NOVEMBRO 2016 - edição 223

Propriedade e administração: 

Centro Lusitano de Zurique 

Birmensdorferstrasse 48 

8004 Zürich 

Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 223 | Novembro 2016 | Mensal | Gratuito 

Tel.: 044 241 52 60 

Fax: 044 241 53 59 

Web: www.cldz.ch 

E-mail: info@cldz.ch 

“Prometo trazer 

mais taças e levar a 

bandeira de Portugal 

bem lá em cima 

em grandes 

competições” 

Página 17 

Pág. 3 

Editorial Entrevista 

Actualidade 

O CLZ agradece a todos os 

sócios que enviem os seus dados e 

uma foto tipo passe, para a elaboração 

de novo cartão. 

Pág. 7 

“Foi muito gratificante 

todos estes anos no CLZ“ 

Pág. 23 

CCP - Carta aberta à Comunidade.

2 Lusitano de Zurique Publicidade 

Novembro 2016 

Edição anterior 


Birmensdorferstr, 48 

8004 Zürich 

www.cldz.ch - info@cldz.ch 

Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55 

Cursos de alemão 076 332 08 34 

Direcção 

Futebol 

InCentro 

Publicidade 

Rancho folclórico 

044 241 52 60 / info@cldz.ch 

———————————————_ 

incentro@cldz.ch 

079 222 09 14 / alves.armindo@kronschnabl.ch 

076 344 15 40 / rancho@cldz.ch 

Vamos contar uma história 079 647 01 46 

Consulado Geral de Portugal em Zurique 

Zeltweg 13 - 8032 Zurique 

Tel. Geral: 044 200 30 40 

Serviços de ensino: 044 200 30 55 

Serviços sociais: 044 261 33 32 

Abertura de segunda a sexta-feira das 

08:30 às 14:30 horas 

Embaixada de Portugal 

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15 

Secção consular: 031 351 17 73 

Serviçoa sociais: 031 351 17 42 

Serviços de ensino: 031 352 73 49 

Serviços municipais de informação para 

imigrantes - Zurique (Welcome Desk) 

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique 

Tel.: 044 412 37 37 

Polícia 117 

Bombeiros 118 

Ambulância 144 

Intoxicações 145 

Rega 1414 

Pág. 3 

Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 222 | Outubro 2016 | Mensal | Gratuito 

Propriedade e administração: 


Birmensdorferstrasse 48 

8004 Zürich 

Tel.: 044 241 52 60 

Fax: 044 241 53 59 

Web: www.cldz.ch 

E-mail: info@cldz.ch 

Rancho Folclórico do Centro Lusitano de Zurique 

FUTURO 

ASSEGURADO 

Pág. 8+9 

Vigésimo 

Sétimo Aniversário 

do Rancho do 

Centro Lusitano de 

Zurich 

Editorial Ensino 

Actualidade 

Suíços reprovaram 

Inovar no Ensino do 

Lei de “Expulsão de estrangeiros 

criminosos” entra em 

o aumento para os 

Português no Estrangeiro 

aposentados 

(EPE) 

vigor a 1 de Outubro 

Pág. 17 

Pág. 20 

Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH 

Katholische Mission der Portugiesischsprechenden 

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich 

Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com 

Horário de atendimento: 

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h


Editorial 

Lusitano de Zurique 

3 

“Marcelinho“ dos portugueses 

Foi mais uma vez num ambiente de euforia e braços abertos que a comunidade portuguesa, 

desta vez na Suíça, recebeu o seu mais recente Presidente. Quase visto por muitos 

como o novo salvador da Pátria, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou Genebra e Berna, onde 

não apenas esteve com a comunidade portuguesa, mas com o presidente da Confederação 

Suíça, Johann N. Schneider-Ammann e com o Chanceler da Confederação Suíça, Walter 

Thurnherr. 

Sem fazer promessas ouviu as queixas dos portugueses em relação aos impostos sobre as 

pensões dos emigrantes assim como os lesados do banco BES e como bom actor televisivo 

distribuiu beijinhos e abraços de conforto, assim como agradeceu o apoio económico 

que a comunidade residente na suíça tem dado a Portugal nos últimos anos 

Também aqui na Suíça o nosso presidente teve atenção televisiva, sendo noticia do dia, 

pelo seu encontro entre presidentes. 

Numa altura em que se debate a aplicação das medidas contra a emigração de massa, 

que pode por em causa muitos dos contratos bilaterais com a Europa e, que por efeito, ira 

prejudicar os portugueses, este encontro serviu, segundo os presidentes, pelo contrario: 

para intensificar as relações entre ambos os países. 

Sandra Ferreira - Directora 

Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28 

lusitanozurique@gmail.com 

Aos Sócios do C.L.Z. : 

1 - O Centro Lusitano de Zurique pretende elaborar um cartão de sócio 

para todos os seus sócios. Para tal agradece a todos os sócios que enviem 

os seus dados (nome e morada actual) assim como uma fotografia 

(foto de cara) para que estes possam ser elaborados o mais rápido possível. 

O envio pode ser feito por carta para a morada do centro ou por 

e-mail. 

2 - Junto com o envelope que alberga a revista que os sócios irão receber 

este mês, vai um Formulário para reserva do lugar na Festa de 

Natal que se realiza no Domingo dia 11.2.2016, no Turnhalle Unterrohr 

em Schlieren pelas 13:00 Horas, o qual agradecemos que o preencham e 

devolvam logo que possível 

Desde já agradecemos a todos os sócios. 

Ficha técnica Nota: Os artigos assinados re fle ctem tão-somente a opinião dos seus autores e não vinculam necessariamente a Direcção desta Revista 

Propriedade 


8004 Zürich 

Redacção e Colaboração 

4 Cristina Fernandes Alves CC nº32 

4 Maria José Bernardo CC nº29 

4 Pedro Nabais CC nº 30 

Publicidade: 

alves.armindo@kronschnabl.ch 

Tel.: 079 222 09 14 

Email: info@cldz.ch 

4 Joana Araújo CC nº27 

4 Jorge Rodrigues CC nº33 

Edição, composição e paginação 

Manuel Araújo -Jornalista 4365 

Administração 

4 Daniel Bohren 

Braga – Portugal 


4 Zuila Messmer 

araujo@manuelaraujo.org 

4 Domingos Pereira 

Tel.:(+351) 912 410 333 

4 Carmindo de Carvalho 

4 Euclides Cavaco 

4 Carlos Ademar 4Carlos Matos Gomes 

4 Jo Soares 4Carlos Paz 

Directora 

4 Sandra Ferreira - CC nº28 

lusitanozurique@gmail.com 

Sub-director 

4 Armindo Alves - CC nº31 

alves.armindo@kronschnabl.ch 

Outras fontes: 

Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus 

autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique. 

Impressão: DM Braga 

Tiragem: 2000 exemplares 

Periodicidade: Mensal 

Distribuição gratuita 

Esta publicação não adopta 

nem respeita o (des)Acordo 

Ortográfico 

Publicidade

4 Lusitano de Zurique Novembro 2016 

Comunidade 

Em Genebra 

Centro Lusitano Zurique dá as boasvindas 

ao Presidente da República 

Armindo Alves 

O “Grupo de Cavaquinhos do Centro Lusitano de Zurique” e a 

“Confraria de Saberes e Sabores de Portugal em Zurique” no 

passado dia 16 de Outubro estiveram presentes em Genebra, 

na recepção de boas-vindas ao Presidente da República Portuguesa 

Professor Marcelo Rebelo de Sousa. 

O Presidente foi recebido com muito carinho e entusiasmo, 

tanto pela comunidade portuguesa como pela comunidade 

Helvética. 

Marcelo Rebelo de Sousa iniciou a sua visita de três dias em 

Genebra e terminou em Berna e durante a sua estadia foi 

confrontado pela comunidade portuguesa em várias questões, 

principalmente na questão relacionada com o Banco 

Espírito Santo e também sobre a isenção dos impostos sobre 

as pensões que o governo português concede durante dez 

anos aos reformados estrangeiros, caso se queiram instalar 

em Portugal. São questões do conhecimento do actual Presidente 

e que serão analisadas para benefícios dos emigrantes. 

Na sua visita em Berna, ele visitou uma empresa onde constatou 

com a realidade da aprendizagem profissional do sistema 

Suíço. Gostou do que viu e ouviu e até referiu que seria 

uma ideia para realizar em Portugal. 

O Centro Lusitano de Zurique e a Confraria de Saberes e Sabores 

de Portugal de Zurique agradece o convite do Consulado 

de Zurique, na pessoa do Srenhor Cônsul Licínio Bingre 

do Amaral.


Comunidade 


5 

Rancho do C.L.Z. 

tem nova Direcção 

Sofia Azevedo 

O Rancho do Centro Lusitano 

tem 27 anos de existência. 

Com muito carinho recordamo-nos 

dos nossos tempos 

iniciais nesta grande família 

com o nome Rancho CLZ! Ao 

longo deste período, fomos 

todos juntos construindo um 

historial que nos enriquece e 

nos dá vontade de seguir em 

frente, continuando a trabalhar 

para dignificar o folclore e 

divulgar a nossa terra. 

Somos um Rancho folclórico 

de gente empenhada e disposta 

a trabalhar e por isso, 

o futuro só poderá ser bom. 

Vamos viver e sentir o folclore, 

dar continuidade à missão 

de defender os valores, 

princípios e tradições de um 

povo, cuja história queremos 

preservar. 

Agradecemos à direcção do 

Centro Lusitano, mas principalmente 

a cada membro do 

nosso Rancho, um a um, pela 

confiança que depositam 

nesta nova direcção. 

Sofia Azevedo, Arminda Macedo 

e António Peixoto. 

20 

ANOS 

NA SUÍÇA 

Residentes no Estrangeiro 

QUAL É O BANCO QUE ME DÁ 

AS BOAS-VINDAS, CÁ E LÁ? 

A Caixa. Com Certeza. Porque, quando voltamos a casa, queremos 

ser bem recebidos e estar sempre bem acompanhados. 

A Caixa tem várias soluções para que se sinta assim. Desde os 

Depósitos Caixa para poupar com maior segurança, aos novos 

Cartões para ter sempre o seu país na carteira e às condições 

vantajosas na aquisição de Imóveis em Portugal, para habitação 

ou investimento. 

Tem ainda o serviço Caixadirecta, disponível on-line, nas app e 

por telefone, 24 horas, todos os dias do ano, com uma equipa 

especializada em clientes residentes no estrangeiro. 

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A Caixa Geral de Depósitos S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.

6 Lusitano de Zurique Comunidade 


““Foi muito 

gratificante 

todos estes 

anos no CLZ“” 

Maria José Guedes 

Bernardo da Silva


Comunidade 


7 

Maria José Guedes Bernardo da Silva é 

uma das muitas portuguesas que reside 

em Zurique! Mulher determinada e 

com capacidade de enfrentar todos os 

desafios culturais, sociais e desportivos 

do C.L.Z. deixou-nos entrar na sua vida 

através desta pequena cavaqueira. 

De sorriso contagiante e olhar brilhante, 

esta pequena - grande mulher tem 

as mais variadas histórias para contar, 

sobre nós portugueses que durante os 

anos 80 decidimos recomeçar a vida 

neste país dos Alpes! 

Sempre bem-disposta e humorada a 

Maria José é conhecida como a Zé do 

Lusitano (pelo menos para mim). Sincera 

e directa ela tenta fazer o que melhor 

sabe em prol da nossa Comunidade. 

Está de parabéns pela dedicação do 

seu tempo livre ao voluntariado que ao 

longo de tantos anos pôs ao dispor de 

todos nós! 

Maria dos Santos 

Centro Lusitano de Zurique — Desde 

quando estás ligada a esta Associação 

Maria José da Silva — Estou ligada ao 

CLZ há cerca de 10 anos quando o meu 

marido entrou para a direcção foi aí que 

tomei conhecimento do trabalho que se 

fazia nos diversos departamentos. 

Mas foi no futebol que me integrei mais 

rápido pois havia um grupo espectacular 

na altura e fizemos coisas incríveis. Mas 

foi em 2007 que entrei para a direcção 

com o actual presidente. 

C.L.Z. — Após tantos anos a defender os 

interesses desta casa, decidistes fazer 

uma pausa. Que guardas de melhor destas 

experiências? 

M.J.S — Foi muito gratificante todos 

estes anos. Todos os projectos em que 

estive presente tiveram pernas para andar 

e ainda continuam quase todos. Mas 

sem dúvida o que mais me preencheu foi 

o contacto com as pessoas, é muito gratificante. 

Também as duas semanas que 

ficávamos no Buffet na época do Natal e 

Ano Novo e que era ali que estava a nossa 

família mesmo não tendo cá ninguém, 

nunca nos sentimos sozinhos. 

C.L.Z. — Quais foram as tuas prioridades 

em servir a Comunidade Portuguesa, 

que passou ao longo destes anos 

pelo C.L.Z.? 

M.J.S. — Sempre tentamos ajudar quem 

nos procurou dentro das nossas possibilidades. 

As pessoas que chegaram aqui 

sem nada nem comida tinham, foi no Bufet 

do CLZ que reconfortaram o estômago 

e a alma. Temos que agradecer a Dona 

Zeza e Rosa Pereira pois muitas vezes 

eram elas que davam as refeições. Também 

crianças com dificuldades escolares 

foram por nós ajudadas e algumas com 

sucesso, mas a prioridade foi fazer um 

trabalho sempre bem feito e justo. 

C.L.Z. — A revista do C.L.Z. é sem duvida 

um “selo” na nossa comunidade. Como 

vês a evolução desde que foi lançada há 

mais de 25 anos? 

