MAI) não avança pormenores sobre o funcionamento da carta<br />
por pontos, referindo que reserva os detalhes para o momento de apresentação<br />
da proposta de lei.<br />
Adianta, no entanto, que a decisão de alterar o actual regime resulta de<br />
uma avaliação realizada no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança<br />
Rodoviária e de uma análise comparativa com outros países, certamente<br />
comparando com o sistema que vigora actualmente no Reino Unido.<br />
Os 11.828 condutores em risco de ficar sem carta de condução já foram<br />
notificados pela ANSR, que os alertou para a cassação do título, caso<br />
cometam mais uma infracção grave ou muito grave, alertando para a<br />
prática de uma condução segura.<br />
O atual Código da Estrada prevê a cassação da carta de condução aos<br />
condutores que, no espaço de cinco anos, cometam três infracções muito<br />
graves ou cinco infracções entre graves e muito graves.<br />
Os condutores com o título de condução apreendido vão ficar sem conduzir<br />
durante dois anos e, para voltar a obter a carta, vão ter de realizar<br />
um novo exame de condução e fazer acções de formação, no Instituto da<br />
Mobilidade e dos Transportes (IMT).<br />
Entre as infracções graves e muito graves mais praticadas pelos condutores<br />
estão o excesso de velocidade, a utilização do telemóvel, condução<br />
com taxa de álcool superior ao permitido por lei, passagem do traço contínuo<br />
e desrespeito ao sinal vermelho.<br />
23<br />
Femmstisch<br />
Dia 05.03.<strong>2016</strong><br />
das 15:30 às 17:30<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Números de participantes é limitado, envie<br />
um sms para 079 647 01 46 para marcar.
24 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Ainda as presidenciais de <strong>2016</strong><br />
Carlos Ademar (*)<br />
mcademar@gmail.com<br />
Com a excepção das primeiras<br />
eleições presidenciais<br />
após o 25 de Abril, as de 1976,<br />
em que o general Eanes mereceu<br />
desde logo o apoio do<br />
PS, PSD e CDS, garantindo-<br />
-lhe a vitória, nenhum outro<br />
candidato teve razão para<br />
estar tão certo de vencer a<br />
corrida ao primeiro mandato<br />
como Marcelo Rebelo de Sousa.<br />
Como se sabe, as eleições<br />
presidenciais para o segundo<br />
mandato não têm história. O<br />
presidente que se recandidata<br />
tem ganho sempre com<br />
uma margem segura.<br />
Em 1986, deu-se a disputa<br />
mais renhida de sempre,<br />
já que ficou para a história<br />
como a única eleição em que<br />
foi necessário recorrer a uma<br />
segunda volta com os dois<br />
candidatos mais voltados na<br />
primeira, no caso, Freitas do<br />
Amaral e Mário Soares, acabando<br />
este por vencer por<br />
muito pouco. Dez anos depois,<br />
defrontaram-se Cavaco<br />
Silva e Jorge Sampaio. O ex-<br />
-primeiro-ministro vinha de<br />
três governos, sendo que nos<br />
últimos dois contou com a<br />
maioria absoluta, as primeiras<br />
conseguidas apenas por<br />
um partido, o PSD. Jorge Sampaio<br />
fora secretário de Estado<br />
nos governos provisórios,<br />
secretário-geral do PS, substituído<br />
entretanto por António<br />
Guterres, e à data era presidente<br />
da Câmara Municipal<br />
de Lisboa. Apesar de todas<br />
as sondagens atribuírem a<br />
vitória folgada a Sampaio, os<br />
resultados finais mostraram<br />
um certo equilíbrio, inexistente<br />
nos estudos de opinião,<br />
com vantagem para Sampaio<br />
que não chegou aos 54%. Depois<br />
de 1986, as eleições mais<br />
renhidas ocorreram em 2006,<br />
em que surgiu apenas um<br />
candidato da direita, Cavaco<br />
Silva, que se recandidatava,<br />
e vários da área da esquerda,<br />
entre eles Mário Soares,<br />
que revolveu reentrar nestas<br />
lides, contando com o apoio<br />
do PS, e Manuel Alegre, que<br />
concorreu como independente,<br />
acabando por conseguir<br />
posicionar-se à frente do ex-<br />
-presidente da República e<br />
seu camarada de partido. A<br />
cadeira presidencial foi, contudo,<br />
conquistada por Cavaco<br />
Silva por escassas décimas<br />
acima dos 50%.<br />
Nestas últimas eleições presidenciais,<br />
as de 24 de Janeiro,<br />
face às expectativas<br />
que as sondagens criaram e<br />
principalmente desde que se<br />
soube que Rui Rio não avançava,<br />
adivinhava-se a vitória<br />
de Marcelo Rebelo de Sousa.<br />
Os primeiros estudos colocavam-no<br />
acima dos 60%.<br />
Nunca um candidato da direita<br />
havia atingido números<br />
semelhantes. À esquerda, António<br />
Guterres seria a única<br />
personalidade que lhe poderia<br />
fazer frente, mas não quis<br />
avançar; tinha e tem outros<br />
objectivos: chegar a secretário-geral<br />
da ONU, que seria,<br />
diga-se, uma honra para o<br />
nosso país se o conseguir.<br />
Mas na verdade, este antigo<br />
primeiro-ministro, que deixou<br />
uma imagem de humanismo<br />
e honradez, disse não<br />
às presidenciais e assim, procuraram-se<br />
alternativas para<br />
preencher o lugar. Elas foram<br />
surgindo, ainda que não conseguissem<br />
obter o consenso<br />
que Guterres obteria facilmente.<br />
Todos os partidos de<br />
esquerda com representação<br />
parlamentar apresentaram<br />
candidatos, sendo que o PS,<br />
não apoiando em concreto<br />
um candidato, tinha vários<br />
militantes na corrida e mais<br />
um que não sendo militante,<br />
era o favorito da actual direcção,<br />
Sampaio da Nóvoa.<br />
Já esta candidatura estava<br />
lançada, mais, já António Costa<br />
anunciara publicamente<br />
que via com bons olhos a candidatura<br />
de Sampaio da Nóvoa,<br />
quando Maria de Belém<br />
emergiu como candidata, dividindo<br />
