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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 219 e 220 | Julho/Agosto <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
Centro Lusitano de Zurique festejou<br />
Santos<br />
Populares<br />
Equipa<br />
de Futebol do CLZ<br />
sobe à<br />
“Meisterklasse”<br />
Páginas 6 e 7<br />
Pág. 3<br />
Editorial Direito<br />
Actualidade<br />
Brexit:<br />
a queda da democracia<br />
disfarçada...<br />
Pág. 14<br />
Atenção ao fechar apólices<br />
de seguro (Krankenkasse)...<br />
Salgueiro Maia<br />
condecorado 42 anos depois<br />
do 25 de Abril...<br />
Pág. 38
2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Edição anterior<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 218 | Junho <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Einsiedeln<br />
A festa mais portuguesa da Suíça<br />
Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />
Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
Direcção<br />
044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />
Futebol<br />
————————————————_<br />
InCentro<br />
incentro@cldz.ch<br />
Publicidade<br />
076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />
Rancho folclórico<br />
076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
Serviços municipais de informação para<br />
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Pág. 3<br />
Editorial Actualidade<br />
Acordo Ortográfico<br />
“agora vão ter de contar<br />
Fisco já não pode vender<br />
Presidente Marcelo<br />
os tostões para uma vida<br />
casas de família...<br />
Rebelo de Sousa e o<br />
digna.../...”<br />
Acordo Ortográfico...<br />
Pág. 25<br />
Pág. 26<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />
Horário de atendimento:<br />
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Editorial<br />
Lusitano de Zurique<br />
3<br />
Brexit:<br />
a queda da democracia disfarçada<br />
Sei que, a nós portugueses, temas políticos como a União Europeia ou, neste momento,<br />
o Brexit são temas muito controversos em que as opiniões se dividem e as<br />
causas-efeitos desprezamos. Contudo é sempre bom termos uma ideia do que todas<br />
estas mudanças à volta da União Europeia significam.<br />
Já há muitos anos que a UE tem descido bastante na sua popularidade, pondo em<br />
causa em várias alturas a dita democracia dos povos, base fundamental da sua criação.<br />
Apesar da União ter sido criada na base dos valores de respeito pela dignidade humana,<br />
da liberdade, da democracia, da igualdade, do Estado de Direito e do respeito<br />
pelos direitos humanos, principalmente das pessoas pertencentes a minorias, a<br />
criação da União Europeia não passa de uma política industrial neoliberal que apenas<br />
teve interesse enquanto havia dinheiro. Assim que o dinheiro acabou, foram<br />
muitos os países que caíram na realidade de um esquema muito pouco democrático<br />
em que tinham caído. Agora sem moeda e sem poder político de decisão (como é o<br />
caso de Portugal), tiveram de se submeter às decisões europeias, como a austeridade,<br />
por mais que estas nos tragam estragos ainda maiores.<br />
Sandra Ferreira - Directora<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Podemos pensar que a saída do Reino Unido da União Europeia, muito tem a ver com<br />
as políticas anti-imigração que tem crescido nos últimos anos, principalmente com<br />
o despoletar da “crise dos refugiados“. Contudo este pequeno país a noroeste da Europa<br />
nunca foi muito simpatizante da UE, tendo aderido a esta apenas para se aproveitarem<br />
das vantagens de um mercado comum. Tendo na altura recusado aderir ao<br />
euro, ao espaço Schengen, à Europa Social e à Carta dos Direitos Fundamentais da EU,<br />
viram agora (que a Europa se encontra numa grande crise financeira), mais que motivos<br />
para poderem escapar.<br />
Com a saída do Reino Unido da UE, já são vários países que vêm apelar ao referendo<br />
para o mesmo efeito, fazendo assim campanha política e utilizando o descontentamento<br />
face a esta união. Contudo, penso que temos que ser cautelosos com estes<br />
novos anunciantes, pois apesar de a UE muitas vezes dar a entender ter sido construída<br />
numa democracia disfarçada, as bases e valores que decretam continuam a ser do<br />
interesse de todos.<br />
Ficha técnica<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Publicidade<br />
Email: info@cldz.ch<br />
Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4 Sandra Ferreira - CC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4 Armindo Alves - CC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Outras fontes:<br />
Redacção e Colaboração<br />
4 Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />
4 Maria José Bernardo CC nº29<br />
4 Pedro Nabais CC nº 30<br />
4 Joana Araújo CC nº27<br />
4 Jorge Rodrigues CC nº33<br />
4 Daniel Bohren<br />
4 Zuila Messmer<br />
4 Domingos Pereira<br />
4 Carmindo de Carvalho<br />
4 Euclides Cavaco<br />
4 Carlos Ademar 4Carlos Matos Gomes<br />
4 Jo Soares 4Carlos Paz<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Publicidade:<br />
mribatejo@hotmail.com<br />
Tel.: 076 379 67 27<br />
Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não adopta<br />
nem respeita o (des)Acordo<br />
Ortográfico
4 Lusitano de Zurique Opinião<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
A alma é a mesma, o mérito é maior<br />
Quando o princípio do colectivismo<br />
está á frente de tudo, sem bairrismo<br />
e clubismos e tendo como parceiros<br />
os representantes do Estado. As colectividades<br />
necessitam de quem as<br />
apoie, de quem as puxe. Como diz o<br />
povo, diz-me com quem andas que<br />
te direi quem és.<br />
Domingos Pereira 10 De Junho deste ano, fica certamente<br />
registado na história de<br />
Portugal assim como na memória dos portugueses a viver na<br />
diáspora. Pela primeira vez que o chefe e Estado comemorou<br />
o dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas<br />
fora do território físico de Portugal.<br />
Desde sempre, ouvimos<br />
dizer, (aos antecessores<br />
chefes de Estado e do<br />
Governo) quando estes<br />
(nos dão palmadinhas<br />
nas costas), que nós, cidadãos<br />
na diáspora somos<br />
“embaixadores de<br />
Portugal no estrangeiro<br />
e promotores da cultura<br />
portuguesa pelo mundo”.<br />
Lindas palavras…, mas<br />
nada é feito para que na<br />
prática esse mérito nos<br />
seja reconhecido. Como<br />
diz o povo, palavras leva-<br />
-as o vento.<br />
Mas, com Marcelo Rebelo<br />
de Sousa, (para minha<br />
surpresa), talvez uma<br />
porta se abra. A sua atitude<br />
de comemorar o 10 de Junho em Paris deixa antever que<br />
novos ventos sopram na direcção das comunidades.<br />
No seu discurso á nação, disse, e muito bem, “dia das comunidades<br />
portuguesas, é dia daquele Portugal que vive por todo o<br />
mundo, que todos os dias cria novos portugais fora do território<br />
físico que somos, mas integrando o nosso território espiritual.<br />
A alma é a mesma, o mérito é maior”. Palavras muito positivas,<br />
assim como a sua acção. Porém, ficamos a aguardar mais<br />
visitas e reconhecimentos na prática não só por parte do Sr.<br />
Presidente mas também de quem o representa localmente,<br />
principalmente no que se refere á questão de sermos promotores<br />
da cultura portuguesa por todo mundo!<br />
Suíça<br />
O 10 de Junho também se comemorou na Suíça. Em Genebra e<br />
em Samedan. Duas comemorações que merecem o meu apreço<br />
e, sobre o qual convido os dirigentes associativos de toda<br />
a Suíça, em especial do Cantão de Zurique, a seguirem estes<br />
dois exemplos.<br />
Em Samedan, sete associações<br />
da zona de<br />
Engadin se uniram para<br />
realizar a esta festa comemorativa.<br />
Em Genebra,<br />
três. Provaram que<br />
é possível realizar actividades<br />
em conjunto em<br />
prol da nossa comunidade<br />
e segundo a nossa<br />
cultura, com o princípio<br />
do colectivismo á frente<br />
de tudo, sem bairrismo e<br />
clubismos e tendo como<br />
parceiros os representantes<br />
do estado localmente.<br />
Colectividades<br />
É verdade, que muitas associações deixaram de ter este estatuto<br />
há muito tempo, derivado ás múltiplas razões que conhecemos.<br />
Mas também é verdade, que têm sido “desprezadas”<br />
pela Secretaria de Estado das Comunidades e seus representantes<br />
no terreno. Dar-nos o estatuto de promotores e<br />
embaixadores de Portugal no estrangeiro não é isto que as<br />
colectividades e a comunidade necessitam. As colectividades<br />
necessitam de quem as apoia, de quem as puxe. Como<br />
diz o povo, diz-me com quem andas que te direi quem és!?<br />
© DR<br />
As comemorações do 10 de Junho deste ano é um bom<br />
exemplo de que em conjunto, muito mais pode ser feito<br />
pela nossa cultura fora do território físico de Portugal. Muitas<br />
coisas se podem concretizar em prol da nossa comunidade,<br />
na sua adaptação a esta sociedade de acolhimento.<br />
Porque afinal, a alma é a mesma, o mérito, será ainda maior!
Cara Maria Silva,<br />
Boa tarde,<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Como tem passado? Muito trabalho?<br />
Publicidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
5<br />
E cá estou eu de novo para vos pedir ajuda na divulgação de uma noticia que fala sobre os 2 novos delegados comerciais da CGD , que<br />
vivem, desde o mês de maio, em Zurique e Lausanne.<br />
Caixa<br />
Não<br />
Geral<br />
sei se é possível,<br />
de<br />
mas gostava<br />
Depósitos<br />
de ter a vossa opinião e/ou sugestões<br />
celebra<br />
sobre o artigo que envio de<br />
140<br />
seguida e que<br />
anos<br />
gostaria de ver<br />
publicado na vossa revista.<br />
Grata pela atenção dispensada, deixo os meus melhores cumprimentos ficando desde já à vossa inteira disposição.<br />
A Caixa Geral de Depósitos celebra este ano 140 anos com E foi com o objetivo de criar uma maior proximidade no apoio<br />
diversas ações a nível nacional, dando destaque a quem faz às suas decisões financeiras que, para além da banca telefónica<br />
e on-line Caixadirecta, e do atendimento diário do<br />
da Caixa a marca bancária mais valiosa e a mais reputada<br />
do país: os colaboradores, clientes e parceiros.<br />
escritório de representação de Genebra, terá nos cantões<br />
A Caixa Geral de Depósitos celebra este ano 140 anos com diversas ações a nível nacional, dando destaque a quem faz da Caixa a<br />
marca bancária mais valiosa e a mais reputada do país: os alemães, colaboradores, já a partir clientes de e parceiros. Abril, um novo delegado comercial, o<br />
A sua reputação, confiança e solidez é igualmente reconhecida<br />
em países com A sua laços reputação, culturais confiança e/ou e solidez comerciais é igualmente fortes reconhecida car aos em principais países com centros laços culturais de residência e/ou comerciais da comunidade fortes Portugal por-<br />
como<br />
Filipe Taveira, residente em Zurique e que se poderá deslo-<br />
é o caso da Suíça, país onde a comunidade Portuguesa tem uma representação significativa.<br />
com Portugal como é o caso da Suíça, país onde a comunidade<br />
Portuguesa Através tem uma do Escritório representação de Representação significativa. da Suíça, que celebra este ano o seu 20º aniversário, a Caixa privilegia as ligações de longo<br />
tuguesa espalhados por essa vasta região.<br />
prazo com os seus clientes, aceitando o desafio da renovação Relativamente permanente aos desse cantões relacionamento de Vaud, e correspondendo Fribourg, Neuchâtel à dinâmica, e cada<br />
Através do Escritório vez mais de exigente, Representação dos mercados da Suíça, e das necessidades, que celebra<br />
este ano o seu 20º aniversário, a Caixa privilegia as Nuno Carvalho, que dará apoio à vasta comunidade aqui re-<br />
através Valais, de temos uma oferta igualmente completa de um produtos novo e delegado serviços, em comercial, praticamente o todos<br />
os cantões da Suíça.<br />
ligações de longo E prazo foi com com o objetivo os seus de criar clientes, uma maior aceitando proximidade o no apoio sidente. às suas decisões financeiras que, para além da banca telefónica e on-line<br />
desafio da renovação Caixadirecta, permanente e do atendimento desse relacionamento diário do escritório de e representação de Genebra, terá nos cantões alemães, já a partir de Abril, um novo<br />
delegado comercial, o Filipe Taveira, residente em Zurique e que se poderá deslocar aos principais centros de residência da comunidade<br />
correspondendo à dinâmica, cada vez mais exigente, dos E com estas novidades, ficamos a aguardar o seu contacto,<br />
portuguesa espalhados por essa vasta região.<br />
mercados e das necessidades, através de uma oferta completa<br />
de produtos Relativamente e serviços, aos em cantões praticamente de Vaud, todos Fribourg, os Neuchâtel can-<br />
na e Valais, Suíça. temos igualmente um novo delegado comercial, o Nuno Carvalho, que<br />
para em conjunto, festejarmos mais um aniversário da Caixa<br />
tões da Suíça. dará apoio à vasta comunidade aqui residente.<br />
E com estas novidades, ficamos a aguardar o seu contacto, para em conjunto, festejarmos mais um aniversário da Caixa na Suíça.<br />
Escritório de Representação da CGD -<br />
Genève<br />
Rue de Lausanne, 67/69<br />
1202 Genéve<br />
Tel: (41 22) 908 03 60<br />
Fax: (41 22) 908 03 69<br />
e-mail: Geneve@cgd.pt<br />
Delegados<br />
Delegados Delegados<br />
Comerciais:<br />
Comerciais: Comerciais<br />
Zurique<br />
Filipe Taveira<br />
Tlm: (+41) 786 00 26 99<br />
e-mail: filipe.silva.taveira@cgd.pt<br />
Contacto:<br />
Isaura Rovisco<br />
M +41 78 967 26 99 | T + 41 22 908 03 80 |<br />
isaura.rovisco@cgd.pt<br />
Horário de atendimento:<br />
2ª, 5ª e 6ª: das 9:30 às 13:00 e das 14:00 às 16:30<br />
3ª das 9,30 às 13:00<br />
4ª: das 9:30 às 18:30<br />
Lausanne<br />
Nuno Carvalho<br />
Tlm.(+41) 789 15 24 65<br />
e-mail: nuno.filipe.carvalho@cgd.pt<br />
20<br />
ANOS<br />
NA SUÍÇA<br />
Isaura Rovisco | Responsável Escritório de Representação<br />
Residentes no Estrangeiro<br />
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AS BOAS-VINDAS, CÁ E LÁ?<br />
M +41 78 967 26 99 | T + 41 22 908 03 60 | isaura.rovisco@cgd.pt<br />
A Caixa. Com Certeza. Porque, quando voltamos a casa, queremos<br />
ser bem recebidos e estar sempre bem acompanhados.<br />
Caixa Geral de Depósitos – Rue de Lausanne, 67/69 A Caixa , 1202 tem Genève várias soluções para que se sinta assim. Desde os<br />
Direção Internacional de Negócio Depósitos Caixa para poupar com maior segurança, aos novos<br />
Cartões para ter sempre o seu país na carteira e às condições<br />
vantajosas na aquisição de Imóveis em Portugal, para habitação<br />
Escritório de Representação da Suiça ou investimento.<br />
Tem ainda o serviço Caixadirecta, disponível on-line, nas app e<br />
.www.cgd.pt<br />
por telefone, 24 horas, todos os dias do ano, com uma equipa<br />
especializada em clientes residentes no estrangeiro.<br />
A CAIXA. COM CERTEZA.<br />
Antes de imprimir esta mensagem, pense no meio ambiente.<br />
Este e-mail, assim como os ficheiros eventualmente anexos, é reservado aos seus destinatários, e pode conter informação confidencial ou estar sujeito<br />
a restrições legais. Se não é o seu destinatário ou se recebeu esta mensagem por motivo de erro, solicitamos que não faça qualquer uso ou divulgação<br />
do seu conteúdo e proceda à eliminação permanente desta mensagem e www.cgd.pt respetivos | (+351) anexos. 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano | Informe-se na Caixa.<br />