M.J.S. — A menina dos nossos olhos tem 

tido uma evolução positiva sem dúvida 

mas estamos em tempo de contenção e 

também aqui se nota nos nossos patrocinadores 

alguma redução de custos e 

isso também nos limita o trabalho, mas 

vamos continuando. É de realçar que é 

um trabalho não é renumerado pois além 

de dizermos que é um trabalho voluntário 

ainda há quem não entenda esta palavra. 

Quanto ao aumento na paginação 

acho que não é o momento, mas quem 

está neste momento com essa responsabilidade 

sabe o que fazer certamente. A 

informação sobre o que a nossa comunidade 

faz, é certamente uma mais-valia, 

mas para ser possível precisávamos de 

colaboradores que fossem a esses eventos 

e que os relatassem à nossa revista, 

mas quem trabalha a 100% e ainda tem 

tempo para a comunidade é de louvar. 

C.L.Z. — Como mulher, esposa, Mãe e 

trabalhadora, que pensas da ideia dos 

suíços quererem a idade da reforma aos 

65 anos, para ambos os sexos? 

M.J.S. — Nós mulheres trabalhamos a 

100% no emprego e ainda temos casa 

filhos e marido a nosso encargo, que 

traduzido cada um faça o seu cálculo de 

quantos % uma mulher trabalha, penso 

que aos 65 anos a reforma é muito tarde. 

Nós estamos cansadas e merecíamos 

mais respeito, mas isso não nos é atribuído 

pois dizem que se queremos igualdade, 

tem que ser em tudo, mas não temos 

salário igual para trabalho igual. Todos 

sabem que uma mulher é sempre discriminada 

em relação ao colega homem. 

Estamos muito mal servidos com estes 

políticos que vivem na maior e não têm 

respeito por quem trabalha no duro. 

C.L.Z. — António Guterres um politico 

português, consegue chegar ao mais 

alto cargo da O.N.U. Sendo ele um profundo 

conhecedor da política dos refugiados, 

será capaz de conseguir algo que 

até hoje ninguém consegui? 

M.J.S. — Um grande orgulho para o nosso 

país ter António Guterres no mais alto 

cargo da ONU é sem duvida um grande 

homem e conhecedor deste flagêlo que 

nos é infligido pelas politicas desastrosas 

dos senhores das grandes potencias 

económicas. Tudo isto serve para alguém 

vender o que tem em excesso, armamento, 

etc, etc. Mas vamos ter esperança que 

António Guterres tenha mão forte. 

C.L.Z. — E para finalizar, diz-nos qual é o 

teu prato preferido no C.L.Z.? 

M.J.S. — O bacalhau à Lusitano ou ao 

Domingo, grelhado com batata a murro. 

Aconselho, é delicioso e como portuguesa 

que tenho muito orgulho em o ser não 

podia trair o “fiel amigo”. 

O Centro Lusitano de Zurique, agradece 

a tua disponibilidade o teu voluntariado 

e o tempo que tens dedicado a toda 

a comunidade portuguesa e em especial 

a esta segunda casa que conheces tão 

bem! 

SEGUROS 

Doença ( krakenkasse ) 

210.70 Chf ( adultos / +25 anos ) 

205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos ) 

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Birmensdorferstrasse, 55 – 8004 Zürich 

Junto à Estação de Wiedikon 

Frente ao Centro Lusitano de Zurique 

Telm.: 076 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80 

wwww.andradefinance.ch 

info@andradefinance.ch



Lafões Clube Português 

O Lafões Clube Português foi fundado no 1º de Janeiro de 1993, completam no próximo mês de Janeiro 24 anos. 

Neste momento o clube é liderado por Carlos Pinto, juntamente com o vice-presidente e Diretor Desportivo Luís Coutinho, que há 

dois anos assumiram estas funções. 

A equipa é treinada por António Louro juntamente com Manuel Pinho encontra-se no segundo lugar na 4ª Liga. 

O Clube que começou a época com o objectivo de evitar a descida à 5ª Liga. Estão neste momento nos lugares de promoção quando 

faltam apenas dois jogos para a pausa do campeonato. 

Fotos e texto de: 

Jo Soares 

Carlos Pinto 

Miguel Pinho 

O Carlos Pinto, é o presidente do Lafões Clube Português desde há 

cerca de dois anos. Passou pelo Lafões como jogador durante 18 

anos, depois vice-presidente e é actualmente o presidente. 

Manuel Pinho, adjunto do treinador do Lafões. 

Lusitano de Zurique - Qual a sua opinião sobre o grupo? 

— Em relação a quando entrei aqui, o grupo está muito 

melhor, mais unido é um grupo muito bom. 

LZ - Em relação ao início de época, que estás a achar? 

— Começamos a época dentro das expectativas em ficar 

entre os primeiros e estamos a conseguir esse objectivo, 

pois também reforçamos bem o plantel para o conseguir. 

LZ - Que acha da iniciativa da revista em entrevistar as 

equipas portuguesas? 

— Acho muito bem, porque a comunidade portuguesa é 

muito grande e temos que divulgar a nossa cultura e o 

nosso futebol na Suíça. 

LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores? 

— Continuar o excelente trabalho produzido até agora e 

que nos mantenhamos com esta união de equipa para 

conseguir os nossos objectivos, continuando assim, vamos 

fazer coisas bonitas. 

Lusitano de Zurique - A escolha do treinador como surgiu? 

— Foi através de um convite nosso para uma reunião onde apresentamos 

o nosso projecto e foi logo, aceitei no momento. Nós estamos 

contentes com ele e ele transmite-nos que também está contente. 

Eu sinceramente acho que não há rivalidade entre as equipas 

portuguesas. Há jogadores suficientes para todas equipas. Eu até 

opino que deviam haver várias reuniões entres nós os três, Centro 

Lusitano com grande historial e o Benfica para nos reunirmos contra 

certos critérios de arbitragens, sozinhos não conseguimos. 

LZ - Que acha da iniciativa da revista em entrevistar as equipas 

portuguesas? 

— Acho muito bem, já a acompanho a bastante a revista e está de 

parabéns não só a parte de desporto mas sim em todas as áreas. 

LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores e aos leitores da 

revista? 

— A mensagem que deixamos é que a direcção esta com os jogadores 

e com a equipa técnica. Sabemos que a equipa técnica esta com 

os jogadores, todos os meses pelo menos um convívio com toda a 

equipa. Por isso estamos todos juntos e unidos para conseguir os 

objectivos.


Comunidade/Ensino 


9 

António Louro 

Comunicado 

SINDICATO DOS PROFESSORES NAS COMUNIDADES LUSÍADAS 

Os Portugueses Pagam mas para os Estrangeiros é de graça 

António Louro, 49 anos é treinador do Lafões 

há duas épocas. 

Antes de chegar ao Lafões, trinou algumas 

equipas da 4ª e 5ª liga. 

Lusitano de Zurique - Como começou então 

a sua ligação ao Lafões? 

— Começou através director desportivo 

Luís Coutinho juntamente com o presidente 

onde chegamos a acordo logo na reunião. 

LZ - Quantos elementos constituem o plantel? 

— Neste momento o plantel é constituído 

por 27 jogadores. Com média de 20/21 jogadores 

por treino. 

LZ - Como avalia este início de época? 

— Podia estar melhor porque o empate não 

foi merecido, tivemos um grande obstáculo 

a impedir-nos. A derrota contra o FC Glattbrugg 

merecíamos bem o empate, fazendo 

as contas, poderíamos ter mais 4 pontos. 

Mas em comparação para o ano passado estamos 

muito melhor. 

LZ - Quais os objectivos do clube para a época? 

— O objectivo da direcção é evitar a descida, 

o Lafões foi sempre uma equipa de zona de 

perigo. No ano passado já ficamos a meio 

da tabela. Mas eu disse aos meus jogadores 

que o o meu objectivo pessoal era no mínimo 

“roer os calcanhares” aos líderes e no 

final da época é que se fazem as contas. 

LZ - Que acha da iniciativa da revista em 

entrevistar as equipas portuguesas? 

— Acho sinceramente que devia haver mais 

iniciativas assim, as equipas portuguesas 

deviam ser mais unidas e noto uma certa rivalidade 

entre as equipas portuguesas. No 

meu ponto de vistas é triste, com tão bons 

jogadores portugueses não termos nenhuma 

equipa na 3ª liga. 

LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores 

e aos leitores da revista? 

— Aos meu jogadores desejo-lhes tudo de 

bom desportivamente e pessoalmente e 

que continuem empenhados como até agora. 

Em primeiro parabéns a direcção da revista 

e que teve esta iniciativa e que os leitores 

continuem sempre apoiá-la para não 

acabar. 

Os resultados da reunião no passado dia 7 com o Secretário de Estado das Comunidades 

para a chamada “Revisão” do Regime Jurídico para professores, leitores e coordenadores 

no estrangeiro ficaram aquém das expectativas. 

O fim do limite de permanência no estrangeiro, à primeira vista positivo, irá na realidade 

beneficiar mais os coordenadores e adjuntos, cujos os cargos poderão ter caráter quase 

vitalício. 

Quanto aos professores, a comissão de serviço poderá sempre ser terminada por extinção 

do posto de trabalho, visto que a tutela se recusou a definir critérios para a mesma como 

tinha sido proposto pelo nosso Sindicato. 

Com a rápida diminuição do número de alunos, especialmente nos países onde é obrigatória 

a propina, será evidentemente fácil despedir professores. 

Os professores têm de ter números suficiente de alunos para manter os seus postos de 

trabalho. Já os coordenadores não precisam de ter qualquer número específico de 

professores a seu cargo para se manterem em funções. 

Também preocupantes são os dois novos artigos introduzidos no Regime Jurídico que 

permitem ao Instituto Camões colocar e renumerar professores nas escolas estrangeiras 

para lecionar Português a alunos desses países, que poderão assim usufruir de ensino 

gratuito enquanto os filhos dos trabalhadores portugueses, na Alemanha, Suíça, Reino 

Unido, parte do Luxemburgo e ensino associativo em França, continuarão a pagar propina. 

A proposta do nosso Sindicato, de que todos os alunos passassem a pagar os manuais e a 

prova para a obtenção do Certificado, que é voluntária, eliminando assim a propina, não foi 

sequer considerada, possivelmente porque os lucros seriam mais reduzidos. 

Portanto os coordenadores estão favorecidos, os alunos estrangeiros estão favorecidos, 

mas a situação dos professores permanece instável e os alunos portugueses continuam a 

ser discriminados. 

De realçar de que em 2013/2014, quando foi aplicada a propina, 30 professores ficaram 

desempregados e 9 000 alunos foram retirados do sistema, o que rendeu ao Instituto 

Camões a verba extra de quase 3 milhões de euros. 

Um milhão, a verba correspondente aos vencimentos dos 30 professores despedidos 

adicionada ao 1,9 milhões da propina. 

Atualmente, devido à constante diminuição do número de alunos, desmotivados pelo ensino 

obrigatório do Português como língua estrangeira e pelo pagamento a receita obtida é de 

1,2 milhões. 

Os fundamentos para obter esta taxa obrigatória são os habituais: a falta de verba, o alto 

preço dos manuais - 25 euros em média - , a formação de professores e a crise económica, 

que estranhamente não afeta os alunos da França, Espanha, Bélgica e África do Sul, onde o 

ensino do Português é gratuito. 

Teresa Duarte Soares 

Sindicatos dos Professores nas comunidades lusíadas 

__________________________________________________________________________________________ 

Contacto: Maria Teresa Duarte Soares Tel/Fax: 0049 911 941 9854 

Kantstrasse 7 

teresa.duartesoares@t-online.de 

90489 Nuernberg- Alemanha 

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Novembro 2016


Comunidade 


11 

Grupo Infantil Folclore do C.L.Z. 

comemora primeiro aniversário 

Sofia Azevedo 

Somos o Grupo Infantil de Folclore do Centro Lusitano 

de Zurique e é com enorme prazer que cá estamos a 

representar as tradições e costumes da nossa terra e a 

dignificar o nosso folclore. 

No festival folclórico do Rancho Centro Lusitano de 

Zurique realizado em 12 de Setembro 2015 duas quadras 

de crianças tiveram a sua estreia em palco. Daí 

surgiu então a ideia de lançar a semente para um grupo 

infantil. Depois de alimentá-la para que crescesse, 

nasceu então em Outubro de 2015 o Rancho Infantil 

Centro Lusitano de Zurique. 

A sua fama projectou-se e as suas actuações passaram 

a ser inevitáveis. Actualmente, o nosso grupo é constituído 

por 23 rancheiros com idades entre os 3 e os 15 

anos de idade. Não esquecendo a nossa cantadeira do 

grupo infantil, uma jovem de 17 anos que com sua bela 

voz, acompanhada por um grande grupo de tocadores, 

encanta qualquer público. 

Com muito orgulho e carinho comemoramos o nosso 

primeiro ano de existência. Foi um ano de intenso trabalho 

com o ensinar das crianças a darem os primeiros 

passos de dança, a recolher modas, a organizar a tocata 

e preparar a apresentação pública do Rancho. As 

nossas crianças e jovens têm merecido todo o apoio 

e empenhamento das pessoas responsáveis do Racho 

CLZ, que com a ajuda e colaboração de todos os componentes 

e familiares, tem sabido honrar o folclore 

minhoto. 

Deve-se à agilidade e simplicidade destas crianças e 

jovens artistas que não se cansam de demonstrar - 

exibindo-se com brio e brilhantismo – o esforço que 

todos temos feito pela continuidade desta actividade 

em que o nosso lema é “Aprender para fazer melhor”.



Oitavo festival de folclore do 

Rancho de Luzern! 