o PS em costistas, que<br />
estavam basicamente com<br />
Nóvoa, e os seguristas, que estavam<br />
com Belém. Logo, esta<br />
proliferação de candidaturas<br />
à esquerda e principalmente
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
25<br />
Foto: José Sena Goulão/Lusa<br />
a divisão do PS, não augurava<br />
nada de bom, porque dava<br />
ainda mais força a Marcelo<br />
Rebelo de Sousa. Acresce que<br />
este não precisava de propaganda.<br />
Como ele próprio<br />
costumava dizer nestas situações<br />
quando era comentador,<br />
bastava fazer-se de morto e<br />
ganharia facilmente as eleições.<br />
Na verdade, como é<br />
sabido, Marcelo Rebelo de<br />
Sousa saltitou de canal televisivo<br />
durante os muitos<br />
últimos anos, fazendo uma<br />
espécie de resumo semanal<br />
dos factos políticos, opinando<br />
também sobre os seus<br />
protagonistas e sempre em<br />
horário nobre. Se juntarmos<br />
a esta enorme promoção, as<br />
características pessoais que<br />
perpassam: aparência afável,<br />
simpático, que perfilha<br />
valores humanistas, gerou o<br />
que podemos considerar o<br />
candidato perfeito, praticamente<br />
imbatível num contexto<br />
como o que enfrentou. Ao<br />
longo dos anos foi granjeando<br />
uma turba de admiradores<br />
por todo o país que atravessa<br />
o espectro partidário. Seria<br />
esta uma eleição sem história,<br />
porque tudo parecia resolvido.<br />
Esta conclusão pode<br />
explicar a forma como estruturou<br />
a sua campanha, muito<br />
suave, algo ambígua, quase<br />
displicente, sem cartazes<br />
(para quê?), procurando não<br />
tomar a iniciativa de atacar os<br />
outros candidatos, tentando<br />
assim minimizar os eventuais<br />
estragos à sua imagem. Esta<br />
vitória à partida garantida e a<br />
consequente campanha pouco<br />
menos que morna, pode<br />
igualmente explicar a enorme<br />
abstenção que se verificou,<br />
superior a 51%.<br />
No entanto, do outro lado estava<br />
Sampaio da Nóvoa, praticamente<br />
um desconhecido<br />
na sociedade portuguesa,<br />
não obstante o rico currículo<br />
académico e respeitado antigo<br />
reitor da Universidade de<br />
Lisboa. Tinha a seu favor o<br />
facto de estar afastado dos<br />
partidos, sem, contudo, estar<br />
afastado da intervenção cívica,<br />
a que nunca renunciou.<br />
Com um discurso coerente,<br />
em defesa da ética na política<br />
e de políticas sociais, falando<br />
serenamente de «um tempo<br />
novo», desejando afastar-se<br />
dos tempos negros que foram<br />
vividos pelos portugueses<br />
nos últimos quatro anos,<br />
levou muitos portugueses a<br />
acreditarem nele, vendo-o<br />
capaz de representar Portugal<br />
condignamente como<br />
o mais alto magistrado da<br />
nação. A verdade é que foi<br />
subindo nas sondagens à<br />
medida que Maria de Belém<br />
e Marcelo iam descendo,<br />
ainda que este mantivesse<br />
em praticamente todos os<br />
estudos de opinião a vitória<br />
à primeira volta. Depois chegaram<br />
os debates televisivos<br />
e Sampaio da Nóvoa venceu<br />
claramente os seus contentores,<br />
com particular relevância<br />
para o que teve com Marcelo<br />
Rebelo de Sousa e Maria de<br />
Belém. Àquele, demonstrou<br />
a quem os ouviu, que Marcelo<br />
vivia muito da imagem<br />
que criara e que analisando<br />
o seu pensamento sobre problemas<br />
concretos, ficavam<br />
escancaradas as fragilidades<br />
que só a falta de coerência<br />
podem gerar. Isso não passou<br />
despercebido a muitos, tanto<br />
que esse debate marcou uma<br />
viragem na campanha, com<br />
Sampaio da Nóvoa a afastar-<br />
-se claramente de Maria de<br />
Belém. Aliás, a campanha<br />
desta antiga ministra ia perdendo<br />
fulgor a cada dia, até<br />
que se descobriu o seu nome<br />
no requerimento dirigido por<br />
vários deputados ao Tribunal<br />
Constitucional sobre as<br />
subvenções vitalícias para os<br />
políticos. Não se trata de direito,<br />
mas de moral, dizemos<br />
nós. Pensamos também que<br />
este facto assinalou a morte<br />
política da candidata, que se<br />
arrastou penosamente o resto<br />
da campanha, para terminar<br />
com pouco mais de uns<br />
tristes 4%, quedando-se atrás<br />
de Marisa Matias e perto do<br />
candidato do PCP, Edgar Silva<br />
e de Tino de Rans. No fim, o<br />
candidato que sempre pôde<br />
contar com o carinho especial<br />
de todos os órgãos da comunicação<br />
social, ganhou com<br />
52%, seguido de longe por<br />
Sampaio da Nóvoa, que ainda<br />
assim, partindo do zero, quase<br />
tocou os 23%, e Marisa Matias<br />
que passou os 10%.<br />
Pelo que fica escrito, facilmente<br />
se pode concluir que a<br />
grande vitória nestas eleições<br />
foi da comunicação social,<br />
principalmente da televisão.<br />
Nunca se viu uma vitória tão<br />
retumbante da televisão em<br />
eleições deste tipo, não só<br />
porque aliena quem a vê, já<br />
se sabia, mas ao impingir um<br />
candidato, no qual votaram<br />
os espírito santo, os rendeiros,<br />
os oliveira e costa desta<br />
vida, e uma parte significativa<br />
do povo do salário mínimo e<br />
desempregado, que tão esmifrado<br />
tem sido por aqueles.<br />
No fundo, a televisão<br />
conseguiu reunir em torno de<br />
um candidato a um alto cargo<br />
político, os exploradores<br />
e os explorados. É um novo<br />
paradigma que se abre na<br />
política portuguesa, fruto da<br />
conjuntura ou não, veremos<br />
no futuro.<br />
(*) Ex-investigador criminal da Polícia<br />
Judiciária. É licenciado em História,<br />
escritor e actualmente é professor no<br />
Instituto Superior da Polícia Judiciária<br />
e Ciências Criminais.