A Caixa Geral de Depósitos S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.<br />
Caixa Geral de Depósitos, S.A. | Sede Social: Av. João XXI, 63, 1000-300 LISBOA | Capital Social 5 900 000 000 € | C.R. comercial Lisboa Matrícula<br />
2900 | Contribuinte IVA PT 500 960 046
6 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Centro Lusitano de Z<br />
A Equipa do Centro Lusitano de Zurique 30+ (Veter<br />
campeonato, a subida ao escalão superior, a cham<br />
Armindo Alves - sub-director<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das<br />
Comunidades nº 31<br />
A Jogar em casa, a formação<br />
orientada por Jorge Rodrigues<br />
desperdiçou a possibilidade<br />
de garantir matematicamente<br />
a subida de divisão, consegui<br />
apenas um empate, no penúltimo<br />
jogo dia 13 de Junho contra<br />
o FC Uster ter terminado 2-2,<br />
onde o Centro teve a perder,<br />
conseguiram dar a volta ao<br />
resultado mas o FC Uster sem<br />
grandes objectivos, porque matematicamente<br />
já tinha decido<br />
de divisão, não queria perder o<br />
jogo e já no tempo extra consegui<br />
o empate.<br />
O adversário directo por sua<br />
parte também não consegui<br />
fazer melhor, FC Unterstrasse<br />
que jogava há mesma hora<br />
não soube aproveitar, acabou<br />
por perder a partida com o FC<br />
Morava, dado assim a subida<br />
de imediato ao Centro Lusitano<br />
de Zurique 30+.<br />
Na época passada esta equipa<br />
já tinha ameaçado a subida, o<br />
Centro Lusitano ficou a 2 pontos<br />
de ser campeão, o objectivo<br />
foi traçado e com a alguns<br />
reforços e muita dedicação,<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
7<br />
urique faz História<br />
anos) garantiu na antepenúltima jornada do<br />
ada Meisterklasse.<br />
esforço e união., conseguiram<br />
alcançar o topo da tabela.<br />
todos tomaram um banho de<br />
espumante!<br />
O Futebol ja em si é uma festa,<br />
então juntando o resultado<br />
do segundo classificado o<br />
FC Unterstrass que perdeu 3-1<br />
com o FC Morava, a festa instalou-se<br />
ainda nos balneários<br />
entre os jogadores, treinador<br />
e directores desportivos onde<br />
Mais uma vez o Centro Lusitano<br />
de Zurique faz História nas<br />
terras helvéticas, torna-se o<br />
primeiro Clube Português na<br />
Suíça a alcançar o título superior<br />
deste campeonato.<br />
SEGUROS<br />
Doença ( krakenkasse )<br />
210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />
205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />
47.40 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />
VIDA, JURÍDICO<br />
ACIDENTES<br />
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Birmensdorferstrasse, 55 – 8004 Zürich<br />
Junto à Estação de Wiedikon<br />
Frente ao Centro Lusitano de Zurique<br />
Telm.: 079 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80<br />
wwww.andradefinance.ch<br />
info@andradefinance.ch
8 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Sardinha assada, marchas populares e futebol;<br />
foram assim os Santos Populares do CLZ<br />
Sandra Ferreira<br />
Foi no passado dia 25 de Junho que o<br />
centro Lusitano de Zurique comemorou<br />
os Santos Populares, onde não faltou<br />
a sardinha assada, as marchas com<br />
os seus arcos coloridos e para terminar<br />
uma boa partida de futebol.<br />
O dia começou cinzento com S. Pedro a<br />
ameaçar chuva a qualquer momento. E la<br />
caiu ela a cântaros a quando dos preparativos<br />
para a festa. Felizmente, S. António<br />
e S. João lá convenceram S. Pedro<br />
a acalmar-se e a reduzir a chuva para que<br />
fosse possível começar os festejos.<br />
Foi rápido que dezenas de sócios e amigos<br />
do centro lusitano de Zurique se<br />
reuniram nas instalações do centro para<br />
participar nesta festa popular.<br />
“Já há sardinha assada“, grita alguém do<br />
fundo e logo começa a festa com todos,<br />
ao mesmo tempo, a quererem provar<br />
esta delicia nacional.<br />
Saem as primeiras sardinhas com batata<br />
assada, saem também as marchas populares<br />
para a rua. Compostas elas pelas<br />
crianças do Rancho Lusitano de Zurique e<br />
pela equipa de futebol júnior, que trajados<br />
a rigor cantam e dançam com as coloridas<br />
arcadas na mão. Depois da tradicional<br />
volta ao quarteirão com as marchas,<br />
foi altura do Rancho Folclórico de Zurique<br />
actuar. Na voz jovem de Marina Gonçalves<br />
e mãos talentosas de Sérgio Araújo, que<br />
foram também os padrinhos destas festividades,<br />
cantaram e tocaram-se cantigas<br />
dedicadas aos santos populares. Dois<br />
jovens que desde criança se interessam<br />
pela cultura e tradição portuguesa e a demonstram<br />
com orgulho.<br />
Como a festa já era feita pelos mais jovens,<br />
foi também a vez do grupo juvenil<br />
do Rancho do C.L.Z actuar pela primeira<br />
vez nestas festividades. Crianças dos 7<br />
aos 14 anos fizeram então a festa rodando<br />
as suas saias e erguendo os braços<br />
bem alto.<br />
A tarde dava lugar à noite e a sardinha<br />
ainda não tinha esgotado, teimando em<br />
não dar lugar ao caldo verde.<br />
Foi com o inicio da transmissão do jogo<br />
entre Portugal e Croácia, para os oitavos<br />
de final do Europeu que os ânimos voltaram<br />
a aquecer, e o esperado caldo verde<br />
foi servido. Quando o jogo de futebol<br />
anunciou descanso foi altura de continuar<br />
a festa dos santos com o leilão dos manjericos.<br />
Os Santos Populares do C.L.Z não poderiam<br />
ter terminado da melhor maneira<br />
este ano. Cumprida a tradição com o lançamento<br />
dos balões de S. João, foi altura<br />
de comemorar Portugal e a sua merecida<br />
vitória, num jogo que se prolongou<br />
ate meio da noite. Aí os festejos não se<br />
restringiram ao centro lusitano, mas por<br />
toda a cidade de Zurique, com buzinões e<br />
fogo-de-artifício.<br />
Um dia que apesar da chuva teve ânimos<br />
quentes e espera-se poder repetir com<br />
igual qualidade e vigor no próximo ano.
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
9
10 Lusitano de Zurique Arte/Solidariedade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
AtrapalhArte<br />
Na Suíça de 3 a 12 de Setembro<br />
A AtrapalhArte vai estrear o seu primeiro espectáculo para<br />
público geral no próximo mês de Setembro na cidade de Zurique.<br />
O espectáculo escolhido para esta megaprodução (estreia)<br />
foi:<br />
“DO CÉU CAIU UM ANJINHO!”, um original de Fernando Gomes.<br />
Uma Comédia Musical de Enganos... Romântica... Divertida…<br />
Burlesca!...<br />
Uma paródia à tradicional comédia à portuguesa! E embora a<br />
acção decorra nos anos 50 do século passado, o tema é absolutamente<br />
intemporal, porque, tal como diz uma velha canção:<br />
“o amor faz sempre falta”.<br />
Este espectáculo vai ser encenado por Fernando Gomes, autor,<br />
actor e encenador, natural do Porto, e cuja carreira já<br />
ultrapassou as 4 décadas. Fernando Gomes é conhecido do<br />
grande público através de programas de televisão como “Rua<br />
Sésamo” e, posteriormente, pela sua participação em “Os Malucos<br />
do Riso”, na telenovela “Todo o tempo do Mundo”, entre<br />
outros.<br />
Programa:<br />
Sábado 3 de Setembro em Zurique<br />
Salão Paroquial da Igreja ST. Felix & Regula<br />
1ª Sessão 14 horas (para público infanto-juvenil antestreia)<br />
2ª Sessão 17 Horas (para público geral)<br />
Domingo 4 de Setembro em Eschenz pelas 14 horas<br />
Segunda-feira 5 de Setembro em Arbon<br />
Terça-feira 6 de Setembro em Wetzikon<br />
Quarta-feira 7 de Setembro em Engadin<br />
Sexta-feira 9 de Setembro em Uster<br />
Sábado 10 Setembro Luzerna<br />
Domingo 11 de Setembro em Dübendorf<br />
Singsaal da escola Stägenbuck ( 1° seção 15 h, 2° 18 h)<br />
Agradecimento<br />
Não temos palavras para<br />
agradecer a vossa entrega,<br />
carinho e a vossa doação !<br />
Doação essa que chegou num<br />
momento muito especial e<br />
que nos aliviou um enorme<br />
peso que tínhamos nos nossos<br />
ombros.<br />
Como é de conhecimento<br />
público há muito que<br />
precisávamos de fazer horas<br />
de adaptação da nossa casa,<br />
para que o nosso menino<br />
pudesse ter mais qualidade<br />
de vida !<br />
Movidos pela fé e por muita<br />
esperança decidimos iniciar<br />
as obras no início de Abril ,<br />
mas o nosso coração andava<br />
muito apertadinho .... E vocês<br />
encheram-no de gratidão!!!<br />
Não conseguimos encontrar<br />
palavras suficientes para<br />
vos agradecer e esperamos<br />
que um sentido e sincero<br />
OBRIGADO seja por vós<br />
aceite!!!!<br />
Estamos gratos , muito gratos<br />
ao CLZ Centro Lusitano de<br />
Zurique, ao Grupo das janeiras<br />
do CLZ e à comunidade<br />
portuguesa na Suíça!!!<br />
Muito, muito obrigada ❤️<br />
Claudia e Germano
Publicidade<br />
AFd_NB_Imprensa_Lusitano_Zurich_210mmx297mm_ALTA.pdf 1 24/06/16 15:37<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Lusitano de Zurique<br />
11<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
12 Lusitano de Zurique Saúde<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Entenda a sua pele<br />
Zuila Messmer (*)<br />
A pele é considerada o maior<br />
orgão do corpo humano. De<br />
natureza vital, flexível e resistente,<br />
envolve o corpo determinando<br />
seu limite com o<br />
meio externo. Corresponde a<br />
16% do peso corporal. Possui<br />
uma de média de 2mm de espessura,<br />
entretanto dependendo<br />
da localização pode<br />
variar, ser mais delicada ou<br />
mais espessa. Nas pálpebras<br />
por exemplo, o tecido mede<br />
somente 0,5 mm, enquanto<br />
que nas plantas dos pés<br />
pode atingir até 6 mm de espessura.<br />
Funções da pele:<br />
- Fornecer impermeabilidade<br />
e proteção - atua na defesa<br />
orgânica contra agressões<br />
do meio ambiente, protegendo<br />
o organismo, inibindo<br />
o desenvolvimento de microorganismos<br />
e evitando<br />
a passagem de radiações,<br />
fluidos e partículas inapropriadas.<br />
- Regular a temperatura<br />
corporal – a temperatura<br />
normal do ser humano é de<br />
36.5 a 37.5 graus centígrados.<br />
Existe a necessidade por<br />
parte dos vasos sanguíneos<br />
de se contraírem com o frio e<br />
de se dilatarem com o calor,<br />
para assim diminuir ou aumentar<br />
as perdas de calor. O<br />
tecido adiposo, onde as gorduras<br />
se localizam, auxiliam<br />
nessa função atuando como<br />
um isolante térmico. As glândulas<br />
sudoríparas produzem<br />
suor, o que é relevante para<br />
regulação da temperatura e<br />
na a eliminação de substâncias<br />
tóxicas.<br />
- Função sensorial - a<br />
pele reage detectando impressões<br />
- a dor, o frio, o calor<br />
e outras. Esta função permite<br />
a pele receber estímulos<br />
e possibilitar a síntese da<br />
vitamina D, que é um agente<br />
indispensável ao crescimento<br />
humano.<br />
A pele é formada por três camadas:<br />
Epiderme, Derme e<br />
Hipoderme.<br />
Epiderme<br />
A epiderme é a camada mais<br />
externa da pele, constituída<br />
por células epiteliais disposta<br />
semelhante a uma “parede<br />
”, composta por queratina<br />
e melanócitos. A queratina<br />
é uma proteína responsável<br />
pela impermeabilidade e<br />
pela renovação celular constante<br />
da pele. Os melanócitos<br />
produzem o pigmento<br />
que dá cor à pele (melanina)<br />
e as células de defesa imunológica<br />
chamadas de Langerhans.<br />
A cor da pele humana varia<br />
conforme a concentração de<br />
melanina. Quanto maior for<br />
a concentração, mais escura<br />
será o tom da pele, quanto<br />
menor a concentração, a pele<br />
se torna mais clara.<br />
A epiderme dá origem aos<br />
anexos cutâneos, unhas,<br />
pêlos, glândulas sudoríparas<br />
e glândulas sebáceas. A<br />
abertura dos folículos (pêlo<br />
e glândula sebácea) e das<br />
glândulas sudoríparas na<br />
pele formam os orifícios conhecidos<br />
como poros.<br />
As unhas são formadas por<br />
queratina que se estruturam<br />
em forma de lâminas. Possuem<br />
consistência endurecida<br />
fornecendo as unhas sua<br />
característica e protegendo à<br />
extremidade dos dedos.<br />
Os pêlos existem por quase<br />
toda a superfície cutânea,<br />
exceto nas palmas das mãos<br />
e plantas dos pés. Os cabelos<br />
podem ser minúsculos, finos,<br />
grossos e fortes. No couro<br />
cabeludo existem cerca de<br />
100 a 150 mil fios de cabelos<br />
que seguem um ciclo de<br />
renovação, com aproximadamente<br />
70 a 100 fios que<br />
caem diariamente para mais<br />
tarde, darem origem a novos<br />
pêlos.<br />
As glândulas sudoríparas<br />
– produzem o suor que tem<br />
grande importância na regulação<br />
da temperatura corporal.<br />
Nosso organismo possui dois<br />
tipos diferentes de glândulas,<br />
as écrinas e as apócrinas.<br />
As écrinas são as mais numerososa.<br />
Existem por todo<br />
o corpo. Produzem o suor e o<br />
eliminam através diretamente<br />
da pele.<br />
As apócrinas existem principalmente<br />
nas axilas, regiões<br />
genitais e ao redor dos mamilos.<br />
Elas são responsáveis<br />
pelo odor característico do<br />
suor de cada pessoa. Esse<br />
odor é resultado do trabalho<br />
de defesa do organismo, do<br />
processo de decomposição<br />
de microorganismos.<br />
As glândulas sebáceas produzem<br />
a oleosidade ou o<br />
sebo da pele. Elas são mais<br />
numerosas e localizam-<br />
-se em sua maioria na face,<br />
couro cabeludo e na porção<br />
superior do tronco, mas são<br />
ausentes nas palmas das<br />
mãos e plantas dos pés.<br />
Derme<br />
A derme é a camada localizada<br />
entre a epiderme e a<br />
hipoderme, responsável pela<br />
resistência e elasticidade da<br />
pele. A derme é constituidas<br />
por fibras colágenas e elásticas<br />
e são envoltas por vasos<br />
sanguíneos, linfáticos, nervos<br />
e terminações nervosas.<br />
Os folículos pilossebáceos e<br />
glândulas sudoríparas originadas<br />
na epiderme, também<br />
se localizam na derme.<br />
A faixa na qual a epiderme e<br />
a derme se unem é chamada<br />
de junção dermo-epidérmica.<br />
Essa zona faz com que<br />
haja um aumento na superfície<br />
de contato entre as duas<br />
camadas, facilitando a nutrição<br />
das células epidérmicas<br />
pelos vasos sanguíneos da<br />
derme.<br />
Hipoderme<br />
Também chamada de tecido<br />
celular subcutâneo, é a porção<br />
mais profunda da pele,<br />
composta por tecido conjuntivo<br />
que envolvem células<br />
gordurosas e formam lobos<br />
de gordura. Sua estrutura<br />
fornece proteção contra<br />
traumas físicos, além de ser<br />
um depósito de calorias.<br />
Curiosidade<br />
As impressões digitais são<br />
o desenho formado na pele<br />
durante a formação uterina.<br />
Essas elevações, essas papilas<br />
são únicas e diferentes<br />
em cada um de nós, até em<br />
gêmeos univitelinos. Essa<br />
forma de identificar pessoas<br />
é usada desde há muitos séculos.<br />
As impressões digitais também<br />
aumentam o atrito e<br />
nos ajudam a segurar objetos<br />
com mais facilidade e estabilidade.<br />
(*) Autora escreve em português do Brasil
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Publicidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
13<br />
FINANCIAMENTO ATÉ 100% SPREAD 1,5<br />
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podendo beneficiar de isenções fiscais e fundos perdidos.