O sol despedia-se da bonita cidade de 

Kreins, ao som dos instrumentos folclóricos, 

dos vários grupos que iriam 

actuar, neste serão de vinte e quatro de 

Setembro de 2016. 

A comunidade portuguesa tinha ao 

seu dispor um pavilhão decorado com 

requinte. Os pratos de loiça, copos de 

vidro e talheres de metal, marcaram a 

diferença de todos os outros festivais 

e por isso, parabéns ao grupo organizador. 

A culinária esteve perfeita e com sabor 

apurado. O som não falhou e foi da responsabilidade 

do Triangulo Zap, imensamente 

conhecidos, que esperaram 

pelo fim do festival para animar o serão 

dançante. 

Este oitavo festival contou com a presença 

de cinco grupos, que se deslocaram 

a esta cidade no coração de Luzern. 

Foi casa cheia, com um público acolhedor 

e gente com garra em defender o 

melhor da cultura popular portuguesa. 

O Rancho de Baar dançou sem a presença 

do seu presidente, que aqui deixo, em 

nome do rancho de Luzern, os sentidos 

pêsames. Apesar da sua ausência, o rancho 

entregou-se ao que melhor sabe fazer: 

dançar o nosso folclore. 

De seguida, e para provar que a integração 

passa pelo casa organizadora, estiveram 

em palco o grupo Sérvio “ Kud 

- Ras “, também de Luzern. O aplauso 

mais forte foi para eles, que nos deleitaram 

um uma exibição característica da 

sua cultura. Ficamos todos sem fôlego! 

Congratulações, para todos estes jovens 

que dedicam o seu tempo à cultura além 

fronteiras. 

O Rancho de Genéve, que desde 2007 

representa o folclore, subiu ao palco 

com o ritmo que lhes é característico, na 

defesa das danças e cantares do Alto e 

Baixo Minho. 

Preparava-se, então, o Rancho Folclórico 

Terras de Portugal, para a sua actuação. 

Apesar de exaustos por toda a organização, 

energias não faltaram e alegria 

tão pouco. 

O Sr. Manuel Martins, presidente do grupo 

organizador, tinha tudo para estar 

feliz! Este era o primeiro festival, onde 

um grupo vindo de Portugal, iria actuar. 

A sala, repleta de um público presente e 

entregue ao seu grupo, animaram estes 

jovens que se orgulham em preservar 

as danças e cantares, de norte a sul, de 

Portugal! 

Também os mais pequenitos fizeram a 

delícia da noite. Crianças de hoje, adultos 

de amanhã, que saberão contar as 

peripécias dos ensaios dos espectáculos 

e, certamente, dos aplausos que se tornaram 

uma realidade e que tão soberbamente 

receberam! O Rancho adulto 

sorria a este oitavo festival, com olhos 

brilhantes que demonstravam o triunfo 

obtido. 

Para encerrar os festejos, o Grupo R.F.e 

E. de Palmeiras Braga Portugal enchia 

o cenário, para triunfar na sua primeira 

vinda à Suíça. Fundados em 1974 a partir 

das Rusgas de João, estes elementos 

defendem a cultura do baixo Minho. Os 

seus trajes de Cávado, Encosta, Pastora 

e Aguadeiro, entre muitos outros, deram 

um toque especial ao festival. 

As coreografias, também elas algo diferente 

do que estamos habituados, fizeram 

a sala renascer e todos nos sentimos 

gratos, por termos a possibilidade 

de dar continuidade ao que os nossos 

antecedentes nos deixaram como património 

cultural! 

O serão folclórico despediu-se com o 

tradicional Vira geral. 

O Rancho Folclórico Terras de Portugal 

agradece o dinamismo de todos os 

que contribuíram para que este oitavo 

festival fosse um triunfo e um especial 

agradecimento ao Sr. Albino Burães, 

que patrocinou a vinda deste Grupo de 

Palmeira - Braga.


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15 

O PCP reuniu em Neuchâtel o Organismo de 

Coordenação da Emigração na Europa 

Domingos Pereira 

Esta reunião serviu para analisar e debater sobre o actual 

quadro politico sòcio-económico e cultural nacional 

e europeu e as consequências para os portugueses 

e luso-descendentes. 

O Organismo de Coordenação da Emigração na Europa 

(OCEE) do Partido Comunista Português (PCP) reuniu 

uma vez mais ordinariamente em Boudry - Neuchâtel. 

Este ano, foi o Onanismo de Direção Nacional (ODN) da 

Suíça a quem coube a tarefa de realizar este encontro 

nos dias 22 e 23 de Outubro, onde participaram militantes 

vindos de França, Reino Unido, Alemanha, Suécia, 

Bélgica, Luxemburgo e Suíça. 

Esta reunião serviu para analisar e debater sobre o actual 

quadro politico socio-económico e cultural nacional 

e europeu e as consequências para os portugueses e 

luso-descendentes, assim como os novos fluxos migratórios 

na Europa. Sendo ainda elaborado o plano de actividades 

para o próximo ano. 

Maria da Conceição Belo coordenadora nacional disse 

ao nosso jornal que “estas reuniões são importantes para 

o partido se inteirar dos problemas existentes nos vários 

países e redescobrir a realidade da nova emigração e dos 

luso-descentes. São uma necessidade para que todos os 

órgãos do nosso partido possam definir linhas sobre questões 

de grande interesse para as comunidades como a 

língua, educação e cultura, participação cívica, cidadania, 

direitos sociais e económicos”.

16 Lusitano O PCP de Zurique 


reuniu em Neuchâtel o Organismo de Coordenação da Emigração na Europa


Comunidade 


17 

Tiago 

Pereira 

“Prometo trazer mais taças e levar 

a bandeira de Portugal bem lá em 

cima em grandes competições” 

O atleta português Tiago Pereira, de 31 anos 

natural do norte de Portugal, reside na Suíça há 

cerca de cinco anos. 

No passado dia 15 de Outubro, em Basel 

tornou-se campeão Suíço de men phisique até 

1.78 e campeão do Overoll. O atleta português, 

após ter começado apenas há dois anos a competir 

em provas de culturismo, já escreve o seu 

nome na lista dos campeões. 

Jo Soares 

Lusitano de Zurique - Tiago é um prazer 

tê-lo aqui! Gostaríamos que você se apresentasse 

aos que ainda não o conhecem. 

Tiago Pereira - Quero agradecer em primeiro 

à Revista Lusitano por me ter convidado 

para a entrevista. Chamo-me Tiago 

Pereira, tenho 30 anos, nasci em Taíde Póvoa 

de Lanhoso. 

LZ - O que o levou a apaixonar-se por este 

desporto? 

TP - Este desporto comecei em 2010 um 

pouco antes de vir para a Suíça, a principal 

razão de entrar no ginásio foi por complexos 

com o meu corpo e sempre gostei de 

culturismo, mas nunca com o objectivo de 

entrar em competição. Mas em 2013 tive 

um acidente que me fez estar um ano de 

cama, mas em 2014 deram-me um presente 

de incentivo para competir em competição 

de culturismo e aí dediquei-me a 1000% e 

comecei a procura de profissionais. 

LZ - Qual a sua trajectória em competições 

até os dias de hoje? 

TP - Competi a primeira vez no dia 11 de 

Outubro de 2014, 2 meses depois de sair 

da clínica e desde aí tenho estado sempre 

em competições apesar de algumas pausas 

por causa de operações. 

LZ - Actualmente, quais são os seus focos 

na sua vida? O culturismo, o trabalho, a 

família ou todos acabam sendo parte de 

um grande foco geral? 

TP - Já tenho data para a próxima competição 

que é de 2 á 5 de Dezembro em San 

Marino o Mister Olímpia Amador 

LZ - Entre os seus títulos, destaque alguns 

e conte-nos um pouco sobre as maiores dificuldades 

as quais passou para obtê-los. 

TP - Em relação a dificuldades foi o 8º lugar 

na minha primeira competição depois 

dois meses sair de um clínica ainda a mancar. 

Agora em relação a gosto foi a última 

prova, quando se ganha tudo numa competição 

tão grande não há gosto maior. 

LZ - Ao iniciar-se no meio desportivo competitivo, 

qual foi a reacção de seus familiares, 

amigos e pessoas próximas? 

TP - O maior incentivo em entrar no ginásio 

foi a minha mãe, quando me via com a 

auto-estima em baixo, mas desde do início 

a minha família, os meus amigos e as 

pessoas chegadas sempre me apoiaram e 

cada vez apoiam mais. 

LZ - Qual é sua maior motivação hoje para 

continuar dentro do desporto competitivo? 

Até quando pretende levar isso adiante 

(as competições em si)? 

TP - Neste momento depois de estar no 

top nacional na Suíça é tentar chegar ao 

topo internacional já nas olímpicas em San 

Marino, mas claro que a família e os amigos 

dão-me muito incentivo. 

LZ - Tem alguns agradecimentos especiais? 

TP - Sim tenho ao meu preparador físico 

Frank Muller que é campeão europeu, também 

ao Daniel Morais que é uma pessoa 

com um coração enorme para os atletas, 

que me dá apoio em tudo que eu preciso, 

esteve e está sempre lá quando preciso. 

Obviamente a toda a minha família e amigos 

pelo apoio dado. 

LZ - Qual a mensagem que deixa aos leitores? 

TP - Prometo trazer mais taças e levar a 

bandeira de Portugal bem lá em cima em 

grandes competições. Por isto gosto de 

estar na Suíça a comunidade portuguesa é 

muito unida e dão valor a estas conquistas 

apesar de as pessoas ainda não terem muitas 

informações sobre o culturismo. Dou 

valor a esta iniciativa da Revista Lusitano 

em mostrar o nosso trabalho sentimo-nos 

mais valorizados.

18 Lusitano de Zurique Espectáculo 


AtrapalhArte em digressão pela Suíça 

“Há muito que não dava tanta gargalhada!” 

Margarida Pereira (*) 

“AtrapalhArte - Provavelmente 

a Melhor Companhia 

de Teatro Infantil 

do País”: é assim que se 

apresenta na sua página 

do Facebook. E foi exatamente 

isto que pouco mais 

de mil crianças e adultos 

tiveram oportunidade de 

confirmar durante 9 dias, 

em 7 pontos diferentes da 

Suíça alemã. 

A companhia de teatro de 

Coimbra AtrapalhArte esteve 

em digressão pela Suíça, de 3 

a 11 de Setembro. Os espetáculos 

‘Estendal de Contos’ e 

‘Robertices’ encheram salas 

em Zurique, Steckborn, Arbon, 

Pontresina, Uster, Luzern e Dübendorf. 

Apresentou ainda a 

ante-estreia da peça ‘Do Céu 

Caiu um Anjinho’, em Zurique. 

O sucesso foi total 

Tanto pequenos como graúdos 

deliciaram-se e divertiram-se 

com os espetáculos interativos 

de comédia que a AtrapalhArte 

levou ao palco. “Há muito que 

não dava tanta gargalhada!”, 

comentou um dos espetadores. 

“São fantásticos! Adorámos!”, 

referiu uma outra espetadora. 

De facto, o sucesso foi 

total! A onda de boa-disposição 

e entusiasmo foi crescendo 

de espetáculo para espetáculo, 

começando por uma 

sala semi-cheia com cerca de 

100 espetadores em Zurique e 

atingindo o seu auge com salas 

a abarrotar nas cidades de 

Uster e Dübendorf. No total, 

foram mais de mil crianças, jovens 

e adultos que assistiram 

aos espetáculos. Um recorde 

absoluto para uma atividade 

cultural e pedagógica entre a 

comunidade portuguesa residente 

na Suíça de expressão 

alemã. 

É importante referir que esta 

iniciativa só foi possível graças 

à grande força de vontade e ao 

empenho imenso de Lúcia Sousa, 

professora dos cursos de 

Língua e Cultura Portuguesas 

(LCP) em Uster, Wetzikon e Rüti 

ZH. Foi ela que, assumindo as 

funções de organizadora, convidou 

a companhia, tratou da 

logística, mobilizou Comissões 

de Pais, alunos e professores 

de Português, e conseguiu 

apoios e patrocínios de diversas 

associações, entidades e 

negócios portugueses e, em 

alguns casos, das autoridades 

suíças. E, assim, deu provas de 

que “se o homem (neste caso, 

a mulher) sonha, a obra nasce”! 

Quando questionada sobre as 

razões que a levaram a convidar 

a AtrapalhArte a vir à Suíça, 

declarou: “Quis trazer o teatro 

em Português aos alunos dos 

cursos de LCP e à comunidade 

portuguesa na Suíça em geral. 

Os objetivos de divulgar a 

nossa cultura e permitir um 

intercâmbio dos atores com os 

portugueses aqui residentes 

foram plenamente cumpridos, 

tendo conseguido uma importante 

interação com público de 

todas as idades.” Para além dos 

espetáculos, foi também possível 

“o contacto com alunos 

em contexto de sala de aula, 

já que dois dos atores deram 

uma aula de expressão dramática 

a jovens do 5º ao 9º anos 

em Uster, seguramente uma 

experiência e aprendizagem 

muito relevante e inovadora, 

de que todos (alunos, atores 

e eu própria!) desfrutaram. 

Foi uma alegria também contar 

com a entusiástica adesão 

a esta digressão das colegas 

Paula Rodrigues, Sónia Melo e 

Cidália Carvalho, professoras 

de LCP noutros cantões que, 

com a colaboração das respetivas 

Comissões de Pais, mobilizaram 

alunos, pais, familiares, 

amigos e a comunidade 

portuguesa das localidades 

onde lecionam, conseguindo 

também obter patrocínios junto 

dos portugueses aqui residentes. 