26 Lusitano de Zurique Cidadania<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Com apoio de:<br />
Sprachförderkredit der Stadt Zürich<br />
Staatsekretariat für Migration<br />
Integrationsförderung des Kantons Zürich<br />
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Informação e inscrição Local do curso<br />
Prof. Ronaldo Wyler 076 332 08 34 Centro Lusitano de Zurique<br />
Zuila Messmer 079 560 85 09 Birmensdorferstrasse 48 *<br />
8004 Zürich<br />
*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon
Actualidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Lusitano de Zurique<br />
Vírus zika em Portugal e na Suíça<br />
27<br />
O vírus zika é transmitido aos seres humanos por picada de mosquitos infectados<br />
e não se transmite de pessoa para pessoa. Portugal registou cinco casos de vírus<br />
Zika, todos importados do Brasil. A Suíça dois.<br />
Manuel Araújo (*)<br />
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo<br />
Jorge (INSA), que faz o diagnóstico de doença por vírus zika,<br />
os cinco casos detectados em Portugal referem-se a cidadãos<br />
que contraíram a infecção quando estavam no Brasil,<br />
tratando-se, portanto, de casos importados. Por outro lado,<br />
segundo a Swissinfo, também a Secretaria Federal de Saúde<br />
da Suíça, refere que os dois casos de vírus Zika foram detectados<br />
em viajantes que regressaram de países tropicais. A<br />
Secretaria Federal de Saúde da Suíça está a “acompanhar de<br />
perto a situação do foco da doença, mas até agora o governo<br />
não desaconselha formalmente a viagem aos países mais<br />
afectados pelo vírus”, aconselhando no entanto os viajantes a<br />
protegerem-se adequadamente em viagens a alguns dos países<br />
de risco mais elevado.<br />
Em Portugal a Direcção Geral da Saúde (DGS), informou há<br />
dias que ”os sintomas e sinais clínicos da doença são, em<br />
regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações,<br />
conjuntivite, dores de cabeça e musculares”.<br />
“Com menor frequência, pode ainda ocorrer dores nos olhos<br />
e sintomas gastrointestinais. Há suspeitas (ainda não inteiramente<br />
comprovadas) de que a doença possa provocar alterações<br />
fetais durante a gravidez, em particular microcefalia”,<br />
acrescenta a DGS.<br />
Foram notificados casos de doença por vírus zika em vários<br />
países: Brasil, Cabo Verde, Colômbia, El Salvador, Fiji, Guatemala,<br />
México, Nova Caledónia, Panamá, Paraguai, Porto Rico,<br />
Samoa, Ilhas Salomão, Suriname, Vanuatu, Venezuela, Martinica,<br />
Guiana Francesa, Honduras e Suíça.<br />
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o vírus<br />
Zika vai continuar a espalhar-se e pede que Europa se prepare<br />
para lidar com ele nos próximos meses.<br />
(*) com agências<br />
O que é Vírus Zika?<br />
Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida<br />
pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da<br />
dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve a sua primeira<br />
aparição registada em 1947, quando foi encontrado<br />
em macacos da Floresta Zika, no Uganda. Entretanto, somente<br />
em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados<br />
na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a<br />
França já no ano de 2013.<br />
O vírus ZIKV não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio<br />
dá-se pelo mosquito que, após picar alguém contaminado,<br />
pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo<br />
a doença para uma população que não possui anticorpos<br />
contra ele.<br />
O ciclo de transmissão ocorre quando a fêmea do mosquito<br />
deposita os ovos em recipientes com água. Ao saírem dos<br />
ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após<br />
este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos<br />
para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade<br />
prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma<br />
vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias<br />
para o Zika vírus causar sintomas.<br />
Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas<br />
da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do<br />
mosquito. Os sintomas de Zika Vírus são:<br />
• Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus)<br />
• Dor nas articulações (-), mais frequentemente nas articulações<br />
das mãos e pés, com possível inchaço<br />
• Dor muscular (mialgia)<br />
• Dor de cabeça e atrás dos olhos<br />
• Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de<br />
coceira. Podem afectar o rosto, o tronco e alcançar membros<br />
periféricos, como mãos e pés.<br />
Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem:<br />
• Dor abdominal<br />
• Diarreia<br />
• Constipação<br />
• Fotofobia e conjuntivite<br />
• Pequenas úlceras na mucosa oral.<br />
Se você suspeita de Zika vírus, vá directo ao hospital ou clínica<br />
de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por<br />
meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue).
28 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Como pedir a<br />
restituição da<br />
caução dos<br />
contratos da<br />
água, luz e gás<br />
Conheça os procedimentos<br />
para pedir a restituição das<br />
cauções dos contratos de<br />
água, luz e gás anteriores a<br />
1999.<br />
Se tem um contrato de electricidade,<br />
água ou gás anterior a<br />
1999, pode exigir a devolução<br />
da caução até ao dia 31 de Julho<br />
de <strong>2016</strong>. Inicialmente, o prazo<br />
para pedir a devolução das cauções<br />
era até 31 de Dezembro de<br />
2015, mas o Governo estendeu<br />
esta possibilidade até 31 de<br />
Julho, para garantir que estas<br />
obrigações são cumpridas.<br />
De acordo com dados avançados<br />
pelo Portal do Consumidor,<br />
até agora já foram respondidos<br />
27.637 pedidos de restituição<br />
de cauções, 5.410 consumidores<br />
foram reembolsados, o que<br />
perfaz 118.398 euros em cauções<br />
restituídas. No entanto,<br />
segundo a Deco (Associação<br />
Portuguesa para a Defesa do<br />
Consumidor) ainda há 18 milhões<br />
de euros de cauções por<br />
devolver. Se é o seu caso, saiba<br />
como fazê-lo.<br />
Com 46 anos, Paulo Teixeira<br />
Pinto reformou-se após ser<br />
considerado “inapto” por<br />
uma Junta Médica da Segurança<br />
Social, saindo do BCP<br />
com uma indemnização de<br />
10 milhões de euros e com<br />
o compromisso de receber,<br />
até final de vida, uma pensão<br />
anual equivalente a 500<br />
mil euros.<br />
Actualmente é dono do grupo<br />
editorial Babel.<br />
- É ainda presidente da Direcção<br />
da Associação Portuguesa<br />
de Editores e Livreiros,<br />
- Presidente do Conselho<br />