14 Lusitano de Zurique Direito<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Atenção ao fechar<br />
novas apólices<br />
de seguro de<br />
assistência médica (Krankenkasse)!<br />
Vieram repetidamente pessoas<br />
ter comigo à consulta<br />
jurídica por terem obtido<br />
faturas de dois seguros de<br />
assistência médica e ambos<br />
os seguros exigirem, que os<br />
prémios sejam pagos. O que<br />
aconteceu?<br />
A. foi contactado por um agente de seguros<br />
que falava português, que lhe explicou,<br />
que ele pagava demais pelo seguro<br />
de assistência médica e que deveria<br />
mudar de seguro. A. deixou-se convencer<br />
e o agente de seguros preencheu-lhe<br />
os formulários, que A. apenas precisou<br />
de assinar. Prometeu-lhe, para além disso,<br />
de também tratar da rescisão do seguro<br />
de assistência médica antigo. Para<br />
A. vinha a calhar, até porque tem dificuldades<br />
com a língua alemã.<br />
Mais tarde, em janeiro, A. recebeu faturas<br />
do antigo e do novo seguro relativas<br />
aos prémios dos seguros complementares<br />
(Zusatzversicherungen). Seguros<br />
complementares são aqueles seguros<br />
adicionais, que são voluntários. Caracterizam-se<br />
regra geral pela presença na<br />
apólice do seguro da indicação “VVG”,<br />
que é a abreviatura de “Versicherungsvertragsgesetz”<br />
(Lei dos contratos de<br />
seguros). O seguro de assistência médica<br />
obrigatório distingue-se regra geral<br />
pela presença da indicação “KVG”, que é<br />
a abreviatura de “Krankenversicherungsgesetz”<br />
(Lei dos contratos de seguros<br />
de assistência médica). As condições do<br />
seguro de assistência médica obrigatório<br />
(KVG) encontram-se estipuladas<br />
numa lei e são iguais para todos os seguros<br />
(que prestações são pagas, começo<br />
e fim do seguro, etc…). O seguro segundo<br />
a VVG em contrapartida pode ser<br />
estipulado com bastante liberdade, pelo<br />
que também há grandes diferenças entre<br />
os seguros complementares, como,<br />
por exemplo, nos seguros para cuidados<br />
dentários, nos seguros para medicinas<br />
alternativas, para escolha livre de hospital,<br />
para prestações em caso de tratamento<br />
no estrangeiro, etc…<br />
A. reclamou junto do seguro de assistência<br />
médica antigo e disse que tinha<br />
rescindido os seguros. Ao que o antigo<br />
seguro de assistência médica lhe respondeu,<br />
que ele não podia rescindir, porque<br />
tinha fechado o contrato por 5 anos.<br />
Olhando para a antiga apólice pode<br />
verificar-se, que tal é verdade. A. pediu<br />
então ao novo seguro de assistência médica<br />
para anular o seguro novo, uma vez<br />
que não podia ainda rescindir o antigo.<br />
O novo seguro respondeu, que ele tinha<br />
fechado para os seguros complementares<br />
um contrato de igual modo válido<br />
por 5 anos. Olhando para a nova apólice<br />
pode verificar-se, que tal também é<br />
verdade. Uma comparação das apólices<br />
dos seguros VVG mostra, que A. fechou<br />
para ambos os seguros contratos, à exceção<br />
de pequenas diferenças, para os<br />
mesmos riscos (medicinas alternativas,<br />
prestações no estrangeiro, escolha livre<br />
de hospital, etc…)<br />
Se ele tem agora de pagar a dobrar, pode,<br />
no caso de doença, pelo menos receber<br />
a prestação a dobrar? Esta segunda pergunta<br />
tem de ser claramente respondida<br />
com não. Se A. tentasse obter de ambos<br />
os seguros pelo mesmo tratamento as<br />
prestações por inteiro, correria mesmo<br />
o risco de ser castigado por fraude em<br />
matéria de seguro.<br />
A meu conselho A. fez saber ao novo<br />
seguro, que queria anular o novo contrato,<br />
porque tinha incorrido num erro<br />
essencial e não teria fechado o novo seguro<br />
VVG, se tivesse consciência, que os<br />
seguros antigos não podiam ser rescindidos.<br />
O novo seguro não aceitou este<br />
argumento e ameaçou com a execução<br />
(Betreibung). A. não quis correr este risco<br />
e decidiu pagar ambos os seguros até<br />
o seguro antigo ter expirado. O dano foi<br />
de no total aproximadamente Fr. 1’500<br />
(Fr. 500 por ano durante 3 anos). O custo<br />
de um advogado para um processo<br />
contra o seguro seria nitidamente mais<br />
elevado e mesmo se A. ganhasse por fim<br />
o processo, o seu dano seria, devido ao<br />
custo do advogado, previsivelmente superior<br />
a Fr. 1’500.<br />
O agente de seguros aconselhou basicamente<br />
mal e teria de suportar o encargo<br />
dos danos. A. exigiu, depois disso,<br />
do agente de seguros, que este lhe devolvesse<br />
o montante do dano por mau<br />
aconselhamento. Mas o agente de seguros<br />
deixou abruptamente de poder<br />
ser contactado por A. e não voltou a<br />
responder às chamadas deste. Também<br />
aqui os custos de um advogado seria no<br />
fim mais elevado do que o dano causado<br />
pelos prémios de seguro a duplicar, pelo<br />
que A. prescindiu de mover uma ação<br />
contra o agente de seguros.<br />
Numa perspetiva puramente económica,<br />
A. tomou a decisão certa. É válido<br />
aqui o provérbio alemão, de que não<br />
vale a pena deitar bom dinheiro atrás<br />
de dinheiro mau. Se A. aliás tivesse um<br />
seguro contra o risco processual, então<br />
poderia ter lutado pelos seus direitos e<br />
só poderia ter ganho. A meu ver um seguro<br />
contra o risco processual deveria<br />
por isso pertencer a qualquer portefólio<br />
de seguros. Os prémios entre Fr. 350 e Fr.<br />
500 por ano não são excessivos.<br />
Tem perguntas que digam<br />
respeito ao direito?<br />
Envie a sua pergunta com a indicação<br />
“Lusitano” a:<br />
Bohren Rechtsanwalt,<br />
Postfach 229, 8024 Zürich<br />
ou para mail@dbohren.ch
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Desporto<br />
Lusitano de Zurique<br />
15<br />
Fernando Alves<br />
“O Centro é uma casa enorme”<br />
Texto e imagem de<br />
JO SOARES<br />
- Queres dizer-nos quem é o Fernando<br />
Alves?<br />
Sou o Fernando Alves tenho 47 anos e sou o<br />
treinador dos juniores D.<br />
- Há quantos anos estás no Centro?<br />
A minha ligação ao Centro dura há cerca<br />
de onze a doze anos.<br />
- És o jogador mais velho inscrito no<br />
Centro, que outras funções tens?<br />
Para mim é um orgulho ser o jogador<br />
mais velho do Centro, tenho orgulho de<br />
ser treinador dos juniores D e árbitro<br />
dos juniores<br />
- Fácil gerir a vida pessoal com vida de<br />
jogador, treinador e árbitro?<br />
Bastante complicado, mas com vontade<br />
e empenho consegue-se ultrapassar.<br />
Bastantes dias anda a correr de lado<br />
para lado.<br />
- Qual tua posição em campo?<br />
Agora sou guarda-redes, mas já fui defesa<br />
direito, central e avançado, mas<br />
com a idade a avançar fui recuando para<br />
a posição inicial que comecei em Portugal.<br />
- Soube que chegaste a defender os Seniores<br />
e os Veteranos no mesmo fim-<br />
-de-semana, como foi isso?<br />
Foi um orgulho imenso poder defender<br />
as duas balizas, tanto uma como a outra,<br />
sempre a representar este símbolo<br />
tão grandioso que é o Centro Lusitano<br />
- Tencionas continuar ao serviço do<br />
Centro?<br />
Gostaria bastante, talvez com outras<br />
funções ou então fazer uma pequena<br />
pausa.<br />
- Para ti o que é o Centro?<br />
O Centro é uma casa enorme, com muito<br />
significado para mim, que recebe toda<br />
a gente que gosta de futebol principalmente<br />
os portugueses. Orgulho fazer<br />
parte desta casa.<br />
- Tens algum agradecimento?<br />
Agradecer pela possibilidade de tirar o<br />
curso de treinador, por me darem esta<br />
oportunidade de treinar esta equipa de<br />
juniores e por todas as condições para<br />
fazer o meu trabalho.<br />
- Um agradecimento especial para alguém?<br />
Para todos os que já trabalharam e jogaram<br />
comigo, a minha equipa de Juniores<br />
D e aos seus pais.
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18 Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Paula Couto<br />
“usar burca sim<br />
mas no país delas”
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Comunidades<br />
Lusitano de Zurique<br />
19<br />
Maria dos Santos<br />
Paula Couto tem laços de<br />
cordialidade desde há muitos<br />
anos com o C.L.Z.<br />
A sua gentileza, sorriso e<br />
prontidão para ajudar esta<br />
associação não conhece<br />
dificuldades.<br />
Pronta a servir a comunidade<br />
sempre que a chamam,<br />
agrada-lhe estar ao dispor de<br />
quem saboreia a perdição pela<br />
gastronomia portuguesa.<br />
Paulo é uma privilegiada no<br />
seu seio familiar, e sente-se<br />
uma autêntica princesa ao<br />
lado da sua família e nomeadamente<br />
os seu 6 irmãos<br />
com quem mantêm uma<br />
harmonia invejável.<br />
Mulher de carácter bem<br />
definido, tem as ideias bem<br />
precisas de que a cozinha<br />
serra o seu campo de batalha<br />
até que a vida lhe proporcione<br />
este “lazer”.<br />
Quase há 28 anos na Suíça a Paula alimenta<br />
ainda o sonho de voltar definitivamente<br />
a Portugal! O que a fez ficar<br />
tantos anos neste país dos relógios?<br />
— Como todo o português que vinha naquela<br />
altura, dizia que vinha por alguns<br />
anos e voltava. Mas a vida vai andando, a<br />
família cresceu, e claro com os filhos fica<br />
difícil voltar. Também já são 28 anos, já<br />
sou mais Suíça... Mas quando for reformada<br />
vou para Brunhais, aquela aldeia<br />
pequenina, perto da terra da Maria da<br />
Fonte (Póvoa de Lanhoso).<br />
Sei que tem estado sempre de alma e<br />
coração presente no C.L.Z. nomeadamente<br />
no que diz respeito à cozinha.<br />
Porque nunca quis assumir um compromisso<br />
e colaborar directamente com<br />
esta Associação?<br />
— Porque gosto de ajudar sempre que<br />
posso mas nunca quis assumir um compromisso<br />
sério.<br />
A Associação sabe que sempre que precisarem<br />
de mim e se eu puder ajudo<br />
sempre.<br />
Cozinhar, é uma das tuas paixões?<br />
Como consegues ser tão criativa e resistir<br />
às propostas que te têm sido feitas,<br />
para prestares a tua sabedoria à<br />
Comunidade portuguesa e suíça não só?<br />
— Sim eu adoro cozinhar. Todo o meu<br />
tempo livre é dedicado à cozinha, por<br />
isso a prática é tanta e criatividade não<br />
falta.<br />
Qual o teu prato preferido e o que nunca<br />
te atreverias a cozinhar?<br />
— Um dos meus pratos preferidos é o<br />
Cozido à Portuguesa e claro a minha<br />
Feijoada. Nunca cozinharia caracóis ou<br />
enguias.<br />
Como consegues conciliar o teu tempo<br />
de esposa, mãe, trabalho e ainda tens<br />
tempo para quando te pedem ajudares<br />
o centro?<br />
— Em todos estes papéis funciono a<br />
100%, e havendo boa vontade tudo se<br />
consegue. Já há muitos anos que convivo<br />
com o C.L.Z, desde os 6 anos que o<br />
meu filho Cláudio entrou para o Rancho<br />
C.L.Z e criei grandes laços de amizade.<br />
Por isso quando me pedem nunca nego<br />
ajuda.<br />
O “código da vestimenta” avisou, que<br />
a utilização da burca será brevemente<br />
ilegal no Ticino. Qual tua convicção<br />
acerca deste tema?<br />
— Bem…, tenho que respeitar, são religiões<br />
e modos diferentes de pensar, vidas<br />
diferentes da minha... usar burca sim<br />
mas no país delas.<br />
O Reino Unido prepara-se para sair da<br />
União Europeia. Como vês o futuro dos<br />
outros países aderentes?<br />
— Não faço ideia.<br />
Celebramos há poucas semanas o Dia<br />
de Portugal, Camões e das Comunidades<br />
Portuguesas. Aqui nota-se que cada<br />
ano há menos aderência a estes festejos.<br />
Qual a teoria adequada, para não<br />
esquecermos as nossas raízes?<br />
— Primeiro havia de ser feriado, porque<br />
em Portugal é. Mas como não estamos<br />
em Portugal e sim no país que nos acolheu,<br />
é normal festejar-se os feriados<br />
daqui e não de lá. Mas um português<br />
nunca se esquece das suas raízes.<br />
Estamos a viver esta face do campeonato<br />
da Europa de futebol, com muita<br />
emoção, característica dos Portugueses.<br />
Quem<br />
Cpensas E N T R O LUque S I T A Nvai O D E ganhar?<br />
ZURIQ U E<br />
— Eu adoro futebol... gostava que Portugal<br />
lá chegasse.<br />
BIRMENSDORFERSTRASSE 48<br />
8004<br />
Mas com estes resultados,<br />
não sei não. TELEFON 044 241 52 60<br />
ZÜRICH<br />
FAX 044 241 53 59<br />
Cristiano Ronaldo clz@cldz.ch falhou o penalti! O<br />
que sentistes naquele momento?<br />
— Senti uma grande tristeza, é certo que<br />
Caro leitor<br />
ele tem um peso enorme na nossa selecção<br />
e nunca estamos à espera que ele<br />
falhe, Gostaria de mas ser sócio enfim do Centro até Lusitano os de melhores Zurique, um centro erram.<br />
fundado<br />
em Março de 1984, que desde então sempre esteve ao serviço da comunidade<br />
O portuguesa Centro (em Zurique) Lusitano com várias actividades de culturais Zurich, e desportivas? agradece a<br />
tua Nós temos: disponibilidade, o teu contributo e<br />
boa vontade na preciosa ajuda que nos<br />
uma equipa de futebol, que se encontra na 3° Liga<br />
trens dado.<br />
um rancho folclórico, muito activo em várias festas<br />
Desejamos-te as maiores felicidades a<br />
nível um pessoal boletim informativo “Lusitano e profissional de Zurique”, que receberia todos os e meses obrigada<br />
em sua casa<br />
por este um restaurante palratório.<br />
à diposição para almoços, jantares, festas, etc<br />
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A direcção<br />
P.S.: Após o envio do boletim de inscrição irá receber uma ficha de inscrição juntamente com o boletim de pagamento.<br />
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Boletim de inscrição<br />
Nome completo:<br />
Rua e n°:<br />
Cód. Postal e localidade:<br />
N° de telefone: Data de nascimento:<br />
Quota individual 50CHF<br />
preencher somente em caso de quota de casal<br />
Nome do cônjuge:<br />
(esposa ou marido)<br />
Data de nascimento:<br />
“nossos”!<br />
Torne-se sócio do CLZ<br />
Quota de casal 80CHF<br />
Recorte e envie para: Centro Lusitano de Zurique - Birmensdorferstr, 48 - 8004 Zurich
20 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Caridade ou Solidariedade<br />
Carlos Ademar (*)<br />
mcademar@gmail.com<br />
Para gente de bem, os princípios são<br />
a última coisa que se deve sobrepor a<br />
qualquer conjuntura. Só o estado de necessidade<br />
absoluta o pode justificar. É imperativo,<br />
caros leitores. Quem adequa os<br />
princípios às circunstâncias do momento<br />
deixa de ser gente de bem, porque, pura e<br />
simplesmente não tem princípios.<br />
A ética republicana não se compadece<br />
com o conceito de caridade, mas com o da<br />
solidariedade. É esta a sua matriz. A caridade,<br />
uma prática ambígua nos seus propósitos,<br />
tão antiga como o homem, não<br />
pode ter lugar numa sociedade que pugna<br />
pela cidadania. Perante a lei, todos os cidadãos<br />
são iguais em direitos e deveres e<br />
a caridade distorce este princípio basilar<br />
de uma sociedade democrática. Quem recebe<br />
a esmola, ou se quisermos o apoio<br />
proveniente da caridade, não pode deixar<br />
de olhar de baixo para cima, para a alma<br />
caridosa que dispensa algo que lhe sobra<br />
para ficar, no mínimo, de espírito mais<br />
tranquilo. A ética republicana aponta de<br />
forma clara para a cidadania. Um pobre<br />
não pode ser olhado de cima por alguém<br />
que teve a sorte de nascer no seio de<br />
uma família mais abastada. À República<br />
incumbe tudo fazer para evitar que esse<br />
diferencial motivado pelo acaso na maior<br />
parte das situações, não tenha grandes<br />
repercussões no quotidiano desses cidadãos,<br />
para que a diferença entre os dois<br />