O meu sincero agradecimento 

a todas as entidades 

e pessoas que, a título individual, 

concederam o seu apoio 

a este evento, sem o qual não 

teria sido possível concretizar 

este projeto, mas também a 

todos os espetadores, miúdos 

e graúdos, presentes nos espetáculos, 

a quem se deve igualmente 

o êxito desta iniciativa.” 

Uma experiência fantástica, 

inesquecível 

Comentário de uma das professoras 

de LCP: “AtrapalhArte, 

SEGURAMENTE a melhor 

companhia de teatro infanto- 

-juvenil portuguesa e sem- 

-fronteiras! O brilho dos olhos 

dos portuguesinhos é impagável! 

Obrigada! Fizeram mais 

hoje pela cultura portuguesa 

do que eu um ano inteiro.” 

De salientar o profissionalismo, 

a energia contagiante e 

simpatia dos actores, verdadeiramente 

encantados com 

a forma como foram recebidos 

na Suíça nesta sua estreia 

longe de Portugal – uma 

experiência fantástica, inesquecível. 

Partiram de coração 

cheio, agradecendo a partilha, 

o entusiasmo, os momentos 

de aprendizagem e o carinho 

do público. 

Fazemos nossas as palavras de 

dois dos alunos que estiveram 

presentes em alguns dos espetáculos 

– “Gostámos muito!”, 

“Eles são super divertidos! 

Queremos mais!” Ficamos, portanto, 

de coração conquistado, 

a aguardar a próxima tournée 

da AtrapalhArte por terras helvéticas. 

(*) Autora escrve segundo o AO 

AGRADECIMENTOS 

Na digressão à Suíça de 3 a 31 de Setembro 

deste ano, a “Atrapalhar-te” 

teve o apoio de múltiplas entidades 

as quais tornaram esta digressão 

possível e às quais agradece: 

Centro Lusitano de Zurique, Associação 

Portuguesa de Zurique, às Comissão 

de Pais de Arbon, de Luzern, 

Wetzikon, Uster, Eschenz e Engadin. 

À Caixa Agrícola, Caixa Geral de Depósitos, 

Santander Totta, Covin AG, 

A&M Durães Reinigung, Dr. Studer 

Hausartzpraxis - Luzern, Gazeta Lusófona, 

Rádio Lora, Uster Wohnstadt 

am Wasser, Kanton Zurich - Integrationsstelle, 

Stadt Duebendorf - Integrationsstelle, 

Missão Católica de 

Zurique.


Comunidade 


19 

18° Festival 

34 anos, 34 rosas e muito Folclore 


Sierre, uma cidade com 10% 

de portugueses a ocuparem 

um destaque privilegiado 

nesta cidade, em que o folclore 

tem dado que falar e 

tem encantado todos os que 

por ele se deixam envolver. 

Foi assim que a sala polivalente 

de Réchy, em Vaud de 

Chalais, recebeu mais um 

serão onde o rodopiar das 

saias estiveram na linha da 

frente! 

Quatro ranchos folclóricos, 

um deles vindo de França, 

outro de Portugal e mais 

dois de terras helvéticas: 

Aarburg e o rancho organizador, 

A.C.R.P. de Sierre. 

A sala, com um ambiente 

muito acolhedor, recebeu a 

comunidade portuguesa que 

estava preste a entregar-se 

ao ritmo das danças e cantares 

das nossas regiões. 

Depois de um jantar suculento, 

os grupos davam o último 

retoque para que nada 

falhasse, enquanto os aplausos 

já se faziam sentir. A alegria 

era contagiante; amigos 

que se revêm; comentários 

sobre a evolução do folclore; 

críticas positivas a uma 

comunidade dedicada à sua 

cultura e um grupo estimado 

de Alentejanos que fizeram 

as delícias deste sarau. 

O Rancho Folclórico de Aarburg 

foi o encarregado de 

abrir a festa. Alegres, populares, 

bem trajados e com 

uma garra folclórica indiscutível 

mostraram que as danças, 

cantares e coreografias 

não são segredo para o grupo. 

Os mais pequenos, atentos, 

memorizaram tudo o 

que entre eles se passava, já 

que o rancho infantil é o responsável 

de dar continuidade 

a esta nossa cultura. É 

sempre um mimo ver estes 

jovens em cima de um palco! 

O Rancho Folclórico Flores 

de Anglet que veio de França, 

deu uma grande lição de 

como poupar tempo e aproveitar 

para dançar o maior 

numero de danças possível. 

Entre cada vira, chula, malhão 

ou o que fosse para se 

bailar, o grupo dispunha-se 

em palco com uma rapidez 

e elegância, que podemos 

qualificar como nunca visto! 

O Rancho da A.C.R.D.P. Sierre 

subiu ao cenário, orgulhosos 

dos seus trajes, que são 

verdadeiras cópias do Alto 

Minho, no nome das Lavradeiras 

da Meadela, das suas 

coreografias, dos seus cantadores 

e cantadeiras e de todos 

os mais de 50 elementos. 

Sorridentes, felizes e encorajados 

por um público que lhes 

pertence, este rancho dançou 

como se o palco fosse um mar 

de nuvens! 

Os dançarinos e as dançarinas 

mostraram, com elegância 

e subtileza, como dominam 

com sabedoria, o folclore. Todos 

estavam a transbordar de 

satisfação e, por conseguinte, 

o publico retribui. 

A surpresa da noite estava 

por chegar com o rancho do 

Ciborro, uma aldeia que pertence 

a Évora e que fez o 

público vibrar! As suas danças 

em forma de marchas, o 

vira, malhão, o picadinho entre 

outras e, também, para 

entusiasmo do público, o 

fandango do Ribatejo, arrebatou 

o entusiasmo eufórico 

de todos. Um grupo muito divertido 

que, apesar da brincadeira 

com o vocabulário alentejano, 

soube respeitar os 

trajes e a cultura. Deixaram- 

-nos com boas recordações 

e esperemos que, num outro 

festival em terras helvéticas, 

possam mostrar o humor 

alentejano traduzido em folclore. 

Foi um frenesim de um 

grupo que chegou e marcou 

muitos pontos, deixando saudades 

de uma flama que não 

esqueceremos!

20 Lusitano de Zurique Crónica 


E agora, António? 

Carlos Ademar (*) 

mcademar@gmail.com 

Não será esta uma pergunta que coloques 

a ti próprio, António. Confio que 

quando te candidataste ao lugar já tinhas 

ideias para fazeres obra. O que viveste 

até aí, que te catapultou para o patamar 

de verdadeiro homem do mundo, 

concedeu-te as experiências suficientes 

para conheceres os principais problemas 

e poderes reflectir assertivamente 

sobre as melhores soluções. 

Apesar de seres ainda muito jovem, com 

o 25 de Abril tornaste-te notado como 

uma das promessas da política portuguesa, 

de uma nova geração que então 

emergiu. Fizeste carreira no PS como dirigente 

e eu cresci a apreciar a tua postura 

serena, de bom senso, em que as 

preocupações sociais eram sublinhadas 

nos teus discursos e notavam-se nas 

acções. Ascendeste na hierarquia até 

ao topo e entre 1995 e 2002, ocupaste 

as altas responsabilidades que cabem 

a um primeiro-ministro. Mas foram as 

funções de alto-comissário da ONU 

para os refugiados, que certamente te 

deram os conhecimentos que te permitirão 

intervir cirurgicamente, como 

convém a uma instituição com aquele 

peso e tu bem sabes fazer. Foram dez 

anos da tua vida, um período em que o 

termo «refugiados» passou a fazer parte 

do quotidiano mundial, por força da 

comunicação social, ao dar conta das 

inúmeras e maciças fugas de gentes 

do Norte de África e do Médio Oriente 

com destino à Europa, com as tragédias 

de todos conhecidas, mais aquelas que 

jamais conheceremos, num coro de intenso 

lamento e dor como o mundo há 

muito não conhecia. 

Não pretendo abordar este, quiçá estranho, 

tratamento por tu, porque teria 

que recuar quarenta anos, quando ainda 

usavas bigode e eu ficava feliz quando, 

de longe-a-longe, tinha que rapar algumas 

pilosidades que iam crescendo algo 

anarquicamente. Tu eras já um quadro 

importante do também jovem PS 

e tinhas a responsabilidade de acudir a 

certas necessidades que as delegações 

do partido dos arredores da capital iam 

sentindo para organizar as famosas e 

então, para mim, compridas e chatas 

sessões de esclarecimento. Por isso, várias 

vezes te deslocaste ao Cacém, onde 

eu residia na altura e era um quase inconsciente 

militante da JS. 

Podia também fazer referência à explosão 

de alegria que senti quando em 

1995 o PS, contigo como secretário- 

-geral, ganhou as eleições, afastando 

para o canto da história o que restava 

dos dez anos do cavaquismo tecnocrata 

e socialmente tacanho. Aí foste a esperança, 

criaste uma expectativa que foste 

capaz de em parte cumprir, com uma 

aposta forte na educação e na cultura, 

que haviam sido chutadas para o beco 

mais esconso da política nacional nos 

últimos anos. Na altura já eu não era militante 

de coisa alguma há muito tempo, 

a não ser, como continuo e continuarei 

a ser, porque me está agarrado à pele, 

da cidadania, mas a alegria empurrou- 

-me, como a outros milhares de portugueses, 

para o espaço fronteiro à Torre 

de Belém, onde foste fazer o discurso 

da vitória com Vangelis em pano de fundo 

sonoro, mas também, para quem ali 

estava, da derrota do cavaquismo e dos 

seus seguidores, que nos fez regressar a 

uma espécie de salazarismo em democracia 

e talvez por isso a cores. Sensação 

estranha aquela. 

Pouco depois de abandonares São Bento, 

andaste pelo mundo no cumprimento 

da missão que assumiste ao venceres 

o concurso internacional para o lugar 

de alto-comissário para os refugiados 

da ONU. Ia-te acompanhando pelas notícias 

e, com satisfação, embora sem


Crónica 


21 

foto: afp 

surpresa, foi-nos chegando a informação 

reconfortante dos méritos da tua 

prestação, dos cuidados que punhas nas 

questões humanitárias que tocavam os 

mais desvalidos de entre todos quantos, 

apesar do desespero ou talvez por ele, 

não lhes faltou a coragem de partir em 

busca de paz e da tranquilidade que só 

ela potencia. De enaltecer também a 

gestão que fizeste dos sempre escassos 

recursos, ao diminuíres o peso da máquina 

administrativa que comandavas e 

os desviares para quem deles mais precisava, 

os refugiados, afinal a razão da 

criação do Alto-Comissariado. Por aqui 

se vê que as tuas preocupações não se 

esgotam nos problemas mais mediáticos. 

Tu olhas à volta, sentes ou pressentes 

e procuras ser justo, com uma visão 

das questões humanitárias que em ti 

cava mais fundo e ultrapassa a ideologia. 

Aqui entramos em matéria que não partilhamos, 

mas isso não pesa nada. Se todos 

os homens religiosos fossem como 

tu, talvez eu não deixasse de acreditar. 

Na verdade, pelas ligações que sempre 

mantiveste com a Igreja Católica, 

mas também porque te fizeste homem 

quando se começavam a ver os primeiros 

resultados palpáveis do Concílio Vaticano 

II, no que concerne a uma Igreja 

mais virada para o Homem e menos para 

ela própria; uma Igreja mais próxima de 

Jesus Cristo como gostamos de o entender 

- homem justo e bom -, porque 

mais solidária com quem sofre, bebeste 

dessa cultura e tomaste-a como tua, até 

porque, no fundo, ela casa na perfeição 

com os fundamentos humanistas do socialismo 

democrático a que cedo aderiste. 

Por tudo quanto para trás ficou, facilmente 

se percebe a enorme alegria que 

senti quando naquele domingo, que 

ameaçava passar rápido, como todos, 

mas acima de tudo sem surpresas, o teu 

nome começou a surgir no rodapé da televisão 

como vencedor da última e decisiva 

votação no Conselho de Segurança, 

para secretário-geral da ONU, e então 

sem votos contra. Por outras palavras, 

a breve prazo serias tu o ocupante do 

lugar. A surpresa foi muita, não por desmereceres 

a vitória, bem pelo contrário, 

mas devido aos jogos de bastidores que 

haviam surgido nos últimos dias. A entrada 

na corrida de uma segunda búlgara, 

que contava com o apoio declarado 

da Alemanha, levou-me a concluir que, 

apesar das vitórias convincentes que 

havias obtido em todas as eleições preliminares 

realizadas até ali, vitórias que 

resultaram das provas que prestaste e 

logo da demonstração das tuas competências, 

saber e cultura, jamais chegarias 

ao lugar. Foi isto que pensei, mas 

pensei mal. 

Em jeito de defesa, recorro à convicção 

que senti de que a tal segunda senhora 

da Bulgária não avançaria naquela 

fase tão adiantada do concurso senão 

tivesse obtido a garantia da vitória. No 

meu sentir, errado já se vê, calejado no 

entanto pelos constantes atropelos à 

ética, de que nos vamos apercebendo, a 

Alemanha já se havia entendido com os 

EUA e com a Rússia e vencidos estes dois 

obstáculos, o caminho ficaria escancarado 

para levar os restantes membros 

permanentes do Conselho de Segurança 

a apoiá-la e com eles, todo o Conselho. 