Fiscal do Novafórum e da<br />
Sociedade Central de Cervejas<br />
e Bebidas,<br />
- Vice-presidente da Assembleia-Geral<br />
do TagusPark,<br />
- Membro do Conselho Geral<br />
do GRUPO LENA,<br />
- Consultor jurídico na Abreu<br />
Advogados,<br />
- Membro do Conselho de<br />
Orientação Estratégica da<br />
Universidade Católica Portuguesa<br />
e dos Conselhos<br />
Consultivos da Universidade<br />
de Lisboa e do Plano Tecnológico.<br />
- Foi membro do Governo de<br />
Cavaco Silva e do Opus Dei.<br />
E FOI CONSIDERADO INAPTO!<br />
OLHA SE NÃO FOSSE…!?<br />
Através de Carlos Esperança<br />
Apenas os consumidores que<br />
tinham contratos de electricidade,<br />
gás canalizado e água<br />
celebrados até 1999, e cuja caução<br />
não tenha sido já restituída<br />
pelas prestadoras de serviços<br />
através de débito directo ou de<br />
acerto na factura, é que podem<br />
pedir este reembolso.<br />
Aceda aos endereços seguintes<br />
e confirme se o seu nome ou de<br />
algum familiar consta nas listas<br />
de electricidade, água ou gás:<br />
http://goo.gl/ZfXnte<br />
http://goo.gl/XjhC3I<br />
CRÉDITOS JFA<br />
Provavelmente o mais rápido da suíça<br />
Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />
0900 25 04 74 (86Rp./min)<br />
Badenerstrasse 406<br />
8004 Zürich<br />
É necessário perceber e a JFA percebe<br />
O contacto directo é muito importante.<br />
071 222 44 72<br />
Kornhausstrasse 3<br />
9000 St. Gallen<br />
061 363 06 85<br />
Dornacherstrasse 119<br />
4053 Basel
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
29<br />
Marcelo Rebelo de Sousa<br />
é o novo<br />
Presidente da República<br />
Toma posse a 9 de Março<br />
Resultados globais<br />
Resultados da Suíça
30 Lusitano de Zurique Culinária<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Bacalhau com migas de broa à<br />
moda de Amares<br />
Chefe Manuel Pereira (*)<br />
INGREDIENTES:<br />
Broa de Milho Amarelo<br />
(preferencial)<br />
500g de Feijão-verde<br />
200g de Pimentos Verdes<br />
200g de Pimentos Vermelhos<br />
PREPARAÇÃO:<br />
1—Cebolada para o Bacalhau;<br />
Refogar / loirar as cebolas, às rodelas,<br />
com os alhos em 0,5L de<br />
azeite. Quando o azeite estiver a<br />
ferver, temperar com louro e com<br />
pimenta branca. No final, juntar<br />
um o ramo de salsa e deixar ferver<br />
uns 5 minutos e reservar;<br />
2— Fritar o Bacalhau: Num tacho<br />
de fritar bem fundo, loirar o<br />
Bacalhau em 0.5L de azeite, sem<br />
deixar passar muito durante 8<br />
minutos.<br />
3— Preparar as Migas; Cozer levemente<br />
o feijão-verde em água<br />
e sal de modo a ficar com alguma<br />
dureza. Resfriar o feijão-verde<br />
em água fria e reservar. Cortar<br />
o feijão-verde cozido em cubos;<br />
Desfazer o miolo da broa;<br />
Numa sertã refogar 2 alhos com<br />
azeite sem deixar queimar. Juntar<br />
parte da cebolada e a broa desfeita.<br />
Mexer bem até a broa ficar<br />
desfeita e mole. Juntar os cubos<br />
de feijão-verde e os cubos dos pimentos<br />
verdes e vermelhos. Deixar<br />
cozinhar durante 15 minutos<br />
mexendo muito bem para não<br />
queimar a broa.<br />
4— Numa terrina de ir ao forno;<br />
Colocar o Bacalhau frito, deitar<br />
por cima deste a cebolada bem<br />
quente e por último as migas; Vai ao forno a aloirar<br />
e serve-se de seguida.<br />
Acompanhar com um bom Vinho Verde branco da<br />
Região<br />
(*) — “Restaurante Churrasqueira” das Termas de Caldelas - Amares
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Plantas medicinais<br />
Lusitano de Zurique<br />
31<br />
Dez benefícios da acelga (beta<br />
vulgaris)<br />
A acelga, de nome científico beta vulgaris, é uma planta caracterizada como hortaliça,<br />
bastante semelhante a alface. Pertencente à família das chenopodiaceae, a<br />
planta também é conhecida como beterraba branca, beterraba prata, acelga suíça<br />
e couve do mar, e possui duas variedades, a branca e a verde escura.<br />
Efeitos benéficos da acelga<br />
1 – Actuação como antioxidante<br />
Com acção antioxidante, a acelga tem um ponto que poucos<br />
sabem: ela é um dos alimentos mais ricos em antioxidantes<br />
do mundo todo. São diversos antioxidantes em sua composição<br />
que ajudam a ser um excelente medicamento natural<br />
contra o envelhecimento precoce, além de proteger as células<br />
contra os danos causados pelos radicais livres. Um dos danos<br />
envolve a iniciação do desenvolvimento de tumores, inclusive.<br />
2 – Promove a saúde óssea<br />
Assim como outros vegetais de folhagem verde, a acelga são<br />
rica em cálcio, ajudando a fortalecer os ossos e os dentes. Em<br />
uma xícara de acelga, temos em torno de 101 mg de cálcio.<br />
Outras substâncias importantes para os ossos fortes são a<br />
vitamina K e o magnésio, também presentes na planta.<br />
3 – Regulação do açúcar no sangue<br />
Por conter ácido siríngico e fibras, a acelga ajuda a regular os<br />
níveis de açúcares no sangue, sendo excelente para quem<br />
está com risco de diabetes ou já foi diagnosticado com diabetes.<br />
4 – Promove a saúde cerebral<br />
A vitamina K presente na acelga, além de ajudar a fortalecer<br />
os ossos, é crucial para o bom funcionamento cerebral, além<br />
do sistema nervoso. Isso porque é usado na formação da bainha<br />
de mielina, que é a camada protectora que existe em torno<br />
dos nervos. Ajuda a prevenir danos neurais, o que faz com<br />
que seja excelente para prevenção e tratamento da doença<br />
de Alzheimer.<br />
5 – Promove a saúde do sangue<br />
Por ser rica em ferro, a acelga ajuda ainda na manutenção<br />
da saúde do sistema circulatório, além de prevenir a anemia.<br />
Novamente a vitamina K aparece com mais alguns benefícios:<br />
ela promove a coagulação sanguínea saudável, evitando ainda<br />
hemorragias e contusões excessivas.<br />
6 – Promove a saúde dos cabelos<br />
A hortaliça é rica em biotina, que é uma vitamina bastante<br />
importante para os cabelos, por promover não só o fortalecimento,<br />
mas também o crescimento saudável. Conforme<br />
pesquisas, 30 mcg(*) de biotina ao dia é uma quantidade benéfica<br />
para os cabelos, e uma xícara de acelga conta com 10,5<br />
mcg(*). Além disso, a acelga é rica em vitaminas C e A, que<br />
ajudam na produção do sebo protector dos folículos pilosos.<br />
7 – Protege o organismo dos fumantes<br />
Não importa se são fumantes passivos ou activos. A quantidade<br />
de vitamina A presente na acelga, associada aos outros<br />
nutrientes do alimento, ajudam a neutralizar os efeitos do<br />
benzopireno, que é um dos compostos liberados na fumaça<br />
do cigarro e que é tido como um cancerígeno potencial. Além<br />