não aumente, bem pelo contrário, atinja<br />
tendencialmente o equilíbrio. Compete<br />
ao Estado, através da política de impostos,<br />
minimizar esse diferencial, através de<br />
uma justa redistribuição da riqueza, em<br />
função das necessidades de cada um. A<br />
República tem que zelar por isso, se quer<br />
cumprir cabalmente o tal papel de transformação<br />
social que está gravado na sua<br />
matriz.<br />
Vem isto a propósito de Dinis Esteves, de<br />
Paço de Arcos, uma criança que vai a caminho<br />
dos seis anos, cuja família, a partir<br />
dos seus 17 meses de vida, deixou de ter o<br />
direito a viver em paz; vive os dias em permanente<br />
sobressalto, pode dizer-se à beira<br />
do precipício que o esgotamento físico<br />
e psicológico potencia. Por essa altura a<br />
criança foi acometida por uma doença<br />
rara e gravíssima, que lhe condiciona irremediavelmente<br />
a vida, bem como a dos<br />
seus mais próximos.<br />
Não conheço os pais. A história chegou-<br />
-me por pessoa amiga e como entendo<br />
que um cidadão não pode passar incólume<br />
perante situações humanas como<br />
esta, dispus-me a falar telefonicamente<br />
com a mãe, que me enviou uns tópicos<br />
sobre a vida deste menino e a falta de<br />
horizontes em que a sua família vive pela<br />
ausência de uma resposta cabal por parte<br />
das autoridades estatais.<br />
Sem querer alongar muito o historial clínico,<br />
sempre direi que a doença atacou o<br />
sistema nervoso central da criança, acabando,<br />
ao fim de quase três meses de<br />
enorme sofrimento, com internamentos,<br />
períodos de coma induzido ou profundo,<br />
em que chegou a estar no limiar da morte<br />
cerebral, os médicos apontaram como<br />
responsável de todo o mal, um vírus raríssimo<br />
do foro intestinal, de que até à data<br />
só havia registo de dois ou três casos na<br />
Europa. Até hoje, passados quatro anos<br />
e meio, o Dinis vive com uma traqueostomia,<br />
ventilado artificialmente, alimentado<br />
por uma PEG (Gastrostomia Endoscópica<br />
Percutânea) e tem uma derivação<br />
ventrículo-peritoneal devido a uma hidroencefalia<br />
que desenvolveu entretanto.<br />
Ou seja, sobrevive dependendo de máquinas<br />
e do apoio humano praticamente<br />
constante, no que respeita à alimentação,<br />
aos necessários cuidados de higiene, medicação<br />
e também para a monitorização<br />
dos aparelhos.<br />
Paralelamente a este quadro já de si assustador<br />
para qualquer família, a mãe<br />
teve que recorrer à baixa médica, abdicando<br />
do trabalho para poder dar assistência<br />
ao filho, ficando naturalmente<br />
limitada nos seus rendimentos. Acresce<br />
que o pai, pouco tempo após se ter manifestado<br />
a doença, ficou desempregado<br />
e desde então tem vivido uma situação<br />
de emprego precário, com a instabilidade<br />
inerente, com períodos de maior duração<br />
no desemprego do que a trabalhar. Como<br />
se não bastasse, aproxima-se dos 50 anos<br />
de idade, o que dificulta muito a sua inserção<br />
estável no mercado de trabalho.<br />
Para agravar mais esta situação negra, em<br />
Abril do ano que vem, a mãe vai ter que regressar<br />
ao emprego, o que levará a família<br />
a ter que encontrar uma solução para<br />
o Dinis, que passará pela contratação de<br />
alguém qualificado para assumir os cuidados<br />
que o menino necessita enquanto<br />
a mãe estiver ausente.<br />
E quem cuida do cuidador? A vida familiar<br />
ressentiu-se bastante porque ficou desde<br />
então limitada ao domicílio, uma vez<br />
que deslocar o Dinis para qualquer lugar<br />
implica uma logística difícil de acomodar,<br />
que passa por transportar todos os equipamentos<br />
de suporte de vida que o menino<br />
necessita, ou sejam dois ventiladores,<br />
um em funcionamento e outro como<br />
reserva – indispensável -, uma garrafa<br />
de oxigênio, um aspirador, além dos materiais<br />
consumíveis ligados à higiene, as<br />
fraldas, as pomadas, os medicamentos e<br />
as necessárias mudas de roupa, mais no<br />
caso em apreço por razões óbvias. Qualquer<br />
viagem, ainda que pequena, implica<br />
uma operação com alguma envergadura,<br />
além do risco de vida para o Dinis, que<br />
está sempre presente, naturalmente, mas<br />
que pode ser agravado em consequência<br />
das manobras inerentes às deslocações e<br />
acomodação da criança.<br />
Dinis está a entrar na idade de dar início à<br />
sua formação escolar. Que condições esta<br />
família pode contar por parte do Estado<br />
para que o seu filho tenha a instrução que<br />
se adeque a casos como o dele? Esta família<br />
vive dias terríveis e pior ainda, sem<br />
a perspectiva de um raio de luz que amenize<br />
a escuridão a curto/médio prazo,<br />
bem pelo contrário, como já atrás ficou<br />
referido, devido à situação da mãe, que<br />
dentro de alguns meses terá forçosamente<br />
que interromper a baixa médica, que<br />
lhe tem permitido acompanhar 24 sobre<br />
24 horas o seu filho. Onde irá esta família<br />
buscar recursos que lhe permitam fazer<br />
face a despesas tão elevadas como sejam<br />
as necessárias para a contratação de alguém<br />
competente para cuidar de Dinis?<br />
Quantas rifas, quantos eventos culturais,<br />
desportivos, recreativos, quantos actos<br />
de filantropia dos particulares terão de<br />
ser realizados para ajudar esta família a<br />
conseguir as verbas elevadas necessárias<br />
para que nada de essencial falte à criança,
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
a fim de minorar o seu sofrimento?<br />
E essas almas caridosas, amigas ou<br />
conhecidas ou amigas de amigas ou<br />
de conhecidas, que se deixam comover<br />
com a história de Dinis e com<br />
o drama em que vive esta família,<br />
quanto tempo estarão dispostas a<br />
continuar a contribuir? E quando se<br />
esgotar esta fonte, porque vai esgotar-se,<br />
que fará a família de Dinis? E<br />
quantos meninos como o Dinis existem?<br />
Quantas famílias como a sua<br />
não vivem dramas semelhantes?<br />
Não, caros leitores, o Estado não<br />
pode fugir às suas responsabilidades.<br />
É costume dizer-se que em Portugal<br />
pagamos impostos nórdicos<br />
para recebermos serviços magrebinos.<br />
É também costume os portugueses<br />
condenarem mais o Cristiano<br />
Ronaldo quando joga menos bem<br />
pela selecção, dos que os políticos<br />
que gerem mal o dinheiro de todos<br />
nós. E não estarão as duas situações<br />
ligadas, a má gestão dos dinheiros<br />
públicos com a falta de exigência<br />
dos portugueses?<br />
O Estado tem que contribuir para o<br />
desiderato que incumbe à República,<br />
ao não permitir que dois cidadãos<br />
se olhem de baixo para cima ou<br />
de cima para baixo, conforme dá ou<br />
recebe esmola. Os cidadãos de um<br />
regime que pauta pela liberdade e<br />
pela democracia pluralista, não são<br />
passíveis de serem olhados de cima<br />
pelos seus iguais. Só o Estado pode<br />
contribuir para que isso não aconteça<br />
ao criar as estruturas adequadas<br />
a cobrir as necessidades dos que as<br />
têm; estruturas que serão criadas,<br />
naturalmente, com recurso ao dinheiro<br />
de todos nós, que resulta dos<br />
impostos cobrados. Uma sociedade<br />
que o cumpra é a verdadeira sociedade<br />
solidária. A sociedade solidária<br />
dispensa a caridade, que tem de ser<br />
considerada uma prática anacrónica.<br />
Quase duzentos e cinquenta anos<br />
após a Revolução Francesa, que impôs<br />
a tríade Liberdade, Fraternidade,<br />
Igualdade, mal se compreende que a<br />
caridade seja ainda uma prática tão<br />
recorrente neste país, e até, pasme-<br />
-se, tão incentivada. Só a passividade<br />
dos cidadãos gera a inoperância<br />
do Estado, e esta, ao longo dos anos,<br />
tem contribuído para o desprezo dos<br />
verdadeiros valores da República. É<br />
tempo de dizer basta.<br />
(*) Mestre em História Contemporânea, escritor<br />
e professor na Escola da Polícia Judiciária
22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
23<br />
TEMPOS MODERNOS<br />
por Carlos de Matos Gomes (*)<br />
Em 1866, a 1.ª Internacional,<br />
no Congresso de Genebra,<br />
consagrou a reivindicação das<br />
8 horas de trabalho diário. O<br />
Congresso Operário americano,<br />
que decorreu em simultâneo,<br />
aprovou idêntica reivindicação.<br />
Em <strong>2016</strong>, cento e cinquenta<br />
anos depois, nos Estados Unidos<br />
(para já), os trabalhadores<br />
dos aviários são obrigados<br />
pelo patronato a usar fraldas,<br />
são ridicularizados, ou ameaçados<br />
com despedimento<br />
quando pedem para ir à casa<br />
de banho. Não existem pausas<br />
adequadas para o efeito.<br />
Os trabalhadores lutam para<br />
se adaptar a esta negação de<br />
uma necessidade humana básica<br />
usando fraldas para urinar<br />
e defecar enquanto se encontram<br />
na linha de produção!<br />
Há 150 anos os trabalhadores<br />
lutavam pela limitação das<br />
horas de trabalho, hoje lutam<br />
pela ida à retrete. É a modernidade!<br />
O direito à retrete não é<br />
exclusivo dos Estados Unidos.<br />
A regulação da ida à “privada”<br />
faz parte dos contratos de trabalho.<br />
A indústria têxtil portuguesa,<br />
com os seus empresários<br />
de grande visão social,<br />
há muito que fiscalizam os<br />
tempos dos “alívios” dos seus<br />
“colaboradores” e “colaboradoras”.<br />
Uma diarreia ou uma<br />
infecção urinária são ofensas<br />
graves à competitividade.<br />
A questão da exploração humana<br />
é muito antiga. Já no<br />
direito romano, escravo era<br />
um objeto e não uma pessoa.<br />
Era considerado propriedade<br />
de alguém, o seu senhor, e não<br />
desfrutava de liberdade pessoal.<br />
Neste caso, falando com<br />
propriedade, nem tem sequer<br />
a cagar ou a mijar.<br />
A sociedade industrial da primeira<br />
fase produziu uma obra<br />
de arte no cinema, a que, ironicamente,<br />
Charles Chaplin<br />
deu o título de – Tempos modernos<br />
– quando, na realidade,<br />
eram tempos muito antigos.<br />
O famoso personagem “O Vagabundo”<br />
(The Tramp) tenta<br />
sobreviver no mundo dito moderno,<br />
porque industrializado.<br />
É uma crítica aos modernos<br />
(na altura) maus tratos que<br />
os sucessores dos escravos<br />
passaram a receber durante<br />
a Revolução Industrial, quando<br />
as máquinas começaram a<br />
tomar o lugar dos homens. O<br />
princípio é o mesmo do usado<br />
nos aviários americanos, mas<br />
também nos call center, nas<br />
caixas dos supermercados, nas<br />
linhas de montagem, no entanto,<br />
nestes antros, agora são<br />
agora os homens que substituem<br />
os robôs. Daí o problema<br />
da perda de competitividade<br />
causada pelas necessidades<br />
fisiológicas humanas. O capitalismo<br />
ainda não faz homens<br />
e mulheres com uma torneira à<br />
frente, que abra às horas certas,<br />
e um rolhão atrás, só retirável<br />
depois de picar o ponto<br />
de saída!<br />
O resultado destes avanços na<br />
modernidade foram o aumento<br />
da criminalidade, e guerras<br />
para eliminar mão de obra em<br />
excesso. Sim, as duas grandes<br />
guerras do século passado tiveram<br />
também a finalidade de<br />
libertar escória humana que o<br />
desenvolvimento tecnológico<br />
tornara supérflua. Como, aliás,<br />
a caldeira a vapor tinha acabado<br />
com a escravatura nas<br />
plantações das américas, pois<br />
era muito mais barata e eficaz<br />
do que as legiões de escravos<br />
transportados de África.<br />
O filme «Tempos modernos» a<br />
personagem de Chaplin é um<br />
trabalhador de uma grande<br />
indústria que realiza sempre a<br />
mesma tarefa, cada vez mais<br />
depressa para aumentar o lucro<br />
e sujeito ao ritmo da máquina,<br />
em aceleração contínua.<br />
Já no início da revolução industrial<br />
Charles Dickens tinha<br />
descrito as taras do sistema<br />
que deu origem ao que hoje<br />
chamamos de neoliberalismo.<br />
Em «Tempos Difíceis»:<br />
“Havia umas casas, todas muito<br />
semelhantes umas às outras,<br />
e umas ruelas ainda mais<br />
semelhantes umas às outras,<br />
onde moravam pessoas mais<br />
semelhantes umas às outras,<br />
que saíam e entravam às mesmas<br />
horas, com os mesmos<br />
sons nas mesmas calçadas,<br />
para fazer o mesmo trabalho, e<br />
para quem cada dia era o mesmo<br />
de ontem e de amanhã, e<br />
cada ano o equivalente do próximo<br />
e do anterior.”<br />
Mais perto de nós, entre as<br />
duas guerras do século passado<br />
e com prefácio de 1946, Aldous<br />
Huxley escreveu no início<br />
de “O Admirável Mundo Novo”:<br />
A enorme sala do andar térreo<br />
estava virada a norte. Apesar<br />
do Verão que reinava no exterior,<br />
apesar do calor tropical<br />
da própria sala, apenas fracos<br />
raios de luz crua e fria entravam<br />
pelas janelas. As batas<br />
dos trabalhadores eram brancas,<br />
e as suas mãos, enluvadas<br />
em borracha pálida, de aspeto<br />
cadavérico. A luz era gelada,<br />
morta, espectral. Apenas dos<br />
cilindros amarelos escorria um<br />
pouco de substância amarela e<br />
viva, que se espalhava ao longo<br />
dos tubos como manteiga…”<br />
Era a sala de reprodução da<br />
nova espécie. Aquela que, para<br />
já, tem de usar fralda para não<br />
escorrer as necessidades sobre<br />
o soalho do local de trabalho e<br />
reprodução…<br />
Chegaremos, por este caminho,<br />
ao ponto de o progresso,<br />
dos novos tempos modernos,<br />
eliminarem essa necessidade…<br />
de voltarmos à condição<br />
de objectos, como os Damnati<br />
in metallum – os escravos romanos<br />
condenados às minas<br />
– servi poenae – que deviam<br />
viver e morrer nas minas (já<br />
agora sem cagarem nem mijarem)..<br />
A situação da escravatura<br />
moderna dos trabalhadores<br />
dos aviários americanos devia<br />
alertar os senhores do<br />
império e os seus fiéis de que<br />
os escravos acabam sempre<br />
por se revoltar. Mas eles não<br />
lêem História, lêem gráficos e<br />
folhas de Excel, nas Business<br />
Schools. Em Roma, essa revolta<br />
deu origem às “guerras<br />
servis”. Quando, após a vitória<br />
sobre Cartago, os prisioneiros<br />
feitos escravos se tornaram. o<br />
sustentáculo da economia romana,<br />
ganharam força para resistirem<br />
à exploração. A mais<br />
conhecida dessas revoltas foi<br />
liderada pelo gladiador Espártaco,<br />
ou Spartacus (entre 73 e<br />
71 a.C.). O conflito ficou conhecido<br />
como a “Terceira Guerra<br />
Servil” ou “Guerra dos Escravos”.<br />
Foi o prenúncio do fim da<br />
República Romana.<br />
Entretanto, o império atual<br />
apresenta na nova Roma, como<br />
candidatos a imperador, uma<br />
figura grotesca e uma patrícia<br />
ambiciosa que pressente a<br />
chegada do fim de uma época.<br />
Pela colónia europeia subiram<br />
dos esgotos as ratazanas do<br />
Eurogrupo e da Comissão Europeia.<br />
Na província da Lusitânia,<br />
duas moscas varejeiras fazem<br />
pela vida como comentadores<br />
na TVI e na SIC. Ao domingo,<br />
no dia em que os trabalhadores<br />
dos aviários americanos<br />
não usam fralda e podem fazer<br />
as necessidades a céu aberto,<br />
os portugueses gramam horas<br />
de futebol, ouvem os mexericos<br />
de Portas e Mendes.<br />
Para finalizar: quando os escravos<br />
já não são autorizados<br />
a cagar e a mijar, o fim do império<br />
está próximo!<br />
(*) Coronel de Cavalaria. Condecorado<br />
com as medalhas de Cruz de Guerra de<br />
1ª e de 2ª Classe. Pertenceu à primeira<br />
Comissão Coordenadora do Movimento<br />
dos Capitães na Guiné. Foi membro<br />
da Assembleia do MFA. É escritor.