Tudo estaria bem cozinhado como temos 

aprendido e tanto assim era que, 

sabendo que aquele era o dia decisivo, 

fiquei desligado, abstraindo-me com as 

doçuras de um domingo caseiro e sereno, 

veloz por ele, porque corria que se 

desunhava, mas sereno no seu passar, 

caseiro e doce. Daí a enorme, mas muito 

agradável surpresa, não tanto por seres 

português, que, claro, também teve o 

seu peso, mas essencialmente por ter a 

certeza de que contigo aos comandos, 

a ONU, que apesar de algum desgaste 

continua a ter um papel único e determinante 

na condução deste nosso mundo, 

ficará muito melhor entregue. Pelas 

tuas características pessoais de bom diplomata, 

de humanista dotado de uma 

inteligência incisiva, és o homem certo 

para aquele lugar nesta fase turbulenta 

que este nosso mundo atravessa e que a 

ONU não deixa de reflectir. 

E agora, António? Era o ponto de partida 

e nesta altura do texto, com cerca de 

5.500 caracteres, seria talvez suposto 

que algumas das respostas ou pelo menos 

algumas questões com que te vais 

debater a partir de Janeiro, estivessem 

já visíveis, mas não. Como já vai longa a 

escrita, fica a promessa de que, em nova 

investida pela crónica como género, 

abordarei o que aqui não consegui, procurando 

então obter o que não me foi 

possível, prometendo igualmente manter 

o título, apenas com um acrescento: 

“Parte II”. Boas… 

(*) Carlos Ademar é escritor e exerceu a actividade 

de investigador criminal na Secção de Homicídios. 

Actualmente é professor na Escola de Polícia 

Judiciária.



https://www.facebook.com/transportes.fernandes 

https://www.facebook.com/transportes.fernandes


Cidadania 


23 

Conselho das Comunidades Portugueses em Suíça 

Carta aberta à Comunidade Portuguesa 

Secretário de estado das Comunidades Portuguesas vem à Suíça e ignora os Conselheiros das 

Comunidades Portuguesas neste país. 

Nós, Conselheiros das Comunidades Portuguesas na Suíça, vimos por meio desta expor o lamentável 

comportamento do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) na sua primeira 

deslocação à Suíça de (16 a 20 de Outubro) ao excluir da sua agenda os seus interlocutores eleitos 

democraticamente pelos cidadãos portugueses residentes neste país - os Conselheiros das Comunidades 

Portuguesas. 

O Dr. José Luís Carneiro veio à Suíça integrando a comitiva do Senhor Presidente da República (16 a 18) de 

Outubro. Realizando de (19 a 20) visitas aos consulados de Berna, Zurique, Sion, Genebra e empresas de 

compatriotas empresários de sucesso na zona alemã e francesa. 

O Senhor SECP ao ignorar os seus interlocutores, demonstrou, que não se interessa como vivem os seus 

compatriotas neste país de acolhimento. Onde, para quem, em que condições trabalham, habitam e 

convivem socialmente. Se existe comportamento de excesso de zelo, no cumprimento dos acordos 

estabelecidos por parte das autoridades suíças para com a comunidade portuguesa, como por exemplo, na 

renovação de autorização de residência. Se os serviços-sociais da embaixada tem meios para actuar, 

defender, renegociar em situações que ponham em causa a livre-circulação e, nos casos que possam vir 

acontecer no futuro relacionados com a nova “lei-de-estrangeiros”. 

No entanto, sendo sabedor das deficiências existentes no ensino, sua excelência, não teve tempo para 

contactar, nem constatar as riais razões. Não se interessou em saber porquê, este ano lectivo na Suíça 

leccionam menos dois docentes do que o ano passado? Porquê, os manuais (na data actual) ainda não foram 

entregues aos alunos na sua totalidade? 

O Senhor SECP sabe, mas prefere “fazer orelhas moucas” sobre o medíocre apoio aos portugueses em 

termos de burocracia em Portugal, (por exemplo a segurança-social). Apesar de muitas comunicações por 

escrito, a verdade é que, a emissão, devolução dos formulários (E 411) continuam a necessitar mais de 6 

meses para chegar ao seu beneficiário, penalizando consecutivamente todos aqueles que várias vezes ao 

ano, como os (trabalhadores temporários). A mesma coisa acontece com a dupla tributação, não é uma 

dificuldade nova, mas também não parece ser uma prioridade para este governo e seus representantes neste 

país. 

Também os pensionistas e todos os que estão a caminho estão confrontados com penalizações. 

Concretamente, com quem regressa (ou deseja regressar) a Portugal e deparam-se com uma carga fiscal que 

pode chegar a (48%), por outro lado, os pensionistas estrangeiros que pretendam fixarem-se em Portugal 

(têm dez anos de isenção fiscal)?! 

Nos consulados, a falta de recursos, instalações desenquadradas das necessidades dos utentes e 

funcionários, os blackouts contínuos e prolongados de ligação aos serviços centrais, as semanas de espera 

por técnicos para executar reparações. 

O salário dos trabalhadores consulares, o seu estatuto de residência, a discriminação na (dedução fiscal) em 

relação aos seus colegas em território físico nacional. Será, que não é necessário falar disto? 

Caríssimos Compatriotas, lamentamos que o Dr. José Luís Carneiro não tenha a diplomacia politica nem 

respeito pelos cidadãos e seus problemas na Suíça. Desejamos que saibam, que continuaremos a trabalhar 

unindo esforços para o reconhecimento do CCP assim como a luta em defesa dos vossos direitos como 

cidadãos. 

Domingos Pereira 

Manuel Figueira 

Sónia Oliveira 

José Sebastião 

Conselheiros das Comunidades Portuguesas - Suíça

24 Lusitano de Zurique Recantos helvéticos 


Pilatos 

A 2132 metros de altitude, encontramos 

a montanha mais turística 

da região de Lucerne. O seu nome é 

sobejamente conhecido por todos. 

Trata-se da grandiosa e bela montanha 

de Pilatos. Dois teleféricos, 

dois hotéis e sete restaurantes, oferecem 

as mais variadas alternativas, 

para se passar uns dias encantados, 

na profunda natureza. 


O seu símbolo, um enorme dragão, 

capta rapidamente a atenção e certamente 

nos perguntamos o seu 

significado. Não representa a nossa 

equipa do Porto…nada disso! Esta região foi outrora furiosamente 

atacada por grandes tempestades, que destruíram 

tudo, e, como elas começavam sempre do pequeno lago de Lucerne, 

ninguém acreditava que as violentas tormentas fossem 

capazes de desmantelar a região. Criou-se então uma lenda e, 

naturalmente, a culpa foi para o dragão! Em 1585, na capela 

de Klinsenhorn, situada a 1.864 metros, puderam rezar e deixar 

que a alma deste poderoso animal repousasse em paz, 

devolvendo assim a calma ao lago da região! 

Pilatos é uma montanha com pouca vegetação e com muita 

pedra calcária, o que torna a atmosfera propícia para ser uma 

zona protegida de “Steinbock ; König der Alpen”. 

Como tal, decidi fazer um pequeno safari e, uma vez mais, 

parti à descoberta dos animais que por ali habitam, numa natureza 

onde o silêncio quase faz adormecer a alma! 

Os caminhos estreitos, sinuosos e escorregadios devido à 

neve, já existente e algo congelada, dificultam o percurso 

para a visão das corajosas cabras Ibex que por ali habitam e 

se deixam ver, não tendo medo dos humanos. Temos apenas 

que respeitar o silêncio que elas nos impõem e deixar que os 

nossos olhares se cruzem, para poder entender a magia entre 

homem e animal! É sublime. 

O céu azul começava a decorar os picos das montanhas, dando 

um toque primaveril ao meu dia. Para aquecer o corpo, lá fui 

tomar algo quentinho e não me surpreendi quando me deparei 

com uma equipa muito simpática de portugueses que ali 

trabalham. Após uma curta cavaqueira, dirigi-me ao pequeno 

comboio, considerado o mais rápido do mundo e regressei à 

terra, onde a realidade me esperava. 

Quem passa por Pilatos, tem a possibilidade de visitar Hergiswil, 

onde existe a famosa fábrica de vidro e onde uma 

grande equipa de portugueses dá forma a esta arte de trabalhar 

o vidro! Parabéns a nós! 

São dias como estes, que me dão condição física, bem-estar 

psicológico, uma visão positiva da vida e estabilidade emocional 

para continuar a escrever no meu livro da vida as histórias 

por mim vividas.


Opinião 


25 

O V Império começa assim? 

foto: Joana Cabrita 

Antonio Manuel Ribeiro (*) 

Não me acho poeta, já o disse por várias 

vezes, antes um escritor de canções que 

às vezes escreve poemas, apesar dos 

três livros de inéditos publicados. Mas 

hoje sou um poeta a escrever-vos. 

Invoco Fernando Pessoa e Agostinho da 

Silva e arremesso ideias proféticas (estão 

a ver?) a propósito da eleição do António 

Guterres (engenheiro com currículo profissional 

vasto) para a regência da ONU, 

depois de tanta votação positiva e uns 

truques de última hora a lembrar que há 

figurinos da antiga Europa de Leste que 

levam muito tempo a corromper. Guterres 

ganhou. E isso trouxe-me à presença 

aquela ideia, sobre a qual duvido tanto, 

do destino traçado para este Império 

dirigir a Humanidade, um Império da palavra 

que uns habilidosos colocaram ao 

nível do disparate científico (a casta do 

Erro a que chamaram Acordo Ortográfico) 

– se renegamos o étimo de uma língua, 

acabamos com uma linguagem de 

esferovite. 

Será Guterres, depois de Durão, com todos 

os senãos que conhecemos a este último 

e a que se junta o apetite pelo Golda 

Saca (versão popular de Goldman Sachs), 

serão eles os indícios desse Império 

que há-de vir, a língua que se cumpre, o 

prosseguimento da palavra e da genuína 

cultura que Pessoa anteviu, Saramago 

elevou, por Eça e Camões é brilhante, 

Vieira da Silva pintalgou, Siza Vieira edifica, 

António Lobo Antunes (que renega 

o génio de Pessoa, e a diatribe só lhe fica 

bem) continua a expandir, quais descobridores 

sem necessidade de acantonar 

a terras inóspitas caravelas de lenha, levando 

a espada e a cruz por utensílios, os 

de hoje, o nosso Agora? Teremos a nação 

dormente e adormecida para tanto ver e 

enaltecer? 

Conheci António Guterres em 1987 e firmámos 

amizade e respeito. Trabalhámos 

juntos para uma campanha política que 

falhou – Constâncio perdeu, só podia perder. 

Um abraço forte por seres a pessoa 

certa nesse alicate de poderes, um saco 

de boxe onde todos irão experimentar o 

seu jeito. A ONU fez-se para que o mundo 

não mais se entregasse a uma guerra 

global. Andamos muito perto de retomar 

o episódio a que chamámos II Guerra 

Mundial e o cortejo das vítimas em tempo 

de ‘paz’ é hediondo. Precisamos de 

homens bons a dirigir a massa crítica da 

espécie. Chegaste ao posto certo. 

Um livro: 

“Eu e os Políticos – O Livro Proibido”, de 

António José Saraiva – edição Gradiva 

(2016). Foi o primeiro livro que li e não 

comprei, porque me foi oferecido por 

um amigo em formato PDF, facto muito 

estranho porque o formato digital que 

recebi é a prova final que as editoras enviam 

aos autores para a última revisão. 

Ou seja, quem colocou aquele livro à disposição 

alheia é muito próximo do editor 

ou da gráfica onde foi impresso. A não 

ser que o Saraiva… 

Chamo à colação este livro porque de 

proibido tem muito pouco e de ajuste 

de contas bastante, apesar de o autor 

afiançar que não. É, tecnicamente, um 

livro sem génio literário, um sortido de 

redacções que a minha velha quarta classe 

impunha com rigor – constata-se que 

passou muito tempo em restaurantes 

e pouco mais. Mas já era assim que eu 

via a escrita do arquitecto AJS, quer no 

Expresso, quer no Sol. Os assuntos até 

poderiam ser interessantes, o prisma de 

abordagem curioso, mas a veia literária 

era mais de régua e esquadro, básica. 

Fui ‘obrigado’ a ler este livro, e até me 

deu jeito. Há um par de semanas estive 

por três dias no Funchal, e no regresso 

nocturno o avião atrasou-se duas horas 

e dez minutos. Como era o último voo 

escalado as lojas foram fechando e os 

passageiros, esticados por todos os assentos 

disponíveis, ficaram entregues 

ao pouco disponível para comer, beber 

ou ler. Terminara o livro que andava a ler 

nessa manhã, lembrei-me então do e- 

-mail do meu amigo e dediquei a espera 

à leitura digital no tablet. A primeira vez. 

Tem uma entrada sobre Guterres, incómoda 

e patética, mazinha até, se é que 

a voz escrita de AJS chega ou chegou a 

algum lado, apesar de ele julgar que sim. 

Duvido que tenha incomodado a classe 

política: alguns já morreram, não se podem 

defender, e os outros continuarão a 

fazer pela vida. Ao longo da prosa, AJS 

coloca-se por vezes como sinaleiro do 

nosso teatro democrático, mas cada um 

tem o espelho que quer. Mesmo para ex- 

-director do Expresso. Julgar que este livro 

pode contribuir para a história deste 

tempo, é ele que o afirma, soa a anedota 

suave. Nem para roteiro dos restaurantes 

lisboetas, por serem mencionados 

sempre os mesmos. 

(*) Escritor, compositor, fundador e vocalista 

do mais antigo grupo de Rock português - UHF



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Desporto 


27 

União da equipa feminina faz a força 

Jo Soares 

Neste começo de época as Juniores A 

feminina, do Centro Lusitano de Zurique 

teve um mau começo mas isso deve-se 

ao difícil grupo que lhes calhou para 

esta primeira meia época. Num grupo 

com equipas como FC Rapperswil-Jona, 

Töss / Phönix Seen, FC Baden e SC Wipkingen 

ZH, que são os actuais quatro 

classificados neste momento. 