disso, previne inflamações pulmonares, como é o caso, por<br />
exemplo, do desenvolvimento de enfisema.<br />
8 – Previne o cancro<br />
Por ser um dos súperes alimentos conhecidos por seus benefícios<br />
no combate ao câncer, a acelga deve também ser inserida<br />
na alimentação. Segundo alguns estudos, vegetais de<br />
folhas verdes são benéficos contra o câncer de cólon.<br />
9 – Ajuda no emagrecimento<br />
Por conter poucas calorias e ser rico em fibras, o alimento<br />
ajuda a aumentar e prolongar a saciedade, evitando novas<br />
ingestão de alimentos, além de melhorar o funcionamento<br />
intestinal evitando inchaços.<br />
10 – Previne doenças cardíacas<br />
A planta, quando consumida regularmente, está associada à<br />
prevenção de doenças cardíacas e doenças degenerativas.<br />
(*) (microgramas)
32 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Joana Araújo (*)<br />
Facebook vai ser proibido<br />
a menores de 16 anos<br />
A Comissão Europeia quer que informações<br />
pessoais de menores na rede social só<br />
estejam disponíveis com autorização dos<br />
pais. Até aqui, as crianças até aos 13 anos<br />
estavam proibidas de abrir uma conta pessoal<br />
no Facebook - ou pelo menos de fazê-lo sem<br />
mentir em relação à idade. Agora, a Comissão<br />
Europeia prepara um pacote de medidas de<br />
proteção de dados pessoais que vai alargar<br />
essa proibição até aos 16 anos. Uma medida<br />
que deverá entrar em vigor ainda este ano.<br />
Assim, os adolescentes vão precisar da<br />
autorização dos pais ou encarregados de<br />
educação para abrir um perfil no Facebook,<br />
Instagram ou Snapchat. Com a nova<br />
legislação será ainda ilegal as redes sociais<br />
manterem informações pessoais de crianças<br />
menores de 16 anos sem o consentimento<br />
explícito dos seus pais.<br />
Saiba como desbloquear sites<br />
O bloqueio dos sites tem vindo a aumentar em Portugal (mesmo<br />
à margem da Lei) e um pouco pelo Mundo, mas esse bloqueio é<br />
fácil de ultrapassar. Para contornar a situação use por exemplo os<br />
servidores de DNS da OpenDNS.(1) Ou então, se utilizar o Chrome,<br />
instale a extensão Ahoy!(2).<br />
(1) https://use.opendns.com<br />
(2) http://segue.se/nOQ<br />
Crime de roubo de identidade<br />
Comissão de Protecção de Dados elege <strong>2016</strong> como o ano de<br />
combate à usurpação de identidade. A usurpação da identidade<br />
é uma prática criminosa cada vez mais comum, diz a Comissão<br />
Nacional de Protecção de Dados (CNPD), que elegeu <strong>2016</strong> o ano de<br />
combate ao roubo de identidade. Um dos casos mais frequentes é<br />
a cópia do cartão do cidadão, exigida em vários tipos de contratos<br />
e que não é legal.<br />
Segundo a Lei do cartão do cidadão, é “interdita a reprodução<br />
do cartão de cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio sem<br />
consentimento do titular, salvo nos casos expressamente previstos<br />
na lei ou mediante decisão de autoridade judiciária”. E “para<br />
comprovar a identidade de uma pessoa não é permitida “a retenção<br />
ou conservação do cartão do cidadão”.<br />
Avisa a CNPD que tem havido “um claro abuso na exigência de<br />
fotocópias ou de digitalização de documentos de identidade, assim<br />
como na divulgação de números de identificação em redes abertas,<br />
o qual exige uma intervenção urgente para proteger os cidadãos”.<br />
O NIB desapareceu nas<br />
transferências bancárias<br />
Agora é o IBAN<br />
O Número de Identificação Bancário NIB, foi<br />
substituído no início deste mês pelo IBAN, um<br />
identificador internacional de conta, em todas<br />
as transferências bancárias efectuadas. A lei<br />
impede os bancos de cobrarem encargos pela<br />
conversão. Esta regra, que já se aplicava às<br />
transferências entre contas de países diferentes,<br />
passou também a valer para as operações<br />
nacionais.<br />
(*) c/ agências
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Horóscopo<br />
Lusitano de Zurique<br />
33<br />
Oitavas do Zodíaco<br />
Gémeos pode ser compreendido<br />
como oitavo superior de Escorpião<br />
por ser o signo que comunica, pensa e<br />
estuda tudo, inclusive os sentimentos<br />
mais profundos, permitindo um<br />
entendimento intelectual do psiquismo<br />
pessoal, cultural e humano. O que é<br />
dito, ou de alguma forma transmitido,<br />
pode revelar a si e aos outros processos<br />
íntimos, abrindo a possibilidade de<br />
transformações graças à luz da razão<br />
chegando a elementos até então<br />
inconscientes.<br />
Capricórnio pode ser<br />
compreendido como oitavo superior de<br />
Gémeos por ser o signo que formata<br />
os pensamentos e conhecimentos<br />
em prol do status, da realização<br />
profissional e reconhecimento social.<br />
Esta demanda provoca uma busca de<br />
fundamentação nas informações que<br />
já adquiridas, como também, passa<br />
a influenciar aquelas que desejamos<br />
obter.<br />
Leão pode ser compreendido como<br />
oitavo superior de Capricórnio por<br />
ser o signo que possui auto-estima e<br />
forte sendo de dignidade, o que facilita<br />
a exposição profissional, mesmo<br />
quanto nem tudo está amadurecido,<br />
formatado e perfeito. A consciência<br />
de si mesmo enquanto ser criativo e<br />
único agiliza uma actuação realizadora<br />
na vida, pois, independentemente do<br />
feito, o indivíduo já possui seu valor e é<br />
merecedor de respeito.<br />
Peixes pode ser compreendido como<br />
oitavo superior de Leão por ser o signo<br />
que acesso dimensões energicamente<br />
subtis, superiores e divinas, dando<br />
ao ser humano a consciência de que<br />
faz parte do Todo ou de um destino,<br />
que o absorve e o envolve numa forte<br />
rede de acontecimentos e situações.<br />
A percepção da existência do Criador<br />
lembra ao homem que ele é antes de<br />
tudo criatura, mesmo sendo também<br />
criador.<br />
Balança pode ser compreendida<br />
como oitavo superior de Peixes por ser<br />
o signo que representa a harmonia e<br />
a cooperação entre os homens, dando<br />
ao ser humano a necessidade da<br />
companhia, de ser amado pessoalmente<br />
e de amar. A relação afectiva é o<br />
exercício diário do amor espiritual, ou<br />
seja, é transportar este amor para a<br />
dimensão terrena por entender que o<br />
outro é a personificação do Todo, ou de<br />
uma parte Dele.<br />
Touro pode ser compreendido como<br />
oitavo superior de Balança por ser o<br />
signo que prioriza a preservação da vida<br />
e dos valores, sinalizando a relevância<br />
do bem-estar e das necessidades bem<br />
atendidas. Bons frutos irão resultar de<br />
uma parceria que dá lugar aos talentos<br />