24 Lusitano de Zurique Caixa Geral Depósitos<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Caixa Geral Depósitos<br />
Seremos TODOS burros?<br />
Carlos Paz (*)<br />
Há coisas que eu<br />
tenho muita dificuldade<br />
de entender!<br />
A CGD – Caixa Geral de Depósitos,<br />
foi vítima de saques<br />
organizados desde o início<br />
deste século:<br />
1) Financiamento de<br />
operações com critério político<br />
em vez de critério empresarial;<br />
2) Financiamento de<br />
investidores sem qualquer<br />
critério que não fosse a sua<br />
proximidade ao poder instituído<br />
em cada instante;<br />
3) Financiamento de<br />
empresários sem qualquer<br />
critério que não fosse o dos<br />
“benefícios correlativos para<br />
os decisores” (a receber pelos<br />
próprios ou pelas “famílias”,<br />
de sangue, de política, de ordem<br />
ou de loja);<br />
4) Gastos sumptuosos<br />
de funcionamento, de<br />
aparência, de imagem, SEM<br />
qualquer critério Institucional<br />
que não fosse o bem-<br />
-estar das Administrações (e<br />
dos seus companheiros de<br />
viagem).<br />
O resultado de tudo isto:<br />
a) Um buraco INI-<br />
CIAL de mais de 3 mil milhões<br />
de euros (que já “emprestámos”<br />
à CGD durante o<br />
Governo PSD/CDS);<br />
b) Um buraco ADI-<br />
CIONAL de quase 4 mil milhões<br />
de euros (que vamos<br />
“DAR” – estes são MESMO dados<br />
– à CGD no Governo PS/<br />
BE/CDU).<br />
******<br />
As CONSEQUÊNCIAS<br />
para os RESPON-<br />
SÁVEIS?<br />
I) Os dois principais<br />
responsáveis, Vitor Constâncio<br />
e Carlos Costa, ex-governador<br />
e atual governador,<br />
respetivamente, do Banco de<br />
Portugal: um foi PROMOVIDO<br />
para o BCE (Banco Central Europeu),<br />
o outro foi RECONDU-<br />
ZIDO para um mandato que<br />
ULTRAPASSA o do Governo<br />
que o nomeou, mais o do Governo<br />
que se segue (mesmo<br />
que este consiga a proeza de<br />
aguentar TODA a legislatura),<br />
sendo que NENHUM dos dois<br />
pode ser DEMOVIDO dos seus<br />
lugares!<br />
II) Uma parte significativa<br />
dos Administradores<br />
que promoveram e/ou<br />
pactuaram e/ou ocultaram a<br />
ROUBALHEIRA vivem principescamente<br />
à NOSSA custa<br />
(com reformas, complementos<br />
de reformas ou pensões<br />
vitalícias do fundo de pensões<br />
da CGD, que são absolutamente<br />
PORNOGRÁFICAS<br />
nos valores pagos!<br />
III) Outra parte significativa<br />
dos Administradores<br />
que promoveram e/ou<br />
pactuaram e/ou ocultaram<br />
a ROUBALHEIRA vivem principescamente<br />
com lugares<br />
incríveis, em instituições incríveis<br />
e com remunerações<br />
incríveis (algumas delas PA-<br />
GAS direta ou indiretamente<br />
por TODOS nós).<br />
As CONSEQUÊNCIAS para os<br />
OUTROS?<br />
IV) Tal como aconteceu<br />
em quase todos os<br />
Bancos, cerca de 2.000 (DOIS<br />
MIL) funcionários vão PER-<br />
DER o Emprego (Nota - isto,<br />
para além de ser CRIMINO-<br />
SO do ponto de vista SOCIAL,<br />
nem sequer do ponto de vista<br />
contabilístico faz qualquer<br />
sentido: deixam de constar<br />
como custos na CGD e passam<br />
a constar como custos na Segurança<br />
Social ou por Subsídio<br />
de Desemprego ou por Reforma<br />
Antecipada – os resultados<br />
da CGD são melhores, mas a<br />
“conta” pagamos na mesma<br />
TODOS nós)!<br />
V) Para o CONTRI-<br />
BUINTE em geral: PAGAMOS<br />
e calamos (a conta TOTAL ultrapassa<br />
os 7 mil milhões de<br />
euros – MAIOR que o rombo<br />
que o gangue CRIMINOSO dos<br />
piores tempos do Cavaquismo<br />
provocou no BPN).<br />
E, quando estávamos TODOS<br />
(somos uns tristes ingénuos)<br />
convencidos que por existir<br />
uma maioria de Esquerda no<br />
Parlamento (independentemente<br />
da ideologia política<br />
de cada um de nós, é verdade<br />
que se reconhecia, até agora<br />
– agora deixamos MESMO de<br />
reconhecer – à esquerda uma<br />
especial capacidade de indignação<br />
com as maldades do<br />
capitalismo e da gestão capitalista),<br />
que constatamos?<br />
1) Que a Administração<br />
foi AUMENTADA em<br />
número para 19 (DEZANO-<br />
VE!!!!!!!!!!!!!) para lá caberem<br />
os representantes de toda<br />
a MERDA que por aí pulula<br />
(partidos, presidência, maçonaria,<br />
opus dei, escritórios de<br />
advogados, etc…);<br />
2) Que a Administração<br />
foi AUMENTADA em volume<br />
de ordenados;<br />
3) Que os partidos<br />
de esquerda NÃO QUEREM<br />
que se investigue TUDO o<br />
que se passou!<br />
******<br />
Resumindo: os trabalhadores<br />
PERDEM o emprego, os<br />
CRIMINOSOS ficam impunes,<br />
os AMIGOS arranjam tachos e<br />
NÓS, todos, PAGAMOS a conta!<br />
Há coisas que eu tenho muita<br />
dificuldade de entender.<br />
Provavelmente porque sou<br />
louro!<br />
CGD: Se não somos TODOS<br />
Burros alguém está a fazer<br />
um ENORME esforço para PA-<br />
RECERMOS!!<br />
(*) Professor no Instituto Superior de Gestão.
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
25<br />
Vai de férias?<br />
Então saiba quais são os documentos que é obrigado trazer no carro.<br />
documentos em falta num prazo de oito dias.<br />
O que é que tem de estar afixado no pára-brisas do carro?<br />
No pára-brisas do seu carro, com entrada em vigor da nova<br />
legislação, só é obrigado a ter afixado o selo de seguro e o<br />
dístico de GPL. O comprovativo de imposto único de circulação<br />
e a vinheta de inspecção obrigatória automóvel, deixou se ser<br />
obrigatória a sua afixação.<br />
Para aqueles que têm viaturas equipadas com GPL, o veículo<br />
terá de trazer o autocolante azul, na traseira do veículo ou no<br />
caso de uma viatura que já tenha o novo Dístico Verde, terá de<br />
o trazer afixado no pára-brisas, este dístico dá-lhe a permissão<br />
de estacionar em parques de estacionamento fechados. No<br />
caso dos veículos que ainda têm o dístico azul, podem solicitar<br />
a alteração de dístico, mas para isso, vai ter de submeter a<br />
viatura a uma inspecção “B”, o desrespeito desta norma, dá<br />
direito a uma coima de 60€.<br />
Neste artigo vamos enumerar quais os documentos que são<br />
obrigatórios ter quando está a conduzir o seu veículo e os<br />
documentos que o seu veículo tem que afixado no seu párabrisas.<br />
Então, quais são os documentos que tem que trazer consigo?<br />
A falta de dístico de seguro, constitui uma contra-ordenação<br />
leve, ou seja, não retira pontos à carta de condução, punida<br />
com uma coima de 250€. Contudo o valor desta coima passa<br />
para metade, caso faça prova no acto de fscalização que tem<br />
seguro obrigatório válido.<br />
1) Carta de Condução;<br />
2) Documento de identificação pessoal, ou seja, o bilhete de<br />
identidade, cartão do cidadão ou passaporte;<br />
3) Certificado de seguro automóvel, ou seja, a carta verde;<br />
4) Documento Único Automóvel – DUA ou no caso de o veículo<br />
ser muito antigo, o livrete e título de registo de propriedade;<br />
5) Ficha de Inspecção Obrigatória Automóvel;6) No caso de<br />
ter consigo o documento de identificação pessoal, terá de ter<br />
o cartão de contribuinte.<br />
Saiba que a falta destes documentos, é sancionada com<br />
uma coima de 60 euros por documento. No entanto, o valor<br />
da coima desce para os 30€, caso faça a apresentação dos
26 Lusitano de Zurique Recantos helvéticos<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Engelberg<br />
Maria dos Santos<br />
Engelberg<br />
situa-se na<br />
província<br />
de Obwald.<br />
Um destino<br />
turístico<br />
elegido por<br />
muitos,<br />
tanto no<br />
inverno como<br />
no verão.<br />
Titlís é a montanha<br />
mais conhecida e a que atrai inúmeros<br />
visitantes.<br />
A ponte submersa entre montanhas convida<br />
a este destino, a meu ver mandatório,<br />
para os que por ali decidem passar<br />
uns dias, entre a natureza e tudo o que<br />
ela oferece!<br />
Uma das provas desportivas com maior êxtase,<br />
celebrou-se no passado dia 6 Junho<br />
<strong>2016</strong> e, em cada ano, é o cenário do ponto<br />
de encontro dos amantes do desporto em<br />
plena natureza montanhosa.<br />
A FISHERMAN`S FRIEND strongmanRn<br />
Suisse existe desde 2010 e este ano foi<br />
a terceira vez que Engelberg acolheu o<br />
evento.<br />
Com participantes de 60 nacionalidades<br />
e de todas as províncias suíças representadas,<br />
eu estive com o numero 810 a espelhar<br />
as cores portuguesas.<br />
Com 30.05 % de participantes femininas,<br />
este ano bateu-se um recorde internacional.<br />
Na meta, fomos 60 equipas que, antes<br />
do sinal de partida, cantamos, dançamos,<br />
sorrimos e, por fim, cada um correu<br />
na tentativa de fazer e desfrutar a prova,<br />
da melhor maneira possível, para chegar<br />
ao fim e receber o diploma e respectiva<br />
medalha.<br />
Foram 48 obstáculos, ultrapassados pelas<br />
1.036 equipas. Embora uns estivessem<br />
mascarados e outros não, todos deliciaram<br />
os que assistiram à prova, neste<br />
percurso de 18 quilómetros. Aqui deixo<br />
o convite aos desportistas do C.L.Z, para<br />
incorporaram esta corrida no próximo<br />
ano e defenderem o tão nosso Portugal!<br />
Este espectáculo desportivo, para além<br />
de ser laborioso, ocasiona momentos de<br />
forte emoção, nomeadamente antes do<br />
sinal de partida. Dança-se, canta-se e os<br />
sorrisos estão presentes no rosto de cada<br />
equipa, mascarados ou não.<br />
Os intervenientes são de uma cumplicidade<br />
e ajuda mútua de tirar o chapéu.<br />
Muitos correm para disputar a vitória,<br />
mas a maioria, está presente para usufruir<br />
do desporto, da natureza e saberem<br />
do que o corpo é capaz.<br />
Deixo à minha equipa de Estrompes um<br />
enorme obrigada e também “danke” a todos<br />
aqueles que sem me conhecerem me<br />
deram uma valência nos apertos durante<br />
o itinerário.<br />
Todos chegaram antes das cinco horas<br />
previstas. Eu demorei 3:41: 26 e classifiquei-me<br />
em 1591, entre as 5257 mulheres<br />
participantes. Alguém quer participar<br />
no próximo ano?<br />
O serão chegou rapidamente, e com ele<br />
o convívio a festa e a distracção.<br />
Regressamos a casa fatigados, mas em<br />
júbilo pelas conquista alcançadas!<br />
FISHERMAN`S espera por nós em 2017!