Mas mesmo assim, apesar de os resultados 

positivos não estarem aparecer 

tendo sido abervadas algumas derrotas 

pesadas e goleadas com números exagerados, 

a união da equipa continua e 

com força. Finalmente apareceu o primeiro 

resultado positivo com a vitória 

de 1-0 com o SV Höngg. 

Treinadas pelo mister Lúcio Sousa com o 

seu adjunto David Gonçalves, é a primeira 

equipa portuguesa feminina e está a 

tornar-se numa autentica “família” com 

todo o trabalho e apoio sempre juntas 

para enfrentar as dificuldades. 

Fica a promessa de uma equipa que trabalhará 

duro para dar continuação aos 

bons resultados e escreveram uma bela 

historia no futebol feminino suíço. 

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Domingo, dia 29 de Maio 2016 das 10.00 às 18.00 horas 

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28 Lusitano de Zurique Vamos contar uma história 


Vamos contar uma história 

Os pais de crianças dos 2 aos 6 anos estão convidados a 

participar no mundo fantástico das histórias infantis. 

Juntos vamos divertir-nos muito... 

Entrada 

livre! 

Sábado 

dias 

26.11.2016 

Das 15.30 às 17:30h 

Vamos fazer trabalhos manuais 

Cantar e brincar... 

Animadoras: 

Sandra Alves 

Ana Matos 

Para confirmar a participação 

envie um SMS para o número 

079 6470146 e indique o nome 

e a idade da criança. 


Birmensdorferstr, 48 

8004 Zürich 

Preciso 

COLABORADORA 

Bar/Buffet do Centro Lusitano de Zurique 

Contacto: Tlm. 077 403 72 55 

Seja sócio do CLZ 

Ligue 

Tel.: 079 222 09 14


Opinião 


O problema 

das religiões 

Carlos Esperança 

29 

O problema das religiões não está 

nas fábulas que contam ou na liturgia 

que praticam, o problema insolúvel, 

a tragédia da sua existência, 

reside na fanatização que incita os 

crentes para a ação. 

Não prejudica ninguém que um 

católico acredite na virgindade de 

Maria* ou no voo de Jesus para o 

Paraíso, a desgraça está no proselitismo 

para persuadir disso a concorrência 

e anatematizar os que 

desprezam a sua fé. 

Que os muçulmanos detestem a 

carne de porco, como eu abomino 

cebola crua, não traz qualquer problema 

à humanidade, mas quando 

o opúsculo terrorista os convence 

de que devem matar os infiéis, isso 

já é problema grave e um crime 

contra a Humanidade. 

Os judeus das trancinhas podem 

descansar ao Sábado e pensarem 

o que entenderem do Messias que 

aguardam, mas a gravidade do que 

pensam está toda no sionismo. 

A fé não passaria de uma treta inofensiva 

se os crentes não se achassem 

na obrigação de converter incréus, 

de acossar outras crenças e 

de intoxicar crianças com as suas. 

PARA QUEM VERDADEIRAMENTE 

AMA O SEU CARRO, SO A MELHOR 

COBERTURA CONTA. 

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Deus podia ter sido uma criação interessante, 

como as deusas gregas 

ou as sereias, mas tornou-se um 

detonador do ódio e está na origem 

de guerras e interditos. 

*«A doutrina segundo a qual a 

Bem-aventurada Virgem Maria, no 

primeiro instante da sua conceição, 

foi por especial privilégio de 

Deus Omnipotente, com vista aos 

méritos de Jesus Cristo, Salvador 

do género humano, preservada 

imune de toda a mácula do pecado 

original, é revelada por Deus e deve 

por isso ser acreditada por todos 

os fiéis, firmemente e com constância». 

(Pio IX, in Bula Ineffabilis 

Deus — 08-12-1854).** 

SEGUROS DA ZURICH. 

PARA TODOS QUE AMAM VERDADEIRAMENTE. 

**Depois disto cessaram as discussões 

ginecológicas sobre a Virgem 

Maria.

30 Lusitano de Zurique Culinária 


Omelete duas caras 

Ingredientes 

3 ovos 

sal a gosto 

2 colheres (sopa) farinha de trigo 

1 ramo de agrião 

2 fatias grossas de fiambre picadas 

2 fatias de queijo mozzarela picadas 

1 tomate picado 

margarina ou óleo para frita 

Modo de Preparação 

Bater as 3 claras até formar uma leve neve, em seguida adicionar 

uma pitada de sal 

Juntar as gemas, e continuar a bater. Adiciona a farinha de trigo 

peneirando nos ovos batidos. De seguida, misturar o fiambre, 

agrião e o tomate. Untar a frigideira com manteiga ou óleo e 

colocar em fogo baixo, de seguida coloque a mistura. Para finalizar 

coloque a mozarela, aguarde alguns minutos para virar a 

omelete para fritar dos dois lados. 

TARTE CITRINA 

Ingredientes: 

1 embalagem de massa folhada 

5 ovos 

Sumo de 5 limões pequenos 

200 g açúcar 

90 g manteiga 

PÃO DE LÓ DAS NUVENS 

Ingredientes: 

9 ovos 

3 gemas 

375 g de açúcar 

150 g de farinha 

Preparação: 

Estender a massa folhada e revestir uma forma de tartes. Numa 

taça, bater os ovos com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada. 

Adicionar o sumo de limão, a manteiga derretida e mexer. 

Deitar o preparado na forma das tartes e levar ao forno a 

180ºC durante 35 minutos. Deixar arrefecer antes de desenformar 

para permitir que o recheio solidifique. 

Modo de Preparar: 

Numa taça bata as 12 gemas com o açúcar até ficar 

uma massa grossa e esbranquiçada. 

Depois junte a farinha e deixe ficar a bater mais uns 

minutos. Bata as claras em castelo e envolva-as, delicadamente, 

na massa. Unte com manteiga e polvilhe 

com farinha uma forma de chaminé com 26 cm de diâmetro. 

Verta o preparado para a forma e leve ao forno 

a 180ºC por uns 30 minutos. No fim de cozido deixe arrefecer 

antes de desenformar. Realmente cresce muito, 

encheu totalmente a forma, fica delicioso. 

Coordenação e recolho: Joana Araújo


Plantas medicinais 


31 

PLANTAS MEDICINAIS 

ERVA DE BICHO (Polygonum acre, 

hydropiper): A planta seca é usada no 

preparo de compressas e infusões. É 

hemostática, depurativa, adstringente 

e diurética. Amplamente empregada no 

Brasil contra reumatismo e ferimentos. 

Tem a fama de amenizar hemorragias, 

hemorróidas e varizes. Tem fama de melhorar 

o desempenho cerebral e o raciocínio. 

Não deve ser usada por mulheres 

grávidas. 

ERVA CIDREIRA (Lippia alba): O chá 

relaxa o sistema nervoso, induz ao sono 

e acalma as emoções. Ajuda nas cólicas, 

espasmos e gases. Possui propriedades 

digestivas. Indicada nas taquicardias e 

depressões, alívio das dores de cabeça e 

da pressão alta. 

ERVA DOCE (Pimpinella anisum): A 

semente da erva-doce favorece as secreções 

salivares, gástricas e a lactação. 

É indicado em dispepsias nervosas, enxaquecas 

de origem digestiva, cólicas 

infantis, deficiências cardiovasculares 

(palpitações e angina), asma, espasmos 

brônquicos. Popularmente é muito conhecida 

por ajudar a aumentar o leite 

materno. Ajuda a acalmar cólicas menstruais 

e gases intestinais. O infuso das 

sementes acalma a excitação nervosa 

e insônia. Evitar o uso prolongado, pois 

pode causar intoxicação e confusão 

mental. 

ERVA SANTA MARIA (Chenopodium 

ambrosioides): As folhas secas afugentam 

insetos caseiros. Pode ser usada 

como vermífugo e tônico digestivo. Popularmente 

é usada contra hemorróidas, 

varizes, para facilitar a menstruação, a 

circulação e combater doenças nervosas. 

Sua infusão e tintura aliviam bronquite 

e tosse. 

ERVA MATE (Ilex paraguayensis): 

Indicada como estimulante dos vervos, 

digestiva, auxiliar nas afecções dos rins 

e bexiga, reumatismo e dispepsias. Laxativa. 

Em função da caféina, é estimulante 

da atividade cerebral, combate o cansaço. 

Sua infusão é ótima auxiliar nos regimes 

de emagrecimento. 

ESPINHEIRA SANTA (Maytenus 

ilicifolia): Na medicina popular a planta 

espinheira-santa é famosa no combate 

à úlcera e outros problemas estomacais 

como gases, má digestão, gastrite crônica 

e azia, males dos rins e fígado. As 

folhas, frescas ou secas, são utilizadas 

no preparo de infusões para uso interno 

e externo. O efeito cicatrizante também 

pode ser observado como auxiliar no 

tratamento de problemas da pele, como 

acnes, feridas e eczemas. O uso mais comum 

da Espinheira Santa é como auxiliar 

no tratamento de gastrites e úlceras 

gástricas e duodenais. A indicação popular 

do chá feito das folhas da Espinheira 

Santa foi comprovada cientificamente 

por vários pesquisadores (Carlini & Bráz, 

1988; Faleiros et al., 1992; Ferreira et al., 

1996; e Carvalho et al., 1997).Seu uso é 

indicado para combater as fermentações 

anormais do intestino, normalizando as 

funções gastrointestinais, é ainda antisséptica 

e cicatrizante. No final da década 

de 80, a Central de Medicamentos (Ceme) 

divulgou um estudo oficial em que comprova 

as propriedades terapêuticas desta 

erva. Os índios brasileiros a empregavam 

no tratamento de tumores – o que 

pode ter dado origem a nomes populares 

como “erva cancerosa”. Seu efeito 

cicatrizante também é observado sobre 

afecções da pele. 

FÁFIA (Pfaffia paniculata): Popularmente 

conhecida como ginseng brasileiro, 

tem uma longa lista de indicações 

medicinais. É tida como rejuvenescedora, 

revitalizante e inibidora de tumores. 

Seria, ainda, estimulante das funções 

sexuais e agente de combate ao stress. 

FEIJÃO BRANCO (Phaseolus vulgaris): 

Recentemente, cientistas de 

todo o mundo começaram a investigar 

a faseolamina, uma substância extraída 

a partir do Feijão Branco. A Faseolamina 

tem como propriedade inibir a 

atividade da enzima alfa-amilase humana 

que é responsável pela transformação 

do amido (carboidrato) ingerido, em glicose. 

Essa enzima, presente na saliva e 

liberada pelo pâncreas no intestino, atua 

após a alimentação, durante o processo 

de digestão, quebrando os amidos ingeridos 

e convertendo-os nos açúcares da 

circulação sangüínea, o que irá causar o 

aumento da glicemia (taxa de açúcar no 

sangue). Com a inibição da enzima alfa- 

-amilase, os amidos não conseguem ser 

digeridos e são enviados diretamente 

ao intestino para sua eliminação através 

das fezes. Esse mecanismo apresenta 

uma alternativa segura para as dietas 

de emagrecimento e para diabéticos que 

precisam diminuir a quantidade de açúcar 

circulante. 

FOLIA MAGRA (Cordia ecalyculata 

Vell; salicifolia): Também conhecida 

como chá-de-bugre, cafezinho e cafá- 

-do-mato, a Pholia Magra, é uma planta 

nativa do Brasil que tem alcançado fama 

mundial por ajudar a combater a obesidade. 

Estudos indicam que esta planta 

medicinal da farmacopéia brasileira 

pode atuar no sistema nervoso central, 

causando uma atividade supressora do 

apetite, contribuindo, ainda, para uma 

maior queima de gorduras localizadas 

principalmente do abdômen, além de 

atuar também como estimulante no 

sistema imunológico. Princípios constituintes 

da Pholia Magra ajudam a evitar 

o depósito de gorduras na parede das artérias 

coronarianas, diminuindo os riscos 

de problemas cardíacos. Em razão dos 

seus constituintes (alantoína, cafeína, 

potássio, tanino e óleos essenciais) age 

também como diurético, contribuindo 

para a redução dos depósitos de celulite, 

pois, estimula a circulação e possui ação 

energética por seu efeito termogênico. 

Estudos realizados em laboratório revelaram 

que a planta apresenta baixa toxicidade 

e uma de suas maiores vantagens 

é que pode ser um coadjuvante natural 

para auxiliar no tratamento da obesidade, 

sem os efeitos indesejáveis que os 

outros produtos para emagrecimento 

causam. A Pholia Magra é muito conhecida 

nos Estados Unidos, para onde tem 

sido exportada como a erva anti-barriga. 

ATENÇÃO: 

Estas informações são meramente informativas 

e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar, 

curar ou prevenir qualquer doença e muito menos 

substituir cuidados médicos adequados.

32 Lusitano de Zurique Tecnologia 


Joana Araújo (*) 

Nova carta de condução 

chega à internet 

O pedido de emissão e de revalidação 

da carta de condução para motociclos e 

para automóveis ligeiros vai poder ser 

feito online a partir do dia 2 de janeiro 

de 2017. 

É uma das medidas de destaque do Simplex 

2016 e acaba de ganhar uma data 

para entrar em prática e estar à disposição 

dos cidadãos, segundo avança do 

Jornal de Notícias. 

phishing lançados por hackers que se fazem passar pela Paypal, 

aumentou. 

Como medidas preventivas, a Check Point aconselha ainda a instalação 

de Sistemas de Prevenção de Intrusões (IPS) capazes de 

monitorizar o tráfego de rede e as actividades do sistema, em 

busca de actividade maliciosa. 