individuais e que respeita a bagagem<br />
de cada um. As relações podem ser<br />
avaliadas por meio do fortalecimento<br />
de cada um, no que diz respeito ao seu<br />
próprio mérito, estima e importância.<br />
Sagitário pode ser compreendido<br />
como oitavo superior de Touro por ser<br />
o signo que busca o aprimoramento e<br />
a sabedoria. O valor da vida humana,<br />
inclusive o nosso próprio, é elevado<br />
quando passamos a seguir ideologias<br />
e códigos que sintetizam o que é ético<br />
e moralmente correcto e, também,<br />
quando procuramos por caminhos<br />
direccionados para o bem e para a<br />
Verdade.<br />
Caranguejo pode ser<br />
compreendido como oitavo superior de<br />
Sagitário por ser o signo que cuida para<br />
que tudo tenha significado e sentindo<br />
pessoal. As metas filosóficas, os códigos<br />
de conduta, e o caminho do bem deixam<br />
de ser só belas palavras e passam a ser<br />
as nossas profundas verdades quando<br />
eles fazem eco e ressoam dentro de<br />
nós, dando-nos a certeza que elas estão<br />
nos levando para o lar, para algo que<br />
nos conforta e aconchega.<br />
Aquário pode ser compreendido<br />
como oitavo superior de Caranguejo<br />
por ser o signo que se abre para os<br />
homens enquanto grupo, pensando<br />
no futuro, buscando o que melhor<br />
lhe atende e escutando a todos.<br />
A ideia de família alcança uma<br />
abrangência surpreendente quando as<br />
discriminações dentro dela deixam de<br />
ocorrer em prol do bem-estar de todos,<br />
como também ao considerar que de<br />
fato todos que povoam o planeta são<br />
membros de uma mesma família.<br />
Virgem pode ser compreendida<br />
como oitavo superior de Aquário<br />
por ser o signo que coloca a mão na<br />
massa, solucionado os problemas,<br />
fazendo com que tudo funcione, ou<br />
seja, viabilizando a vida. As invenções,<br />
os pensamentos de vanguarda e<br />
revolucionários só promovem o<br />
progresso e o avanço em termos<br />
tecnológicos e humanitários quando<br />
de fato são aplicáveis e colocados em<br />
prática, o que exige trabalho minucioso,<br />
muitos experimentos e reavaliações.<br />
Carneiro pode ser compreendido<br />
como oitavo superior de Virgem por<br />
ser o signo que parte para a acção com<br />
coragem, fazendo tudo com rapidez,<br />
sempre disposto a conquistar seus<br />
objectivos e a enfrentar os obstáculos.<br />
O processo de analisar, separar, fazer e<br />
refazer, consertar ou restaurar deixa de<br />
ser enfadonho quando existe o direito<br />
de escolher uma forma própria para<br />
actuar, respeitando a si próprio e a<br />
identidade de cada um.<br />
Escorpião pode ser compreendido<br />
como oitavo superior de Carneiro por<br />
ser o signo que penetra no inconsciente<br />
podendo acessar os propósitos<br />
secretos de cada um dos nossos<br />
impulsos e desejos. Quando nenhuma<br />
acção passa despercebida, ou seja,<br />
todas são entendidas como fontes para<br />
o autoconhecimento, o resultado disto<br />
é observar a si mesmo, suas escolhas e<br />
seus objectivos, o que é suficiente para<br />
garantir um constante investimento<br />
pessoal em prol de ser você mesmo,<br />
mas sempre melhor.<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Velocidade<br />
Um tipo comprou um Mercedes e<br />
estava a dar uma volta numa estrada<br />
municipal à noite.<br />
A capota estava recolhida, a brisa<br />
soprava levemente pelo seu cabelo e<br />
ele decidiu puxar um bocado pelo carro.<br />
Assim que a agulha chegou aos 130 km,<br />
ele de repente reparou nas luzes azuis<br />
por trás dele.<br />
“De maneira alguma conseguem<br />
acompanhar um Mercedes” pensou ele<br />
para consigo mesmo, e acelerou ainda<br />
mais.<br />
A agulha bateu os 150, 170, 180 e,<br />
finalmente, os 200 km/h, sempre com<br />
as luzes atrás dele.<br />
Entretanto teve um momento de<br />
lucidez e pensou:<br />
“Mas que raio é que eu estou a fazer ?!”<br />
e logo de seguida encostou.<br />
O polícia chegou ao pé dele, pegou<br />
na carta de condução sem dizer uma<br />
palavra e examinou o carro.<br />
– Eu tive um turno bastante longo e<br />
esta é a minha última paragem. Não<br />
estou com vontade de tratar de mais<br />
papeladas, por isso, se me der uma<br />
desculpa pela forma como conduziu<br />
que eu ainda não tenha ouvido, deixo-o<br />
ir!<br />
– Na semana passada a minha mulher<br />
fugiu de casa com um polícia – disse o<br />
homem – e eu estava com medo que a<br />
quisesse devolver!<br />
Diz o policia:– Tenha uma boa noite!<br />
Algures em Berlim<br />
Numa cervejaria 3 amigos 1<br />
alemão 1 americano e 1 português<br />
conversavam em frente a umas<br />
cervejas.<br />
Diz o americano, lá na América há<br />
uns tempos um tipo ia a atravessar<br />
uma passagem de nível do comboio<br />
e foi colhido pelo comboio que lhe<br />
cortou os dois braços, foi levado<br />
para um hospital onde lhe colocaram<br />
os braços de um tipo que estava a<br />
morrer! Sarou tão bem que hoje é o<br />
melhor pugilista do mundo.<br />
Diz logo o alemão, isso também era<br />
possível cá na Alemanha pois há<br />
tempos houve um tipo que passando<br />
numa passagem de nível foi colhido<br />
pelo comboio que lhe levou as pernas<br />
foi levado para o hospital onde lhe<br />
colocaram as pernas de um que<br />
estava a morrer e sarou tão bem que<br />
passado algum tempo era o melhor<br />
futebolista do mundo!<br />
E viram-se para o português então e<br />
lá em Portugal?<br />
O português lá é uma pasmaceira não<br />
se passa nada mas já que perguntam<br />
eu vou contar uma que se passou<br />
também numa passagem de nível.<br />
Ia um tipo a passar veio o comboio<br />
e levou-lhe a cabeça! Levado para o<br />
hospital como não havia ninguém a<br />
morrer puseram-lhe uma abóbora<br />
hoje é o Presidente da Republica.<br />
Lista de compras de<br />
um reformado inglês num<br />
supermercado algarvio.<br />
(Ler em Português para perceber...)<br />
O Mr. Smith, Inglês a viver em Portimão<br />
fazia um esforço tremendo para dizer<br />
umas coisas em Português.<br />
Antes de ir ao supermercado fez esta<br />
lista de compras para ser entendido:<br />
– Pay she<br />
– MacCaron<br />
– My on easy<br />
– All face<br />
– Car need boy (may you kill oh!)<br />
– Spar get<br />
-Her villas<br />
– Key jo (parm soon)<br />
– Cow view floor<br />
– Pee men too<br />
– Better hab<br />
– Lee moon<br />
– Bear in gel<br />
Ao chegar a casa, bateu com a mão na<br />
testa e disse:<br />
– Food ace! Is key see me do too mach!<br />
Put a keep are you!<br />
Duas amigas encontram-se<br />
depois de mortas<br />
Duas amigas encontram-se depois de mortas e uma<br />