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
27<br />
Salazar, Passos Coelho e o Fato do<br />
Defunto<br />
TEXTO: JOSÉ MATEUS (*)<br />
Passos Coelho resolveu imitar<br />
Salazar e enfiar-se no fato<br />
do defunto senhor de Santa<br />
Comba. O problema é o das<br />
medidas. Das medidas do fato<br />
e das medidas que faltam a<br />
este Coelho<br />
Salazar era um homem de<br />
Coimbra, com inteligência<br />
teórica (leia-se a obra<br />
publicada antes de 1926), com<br />
uma ideia de Portugal (mesmo<br />
se arcaica e fora de tempo)<br />
e com uma total ausência de<br />
conhecimento do mundo.<br />
Passos Coelho é um<br />
suburbano, sem inteligência<br />
teórica (apenas um rapaz<br />
“esperto”), sem qualquer ideia<br />
de Portugal e total ausência de<br />
conhecimento do mundo.<br />
Ou seja, a única coisa que,<br />
realmente, este Coelho<br />
partilha com Salazar é a total<br />
ausência de conhecimento<br />
do mundo. Mas se, no caso<br />
de Salazar, esta ausência de<br />
conhecimento do mundo se<br />
explica facilmente e até se<br />
pode compreender dado o<br />
contexto de isolamento em<br />
que o País viveu no seu tempo,<br />
acontece que, para o candidato<br />
a “herdeiro”, não há explicação<br />
óbvia… A não ser que façamos<br />
intervir a já referida ausência<br />
de inteligência.<br />
Passos Coelho fez, agora,<br />
um “congresso de autarcas”<br />
em Coimbra para marcar o<br />
congresso do PS de António<br />
Costa. Arengou estas “tropas”<br />
autárquicas, durante mais<br />
de uma hora, e tudo o que<br />
disse serviu, sobretudo, para<br />
mostrar e deixar provado a sua<br />
falta de dimensão para o tal<br />
fato que insiste em vestir.<br />
E, ao falar das (im)possíveis<br />
“sanções de Bruxelas” (que o<br />
seu partido europeu, o PPE,<br />
quer impor a este desgraçado<br />
Portugal) até se esqueceu que<br />
os motivos invocados pela<br />
“Europa” para nos “sancionar”<br />
são os seus disparates,<br />
fracassos e incompetências de<br />
2015!<br />
Salazar teria ficado<br />
desesperado com tão fraco<br />
herdeiro…<br />
(*) jornaltornado.pt<br />
Novidade no mercado suiço<br />
moda exclusiva e limitada<br />
100% made in Portugal<br />
CRISTINA BARROS<br />
by DiasFashion<br />
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27.8.<strong>2016</strong><br />
Apresentação Summer Collection<br />
No Hotel Crowne Plaza, Badenerstrasse 420 em Zurique<br />
Domingo, dia 29 de Maio <strong>2016</strong> das 10.00 às 18.00 horas<br />
Brevemente também disponível no online shop<br />
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28 Lusitano de Zurique Vamos contar uma história<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Vamos contar uma história<br />
Os pais de crianças dos 2 aos 6 anos estão convidados a<br />
participar no mundo fantástico das histórias infantis.<br />
Juntos vamos divertir-nos muito...<br />
Entrada<br />
livre!<br />
Sábado<br />
dias<br />
17.09.<strong>2016</strong><br />
Das 15.30 às 17:30h<br />
Vamos fazer trabalhos manuais<br />
Cantar e brincar...<br />
Animadoras:<br />
Sandra Alves<br />
Ana Matos<br />
Para confirmar a participação<br />
envie um SMS para o número<br />
079 6470146 e indique o nome<br />
e a idade da criança.<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
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Contacto: Tlm. 077 403 72 55<br />
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Ligue<br />
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Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
29<br />
MESSIAS<br />
Os europeus enlouqueceram<br />
TEXTO: ALEXANDRE HONRADO (*)<br />
O messianismo como crença<br />
de salvação por intervenção<br />
externa<br />
Ideia amplificada com contornos amplos<br />
no coração ideológico de judeus e de cristãos,<br />
o messianismo tornou-se extensivo<br />
a muitas manifestações dos povos, como<br />
crença de salvação por intervenção externa,<br />
concepção que no mundo da política<br />
perde o carácter sacro para ganhar<br />
características do inesperado e por vezes<br />
com consequências devastadoras.<br />
Hitler foi um messias para os alemães<br />
que queriam a afirmação da sua pátria<br />
recentemente unida e pouco afirmada<br />
perante os outros países do seu tempo;<br />
tal como Salazar foi um messias para os<br />
portugueses desnorteados por uma república<br />
minada pelas crises.<br />
Barack Obama atingiu o topo como o esperado<br />
messias anticrise norte-americana<br />
e Trump quer ser o messias, um sucessor,<br />
o esperado americano que reanime o<br />
american way of life. Sidónio Pais foi um<br />
messias na I República. A CEE foi a ideia<br />
messiânica da nossa salvação.<br />
Agora os pobres ingleses acham que uma<br />
saída da Europa é a carga messiânica esperada<br />
para fazer frente aos seus medos<br />
mais recentes.<br />
Trata-se do regresso da ideia grega de um<br />
deus ex machina – que é uma visão messiânica<br />
de um deus surgido da máquina,<br />
PARA QUEM VERDADEIRAMENTE<br />
AMA O SEU CARRO, SO A MELHOR<br />
COBERTURA CONTA.<br />
Zurich,<br />
Generalagentur<br />
Marcel Strangis<br />
Manessestrasse 87<br />
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Tiago Costa<br />
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tiago.costa@zurich.ch<br />
um deus que – no teatro grego clássico<br />
– aparecia no fim da peça (graças a uma<br />
máquina que o transportava para a cena )<br />
e resolvia os enredos mais embaraçados.<br />
Uma intervenção “mágica” para fazer<br />
face sobretudo à incapacidade de resolver<br />
os problemas enquanto tal. Se o messianismo<br />
religioso não apresenta uniformidade,<br />
pelo menos não é um conceito<br />
tão claro que seja capaz de nos apaziguar,<br />
as interpretações que dele fazemos em<br />
certos momentos históricos, esse messianismo<br />
teatral que a política tornou<br />
como seu, menos se prefigura como uma<br />
uniformidade conceitual clara. Se os povos<br />
caem nessas armadilhas de crença,<br />
também se livram das mesmas com inesperada<br />
sabedoria.<br />
O messianismo encerra, por isso mesmo,<br />
uma noção variante em diferentes épocas<br />
e culturas. Assume contornos levemente<br />
distintos nas diversas áreas do conhecimento<br />
que o refletem. Se hoje os ingleses,<br />
numa votação de quase empate,<br />
à justa, caíram no erro de se separarem<br />
da união económica e política que os tem<br />
sustentado, com medo das fragilidades<br />
da Europa e com o egocentrismo que já<br />
mostrou no passado (o Reino Unido acima<br />
dos outros, que nem adotou a moeda<br />
única, nem se submeteu às regras que<br />
pretendiam bem comum e unidade e não<br />
as contradições que foram permitindo),<br />
não tardará a sofrer com o equívoco.<br />
Já se ouvem as gargalhadas de Putin e de<br />
Obama, as excreções de Donald Trump<br />
e a inquietação dos povos – escoceses e<br />
irlandeses, por exemplo, pedem já a independência<br />
perante a estupidez democrática<br />
que os afunilou neste momento<br />
da história.<br />
A palavra messianismo ocorre-nos, portanto,<br />
neste momento em que a Europa<br />
se afunda (levando-nos para baixo, por<br />
parecer que somos um dos países mais<br />
afetados pelos britânicos e a sua cobardia<br />
separatista). Messianismo, sim; a<br />
palavra refere, primeiro, um conjunto de<br />
ideias bíblicas que dificilmente podem<br />
ser definidas e as opiniões dos estudiosos<br />
diferem consideravelmente sobre a<br />
sua dimensão e uso.<br />
Se olharmos com atenção, nem se pode<br />
abordar a questão do messianismo na Bíblia,<br />
supondo que a ideia messiânica seja<br />
uma noção clara em si mesma e definida<br />
de antemão, que não é. O Messianismo é<br />
sempre um desejo de futuro – esse lado<br />
inesperado para todos -, uma esperança<br />
que virá como salvação colectiva, uma<br />
expectativa.<br />
Para os judeus é ainda mais, ficando claro<br />
uma das suas facetas: comporta uma vinda<br />
vitoriosa (de um salvador) e um ajuste<br />
de contas com os inimigos, com destaque<br />
maior da exaltação do povo eleito e do<br />
castigo inevitável para os inimigos.<br />
Em muitas interpretações, o messianismo<br />
conta com o fim da história<br />
e com uma intervenção do próprio<br />
Iahweh.<br />
Os britânicos agarraram-se às saias<br />
dos seus mais profundos receios.<br />
Esperam que a Brexit, a sua saída<br />
da Europa, seja a salvação dos seus<br />
temores. Voltaram a ser o que sempre<br />
foram: uma ilha. É uma atitude<br />
fundamentalista, nacionalista e<br />
egocêntrica. Os europeus enlouqueceram<br />
– e mais uma vez seremos nós<br />
a pagar a estupidez alheia.<br />
SEGUROS DA ZURICH.<br />
PARA TODOS QUE AMAM VERDADEIRAMENTE.<br />
(*) Historiador, Professor Universitário;<br />
investigador da área de Ciência das Religiões<br />
-<br />
jornaltornado.pt<br />
Nota: o autor escreve de acordo com o AO90
30 Lusitano de Zurique Culinária<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
“Punheta de<br />
Bacalhau”<br />
Preparação:<br />
Basta desfiar umas postas<br />
do lombo do bacalhau préviamente<br />
demolhado, retirar<br />
peles e espinhas. Se for<br />
para servir como entrada<br />
deve-se desfiar bem fininho,<br />
para isso envolve-se<br />
o bacalhau já desfiado num<br />
pano limpo e esfrega-se<br />
bem.<br />
Juntar alho bem picadinho<br />
e cebola a gosto, cortada<br />
em tirinhas ou picada<br />
e temperar. O tempero é<br />
também ao gosto de cada<br />
um, pode ser com um bocadinho<br />
de pimenta moida,<br />
salsa picada, vinagre, mas o<br />
que não pode faltar é azeite<br />
do bom e muito, para no<br />
fim molhar uns pedacinhos<br />
de pão ou broa.<br />
O acompanhamento pode<br />
ser uma salada a gosto.<br />
Salada de frango<br />
ingredientes:<br />
* 4 Bifes de Frango;<br />
* 2 Cebolas médias;<br />
* 4 Tomates;<br />
* 4 Ovos;<br />
* 3 Colheres de sopa de Azeite;<br />
* 1 colher de sopa de massa de alho;<br />
* 1 Alface média;<br />
* 1 lata de Cogumelos laminados;<br />
* 8 Colheres de Maionaise Light.<br />
(opção)<br />
preparação:<br />
1. Em 4 Pratos prepare a<br />
alface bem lavada e cortada<br />
em pedaços. Junte em<br />
cada prato um tomate cortado<br />
em gomos pequenos.<br />
Adicione em cada um meia<br />
cebola às lascas bem finas e<br />
reserve.<br />
2.Coza os Ovos e, depois de<br />
cozidos e descascados, corte-os<br />
em rodelas, um por<br />
prato sobre a salada.<br />
3. Numa Frigideira aqueça o<br />
Azeite juntando a Massa de<br />
alho.Corte os bifes de Frango<br />
em tiras finas e passe<br />
bem no Azeite quente. Junte<br />
os Cogumelos bem escorridos<br />
e deixe apurar com<br />
o frango mexendo bem.<br />
4. Distribua em 4 porções<br />
iguais em cada prato o frango<br />
com os Cogumelos sobre<br />
a salada e os Ovos às rodelas.<br />
Aletria à Moda de<br />
Trás-os-Montes<br />
Ingredientes:<br />
250g de aletria<br />
sal<br />
400g de açucar<br />
60g de manteiga<br />
14 gemas<br />
canela em pó<br />
Preparação:<br />
Ferva 1,5 L de água com uma<br />
pitada de sal e junte a aletria .<br />
Coza-a até ficar macia e passe<br />
por água fria.<br />
Numa caçarola,ferva 6dl<br />
de água até atingir o ponto<br />
pérola.<br />
Deixe arrefeçer um pouco e<br />
adicione a manteiga.<br />
Separe um pouco da calda<br />
para uma tacinha e junte as<br />
gemas batidas.<br />
Deite o preparado na<br />
caçarola,junte a aletria e leve<br />
de novo ao lume mexendo até<br />
ferver.<br />
Deite numa travessa ainda<br />
quente e enfeite com canela .<br />
Coordenação: Joana Araújo
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Plantas medicinais<br />
Lusitano de Zurique<br />
31<br />
PLANTAS MEDICINAIS<br />
in http://goo.gl/RTgOnh<br />
BUCHINHA-DO-NORTE<br />
(Luffa<br />
operculata): Usada como descongestinante<br />
e laxante. Indicada em casos de<br />
herpes e sinusite, neste último caso na<br />
forma de inalação. Deve ser usada com<br />
muita cautela na gravidez e amamentação.<br />
CABELO DE MILHO (Zea mays): Poderoso<br />
diurético, regula as funções dos<br />
rins e da bexiga, ajudando a eliminar<br />
areias e pedras. O chá da planta é conhecido<br />
popularmente por ajudar a baixar<br />
a pressão e para desintoxicar o sangue.<br />
Não se recomenda o uso em casos adiantados<br />
de inflamação nos rins ou bexiga.<br />
As sementes são altamente nutritivas.<br />
CAJUEIRO (Anacardium occidentale):<br />
Rico em taninos, é adstringente e antiinflamatório.<br />
Estimulante do organismo,<br />
ajuda a combater o diabetes e é anti-hemorrágico.<br />
Em gargarejos e bochechos,<br />
alivia inflamações da garganta e aftas.<br />
CALÊNDULA (Calendula officinalis):<br />
Suas folhas são indicadas principalmente<br />
para a pele e como antibiótico, é ainda<br />
diurética, combate a diabetes, tem propriedades<br />
antiinflamatórias, bactericidas,<br />
depurativas e cicatrizantes, além<br />
de agir no couro cabeludo tratando as<br />
dermatites descamantes.Popularmente<br />
é usada também contra reumatismo, furúnculos,<br />
cálculos da bexiga e biliar, prisão<br />
de ventre, anemia, artrite, gastrite e<br />
hemorróidas.<br />
CAMOMILA (Matricaria chamomilla):<br />
De origem egípcia, apresenta propriedades<br />
calmantes e digestivas em casos de<br />
inflamações agudas e crônicas da mucosa<br />
gastrointestinal. Indicada nas colites<br />
e cólicas, apresenta também propriedades<br />
antialérgicas e antiinflamatórias,<br />
ajudando a reconstituir a flora intestinal.<br />
O chá de camomila é muito popular<br />
no Brasil por seus efeitos sedativos,<br />
antiespasmódicos e emenagogos. É uma<br />
planta poderosa como restauradora das<br />
forças e do equilíbrio orgânico. Também<br />
é muito benéfica e eficaz nas moléstias<br />
de pele.<br />
CAMU-CAMU (Myrciaria dubia): Nativo<br />
das regiões ribeirinhas da Amazônia,<br />
o Camu-Camu é a fruta que possui maior<br />
concentração de Vitamina C do planeta,<br />
chega a fornecer 20 vezes mais vitamina<br />
C que a acerola, 100 vezes mais que<br />
o limão, podendo conter 5 gramas da<br />
vitamina C a cada 100 gramas da fruta,<br />
e em comparação com a laranja, possui<br />
até 10 vezes mais ferro e 50% a mais de<br />
fósforo. Por conter um alto teor de acido<br />
ascórbico e ácido cítrico o Camu-camu<br />
é um poderoso antioxidante natural e<br />
coadjuvante na eliminação de radicais<br />
livres proporcionando retardamento no<br />
envelhecimento. O uso diário do Camu-<br />
-Camu ajuda a fortalecer o sistema imunológico,<br />
a combater os radicais livres,<br />
a promover a vitalidade de pessoas com<br />
deficiências orgânicas, fortalecer o sistema<br />
nervoso, promover a desintoxicação<br />
do organismo e estimular os sistemas<br />
cardíaco, respiratório e circulatório.<br />
CANA DO BREJO (Costus spicatus):<br />
Excelente diurético, ajuda a eliminar<br />
pedras na bexiga. O chá é muito usado<br />
em casos de diabetes, nefrites e nas inflamações<br />
nos rins. Ajuda a combater a<br />
arteriosclerose. A raiz em pó serve de cataplasma<br />
para hérnias, inchaços e contusões.<br />
É muito usada nas picadas de insetos,<br />
coceiras, problemas da próstata, nas<br />
assaduras e alergias.<br />
CANELA (Cinnamomum zeylanicum):<br />
Planta aromática, estimulante da circulação.<br />
Possui ações tônicas, carminativas,<br />
antiespasmódicas, emenagogas e<br />
anti-sépticas. Também é muito usada no<br />
tratamento de gripes, resfriados e dores<br />
abdominais. Deve ser usada com cautela<br />
e não é recomendada para grávidas, pois<br />
provoca a contração de músculos e do<br />
útero.<br />
CÂNFORA (Artemisia camphorata): A<br />
infusão das folhas é usada em casos de<br />
fraqueza. É benéfica para o fígado e intestinos,<br />
usada como calmante e em casos<br />
de enjoos e excesso de gases. O óleo<br />
ou álcool dre cânfora é usado para aliviar<br />
dores reumáticas e nevralgias.<br />
CARAMBOLA (Averhoa carambola):<br />
Ótimo diurético, ajuda a eliminar pedras<br />
nos rins e na bexiga, combate febres<br />
e ameniza o diabetes..<br />
CARALUMA (Caralluma fimbriata):Na<br />
Índia a Caralluma Fimbriata, um cactus<br />
suculento e comestível que pertence<br />
à família das Asclepiadáceas é usado<br />
como um alimento inibidor da fome e<br />
da sede. Nesta região, a planta foi usada<br />
durante séculos pelos povos nativos<br />
para enganar a fome durante as longas<br />
jornadas para caçar. Por essa razão ficou<br />
conhecida como “comida da fome”.<br />
Compostos extraídos desse cacto indiano<br />
de uso milenar interferem na sensação<br />
de saciedade, suprimindo o apetite.<br />
São substâncias que simulam a ação do<br />
neuropeptídio Y, que, presente naturalmente<br />
no nosso cérebro, é responsável<br />
pelo aumento da saciedade. Os estudos<br />
realizados com o extrato da Caralluma<br />
fimbriata indicam que com esta ação, a<br />
redução no apetite é de no mínimo 30%.<br />
A Caralluma fimbriata quando ingerida<br />
bloqueia a atividade de várias enzimas<br />
responsáveis pela formação de gordura<br />
forçando o organismo a queimar a gordura<br />
armazenada. A Caralluma também<br />
funciona controlando o mecanismo cerebral<br />
responsável pelo apetite, o que<br />
faz com que a pessoa tenha a sensação<br />
de estômago cheio. Além disso, a<br />
Caralluma Fimbriata é um suplemento<br />
natural que ajuda a melhorar os níveis<br />
energéticos do organismo.<br />
CARAPIÁ (Dorstennia arifolia): Depurativo,<br />
estimulante digestivo e age contra<br />
anemia. A raiz é empregada como cataplasma<br />
para apressar a cicatrização de<br />
ossos fraturados.<br />
CARDAMOMO (Elettaria subulatu;<br />
cardamomum): Tem efeito digestivo,<br />
anti-séptico, diurético, laxante e expectorante.<br />
Usada popularmente para eliminar<br />
a H. pylori, a bactéria associada a<br />
úlceras. No Oriente, ganhou a fama de<br />
ser afrodisíaco. A semente dessa planta<br />
da família do gengibre, de folhas grandes<br />
e flores brancas, era mascada pelos<br />
egípcios para refrescar o hálito e limpar<br />
os dentes. Especiaria aromática de sabor<br />
adocicado, refrescante e picante, o<br />
cardamomo vem de uma planta de 1,50<br />
metro de altura originária de Malabar,<br />
ATENÇÃO: Estas informações apresentam apenas<br />
finalidades informativas e não devem ser<br />
usadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir<br />
qualquer doença e muito menos substituir cuidados<br />
médicos adequados.