Tesla vai pôr condução autónoma e 

carros mais baratos 

Era este o anúncio “inesperado” que Elon Musk tinha para fazer: 

que a tecnologia de condução autónoma desenvolvida para os 

seus automóveis vai chegar a todos os modelos, mesmo ao Model 

3, a gama mais acessível da marca. 

Depois de um adiamento de alguns dias, a notícia foi dada pelas 

habituais vias: o Twitter, tal como já tinha acontecido com 

um primeiro teaser e com a informação sobre o “atraso” para 

“aperfeiçoamento”. 

WWF “deixa recado” à Comissão Europeia 

O Fundo Mundial da Natureza (WWF) quer “aumentar o som da 

Natureza” e promover as Leis da Natureza da UE. Por isso, lançou 

um micro-site que permite aos utilizadores criarem faixas 

de áudio com sons de animais e elementos naturais e enviá-los 

aos Ministros do Ambiente. - http://www.wwf.pt/natureup/ 

30 mil artigos em leilão, todas as 

semanas, à distância de um clique 

A Catawiki é uma plataforma de leilões online que agora se estende 

aos dispositivos móveis com duas novas aplicações: uma 

para vendedores e outra para licitadores. 

É provável que a primeira imagem que associe a um leilão seja 

algo elitista e reservado, mas é exactamente isso que a Catawiki 

pretende combater com a democratização destes eventos. 

Paypal é uma das “máscaras” preferidas 

para fazer ataques de phishing 

A Check Point detetou um aumento no número de ataques de 

phishing realizados por hackers que se fazem passar pela empresa. 

Erros ortográficos e anexos são alguns dos sinais que podem 

ajudar a identificar um mail fraudulento. 

De acordo com uma das últimas análises realizadas pela fabricante 

tecnológica, Check Point, o número de ataques de 

Apesar de já estar presente na web há algum tempo, a plataforma 

de leilões online chega agora aos dispositivos móveis com 

duas aplicações que reproduzem o mesmo serviço que oferece 

desde 2008 no ecrã dos smartphones e tablets. 

A Catawiki promove semanalmente 30 mil artigos de 80 categorias 

diferentes em leilões, onde podem ser solicitadas coisas 

tão sui generis como o esqueleto de um mamute ou um meteorito 

lunar. 

A app já está disponível para Android e iOS de forma gratuita. 

CERN em Portugal à procura de parceiros 

A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear quer encontrar 

empresas portuguesas interessadas em fornecerem tecnologia 

para o novo acelerador de partículas. 

(*) c/ tek sapo


Carneiro 

Este mês chega com uma energia 

mais leve ao signo Carneiro 

e traz como foco relacionamento, 

parceria e associação. 

É um belo momento para você 

agir de uma forma diferente 

nos seus relacionamentos promovendo 

mais temperamento, 

equilíbrio e harmonia. Este 

mês é também um mês interessante 

para a carreira, pois o 

seu planeta regente Marte estará 

transitando o sector profissional, 

pedindo uma atitude 

mais concentrada e determinada 

na realização dos seus 

objectivos. 

Afectivamente, será importante 

agir com mais intimidade e 

entrega, de modo que você vivencie 

uma sexualidade numa 

relação mais plena. 

Touro 

Aprimoramento é a palavra- 

-chave deste mês para o signo 

Touro. É um mês em que você 

deverá agir com mais equilíbrio 

no quotidiano, no trabalho 

e nos relacionamentos. É 

um momento em que poderá 

investir na sua beleza, bem- 

-estar e qualidade de vida. É 

um mês que pode ressaltar 

novas propostas de trabalho 

por meio de parceria e de relacionamento. 

É um momento 

de muitos ajustes na dinâmica 

do seu quotidiano para que ele 

seja mais eficiente e traga resultados 

positivos. 

Afectivamente, é um mês que 

intensifica as emoções e o relacionamento, 

é importante 

haver uma sintonia emocional 

e espiritual. A intimidade e a 

sexualidade são factores importantes 

para aprofundar o 

vínculo emocional. 

Gémeos 

A vida sorri ao signo de Gémeos 

este mês, embora haja 

certos desafios, é um mês que 

enaltece uma abertura maior 

para a vida com sentimentos 

mais espontâneos e uma naturalidade 

na expressão afectiva. 

É um mês em que você poderá 

sentir mais plenamente a 

energia do amor e da criatividade 

e, pode ser também, uma 

fase significativa para o contacto 

com crianças e filhos. Os 

projectos criativos, o contacto 

com a arte e a cultura estarão 

estimulados. É também um 

mês importante para as finanças, 

onde você deve agir com 

mais maturidade e responsabilidade, 

evitando dívidas e 

empréstimos. 

Afectivamente, a segunda 

quinzena deste mês tem uma 

energia mais favorável, onde 

você perceberá o valor da parceria 

e de uma identidade de 

ideais e valores. 

Horóscopo 

Caranguejo 

Centralmente e equilíbrio 

emocional são essenciais ao 

signo Caranguejo durante este 

mês. É um período que assinala 

questões familiares e domésticas 

que podem também 

estar relacionadas a imóveis, 

privacidade e emoções. É um 

belo momento para você estar 

em mais sintonia consigo, promovendo 

momentos de interiorização 

e de reflexão, isso se 

reflectirá numa melhoria em 

seus relacionamentos, seja a 

relação amorosa ou de amizades, 

e até mesmo os contactos 

profissionais. 

Amorosamente, a primeira 

quinzena deste mês é mais 

favorável ao signo Caranguejo, 

pois teremos a passagem 

do planeta Vénus pelo sector 

afectivo, intensificando as 

emoções, as reacções e a intimidade 

com o parceiro. 

Profissionalmente, o mês é 

muito interessante para o estabelecimento 

de contratos e 

de parcerias que lhe auxiliem 

a realizar os seus objectivos. 

Tudo que é feito na colaboração 

e na união poderá mostrar 

resultados favoráveis. 

Leão 

Estudos, viagens, contactos, 

diálogo, capacidade de comunicação 

e de expressão das 

suas ideias são os temas enfatizados 

neste mês para o signo 

Leão. É o mês que estimula os 

relacionamentos, a capacidade 

de conciliação e de chegar 

a acordos que beneficiem as 

relações. É um momento importante 

para o contacto com 

parentes e com pessoas próximas. 

É necessário estar mais 

atento à saúde e reflectir sobre 

os hábitos que podem levar a 

uma vida mais saudável. 


quinzena traz uma energia de 

renovação no amor, onde você 

tende a se expressar com mais 

naturalidade e tende também 

a agir com mais autoconfiança, 

o que, sem dúvidas, faz muita 

diferença na relação amorosa. 

Virgem 

Recursos, dons, potenciais, finanças 

e parcerias são os temas 

em evidência durante este mês 

para o signo Virgem. É hora de 

reflectir sobre os seus valores 

mais significativos e como eles 

devem incluir mais as pessoas 

e os relacionamentos. Não basta 

conquistar as coisas apenas 

para si mesmo, é necessário 

compartilhar. 

Afectivamente, é um mês interessante 

em que você perceberá 

uma intensificação de sentimentos. 

Por conta disso, deverá 

ter cuidado com a possessividade, 

o ciúme e a tendência ao 

controle. É um momento importante 

para ter mais estabilidade 

emocional e equilíbrio. 

Balança 

Este mês representa uma espécie 

de ano novo para o signo 

Balança em 2016, já que é o 

mês em que teremos a lunação 

ocorrendo no seu signo, além 

do facto do planeta Júpiter 

estar transitando, o que significa 

uma ampliação de horizontes 

emocionais e mentais. 

É hora de se abrir a novas experiências 

e ter mais iniciativa 

e assertividade para realizar 

os seus objectivos. Relacionamento 

é um tema importantíssimo 

do mês, e você deve agir 

com mais temperança e equilíbrio. 

Afectivamente, é um mês em 

que deve evitar atitudes possessivas, 

carências e inseguranças 

emocionais. É preciso 

que se mostre mais como você 

verdadeiramente é, de forma a 

ter uma naturalidade maior em 

seus sentimentos. 

Escorpião 

Este mês é um mês que pede 

interiorização e reflexão ao 

signo Escorpião e o tema principal 

é relacionamento. Observe 

as situações que se repetem 

nas suas relações e na vida 

emocional. É hora de superar 

os antigos padrões, de perdoar 

e de saber recomeçar. Há um 

forte aprendizado sobre amor- 

-próprio e também sobre o 

reconhecimento das nuances 

espirituais que regem as suas 

relações. 

Afectivamente, você deve ter 

cuidado com a tendência a 

reacções drásticas e radicais 

que podem minar a confiança 

da relação amorosa. É uma 

fase em que você estará mais 

ciente dos aspectos anteriormente 

reprimidos ou inconscientes 

relacionados a suas 

emoções. 

Sagitário 

Este mês é um mês com uma 

energia mais alegre, expansiva 

e leve para o signo Sagitário, 

depois de vários meses com 

fortes restrições e limitações. 

Pode haver um incremento na 

vida social, no relacionamento 

com amigos e nos projectos 

compartilhados com pessoas, 

grupos ou instituições. É hora 

de agir com mais confiança e 

de se preparar para o que você 

quer realizar ao longo dos próximos 

meses. 


quinzena tende a ser mais interessante, 

já que teremos justamente 

o planeta do amor e 

dos relacionamentos, Vénus, 

move-se no seu signo, o que 

indica um novo ciclo emocional 

onde você está ciente de 

suas verdadeiras necessidades 

e do que busca no amor e na 

relação. 


33 

Capricórnio 

O signo Capricórnio tende a 

sentir uma energia mais assertiva 

e aguerrida durante este 

mês, já que teremos a movimentação 

do planeta Marte no 

seu signo, que é um símbolo 

de atitude, de energia física e 

sexual. É um momento interessante 

para você se jogar de cabeça 

nos seus projectos, mas 

agindo também com consciência 

das consequências a médio 

e a longo prazo das suas escolhas 

neste momento. 

Profissionalmente, é um dos 

meses mais importantes de 

2016, pois teremos a lunação 

ocorrendo no sector de carreira, 

o que estimula uma relação 

mais harmoniosa com chefias 

e naquilo que envolva parceria 

e questões hierárquicas. 

Contratos profissionais podem 

ser muito interessantes nesta 

fase. 

Aquário 

Espiritualidade, autoconhecimento, 

ética, viagens e estudos 

são temas enfatizados ao 

longo deste mês para o signo 

Aquário. É o momento de expandir 

as suas perspectivas e a 

sua visão da realidade, é uma 

fase que enfatiza a necessidade 

de agir com mais equilíbrio, 

temperança e ética e isso terá 

reflexo nos seus relacionamentos. 

Afectivamente, você perceberá 

a importância da amizade 

e do companheirismo, o que 

torna, também, mais receptiva 

a sua atitude em relação à 

pessoa amada. É um momento 

de maior satisfação emocional 

para o signo Aquário. 

Peixes 

Este mês tende a ser um dos 

mais intensos e transformadores 

de 2016 para o signo Peixes, 

pois teremos a lunação ocorrendo 

exactamente no sector 

de transformações emocionais, 

de autoconhecimento e 

de percepção de factores anteriormente 

negligenciados ou 

reprimidos de sua personalidade. 

É um momento que enfatiza 

também questões financeiras 

como taxas, empréstimos 

e contratos. É uma fase importantíssima 

para agir de modo 

mais colaborativo e isso pode 

ter reflexos positivos tanto na 

vida emocional quanto profissional. 

Afectivamente, haverá a necessidade 

de uma sintonia espiritual 

com quem você ama 

e deverá haver cuidado com a 

tendência ao ciúme, ao controle 

e à manipulação emocional. 

A segunda quinzena tende a 

enfatizar uma energia mais libertadora 

e revolucionária em 

relação ao amor. 

Coordenação: Joana Araújo

34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*) 


“Quem não sabe rir, não sabe viver...” 

(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento. 

O Poder 

Um agente da ASAE vai a uma propriedade 

e diz ao dono, um velho agricultor: 

- “Preciso inspeccionar a sua propriedade. 

Há uma denúncia de plantação ilegal.” 

O agricultor diz: -”Ok, inspeccione o que 

quiser, mas não vá àquele campo ali.” E 

aponta para uma determinada área. 

O agente da ASAE diz indignado: 

- “O senhor sabe que tenho o poder da autoridade 

comigo?” 

E tira do bolso um crachá mostrando ao 

agricultor: 

- “Este crachá dá-me a autoridade de ir 

onde quero.... e entrar em qualquer propriedade. 

Não preciso pedir ou responder 

a nenhuma pergunta. Está claro? Fiz-me 

entender?” 

O agricultor poucos minutos depois, ouve 

uma gritaria e vê o agente de autoridade 

a correr para salvar e sua própria vida perseguido 

pelo Asdrúbal, o maior touro da 

quinta. 

A cada passo o touro vai chegando mais 

perto do agente, que parece que será apanhado 

antes de conseguir alcançar um lugar 

seguro. O agente está apavorado. 

O agricultor larga as ferramentas, corre 

para a cerca e grita com todas as forças 

de seus pulmões: - “O Crachá, mostre-lhe 

o CRACHÁ!” 

Passear o boi 

Dois alentejanos, zangados há muito 

tempo, passam um pelo outro num caminho. 

Um deles leva um bovino à frente. 

Diz o outro: 

- Atão vai passear o boi? 

O outro, muito admirado: 

- Mas que jêto, compadre? A gente nã se 

falava há tanto tempo! Mas isto nã é um 

boi. É uma vaquinha. O compadre enganou-se. 

Resposta do primeiro: 

- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca. 