pergunta a outra: – Como é que morreste?<br />
– Congelada!– Ai que horror! Como é que é morrer<br />
congelada??<br />
– No começo é muito mau. Primeiro são os arrepios,<br />
depois as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo<br />
congelado... Mas depois veio um sono muito forte e<br />
depois perdi a consciência... E tu, como morreste?<br />
– De ataque cardíaco. Estava desconfiada que o meu<br />
marido me traia. Um dia cheguei a casa mais cedo.<br />
Corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente<br />
vendo televisão. Desconfiada, corri até a cave, para<br />
ver se encontrava alguma mulher escondida, mas não<br />
encontrei ninguém. Corri até ao segundo andar, mas<br />
também não vi ninguém! Subi ao sótão e, ao subir as<br />
escadas, toda rebentada, tive um ataque cardíaco e caí<br />
morta...<br />
– Caramba, que pena.... Se tivesses procurado no<br />
frigorífico, nós as duas ainda estávamos vivas!!!<br />
A aposta do alentejano<br />
Como a viagem vai ser longa, você por acaso não quer fazer<br />
um jogo comigo? – Pode seri. – Respondeu o alentejano.<br />
– Então fazemos assim: como eu tenho mais cultura que o Sr.,<br />
você faz-me uma pergunta sobre um assunto qualquer e se eu<br />
não souber responder, dou-lhe 50 euros. A seguir faço-lhe eu<br />
uma pergunta e se não souber a resposta, dá-me só 5 euros.<br />
Concorda?<br />
– Vamos a isso. – respondeu o alentejano confiante.<br />
– Então eu faço-lhe a primeira pergunta. Diga-me o nome da<br />
pessoa que escreveu “Os Lusíadas”, aquele poeta só com um<br />
olho, que dignificou Portugal?<br />
O alentejano começa a pensar e passados alguns instantes diz:<br />
– Nã sei. Ê nã sei leri.<br />
– A resposta era Luis de Camões. Dê-me os 5 euros e faça-me<br />
uma pergunta qualquer.<br />
– Tomi. Bem, qual é o animali que se o encostar a um chaparro<br />
sobe-o com quatro patas e desce-o com cinco patas?<br />
– Olhe, essa nem eu sei. – respondeu o homem muito<br />
admirado. – Então passe para cá os 50 euros.– Tome. Mas<br />
agora diga-me, que animal é esse?<br />
– Tamém nã sei. Tome lá 5 euros.<br />
“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />
(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Júnior<br />
Lusitano de Zurique<br />
35<br />
Coordenação: Joana Araújo
36 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Ter mérito no trabalho conta<br />
muito pouco em Portugal<br />
Estudo conclui que desempenhar um trabalho de forma<br />
competente tem muito pouca relevância nas promoções e<br />
na progressão profissional. Na prática, o mérito parece ser<br />
irrelevante em muitas empresas e no Estado.<br />
Fisco vai<br />
controlar<br />
quanto<br />
dinheiro tem<br />
no banco<br />
Dados mais precisos<br />
facilitarão o controlo<br />
do património dos<br />
contribuintes e a detecção<br />
de rendimentos não<br />
declarados.<br />
Nuno Guedes<br />
Um estudo promovido pela Fundação Francisco<br />
Manuel dos Santos (FFMS) concluiu que a<br />
chamada meritocracia é um fator sem grande<br />
relevância na evolução profissional dos portugueses.<br />
Ou seja, o recrutamento e as promoções<br />
baseadas em critérios universais de<br />
qualificações e desempenho continuam a ser<br />
uma ‘miragem’.<br />
O estudo de mais de 350 páginas, a que a TSF<br />
teve acesso, foi feito por oito investigadores e<br />
tem por título “Valores, Qualidade Institucional<br />
e Desenvolvimento em Portugal”. Foi avaliado,<br />
a fundo, o funcionamento de seis entidades:<br />
Autoridade Tributária; EDP; ASAE; CTT;<br />
Bolsa de Valores; e Hospital de Santa Maria.<br />
Uma das coordenadoras do trabalho, Margarida<br />
Marques, sublinha que uma das conclusões<br />
a que chegaram é que as instituições<br />
portuguesas, em regra, “funcionam bem” e<br />
têm “qualidades muito evidentes” como a<br />
“abertura a novos procedimentos e novas tecnologias”.<br />
Margarida Marques sublinha, contudo, que a<br />
maior falha é mesmo a “quase irrelevância do<br />
mérito”, algo “estranho num país que pertence<br />
à União Europeia, moderno e virado para o<br />
futuro”. A este nível, a EDP, a Bolsa de Valores<br />
e a Autoridade Tributária até ficam bem na fotografia,<br />
mas a ASAE, os CTT e o Hospital de<br />
Santa Maria recebem nota negativa.<br />
A austeridade no Estado que congelou os<br />
recrutamentos, suspendeu os concursos públicos<br />
e travou as promoções são fatores relevantes<br />
nesta falta de importância do mérito,<br />
mas não são os únicos. Os investigadores<br />
defendem que “as preferências e conexões<br />
pessoais têm um papel fundamental em várias<br />
situações”.<br />
A falta de importância do mérito sai reforçada<br />
por um inquérito respondido por 1.346<br />
funcionários das seis entidades estudadas.<br />
Apenas 16% acredita que, “se seguirem as regras<br />
e fizerem o seu trabalho de modo competente,<br />
as pessoas são promovidas”. Uma<br />
percentagem que é maior na EDP e na Bolsa<br />
de Valores de Lisboa, mas que cai para 11,1%<br />
nos CTT e 0% (nenhuma resposta positiva)<br />
no Hospital de Santa Maria.<br />
O estudo relata que nos CTT, por exemplo,<br />
antes da privatização, a “cor do governo”, os<br />
“pequenos favores” e as “relações pessoais<br />
ou políticas” eram fatores importantes. Na<br />
ASAE muitas promoções também dependerão<br />
das “relações pessoais”.<br />
A situação mais problemática parece ser,<br />
contudo, o Hospital de Santa Maria, onde a<br />
meritocracia estará comprometida “pela presença<br />
de diretores influentes e praticamente<br />
inamovíveis”, mas também pela “permeabilidade<br />
a lealdades ideológicas associadas a<br />
partidos políticos, lojas maçónicas e organizações<br />
católicas”.<br />
O Executivo quer que a<br />
banca dê conhecimento às<br />
Finanças de mais informação<br />
relativa aos seus clientes.<br />
Actualmente, os bancos já<br />
facultam dados ao Fisco, mas<br />
essa troca de informação<br />
deve vir a ser reformada.<br />
Além dos rendimentos,<br />
passará a incluir-se o saldo<br />
das contas, assim como<br />
outros indicadores. O<br />
que o Governo tenciona,<br />
desta forma, é que a banca<br />
comunique às autoridades<br />
portuguesas o mesmo tipo<br />
e quantidade de informação<br />
que é já comunicada aos<br />
Estados estrangeiros, ao<br />
abrigo de dois megaprojectos<br />
internacionais de troca<br />
automática de informação<br />
bancária. Em causa estão<br />
o FATCA (com os Estados<br />
Unidos) e o CRS (com os<br />
países da OCDE).Numa<br />
lógica de reciprocidade,<br />
também aqueles Estados<br />
informam as autoridades<br />
portuguesas sobre os dados<br />
bancários de cidadãos lusos<br />
residentes no seu território.