32 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Uma dúzia de segredos<br />
escondidos no seu iPhone<br />
que talvez ainda não conhece...<br />
Joana Araújo (*)<br />
Ouvir música com<br />
temporizador<br />
Se é daquelas pessoas que<br />
só adormece ao som de<br />
boa música, saiba que pode<br />
programar o seu iPhone para<br />
desligar o som ao fim de<br />
um certo tempo. Basta ir à<br />
aplicação do relógio, abrir o<br />
temporizador, definir ao fim<br />
de quanto tempo pretende<br />
que a música se desligue,<br />
carregar em “Radar” e, no<br />
final da lista, escolher a opção<br />
“Parar a reprodução”.<br />
Criar padrões de<br />
vibração<br />
Nos iPhones é possível<br />
definir diferentes padrões<br />
de vibração para os vários<br />
tipos de notificação. Para isso<br />
vá às definições, escolha o<br />
separador “Sons”, seleccione<br />
um dos tipos de toque (por<br />
exemplo, “Toque de SMS”),<br />
carregue em “Vibração” e,<br />
por fim, carregue também na<br />
opção “Criar vibração”. Toque<br />
com o dedo no ecrã para criar<br />
o seu padrão.<br />
Notificações com<br />
flash<br />
Se está constantemente a<br />
perder chamadas e nem a<br />
vibração e os sons de aviso<br />
são suficientes, pode usar o<br />
flash para emitir um alerta<br />
luminoso sempre que há<br />
uma notificação nova. Para<br />
isso aceda às definições, vá<br />
a “Geral”, entre na secção<br />
de “Acessibilidade” e ligue a<br />
opção “Avisos com flash LED”.<br />
Abanar para reverter<br />
Imagine que está a escrever<br />
um texto longo. De repente,<br />
carrega onde não deve e<br />
apaga tudo sem querer. Pois<br />
bem: a forma mais fácil de<br />
reverter as alterações é…<br />
agitando o seu telemóvel.<br />
Isso mesmo. Ao abanar o<br />
aparelho, activará uma caixa<br />
de diálogo que lhe permitirá<br />
reverter as alterações<br />
que fez sem intenção. É,<br />
possivelmente, uma das<br />
funcionalidades mais<br />
desconhecidas do iPhone.<br />
Apagar a cache de<br />
uma aplicação<br />
Se nota alguma lentidão<br />
enquanto usa alguma<br />
aplicação, experimente<br />
esvaziar a cache. Como? Basta<br />
carregar, repetidamente,<br />
dez vezes num dos botões<br />
ao fundo do ecrã, de forma<br />
rápida mas ritmada. O ecrã<br />
ficará branco e a aplicação<br />
deverá reiniciar, como nova.<br />
Mostrar a hora de<br />
cada mensagem<br />
A aplicação iMessage<br />
não mostra a hora a que<br />
determinada mensagem foi<br />
enviada ou recebida, mas<br />
isso não quer dizer que essa<br />
informação não esteja lá. Para<br />
a ver, arraste o ecrã da direita<br />
para a esquerda. Assim, a<br />
hora de cada mensagem<br />
aparecerá imediatamente.<br />
Ver todas as<br />
abas fechadas<br />
recentemente<br />
Quantas vezes fechou uma<br />
aba do Safari por engano?<br />
Ou precisou de regressar a<br />
uma página na qual tinha<br />
estado há tão pouco tempo?<br />
Felizmente, não tem de voltar<br />
a abrir tudo manualmente.<br />
Ao premir o botão + durante<br />
algum tempo, o browser<br />
abrirá uma lista com as abas<br />
fechadas recentemente.<br />
Basta escolher a que pretende<br />
voltar a abrir.<br />
Nivelar superfícies<br />
com o iPhone<br />
Sim, existem aplicações para<br />
transformar o seu telemóvel<br />
num autêntico nível. Mas<br />
quem quer descarregar<br />
aplicações e gastar espaço de<br />
armazenamento quando esse<br />
instrumento já vêm incluído<br />
no telemóvel? Isso mesmo:<br />
abra a bússola e deslize o<br />
dedo no ecrã, da direita para<br />
a esquerda. Aí está o nível da<br />
Apple.<br />
Partilhar<br />
informação médica<br />
As nossas informações<br />
médicas podem fazer a<br />
diferença numa situação de<br />
emergência e os iPhones<br />
permitem ter uma aba no<br />
ecrã de bloqueio com todas<br />
essas informações — idade,<br />
tipo sanguíneo e por aí em<br />
diante. Para activar essa<br />
funcionalidade, basta abrir a<br />
aplicação “Saúde” e preencher<br />
o seu registo médico, ligando<br />
a opção “Mostrar no ecrã<br />
de bloqueio”. O seu registo<br />
médico (Medical ID) passará<br />
a estar disponível no ecrã de<br />
bloqueio do seu aparelho.<br />
Filtrar os e-mails<br />
que ainda não leu<br />
Recebe montanhas de<br />
correspondência electrónica<br />
todos os dias? E que tal não a<br />
misturar com a que já leu? O<br />
iPhone permite fazer isso de<br />
forma fácil e rápida. Abra a<br />
aplicação “Mail”, deslize para<br />
abrir a aba lateral, escolha<br />
“Editar” e ative a caixa de<br />
correio “Por ler”. Assim, todos<br />
os e-mails não lidos ficarão<br />
disponíveis num separador<br />
específico.<br />
“Night Shift” e<br />
baixo consumo em<br />
simultâneo<br />
Aqui há truque: o iPhone não<br />
deixa usar o modo noturno<br />
(“Night Shift”) e o modo de<br />
baixo consumo ao mesmo<br />
tempo. Contudo, há uma<br />
forma de enganar o telemóvel<br />
para que isso aconteça.<br />
Primeiro, ative o modo de<br />
baixo consumo no separador<br />
“Bateria”, nas definições do<br />
aparelho. Depois, peça à Siri<br />
para activar o “Night Shift”. A<br />
assistente irá dizer que, para<br />
o fazer, terá de desactivar o<br />
modo de baixo consumo. Diga<br />
que sim. Porém, antes de a<br />
Siri confirmar a alteração,<br />
bloqueie o telemóvel. Quando<br />
escutar o som de bloqueio,<br />
volte a desbloqueá-lo. Já<br />
deverá ter os dois modos<br />
activados.<br />
Hard Reset<br />
E se o seu iPhone anda-lhe a<br />
dar problemas, experimente<br />
fazer-lhe um hard reset.<br />
Basta premir o botão de<br />
bloqueio e o botão central<br />
em simultâneo, durante<br />
cinco segundos. O aparelho<br />
irá desligar-se, esvaziando<br />
a cache, limpando a RAM e<br />
fechando todas as aplicações<br />
abertas. Quando o ligar, o seu<br />
iPhone já deverá ter outra<br />
vida.<br />
in, La Voz Del Muro<br />
Coordenação: Joana Araújo
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Carneiro<br />
Ao longo deste mês, você estará<br />
intensamente envolvido<br />
com questões emocionais, financeiras<br />
e espirituais. O seu<br />
planeta regente, Marte, em<br />
movimento retrógrado, retornará<br />
ao signo de Escorpião, o<br />
que indica irá enfrentar antigas<br />
dívidas, sejam elas emocionais<br />
ou materiais. É um<br />
momento de você resolver<br />
pendências, de estar disposto<br />
a transformar-se e curar.<br />
Na vida amorosa, é um importante<br />
momento para estreitar<br />
os vínculos emocionais, agir<br />
com mais sensibilidade e carinho<br />
e valorizar o afecto. A<br />
relação familiar será muito<br />
importante para si, bem como<br />
um ambiente que lhe propicie<br />
a nutrição emocional.<br />
Touro<br />
Antigas questões dos seus relacionamentos<br />
voltam à tona<br />
ao longo deste mês. Teremos<br />
o movimento retrógrado de<br />
Marte no sector de relações e<br />
parcerias, é uma bela oportunidade<br />
de você curar antigos<br />
padrões e emoções. Terá que<br />
se perdoar e também perdoar<br />
as pessoas com quem<br />
tem algo muito importante a<br />
resolver. Podem retornar antigos<br />
sentimentos, inclusive<br />
pessoas. É hora da transformação<br />
e da cura.<br />
Gémeos<br />
Saúde, trabalho e uma revisão<br />
no seu estilo de vida caracterizam<br />
este mês ao signo Gémeos.<br />
Teremos o movimento<br />
retrógrado do planeta Marte<br />
justamente no sector de trabalho<br />
e saúde, o que pedirá<br />
uma revisão de suas atitudes<br />
e uma modificação de hábitos<br />
para ter, de facto, uma<br />
vida mais saudável. É hora de<br />
curar aquelas antigas feridas<br />
da alma e quem sabe até mesmo<br />
do corpo. É um momento<br />
em que você deve estar mais<br />
consciente da influência das<br />
emoções sobre a saúde.<br />
Afectivamente, o mês é importante<br />
para você ter vínculos<br />
mais carinhosos e sensíveis<br />
com quem você ama e<br />
reflectir se há uma identidade<br />
de valores e ideais. É um<br />
momento oportuno para agir<br />
Horóscopo<br />
com mais carinho, especialmente<br />
na convivência doméstica.<br />
Caranguejo<br />
Amor, sentimentos, criatividade<br />
e contacto com a criança<br />
interior caracterizam este<br />
intenso mês para o signo Caranguejo.<br />
É uma bela oportunidade<br />
de você resgatar a sua<br />
essência afectiva, inclusive<br />
podem retornar alguns sentimentos<br />
que é importante<br />
você observar com mais profundidade.<br />
É hora de uma profunda<br />
transformação emocional,<br />
sem dúvida, a mais importante<br />
de <strong>2016</strong>.<br />
Leão<br />
É hora de um encontro muito<br />
profundo e intenso consigo.<br />
Este mês marca um mês onde<br />
as questões privadas, subjectivas,<br />
ligadas à família, às<br />
emoções e à intimidade estão<br />
enfatizadas. É um momento<br />
muito importante também<br />
para você cuidar mais das relações<br />
de amizade e perceber<br />
quem são os seus verdadeiros<br />
companheiros de jornada.<br />
Afectivamente, é muito importante<br />
ser amigo de quem<br />
você ama e entender que o<br />
amor é uma energia espiritual<br />
e que a base dele é o amor-<br />
-próprio, sem ele fica difícil<br />
você se relacionar de uma<br />
forma madura. Este mês é um<br />
dos meses mais importantes<br />
de <strong>2016</strong> em relação à conscientização<br />
e transformação<br />
emocional.<br />
Virgem<br />
Este mês pede que você tenha<br />
um olhar mais aguçado e profundo<br />
sobre a realidade. É um<br />
mês onde podem retornar antigos<br />
interesses emocionais<br />
e intelectuais. É um belo momento<br />
para retomar antigos<br />
projectos, estudos, leituras e<br />
contactos que vão justamente<br />
ter o efeito de fazer você<br />
questionar a realidade em que<br />
está inserido. É um mês também<br />
muito importante para a<br />
carreira e para você exercer o<br />
seu poder de comunicação.<br />
Afectivamente, estarão enfatizadas<br />
as relações de amizade<br />
que, inclusive, poderão<br />
acabar se transformando em<br />
algo mais profundo. O amor<br />
se nutre desse companheirismo<br />
e amizade.<br />
Balança<br />
Chegou a hora de você resolver<br />
pendências materiais<br />
e emocionais que talvez o<br />
acompanham há muito tempo.<br />
Teremos neste mês o retorno<br />
do planeta Marte ao<br />
sector de finanças, ainda em<br />
movimento retrógrado, o que<br />
pede um novo olhar sobre a<br />
forma como você tem lidado<br />
com o dinheiro e também<br />
quais são os seus verdadeiros<br />
recursos, potenciais e habilidades.<br />
Dívidas financeiras ou<br />
emocionais devem ser saldadas<br />
neste período.<br />
Escorpião<br />
Este mês pode ser um dos<br />
mais desafiadores de <strong>2016</strong><br />
para o signo Escorpião, mas<br />
é também a possibilidade de<br />
uma importante reciclagem<br />
pessoal, de um renascimento.<br />
Isso está simbolizado astronomicamente<br />
pelo movimento<br />
retrógrado do planeta Marte<br />
no seu signo, que pede uma<br />
reavaliação de suas atitudes e<br />
motivação. Teremos também<br />
a lunação ocorrendo no sector<br />
de transformações do signo<br />
Escorpião. É, sem dúvida, um<br />
mês que pede um mergulho<br />
muito profundo para a cura e<br />
o renascimento.<br />
Sagitário<br />
Este mês é um mês de limpezas,<br />
de finalizações e de<br />
resolução de pendências das<br />
almas e das emoções: é assim<br />
que pode ser caracterizado<br />
este mês. É um momento de<br />
fechar um longo ciclo e de rever<br />
as suas atitudes em relação<br />
a sentimentos e pessoas.<br />
As limpezas que já estavam a<br />
ocorrer ao longo dos últimos<br />
anos se intensificam agora.<br />
É o momento de você saber<br />
se perdoar e, quem sabe, até<br />
mesmo buscar um auxílio psicológico<br />
ou terapêutico que<br />
lhe auxilie a superar as suas<br />
dificuldades.<br />
Afectivamente, este mês é<br />
muito importante e marca o<br />
período de uma maior intensidade<br />
emocional, onde você<br />
Lusitano de Zurique<br />
33<br />
deve cuidar inclusive para não<br />
agir de forma carente, controladora<br />
ou manipulada. É um<br />
momento em que a sexualidade,<br />
a intimidade e o carinho<br />
estarão intensificados.<br />
Capricórnio<br />
Este mês é muito importante<br />
para a vida profissional do<br />
signo Capricórnio, assim como<br />
para os cuidados com a saúde<br />
e a revisão dos seus hábitos e<br />
estilo de vida. Agir com mais<br />
coerência e inteligência faz<br />
parte dos desafios deste mês.<br />
É também um período oportuno<br />
para retomar antigas<br />
amizades e relacionamentos<br />
onde há importantes questões<br />