Milagre de Lázaro 

Um Padre de uma freguesia perto de 

Guimarães contava na eucaristia um dos 

mais famosos milagres de Cristo aquando 

da sua estadia na Terra: a Ressurreição de 

Lázaro. 

-… E então, Cristo pegou nas mãos de 

Lájaro e dixe-lhe “Lájaro, alabanta-te e 

anda!” … Lájaro lebantou-xe e andeu! 

Ouve-se uma voz no fundo da Igreja : – 

Não é “andeu”, é andou! Estúpido! 

Ao que o padre respondeu: 

- Pois, andou estúpido durante uns tempos, 

mas depois paxou! 

Sutiã 

Mãe, já posso usar sutiã? 

Não, credo. Nem pensar. 

Por favor mãe… 

Não! 

Mãe, mas eu já tenho 16 anos. 

Já te disse um par de vezes que não, não e 

não, João Abel! 

Treinador do Real Madrid 

Três treinadores de futebol foram convidados 

para treinar o REAL MADRID mas tinham 

todos obrigatoriamente que passar 

um teste, que consistia por escrever um 

texto que englobasse três palavras em Espanhol; 

PARTIDO, PELOTA e PORTERO. 

Apareceram três candidatos. 

Um Francês, um Escocês e um Português. 

Começou o Escocês, Alex Ferguson: 

- Hayer estuve en Madrid y hemos jugado 

un PARTIDO de futebol com la nueva PE- 

LOTA . El PORTERO he jugado mui biem. 

Depois o Francês, Laurent Blanc: 

- Hemos comprado una nueva PELOTA, el 

PORTERO he dicho que es buena y vamos 

a provar en el próximo PARTIDO. 

Por fim o Português, Jorge Jesus: 

- Ontem ayer, saio do hotel cumprimento 

o PORTERO vou para o campo de futebol, 

mira, fiquei todo PARTIDO ó despôs fuie 

tomar uma duche de PELOTA. 

Anões 

Um anão entra num bar. Vendo um balcão 

muito alto, começa aos saltos e a gritar: 

- Queria um sumo! Queria um sumo! 

Como ninguém aparecia, o anão começa a 

ficar chateado. 

Decide dar a volta ao balcão e, do outro 

lado, vê outro anão aos saltos a gritar: 

- Fresco ou natural? Fresco ou natural? 

Aula de português 

Na aula de português a professora pede 

ao Joãozinho para dizer uma frase que incluísse 

o verbo formatar: 

Ao que o Joãozinho muito prestativo responde: 

- Se a ‘Stora formatar alguém leve uma 

faca ou uma pistola. 

Donos de casa 

Fascinado com as tarefas domésticas, o 

marido resolveu lavar uma camisola dele. 

Bastante tempo depois de ter chegado ao 

pé da máquina de lavar, gritou de lá: 

- Que programa de lavagem é que devo 

usar na máquina? 

- Isso depende - lê o que é que está na 

camisola. Respondeu-lhe a esposa. 

Ele respondeu prontamente: 

- Está escrito - Jorge Jesus! 

E andam os homens a falar das loiras, mas 

um sportinguista é bem pior... 

Recolha e coordenação:Manuel Araújo


Júnior 


35 

AS ÁRVORES 

QUEREM 

MANDAR 

António Torrado 

No reino das árvores, as pessoas mandam 

muito. 

Dizem até algumas árvores que as pessoas 

mandam demais. Pois se, para que 

as árvores cresçam, há que escorá-las, 

para que elas se desenvolvam, há que 

podá-las, para que elas ganhem força, há 

que regá-las, o que é que resta às árvores, 

o que é que lhes cabe fazerem sozinhas? 

– Fazemos os frutos – dizem as árvores 

mais experientes. – As pessoas ainda não 

conseguem fazer peras, maçãs, laranjas, 

romãs, cerejas, ginjas, ameixas, sem nós. 

– Mas, depois, as pessoas tiram-nos o 

que fizemos – dizia um limoeiro novo. 

– E para que é que tu precisas dos limões, 

meu tolo? – replicava uma macieira com 

muitos anos de vida. 

– Para enfeitar – respondia o limoeiro. 

Aconteceu que, naquele ano, por altura 

da apanha, o reino das árvores não foi visitado 

por ninguém. 

O dono do pomar estaria doente ou teria 

ido para fora, talvez desinteressado das 

árvores a que, noutros anos, dera toda a 

atenção. 

Os frutos por colher pendiam dos ramos. 

Uns secaram. Outros caíram no chão, 

apodrecidos. Uma lástima. 

Ainda se aquele pomar ficasse perto da 

estrada que leva à escola, talvez houvesse 

quem se tentasse e fizesse a colheita 

por sua conta… Mas, como ficava num 

sítio isolado e pouco acessível, ninguém 

deu pelo pomar ao abandono. 

Vieram os pássaros. Vieram as lagartas. 

Vieram os insectos. Foi uma razia. 

Depois, o terreno do pomar não teve 

quem o lavrasse. Cresceram as silvas e as 

ervas daninhas. Muitas árvores ganharam 

moléstia. Deram, quando deram, uns frutos 

murchos e raquíticos. Sem préstimo. 

Quando, tempos depois, o pomar abandonado 

foi visitado por pessoas, metia dó. 

O pequeno limoeiro, que, entretanto, 

crescera, olhava em volta e só via árvores 

secas. 

– Uma ruína – diziam as pessoas. – Salvou-se 

o limoeiro, porque é árvore resistente, 

mas mesmo esse precisa de tratamento. 

Acompanhado e tratado arribou. É, agora, 

um belo e perfumado limoeiro, que não 

se importa nada, mesmo nada, de dar os 

seus limões às pessoas que lhos pedem. 

FIM

36 Lusitano de Zurique Literatura 


Carmindo de Carvalho 

É membro da Academia de Letras e Artes Luso Suíça 

Carmindo de 

Carvalho 

Precedido por um almoço 

convívio no Café 

Pessoa em Genebra, 


assim como vários outros 

compatriotas ligados 

às Letras, Artes 

e ofícios, numa sessão 

solene foram acolhidos 

e tomaram posse como 

membros efectivos da 

recém-criada Academia 

de Letras e Artes Luso 

Suíça (ALLAS). 

Mãe galinha 

Vivas à amizade 

Mãe, teu ventre me gerou 

O que sou eu sem um amigo? 

E o berço me embalou. 

Um animal numa selva perdido 

Teu doce falar 

Um leão caduco sem rugido 

Ao acarinhar, 

Uma pedra pronta a cair 

Teu saber grandioso, 

Num muro para ruir. 

Para a vida me soube preparar, 

Fazendo de mim trabalhador lutador Carmindo de Carvalho 

E não ocioso preguiçoso. 

No ventre me transportaste, 

Imagino quanto peso carregaste! 

Quantos sacrifícios passaste! 

Tantos filhos criaste! 

Mãe, sei que meu silêncio te faz sofrer. 

Olha, não é palavra vã, 

Mesmo, mesmo amanhã te vou escrever. 

E para alegrar teu coração, 

Sem mais demora 

Que já é hora, 

A carta mando de avião. 


Pois é 

É tão verdade 

Que não há carecas burros 

Como verdade é 

Que há muitos burros carecas! 

E eu que careca sou e algo de burro também 

Estou à vontade 

Para falar desta realidade 

A muitos filhos da mãe ! 


https://www.facebook.com/carmindo.carvalho


Literatura 


37 

São Martinho 

Fonte das Lágrimas 

São Martinho em devoção 

Foi bastante venerado 

Mas na nossa tradição 

É assim idolatrado... 

Dizem que a fonte lendária 

Só de lágrimas se fez 

Na tragédia sanguinária 

Do drama da linda Inês... 

Dia onze é o seu dia 

De Novembro, diz o povo 

Quase por autolatria 

Vai-se abrir o vinho novo. 

Lá diz o velho ditado 

No dia de São Martinho 

Para ser bem celebrado 

Vai à adega e prova o vinho. 

As castanhas são rainhas 

De saboroso degusto 

Que fazem quando quentinhas 

O tão popular magusto. 

Comem-se depois assadas 

Festejando o São Martinho 

Mas devem ser bem regadas 

Com água pé ou bom vinho. 

Perece Inês por amor 

P’lo crime de ter amado 

Em gritos de pranto e dor 

Seu corpo é dilacerado!... 

No local, a lenda reza 

Que uma fonte ali brotou 

E em sinal de tristeza 

A fonte não mais secou... 

Há luto de dor e mágoas 

Naquela fonte velhinha 

São plangentes as àguas 

São lágrimas de rainha !... 

Euclides Cavaco 


www.euclidescavaco.com 

É assim a tradição 

Por Portugal inteirinho 

Que em notória animação 

Se celebra o São Martinho !... 


https://www.facebook.com/euclides.cavaco 

DEIXAR CANTAR QUEM SABE 

OS BEIJOS POR NÓS TROCADOS 

Chico Bento 

Gabar-me do que não faço 

Na minha ideia não cabe 

Eu prefiro versos escreverE deixar cantar 

quem sabe 

Tudo o que não me pertence 

Não quero nem um pedaço 

Nunca foi um feitio meu 

Gabar-me do que não faço 

Quero aqui deixar explícito 

Antes que o meu tempo acabe 

Gabar-me do que não fiz 

Na minha ideia não cabe 

Se gosto de improvisar 

Nas quadras que sei fazer 

Para passar o meu tempo 

Eu prefiro versos escrever 

Quer acreditem, quer não 

A mentira em mim não cabe 

Gosto é de escrever cantigas 

E deixar cantar quem sabe. 

Chico Bento 

Dällikon - Suíça 

Vamos tudo devolver 

Já não somos namorados 

Não têm devolução 

Os beijos por nós trocados 

Tantos presentes trocámos 

Vendo o nosso amor crescer 

Agora que ele acabou 

Vamos tudo devolver 

Que este amor perdurasse 

Nós vivíamos empenhados 

Mas afinal não deu mais 

Já não somos namorados 

O que tu deste e o que eu dei 

Tudo é devolvido então 

Os nossos melhores momentos 

Não têm devolução 

Porque o namoro acabou 

Não vamos ficar zangados 

Por não poder devolver 

Os beijos por nós trocados. 

Chico Bento 

Dällikon - Suiça 

https://www.facebook.com/chico.bento.98

38 Lusitano de Zurique Opinião 


NOBEL 

Carlos Matos Gomes 

Nobel. Os prémios Nobel são um número 

mediático de primeira grandeza. Não há 

dúvida. Promovem pessoas de alto valor 

e fazem incidir sobre os seus trabalhos 

a atenção de milhões de pessoas que, se 

não fosse o prémio, nunca pensariam nas 

questões que os contemplados abordam. 

Na medicina, o nobéis de umas vezes escolhem 

as batidas do coração, de outras a 

estrutura da célula, mas são médicos ou 

aparentados os vencedores. Na economia 

os Nobel de cada ano tanto tratam 

da dívida como da pressão da procura. O 

macro e o micro. Mas são economistas e 

não contabilistas. Nas ciências, de umas 

vezes ganham a genética, de outras os 

hábitos e os comportamentos como influenciadores 

de comportamento. Na 

literatura não é assim. A literatura é um 

bazar. Tanto contempla champôs como 

malas de viagem. Pomada para os calos, 

como camisas de dormir. 

Infelizmente para os contemplados com 

o Nobel da Literatura, nem Cervantes, 

nem Camões viveram no período de venda 

de garagem, de bazar, ou de pagode 

instituídos pelo actual Comité Nobel. 

Infelizmente para Cervantes e Camões, 

não acompanharam o D. Quixote nem Os 

Lusíadas à guitarra e com uma gaita de 

beiços. Camões e Cervantes produziram 

obras que pertencem ao património da 

literatura. Sem música. 

Os trovadores pertenciam, no seu tempo, 

a outra categoria de artistas. Camões escreveu 

a epopeia de um povo que chegou 

ao Oriente. Cervantes a de um povo que, 

da aridez de Castela, dominou mais de 

meio mundo. Eram literatos, homens do 

mundo. Na sua esteira, à sua babugem, 

surgiram constelações de trovadores 

com cítaras e bandolins. Respeitava-se a 

diferença entre os criadores e os baladeiros. 

Na Europa, na do Sul, a Europa civilizada, 

que herdou a cultura dos gregos e 

dos romanos, onde existiram feudalismo, 

as lutas religiosas, discussão sobre os 

direitos do ser, os direitos internos e os 

direitos dos que são submetidos, era natural 

a distinção entre o trovador, o poeta 

e o romanceiro. Julgo que para nós, europeus 

e portugueses, era natural que a 

popular e culta Amália Rodrigues distinguisse, 

e o salientasse no palco, que ia 

cantar um fado de Frederico Valério, ou 

um poema de David Mourão Ferreira, de 

Alain Oulmain, ou de Pedro Homem de 

Melo. Não era a mesma coisa. Em Portugal 

era natural que não fosse atribuído 

o Grande Prémio da Literatura ao Zeca 

Afonso e se discutisse a sua atribuição a 

Cardoso Pires ou a Saramago… A mim não 

me passava pela cabeça, apesar da amizade, 

da cumplicidade e da enorme consideração 

que tenho pelo Zeca Afonso, que 

lhe fosse atribuído o grande prémio da Literatura 

Portuguesa. Ele ficaria siderado, 

julgo. É que, se todo o escrito pode ser literatura, 

cada som pode ser música, cada 

risco pode ser pintura, cada parede pode 

ser arquitectura, porque não será cada 

folha de papel uma nota de banco, cada 

berro uma ária de ópera, cada pergunta 

um tratado de filosofia? Porque não será 

o assobio de pastor uma sinfonia? 

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