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
37<br />
Eu para<br />
presidente<br />
Carmindo de<br />
Carvalho<br />
Amigos, tomei uma decisão. Vou<br />
candidatar-me à presidência na<br />
próxima eleição e começo desde já<br />
a fazer pré-campanha.<br />
Eis a lista das minhas boas<br />
intenções do meu programa:<br />
1 ) Chucha do Estado. (só é permitido<br />
chuchar no próprio dedo.)<br />
2 ) Subsídio do desemprego. (Em vez<br />
de uma sopa leva duas e pronto.)<br />
3 ) Subsídio dos feirantes e moinantes.<br />
(dá-se a cada um uma carrinha<br />
Mercedes nova.)<br />
4 ) Vitalícias, a partir de 50 anos de<br />
descontos.<br />
5 ) Nada, nem um cêntimo prás<br />
eleições, cada candidato que pague a<br />
sua, os salões cheios em jantaradas,<br />
passeatas! Que poupem nas<br />
lambuzadelas dos beijos.<br />
6 ) Viagem de avião só na camarata.<br />
7 ) Transportes só de burro ou<br />
bicicleta e de preferência pasteleira,<br />
sem mudanças. Assim como assim<br />
fazem exercício grátis.<br />
8 ) Profissionalizar _ o ser deputado.<br />
(Exclusividade, cumprir horários )<br />
9 ) Limitar todos os cargos políticos<br />
à idade da reforma. (A partir daí só<br />
pantufas, que dêem lugar aos novos.)<br />
10 ) Extinguir o conselho de estado.<br />
(Se ao meio de uma reunião podem<br />
sair só porque têm um jantar de<br />
aniversário, não serve para nada.)<br />
11 ) Deixar cair os bancos e em vez<br />
de os salvar gastar o dinheiro nos<br />
pequenos aforradores. (Quando<br />
ganham dividem entre eles. Quando<br />
perdem lá vai barão! ) Que aguentem!<br />
12 ) Condecorações, só medalhas de<br />
cortiça que é produto nacional.<br />
13 ) Medalhar só gamões profissionais.<br />
Os tais que estão de grelha.<br />
14 ) Ajudar as viúvas a comprar<br />
bilhetes para se juntarem aos seus<br />
queridos defuntos.<br />
15 ) Ajudar aqueles que queiram<br />
adquirir o estatuto de refugiado.<br />
16 ) Ajudar os futuros candidatos,<br />
que venham como Tonicos, Tonhos,<br />
Jaquinzinhos, Manelitos, das Rãs, dos<br />
Cágados, etc. ( Eventualmente alargar<br />
a outras raças.)<br />
17 ) Aumentar a percentagem dos<br />
lucros nas negociatas quer sejam de<br />
submarinos, aviões, botas de tropa,<br />
lápis ou lapiseiras.<br />
18 ) Retirar da assembleia<br />
os brinquedos chamados de<br />
computadores porque entretidos<br />
— os deputados não ouvem o que<br />
dizem os seus colegas.<br />
19 ) Ajuda à alimentação — só nos<br />
couratos na tasca do farta-brutos.<br />
20 ) Taxar o estatuto de padrinho e<br />
afilhado.<br />
Se concordas com isto começa já a<br />
manifestar a tua intenção de voto.<br />
25 de janeiro de <strong>2016</strong><br />
O resultado<br />
eleitoral é<br />
uma mentira<br />
31<br />
O resultado eleitoral é uma farsa, uma falácia,<br />
uma mentira!<br />
Mentira porque nunca foi uma verdade real<br />
mas somente a verdade que querem que seja.<br />
A verdade deles, que a fabricaram.<br />
Deles, os jogadores de jogos de interesses que se<br />
penduram constantemente nas fraldas do poder.<br />
Deles, dos da Media , que obedecem cegamente<br />
aos chefões dos grupos para quem trabalham<br />
e assim ajudam a empurrar o cavalo onde<br />
eles, os tais, apostaram.<br />
Deles e delas que não pensam, porque pensar<br />
dá muito trabalho! É uma enorme canseira!<br />
Não pensam em qual será o melhor espécime,<br />
apenas votam naquele porque fala bem.<br />
Naquele porque beija bem com beijos untuosos<br />
nas feiras.<br />
Naquele que lhes promete o paraíso envoltas<br />
em carradas de maravilhas. Às vezes basta a<br />
promessa de casa nova!<br />
E eles todos dizem:<br />
“ Vou ser o presidente de todos os portugueses.”<br />
Mentira! Nunca serão de todos, porque nem<br />
todos votaram neles. Logo, só serão daqueles<br />
que neles votaram menos aqueles que mais<br />
tarde vão renegar o acto de terem metido o papelinho<br />
na ranhura.<br />
Quanto muito poderão tentar agradar a todos .<br />
Mas nem assim porque nunca ninguém agradou<br />
nem agradará a todos.<br />
Haverá sempre alguém que se instalará no outro<br />
lado da trincheira e diga — Uma porra! Isso<br />
não quero! Disso não como! Isso não aturo!<br />
de Janeiro de <strong>2016</strong>
38 Lusitano de Zurique Última/ Publicidade<br />
<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
Sessenta por cento não são refugiados<br />
O cálculo é feito pela Comissão Europeia e aponta para que mais de metade das<br />
pessoas que tentam entrar no espaço europeu são migrantes e não refugiados. O<br />
aviso é dado pelo porta-voz de Bruxelas Margaritis Schinas.<br />
“É claro que há cada vez mais migrantes económicos a fazerem<br />
uso dos fluxos de refugiados. Esperamos que os países<br />
de origem, especialmente aqueles com quem temos acordos<br />
de readmissão, façam um esforço e estamos determinados<br />
a fazer o que for preciso para fazer uma diferenciação clara<br />
para os requerentes de asilo e os migrantes económicos, que<br />
estão a tentar a aproveitar a oportunidade de entrar na Europa.”<br />
Actualmente, 60 por cento das pessoas que estão a tentar<br />
entrar na Europa são migrantes e não refugiados, sublinha<br />
a Comissão Europeia.<br />
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<strong>FEVEREIRO</strong> <strong>2016</strong><br />
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Lusitano de Zurique<br />
39<br />
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