a serem resolvidas e, talvez,<br />
curadas.<br />
Aquário<br />
Este mês traz ao signo Aquário<br />
o retorno de antigas situações<br />
no âmbito emocional, profissional<br />
ou financeiro que você<br />
achava que já estavam resolvidas,<br />
mas que requerem um<br />
outro olhar e novas soluções.<br />
É um mês muito importante<br />
para o resgate da sua essência<br />
e é um período também<br />
marcado pela importância da<br />
conexão com a sua criança interior<br />
e uma expressão mais<br />
leve dos seus sentimentos.<br />
Afectivamente, este mês é caracterizado<br />
por uma energia<br />
de diálogo, uma energia muito<br />
afetuosa e sensível, mas<br />
você deve evitar agir com base<br />
na carência e na dependência.<br />
Converse mais com o seu parceiro<br />
e exerça o amor-próprio<br />
e a auto-estima.<br />
Peixes<br />
Introspecção, reflexão, família,<br />
vida privada e desenvolvimento<br />
espiritual são as características<br />
mais importantes<br />
deste mês ao signo Peixes. É o<br />
momento de você se reconectar<br />
com a sua essência e com<br />
aquilo que lhe é sagrado. Antigos<br />
projectos relacionados a<br />
viagens, estudos, a questões<br />
que envolvem justiça ou desenvolvimento<br />
espiritual voltarão<br />
à tona, e será necessário<br />
uma atitude muito consciente<br />
para resolvê-los.<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />
Espanhóis no Alentejo<br />
Tinha acabado de chegar<br />
ao Alentejo uma excursão<br />
de espanhóis. Ao verem um<br />
alentejano, o guia comunicou<br />
aos passageiros:<br />
- Ahora me voy hablar con<br />
ese portugues alentejano...<br />
- e foi ter com o alentejano:<br />
- Hola, como te llamas?<br />
- Toino...<br />
- Yo también me llamo Antonio<br />
! Cual és tu profesión<br />
?<br />
- Sou músico...<br />
- Yo también soy musico...<br />
Y que tocas ?<br />
- Toco trompete, e tu ?<br />
- Yo también toco trompete.<br />
Una vez fue a la Fiesta<br />
de Nuestra Señora de los<br />
Remédios y toqué tan bien,<br />
que a Señora bajó del andor<br />
y empezó a llorar.<br />
E replicou o alentejano:<br />
- E ê fui uma vez à Festa<br />
do Senhor dos Passos e<br />
toquei tan bem, tan bem,<br />
que o Senhor largou a cruz,<br />
agarrou-se a mim e disse-<br />
-me: ‘Ah, g’anda Toino, tocaste<br />
melhor que o cabrão<br />
do espanhol que fez chorar<br />
a minha mãezinha.<br />
Gagos<br />
Um casal tinha um filho<br />
muito gago que só falava<br />
bem a cantar. Um dia, ele<br />
foi<br />
com o pai ao cemitério e<br />
pelo caminho uma mota<br />
atropelou o pai. Aflitíssimo,<br />
o filho vai a casa contar à<br />
mãe:<br />
- Ó m-m-mãe, o p-p-pai f-<br />
-f-foi...<br />
- Fala a cantar, meu filho! -<br />
diz a mãe.<br />
- Ó í ó ai, o meu pai atropelou-se!!!<br />
Cegos<br />
Um cego num bar de loiras<br />
Um cego entra num bar,<br />
senta-se ao balcão e pede<br />
uma bebida. A bebida chega<br />
e depois de algum tempo<br />
o cego grita:<br />
- Vou contar uma piada de<br />
loiras!<br />
A mulher que está sentada<br />
ao seu lado diz:<br />
- Já que és cego, vou-te avisar<br />
de 5 coisas antes de resolveres<br />
contar a piada:<br />
- Primeira, o barman é uma<br />
mulher loira;<br />
- Segunda, o gerente é uma<br />
mulher loira.<br />
- Terceira, eu sou uma loira<br />
de 1, 75m e 90kg.<br />
- Quarta, a mulher ao meu<br />
lado é uma loira profissional<br />
em Karate.<br />
- Quinta, do teu outro lado<br />
tens uma loira professora<br />
de Kung Fu.<br />
- Tens a certeza que ainda<br />
queres contar a piada ?<br />
O cego responde:<br />
- Então deixa lá… Se vou ter<br />
de explicar 5 vezes desisto!<br />
Apresentação<br />
Primeiro dia de aula. A professora<br />
chama os alunos<br />
um por um para os conhecer:<br />
- Digam-me o vosso primeiro<br />
e último nome e a<br />
profissão do vosso pai, para<br />
nos conhecermos melhor.<br />
- Eu sou a Solange Bernardes,<br />
e o meu pai é advogado.<br />
- Eu sou o Roberto Fagundes,<br />
e o meu pai é médico.<br />
- Eu sou o André Gonçalves,<br />
e meu pai faz strip-tease<br />
numa boite de<br />
gays.<br />
A classe cai num silêncio<br />
sepulcral. Mas a professora<br />
muda rapidamente de<br />
assunto. No recreio, como<br />
é lógico, todos evitam o<br />
André. Até que um colega<br />
mais curioso chega perto<br />
dele e pergunta:<br />
- É verdade que o seu pai<br />
tira a roupa na frente das<br />
pessoas?<br />
- Não... Disse isso porque<br />
ele é jogador do Sporting e<br />
tive vergonha de contar.<br />
(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Júnior<br />
Lusitano de Zurique<br />
35<br />
Sopa de<br />
letras<br />
Encontre os países<br />
Coordenação: Joana Araújo
36 Lusitano de Zurique Literatura<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Mais um dia da minha<br />
vida que se foi<br />
Carmindo de<br />
Carvalho<br />
Acordei. Já eram duas e vinte e cinco.<br />
Senti e pensei : Tenho que ir à casa de<br />
banho despejar a carga líquida da canalização.<br />
Três e trinta. Outra vez à casa de banho<br />
desta vez para despejar a carga sólida<br />
da caminete.<br />
Tornei a adormecer . Tornei a acordar.<br />
O relógio marcava quatro e catorze.<br />
Não sei há quanto tempo são quatro e<br />
catorze. Depressa tento desligar o despertador<br />
antes que chegue às quatro e<br />
quinze.<br />
Consegui e assim evitei acordar a minha<br />
mulher, que dormia e desta vez incrivelmente<br />
sem ressonar!<br />
Levantei-me.<br />
Dois dedos molhados nos olhos e pronto.<br />
Porque àquelas horas é tudo feito<br />
acelerado ...<br />
Apanhei a merenda enfiei-a no saco e<br />
fiz-me a mais um dia de trabalho.<br />
Na rua industriestrasse o carro galgou<br />
a passagem de nível e logo a seguir na<br />
esquina onde funcionou a peixaria do Zé<br />
de Bischofszell, de relance, vi um vulto<br />
que em alucinação me fez lembrar o<br />
meu amigo e colega João Caçoila porque<br />
era ali que me esperava e nos juntávamos<br />
aos outros, um Italiano, um Espanhol,<br />
um Turco, e juntos no mesmo carro<br />
íamos para o trabalho. E assim todos<br />
nós pensávamos que poupávamos o carro<br />
e combustível.<br />
No meu caso, combustível sim mas o<br />
carro não, porque como ali ficava naquela<br />
garagem estrela, nos invernos<br />
mais rigorosos, semanas em cima de<br />
semanas coberto de neve, estragava-se<br />
mais do que se andasse a circular.<br />
Uma vez, tinha chegado a casa já bem<br />
atravessado ou bem galado com se diz<br />
por estas bandas ( bêbado não porque<br />
bêbado que se preze nunca admite que<br />
está bêbado), e acordei também mal<br />
dormido e decidi não ir trabalhar.<br />
“É melhor assim do que ir e causar algum<br />
acidente”, pensei.<br />
Então fui à varanda e informei o Caçoila.<br />
Esta foi uma das duas vezes em trinta e<br />
um ano de Suíça, que me lembro de ter<br />
faltado ao trabalho por esse motivo.<br />
A outra vez também cheguei nas mesmas<br />
condições.<br />
Acordei já muito tarde, para lá da hora<br />
de ter de ir e entrei numa onda de não<br />
acreditar nos relógios todos que havia<br />
lá em casa e eram muitos! Aliás como<br />
ainda hoje são. Uma quinzena. Dependurados,<br />
sentados, manuais, eléctricos<br />
instalados em aparelhagens etc. E fui ao<br />
carro confirmar no relógio dele. O meu<br />
carro e esse relógio eram os meus companheiros<br />
de luta... e pensei que só nele<br />
podia acreditar. Mas também esse confirmou.<br />
A hora de ter de ir já tinha ido.<br />
Olha, assim como assim, vou ferrar o galho<br />
outra vez.<br />
Ferrar mais nada não podia porque a minha<br />
mulher estava em brasa, mas brava<br />
de zangada.<br />
Se eu estava atravessado não me podia<br />
lembrar disto tudo, não é? Pois claro, foi<br />
ela que depois me fez a reportagem. E<br />
eu acreditei.<br />
Quando cheguei à fábrica era já manhã<br />
clara, por exemplo: já daria para ler uma<br />
carta . O grande e nobelado escritor Gabriel<br />
García Márquez, escreveu: “ Ninguém<br />
escreve ao Coronel.”<br />
“ Ninguém escreve ao Sargento.” Pensei.<br />
O dia amanheceu com algumas nuvens<br />
que lá em cima se movem como beldades<br />
em passereles.<br />
Parece-me que o sol se, se dignar aparecer,<br />
vai mostrar-se triste. ( Algumas<br />
vezes também ele entristece ... )<br />
O meu Sol que era sorridente é que há<br />
muito tempo que se foi, há muito tempo<br />
que não o sinto, não o vejo, não lhe ponho<br />
a vista em cima ... Nem a vista nem<br />
mais nada de nada ...<br />
Na fábrica alguns colegas do turno<br />
da noite, arrastavam-se pelo corredor<br />
como autómatos, amarelecidos, sonâmbulos<br />
mal encarados como os zombies<br />
que tenho visto nos filmes, a vaguearem,<br />
arrastando-se vagarosamente e<br />
desengonçados, mas com um apetite<br />
voraz.<br />
Chegou a hora de parar de pensar e começar<br />
a laborar.<br />
Parar de pensar porque ali não é necessário<br />
pensar, basta obedecer e executar.<br />
De preferência apenas isso e nada mais.<br />
E assim, foi mais um dia da minha vida<br />
que se foi.<br />
Junho, <strong>2016</strong><br />
© Guedal
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Poesia<br />
Lusitano de Zurique<br />
37<br />
Colaboradores do Lusitano de Zurique<br />
presentes no encontro de homenagem de ex-combatentes em Lisboa<br />
O encontro de <strong>2016</strong> realizou-se em Junho<br />
no Real Palácio Hotel em Lisboa.<br />
Foi um encontro pleno de simbolismo,<br />
recordações e emoções. Foi o primeiro<br />
após a morte do nosso Comandante<br />
Santos Jorge.<br />
Neste evento foram recordados e homenageados<br />
os camaradas já falecidos.<br />
Euclides Cavaco compôs o poema e António<br />
Manuel Ribeiro dos UHF deu a voz<br />
a um trabalho composto para o tributo<br />
póstumo do Comandante Santos Jorge.<br />
(ver nesta página.<br />
Neste encontro de homenagem a Santos<br />
Jorge, Capitão de Abril, tivemos a<br />
honra da presença de nosso colaborador<br />
e também amigo Coronel Carlos<br />
Matos Gomes, que pertenceu à primeira<br />
Comissão Coordenadora do Movimento<br />
dos Capitães na Guiné, foi membro da<br />
Assembleia do MFA e é escritor.<br />
Falou sobre a actualidade, das suas experiências<br />
no teatro de guerra mas não só...<br />
(veja o vídeo qui: http://twixar.me/mss )<br />
PÓSTUMO TRIBUTO AO NOBRE<br />
AMIGO E CAMARADA<br />
SANTOS<br />
JORGE<br />
SANTOS JORGE grande amigo<br />
Deixaste em nós a saudade<br />
Dos bons momentos contigo<br />
Numa fraterna amizade.<br />
Adeus amigo... Partiste<br />
Tão cedo roubado à vida<br />
Nossa alma ficou triste<br />
Chorando a tua partida.<br />
Tristeza que embarga a voz<br />
E coração de amargura<br />
Que faz curvar todos nós<br />
Perante um véu de negrura.<br />
Da amizade um expoente<br />
Tua alma era só nobreza<br />
E tratavas toda a gente<br />
Com simpatia e franqueza.<br />
Modelo do altruísmo<br />
Genuíno e delicado<br />
Qual símbolo de humanismo<br />
Digno de ser venerado.<br />
Nesta póstuma homenagem<br />
De sentimento e respeito<br />
Em verso fica a mensagem<br />
Do nosso profundo preito.<br />
Euclides Cavaco<br />
Vídeo: http://twixar.me/Tss
38 Lusitano de Zurique Últimas<br />
Julho/Agosto <strong>2016</strong><br />
Salgueiro Maia condecorado 42<br />
anos depois do 25 de Abril<br />
Manuel Araújo<br />
Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a título<br />
póstumo com a Grã-Cruz da Ordem do Infante, Salgueiro Maia o<br />
rosto mais conhecido da Revolução dos Cravos.<br />
No seu discurso de homenagem, referindo-se ao seu antecessor disse<br />
que - “pode haver quem, por distracção, pode considerar que é mais importante<br />
o que não é, não preste a homenagem devida no tempo devido.<br />
Mas há sempre a hipótese de reparar. Essa reparação histórica, esse reconhecimento<br />
histórico está feito”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.<br />
Fernando Salgueiro Maia morreu de cancro a 4 de Abril de 1992, há 24<br />
anos. Três anos antes, em 1989, quando já estava doente, o então primeiro-ministro,<br />
Aníbal Cavaco Silva, recusou-se a conceder-lhe uma<br />
pensão “por serviços excepcionais e relevantes”. A atitude do então<br />
chefe do Governo provocou um imenso coro de protestos nos mais<br />
variados sectores da sociedade portuguesa.<br />
Recorde-se ainda que Cavaco enquanto primeiro-ministro decidiu<br />
atribuir idêntica pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS.<br />
Marcelo ladeado pela viúva do Capitão de Abril, pelo<br />
filho adoptivo deste e pela neta. Foto: JOÃO RELVAS<br />
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